RECEPTORES DE MEMBRANA COMO ALVOS TERAPÊUTICOS SEROTONINA E RECEPTORES SEROTONINÉRGICOS NH2 HO N H 5- Hidroxitriptamina Serotonina Enteramina Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 RECEPTORES DE MEMBRANA COMO ALVOS TERAPÊUTICOS SEROTONINA E RECEPTORES SEROTONINÉRGICOS Sumário: 4.1 – Introdução 4.2 – Biossíntese e metabolismo da serotonina 4.3 – Sinapse e vias serotoninérgicas cerebrais 4.4 – Receptores da serotonina 4.5 – Inibidores não selectivos da recaptação da serotonina (antidepressivos triciclicos com anel central de sete membros) 4.6 – Inibidores selectivos da recaptação da serotonina 4.7 – Agonistas 5-HT1A 4.8 – Agonistas 5 –HT1D 4.9 – Antagonistas 5-HT2A 4.10 –Antagonistas 5-HT3 4.11 – Fármacos anti-obesidade Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 1 Serotonina e receptores serotoninérgicos Bibliografia consultada: Williams, David A. Foye's principles of medicinal chemistry / David A Williams, William O. Foye, Thomas L. Lemke. - 5th ed. - Philadelphia : Lippincott Williams & Wilkins, 2002. Avendaño, M. – Introducción a la Química Farmacéutica, 2ª ed. Madrid: McGraw-Hill, 2001. Burger’s Medicinal Chemistry and Drug Discovery 6th Edition, Volume 6: Nervous Systems Agents, Edited by Donald J. Abraham New York: John Wiley & Sons, INC., 2003. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.1 - introdução NH2 HO N H A serotonina é um neurotransmissor que está intimamente relacionado: com transtornos a nível do humor e da ansiedade, do sono, da actividade sexual, do apetite, do ritmo circadiano e funções neuroendócrinas, da temperatura corporal, da sensibilidade à dor e mesmo da actividade motora e funções cognitivas. - Fora do SNC, a serotonina tem um papel importante em funções gastrointestinais e cardiovasculares. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 2 4.1 - introdução Encontra-se em células neuronais e não neuronais. 90% da serotonina do organismo encontra-se no tracto gastrointestinal especialmente nas células enterocromafins. Há também serotonina nas plaquetas, na hipófise (onde serve de percursor à melatonina) e nos neurónios do SNC. O SNC contêm menos de 2% da serotonina total do organismo. Como é sintetizada a partir do triptofano, o nível de 5-HT está, dependente da disponibilidade deste aminoácido. As acções farmacológicas da 5-HT tem sido atribuídas à cadeia lateral alquilamina e às interacções do anel indólico com os diferentes receptores 5-HT. A pH fisiológico o grupo amina encontra-se protonado. No entanto não é absolutamente evidente que a interacção com o receptor seja na forma protonada. A injecção intravenosa de serotonina no homem provoca dor, tosse, naúseas, dificuldades respiratórias, cãibras, comichão e formigueiro e outras sensações desagradáveis. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.2 - Biossíntese O triptofano entra dentro do neurônio serotoninérgico através da bomba de recaptação do triptofano. Em seguida, sofre a acção da enzima triptofano hidroxilase (TRI-OH), para se formar o metabólito intermediário, o 5- hidroxitriptofano (5-HTP), que é convertido em serotonina (5-HT), pela enzima aminoácido aromática descarboxilase (AAADC). A serotonina assim formada é guardada em vesículas sinápticas para posterior libertação na fenda sináptica. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 3 4.2 - Metabolismo MAO A A degradação enzimática é feita selectivamente pela MAO A. A serotonina não é substrato da COMT nem tem boa afinidade para a MAO B. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.2 – Biossíntese e metabolismo como alvos terapêuticos Existem fármacos que interferem na síntese, no armazenamento, transporte e metabolismo da serotonina. A síntese pode ser aumentada pela administração de precursores: L-triptofano. pode ser inibida pela 4 - clorofenilalanina, e pelos inibidores da DOPA descarboxilase (benzerazida e carbidopa). L- triptofano 4-clorofenilalanina Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4 4.2 – Biossíntese e metabolismo como alvos terapêuticos O armazenamento vesicular pode ser diminuído pela reserpina (que também inibe o armazenamento das catecolaminas) e selectivamente pela tetrabenazina. Os inibidores da recaptação da serotonina podem ser selectivos (fluoxetina, fluvoxamina, tetrabenazina tianeptina paroxetina, sertralina, citalopram, e tianeptina) ou não selectivos ou mistos (cocaína e imipramina) Clorgilina fármaco padrão dos inibidores selectivos da MAO A A metabolização pode ser reduzida administrando inibidores da MAO A (clorgilina) Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.3 – Sinapse e vias serotoninérgicas cerebrais Os principais centros produtores de serotonina são o núcleo caudal e rostral da rafe. Daqui os axónios partem para o cerebrelo, hipocampo, cortex cerebral, gânglios basais, tálamo, sistema límbico, lobo temporal e medula espinal Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 5 4.4 – Receptores da serotonina Actualmente conhecem-se 7 tipos distintos de receptores serotoninérgicos e que se podem classificar de acordo com o sistema efector a que estão ligados em: -Receptores acoplados a proteínas G: -5-HT1 (5 subtipos; os 5-HT1A e 5-HT1D são os mais importantes; interferem na ansiedade, humor e comportamento) -5-HT2 (3 subtipos; os 5-HT2A encontram-se no músculo liso, plaquetas e neurónios; broncoconstrição, vasoconstrição e agregação plaquetária) -5-HT4 (2 subtipos) -5-HT5 (2 subtipos) -5-HT6 -5-HT7 -Receptores associados a um canal iónico (Na+/K +) -5-HT3 (existem controla o vómito) na área postrema que Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.4 – Localização cerebral dos receptores da serotonina 5-HT1A 5-HT2 Cortex hipocampo 5-HT4 5-HT3 Cortex Área postrema 5-HT5A Ana Paula Francisco 5-HT6 5-HT7 Química Farmacêutica II 2009/2010 6 4.4 – Receptores da serotonina Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) Anti-depressivos são fármacos que aumentam o tônus psíquico (afectivo e emotivo), melhorando o humor e modificando favoravelmente os estados de depressão. Estão estruturalmente relacionados com os neurolépticos tri-cíclicos, mas actuam inibindo a recaptação da serotonina, da noradrenalina ou ambas. N N N R' N R OH R' N R' N CH3 R = CH3; R’ = H R = CH3; R’ = Cl R = CH3; R’ = CN R = R’ = H opipramol imipramina clorimipramina cianopramina desipramina O NH2 carbamazepina A presença de uma dupla ligação origina compostos como o opipramol com actividade neuroléptica e antidepressiva. Efeitos secundários: - boca seca, diminuição do peristaltismo e retenção urinária - hipotensão e hipotermia - sedação, sonolência e potenciação dos depressores do SNC - aumento de peso Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 7 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) Triptilinas São o resultado da substituição bioisóstera do grupo N-CH2 por CH=CH ou CH2-CH2. O S N S R CH3 R = CH3 amitriptilina R = H nortriptilina N N CH3 CH3 Ciproheptadina antihistamínico H1 e antiserotonínico N CH3 Pizotifeno antiserotonínico Ana Paula Francisco cetotifeno antiasmático Química Farmacêutica II 2009/2010 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) Síntese da amitriptilina e da ciproheptadina 1) (CH3 ) 2N(CH2 ) 3MgCl O HCl desi dr at ação + 2) H3O HO (CH3 ) 3N(CH3 ) 2 N CH3 CH3 dibenzosuberona ami t r i pi l i na H3C N O 2) H3O + MgCl HCl desi dr at ação HO N CH3 N CH3 ci pr ohept adi na Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 8 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) 1) BrMg H+ -H2O HO 2) H3O+ O + rearranjo Síntese da nortriptilina HBr CH3NH2 CHCH2CH2NHCH3 CHCH2CH2Br nor t r i pt i l i na (CH3 ) 2NH ami t r i pt i l i na Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) Síntese da protriptilina 1) KNH2 H2O , OH - H despr ot ecção 2) CH3 Cl H N O Ana Paula Francisco H3C N H O H NHCH3 pr ot r i pt i l i na Química Farmacêutica II 2009/2010 9 4.5 – Anti-depressivos tri-cíclicos com anel central de sete membros (inibidores não selectivos da recaptação da serotonina) Síntese da doxepina O O O 1) (CH3)2N(CH2)3MgBr ácido polifosfórico 2) H3O+ HO2C HO O (CH2)3N(CH3)2 H3O+ È administrada a mistura dos dois isómeros (85:15 E:Z) O isómero Z inibe a recaptação da serotonina e o isómero E da Noradrenalina. O CH(CH2)2N(CH3)2 doxepina Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.6 – Inibidores selectivos da recaptação da serotonina Usados no tratamento da depressão. Foram introduzidos na terapêutica nos anos 80. Tem uma maior margem de segurança e menos efeitos 2ários do que os antidepressivos tricíclicos) Tem estrutura geral de fenilalquilamina quiral em que o grupo amina pode pertencer a um ciclo F CF3 Cl O O N H * CH3 O fluoxetina (Prozac) O paroxetina OMe * * N H Cl * * NHCH3 sertralina NC F HO * N CH3 CH3 venlafaxina Ana Paula Francisco O * N(CH3)2 citalopram Química Farmacêutica II 2009/2010 10 4.6 – Inibidores selectivos da recaptação da serotonina CF3 CF3 N H O * CF3 CH3 N H O fluoxetina (Prozac) CH3 O R - fluoxetina (antidepressivo) NC N H CH3 S - fluoxetina (enxaqueca) NC F F * N(CH3)2 O O N(CH3)2 O OMe N H S - citalopram (antidepressivo) citalopram Reboxetina A 3ª geração de anti-depressivos incluem os inibidores selectivos da recaptação da noradrenalina (reboxetina) ou os novos inibidores duplos da serotonina e noradrenalina. Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.6 – Inibidores selectivos da recaptação da serotonina Síntese da paroxetina F F F TsCl OH O NaH Et3N O OTs N N CH3 CH3 O HO O O N CH3 H2C CH O Cl O F F O O HCl O O N H Ana Paula Francisco O O N O O Química Farmacêutica II 2009/2010 11 4.7 – Agonistas 5-HT1A Os receptores 5-HT1A são muito abundantes em certas áreas do cérebro como o hipocampo e parecem estar implicados na origem e aparecimento da ansiedade. OH 1 N N 8-OH DPAT 4 NH 1-fenilpiperazina Tem uma afinidade moderada para o receptor 8-hidroxi-2-(di-N-propilamino)tetralina O N N N O N N O N N N buspirona N N N N ipsapirona O Apenas as arilpiperazinas de S O N gepirona O N N O cadeia longa e com substituintes complexos em N4 tem actividade Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.7 – Agonistas 5-HT1A Aplicações: - ansiolíticos, anti-depressivos, anti-eméticos e neuroprotectores - o agonista mais selectivo é a 8-hidroxi-2-(di-N-propilamino)tetralina (8-OH DPAT), o que significa que não é necessário um núcleo indólico intacto para o composto ter actividade - arilpiperazinas simples não são selectivas e manifestam baixa afinidade - arilpiperazinas com uma cadeia longa e substituintes N4 elaborados constituem a maior classe de ligandos 5-HT1A Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 12 4.7 – Agonistas 5-HT1A Relações estrutura-actividade: -a porção arilo pode ser um grupo fenilo, um fenilo substituído ou um grupo hetero-arilo como por ex. o 2pirimidilo -o spacer entre o anel piperazínico e o N terminal deve ter entre 2 e 5 carbonos O N N N N N O o azoto terminal pode ser uma amina (alquílica, arilica ou heteroarilica), ou uma imina -o anel piperazina deve permanecer sem substituintes para uma boa ligação ao receptor Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.7 – Agonistas 5-HT1A Síntese da buspirona ClCH2(CH2)2CN N N N N NH K2CO3 N N (CH2)3CN N H2 Ni Raney O O N N N N N (CH2)4 N N (CH2)4NH2 N N buspirona Ana Paula Francisco O O O Química Farmacêutica II 2009/2010 13 4.8 – Agonistas 5-HT1D Os agonistas 5-HT1D são genericamente conhecidos como Triptanos, são derivados do indol (indolalquilaminas ou triptaminas) e foram desenvolvidos na década de 90. Mecanismo de acção: actuam estimulando o receptor 5-HT1D presente no músculo liso dos vasos, o que produz vasoconstrição com a consequente reversão da vasodilatação que se manifesta na enxaqueca. Os agonistas 5-HT1D usam-se no tratamento das enxaquecas. As enxaquecas são fundamentalmente uma inflamação dos vasos sanguíneos do crânio e que são consequência de alterações neurovasculares. Manifestam-se por dores intensas acompanhadas de vómitos, náuseas e fotofobia. (CH3)NH O H N N(CH3)2 S N(CH3)2 O O O N H Sumatriptano N H zolmitriptano N O N(CH3)2 S O N H almotriptano Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.8 – Agonistas 5-HT1D O sumatriptano manifesta uma alta afinidade para o receptor mas uma baixa selectividade novos agentes manifestam maior selectividade sobretudo na relação 1D/1B NH2 N CH3 O (CH3)NH N H NOT S O O N H naratriptano H3C N CH3 O N N N rizatriptano NH N H HN Alniditano derivado benzopirano N HN Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 14 4.8 – Agonistas 5-HT1D NH2 HO NH2 H2NOC N H N H 5-HT 5-CT (não selectivo) Produzia hipotensão através da interação com outros receptores 5-HT H3C H O N S O NH2 biososterismo H3C H N NH2 O N H Selectivo (rápida desaminação oxidativa) N H selectivo (não oral) Eliminação do grupo hidroxilo faz com que a afinidade para o 5-HT3 desapareça. (CH3)NH O N(CH3)2 S O N H sumatriptano as posições 1, 2 e b não podem ser substituídas Substituição do grupo carbamoílo por Nmetilcarbamoilmetilo substituição deste grupo por biosósteros do tipo sulfamoilo Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.8 – Agonistas 5-HT1D Síntese do sumatriptano R R' A conversão de aril-hidrazonas a indóis requer temperaturas elevadas e a adição de ácidos de Lewis ou de Brønsted Ana Paula Francisco N H ZnCl2 R NH R' N H Química Farmacêutica II 2009/2010 15 4.9 – Antagonistas 5-HT2A Ainda não se sabe muito bem qual o papel destes receptores no SNC pensa-se que poderão estar envolvidos nas psicoses e na depressão Uma das maiores classes de antagonistas são as N-alquilpiperidinas. São das mais selectivas. Antipsicóticos e anti-depressivos O O N N H N O O N N N N F O N F CH3 Cetanserina risperidona F O H N N N O S F N Irindalone N N N F CH3 ritanserina (ansiolítico) Antagonistas 5-HT2A para o tratamento dos sintomas negativos Antagonistas D2 para o tratamento dos sintomas positivos da esquizofrenia Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.9 – Antagonistas 5-HT2A Antipsicóticos e antidepressivos H N H N N CH3 S N N N N CH 3 N CH 3 Clozapina olanzepina Antagonistas mais selectivos: F F O N O espiperona N F O NH O NH N N AMI-193 O NH N N O CH3 KML-010 Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 16 4.10 – Antagonistas 5-HT3 Algumas benzamidas como a metoclopramida são antieméticos não só por serem antagonistas D2, mas também por bloquearem os receptores 5-HT3. Esta descoberta motivou a busca de antagonistas 5-HT3 puros. Desde 1970 que se conhecia a actividade antagonista 5-HT3 da cocaína. NCH3 NCH3 Cl H3CO2C O O Cl O O Bemesetrom Cocaína O N N H O NCH3 NCH3 O N N H CH3 granisetrom tropisetrom Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.10 – Antagonistas 5-HT3 Utilizam-se frequentemente como antieméticos no tratamento de náuseas e vómitos induzidos pelos quimioterápicos. O O N N O N H dolasetrom H3C NCH3 N O itasetrom ricasetrom O NCH3 zatosetrom OMe O NCH3 CH3 O N H O N H CH3 Cl O N H3C O O N H topisetrom N NCH3 N H H2N Cl renzapride •Mantêm o núcleo do tropano Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 17 4.10 – Antagonistas 5-HT3 Antagonistas tendo como amina terminal um anel imidazol ou outro heterociclo relacionado O CH3 N O O N N N CH3 CH3 ondasetrom N N N H N H N H N CH3 alosetrom ramosetrom •Contêm o núcleo do imidazol Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.11 – Fármacos anti-obesidade Obesidade – doença caracterizada por um aumento da reserva natural de gordura e elevados IMC(=Kg/m2) Pode ter origens muito diversificadas: endócrinas, metabólicas e psiquiátricas Tratamento destas doenças envolve tratamento farmacológico , psicológico, mudança do estilo de vida, etc. O tratamento farmacológico pode fazer-se com: supressores do apetite (sibutramina), inibidores da absorção das gorduras (orlistat) e agentes lipolíticos (cafeína). Supressores do apetite: a maioria são da família da 2-feniletilamina NH2 R= CH3 anfetamina CH3 R N Cl fentermina Ana Paula Francisco H3C CH CH3 3 sibutramina Química Farmacêutica II 2009/2010 18 4.11 – Fármacos anti-obesidade sistema fármaco mecanismo Estimula a libertação de NA NH2 CH3 anfetamina H3C NH2 adrenérgico OH Agonista a1 Fenilpropanolamina N N HO Cl mazindol Bloqueia a recaptação da NA Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.11 – Fármacos anti-obesidade sistema fármaco mecanismo CH3 CF3 Estimula a libertação de 5-HT NHC2H5 dexflenfluramina O serotoninérgico NHCH3 CF3 Inibe a recaptação de 5HT fluoxetina CH3 N Cl H3C Inibe a recaptação de NA e 5-HT CH CH3 3 sibutramina Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 19 4.11 – Fármacos anti-obesidade Inibidor da absorção das gorduras lipolítico cafeína orlistat Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 4.11 – Fármacos anti-obesidade Agonistas do receptor b 3 É um receptor que se encontra sobretudo no tecido adiposo. Os seus agonistas aumentam a lipólise. Os receptores b 2 e b 3 centrais reduzem a ingestão de alimento. Os agonistas b 3 tem a vantagem de não apresentarem efeitos secundários cardiovasculares. Estrutura geral: ariletanolamina ou ariloxipropanolamina. Responsável pela selectividade para o b 3 ariletanolamina ariloxipropanolamina OH Cl O O H N OH "ác acético" CH3 OH OH O O H N O O Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 20 Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 Ana Paula Francisco Química Farmacêutica II 2009/2010 21