A INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CLASSE DE FUNCIONALIDADE III THE INTERVENTION OF OCCUPATIONAL THERAPY IN CONGESTIVE HEART FAILURE CLASS III FUNCTIONALITY. Ana Paula Silva Vasconcelos - [email protected] Heloisa Camargo Said - [email protected] Léslie Ritz de Oliveira - [email protected] Prof. Esp. Paula Sandes Leite Marques - [email protected] RESUMO O presente artigo aborda a atuação da terapia ocupacional na reabilitação cardíaca intervindo na insuficiência cardíaca congestiva, classe de funcionalidade III. A insuficiência cardíaca congestiva é caracterizada por anormalidades da função ventricular que acarreta ao paciente intolerância ao esforço, fadiga, fraqueza muscular, entre outros, o que gera um grande impacto na vida dos pacientes pela restrição de suas atividades cotidianas. O terapeuta ocupacional vem oferecendo importante contribuição nesta área, através da aplicação de atividades dirigidas às necessidades específicas do paciente, primando pela independência na execução de suas atividades da vida diária e instrumental, utilizando-se de técnicas e conservação de energia, simplificação de trabalho e de adaptações para que possa reassumir a execução das atividades que lhe satisfaz. O interesse pelo assunto surgiu devido à escassez de trabalhos publicados na área de reabilitação cardíaca da necessidade de ampliar os conhecimentos e divulgar a intervenção realizada pela terapia ocupacional nesta área. Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca Congestiva. Reabilitação Cardíaca. Terapia Ocupacional ABSTRACT This article discusses the role of occupational therapy in cardiac rehabilitation intervening in congestive heart failure, functional class III. Congestive heart failure is characterized by abnormalities of ventricular function that leads to the patient exercise intolerance, fatigue, muscle weakness, among others, which creates a great impact on the lives of patients by restricting their daily activities. The occupational therapist has offered to contribute in this area through the implementation of activities directed toward the specific needs of the patient's striving for independence in performing activities of daily living and instrumental, using techniques and energy conservation and adjustments so you can resume the implementation of activities that satisfies. The interest in this subject arose from the lack of published studies of cardiac rehabilitation and the need to enhance understanding and promote the intervention carried out by occupational therapy in this area. Key words: congestive heart failure. cardiac rehabilitation. Occupational Therapy Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 INTRODUÇÃO O aparelho cardiovascular é o responsável pela distribuição do oxigênio e nutrientes a todos os órgãos do corpo, e qualquer ameaça ou distúrbio instalado que tenha impacto em sua eficiência pode se manifestar na forma de fadiga muscular, dispnéia ou angina no peito, causando disfunções ocupacionais, uma vez que constituem ameaça à disponibilidade de energia para execução de atividades que exijam esforço físico. Nos Estados Unidos, as doenças cardiovasculares são a principal causa de admissão nos hospitais. “As doenças do aparelho circulatório são a maior causa de mortalidade no Brasil, sendo responsáveis por 31,5% dos óbitos, especialmente nas faixas etárias a partir dos 50 anos de idade” (CORDEIRO, 2007, p.502). “Um estudo finlandês apontou as doenças cardiovasculares como importantes determinantes de incapacidades e limitações nas atividades, na faixa etária de 65 a 74 anos, constituindo-se em crescente sobrecarga social e de saúde comunitária.” (CORDEIRO, 2007, p.502). A insuficiência cardíaca congestiva é uma das moléstias que pode acometer o sistema cardiovascular. Isso ocorre devido à incapacidade do coração em funcionar eficientemente como uma bomba, levando quantidades de sangue inferiores às necessidades metabólicas dos tecidos. Essa incapacidade pode ser devido a um enchimento cardíaco insuficiente ou deficiente e/ou contração e esvaziamento prejudicados. O quadro clínico da doença traz limitações importantes e/ou até mesmo incapacidades em realizar atividades do cotidiano, gerando um grande impacto funcional, advindo principalmente da ameaça à disponibilidade de energia necessária para execução dessas atividades. O terapeuta ocupacional compõe a equipe de reabilitação cardíaca e oferece uma contribuição importante auxiliando os pacientes com moléstia cardíaca a se adaptarem a nova situação, promovendo uma maior autonomia e independência nas AVD’s, atividades laborativas e de lazer. Por meio de modificações na rotina deles, quando necessárias, o uso de adaptações pode trazer benefícios, além das atividades físicas, artesanais e ações educacionais que poderão ser realizadas. Para demonstrar a importância da intervenção da terapia ocupacional na Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 reabilitação de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, foi realizada uma pesquisa. O método utilizado foi o de Estudo de Caso em uma paciente com insuficiência cardíaca congestiva classe de funcionalidade III, com análise e descrição dos resultados obtidos. Para a intervenção, utilizou-se uma sala equipada com recursos terapêuticos necessários ao desenvolvimento das terapias, onde foram realizada a avaliação, os atendimentos e a reavaliação, além dos atendimentos domiciliares. O objetivo foi proporcionar à paciente independência e autonomia nas atividades da vida diária e nas atividades instrumentais da vida diária e, consequentemente, melhoria na qualidade de vida. 1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA A insuficiência do coração, ou insuficiência cardíaca, é o estado fisiopatológico no qual o coração é incapaz de bombear o sangue equivalente às necessidades metabólicas dos tecidos ou pode fazê-los apenas com elevada pressão de enchimento. Essa incapacidade de bombeamento pode ser devido a um enchimento cardíaco insuficiente ou deficiente e/ou contração e esvaziamento prejudicados. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003) A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) representa uma síndrome clínica caracterizada por anormalidades da função ventricular esquerda e regulação neuro-hormonal, que são acompanhadas pela intolerância ao esforço, retenção de fluidos e redução da longevidade. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ apud PACKER, 2003, p.542). A insuficiência cardíaca congestiva é considerada como uma das prioridades entre as enfermidades crônicas que necessitam de estratégia especial de prevenção primária e tratamento em todo o mundo. É uma condição clínica associada a piora da capacidade funcional, diminuição da qualidade de vida e aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes. (FABRI; MANSUR; RAMOS apud Organização mundial da saúde, 2009). As causas para ICC são divididas em três categorias: causas de base; causas fundamentais; causas precipitantes. As causas de base são aquelas que Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 compreendem as anormalidades estruturais que afetam vasos, músculo cardíaco ou válvulas cardíacas, podendo ser essas congênitas ou adquiridas. As causas fundamentais são aquelas que compreendem os mecanismos bioquímicos e fisiológicos de sobrecarga hemodinâmica ou redução do aporte de oxigênio que comprometerão a contração miocárdica. As causas precipitantes são aquelas que compreendem as causas específicas ou incidentes que precipitam a insuficiência cardíaca em 50 a 90% dos episódios clínicos desta. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003). A “New York Heart Association” (NYHA) desenvolveu uma classificação para pacientes com doença cardíaca baseada na relação entre os sintomas e a quantidade de esforço necessário para provocá-los (classe funcional). Esta classificação é bastante útil para comparações de grupos de pacientes, e até do mesmo paciente em diferentes épocas. São divididas em quatro classes: Classe I – Sem limitações: as atividades físicas normais não provocam fadiga excessiva, dispnéia ou palpitação; Classe II – Limitação leve da atividade física: assintomático em repouso, fadiga, palpitação, dispnéia ou angina em atividades físicas normais; Classe III – Limitação acentuada da atividade física: ainda assintomática em repouso, mas com sintomas presentes em atividades mais leves que as habituais; Classe IV – Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem desconforto: os sintomas estão presentes mesmo em repouso, e qualquer atividade aumenta o desconforto. (FABRI; MANSUR; RAMOS, 2009). As manifestações clínicas da ICC variam muito e dependem da vários fatores como idade, extensão e frequência na qual o desempenho cardíaco torna-se comprometido, e do ventrículo inicialmente envolvido no processo da doença. Os sinais e sintomas mais comuns em pacientes com ICC são falta de ar, exaustão e edema de extremidade inferior. O desconforto respiratório pode estar presente em diferentes gravidades, como: dispnéia ao esforço, ortopnéia quando a pessoa só consegue respirar na posição em pé, dispnéia paroxística noturna caracterizada por uma falta de ar repentina à noite, dispnéia em repouso, edema pulmonar agudo, tosse não-produtiva e tosse noturna. Nota-se também uma redução na capacidade para o exercício, fadiga e fraqueza muscular, noctúria visto como um aumento da urina durante a noite, oligúria que é a redução de urina, taquicardia e alguns sintomas cerebrais devido à hipóxia cerebral como confusão, déficit de memória, Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 ansiedade, irritabilidade, agitação, confusão, cefaléia, pesadelos, insônia. (BRAUNWALD; COLUCCI; GIVERTZ, 2003; GOODMAN; SNYDER, 2002) 2 REABILITAÇÃO CARDÍACA O plano de reabilitação cardíaca é dividido em quatro fases distintas, sendo: Fase I – Fase de internação ou hospitalar: inicia-se 24 horas após a estabilização clínica do paciente; são realizados exercícios que enfatizem a educação do paciente e que incluam atividades musculoesqueléticas de flexibilidade e atividades da vida cotidiana, como levantar e caminhar, instruções sobre conservação de energia, reforço de precauções cardíacas e cuidados pós-cirúrgico, cuidados pessoais e orientações sobre as atividades ao receber alta. Tem como objetivo frear os efeitos descondicionantes do repouso prolongado no leito, inspirar maior confiança ao paciente, reduzindo tensão e medo, monitorar e acessar a capacidade do paciente para funções, instruí-lo nas atividades domésticas e educá-lo quanto aos fatores de risco individuais e como diminuí-los. (GRAVES, POLLOCK, WELSCH, 2003; ARAKAKI, MENEGHELO, 1994; HUNTLEY, 2005). Fase II – Fase de alta recente, clínica ou fase domiciliar: inicia-se dentro de três semanas após a alta hospitalar, com frequência de três dias por semana. Caracteriza-se por treinamento físico incluindo exercícios aeróbicos progressivos, leves a moderados, e treinamento de força, com duração de até três meses. Tem como objetivos: controle médico contínuo e avaliação da resposta cardiovascular do indivíduo ao exercício, limitações fisiológicas e psíquicas dos efeitos da doença do coração, estabilizar ou reverter o progresso da aterosclerose; maximizar o estado vocacional e psicossocial, melhorar progressivamente a capacidade funcional do paciente, diminuir os fatores de risco cardiovascular e preparar o paciente para a sua atividade profissional. (GRAVES, POLLOCK, WELSCH, 2003; HUNTLEY, 2005). Fase III – Fase pós-alta tardia, alocada na comunidade ou domiciliar. O objetivo é, dar continuidade do aumento da capacidade física e do bem-estar psicossocial. Esta fase dura em média doze meses, com duas ou mais sessões semanais. As sessões devem incluir aquecimento, estímulo e desaquecimento e devem-se empregar exercícios isotônicos e aeróbicos, e dando ênfase contínua na educação do paciente e modificação dos fatores de risco, e condução à comunidade Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 organizada e supervisionada. (GRAVES, POLLOCK, WELSCH, 2003; ARAKAKI, MENEGHELO, 1994). Fase IV – Fase de manutenção, será quando o paciente poderá ser liberado para executar a reabilitação não supervisionada, caso já esteja estabelecido um grau de condicionamento físico máximo para não existir riscos à saúde. Tem como objetivo monitorizar e manter os resultados alcançados nas fases prévias da reabilitação. (GRAVES, POLLOCK, WELSCH, 2003; ARAKAKI, MENEGHELO, 1994). Durante o tratamento, se observado sinais de angústia cardíaca, deve-se interrompê-los, deixar o paciente descansar e procurar a ajuda médica emergencial. Os sinais de angústia cardíaca são: angina, dispnéia, ortopnéia, náuseas, diaforese e fadiga. (MATHEWS, 2005). Segundo Mathews (2005), algumas pesquisas já indicam uma reduzida taxa de mortalidade entre pacientes que passaram por um programa de reabilitação cardíaca depois de um infarto agudo do miocárdio. 3 O PAPEL DA TERAPIA OCUPACIONAL NA REABILITAÇÃO CARDÍACA O terapeuta ocupacional, ao atuar na área cardiovascular, seja em ambiente hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou comunitário, independente do diagnóstico, necessita levar em consideração os parâmetros clínicos que interferem na morbidade e na mortalidade para realizar sua intervenção. Dentre esses parâmetros destacam-se: as sequelas já instaladas no sistema cardiovascular e seu impacto funcional, fatores de risco controláveis e não controláveis, o prognóstico do paciente e que ações estão planejadas a curto, médio e longo prazo, a frequência cardíaca máxima e a pressão arterial mínima durante os esforços e a realização de atividades e a presença de depressão e ansiedade. O terapeuta ocupacional, quando planeja tratar as disfunções ocupacionais relacionadas com as afecções cardiovascular que implicam na instalação de deficiência, incapacidade e desvantagem sociais, deve seguir o modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa estrutura e funções corporais, atividades e participação social. Para traçar seu plano de tratamento, o terapeuta em conjunto com a equipe de saúde, deve considerar os aspectos orgânicos, psicológicos e sócio-familiares do paciente. (CORDEIRO, 2007) Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 3.1 Intervenção da Terapia Ocupacional O trabalho desenvolvido pelo terapeuta ocupacional na reabilitação cardíaca é aconselhar e educar os pacientes na execução das atividades diárias - auto-cuidado, produtivas e de lazer. A atividade tem que ser dirigida de forma dinâmica visando ao contexto geral e não somente uma técnica para tratar uma doença, mas sim um meio para abordar uma pessoa com dificuldade de funcionar no mundo das relações. (CORDEIRO, 1989). As atividades terapêuticas podem ser utilizadas para auxiliar os pacientes a se avaliarem em suas limitações e ajudá-los a experimentar uma nova e mais saudável atitude diante da vida, porque elas simulam suas atividades diárias. (CORDEIRO, 1989, p. 03). A terapia ocupacional também inclui avaliar a capacidade do paciente em executar atividades normais, simplificar tarefas e guiá-lo para retornar às atividades do cotidiano, prescrever equipamentos adaptados, educar o paciente quanto à tolerância, à mudança de vida e ao retorno no trabalho, e administração do stress. (MCKENNA, TOOTH, 1996). Na avaliação deve-se incluir a anamnese, com a contenção de dados do paciente, desde identificação, dados clínicos, histórico de papéis ocupacionais, atividades e tarefas, com objetivo de identificar disfunções ocupacionais. A avaliação deve conter instrumentos padronizados os quais geram dados objetivos para comparar os resultados antes e após o tratamento. A revisão do registro médico identificará o histórico do paciente, desde histórico social até medicamentos e precauções. O entrevistador tem que começar cada encontro explicando o propósito da avaliação e do tratamento, tem que fazer boas perguntas, ouvir as respostas e observar o paciente respondendo. (MATHEWS, 2005; CORDEIRO, 2007) A escolha do recurso terapêutico ocupacional na abordagem dessa clientela depende do foco de atuação, podendo ser atividades educativas com a utilização de recursos ocupacionais, palestras educativas sobre atividades e saúde cardiovascular, aplicação de técnica de relaxamento visando à redução do gasto energético, atividades livres e criativas, indicação de adaptação e adequação do Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 ambiente, treinamento em técnica de conservação de energia, análise e organização da rotina ocupacional e da participação social. (CORDEIRO, 2007). É essencial a implementação de programas domiciliares para a ascensão de alterações saudáveis no estilo de vida em clientes com disfunção cardíaca. Os clientes são orientados sobre fatores de risco controláveis, sobre alterações da funcionalidade devido à limitação física e alterações fisiológicas. As orientações podem ser feitas através de leituras e conversas educativas, e os pacientes incentivados a pôr em prática em casa. (FERRARO, 2002). Devido à ansiedade e à função que os familiares desempenham no cuidado do cliente cardíaco, a educação completa do paciente não pode ser considerada sem a inclusão dos mesmos. (TOOTH, MCKENNA apud FERRANO, 2002, p. 653). Baseado nas bibliografias, foi realizada uma pesquisa. O método utilizado foi o de Estudo de Caso em uma paciente com insuficiência cardíaca congestiva classe de funcionalidade III, com análise e descrição dos resultados obtidos. Para a intervenção utilizou-se uma sala equipada com recursos terapêuticos necessários ao desenvolvimento das terapias, onde foi realizada a avaliação e também os atendimentos e a reavaliação, além dos atendimentos domiciliares. CONCLUSÃO Após os resultados obtidos nesta pesquisa com o estudo de caso de uma paciente com ICC classe de funcionalidade III, foi notória a importância da contribuição de Terapia Ocupacional para diminuição dos déficits funcionais e, consequentemente, uma promoção de qualidade de vida, na reabilitação das moléstias cardíacas. O terapeuta ocupacional dispõe de conhecimentos específicos direcionando o tratamento para aquisição de habilidades necessárias visando maior autonomia possível, através de procedimentos terapêutico-ocupacional com vistas a recuperação física funcional e ocupacional, minimizando o risco de complicações. Ainda auxilia o paciente a compreender suas limitações e adotar mudanças favoráveis, diminuindo a incidência e severidade de depressão e ansiedade, aumento da autoestima e sensação de bem-estar, retornando ao estilo de vida mais ativo e independente possível. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 1., n.1, jan/jun de 2010 A abordagem profissional propiciou uma relação mútua com a paciente e a família, decorrente de visitas e atendimentos realizados no domicílio, que é extremamente necessário para conhecer o ambiente no qual o paciente está, com intuito de viabilizar possibilidades de intervenção que também contribui para estabelecer uma relação de confiança e credibilidade. O contato com a família tornase imprescindível dando o suporte necessário para lidar com a nova situação almejando o desempenho ocupacional do paciente. No Brasil, a atuação do terapeuta ocupacional na área de reabilitação cardíaca ainda é pouco explorada. Não há muitos estudos, o que foi constatado ao se realizar o levantamento bibliográfico escasso. O resultado encontrado é baseado na experiência internacional. Foi um dos motivos para realização deste trabalho com relevante experiência e plena satisfação com o resultado obtido. Há necessidade de explorar mais está área ampliando o campo de atuação profissional. Espera-se que a contribuição deixada some-se a futuras pesquisas, enfocando a intervenção da Terapia Ocupacional no atendimento grupal a pacientes com moléstia cardíaca e também o desenvolvimento da prevenção primária da patologia. REFERÊNCIAS ARAKAKI, H.; MENEGHELO, R. S. Reabilitação cardiovascular. In: BARRETTO, A. C. P.; SOUZA, A. G. M. R. (org.). Socesp cardiologia atualização e reciclagem. Rio de Janeiro: Atheneu, 1994, p. 363-369. BRAUNWALD, E.; COLUCCI, W. S.; GIVERTZ, M. M. Aspectos clínicos da insuficiência cardíaca: insuficiência cardíaca de alto débito; edema pulmonar In: BRAUNWALD, E.; LIBBY, P.; ZIPPES, D. P. (Org.). Tratado de medicina cardiovascular. 6 ed. São Paulo: Roca, 2003, p. 542. COATS, A. et. al. Normas de reabilitação cardíaca da associação britânica de reabilitação cardíaca. São Paulo: Santos, 1997, p.xi CORDEIRO, J. J. R. 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