www.arscentro.min-saude.pt Pandemia de gripe e planos de contingência e de continuidade de laboração LÚCIO MENESES DE ALMEIDA MÉDICO ESPECIALISTA EM SAÚDE PÚBLICA G Grupo Coordenador do Plano de Contingência da Região Centro para a Pandemia de Gripe (sector da saúde) C d d d Pl d C ti ê i d R iã C t P d i d Gi ( t d úd ) Eixo funcional da mitigação e da mobilização da sociedade civil [email protected]‐‐saude.pt [email protected] 6 de Agosto de 2009 Gripe Doença respiratória aguda causada por vírus influenza ¾ Surtos anuais de intensidade e gravidade variáveis ¾ Morbilidade significativa na população em geral ¾ Absentismo escolar e laboral ¾ Mortalidade nos g grupos p de risco acrescido ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 2 Gripe: vias de transmissão ¾ Transmissão directa por gotículas infecciosas de tosse ou espirro p ((distância igual g ou inferior a 1 metro) metro) ¾ Transmissão indirecta (mãos ou objectos j contaminados contaminados)) As A mãos ã são ã a via i mais i frequente f t de d transmissão da infecção ç ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 3 Pandemias de gripe Epidemias globais ¾ Afectam mais de 25% da população (gripe sazonal: 55-10%) ¾ Periodicidade 1010-50 anos Provocadas por vírus completamente novos ¾ ¾ Ausência de imunidade prévia Virtualmente toda a população é susceptível ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 4 Pandemias de gripe do século XX Excesso de mortalidade Ano Subtipo Evolução viral 1918--19 1918 H1N1 Mutação adaptativa 50--100 milhões 50 1957--58 1957 H2N2 Recombinação genética > 2 milhões 1968--69 1968 H3N2 Recombinação genética < 1 milhão ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas (nº mortes relacionadas) 5 Pandemias Acontecimentos globais… ¾ Afectam mais de 25% da p população p ç em todo o Mundo (epidemias à escala global) … mas impacte essencialmente local ¾ ¾ ¾ Dia-a-dia das pessoas e das empresas DiaAbsentismo laboral (primário e secundário) Custos sociais e económicos ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 6 Cronologia g da pandemia p (H1N1) ( ) 2009 ¾ 18 de Março: primeiros casos (ILI) detectados no México ¾ 23 de Abril: o México notifica mais de 850 casos de pneumonia na capital e 59 mortes relacionadas ¾ 24 de Abril: os EUA notificam 7 casos confirmados (Califórnia e Texas). Dos 18 casos mexicanos 12 são geneticamente idênticos aos dos vírus da Califórnia ¾ 27 de Abril: 73 casos confirmados e 7 mortes (México (México, EUA, EUA Canadá e Espanha). Declarada a fase 4 (risco pandémico médio a elevado) ¾ 29 de Abril: 148 casos e 8 mortes relacionadas em 9 países. Declarada a fase 5 (pandemia iminente) ¾ 4 de Maio: 1º caso confirmado em Portugal ¾ 11 de Junho: 28 774 casos e 144 mortes relacionadas em 74 países. países Portugal: 2 casos. Declarada a fase 6 (pandemia) ¾ 16 de Junho: 1º caso confirmado da Região Centro de Portugal ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 7 Pandemia A (H1N1) 2009: previsões para a 1ª 1 onda no Reino Unido (UK Department of Health – citado por por Nicoll & Coulombier Coulombier,, 2009) ¾ Taxa de ataque clínica cumulativa: 30% ¾ Taxa de ataque semanal máxima: 6,5% (entre 4,5% e 8%) ¾ Absentismo laboral: 12% ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 8 Pandemia (H1N1) 2009: situação europeia e nacional a 27/07/2009 29 países EU+3 13 p países em fase de mitigação g ç ¾ Tratamento de doentes P t Portugal l em fase f de d contenção t ã ¾ Reduzida proporção de casos secundários e terciários (eficácia do SNS) ¾ ¾ Gestão hospitalar de casos (hospitais de referência) Identificação e quimiprofilaxia de contactos (rede ( d d de serviços de saúde pública) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 9 Cenário provável na Europa Proportion of total cases, con nsultations, hosp pitalisations or d deaths (reproduzido de ECDC , 2009) Initiation 25% Acceleration Peak 20% 15% 10% 5% 0% Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Month 10 Declining ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas Feb Mar Apr Pandemia de g gripe p (H1N1) ( ) 2009: quall o seu impacte? i t ? Estimação ç do impacte p da pandemia: p principais determinantes (WHO, 2009) Características do vírus ¾ ¾ ¾ Intrínsecas (virulência, susceptibilidade farmacológica) Clínicas (gravidade) Epidemiológicas (distribuição e frequência) População e sua vulnerabilidade ¾ ¾ Imunidade prévia (?) População com risco acrescido de complicações Capacidade de resposta ¾ ¾ ¾ Robustez do sistema de saúde ú (acessibilidade e resiliência) Comunicação do risco e mobilização social Planeamento e preparação adequados ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 12 Impacte p da p pandemia de gripe g p Factores prognósticos positivos: Mais e melhores cuidados de saúde Melhor estado nutricional Maior facilidade e rapidez na implementação de uma resposta apropriada - sistemas de vigilância integrada e de comunicação Preparação pandémica global iniciada em 2005 Factores prognósticos negativos: Maiores disparidades no acesso aos cuidados de saúde (iniquidade – países sem serviço nacional de saúde) Maior proporção de idosos Maior número de imunodeprimidos Maior facilidade de disseminação do vírus (viagens aéreas) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 13 Pandemia de g gripe: p planos de contingência do sector t da d saúde úd Plano Pandémico Global ((2005)) (WHO global influenza preparedness plan plan)) Cabe a cada País a gestão da ameaça pandémica ¾ ¾ Avaliação do risco Elaboração e revisão do plano pandémico nacional A avaliação global do risco é da responsabilidade do Director Director--Geral da OMS ¾ Declaração da pandemia ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 15 Plano de Contingência Nacional para a Pandemia de Gripe (2007) Elaborado em Março de 2007 pela DirecçãoDirecção-Geral da Saúde ¾ Reduzir a incidência da gripe pandémica ¾ Reduzir a morbilidade e mortalidade associadas ¾ Minimizar a disrupção social e económica ¾ Empresas e serviços essenciais Disponível em www.dgs.pt ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 16 Plano nacional de contingência da gripe: estrutura de comando e controlo Ministro da Saúde Director Geral da Saúde Director-Geral Presidente do Conselho Directivo da ARS Autoridade Nacional de Saúde Delegado Regional de Saúde Dirigentes máximos das unidades de saúde (ACES/ULS e hospitais) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas Delegados de Saúde 17 Plano Pandémico da Região g Centro (2008) ( ) (disponível em www.arscentro.min www.arscentro.min--saude.pt saude.pt)) ¾ Elaborado em Abril de 2008 ¾ Operacionaliza o Plano de Contingência Nacional da DirecçãoDirecção-Geral da Saúde ¾ Contém orientações destinadas às unidades de saúde (públicas e privadas) da Região Centro ¾ Accionado a 27 de Abril de 2009 ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 18 Estratégia g de intervenção ç da ARSC Capacitação do público em geral ¾ Informação geral e sectorial Maximização M i i ã da d capacidade id d de d resposta do d sistema de saúde regional ¾ Rede de serviços de atendimento da gripe (SAG) ¾ Prontidão dos serviços de saúde pública Externalização da preparação pandémica ¾ Ensino ¾ Autarquias ¾ Outros sectores da sociedade (empresas, transportes colectivos, etc.) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 19 Estratégia de intervenção da ARSC: externalização da preparação pandémica Circular--gripe nº 5 de 15/07/2009 da ARSC Circular ¾ ¾ Disponível p em www.arscentro.min www.arscentro.min--saude.pt p Contém orientações destinadas aos dirigentes dos serviços de saúde da Região Centro (SNS) ¾ Sector da saúde como “catalizador “catalizador”” da preparação e resposta pandémicas ¾ A Anexa e divulga di l as orientações i õ técnicas é i nºº 10 (OT--10) da Direcção(OT Direcção-Geral da Saúde ¾ Lista de verificação de medidas e procedimentos para serviços e empresas ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 20 Formação e informação em saúde ¾ Essencial à preparação e resposta pandémica das empresas ¾ Público--alvo: todos os estratos profissionais e colaboradores externos Público ¾ Promotora de comportamentos correctos ¾ Redução do risco (higiene das mãos e etiqueta respiratória) ¾ Procura apropriada dos serviços de saúde ¾ A cargo g dos serviços ç de segurança g ç e saúde no trabalho/médicos do trabalho ¾ A basear na melhor evidência científica e epidemiológica disponível e nas orientações técnicas em vigor da DGS ¾ Designar responsável pela recolha e actualização ç da informação ç ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 21 Medidas individuais de prevenção Lavar as mãos com frequência ¾ Água corrente e sabão/sabonete ¾ Palma e dorso das mãos e espaços ç entre os dedos Proteger a tosse e espirro com o antebraço e nunca com a mão Utili Utilizar lenços l de d papell ¾ Utilização única e deposição em caixotes de lixo accionados por pedal Manter um bom estado geral de saúde Medidas comunitárias de prevenção Desinfecção de superfícies inertes não porosas ¾ Manípulos de portas portas, corrimões corrimões, teclados de computador computador, etc etc. Arejamento frequente dos espaços ¾ Atenção às correntes de ar turbulentas (aerossolização das gotículas) Disponibilização de meios de lavagem e secagem higiénica das mãos ¾ Lavatórios com comando nãonão-manual ¾ Secagem das mãos com toalhetes de papel ¾ Em alternativa: disponibilização de soluções antissépticas Formação ç dos profissionais p e informação ç ao público p O que fazer se desenvolver sintomas Restringir os contactos sociais ¾ Mantenha--se em casa e proteja os outros Mantenha Contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou o médico assistente ¾ ¾ Não vá directamente ao hospital Respeite as orientações dos profissionais de saúde Lavar as mãos com frequência q e em especial p depois p de espirrar ou tossir 24 Empresas: planos de contingência e de continuidade de laboração Resposta à pandemia de gripe D responsabilidade Da bilid d de d toda t d a sociedade i d d ¾ Governo (liderança, ç alocação ç de recursos e meios de intervenção) ç ¾ Sector da saúde (prestação de cuidados de saúde & controlo da infecção) ¾ Sector produtivo (manutenção da actividade essencial ao regular funcionamento da sociedade) ¾ Comunidades, famílias e indivíduos (acesso a informação válida & comportamentos redutores do risco) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 26 Planos de contingência e continuidade de laboração das empresas Medidas de redução dos riscos para a saúde dos trabalhadores por forma a assegurar a continuidade da laboração Manutenção ç da actividade durante as semanas de maior intensidade epidémica ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 27 Planos de contingência e continuidade de l b laboração: ã objectivos bj ti Manter a laboração M l b ã durante d as semanas de d maior i intensidade epidémica/absentismo laboral elevado ¾ Planos de contingência internos (empresa) e externos (fornecedores) Adoptar medidas e comportamentos que dificultem a disseminação da infecção no local de trabalho ¾ Etiqueta Eti t respiratória i tó i ¾ Higiene das mãos ¾ Distanciamento social dos sintomáticos á ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 28 Planos de contingência e continuidade de l b laboração ã das d empresas Da responsabilidade da entidade empregadora (dirigentes) ¾ ¾ ¾ Al Alocação ã dos d recursos necessários ái Identificação de tarefas prescindíveis e de formas alternativas de trabalho p para a continuidade da laboração ç Accionamento do(s) plano(s) Operacionalização p ç a cargo g dos serviços ç de segurança g ç e saúde no trabalho/medicina do trabalho ¾ ¾ Avaliação do risco ocupacional D Desenho h e iimplementação l t ã de d medidas did de d gestão tã do d risco i (incluindo EPI, quando recomendados – risco muito elevado) ¾ ¾ Respeitar os normativos nacionais da DGS e as indicações da Autoridade de Saúde Assegurar a vigilância médica dos trabalhadores sintomáticos em fase de pandemia instalada (“exames ( exames ocasionais”) ocasionais ) ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 29 Documentos nacionais de referência (disponíveis em www.dgs.pt www.dgs.pt)) ¾ Orientações técnicas (OT) nº 10 da Direcção Direcção--Geral da Saúde (“Lista de verificação e procedimentos para serviços i e empresas”) ”) ¾ “Pandemia Pandemia de gripe A(H1N1)v: orientações para a concepção do plano de contingência” ¾ “Pandemia “P d i d de gripe: gi orientações i t õ para as empresas. Como avaliar o risco e manter a actividade” ARSC Planos de contingência e continuidade das empresas 30 GRUPO COORDENADOR DO PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA A PANDEMIA DE GRIPE DA REGIÃO CENTRO (SECTOR DA SAÚDE) Presidente: Dr. João Pedro Travassos de Carvalho Pimentel Presidente do Conselho Directivo da ARS do Centro, IP Alameda Júlio Henriques 3000--057 Coimbra 3000 E-mail: [email protected] [email protected] Webpage ARSC: www.arscentro.min www.arscentro.min--saude.pt DELEGADO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO Dr. José Manuel Azenha Tereso, Tereso, Director do Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS do Centro, IP Av. Av D D. Afonso Henriques, Henriques 141 3000--011 Coimbra 3000 Telefone: 239 488 284 Fax: 239 488 289 Email: [email protected] [email protected]