Escola de Ensino Medio e Técnico - Plácido de Castro Disciplina: História Docente: Maria Teresa Turma: 3ª série, Ensino Médio - Os BRICS – Brasil (Trabalho de Avaliação do 3º Bimestre) Discentes: Ana Paula Marques (02) Andrey Cruz (03) Cecília Dotto (06) Pollini Helena Aguiar (26) Ricardo Felipe Oliveira (28) Yasmim Araújo (32) Rio Branco – Acre, setembro de 2012. Introdução: O termo BRIC surgiu, em novembro de 2001, pelo economista britânico Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs, que provavelmente não imaginava que estava prestes a ganhar fama mundial, sugerindo que o mundo deveria começar a prestar maior atenção à trajetória de Brasil, Rússia, Índia e China; e, mais tarde, da África do Sul. O Brasil, um dos integrantes do BRICS, é uma das potências emergentes mais emissoras. Apesar do lento crescimento na época atual, tal fato se deve pelo desenvolvimento anterior ao das outras potências. O desenvolvimento do país é composto e explicado desde o início da sua colonização, com processos antigos como a abertura dos portos, com a instalação de empresas no território brasileiro e seus acordos com outras economias do mundo em diferentes épocas da história. 1. Os Brics: Expressão criada pelo Banco Goldman Sachs para designar os quatro países emergentes com maior potencial de crescimento do mundo: Brasil, Rússia, Índia e China. Estudos e projeções demonstram que, até 2050, esse grupo terá o mesmo peso dos países desenvolvidos (G6) na economia mundial. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final). Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo, conceito que só veio a mudar a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 2006. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul apresentam vários fatores em comum, entre eles podem ser citados: grande extensão territorial; estabilidade econômica recente; Produto Interno Bruto (PIB) em ascensão; disponibilidade de mão de obra; mercado consumidor em alta; grande disponibilidade de recursos naturais; aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresas nos diversos setores da economia. Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. O que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação. 2. Brasil – O “B” dos BRICS: Dados geográficos: O maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em área territorial (8.514.876 km²); População de 193 946 886 habitantes; Capital: Brasília. Cidade mais populosa: São Paulo; Governo: República federativa Presidencialista; Fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto Equador e Chile. 2.1 Período de Descobrimento: Em março de 1500, partiu de Lisboa Pedro Álvares de Cabral com destino à Índia, mas este desembarcou em Porto Seguro (Monte Pascoal), ao Sul do atual estado da Bahia (22 de abril). Em 1 de maio Cabral tomou posse em nome do rei de Portugal e seguiu em direção à Índia. Inicialmente, foi implementada, com os indígenas, uma relação, seguindo o modelo das feitorias, para trocar o pau-brasil por tecidos grosseiros e outras manufaturas. Esta ocupação territorial com fins extrativos, dedicada ao corte do pau- brasil, deu o nome ao território. As árvores eram derrubadas no Brasil e embarcadas para Portugal; em Lisboa, pagavam-se os impostos e, imediatamente, grande parte dos troncos da madeira era remetida para a Holanda, para obtenção de sua tinta. Na década de 1520, a atividade decaiu. 2.2 Período de Colonização e Evolução Territorial: Em 1530, D. João III iniciou o processo de colonização do Brasil com a ajuda de capital privado, de modo que o território foi dividido em 15 capitanias hereditárias, com uma frente oceânica de 250 km e profundidade ilimitada, hereditárias e concedidas a donatários, denominados capitães hereditários, para a sua colonização e defesa. 2.3 Evolução Territorial do Brasil: 2.4 Principais Fatos Históricos Brasileiros: I.) Exploração do Pau-Brasil: 1502 - Os colonizadores começam a explorar o paubrasil, mercadoria usada para fabricar tinturas e que tem grande aceitação no mercado econômico da Europa. Primeira fonte da exploração brasileira. II.) Descoberta do Ouro em Minas Gerais: 1693 - Entre 1693 e 1695, os colonos do movimento das bandeiras (os bandeirantes), em suas expedições pelo interior do território brasileiro atrás de riquezas e escravos indígenas, fazem as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais. Iniciam-se a exploração mineral e o povoamento da região, que no século XVIII foi a maior fonte de riquezas da coroa portuguesa. III.) Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil: 1808 - Com a invasão de Portugal (aliado político e econômico da Inglaterra) por tropas francesas de Napoleão I, o príncipe regente D. João transfere a corte portuguesa para o Rio de Janeiro. A cidade se torna capital do império português e de suas posses ultramarinas. Isso gera diversas transformações no Brasil, como a assinatura da Carta de Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas e a criação da Imprensa Régia e de outras estruturas e serviços públicos. IV.) Independência do Brasil: 1822 - Forças políticas portuguesas exigem que D. Pedro retorne a Portugal, mas ele se recusa a sair do Brasil. O príncipe regente convoca uma Assembleia Constituinte e, no dia 7 de setembro, declara a independência brasileira. Em dezembro, é coroado D. Pedro I, imperador do Brasil. V.) Guerra do Paraguai: 1864 - O expansionismo do presidente paraguaio Solano López leva o Paraguai a declarar guerra ao Brasil e à Argentina. A estes últimos se junta o Uruguai, formando a Tríplice Aliança. Durante seis anos, mais de 60 mil soldados dos três países aliados morrem em combate ou em consequência da guerra. O Paraguai fica destruído e tem sua população reduzida em 70%. O Brasil também apresenta um elevado número de mortos e feridos, e sua dívida com bancos ingleses aumenta significativamente. Após a guerra, o movimento abolicionista e republicano ganha força. VI.) Primeira Guerra Mundial: 1917 - A Alemanha bombardeia navios do Brasil, e o governo brasileiro se une aos Aliados na Primeira Guerra Mundial. VII.) Governo de Getúlio Vargas: 1930-1945 e 1951-1954. O governo Getúlio mediou o reestabelecimento de relações diplomáticas entre o Peru e o Uruguai; recebeu, em 1931, a visita dos aviadores italianos e dos príncipes britânicos; assinou, em 1934, o Protocolo de Amizade entre Peru e Colômbia, pondo fim à Questão de Letícia; fez a demarcação de 4.535 quilômetros de fronteiras entre 1930 e 1940; promoveu a conciliação entre Bolívia e Paraguai, pondo fim à Guerra do Chaco; conseguiu, por intermédio do presidente Roosevelt, um empréstimo do “Export and Import Bank” utilizado em obras públicas e compras para o Lloyd Brasileiro e a Estrada de Ferro Central do Brasil; instalou, em 1940, no Rio de Janeiro, a Comissão Interamericana de Neutralidade; firmou 86 atos internacionais e 122 acordos bilaterais; criou, em 1934, o Conselho Federal de Comércio Exterior; criou, em 1938, o Conselho de Imigração e Colonização, e, em 1939, o Conselho de Defesa da Economia Nacional. Criou e implantou vários direitos trabalhistas, entre eles, o salário mínimo, Consolidação das Leis do Trabalho, semana de trabalho de 48 horas, Carteira profissional e férias remuneradas. Vargas fez fortes investimentos nas áreas de infraestrutura: criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco. VIII.) Segunda Guerra Mundial: 1939. Tem início a Segunda Guerra Mundial. Até 1941, o Brasil se mantém neutro. Depois assina um acordo com os Estados Unidos para permitir a instalação de bases militares norte-americanas no Nordeste. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) é criado por Getúlio Vargas e fica responsável pela propaganda do governo e pela censura a manifestações culturais do Brasil. IX.) Governo de Juscelino Kubitschek: 1956. Juscelino Kubitschek torna-se presidente do Brasil e lança o Plano de Metas, com o lema “50 anos de desenvolvimento em cinco anos de governo”. Baseada em um forte desenvolvimento industrial do país, essa política teve como destaque a construção de Brasília, em 1960. Com isso, a capital do Brasil é transferida para a nova cidade, e o Rio de Janeiro se transforma no Estado da Guanabara. Em 1961 acaba o governo de Juscelino Kubitschek. 3. O Brasil nos BRICS: economia e indústria: A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Com um PIB nominal de 2,48 trilhões de dólares, foi classificada como a sexta maior economia do mundo em 2011, segundo o FMI, ou a sétima maior por paridade do poder de compra, de acordo com o Banco Mundial e o World Factbook da CIA. É a segunda maior do continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos. A economia brasileira tem apresentado um crescimento consistente e, segundo o banco de investimento Goldman Sachs, deve tornar-se a quarta maior do mundo por volta de 2050. Aspectos que contribuem para o crescimento econômico do país: grande produtor agrícola; parque industrial diversificado; grandes reservas minerais, e com a descoberta da camada pré-sal será autossuficiente em petróleo e possível exportador; apresenta um grande mercado consumidor. Cerca de 60% das exportações do país referem-se a produtos manufaturados e semimanufaturados. O Brasil foi o país que mais aumentou sua competitividade em 2009. O Brasil é um país pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível - o etanol. Suas importações eram responsáveis por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas o Brasil se tornou autossuficiente em petróleo em 2006. O Brasil tem o segundo maior parque industrial na América. Contabilizando 28,5% do PIB do país, as diversas indústrias brasileiras variam de automóveis, aço e petroquímicos até computadores, aeronaves e bens de consumo duráveis. Com o aumento da estabilidade econômica fornecido pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais têm investido pesadamente em novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos quais foi comprado de empresas estadunidenses. De acordo com a lista de bilionários da revista Forbes de 2011, o Brasil é o oitavo país do mundo em número de bilionários, à frente inclusive do Japão. 4. O Brasil nos BRICS: vantagens: A vantagem do Brasil, a longo prazo, é que os outros Brics sofrem de problemas estruturais já enfrentados pelo País. A China vem passando por uma grande reforma econômica e deverá fazer importantes mudanças políticas nos próximos anos. É incerto se uma autocracia feudal e com fraca tradição democrática conseguirá instituir uma democracia constitucional. O Brasil, ao contrário, tem mais experiência democrática e instituições fortes. A prova disso é que empresas como a CVRD e a Petrobras receberam selo de investment grade, em grande parte porque operam em uma economia com ambientes político, econômico e jurídico estáveis. Na verdade, o Brasil parece ser o único dos Brics com instituições jurídicas bem definidas, seguido de longe pela Índia. No mercado financeiro, o Brasil tem procedimentos de Primeiro Mundo. O mercado de valores mobiliários conta com as melhores práticas de governança corporativa. O Brasil nunca passou por um momento histórico que o obrigasse a se militarizar, exceto durante a Guerra do Paraguai, sempre tendo boas relações com todos os países; Possui empresas de abrangência mundial nos campos petrolífero (Petrobras), exploração mineral (Vale S.A.), construção de aviões (Embraer), siderurgia (Gerdau), gráfica de segurança (Casa da Moeda do Brasil), telecomunicações (Rede Globo), alimentos (Brasil Foods), bebidas (AmBev) e engenharia (Odebrecht), o que lhe oferece razoável vantagem em penetração comercial em diversos continentes. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio e já o enriquece a um grau de 3,8% e 4% e pretende aumentá-lo para a 6%. Além disso, tem o segundo maior parque industrial na América. Contabilizando 28,5% do PIB do país, as diversas indústrias brasileiras variam de automóveis, aço e petroquímicos até computadores, aeronaves e bens de consumo duráveis. 5. Maiores companhias brasileiras: 6. Perspectivas: Considerações Finais É comprovada a ascensão dos BRICS na economia mundial. O Brasil, como peça chave do processo, tende a auxiliar tal desenvolvimento, além de participar ativamente do processo como uma das principais economias. As estatísticas também comprovam um aumento de investimentos intra e exteriormente em relação ao país. Com a criação de novas tecnologias e investimento em áreas de pesquisa e formação, o Brasil segue com bastante disciplina no processo de desenvolvimento. O volume comercial anual entre os cinco membros do BRICS quase sextuplicou na última década chegando a cerca de US$ 300 bilhões no ano, dado que só tende a aumentar.