3 Jornal do Setembro/2014 Bairro Alto Lago do bosque Irmã Clementina está secando Não foi por fala de aviso, nem de pedidos. Foi mesmo falta de atenção. Há mais de dois anos a bomba do poço artesiano que abastece o lago quebrou. Desde então várias solicitações de reparo foram feitas, sem sucesso. Aos poucos o nível de água foi baixando, o chafariz do meio da lagoa há muito não funciona e os poucos peixes que ainda resistem sofrem com a falta de oxigenação da água. O Bosque Irmã Clementina é uma das poucas áreas de lazer do Bairro, equipada com pista para caminhadas, academia ao ar livre e recantos para descanso. Apesar da ação de vândalos, que pixam tudo, quebram luminárias, derrubam postes e deixam rastros de lixo, o Bosque tem uma boa conservação, está bem cuidado, com grama aparada, trilhas limpas. Só não é frequentado por um número maior de famílias em função da falta de segurança. “Tem dias que a gente chega aqui mas não dá coragem de caminhar porque às vezes tem grupos de pessoas que geram uma certa desconfiança e a Unidades de Saúde estão vacinando crianças contra hepatite A gente olha em volta e não vê ninguém, nada que possa dar um mínimo de segurança”, reclama um casal que costuma fazer caminhadas pelo Bosque. Há muito tempo também a comunidade vem reivindicando policiamento para o local, mas não é atendida. A responsabilidade pela manutenção do Bosque é da Prefeitura, para onde os moradores têm dirigido as reclamações e os pedidos para o conserto da bomba de água. Com a bomba estragada há mais de dois anos, o lago do Bosque está secando. Desde segunda-feira (1/9), as unidades de saúde de Curitiba estão dando a vacina contra hepatite A para crianças de 1 ano a 1 ano e 11 meses. A idade para a imunização foi determinada pelo Ministério da Saúde porque as crianças dessa idade ficam mais expostas ao contágio do vírus, que é transmitido via oral ou fecal. As demais crianças só serão vacinadas caso estejam realizando tratamento de saúde e recebam indicação médica. Não há tratamento específico para a hepatite A e a recuperação pode levar semanas ou meses. A terapia é baseada no equilíbrio nutricional adequado, incluindo reposição de líquidos eliminados na diarreia e vômito. “Crianças dessa idade costumam brin- car no chão e levar as mãos à boca, muitas vezes contaminadas. A população mais atingida é aquela que vive em condições precárias de saneamento básico”, explica a diretora de Epidemiologia da secretaria, Juliane Oliveira. A vacina será oferecida em dose única e a proteção é permanente. Com a inclusão desta vacina, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer 14 vacinas e todas as imunizações recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “É fundamental que os pais levem a carteirinha de vacinação da criança. Se alguma imunização estiver desatualizada, ela poderá ser colocada em dia”, ressalta Juliane.