Professor Hudson de Paula Globalização está ligada diretamente aos aspectos econômicos, pois como se sabe, a Globalização está presente em todos os países do mundo, mas o que se diferencia são as questões econômicas: ▪ Quanto mais rico, maior os aspectos da Globalização. ▪ Quanto menos disponibilizar de recursos financeiros, menor será tal fenômeno. Recebe o nome de bloco econômico a associação de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si e que concordam em abrir mão de parte da soberania nacional em proveito da associação. Como resultado da economia mundial globalizada, a tendência atual é a formação de blocos econômicos, destinados a realizar uma maior integração entre seus membros e facilitar o comércio entre os mesmos. Para isso, geralmente adotam a redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. O atual maior bloco econômico do mundo começou sua formação logo após a 2ª GM com três países: Bélgica, Holanda (Netherlands) e Luxemburgo e era conhecido como BENELUX. O bloco continuou seu processo de formação em meados de 1950 com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – CECA – que foi a primeira iniciativa de unir os países europeus. Mais tarde, em 1957, surgiu a Comunidade Econômica Europeia (CEE) ou “Mercado Comum”. Criado com o intuito de evitar que mais guerras acontecessem entre países europeus (como a 2ª GM) e como forma de recuperar a economia no período do pósguerra, fato logo registrado no período de 1960 a 1969. Em 1973 a Dinamarca, Irlanda e Reino Unido aderem ao bloco econômico elevando o número de estados membros para nove: os três citados acima, e os países fundadores, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Em 1981 a Grécia adere à UE, seguida pela Espanha e Portugal (ambos em 1986). Áustria, Finlândia e Suécia aderem em 1995. Em 2004 é a vez de Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estónia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Desde sua fundação a UE alcançou enormes conquistas nos campos político, econômico e social. Com a queda do Muro de Berlim e o fim do comunismo na Europa Ocidental são estreitadas ainda mais as relações entre os países europeus, culminando com a instituição das “quatro liberdades” em 1993: a livre circulação de serviços, mercadorias, capitais e pessoas que permite que as pessoas possam viajar livremente e sem a requisição de passaporte por qualquer um dos países membros. Em 2000 a UE, ganha mais força com a criação do Euro, a moeda europeia. Com isso, a UE conclui a unificação econômica entre os países membros e se torna o mais forte bloco econômico da atualidade. Quanto à unificação política, a UE possui bandeira, hino e em 9 de maio comemora-se o dia da Europa. Atualmente o bloco conta com 28 Estados-membros. NAFTA - O NAFTA (North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) é um bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e México. Foi ratificado em 1993, entrando em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994. Quando o mesmo foi criado, muitos especialistas acharam que seria uma excelente chance para o México, pois como se trata dos países do Norte da América, sendo ele o único subdesenvolvido, poderia ser uma ótima oportunidade. Poderia. O que acontece desde então é uma total dependência das indústrias estadunidenses, sendo o país latino responsável por ser maquiladoras. MERCOSUL - O Mercado Comum do Sul – MERCOSUL – foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai. A priori, o bloco contava com quatro países membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ao longo dos anos, o bloco não se desenvolveu como esperava e houve apenas a entrada, em 2013, da Venezuela, após protestos de Argentina e Uruguai. Na época, o Paraguai estava suspenso devido à um minigolpe de estado ocorrido no país vizinho. Situação resolvida em poucos meses após tal questão. Ainda não há um mercado comum consolidado, mas as perspectivas futuras são boas, pois Brasil e Argentina estão com boas relações comerciais e isso ajudará, sem dúvidas, a elevação do bloco sulamericano. De um grupo de países ignorado pelo mundo a uma das maiores ameaças econômicas mundiais Em 2001, o economista Jim O´Neil formulou a expressão BRICs (com “s” minúsculo no final para designar o plural de BRIC), utilizando as iniciais dos quatro países considerados emergentes, que possuíam potencial econômico para superar as grandes potências mundiais em um período de, no máximo, cinquenta anos. O que era, no início, apenas uma classificação utilizada por economistas e cientistas políticos para designar um grupo de países com características econômicas em comum, passou, a partir de 2006, a ser um mecanismo internacional. Isso porque Brasil, Rússia, Índia e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembleia Geral das Nações Unidas, o que propiciou a realização de ações econômicas coletivas por parte desses países, bem como uma maior comunicação entre eles. Manmohan Singh Dmitry Medvedev Hu Jintao Lula A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi oficialmente incorporada ao BRIC, que passou então a se chamar BRICS, com o “S” maiúsculo no final para designar o ingresso do novo membro (o “S” vem do nome do país em Inglês: South Africa). Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo. Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las. Brasil: Alimentos e petróleo Rússia: Petróleo, gás natural e, caso necessário, armas Índia: Mão de obra barata (em fase de qualificação) e território disponível China: Mão de obra extremamente barata (com e sem qualificação), parque industrial pronto e dinheiro (muito dinheiro – segunda maior economia) África do Sul: Pois é, difícil responder...