Matéria Bem Estar - Exames de Hepatites B e C – Hucam Um novo medicamento vai elevar para 90% as chances de cura de casos de Hepatite C, doença que mata, em média, 3 mil pessoas por ano no Brasil. Até o final do ano esse medicamento estará à disposição dos pacientes que tiverem o diagnóstico. O Centro de Referência de Fígado do Hospital Cassiano Antonio Moraes (Hucam), no Espírito Santo, comemora, e foi o escolhido pela Sociedade Brasileira de Hepatologia, a participar de um mutirão no próximo dia 11 de setembro para a detectar através de exames gratuitos os portadores do vírus. Para isto, todas as pessoas acima de 45 anos devem participar, e o evento faz parte do Programa Bem Estar da Rede Globo, que neste dia vai debater o tema Hepatite ao vivo, com imagens do local do evento em Vitória. Membra do Centro de Referência de Fígado, Dra. Penha Zago Gomes, professora em Clínica Médica e doutora em Ciência Fisiológica, esclareceu que ainda não está autorizado a prescrição desse medicamento, porque o Governo Federal ainda está em fase de negociação do remédio no exterior. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai oferecer novos remédios, que agem mais rápido e elevam chance de cura, passando dos atuais 40% para 90%. A hepatite C leva a Cirrose hepática e ao câncer de fígado. Muita gente só descobre que está doente bem tarde. A Dra. Penha Zago fez um levantamento junto aos doadores de sangue no Hucam, de outubro de 2014 até maio de 2015 e, entre os 20 mil doadores, 7 portadores de hepatite B estavam com o vírus ativo e 1,48% tiveram contato com vírus. Hepatite B tem tratamento, e com o tratamento o vírus fica inativo, ou seja, “adormecido”. “Esse são doadores jovens, com menos de 40 anos. Nosso trabalho agora será intensificado para com as pessoas acima de 45 anos, que pegaram a época de pouca prevenção. A hepatite C é transmitida pelo contato com o sangue contaminado. Pode ser na manicure, pelo alicate de unha, por exemplo, ou na hora de colocar um piercing, se os instrumentos não estiverem esterilizados. A hepatite C não provoca nenhum sintoma. E ao final de 20, 30 anos, o indivíduo pode acabar evoluindo para uma cirrose e depois até para um câncer de fígado”, disse a professora Zago. A Sociedade Brasileira de Hepatologia encomendou uma pesquisa ao Datafolha e descobriu que 62% dos brasileiros que contraíram o vírus não sabem que têm a doença. De acordo com a Dra. Penha Zago o sangue usado em transfusões só começou a ser testado para o vírus de hepatite C em 1992 e, exatamente nessa época, os cuidados com a esterilização dos equipamentos ficaram mais rigorosos. Por isso, todo mundo que tem mais de 40 anos, principalmente quem passou por uma cirurgia antes disso, deve fazer o teste. “Para quem tem o vírus, existe tratamento. “Ministério da Saúde anunciou que, ainda este ano, o SUS vai oferecer novos remédios, que agem mais rápido, provocam menos efeitos colaterais e elevam a chance de cura para 90%”, garante a médica”, aplaude a médica. A sociedade Brasileira de Hepatologia, indicou o serviço realizado no Hucam, nesta área, pois é considerado um dos melhores Centro de Referência de Fígado, que, inclusive foi criado pelo médico Carlos Sandoval, pioneiro no estudo da doença no Estado e grande metre da Universidade Federal do Espírito Santo(Ufes), que formou pessoas importantes hoje no mercado no tratamento da doença.