Pandemia de Gripe – Vigilância Epidemiológica

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ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO NORTE, I.P.
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Pandemia de Gripe – Vigilância Epidemiológica
Região Norte – Semanas 40 a 47 de 2009
Destaques para as semanas 46 e 47:
• A actividade gripal manteve-se em fase de aceleração
na região
• Mais de 80% dos casos de síndrome gripal declarados
ocorreram nos com menos de 30 anos
• O número de casos de síndrome gripal aumentou em
todos os grupos etários, principalmente no grupo dos
40-49 anos
• Aumentou
o
número
de
casos
estudados
laboratorialmente e a proporção de casos positivos
• A taxa de absentismo escolar continuou a aumentar
1
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
1. INTRODUÇÃO
A análise da situação epidemiológica da infecção pelo vírus Influenza A(H1N1) 2009
na região Norte baseia-se em dados provenientes de diversos sistemas de informação
nacionais. Além da informação proveniente desses sistemas são também analisados
dados provenientes de sistemas de informação específicos que a ARSNorte criou no
processo de preparação para a pandemia de gripe, nomeadamente os sistemas de
monitorização do absentismo escolar e do absentismo laboral dos profissionais de
saúde dos cuidados de saúde primários.
O principal objectivo deste relatório é divulgar a caracterização da situação
epidemiológica da actividade gripal na região Norte. A análise da situação na região
será complementada com dados nacionais disponíveis e ainda com dados relevantes
divulgados nos relatórios semanais do European Centre for Disease Prevention and
Control (ECDC) e em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sempre
que oportuno.
Na fase actual de aceleração da pandemia justifica-se a divulgação de relatórios
semanais com o ponto da situação epidemiológica na região. Neste relatório são
apresentados os resultados da análise dos dados de cada um dos sistemas de
vigilância disponíveis, dando-se particular destaque aos dados relativos às semanas
46 e 47.
2
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
2.1 Actividade gripal nos cuidados de saúde primários
Dados
Na figura 1 observa-se a evolução do número de episódios de síndrome gripal
registados pelos médicos dos serviços de cuidados de saúde primários da região
Norte entre a semana 32 e 47 de 2009. Na semana 46 registaram-se 5429 episódios
de síndrome gripal e na semana 47 foram registados 8543 episódios. Desde a semana
42 que se regista um aumento no número de casos de síndrome gripal, sendo esse
aumento particularmente evidente a partir da semana 43. O crescimento percentual
semanal observado nas últimas quatro semanas foi o seguinte: 65% entre a semana
43 e 44, 112% entre a semana 44 e 45, 127% entre a semana 45 e 46 e 57% entre a
semana 46 e 47.
9000
8000
número de episódios
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
Semana
Figura 1 – Distribuição dos episódios de síndrome gripal por semana (32 a 47 de 2009)
registados nos Agrupamentos de Centros de Saúde da região Norte
Entre as semanas 40 a 47 a distribuição dos casos acumulados de síndrome gripal por
sexo foi de 50,9% no sexo feminino e 49,1% no sexo masculino.
A maioria dos episódios de síndrome gripal registados durante as semanas 40 a 47 na
região Norte ocorreu em pessoas com idade inferior a 30 anos (Tabela 1). A partir da
semana 43 observou-se uma alteração no perfil etário dos casos de síndrome gripal
registados, acentuando-se o predomínio dos casos nos menores de 20 anos de idade.
Nas duas últimas semanas quatro em cada cinco casos ocorreram em pessoas com
menos de 30 anos de idade.
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Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Tabela 1 – Distribuição dos casos declarados de síndrome gripal nos Agrupamentos de
Centros de Saúde por grupo etário e por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Grupo etário (anos)
<10
10 -19
20-29
30-39
40-49
50-59
> 60
Percentagem acumulada (%)
Semana 40 Semana 41 Semana 42 Semana 43 Semana 44 Semana 45 Semana 46 Semana 47
21
41
57
73
81
90
100
17
36
54
69
80
88
100
23
41
56
70
82
90
100
21
42
56
71
85
92
100
30
61
72
83
90
94
100
28
67
77
86
93
97
100
32
71
81
89
95
98
100
34
70
80
88
95
98
100
Na Tabela 2 observa-se a evolução do número de casos de síndrome gripal registados
nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) nas duas últimas semanas, por
grupo etário. A evolução da situação da semana 46 para a 47 mostra um aumento do
número de casos em todos os grupos etários, tendo sido no grupo dos com idades
compreendidas entre os 40-49 anos que se observou o maior crescimento.
Tabela 2 – Número de casos declarados de síndrome gripal e sua variação percentual nos
Agrupamentos de Centros de Saúde por grupo etário nas semanas 46 e 47 de 2009 na região
Norte
Grupo etário
<10 anos
10-19 anos
20-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50-59 anos
>60 anos
Semana 46
1701
2125
525
434
312
178
93
Semana 47
2833
3084
847
704
568
269
145
Variação
66%
45%
61%
62%
82%
51%
56%
Total
5368
8450
57%
Na Tabela 3 observa-se a distribuição do número de episódios de síndrome gripal
registados em cada ACES da região, bem como a taxa de declaração por 100 000
habitantes. Na semana 46 registou-se na região uma taxa de declaração de síndrome
gripal de 139,5/100 000. Em Portugal, a taxa observada através da rede de Médicos
Sentinela e Serviços de Urgência na mesma semana foi de 136,4. Da semana 45 à 46
verificou-se na região uma subida muito acentuada da taxa de declaração, tendo a
mesma tendência sido observada em todos os ACES.
Na semana 47 atingiu-se na região a taxa de declaração de 219,6/100 000. Os dados
fornecidos pela rede de Médicos Sentinela e Serviços de Urgência apontam para um
decréscimo na incidência de síndrome gripal em Portugal da semana 46 para a 47,
tendo sido observada nesta última semana a taxa de 110,5/100 000. Entre a semana
46 e 47 observou-se na maioria dos ACES a mesma tendência acentuada de
4
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
crescimento descrita para a região. Apenas em cinco ACES, Alto Tâmega e Barroso,
Aveiro Norte, Gerês/Cabreira, Nordeste e Vale do Sousa Sul, a tendência foi de uma
subida ligeira da taxa de declaração.
5
Tabela 3 – Distribuição dos casos declarados de síndrome gripal por ACES e respectiva taxa (/100 000) por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Semana 40
ACES / ULS
Casos
(nº)
Alto Minho
Alto Tâmega e Barroso
Aveiro Norte
Baixo Tâmega
Barcelos/Esposende
Braga
Douro Sul
Famalicão
Feira/Arouca
Gaia
Gaia/Espinho
Gerês/Cabreira
Gondomar
Guimarães/Vizela
Maia
Marão e Douro Norte
Nordeste
Porto Ocidental
Porto Oriental
Póvoa do Varzim/Vila do Conde
Santo Tirso/Trofa
Terras de Basto
ULS Matosinhos
Vale do Sousa Norte
Vale do Sousa Sul
Valongo
região Norte
50
9
39
28
16
43
14
23
22
49
47
16
37
30
28
27
14
11
40
18
40
7
26
6
61
22
723
Semana 41
Semana 42
Semana 43
Semana 44
Semana 45
Semana 46
Semana 47
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Taxa¹
Casos
Casos
(/100
(/100
(/100 Casos (nº) (/100 mil Casos (nº) (/100 mil Casos (nº) (/100 mil Casos (nº) (/100 mil Casos (nº) (/100 mil
(nº)
(nº)
mil hab)
mil hab)
mil hab)
hab)
hab)
hab)
hab)
hab)
19,9
8,8
33,2
14,8
10,0
24,6
18,3
17,1
12,9
33,0
27,0
13,9
21,4
16,1
20,3
25,3
9,3
7,5
34,5
12,5
36,1
8,8
15,4
3,7
34,7
12,5
18,8
36
10
13
17
11
23
7
16
9
36
26
4
22
22
33
33
15
17
16
1
23
5
14
4
36
8
457
14,3
9,8
11,1
9,0
6,9
13,1
9,2
11,9
5,3
24,2
14,9
3,5
12,7
11,8
23,9
31,0
10,0
11,6
13,8
0,7
20,8
6,3
8,3
2,5
20,5
4,6
11,9
49
18
29
19
12
52
17
18
11
37
32
21
43
18
20
36
12
17
38
15
38
3
23
7
27
16
628
19,5
17,6
24,7
10,0
7,5
29,7
22,2
13,4
6,5
24,9
18,4
18,3
24,9
9,6
14,5
33,8
8,0
11,6
32,8
10,5
34,3
3,8
13,6
4,3
15,4
9,1
16,3
42
22
28
14
9
66
12
21
15
54
41
24
36
37
19
33
12
17
36
3
26
9
25
11
48
22
682
16,7
21,5
23,8
7,4
5,6
37,7
15,7
15,6
8,8
36,4
23,6
20,9
20,8
19,8
13,7
31,0
8,0
11,6
31,0
2,1
23,5
11,3
14,8
6,8
27,3
12,5
17,7
136
17
50
43
11
110
12
24
20
78
65
30
45
44
44
38
16
43
60
9
32
10
45
30
72
35
1119
54,0
16,6
42,5
22,7
6,9
62,8
15,7
17,9
11,8
52,5
37,4
26,1
26,0
23,5
31,8
35,6
10,7
29,2
51,7
6,3
28,9
12,5
26,6
18,5
41,0
19,9
29,1
308
34
129
103
23
119
26
104
42
149
116
59
105
133
121
38
35
69
120
19
72
16
81
96
151
95
2363
122,4
33,2
109,7
54,4
14,4
68,0
34,0
77,4
24,7
100,3
66,7
51,4
60,7
71,2
87,5
35,6
23,3
46,9
103,4
13,2
65,0
20,1
47,9
59,1
86,0
54,1
61,4
379
77
283
317
109
311
50
298
188
350
323
197
285
350
211
80
98
169
290
38
170
67
173
126
276
153
5368
150,6
75,2
240,8
167,3
68,2
177,7
65,4
221,8
110,5
235,7
185,7
171,6
164,8
187,3
152,6
75,0
65,3
114,9
250,0
26,5
153,5
84,0
102,3
77,6
157,1
87,1
139,5
468
76
284
389
219
550
153
460
377
491
627
225
505
557
296
160
115
301
445
99
396
124
312
240
320
264
8453
186,0
74,2
241,6
205,3
137,0
314,2
200,1
342,4
221,6
330,7
360,4
196,0
292,1
298,0
214,1
150,1
76,6
204,6
383,6
69,0
357,5
155,5
184,5
147,8
182,2
150,3
219,6
6
A evolução das taxas de declaração de síndrome gripal por ACES nas oito semanas
em análise (Figura 2) permite constatar que nas semanas 46 e 47 se registou
actividade gripal em toda a região. A intensidade da actividade tem vindo a aumentar
em toda a região, observando-se valores mais elevados na área geodemográfica dos
ACES do litoral Sul e nos ACES de Braga, Famalicão e Santo Tirso/Trofa.
¯
0 - 10
11 - 20
21 - 40
41 - 60
61 - 140
141 - 220
> 220
Figura 2 – Distribuição geográfica da taxa de declaração de síndrome gripal por ACES e por
semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
7
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Descrição do sistema
Todos os serviços de saúde das unidades de cuidados de saúde primários da Região
de Saúde do Norte dos ACES utilizam a aplicação do Sistema de Apoio ao Médico
(SAM) do Sistema de Informação das Unidades de Saúde (SINUS). Na opção
Subjectivo, Objectivo, Avaliação e Procedimentos (SOAP) do SAM é possível fazer o
registo do motivo da consulta segundo a Classificação Internacional de Cuidados
Primários (ICPC-2). Assim, sempre que o médico observa um doente com síndrome
gripal classifica o episódio com o código R80 daquela classificação. Os dados assim
gerados são extraídos pelo Departamento de Estudos e Planeamento (DEP) da
ARSNorte.
8
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.2 Actividade gripal nos serviços de urgência dos hospitais
Dados
Na figura 3 observa-se a evolução do número de episódios de síndrome gripal
registados pelos médicos dos serviços de urgência dos Hospitais e dos Serviços de
Atendimento de Situações Urgentes (SASU) da região Norte entre a semana 40 e 47.
3500
Número de episódios
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
40
41
42
43
44
45
46
47
Semana
Figura 3 – Distribuição dos episódios de síndrome gripal registados por semana (40 a 47 de
2009) nos Hospitais/SASU da região Norte
Da semana 45 para a 46 observou-se um aumento no número de episódios de
síndrome gripal, com um crescimento de 127%. Da semana 46 para a 47 observou-se
um aumento de 63% no número de episódios registados.
Nas semanas 40 a 47 a distribuição dos casos acumulados de síndrome gripal
registados nos serviços de urgência por sexo foi de 50,5% no sexo feminino e 49,5%
no sexo masculino.
A maioria dos episódios de síndrome gripal registados nas semanas 40 a 47 na região
Norte ocorreu em pessoas com idade inferior a 30 anos (Tabela 3), sendo a proporção
de casos registados em crianças com menos de 10 anos superior à observada nos
cuidados de saúde primários.
9
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Tabela 3 – Distribuição dos casos declarados de síndrome gripal nos Hospitais/SASU da
região Norte por grupo etário e por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Percentagem acumulada (%)
Grupo etário (anos)
Semana 40 Semana 41 Semana 42 Semana 43 Semana 44 Semana 45 Semana 46 Semana 47
<10
10 -19
20-29
30-39
40-49
50-59
> 60
21,1
42,1
63,6
74,4
86,0
90,9
100,0
23,3
40,3
60,2
72,2
80,7
88,6
100,0
20,9
37,4
59,9
78,1
85,6
90,9
100,0
31,0
52,6
63,8
75,4
84,9
90,1
100,0
29,9
55,9
71,6
82,3
89,8
94,0
100,0
32,5
66,3
79,6
87,5
93,1
95,8
100,0
40,8
73,2
82,1
89,2
94,6
97,7
100,0
42,3
73,3
83,9
90,5
95,5
98,6
100,0
Na tabela 4 observa-se o número de casos de síndrome gripal por semana (40 a 47)
registados nos diferentes serviços de urgência da região. Em alguns hospitais/centros
hospitalares o registo de síndromes gripais se verificou pela primeira vez na semana
47.
Tabela 4 – Distribuição dos casos de síndrome gripal registados nos Hospitais/SASU da região
Norte por semana (40 a 47 de 2009)
Semana
Hospital/SASU
Centro Hospitalar da Povoa de Varzim - Vila do Conde
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho
Centro Hospitalar do Alto Ave
Centro Hospitalar do Alto Minho
Centro Hospitalar do Nordeste
Centro Hospitalar do Porto
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa
Centro Hospitalar do Médio Ave
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro
CS Macedo de Cavaleiros
CS Monção
Hospital de Braga
Hospital de Nossa Senhora da Conceição de Valongo
Hospital de São João
Hospital Santa Maria Maior
Serviço de Atendimento Situações Urgentes do Porto
Serviço de Urgência Básico de Montalegre
Serviço de Urgência Básico de Vila Nova de Foz Côa
SUB CINFÃES
SUB de Moimenta da Beira
ULS Matosinhos
Total
40
16
41
10
42
6
43
9
44
3
21
35
18
29
16
43
1
56
40
88
71
3
3
2
10
45
5
1
36
2
2
22
1
1
19
5
1
25
29
54
13
12
36
1
2
13
24
43
2
3
11
19
41
3
2
6
1
7
242
9
176
8
187
15
232
45
14
9
74
280
46
52
5
71
597
24
26
1
50
5
1
2
28
24
86
177
6
5
6
46
35
109
2
9
6
42
1
151
365
13
8
2
114
78
181
33
21
18
2
20
32
3
1
3
3
9
401
12
20
837
98
1904
47
126
130
59
728
8
90
95
21
431
408
43
23
13
157
102
317
46
36
56
42
35
127
3093
De acordo com os dados da Tabela 5, a maioria dos doentes com síndrome gripal
observados nos hospitais tiveram alta para o domicílio. A proporção de casos de
síndrome gripal que ficaram internados oscilou nas semanas em análise entre um
valor mínimo de 9,3% (semana 47) e um valor máximo de 21,9% (semana 42).
Verifica-se ainda que o número de novos doentes com síndrome gripal internados por
semana está a aumentar desde a semana 44.
10
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Tabela 5 – Distribuição do destino após alta dos casos de síndrome gripal nos Hospitais/SASU
da região Norte por semana (40 a 47 de 2009)
Semana 40
Domícilio/ Alta
Internamento
Ambulatório
Óbito
Outro
Total
Semana 41
Semana 42
Semana 43
Semana 44
Semana 45
Semana 46
Semana 47
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
n
%
163
49
29
67,4
20,2
12,0
0,0
0,4
100,0
116
31
28
65,9
17,6
15,9
0,0
0,6
100,0
122
41
23
65,2
21,9
12,3
0,0
0,5
100,0
162
34
35
69,8
14,7
15,1
0,0
0,4
100,0
271
74
55
67,6
18,5
13,7
0,0
0,2
100,0
580
110
145
69,3
13,1
17,3
0,0
0,2
100,0
1366
187
342
71,7
9,8
18,0
0,0
0,5
100,0
2415
287
372
10
9
3093
78,1
9,3
12,0
0,3
0,3
100,0
1
242
1
176
1
187
1
232
1
401
2
837
9
1904
Descrição do sistema
O sistema de informação dos serviços de urgência dos hospitais da região Norte
permite o registo do motivo da consulta segundo a Classificação Internacional de
Doenças (CID9-MC). Assim, sempre que o médico observa um doente com síndrome
gripal classifica o episódio com o código 487 daquela classificação. Os dados assim
gerados são extraídos pelo DEP da ARSNorte.
A metodologia de extracção de dados foi alterada pelo que os valores agora
apresentados foram actualizados relativamente a todas as semanas em análise
(semanas 40 a 47).
11
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.3 Casos confirmados de infecção pelo vírus Influenza A(H1N1) 2009 com
alta hospitalar
Dados
Nos suportes de informação recebidos na ARSNorte provenientes dos hospitais
relativos às semanas 40 a 47 constavam 73 doentes, casos confirmados de Gripe A,
que tiveram alta nas referidas semanas (Tabela 6). Estiveram em Unidades de
Cuidados Intensivos (UCI) três doentes. Apresentaram pneumonia 40 dos doentes,
correspondendo a 55% do total dos doentes internados com Gripe A. A maioria dos
doentes era portadora de doença crónica (54%). Cinco doentes tinham idade inferior a
um ano. Na semana 41 ocorreu um óbito por gripe pelo vírus Influenza A(H1N1) 2009.
Ao longo das semanas em análise, dos 18 hospitais/centros hospitalares da região
Norte, apenas uma parte enviou dados (Tabela 6). De realçar que o número de
hospitais que enviaram informação à ARSNorte diminuiu substancialmente na semana
47.
Tabela 6 – Número de hospitais que enviaram informação e número de casos confirmados de
gripe A com alta hospitalar por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
nº hospitais que
enviaram informação
nº casos confirmados e
suspeitos de gripe A com
alta hospitalar
12
13
11
11
11
13
12
9
2
2
3
1
4
12
30
19
Descrição do sistema
Os dados relativos a altas hospitalares por Gripe A são obtidos através do suporte de
informação que consta do Anexo 2 da Orientação Técnica da DGS Gripe OT-6,
enviado semanalmente à ARSNorte pelos hospitais da região.
12
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.4 Resultados laboratoriais da pesquisa do vírus Influenza A(H1N1) 2009
Dados
Na tabela 7 observa-se a proporção de resultados laboratoriais positivos para o vírus
Influenza A(H1N1) 2009 nas semanas 40 a 47 e o número total de amostras
analisadas. Os números apresentados dizem respeito às amostras colhidas nos
serviços de saúde do Serviço Nacional de Saúde de toda a região Norte e
processadas no laboratório do Hospital de S. João. O número de análises pedidas e a
proporção de resultados positivos tem vindo a aumentar progressivamente, sendo
esse aumento particularmente notório nas quatro últimas semanas. Foram
confirmados casos de gripe A em doentes que recorreram aos principais centros
hospitalares/hospitais da região, o que indica dispersão geográfica da epidemia.
Tabela 7 – Distribuição da percentagem de resultados laboratoriais positivos para o vírus
Influenza A(H1N1) 2009 e do número de exames laboratoriais efectuados por semana (40 a 47
de 2009) na região Norte
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
resultados
positivos
(%)
nº de exames
laboratoriais
efectuados
2,8
3,0
5,8
12,3
37,6
49,6
57,5
64,6
272
399
325
329
643
1071
1339
1989
Na Figura 4 observa-se a evolução do número de resultados laboratoriais positivos
para o vírus Influenza A(H1N1) 2009 desde a semana 40, constatando-se uma subida
do número de resultados positivos a partir da semana 43.
13
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
número de resultados positivos
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
40
41
42
43
44
45
46
47
Semana
Figura 4 – Distribuição do número de resultados laboratoriais positivos para o vírus Influenza
A(H1N1) 2009 por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Ao longo das oito semanas em análise, do total de 3022 resultados laboratoriais
positivos, 47,2% eram doentes do sexo feminino e 52,8% do sexo masculino.
Na tabela 8 observa-se a distribuição dos casos de Gripe A confirmados
laboratorialmente por grupo etário. O grupo etário dos com menos de 20 anos
representa a maioria dos doentes com resultados positivos. O aumento do número de
resultados positivos observado nas duas últimas semanas verificou-se em todos os
grupos etários, no entanto, foi nos grupos etários correspondentes às idades
compreendidas entre os 30 e os 59 anos, nos quais se verificou o crescimento mais
acentuado.
Tabela 8 – Distribuição do número de resultados laboratoriais positivos para o vírus Influenza
A(H1N1) 2009 por grupo etário e por semana (40 a 47 de 2009) na região Norte
Grupo
etário
<10
10-19
20-29
30-39
40-49
50-59
≥ 60
Total
Semana
40
7
4
41
5
5
2
4
1
15
13
42
2
4
5
1
1
2
4
19
43
10
12
4
7
3
1
37
44
97
80
23
23
9
5
6
243
45
225
185
35
35
27
14
10
531
46
351
243
75
38
26
23
14
770
47
585
324
121
117
55
57
25
1284
Descrição do sistema
A pesquisa de vírus Influenza A(H1N1) 2009 na região Norte é feita apenas no
laboratório do Hospital de S João, que fornece à ARSNorte os dados apresentados
neste relatório.
14
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.5 Procura dos serviços de urgência
Dados
Os dados deste sistema têm permitido monitorizar a procura dos serviços de urgência
desde 2007. Nas figuras 5 a 7 observa-se que até à semana 45 de 2009 não se
tinham registado diferenças na procura dos serviços de urgência em relação aos anos
anteriores. Nas semanas 46 e 47 a procura foi mais elevada do que nos dois anos
anteriores, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais, observando-se uma
tendência crescente desde a semana 46.
número de episódios de urgência
45000
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49
Hospitais
Centros de Saúde
número de episódios de urgência
Figura 5 – Distribuição da procura dos serviços de urgência dos Hospitais e dos Centros de
Saúde da região Norte por ano e por semana (2007 – 2009)
Centros de Saúde
45000
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
1
5
9
13
17
21
25
29
33
37
41
45
49
Semana
2007
2008
2009
Figura 6 – Distribuição da procura dos serviços de urgência nos Centros de Saúde da região
Norte por ano e por semana (2007 – 2009)
15
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Hospitais
número de episódios de urgência
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
1
5
9
13
17
21
25
29
33
37
41
45
49
Semana
2007
2008
2009
Figura 7 – Distribuição da procura dos serviços de urgência dos Hospitais da região Norte por
ano e por semana (2007 – 2009)
Descrição do sistema
A DGS disponibiliza na área reservada às Autoridades de Saúde do seu sítio
(www.dgs.pt) a procura diária dos serviços de urgência hospitalares e dos cuidados de
saúde primários, estando os dados agregados por distrito e por grupo etário. Os dados
aqui apresentados referem-se aos serviços de saúde dos distritos de Braga, Bragança,
Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
16
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.6 Detecção de situações com eventual risco para a saúde pública
associadas a suspeita de infecção pelo vírus Influenza A(H1N1) 2009
Dados
Nas semanas 46 e 47 foram notificados à Delegada de Saúde Regional (DSR) do
Norte, pelos Delegados de Saúde e, nalguns casos, pela Direcção Regional de
Educação do Norte, um total de 110 surtos de síndrome gripal em estabelecimentos
de educação e ensino da região, 47 surtos na semana 46 e 63 na semana 47. Da
totalidade dos surtos comunicados nestas duas semanas, foram confirmados como
surtos de Gripe A 29.
De acordo com os dados divulgados pela DGS1, durante a semana 47 registaram-se
na região Norte dois óbitos por Gripe A, ambos no dia 19 de Novembro, um num
indivíduo do sexo masculino de 50 anos de idade com factores de risco e outro num
indivíduo do sexo masculino de 46 anos de idade sem factores de risco. De realçar
que nenhum destes óbitos foi comunicado à DSR, contrariando tanto a orientação
técnica da DGS Gripe OT-6.3, como a determinação do Conselho Directivo da
ARSNorte de 14 de Setembro de 2009, divulgada no ofício circular “Etapa de
mitigação – Clarificação de procedimentos e do papel dos serviços de saúde”.
Descrição do sistema
Este sistema identifica acontecimentos extraordinários indicadores da ocorrência de
aglomerados de casos, de surtos provocados pelo vírus Influenza A(H1N1) 2009 ou de
outros acontecimentos que possam ter impacto na saúde pública. Os Delegados de
Saúde comunicam à DSR do Norte a ocorrência de situações com impacto previsível
na saúde pública após avaliação preliminar da situação.
Os serviços de saúde comunicam directamente à DSR quaisquer óbitos por Gripe A
que ocorram em doentes que recorram a esses serviços.
1
Direcção-Geral da Saúde. Tabela de óbitos por gripe A (H1N1) 2009. Actualizada a 27/11/2009 (disponível em
www.dgs.pt)
17
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.7 Mortalidade geral
Dados
Na figura 8 observa-se a evolução do número semanal de óbitos por todas as causas
registados na região Norte e em Portugal. Face ao atraso que pode ocorrer no registo
dos óbitos nas Conservatórias do Registo Civil, os valores observados nas duas
últimas semanas ainda poderão sofrer actualizações. Verifica-se um aumento do
número de óbitos registados tanto em Portugal como na região nas semanas 46 e 47.
2500
número de óbitos
2000
1500
1000
500
0
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
Semana
região Norte
Portugal
Figura 8 – Número de óbitos registados por data do óbito em todas as conservatórias por
semana em Portugal e na região Norte (semana 24 e seguintes de 2009)
Descrição do sistema
O Instituto Nacional de Saúde (INSA) Dr. Ricardo Jorge implementou um sistema de
Vigilância Diária da Mortalidade (VDM) em parceria com o Instituto dos Registos e do
Notariado, de forma a monitorizar diariamente a mortalidade da população portuguesa.
O sistema VDM monitoriza o número de registos de óbito nas Conservatórias do
Registo Civil em Portugal. O INSA envia à ARSNorte os dados relativos aos óbitos
registados na região.
18
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.8 Absentismo escolar
Dados
Na figura 9 observam-se os valores da taxa de absentismo escolar durante todo o
período de vigilância nos anos lectivos de 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009 bem
como nas semanas 40 a 47 de 2009. Durante os três anos lectivos anteriores os
valores do absentismo escolar não diferiram de ano para ano.
Nas últimas semanas a taxa de absentismo escolar tem vindo a subir e atingiu valores
francamente superiores aos valores máximos atingidos nos anos anteriores.
Taxa de absentismo escolar (%)
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Semana
2006/2007
2007/2008
2008/2009
2009/2010
Figura 9 – Evolução da taxa de absentismo escolar (%) semanal na região Norte
Descrição do sistema
O sistema de Monitorização do Absentismo Escolar foi implementado na região Norte
no ano lectivo 2006/2007, abrange uma amostra de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos do
Ensino Básico da região e está activo entre a semana 40 de cada ano e a semana 20
do ano seguinte, interrompendo-se durante fins-de-semana e férias escolares. Este
sistema permite o registo on-line do número total de alunos que faltou durante pelo
menos um dia completo na semana sob vigilância.
19
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.9 Absentismo laboral dos profissionais de saúde dos cuidados de
saúde primários
O sistema de monitorização do absentismo laboral dos profissionais de saúde dos
cuidados de saúde primários entrou em funcionamento em Setembro de 2009. Desde
a sua implementação que a adesão ao sistema tem vindo a melhorar, encontrando-se
actualmente em valores que rondam os 35% do total de serviços da região (Figura 10).
40
35
Adesão (%)
30
25
20
15
10
5
0
Figura 10 – Evolução diária da adesão dos serviços de saúde dos cuidados de saúde
primários da região Norte ao sistema de monitorização do absentismo laboral (28 de Setembro
a 22 de Novembro de 2009)
Na figura 11 observa-se a evolução da taxa de absentismo laboral diária por grupo
profissional. Para além das diferenças observadas entre os diversos grupos, não se
observa nenhuma tendência digna de nota nos últimos dias.
10
Taxa de Absentismo (%)
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Total
Médicos
Enfermeiros
Administrativos
Outros
Figura 11 – Evolução diária da taxa de absentismo laboral dos profissionais de saúde dos
serviços de cuidados de saúde primários da região Norte por grupo profissional (1 de Outubro
a 22 de Novembro de 2009)
20
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
Descrição do sistema
O sistema de monitorização do absentismo laboral dos profissionais de saúde dos
cuidados de saúde primários foi criado pela ARSNorte em Agosto de 2009 e
implementado em Setembro de 2009. Para o efeito foi criada uma aplicação
informática, a qual foi instalada no servidor da ARSNorte. Foram definidos diferentes
níveis de acesso de acordo com os perfis dos utilizadores e fornecidos os respectivos
códigos de acesso. Este sistema permite o registo diário on-line do número de
profissionais de saúde ausentes do serviço em quatro diferentes grupos profissionais.
21
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
2.10 Situação mundial, europeia e nacional
A Organização Mundial de Saúde2 publicou recentemente uma nota sobre o
significado para a saúde pública da mutação do vírus Influenza A (H1N1) 2009
detectada no Instituto de Saúde Pública da Noruega. De acordo com os estudos feitos,
o vírus com mutação é sensível ao oseltamivir e a vacina pandémica disponível
confere protecção contra o vírus. Uma mutação semelhante foi observada previamente
noutros países, tanto em casos fatais como em casos com gravidade moderada. De
acordo com aquele organismo internacional, o significado para a saúde pública da
referida mutação não é claro, estando a decorrer estudos laboratoriais que irão
permitir clarificar aquela questão.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo ECDC3, os 27 países da União
Europeia registaram, para a semana 47, actividade gripal elevada. Treze países
europeus, maioritariamente localizados no Leste, declararam actividade gripal
crescente, enquanto alguns países apresentaram actividade estável. O grupo etário
mais afectado na generalidade dos países é o dos menores de 15 anos de idade.
Ainda de acordo com a mesma fonte, nos países da União Europeia e da EFTA o
número de mortes ocorridas em doentes com Gripe A tem vindo a aumentar de forma
sustentada desde a semana 444.
Em Portugal, de acordo com o sistema de vigilância epidemiológica da síndrome gripal
da rede de Médicos Sentinela e Serviços de Urgência, na semana 46 observou-se
actividade gripal elevada com tendência crescente, com um aumento apreciável da
taxa de incidência nos grupos etários 0-4 e 5-14 anos. Na semana 47, de acordo com
a mesma fonte, verificou-se uma actividade gripal elevada, com ligeiro decréscimo em
todos os grupos etários, excepto no grupo 5-14 anos.
2
World Health Organization. Public health significance of virus mutation detected in Norway. Pandemic (H1N1) 2009
briefing note 17. Geneva, 20 November 2009 (disponível em www.who.org)
3
European Centre for Disease Prevention and Control. Surveillance Report. Weekly influenza surveillance overview,
27 November 2009. Disponível em www.ecdc.europa.eu
4
European Centre for Disease Prevention and Control. ECDC Daily Update. Pandemic (H1N1) 2009 – Update 27
November 2009 (disponível em www.ecdc.europa.eu)
22
Departamento de Saúde Pública – Unidade de Vigilância Epidemiológica
3. Comentário geral
Nas duas últimas semanas registou-se um aumento considerável da procura dos
centros de saúde da região por doentes com síndrome gripal. Esse aumento foi menor
do que o que tinha ocorrido entre a semana 45 e 46. A grande maioria dos doentes
com síndrome gripal que procuraram os centros de saúde ao longo das duas últimas
semanas tinha menos de 30 anos de idade. Verificou-se em todos os grupos etários
um aumento da procura, no entanto foi no grupo etário com idades compreendidas
entre os 40-49 anos que o crescimento do número de casos foi maior. A actividade
gripal encontra-se disseminada em toda a região, sendo mais intensa no litoral Sul e
no ACES de Braga, Famalicão e Santo Tirso/Trofa.
O aumento da actividade gripal foi acompanhado por um crescimento paralelo no
número e na proporção de amostras laboratoriais positivas para o vírus Influenza
A(H1N1) 2009.
A informação sobre os internamentos hospitalares é muito escassa e tem vindo a
diminuir o número de hospitais que envia informação à ARSNorte, o que dificulta a
monitorização da severidade da pandemia.
A ocorrência de dois óbitos por Gripe A na semana 47 poderá traduzir a evolução da
situação prevista no relatório anterior.
Continuam a ocorrer surtos de síndrome gripal/Gripe A nas escolas da região, o que é
consistente com o aumento do absentismo escolar que continua a observar-se.
De acordo com os dados apresentados neste relatório, a região Norte está ainda numa
fase de crescimento da actividade gripal, pelo que é aconselhável estar
particularmente atento à necessidade de garantir uma resposta adequada dos serviços
de saúde à procura de cuidados.
De acordo com as orientações para a gestão clínica dos casos da OMS5, promover o
tratamento com oseltamivir o mais precocemente possível, nomeadamente nos
doentes com síndrome gripal e com factores de risco, e nos doentes que apresentem
sinais de gravidade, pode salvar vidas.
Porto, 27 de Novembro de 2009
5
World Health Organization. Clinical management of human infection with pandemic (H1N1) 2009: revised guidance.
Geneva, November 2009 (disponível em www.who.org)
23
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