0 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CONTROLE QUÍMICO DE MOLÉSTIAS FOLIARES EM MILHO ( Zea mays L.) ADRIANO JOSÉ WEBER IJUÍ (RS) 2010 1 ADRIANO JOSÉ WEBER CONTROLE QUÍMICO DE MOLÉSTIAS FOLIARES EM MILHO ( Zea mays L.) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau IJUÍ (RS) 2010 2 TERMO DE APROVAÇÃO ADRIANO JOSÉ WEBER CONTROLE QUÍMICO DE MOLÉSTIAS FOLIARES EM MILHO ( Zea mays L.) Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita. Ijuí, 03 de agosto de 2010. ______________________________________ Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau DEAg/UNIJUÍ – Orientador ______________________________________ Eng. Agr: Cesár Oneide Sartori DEAg/UNIJUÍ 3 Dedico a toda minha família, principalmente meus pais, José e Olinda e minha namorada Adriane, pelo respeito, estímulo e confiança. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido todas as oportunidades que muitos não tiveram. Ao Professor MSc. Luiz Volney Mattos Viau, pelas horas de atenção e excelente orientação. Ao Professor Dr. José Antônio Gonzalez da Silva, pelo auxílio com a análise estatística. Aos Colegas e amigos, Almir Vorpagel, Fabiano Martins, Emerson E. Antônio, Eduardo Fronza, Pablo de Freitas, Maílson Batista, Diego Martins, Uilian Wünder, Rodrigo Baldissera e Adair J. da Silva, pela auxílio na condução do experimento. Aos Colegas Diego Matte e Eduardo Fronza, que doaram as sementes utilizadas. Aos funcionários do IRDeR/DEAg/UNIJUI, em especial ao César O. Sartori, pela prontidão e auxílio. A todos aqueles que, embora não citados aqui, sabem que contribuíram em alguma etapa de minha vida. 5 CONTROLE QUÍMICO DE MOLÉSTIAS FOLIARES EM MILHO ( Zea mays L.) ADRIANO JOSÉ WEBER Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau. RESUMO O controle químico de moléstias da parte aérea do milho foi avaliado em experimento conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR/DEAg/UNIJUI), na localidade de Augusto Pestana - RS. Foram avaliados os fungicidas a base de Tebuconazol e mistura Epoxiconazol + Piraclostrobina, sendo usados como genótipos reagentes os híbridos P30F53, AG 9045 e AS 1550, em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, em parcelas constituídas de cinco fileiras de cinco metros de comprimento espaçadas de 0,6 metros, numa população correspondente a 65.000 plantas por hectare. O plantio foi realizado em 03 de outubro de 2009, de forma manual com equipamento denominado “saraquá”. A aplicação dos fungicidas foi nos estádios fenológicos V9 e Pendoamento (VT), usando o produto comercial Rival (1,0 L ha-1) e Opera (0,75 L ha-1), numa vazão de 250 L ha-1, com pulverizador costal. As determinações foram das variáveis, rendimento de grãos e componentes do rendimento, bem como da severidade de doenças. Os resultados de produtividade não foram influenciados pelo controle químico de moléstias. Entretanto, os fungicidas aplicados reduziram a severidade de moléstias, evidenciando interação genótipo x fungicidas. Palavras Chave: milho, moléstias, severidade, controle químico, fungicidas, produção de grãos. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 11 1.1 A Cultura do Milho: Aspectos Gerais............................................................................11 1.2 Moléstias que Afetam o Milho ......................................................................................12 1.2.1 Moléstias Foliares ..................................................................................................13 1.2.1.1 Mancha de Feosféria ou Mancha Branca .......................................................13 1.2.1.2 Ferrugem comum ...........................................................................................14 1.2.1.3 Ferrugem polysora..........................................................................................15 1.2.1.4 Helmintosporiose Comum..............................................................................15 1.2.1.5 Cercosporiose .................................................................................................16 1.3 Métodos de Controle de Moléstias ................................................................................17 1.4 Resistência Genética de Moléstias.................................................................................18 1.5 Aplicação de Fungicidas no Controle de Moléstias.......................................................19 1.6 Perdas de Rendimento por Moléstias.............................................................................20 1.7 Controle Químico de Moléstias na Cultura do Milho: Aspectos a Serem Considerados na Tomada de Decisão sobre Aplicação ..............................................................................21 2 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 23 2.1 Local, Clima e Solo .......................................................................................................23 2.2 Semeadura e Manejo do Experimento ...........................................................................24 2.3 Delineamento Experimental e Tratamentos...................................................................24 2.4 Características dos Híbridos Utilizados.........................................................................25 2.5 Características dos Fungicidas Utilizados .....................................................................26 2.6 Determinações Realizadas .............................................................................................26 2.7 Análise Estatística..........................................................................................................28 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 29 CONCLUSÕES....................................................................................................................... 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 40 ANEXOS ................................................................................................................................. 44 7 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Dados obtidos da análise de solo da área experimental. IRDeR . Augusto Pestana – RS, 2009. ..................................................................................................................................24 Tabela 02: Características Agronômicas dos híbridos utilizados no experimento...................25 Tabela 03: Comportamento dos híbridos de milho utilizados no experimento em relação às principais moléstias. .................................................................................................................26 Tabela 04: Fungicidas Utilizados .............................................................................................26 Tabela 05: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM); Severidade de Moléstias da Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE); Severidade de Moléstias Abaixo da Espiga (SMABE) e Percentagem de Espigas com Sintomas de Podridão (POE). .............................................................................30 Tabela 06: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Índice de Colheita (IC); Peso de Espiga da Parcela (PEP); Número de Plantas da Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP); Índice de Espiga (IE); Estatura de Plantas (EST) e Altura de Inserção da Espiga (AIE)...........................................................30 Tabela 07: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF); Massa Média de Grão (MMG); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE). ......................................................................................................................................31 Tabela 08: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM) e Percentagem de Espigas com Sintomas de Podridão (POE)..32 Tabela 09: Teste de Médias para as Variáveis, Estatura de Plantas (EST); Altura de Inserção da Espiga (AIE) e Índice de Colheita. ......................................................................................32 Tabela 10: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Plantas da Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP) e índice de Espiga (IE). ...............................................34 Tabela 11: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF) e Massa Média de Grão (MMG)..................................................34 8 Tabela 12: Teste de Médias para as Variáveis, Peso de Espigas da Parcela (PEP); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE). .......................................................36 Tabela 13: Teste de Médias para as Variáveis, Severidade de Moléstias da Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE) e Severida de Moléstias Abaixo da Espiga (SMAE)....................................................................................................................36 9 INTRODUÇÃO O milho (Zea mays L.) é uma das culturas mais importantes à agricultura brasileira. Insumo para a produção de múltiplos produtos. Apresenta características agronômicas importantes, como a elevada produção de grãos e o uso desta cultura como alternativa de rotação e sucessão de culturas. Dentre os fatores que causam redução da produtividade de milho estão as moléstias, e entre elas as foliares. As moléstias foliares mais importantes podem ser descritas como sendo a mancha foliar provocada por Phaeosphaeria maydis, as ferrugens provocadas por Puccinia sorghi, Puccinia polysora, a helmintosporiose provocada por Exserohilum turcicum e a cercosporiose provocada por Cercospora zea-maydis e Cercospora sorghi. O surgimento de híbridos mais produtivos, com diferentes níveis de resistência às moléstias, o uso inadequado de produtos, os sistemas de cultivo onde não se realiza rotações de cultura são alguns fatores que podem estar ligados com o aumento da incidência dos patógenos neste cereal. Nos últimos anos, é dada grande ênfase ao uso de fungicidas para o controle das moléstias foliares do milho, sendo esta prática anteriormente utilizada apenas em campos para a produção de sementes e alguns cultivos especiais como o milho pipoca, provocado muitas discussões em função da instabilidade na obtenção de resultados sobre o rendimento de grãos, onde não há repetibilidade e sobre sua viabilidade econômica. Barros (2007) estudou a aplicação foliar de fungicidas químicos na cultura do milho safrinha, e observou que não houve incremento de produtividade em função da aplicação de Piraclostrobina + Epoxiconazole e de Azoxystrobin + Ciproconazole, quando aplicados por ocasião do pré-pendoamento da cultura do milho. 10 Entretanto, Swartz e Marchioro (2009), observaram que, o uso da mistura Piraclostrobina + Epoxiconazole foi eficiente na redução da severidade de doenças, e o rendimento de grãos foi significativamente maior do que a testemunha. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação dos fungicidas Tebuconazol e a mistura de Piraclostrobina + Epoxiconazole no controle de moléstias e no rendimento de grãos em diferentes genótipos de milho em função da instabilidade de resultados apresentados pela literatura. 11 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1 A Cultura do Milho: Aspectos Gerais O milho tem origem mexicana e os registros da cultura datam de há 7.300 anos. Seu nome tem origem caribenha e significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo, o milho já era cultivado na América há pelo menos 4.000 anos (WIKIPÉDIA, 2009). O milho pertence à classe Liliopsida, sendo da família Poaceae, tendo como gênero Zea e seu nome científico é Zea mays L.. Segundo Pinazza (1993) o milho é um dos principais insumos na cadeia produtiva animal, em especial na suinocultura, avicultura e na bovinocultura de leite, estando presente tanto na forma “in natura”, como na forma de farelo, ração ou silagem. Na alimentação humana o milho pode ser consumido “in natura” como milho verde ou na forma de subprodutos industrializados. Conforme Fancelli (2000) o milho (Zea mays L.) é considerado uma das principais espécies utilizadas no mundo, visto que anualmente são cultivados cerca de 140 milhões de hectares, contribuindo para a produção de 610 milhões de toneladas de grãos. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, com uma produção de 58,7 milhões de toneladas numa área de 14,7 milhões de hectares, apresentando um rendimento médio de 3.972 kg/ha (CONAB, 2009). A produção de milho, no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da produção em duas épocas de plantio. Os plantios de verão, ou primeira safra, são realizados na época tradicional, durante o período chuvoso, que varia entre fins de agosto, na região Sul, até os 12 meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste (no Nordeste, esse período ocorre no início do ano). Mais recentemente, tem aumentado a produção obtida na safrinha, ou segunda safra. A safrinha refere-se ao milho de sequeiro, plantado extemporaneamente, em fevereiro ou março, quase sempre depois da soja precoce, predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná e São Paulo (EMBRAPA, 2008). Atualmente, a área plantada não é suficiente para atender as demandas do mercado interno, gerando problemas de abastecimento para a indústria nacional. A solução para esse problema passa pela expansão da área plantada e pelo aumento da produtividade das áreas atualmente cultivadas. 1.2 Moléstias que Afetam o Milho Durante a germinação a semente pode ser atacada por fungos de solo ou por aqueles associados à semente. Como resultado pode haver o apodrecimento da semente e a morte da plântula, com isso ocorre um estande de plantas desuniforme REIS et al., (2004). Dentre os patógenos associados à semente o mais comum encontrado é o Fusarium verticillioides. Por outro lado, os patógenos de solo mais comuns são os dos gêneros Fusarium, Pythium, Rhizoctonia e Trichoderma. Os danos causados por patógenos que parasitam o sistema radicular nas plantas de milho podem passar despercebidos. Porém, nos casos severos, os sintomas manifestam-se nos órgãos aéreos, como a conseqüência da interferência nos processos de absorção de água e nutrientes. Os danos causados pelos agentes causais das podridões de semente, morte de plântulas e podridões radiculares ainda não foram especificamente quantificados (REIS et al, 2004). As podridões de colmo estão na maioria das vezes associadas a podridões radiculares, à quebra do colmo com acamamento e a morte de plantas (SHURTLEFF1, 1992; REIS & CASA2, 1996; WHITE3, 1999 apud REIS et al., 2004, p. 57). Segundo Fernandes et al (2002), as principais podridões do colmo na cultura do milho podem ocorrer antes do fase de enchimento dos grãos, em plantas jovens e vigorosas, ou após a maturação fisiológica dos grãos, em plantas senescentes. As podridões do colmo geralmente 1 SHURTLEFF, M. C. Compendium of corn diseases. Americam Phytopathological Society. 1992. 105 p. REIS, E. M. & CASA, R. T. Manual de identificação e de controle de doenças do milho. Passo Fundo. Aldeia Norte Editora, 1996. 80 p. 3 WHITE, D. G. Compendium of corn diseases. Third Edition. The American Phytopathological Society. APS Press. 1999. 78 p. 2 13 se iniciam pelas raízes, passando para os entrenós inferiores e, posteriormente para os entrenós superiores ou diretamente pelo colmo, através de ferimentos. Estresses durante a fase de enchimento de grãos predispõem as plantas às podridões. Outro grupo de moléstias são aquelas associadas à podridões da espiga. De acordo com Reis et al., (2004), estas podridões nas espigas ocorrem em todas as regiões onde o milho é cultivado e como regra, os fungos agentes causais das podridões do colmo, são também responsáveis pelas podridões da espiga. Entre as moléstias que causam danos à cultura do milho, estão as foliares que geralmente são causadas por fungos. “A importância de cada uma dessas doenças é variável de ano para ano e de região para região, mas não é possível afirmar que alguma delas seja de maior importância em relação às demais” (Casela et al., 2006, p. 1) . 1.2.1 Moléstias Foliares Os danos associados com as manchas foliares são decorrentes do mau funcionamento e da destruição dos tecidos fotossintéticos, devido ao aumento do número e da área de lesões, que podem determinar a necrose de toda a folha. A necrose e a morte prematura das folhas limita a interceptação da radiação solar e translocação de fotossintatos ao desenvolvimento de grãos. (REIS et al 2004, p. 20). 1.2.1.1 Mancha de Feosféria ou Mancha Branca a) Ocorrência e importância A mancha foliar de feosféria vem se constituindo numa das mais importantes moléstias na cultura do milho (COSTA, 2001; REIS 2004). Atualmente, encontra-se distribuída em todas as regiões de cultivo do país. De acordo com Fernandes & Oliveira4 (1997) apud Costa (2001, p. 13), em genótipos susceptíveis a mancha causada por Phaeosphaeria maydis pode reduzir a produção de grãos em cerca de 60%. b) Sintomatologia As lesões, inicialmente são pequenas, cloróticas, tornando-se maiores, com até 2 cm, são arredondadas o oblongas, com cor esbranquiçada e bordos escuros. (PEREIRA et al., 4 FERNANDES, F.T; OLIVEIRA, E. Principais doenças na cultura do milho. Sete Lagoas : Embrapa, CNPMS, 1997. 80 p. (Embrapa. CNPMS. Circular Técnica, 26). 14 2005). As lesões são facilmente confundidas com as injurias de herbicidas do grupo químico paraquat. (PEREIRA et al., 2005; REIS et al., 2004). c) Etiologia Segundo Pereira et al., (2005); Reis et al., (2004) a mancha de feosféria é causada pelo fungo Ascomiceto Phaeosphaeria maydis. O inoculo primário provavelmente se origina dos restos culturais, uma vez que nenhum hospedeiro secundário foi identificado até o momento. A disseminação do patógeno ocorre pelo vento e por respingos de chuva. 1.2.1.2 Ferrugem comum a) Ocorrência e importância Entre as ferrugens do milho esta é a mais comum e menos severa, devido provavelmente a ser uma moléstia antiga e disseminada no país, sua importância se dá principalmente na região sul do país. Em cultivares susceptíveis, a severidade é elevada no final do ciclo da cultura. (PEREIRA et al., 2005; REIS et al., 2004). b) Sintomatologia De acordo com Reis et al (2004), a moléstia caracteriza-se pela presença de pústulas geralmente alongadas, de coloração marrom, principalmente nas folhas, nas duas faces, em discretas faixas transversais. c) Etiologia É causada pelo fungo Puccinia sorghi. É um patógeno biotrófico, macrocíclico e heteróico. Os uredósporos são arredondados, binucleados, cor marrom-ferruginosa. Os teliósporos são de cor marrom-escura, bicelulados, com leve constrição no septo. São ligados à pedicelos, cujo comprimento é de uma a duas vezes o comprimento do teliósporo. (ALVES & DEL PONTE 2007). 15 1.2.1.3 Ferrugem polysora a) Ocorrência e importância Segundo Alves & Del Ponte (2007) a ferrugem polisora é encontrada em áreas tropicais e subtropicais onde é considerada a mais destrutiva ferrugem que ataca o milho. Danos na produção de mais de 50% já foram relatados em híbridos suscetíveis. No Brasil, tem maior importância na região central. A expansão da cultura para regiões historicamente não cultivadas com milho tem aumentado sua importância. A monocultura de milho tem resultado no aumento do inóculo para os cultivos mais tardios, tornando-se problemático. b) Sintomatologia As pústulas são pequenas e circulares a elípticas de coloração amarela a dourada inicialmente observadas nas folhas baixeiras. Em fases mais avançadas da doença surgem pústulas marrom-escuras (teliósporos). (ALVES & DEL PONTE 2007). Pode ser observada em qualquer estádio de desenvolvimento da planta. Pode ser confundido com a ferrugem comum, mas com uso de microscópio pode ser identificada sem problemas. c) Etiologia O agente é o fungo Basidiomiceto, Puccinia polysora Underv, um parasita biotrófico. Seus uredósporos são amarelo-dourados, com forma elipsoidal a ovóide, medindo de 20 a 29 por 29 a 40 µm, equinulados, com 4 a 5 poros equatoriais. Os teliósporos são de coloração marrom-castanha, elipsóides ou oblongos, com duas extremidades arredondadas. Mais de 11 raças desta patógeno já foram descritas nos últimos anos no Brasil. (ALVES & DEL PONTE 2007). 1.2.1.4 Helmintosporiose Comum a) Ocorrência e importância Tem surgido em nosso país, esporadicamente em áreas aonde a temperatura e a umidade são mais elevadas. (KAMIKOGA et al.5, 1991 apud REIS et al., 2004, p. 22). 5 KAMIKOGA, A.T.M., SALGADO, C.L. & BALMER, E. Reactions of differente populatoins of popcorn (Zea mays) to Helminthosporium turcicum. Summa Phytopathologica 17:100-104. 1991. 16 “O prejuízo econômico causado pela doença depende da severidade e do estádio de desenvolvimento da cultura na época da infecção. Ataque severo antes do embonecamento é altamente danoso”. (PEREIRA et al., 2005, p. 480). b) Sintomatologia Segundo Aves & Del Ponte (2007), sintomas típicos nas folhas surgem inicialmente nas folhas basais, na forma de lesões elípticas de coloração palha, 2,5 a 15 cm, com bordos bem definidos, que se tornam escuras devido à frutificação do patógeno. Devido ao coalescimento destas lesões, as folha adquirem um aspecto de queima. c) Etiologia O fungo pertence a Classe dos Deuteromicetos, e sua espécie é Exserohilum turcicum. Os conídios são fusiformes, obclavados a fusiformes ou cilíndricos, retos ou ligeiramente curvos, verde cinza a olivácio (REIS et al., 2004). 1.2.1.5 Cercosporiose a) Ocorrência e importância De acordo com Pereira et al. (2005), foi relatada no Brasil, pela primeira vez no ano de 1953. Nas safras 200 e 2001, a moléstia se manifestou com grande severidade. Desde então se coloca como uma das mais importantes moléstias da cultura do milho. b) Sintomatologia Inicialmente os sintomas são observados na fase de floração, nas folhas baixeiras. O patógeno coloniza o limbo foliar, podendo provocar extensas áreas necrotróficas. As lesões são delimitadas pelas nervuras, de formato linear-retangular e são de coloração verde-oliva. (PEREIRA et al., 2005). c) Etiologia Segundo Pereira et al. (2005), esta moléstia é causada tanto por Cercospora zeamaydis ou por Cercospora sorghi, sendo que ambas ocorrem no Brasil, porém Cercospora zea-maydis apresenta-se como de maior importância por ser mais agressiva. 17 “Temperaturas ótimas ao desenvolvimento da doença ocorrem entre 22 e 30C°. Longos períodos de elevada umidade relativa do ar mas sem formação de água livre na superfície foliar favorecem a infecção”. (PEREIRA et al., 2005, p. 482). 1.3 Métodos de Controle de Moléstias Segundo Fancelli & Dourado Neto (2000), o conjunto de medidas que objetivem a redução do inoculo dos principais agentes causais de moléstias consiste no método preventivo ou erradicante dos efeitos maléficos causados pela moléstia. O método fundamentado na resistência genética é uma das formas mais eficientes e econômicas do controle de moléstias de plantas. Entretanto devido ao grande número de raças e as peculiaridades dos agentes causais, tornam-se restritos apenas a alguns patógenos. (FANCELLI & DOURADO NETO 2000). Outro método que pode ser utilizado para o controle de algumas moléstias é a prática da rotação de culturas. Segundo Reis et al., (2004), o principal efeito da rotação de culturas está envolvido com a fase de sobrevivência do patógeno. Portanto, “os princípios de controle de doenças envolvidos pela rotação de culturas baseiam-se na supressão do hospedeiro (substrato nutricional) e no desenvolvimento da supressividade do solo”. (REIS et al., 2004). O sistema de produção adotado interfere na incidência de moléstias na cultura, sendo que várias são as práticas culturais que podem ser adotadas no manejo das moléstias, dentre elas estão, a profundidade de semeadura, escolha de híbridos e épocas de plantio, manejo da irrigação, manejo da adubação, entre outras práticas. Devido ao seu efeito no crescimento, na morfologia e na anatomia, e também na composição química da planta, os nutrientes minerais, ou seja, o manejo de adubação, podem aumentar ou diminuir a resistência das plantas às pragas e às doenças. (YAMADA, 2004). O uso de sementes sadias é sem dúvida um aspecto muito importante que devemos levar em consideração se objetivarmos ter sucesso nas lavouras de produção. “O tratamento de sementes de milho com fungicidas têm como objetivos controlar e/ou erradicar fungos associados à semente, proteger a semente na germinação e/ou a plântula contra o ataque de fungos de solo e garantir a germinação e o vigor em condições adversas de 18 semeadura” (LASCA6, 1986; PEREIRA7, 1991; CASA et al.8, 1995; REIS et al.9, 1995; PINTO10, 1998; apud REIS et al., 2004, p. 112). Outro método de controle de moléstias é o controle químico e, segundo Fancelli & Dourado Neto (2000), este método deve ser implementado após a implementação das medidas preventivas relacionadas ao patógeno e à espécie da planta. O uso integrado dos métodos de controle apresenta os melhores resultados. 1.4 Resistência Genética de Moléstias O método mais fácil, seguro e econômico de controle às doenças é através da resistência varietal, a qual, quando conseguida, reduz a aplicação de outros meios de combate que encarecem a produção. Os híbridos, em geral, apresentam grau variável no comportamento frente a maioria das doenças, embora não existindo híbrido ou variedade resistente a todas as doenças. (LUZ, 1999). As diferentes bases genéticas dos híbridos atuais fazem com que existam diversos comportamentos dos mesmos em relação ao complexo de doenças, sendo que cada material apresenta um complexo de enfermidades peculiar. Um determinado híbrido pode estar restrito em determinados locais ou épocas de semeadura pela sua suscetibilidade a um ou mais patógenos. A suscetibilidade de um híbrido a uma determinada enfermidade, aliada a um ambiente favorável, pode representar grande potencial de dano à cultura. (SILVA & SCHIPANSKI,2007,p. 6). A resistência dos híbridos às moléstias pode estar associada a diferentes mecanismos, que as plantas utilizam para que os patógenos não possam causar danos a sua estrutura. Dentre estes mecanismos podem ser citados a produção de compostos químicos, como os metabólitos secundários; resistência física das estruturas das plantas e ao controle e morte de células na região afetada, para que os danos não se espalhem no restante da planta. 6 LASCA, C. C. Tratamento de sementes. In: Simpósio Brasileiro de patologia de Sementes, 2, 1986, Campinas, SP. Produção de sementes sadias; inspeção de campo e tratamento de sementes. Campinas, SP: Fundação Cargill, 1986. P. 93-99. 7 PEREIRA, O. A. P. Tratamento de sementes de milho, no Brasil. In: Menten, J.O.M. Patógenos em sementes: Detecção, danos e controle químico. ESALQ/FEALQ, Piracicaba, 1991. P. 271 – 299. 8 CASA, R.T., REIS, E.M., MEDEIROS, C.A. & MOURA, F.B. Efeito do tratamento de sementes de milho com fungicidas, na proteção de fungos de solo, no Rio Grande do Sul. Fitopatologia Brasileira 20: 633-638. 1995. 9 REIS, A. C., REIS, E. M., CASA, R.T. & FORCELINI, C. A. Erradicação de fungos patogênicos associados a sementes de milho e proteção contra Pythium sp. Presente no solo pelo tratamento com fungicidas. Fitopatologia Brasileira 20:585-590. 1995. 10 PINTO, N. F. J. de A. Patologia de sementes de milho. Sete Lagoas: EMBRAPA- CNPMS, 1998. 44p. (EMBRAPA-CNPMS, Circular Técnica, 29.) 19 1.5 Aplicação de Fungicidas no Controle de Moléstias “Fungicidas são substâncias químicas de origem natural ou sintética que, aplicadas às plantas, protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de fungos patogênicos em seus tecidos”. (REIS et al., 2007, p.13). As aplicações de fungicidas poderão apresentar caráter, curativo, preventivo ou erradicante. Segundo Reis et al. (2004) o uso de fungicidas deve ser feito nas condições em que a doença alvo do controle químico está causando perdas significativas que justifiquem o custo de controle. Entre os fungicidas utilizados para o controle de moléstias foliares no milho, estão os de grupo químicos, triazóis, estrubiliurinas, bem como as misturas dos mesmos. No tocante à resistência dos patógenos à fungicidas, vários estudos apontam que o uso indiscriminado de princípio ativos, sem a devida rotação de fungicidas, o excesso de aplicações e ainda o uso de subdoses dos compostos, favorecem para que os agentes patógenos adquiram resistência a moléculas de fungicidas. A aplicação de fungicidas no controle de algumas moléstias está restrita em função da suscetibilidade do híbrido, e das condições de ambiente e do tipo de sistema de cultivo predominante na lavoura ou região. (REIS et al., 2004). Experimentos conduzidos por Pinto (1999), utilizando mancozeb sobre a mancha foliar do milho de Phaeosphaeria maydis resultou em um aumento de 63,1% na produção de grãos em relação à testemunha sem fungicida. De acordo com Brandão et al. (2003), quando a ferrugem ocorre em plantas jovens, o controle com fungicidas pode ser obtido se realizado logo no aparecimento das primeiras pústulas. Por outro lado quando a ferrugem ocorrer no final do ciclo da cultura a perda de produção não é significativa, sendo desnecessário o emprego de fungicidas. Em aplicação de fungicida piraclostrobina + epoxiconazol no estádio de prépendoamento obteve-se aumento de produtividade de 23,56% em relação à testemunha sem aplicação. (TRENTIN, 2007). O uso da mistura de estrubilurina e triazol em relação a testemunha sem uso de fungicidas em trabalho realizado por Campos & Trento (2007), no estado do Paraná representou um incremento em produção variando de 122 kg ha-1 a 1800 kg ha-1, entre diferentes híbridos testados. 20 Resultados de pesquisa, no Brasil e no exterior, têm confirmado os efeitos positivos da aplicação de fungicidas na redução de perdas na produtividade ocasionadas pelo ataque de doenças, porém existem ainda resultados contraditórios sobre o emprego desta tecnologia, podendo estes resultados, ser associados aos diferentes tipos de tecnologia empregada e a diferentes condições climáticos. 1.6 Perdas de Rendimento por Moléstias Na região sul do Brasil merece destaque pelos danos causados e redução de produtividade, doenças relacionadas com a germinação e estabelecimento, podridões de colmo e espiga e doenças foliares. (REIS et al., 2004). Em relação às moléstias foliares é destacado que as perdas são ocasionadas devido a redução da área foliar da cultura e ao aumento do número e da área das lesões que podem levar até a necrose de toda a folha, ocasionando assim perdas de rendimento por limitação da capacidade de interceptação da radiação solar e translocação de fotossintatos. (REIS et al., 2004). De acordo com Pataky11, (1992) apud Reis et al., (2004), a folha da espiga e as folhas imediatamente acima e abaixo da espiga podem representar 33 a 40% da área total da planta. Reduções de radiação incidente de 50% perto do florescimento pode provocar redução de 40 – 50% no rendimento final de grãos. (REIS et al., 2004). Segundo Fancelli12 (1988) apud Reis et al., (2004), “uma destruição de 25% da área foliar do milho em sua porção terminal, próximo ao florescimento, pode reduzir 32% a produção”. De acordo com Casela et al., (2006), perdas com cercosporiose, podem chegar em até 80%, em relação às ferrugens já foram relatados danos em relação ao rendimento de atá 44%. Em relação a helmintosporiose, foram relatadas no Brasil perdas em até 50%. 11 PATAKY, J. K. Relationships between yield of sweet corn and northern leaf blight caused by Exserohilum turcicum. Phytopathology 53: 1100-375. 1992. 12 FANCELLI, A. L. Influência do desfolhamento no desempenho de plantas e de sementes de milho (Zea mays L.). Piarcicaba. ESALQ/USP. 172p. 1988 (TESE DE DOUTOURADO). 21 1.7 Controle Químico de Moléstias na Cultura do Milho: Aspectos a Serem Considerados na Tomada de Decisão sobre Aplicação Dentre os fatores que têm contribuído para a baixa produtividade da cultura do milho no Brasil, as moléstias são consideradas, atualmente, um dos mais importantes (PEREIRA et al., 2005). Tradicionalmente, o manejo de moléstias do milho era realizado através da resistência genética associada aos manejos culturais. Entretanto, nos últimos anos, principalmente a partir de 2000, grande ênfase tem sido dada ao controle de doenças através da aplicação de fungicidas. Sendo que esta prática estava restrita a campos de produção de sementes e de milho doce, porém nos últimos anos tem-se observado um aumento do uso de fungicidas em lavouras comerciais de grãos. (COSTA & COTA, 2009). Há muitos relatos de produtores, cooperativas e pesquisadores que tem confirmado que o uso de fungicidas contribui para a redução de perdas causadas pelas moléstias no milho. Entretanto, outro aspecto de extrema importância a ser considerado é a significativa instabilidade na obtenção dos aumentos de produtividade pela utilização de fungicidas, ou seja, não havendo repetibilidade de resultados quando alguns fatores de produção são alterados, levantando assim dúvidas sobre a real necessidade de emprego desta tecnologia. (COSTA & COTA, 2009). De acordo com Costa & Cota (2009), alguns fatores devem ser observados no processo de tomada de decisão sobre a aplicação de fungicidas para o controle de moléstias no milho. Sendo eles: Histórico de doenças em nível regional e da propriedade, sendo que o histórico de doenças é a base para todo sistema de manejo integrado das mesmas, podendo assim saber o potencial das perdas de produção, melhor uso da cultivar e para a definição de todo o conjunto de estratégias que serão adotadas para o manejo de moléstias. Aplicação de fungicidas x resistência genética dos cultivares, pois, não se recomenda a aplicação de fungicidas para cultivares que apresentam resistência às moléstias predominantes na região. Aplicação de fungicidas x produtividade: o uso de fungicidas não aumenta a produtividade, apenas contribui para que não ocorram perdas de rendimento ocasionadas pelas moléstias, sendo que o componente de rendimento afetado pelas moléstias foliares após o pendoamento é o peso de grãos. 22 Aplicação de fungicidas x ocorrência de moléstias: para garantir uma maior eficiência das aplicações, é fundamental a realização do monitoramento da lavoura na fase de prépendoamento, antes da aplicação do fungicida. Época de aplicação de fungicidas na cultura do milho: a época ideal para a realização das aplicações de fungicidas na cultura do milho depende de um monitoramento da lavoura, que deve ser iniciado ainda na fase vegetativa. Disponibilidade de equipamentos para pulverização: outro fator limitante em aplicações em estádios mais avançados da cultura é a altura do equipamento de aplicação, sendo que o uso de aeronaves tem sido empregado com freqüência. O uso de fungicidas em lavouras comerciais deve estar embasado por critérios técnicos, visando a se obter uma maior eficiência no controle de moléstias e menores efeitos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. (COSTA & COTA, 2009). 23 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Local, Clima e Solo O experimento foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), no ano agrícola de 20092010. Localizado no município de Augusto Pestana (RS), o qual possui posição geográfica 28° 26’ 30 26” de latitude a sul e 54° 00' 58' 31 de longitude W apresentando altitude aproximada de 280 m. O clima da região, segundo a classificação de Köppen é cfa, subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada, com uma média anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm. O solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo e é classificado como um Latossolo Vermelho Distroférico Típico originário do basalto da formação da Serra Geral, caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argila tipo 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio. A área onde o experimento foi conduzido apresenta um sistema de semeadura direta na palha consolidado a cinco anos. O solo apresenta boa estrutura e drenagem, sendo a cultura antecessora a aveia preta, que foi utilizada para silagem. A fertilidade do solo foi verificada por meio de análise química, realizada no Laboratório de Análise de Solo da UNIJUI. Na Tabela 01 são visualizados os dados referentes à análise dos parâmetros químicos do solo. 24 Tabela 01: Dados obtidos da análise de solo da área experimental. IRDeR . Augusto Pestana – RS, 2009. AMOSTRA Argila (%) pH Índice SMP P K (mg/dm³) 1 57 6,1 6,3 26,8 136 Matéria Alumínio Ca Mg H+Al CTCpH 7,0 Orgânica (%) (cmolc/dm3) 2,5 0,0 7,5 2,8 3,1 13,7 Sat. CTCPh Sat CTCefetiva Cu Zn Mn S Na CTCefetiva por alumínio 7,0 por bases cmolc/dm3 (%) mg/dm³ 10,6 77,5 0,0 6,7 1,4 9,3 0,5 NR 2.2 Semeadura e Manejo do Experimento A área experimental foi dessecada, sendo realizado cerca de 20 dias antes da semeadura, com a aplicação do herbicida glifosato 480 g/l na dose de 2 litros ha-1. As sementes foram tratadas com o inseticida comercial Furazin® 310 FS de princípio ativo carbofurano 31%, para o controle das pragas de solo do milho. A parcela experimental foi constituída de 5 fileiras de 5 metros de comprimento, com espaçamento entre linhas de 0,6 m, sendo considerada parcela útil as 3 fileiras centrais. Os sulcos para plantio, bem como a adubação foram feitas com plantadeira mecânica, sendo realizada um dia antes do plantio. A semeadura foi realizada no dia 03 de outubro de 2009, sendo feita manualmente, com uso de saraquá, utilizando-se 3 sementes a cada 24 centímetros lineares, sendo que após as plantas terem 10 cm de estatura foi realizado o raleio para obter uma planta por cova. A adubação foi realizada com a fórmula 5-20-20, na dose de 450 kg ha-1 no momento do plantio, e complementada com 300 kg ha-1 de nitrogênio na forma de uréia, realizada em duas aplicações, no estádio fenológico V4 e V7, nos dias 07/11/2009 e 21/11/2009. Foi realizado controle químico da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), no dia 09/11/2009, com aplicação do inseticida comercial Lannate® BR (Metomil - 215 g/L). O controle de plantas invasoras foi realizado com capina manual. 2.3 Delineamento Experimental e Tratamentos O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos são os seguintes: 25 T1: cultivar P30F53 – testemunha; T2: cultivar P30F53 – com fungicida Tebuconazole (RIVAL - 1,0 L p.c. ha-1); T3: cultivar P30F53 – com fungicida Epoxiconazol + Piraclostrobina (OPERA – 0,75 L p.c. ha-1); T4: cultivar AG 9045 – testemunha; T5: cultivar AG 9045 - com fungicida Tebuconazole (RIVAL - 1,0 L p.c. ha-1); T6: cultivar AG 9045 - com fungicida Epoxiconazol + Piraclostrobina (OPERA – 0,75 L p.c. ha-1); T7: cultivar AS1550 - testemunha; T8: cultivar AS1550 – com fungicida Tebuconazole (RIVAL - 1,0 L p.c. ha-1); T9: cultivar AS1550 – com fungicida Epoxiconazol + Piraclostrobina (OPERA – 0,75 L p.c. ha-1). A aplicação dos fungicidas ocorreu em duas épocas, a primeira no estádio fenológico (V9) e a segunda no Pendoamento nos dias 03/12/09 e 22/12/2009, respectivamente. As aplicações foram feitas com uso de pulverizador costal manual, com três bicos do tipo leque 110º-SF-01, com uma vazão de 250 L ha-1. As aplicações foram realizadas por volta das 9 horas da manhã, sendo que no momento apresentava umidade relativa do ar (URA) em torno de 85% e as temperaturas eram amenas, em torno de 20 – 25 ºC. 2.4 Características dos Híbridos Utilizados Tabela 02: Características Agronômicas dos híbridos utilizados no experimento. Cultivar P30F53 AG9045 AS1550 Simples Simples Simples Tipo Precoce Super precoce Super precoce Ciclo Normal Cedo – Normal Normal Época de Plantio Alaranjado Amarelo alaranjado Avermelhado Cor do grão 65 – 70 mil 60 – 65 mil Densidade (Plantas/ha) 55 – 72 mil Semiduro Semidentado Semi duro Textura do grão Resistência Baixa Alta Alta Acamamento Alto Alto Alto Nível Tecnologia SUL, SE, CO e BA, TO, PI, MA, PE, AL,CE, MS,DF,GO,MG,SP,PR,RS,SC Sul Região de adaptação SE, PA, RO, RR, AC Pioneer (DU PONT DO Sementes Agroceres Agroeste Empresa BRASIL S.A) Fonte: Adaptado Cruz e Pereira Filho (Embrapa Milho e Sorgo - 2009). 26 Tabela 03: Comportamento dos híbridos de milho utilizados no experimento em relação às principais moléstias. Moléstia/Cultivar P30F53 AG9045 AS1550 S T Fusariose MS AT MS P. sorghi MS SI Physopella zeae S T S P. polysora MS T T Phaeosphaeria S SI Enfezamento MR AT MT H. turcicum MS MT H. maydis MS BT MT Cercospora MR T T Doenças colmo Sanidade grãos MR T T (POE) Legenda: AT - Altamente tolerante; T – Tolerante; MT - Medianamente tolerante; BT - Baixa tolerância; MR - Medianamente resistente; MS - Medianamente suceptível; S - Suceptível; SI - Sem informação; POE – Podridão de Espiga. Fonte: Adaptado Cruz e Pereira Filho (Embrapa Milho e Sorgo - 2009). 2.5 Características dos Fungicidas Utilizados Tabela 04: Fungicidas Utilizados Fungicida Opera EPOXICONAZOL - 50 g/L (5,0% m/v) + Príncipio Ativo PIRACLOSTROBINA - 133 g/L (13,3% m/v) Triazol + estrobilurina Grupo Químico Suspo/ Emulsão Formulação II - Altamente Tóxico Classe Toxicológica Fonte: BASF The Chemical Company e AGRIPEC (2009). Rival TEBUCONAZOLE – g/Lt (20 m/v) 200 Triazol Concentrado Emulsionável III – Medianamente Tóxico 2.6 Determinações Realizadas Foram analisadas dezoito características entre os diferentes tratamentos adotados no experimento, sendo as seguintes: • NPPI: Número de Plantas por Parcela Inicial. Determinada pela contagem de plantas antes da aplicação dos fungicidas. • IM: Incidência de Moléstias (%). Leitura realizada em V9, no momento da primeira aplicação de fungicida. • SMFE: Severidade de Moléstias na Folha da Espiga. Notas de um a dez, sendo: 1 = 0 – 10%; 2 = 11 – 20%; 3 = 21 – 30%; 4 = 31 – 40 %; 5 = 41 – 50%; 6 = 51 – 27 60%; 7 = 61 – 70%; 8 = 71 – 80%; 9 = 81 – 90% e 10 = 91 – 100%. Realizada na maturação fisiológica, no dia 01/02/2009. • SMAE: Severidade de Moléstias Acima da Espiga. Leitura da intensidade de moléstias nas folhas acima da espiga, utilizando a escala de notas de um a dez, sendo: 1 = 0 – 10%; 2 = 11 – 20%; 3 = 21 – 30%; 4 = 31 – 40 %; 5 = 41 – 50%; 6 = 51 – 60%; 7 = 61 – 70%; 8 = 71 – 80%; 9 = 81 – 90% e 10 = 91 – 100%. Realizada na maturação fisiológica do grão, no dia 01/02/2009. • SMABE: Severidade de Moléstias Abaixo da Espiga. Leitura da intensidade de moléstias na parte basal tendo como limite a espiga, utilizando a escala de notas de um a dez, sendo: 1 = 0 – 10%; 2 = 11 – 20%; 3 = 21 – 30%; 4 = 31 – 40 %; 5 = 41 – 50%; 6 = 51 – 60%; 7 = 61 – 70%; 8 = 71 – 80%; 9 = 81 – 90% e 10 = 91 – 100%. Realizada no estádio fenológico de maturação fisiológica, no dia 01/02/2009. • IC: Índice de Colheita, (%). Determinado em percentagem pela relação entre a produção de grãos e o rendimento biológico aparente. IC % = Produção de Grãos x 100 RBA Sendo, RBA = Peso da planta inteira. • PEP: Peso de Espiga da Parcela: Peso total das espigas (kg), sem palha, da parcela colhida. • NPPF: Número de Plantas da Parcela Final: Determinação do número final de plantas da área útil de cada parcela, realizada no momento da colheita. • NEP: Número de Espigas da Parcela. Determinada pela contagem final do número de espigas em cada parcela. • IE: Índice de Espiga. Obtido pela relação entre número de plantas e de espigas. • POE: Percentagem de Espigas com Sintomas de Podridão. • EST: Estatura de Plantas. Determinada pela medição (m) entre a base da planta até o início do pendão. Determinada em três plantas. • AIE: Altura de Inserção da Espiga: Determinada pela medição(m) entre a base da planta até a inserção da espiga em três plantas em cada parcela. • NFE: Número de Fileiras por Espiga: Determinado pela contagem do número de fileira de grãos em cada espiga, considerando uma amostra de cinco espigas. 28 • NGF: Número de Grãos por Fileira. Determinada por contagem do número de grãos por fileira em cinco plantas por parcela. • MMG: Massa Média de Grãos. Determinação da massa de 1000 grãos e considerado a massa de um grão. • RG: Rendimento de Grãos. Obtido pela pesagem dos grãos (kg) em cada tratamento, corrigido para 13% de umidade e transformado em kg ha-1. • RGE: Rendimento de Grãos Estimado. Rendimento de grãos estimado para uma população de 65.000 plantas por hectare considerando o número de plantas da parcela e o rendimento de grãos da parcela. 2.7 Análise Estatística Os dados foram submetidos à analise de variância para determinar o efeito dos tratamentos empregados. O teste F foi empregado para determinar a significância entre os tratamentos ao nível de 5% de probabilidade. As diferenças entre médias foram identificadas pelo Teste de Tukey a 5% de significância. 29 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos pela análise de variância, através do quadrado médio permitiram verificar que houve variação para os caracteres estudados. Para genótipos, houve diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade para as variáveis, Severidade de Moléstias na Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE); Severidade de Moléstias Abaixo da Espiga (SMABE); Podridão de Espiga (POE); Índice de Colheita (IC); Peso de Espiga da Parcela (PEP); Número de Espiga da Parcela (NEP); Índice de Espiga (IE); Estatura de Planta (EST); Altura de Inserção de Espiga (AIE); Número de Fileiras por Espiga (NFE) e Massa Média de Grão (MMG). Por outro lado, as variáveis, Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM); Número de Plantas por Parcela Final (NPPF); Número de Grãos por Fileira (NGF); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE) não apresentaram variação estatisticamente significativa. (Tabelas 05, 06 e 07). Entre fungicidas houve diferença significativa para, Severidade de Moléstias na Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE) e Severidade de Moléstias Abaixo da Espiga (SMABE). Entretanto, não houve diferença significativa para as variáveis, Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM); Podridão de Espiga (POE); Índice de Colheita (IC); Peso de Espiga da Parcela (PEP); Número de Plantas por Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP); Índice de Espiga (IE); Estatura de Planta (EST); Altura de Inserção de Espiga (AIE); Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF); Massa Média de Grão (MMG); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE). (Tabelas 05, 06 e 07). Considerando a interação entre genótipos e fungicidas o quadrado médio indicou variação para as características, Severidade de Moléstias na Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE) e Severidade de Moléstias Abaixo da 30 Espiga (SMABE), não evidenciando diferenças para Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM); Podridão de Espiga (POE); Índice de Colheita (IC); Peso de Espiga da Parcela (PEP); Número de Plantas por Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP); Índice de Espiga (IE); Estatura de Planta (EST); Altura de Inserção de Espiga (AIE); Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF); Massa Média de Grão (MMG); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE) ao nível de 5% de significância, conforme evidenciado nas Tabelas 05, 06 e 07. Tabela 05: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM); Severidade de Moléstias da Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE); Severidade de Moléstias Abaixo da Espiga (SMABE) e Percentagem de Espigas com Sintomas de Podridão (POE). QM Fonte de Variação GL NPPI IM SMFE SMAE SMABE POE ns ns 52,02 24,25* 5,06* 28,80* 1330,58* 2 9,69 Genótipo ns ns 2 13,03 50,38 14,26* 6,97* 8,15* 66,08 ns Fungicida 4 5,44 ns 88,24 ns 3,43* 1,35* 2,51* 5,79 ns Genótipo*Fungicida 3 6,10 ns 430,28* 1,57 ns 0,34 ns 2,80 ns 20,07 ns Bloco 24 6,98 59,11 1,84 0,43 1,85 34,80 Erro 35 Total 53,97 42,34 3,82 2,64 5,16 25,00 Média Geral 4,89 18,16 36,01 24,78 26,39 23,60 CV% * = Significativo a 5% de probabilidade de erro; ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. Tabela 06: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Índice de Colheita (IC); Peso de Espiga da Parcela (PEP); Número de Plantas da Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP); Índice de Espiga (IE); Estatura de Plantas (EST) e Altura de Inserção da Espiga (AIE). QM Fonte de Variação GL 2 Genótipo 2 Fungicida Genótipo*Fungicida 4 3 Bloco 24 Erro 35 Total Média Geral CV% - IC 263,91* 7,56 ns 10,00 ns 2,82 ns 4,73 PEP 7,22* 0,53 ns 0,20 ns 1,02 ns 0,56 NPPF 18,86 ns 6,78 ns 2,36 ns 1,21 ns 6,28 NEP 103,69* 0,36 ns 6,24 ns 4,07 ns 11,68 IE 0,6454* 0,0022 ns 0,0017 ns 0,0007 ns 0,0015 EST 0,2322* 0,0009 ns 0,0043 ns 0,0019 ns 0,0038 AIE 0,1670* 0,0002 ns 0,0068 ns 0,0022 ns 0,0035 - - - - - - - 48,38 4,50 11,93 52,97 6,29 4,73 53,11 6,43 1,0036 3,8751 1,7675 3,4972 0,9556 6,2041 * = Significativo a 5% de probabilidade de erro; ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. 31 Tabela 07: Resumo da análise de variância, média geral e coeficiente de variação das variáveis: Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF); Massa Média de Grão (MMG); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE). QM Fonte de Variação GL NFE NGF MMG RG RGE ns ns 2 33,01* 13,69 0,0091* 1406674,5 421705,447 ns Genótipo 508316,548 ns 2 0,09 ns 4,56 ns 0,0002 ns 144867,9 ns Fungicida 0,73 ns 0,25 ns 0,0001 ns 243331,9 ns 84208,786 ns Genótipo*Fungicida 4 3 0,12 ns 1,50 ns 0,0006 ns 1367424,5 ns 625577,715* Bloco 24 0,28 2,95 0,0003 486155,8 204221,842 Erro 35 Total 15,20 35,92 0,3307 10691,4 11859,470 Média Geral 3,47 4,78 4,9032 6,5 3,811 CV% * = Significativo a 5% de probabilidade de erro; ns = não significativo a 5% de probabilidade de erro. De acordo com o teste de médias de tratamentos, não houve diferença tanto para genótipos como para fungicida para os caracteres NPPI, IM, NPPF, NGF, RG e RGE. (Tabelas 08, 10, 11 e 12) A avaliação da incidência de POE coloca o híbrido P30F53 como o mais susceptível em relação aos demais. Percebe-se também não haver efeito do tratamento químico sobre esta variável. (Tabela 08). Para a variável EST não houve diferença estatística entre os tratamentos com fungicidas, sendo que, o genótipo AS 1550 apresentou a menor estatura de plantas quando comparado com os híbridos P30F53 e AG 9045. (Tabela 09). A aplicação de fungicida não influiu na AIE, por outro lado a menor AIE foi observada no genótipo AS 1550 e as maiores médias para o referido caráter nos híbridos P30F53 e AG 9045. Os dados evidenciam haver uma correlação entre EST e AIE. (Tabela 09). Em relação ao caráter IC, se verificou que o tratamento com fungicida não ocasionou diferenças estatísticas. O híbrido P30F53 foi o que apresentou menor IC em relação aos demais genótipos. (Tabela 09). Tabela 08: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Plantas da Parcela Inicial (NPPI); Incidência de Moléstias (IM) e Percentagem de Espigas com Sintomas de Podridão (POE). NPPI IM POE GEN ÓTIP RIVAL OPERA RIVAL OPERA RIVAL OPERA TEST TEST TEST O P30F5 54,5 aA 55,3 aA 55,3 aA 42,8 aA 41,5 aA 38,1 aA 37,3 aA 37,0 aA 34,3 aA 3 AG 53,0 aA 54,5 aA 53,3 aA 39,9 aA 39,9 aA 44,9 aA 24,8 abA 23,3 bA 21,8 abA 9045 AS 53,0 aA 55,8 aA 51,3 aA 49,5 aA 47,3 aA 37,3 aA 18,0 bA 16,5 bA 11,3 bA 1550 Médias seguidas por letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Tukey. Tabela 09: Teste de Médias para as Variáveis, Estatura de Plantas (EST); Altura de Inserção da Espiga (AIE) e Índice de Colheita. EST IC OPERA TEST RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA 1,84 aA 1,06 aA 1,07 aA 1,02 aA 43,6 bA 41,9 cA 44,2 bA 1,84 aA 1,00 aA 0,95 bA 1,03 aA 53,5 aA 53,8 aA 49,9 aA 1,59 bA 0,82 bA 0,85 bA 0,80 bA 50,6 aA 49,2 bA 48,7 aA maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância 32 GEN ÓTIP TEST RIVAL O P30F5 1,88 a A 1,91 aA 3 AG 1,81 a A 1,79 bA 9045 AS 1,63 b A 1,62 cA 1550 Médias seguidas por letras distintas pelo teste de Tukey. AIE 33 Para a variável NEP não se constatou diferença entre os tratamentos com fungicidas, sendo que, o genótipo AG 9045 apresentou o maior número de espigas comparado com as outras cultivares em estudo. (Tabela 10). Em relação ao IE a cultivar AG 9045 apresentou maior prolificidade em relação aos demais híbridos. Também não se observa efeito de fungicidas sobre o caráter estudado. (Tabela 10). A aplicação de fungicida não influenciou a variável NFE, entretanto o maior número de fileiras por espiga foi evidenciado no híbrido AS 1550. (Tabela 11). A variável MMG, não foi influenciada pela aplicação de fungicidas. Por outro lado, o híbrido AG 9045 foi o que evidenciou a maior média para o caráter, conforme pode ser verificado na tabela 11. Tabela 10: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Plantas da Parcela Final (NPPF); Número de Espigas da Parcela (NEP) e índice de Espiga (IE). NPPF GENÓ TIPO TEST P30F53 54,3 aA NEP IE RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA 54,5 aA 54,5 aA 52,3 aA 50,5 aA 51,0 bA 0,96 bA 0,92 b A 0,94 bA AG 52,0 aA 53,0 aA 51,5 aA 55,8 aA 56,3 aA 57,5 aA 1,07 aA 1,06 a A 1,12 aA 9045 AS 53,8 aA 50,8 aA 52,8 aA 50,3 bA 0,98 b A 0,99 bA 52,5 aA 51,8 aA 0,99 bA 1550 Médias seguidas por letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Tukey. Tabela 11: Teste de Médias para as Variáveis, Número de Fileiras por Espiga (NFE); Número de Grãos por Fileira (NGF) e Massa Média de Grão (MMG). NFE GENÓ TIPO TEST P30F53 15,4 aA NGF MMG RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA TEST RIVAL 15,4 bA 15,8 aA 37,8 aA 36,7 aA 36,9 aA 0,332 abA 0,339 aA OPERA 0,342 aA 34 AG 13,8 bA 13,5 cA 12,9 bA 35,5 aA 34,4 aA 35,3 aA 0,349 aA 0,351 aA 0,363 aA 9045 AS 16,3 aA 17,0 aA 16,7 aA 36,4 aA 34,9 aA 35,7 aA 0,298 bA 0,304 bA 0,299 bA 1550 Médias seguidas por letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Tukey. 35 Em relação à PEP, o genótipo AG 9045 se mostrou inferior aos demais. Percebe-se também não haver diferença estatística entre os tratamentos com fungicidas para esta variável. (Tabela 12). A análise da interação entre fungicida x genótipo para a variável SMFE revelou eficiência para fungicida na cultivar P30F53, sendo que os tratamentos com Rival e Opera apresentaram as menores médias de Severidade de Moléstias da Folha da Espiga. A avaliação da característica SMAE (Severidade de Moléstias Acima da Espiga) revelou interação significativa, onde podemos observar nos genótipos AG9045 e As1550. Podemos também observar que o tratamento com Opera foi eficiente para o controle de moléstias nas folhas localizadas abaixo da espiga (SMABE), conforme Tabela 13. Tabela 12: Teste de Médias para as Variáveis, Peso de Espigas da Parcela (PEP); Rendimento de Grãos (RG) e Rendimento de Grãos Estimado (RGE). PEP RG RGE GENÓ TIPO TEST RIVAL OPERA TEST P30F53 12,48 aA 12,27 aA 13,15 aA 10997,5 aA 10757,8 aA 11483,9 aA RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA 11867,4 aA 12008,8 aA 12327,9 aA AG 11,16 aA 11,00 aA 11,13 bA 10488,4 aA 10348,6 aA 10462,5 aA 11792,9 aA 11433,4 aA 11888,8 aA 9045 AS 11,98 aA 12,21 abA 12,02 aA 10653,6 aA 10610,3 aA 10419,7 aA 11873,4 aA 11542,4 aA 12000,4 aA 1550 Médias seguidas por letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Tukey. Tabela 13: Teste de Médias para as Variáveis, Severidade de Moléstias da Folha da Espiga (SMFE); Severidade de Moléstias Acima da Espiga (SMAE) e Severida de Moléstias Abaixo da Espiga (SMAE). SMFE SMAE SMABE GENÓ TIPO TEST RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA TEST RIVAL OPERA P30F53 5,0 aA 3,1 bAB 2,6 aB 3,7abA 2,3 abA 3,1 aA 4,7 bA 3,8 bA 3,6 aA 36 AG 2,4 bA 3,4 abA 1,8 aA 2,6 bA 1,8 bAB 1,3 bB 4,8 bA 4,8 bA 4,2 aA 9045 AS 6,8 aA 5,9 aA 3,4 aA 4,3 aA 3,0 aAB 1,8 abB 8,2 aA 7,6 aA 5,0 aB 1550 Médias seguidas por letras distintas maiúsculas na linha e minúsculas, na coluna não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Tukey. 37 A aplicação de fungicidas em lavouras de milho e em trabalhos experimentais ainda é assunto de muitas discussões em função da instabilidade na obtenção de resultados sobre o rendimento de grãos, onde não se tem obtido repetibilidade e sobre sua viabilidade econômica (CARVALHO, 2010; COSTA & COTA, 2009). Em experimento realizado na Universidade de Passo Fundo – UPF, no Município de Coxilha-RS, avaliando a aplicação do fungicida Opera, para controle de moléstias no híbrido P30F53 observou-se, média de grãos de 9.935 kg/ha para a Testemunha, enquanto que no tratamento com fungicida o rendimento de grãos foi 9.980 kg/ha. No mesmo trabalho usando o híbrido P32R21, a testemunha produziu 6.930 kg/ha e com fungicida 9.072 kg/ha conforme Costa & Boller13 (2009), apud Reis (2009). Jardine e Laca-Buendía (2009), ao testar vários princípios ativos de fungicidas, entre eles, Rival (Tebuconazol) e Opera (Epoxiconazol + Piraclostrobina), usando o híbrido DKLB 455 não verificou diferença estatística no rendimento de grãos em comparação a testemunha. Mesma tendência foi observada por Barros (2008), avaliando o uso de Opera e Priori-extra em 33 híbridos de milho não encontrando diferença significativa entre as médias de tratamento. Swartz & Marchioro (2009), em experimento com o fungicida Opera, em diferentes estádios de aplicação verificou que o mesmo contribuiu para redução de perdas de rendimento em relação à testemunha. Campos & Trento (2007), em avaliação de diferentes híbridos de milho, sob fungicidas do grupo químico dos triazóis e estrubilurinas verificaram que estes fungicidas foram eficientes no controle da Ferrugem Comum do milho, havendo assim ganhos em produtividade em comparação à testemunha. Esses resultados contraditórios levam a inferir que as respostas ao fungicida são dependentes de genótipos. Brugnera et al. (2006), encontrou que, entre os quarenta e um híbridos avaliados, somente cinco híbridos não apresentaram resposta significativa quanto ao uso de fungicidas quando comparado à testemunha, indicando que existem diferenças no comportamento dos cultivares em relação ao uso de fungicidas. Também, Brito et al.14 (2007) apud Swartz & Marchioro (2009), testando a mesma mistura (fungicida) piraclostrobina + epoxiconazol em diferentes tratamentos não obteve resultados significativos de produtividade com híbridos resistentes e moderadamente resistentes, por outro lado, a produtividade dos 13 COSTA, D. I. da; Eficiência e qualidade de aplicações de fungicidas, por vias terrestre e aérea, no controle de doenças foliares e no rendimento de grãos de soja e milho. Tese (Doutorado em Agronomia), 2009. 14 BRITO, A.H.; PINHO, R.G..V.; POZZA, E.A.; PEREIRA, J.L.A.R.; FILHO,E.M.F. Efeito da cercosporiose no rendimento de hibridos comerciais de milho. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.32, n.6, p.472-479, 2007. 38 híbridos suscetíveis foi 13,02% superior aquela em que os mesmos não receberam aplicação de fungicidas, isso demonstra a eficiência do fungicida no controle de moléstias. Logo, podemos concluir conforme trabalho de Brandão et al., (2003) que ocorre uma resposta diferenciada dos híbridos conforme a sua resistência. A recomendação de fungicidas para o controle de doenças deverá ser realizada em função do nível de resistência do genótipo, tanto para redução do impacto da moléstia quanto para uma resposta de aumento na produtividade. Os resultados obtidos na interação das variáveis SMFE, SMAE e SMABE, vêm de encontro com os encontrados por vários autores. Indicando que o fungicida reduz a severidade de moléstias (PINTO et al., 2004; CAMPOS & TRENTO 2007). 39 CONCLUSÕES 1. O controle químico com fungicidas (Tebuconazol – Rival e Epoxiconazol + Piraclostrobina - Opera) não proporcionou aumento na produtividade e nos componentes de rendimento de grãos do milho. 2. Os fungicidas aplicados proporcionaram uma redução na severidade de moléstias. 3. O genótipo é fator importante a ser considerado na decisão sobre a realização da aplicação de fungicida. 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R.C.; DEL PONTE, E.M.; Ferrugem comum do milho. In: DEL PONTE, E.M. (Ed.) Fitopatologia.net - herbário virtual. Departamento de Fitossanidade. Agronomia, UFRGS. Disponível em: < http://www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=32 > Acesso em: 30 out 2009. ALVES, R.C.; DEL PONTE, E.M.; Ferrugem polisora do milho. In: DEL PONTE, E.M. (Ed.) Fitopatologia.net - herbário virtual. Departamento de Fitossanidade. Agronomia, UFRGS. Disponível em: < http://www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=129 > Acesso em: 30 out 2009. ALVES, R.C.; DEL PONTE, E.M.; Helmintosporiose do milho. In: DEL PONTE, E.M. (Ed.) Fitopatologia.net - herbário virtual. Departamento de Fitossanidade. Agronomia, UFRGS. Disponível em: < http://www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=299 > Acesso em: 30/10/2009. BARROS, R. Aplicação foliar de fungicidas químicos na cultura do milho safrinha. In: Tecnologia e Produção: Milho Safrinha e Culturas de Inverno. Fundação MS: Maracaju, 2008. p.71-77. Disponível em: <http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:gqdfEWhMVjcJ:www.fundacaoms.org.br/req uest.php%3F48+Aplica%C3%A7%C3%A3o+foliar+de+fungicidas+qu%C3%ADmicos+na+ cultura+do+milho+safrinha.&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjYnAWhac_0gmuq9f4vTOj3rLyplWrRcyBkBgl9hjwX7ix7JDmdyhL4bAtiy2DoPc61Hs3mkqBbc0tHd35Sf3OyIYP2aTOSw7Dmtj2blooocYZTa3foDtntwPTDNBEvT8 tQPr&sig=AHIEtbSbNXXqkQKiVj2_z07PKKqFRtPHIg>. Acesso em: 03/04/2010. BASF The Chemical Company; Opera®. Disponível em: < http://agro.basf.com.br/UI/Produtos.aspx?CodProduto=42 >. Acesso em: 02/11/2009. BAYERCROPSCIENCE; Folicur 200 EC®. Disponível em: <http://www.bayercropscience. com.br/site/nossosprodutos/protecaodecultivosebiotecnologia/DetalheDoProduto.fss?Produto =75>. Acesso em: 02/11/2009. BRANDÃO, A. M. et al. Fungicidas e épocas de aplicação no controle da ferrugem comum (Puccinia sorghi Schew) em diferentes híbridos de milho. Biosci. J.; Uberlândia; v.19, n.1, p.43-52, Jan./Abr. 2003. 41 BRUGNERA, A. et al.; Competição de híbridos de milho na região oeste da bahia safra 2005/2006. Fundação Bahia - Fundação de apoio à pesquisa e desenvolvimento do oeste baiano; 2006, 10 p. CAMPOS, A. L. de; TRENTO, S. M. Efeito do uso de mistura fungicida (triazol + estrobirulina) no controle da ferrugem comum (Puccinia sorghi schw.) na cultura do milho safrinha (Zea mays L.). 2007, 13 p. Disponível em: <http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Agronomia/efeito_do_uso_de_mistura_fungicida_no_contro lc_da_ferrugem_comum_na_cultura_do_milho_safrinha.pdf>. Acesso em: 03/04/2010. CARVALHO, D. de O.; Milho – Com equilíbrio. Revista Cultivar – Grandes Culturas. Pelotas – RS, Ano XII, nº - 133, 2010. CASELLA, C. R.; FERREIRA, A. da S.; PINTO, N. F. J. de A.; Doenças na Cultura do Milho. Circular técnica 83; 1. ed., Sete Lagoas, MG.; EMBRAPA CNPMS, 2006, 14 p. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2006/circular/ Circ_83.pdf >. Acesso em 23/10/2009. CONAB; Milho total (1ª e 2ª safra) – Brasil. Disponível em: < http://www.conab.gov.br/conabweb/download/ safra/MilhoTotalSerieHist.xls >. Acesso em 27/10/2009. COSTA, F. M. P. da; Severidade de Phaeosfaeria maydis e rendimento de grãos de milho (Zea mays L.) em diferentes ambientes e doses de nitrogênio. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; Piracicaba, 2001, 99 p. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-02072002-115459/ >. Acesso em: 18/10/2009. COSTA, R. V. da; COTA, L. V.; Controle químico de doenças na cultura do milho: aspectos a serem considerados na tomada de decisão sobre aplicação. Circular técnica 125; 1. Ed., Sete Lagoas, MG.; EMBRAPA CNPMS, 2009, 11 p. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2009/circular/Circ_125.pdf>. Acesso em: 03/04/2010. EMBRAPA; Cultivo do milho. EMBRAPA-CNPMS, 2008. Disponível em: < http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho/economia.htm >. Acesso em: 25/10/2009. EMBRAPA; Características agronômicas das cultivares de milho disponíveis no mercado na safra 2009/10. EMBRAPA-CNPMS, 2009. Disponível em: < http://www.cnpms.embrapa.br/milho/cultivares/TABELA1.html >. Acesso em: 02/11/2009. EMBRAPA; Comportamento das cultivares de milho disponíveis no mercado brasileiro na safra 2009/10 em relação às principais doenças. EMBRAPA-CNPMS, 2009. Disponível em: < http://www.cnpms.embrapa.br/milho/cultivares/TABELA2.html >. Acesso em: 02/11/2009. FANCELLI, A. L. Fisiologia, nutrição e adubação de milho para alto rendimento. Anais; Departamento de Produção Vegetal ESALQ/USP; Piracicaba – SP; 2000, 9 p. Disponível em: <http://www.ppippic.org/ppiweb/pbrazil.nsf/926048f0196c9d4285256983005c64de/7ac8778 42 64218d46983256c70005790fc/$FILE/Anais%20Antonio%20Luiz%20Fancelli.doc>. Acesso em: 20/10/2009. FANCELLI, A. L.; DOURADO NETO, D.; Produção de milho. Guaíba, Agropecuária, 2000. 360 p. FERNANDES, F. T. et al.; Cultivo do milho: podridões do colmo e das raízes. Comunicado técnico 60; 1. ed., Sete Lagoas, MG.; EMBRAPA CNPMS, 2002, 5 p. Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2002/comunicado/ Com_60.pdf >. Acesso em 23/10/2009. JARDINE, D. F.; LACA-BUENDÍA, J. P.; Eficiência de fungicidas no controle de doenças foliares na cultura do milho. FAZU em Revista, Uberaba, n. 6, p. 11-52, 2009. Disponível em: < http://www.fazu.br/Imagens/publicacoes/documentos/FazuRevista2009.pdf>. Acesso em: 03/04/2010. LUZ, W. C. da; Controle das doenças fúngicas da parte aérea de milho. Comunicado técnico Online 40; Passo Fundo, RS.; EMBRAPA CNPT, 1999, 1 p. Disponível em: < http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/p_co40.htm>. Acesso em: 03/04/2010. PEREIRA. O. A. P.; CARVALHO. R. V. de; CAMARGO. L. E. A. Doenças do Milho. In: KIMATI, H. et al.( Eds). Manual de fitopatologia: doenças de plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. Vol.2. cap. 55, p. 477 – 488. PINAZZA, L. A. Perspectiva da cultura do milho e do sorgo no Brasil. In: BÜLL, L. T.; CANTARELLA, H. (Eds.). Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFOS, p. 1 – 10, 1993. PINTO, N. F. J. A. Eficiência de doses e intervalos de aplicações de fungicidas no controle da mancha foliar do milho provocada por Phaeosphaeria maydis Rane, Payak & Renfro. Ciências e Agrotecnologia, Lavras, v. 23, n. 4, p. 1006 - 1009, 1999. PINTO, N. F. J. DE A.; ANGELIS, B. DE; HABE, M. H. Avaliação da eficiência de fungicidas no controle da cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) na cultura do milho. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v.3, n.1, p.139-145, 2004. REIS, E. M.; Critérios Indicadores do momento para aplicação de fungicidas visando ao controle de doenças em soja e trigo. Aldeia Norte Editora; Passo Fundo; 2009, 148 p. REIS, E. M.; CASA, R. T.; BRESOLIN, A. C. R.; Manual de diagnose e controle de doenças no milho. 2. ed. rev. atual. Lages; Graphel, 2004, 144 p. REIS, E. M.; FORCELINI, C. A.; REIS, A. C.; Manual de fungicidas: guia para o controle químico de doenças de plantas. 5. ed., rev. e ampl., Passo Fundo. Universidade de Passo Fundo, 2007. 153 p. SWARTZ, E.; MARCHIORO, V. S.; Controle de doenças com fungicida em milho safrinha. Cultivando o Saber. Cascavel, v.2, n.1, p.38-45, 2009. Disponível em: <http://www.fag.edu.br/graduacao/agronomia/csvolume2/05.pdf>. Acesso em: 03/04/2010. 43 SILVA, O. C; SCHIPANSKI, C. A; VEIGA, J. Obstáculo à produção. Caderno técnico: Doenças. Circula encartado na revista Cultivar Grandes Culturas, n.94, p.3-10, 2007. TRENTIN, F.; Efeito do uso de fungicida na produtividade do milho. Monografia (Graduação) - Faculdade Assis Gurgacz; Cascavel, 2007. 25 p. Disponível em: <http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Agronomia/efeito_do_uso_de_fungicida_na_produtividade_ do_milho.pdf>. Acesso em: 03/04/2010. WIKIPEDIA; História do milho. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Milho# Hist.C3.B3ria >. Acesso em 27/10/2009. YAMADA, T.; Resistência de plantas às pragas e doenças: pode ser afetada pelo manejo da cultura? Informações Agronômicas. Piracicaba: POTAFOS, nº 108, p. 1 – 7, 2004. 44 ANEXOS 45 ANEXO 1 Dados de precipitação pluviométrica (mm) referente ao período de Outubro de 2009 a Março de 2010. IRDeR, Augusto Pestana – RS. Precipitação (mm) ------------------2009------------------------------------2010----------------Dias/Mês Out Nov Dez Jan Fev Mar 5,6 0 0 0 0 0 1 0 0 15,6 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 3 0 1,8 0 13,6 0 0 4 0 0 0 38,2 0 0 5 79,7 0 15,2 29,0 0,5 0 6 0 85,4 0 0 43,8 0 7 0 0 0 1,0 21,8 0 8 0 0 13,2 24,4 0 0 9 0 51,6 10,6 42,6 0 0 10 0 0 0 0 0 0 11 0 0 22,8 0 0 0 12 0 33,6 0 0 0 8,2 13 0 78,0 0 0 70,6 0 14 0 24,4 0 0 7,8 0 15 0 0 0 42,0 38,2 0 16 0 0 0 0 0 0 17 0 25,4 0 0 0 0 18 0 3,2 0 45,3 0 8,6 19 0 19,5 7,8 0 0 8,4 20 0 19,8 0 0 0 0 21 0 47,8 0,6 0 30,2 45,4 22 0 11,2 8,5 0 61,0 1,4 23 41,6 0 2,4 9,5 0 0 24 0 8,2 87,8 9,8 0 0 25 0 0 3,4 0 0 0 26 0 0 0 0 2,8 0 27 0 31,0 0 6,2 1,0 0 28 0 0 0 0 0 0 29 0 30,6 30,0 0 0 0 30 0 0 0 1,4 0 0 31 Total Acum. 126,9 471,5 217,9 262,9 277,7 72,0 Média Hist. 157 153,2 126,5 144,4 146,8 115,3 46 ANEXO 2 Dados de temperaturas máximas e mínimas (°C) referentes ao período de Outubro de 2009 a Março de 2010. IRDeR, Augusto Pestana – RS. Temperatura (°C) ------------------------2010-------------------------------------------2009-------------------- ---Out Nov Dez Jan Fev Mar Dias Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. 8,6 19,2 15,4 35,2 16,4 32,0 15,8 30,4 20,0 33,4 15,4 30,0 1 7,2 21,2 16,0 36,8 18,4 29,2 19,6 33,4 23,0 35,4 15,8 30,2 2 7,0 24,8 21,0 29,0 15,6 28,2 19,6 34,0 22,0 36,8 18,0 30,8 3 11,0 32,9 19,0 32,2 15,2 27,1 22,6 30,8 23,4 35,4 18,4 32,0 4 20,8 33,2 20,6 35,0 12,8 31,8 20,8 31,8 21,4 37,4 17,0 31,8 5 15,0 26,6 21,2 31,5 11,2 31,0 18,2 26,2 23,6 35,8 14,0 30,8 6 14,2 20,0 20,0 31,0 18,6 26,8 19,0 27,9 22,0 36,9 13,4 28,2 7 11,6 20,4 14,6 24,4 17,0 30,0 18,0 33,0 17,0 24,8 15,4 29,0 8 7,8 25,2 12,8 31,2 16,2 30,8 20,2 25,8 17,0 31,0 16,2 29,0 9 11,2 28,6 16,9 24,0 17,2 32,0 19,0 27,8 15,0 31,8 15,2 30,0 10 15,4 27,0 15,0 27,6 21,1 29,1 20,4 32,4 20,4 33,0 16,0 32,2 11 11,8 23,2 17,8 30,8 16,2 23,0 22,0 30,0 19,8 34,0 13,0 30,0 12 5,2 25,6 19,6 25,0 9,4 26,0 19,2 25,6 20,6 33,0 14,0 28,0 13 9,4 26,2 18,2 24,6 11,4 29,8 14,3 29,7 21,0 33,4 15,4 26,8 14 14,2 19,7 16,4 22,2 14,6 32,2 15,2 31,6 20,2 28,2 16,2 27,6 15 10,8 19,0 16,4 30,4 14,0 34,6 18,7 30,2 20,0 28,0 11,6 28,4 16 10,4 24,8 15,0 33,4 19,2 29,8 18,6 33,8 18,6 29,2 32,6 17 14,2 24,4 13,8 27,8 17,0 33,0 20,1 31,5 18,6 32,0 12,6 33,0 18 13,1 30,9 19,2 36,0 21,8 34,2 21,8 26,7 31,8 19,0 19 11,0, 27,5 20,2 25,4 21,2 32,6 17,1 28,2 20,2 32,0 18,0 20 9,0 30,0 17,4 30,0 20,8 31,8 14,5 27,8 22,6 32,8 17,8 31,0 21 11,2 31,0 17,4 23,4 21,6 33,6 17,4 30,1 22,0 32,2 16,8 25,4 22 12,6 32,2 16,0 24,8 20,6 32,8 14,0 31,2 20,8 24,8 18,4 25,4 23 11,6 24,0 15,2 28,6 21,8 33,4 17,2 32,4 18,0 25,8 20,0 26,4 24 13,4 26,0 20,2 28,2 20,4 33,4 19,0 29,4 12,2 23,6 16,2 25,0 25 15,6 25,2 19,4 33,2 19,8 33,8 17,4 31,0 11,2 27,6 16,0 31,0 26 8,4 29,2 20,4 34,6 21,2 33,8 11,6 30,8 15,4 29,4 20,4 31,0 27 14,6 31,6 19,6 29,3 18,6 34,4 19,2 30,6 17,0 29,6 18,2 30,0 28 17,0 33,8 18,0 33,6 17,0 31,8 17,2 31,0 29 20,2 35,2 17,4 28,8 17,8 31,0 16,4 33,4 15,4 30,6 30 16,2 36,0 18,2 29,8 20,6 33,4 14,8 33,0 31 Média 11,7 26,7 17,6 29,6 17,5 31,1 18,2 30,4 18,7 30,3 16,2 29,7 47 ANEXO 3 Dados de umidade relativa do ar referente ao período 2009. IRDeR, Augusto Pestana – RS. UMIDADE RELATIVA Out Nov Dias 9 hrs 15 hrs 21 hrs 9 hrs 15 hrs 90 48 87 46 15 1 75 36 12 2 88 20 80 68 90 3 88 40 52 25 4 72 35 71 54 83 5 72 32 71 90 6 90 90 81 90 92 7 91 80 90 92 63 8 90 60 89 85 30 9 81 68 91 10 58 55 90 54 11 57 70 62 90 43 12 77 13 72 90 91 13 79 91 90 91 14 92 91 91 91 15 73 90 90 48 16 84 70 40 17 76 51 83 91 18 55 47 19 92 94 20 60 58 90 66 21 90 31 90 95 22 24 54 95 23 90 90 90 96 95 24 91 60 83 95 85 25 67 90 35 26 80 38 27 83 93 92 28 90 35 29 53 12 45 91 47 30 42 9 38 31 de Outubro de 2009 a Dezembro de 21 hrs 53 37 90 90 88 Dez 9 hrs 90 90 82 67 84 75 84 91 91 91 82 69 90 90 92 90 96 93 95 90 80 83 74 88 75 90 77 48 58 83 88 83 64 92 90 92 87 92 90 90 90 15 hrs 33 90 30 21 hrs 82 91 42 90 75 48 84 91 83 79 90 92 82 60 20 20 13 22 55 43 38 61 60 50 46 58 47 49 20 87 78 27 78 52 48 84 77 83 90 90 90 80 90 84 90 75 43 72 90 45 48 ANEXO 4 Dados de umidade relativa do ar referente ao período IRDeR, Augusto Pestana – RS. UMIDADE RELATIVA Jan Fev Dias 9 hrs 15 hrs 21 hrs 9 hrs 15 hrs 74 52 84 79,3 55 1 90 42 62 75 42 2 90 73 90 60 25 3 90,7 92 88 55 70 4 92 93 90 71,6 33 5 93 92 94 81 42 6 93 90 83,7 93 50,2 7 90 55 96 82,6 88,6 8 92 92 90 85 26 9 94 93 91 92 80 10 85 56,2 85 91 80 11 85 85 90 91 50 12 84,2 80,3 90 90 47 13 87,4 43,1 71,4 91 91 14 74,6 56,2 75,6 92 93 15 72,6 75,4 86,5 94 72 16 84,6 70,2 86,2 100 17 88 68,8 75 96 60 18 87,6 85,7 87,3 19 81,8 60,2 81,6 90 68 20 80,5 55,3 84,2 90 68 21 75,5 60,3 85,6 92 85 22 88 60 92 93 93 23 94 46 85 93 91 24 82 68 84 68 39 25 83,7 47 85 90 46 26 83,7 52,4 75 90 60 27 82,9 49 92 92 40 28 91 49 85 29 87 45 85 30 90 59 91 31 de Janeiro de 2010 a Março de 2010. 21 hrs 71 70 60 90 87 90 90 88,8 78 88 90 84 75 91 85 91 95 88 84 90 89 91 95 80 81 87 96 80 Mar 9 hrs 75 65 90 90 90 90 90 90 91 90 92 91 91 75 90 91 93 91 92 92 93 92 92 82 92 90 90 91 15 hrs 40 33 50 51 27 35 57 50 38 25 90 82 75 12 35 33 45 48 56 91 91 92 74 51 60 50 45 34 15 21 hrs 87 84 85 84 82 80 89 74 80 80 85 90 90 74 75 90 88 90 92 90 83 92 85 79 71 69