Fevereiro de 2011 Ano XV Número 184 D.Antonio: O PNDH-3 D.Bertrand: 70 anos de édedicação um golpe anti-cristão e exemplo e anti-família Localizado na Capital paulista, o Nacional Club de São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo A genealogia como fator básico na formação da Pátria - Parte II Pág.6 Instituto Moreira Salles expõe retratos do Império e do exílio Pág.3 Guerra do Prata, o sonho de um vice-reinado Pág.8 Gazeta Imperial 02 Imagem do Mes ^ Considerações sobre o nosso País Prezados Monarquistas, Inicialmente, quero aqui deixar registrada minha admiração pelo aniversariante do mês de fevereiro, D. Bertrand de Orleans e Bragança, que completou no dia dois seu 70º aniversário. Parabéns em meu nome e, também, do Instituto Brasil Imperial. Falando sobre o Brasil, aparentemente tudo vai bem, com a presidente demonstrando novo modelo de governar, mais administrativo do que populista, fazendo-nos acreditar que teremos uma boa governante nestes próximos quatro anos.Entretanto, encoberto pelo que nos estão querendo fazer acreditar, apresenta-se o perigo pelas mãos da ministra dos Direitos Humanos, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que, segundo disse, vai implantar na sua íntegra o PNDH-3 - Programa Nacional de Direitos Humanos. Isto é, o governo petista simplesmente pretende impor uma ditadura marxista em nosso país. Em rodas de conversas, tenho indagado de meus interlocutores se conhecem o teor do PNDH-3. A resposta é não. O brasileiro é sempre mal informado. E exatamente por isso, recomendo que todos procurem conhecer o conteúdo deste programa, antes que sejamos transformados em uma Cuba, Venezuela ou outros mais países vermelhos, cujos povos também acreditaram nos seus governantes e hoje perdem sua liberdade e a oportunidade de trabalho, passando privações de toda a espécie. Divulgado dia 25 deste mês, o levantamento feito pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostra que 38% dos adolescentes do Brasil vivem em situação de pobreza. Dos 191 milhões de brasileiros, 21 milhões têm menos de 18 anos. O relatório aponta que o índice negativo é conseqüência, entre outros fatores, das condições climáticas desfavoráveis e da falta de água potável no Nordeste, saneamento básico, educação e serviços da saúde de qualidade em todas as regiões. Os brasileiros entre sete e 24 anos que não sabem ler somam 1,8 milhão. E quantos não sabem ler se considerarmos toda a população acima de sete anos! Quando vamos dar condições de alfabetização e inserção social a todos os brasileiros? Você e todos nós somos os únicos responsáveis pelo que está acontecendo em nosso Brasil. Se preferirmos assistir a banda passar, não querendo participar, tudo continuará acomodado como se encontra, contra nós. Agora, se quisermos reverter esse quadro que só nos deprime, fica o convite para que você se inclua nos quadros do Instituto Brasil Imperial, e, em futuro próximo, poderemos iniciar um movimento destinado a estabelecer, no Brasil, a forma de governo que realmente nos representará de forma inquestionávelmente democrática, o Parlamentarismo Monárquico Constitucional. Acesse www.brasilimperial.org.br, clique no banner e faça seu cadastramento ou recadastramento, indicando ali o valor de sua contribuição para que possamos dar sustentação às nossas campanhas. Saudações Monarquistas! Dom Bertrand de Orleans e Braganca Principe ´ Imperial do Brasil ´ 70 anos Gazeta Imperial Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Ano XV Número 178 www.brasilimperial.org.br A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados para [email protected] Alessandro Padin Editor e jornalista responsável [email protected] ´ Exposicao ´ Primeira reunião do Instituto Instituto Moreira Salles expõe Brasil Imperial é um sucesso retratos do Império e do exílio Compõem a exposição retratos da Família Imperial Brasileira, muitos inéditos, além de importantes imagens associadas a eventos que marcaram o Império Instituto Moreira Salles O Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro, apresenta até o dia 29 de maio a mostra Retratos do Império e do Exílio, com 150 fotografias pertencentes ao acervo do príncipe D. João de Orleans e Bragança, curador da mostra, ao lado de Sérgio Burgi, Coordenador de fotografia do IMS. Compõem a exposição retratos da Família Imperial Brasileira, muitos inéditos (em especial do período do exílio após a proclamação da República), além de importantes imagens associadas a eventos que marcaram o Império, como as comemorações do fim da Guerra do Paraguai e a abolição da escravatura. Os visitantes podem conferir registros de Marc Ferrez, agraciado pelo imperador com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa e também fotógrafo da Marinha Imperial; e Revert Henry Klumb, professor de fotografia das princesas Isabel e Leopoldina. Ambos mantiveram relação muito próxima com a Família Imperial – fotografaram com maior privacidade no interior dos palácios, registrando imagens menos formais, em que os retratos se relacionam com a câmera de uma forma direta e menos mediada pelas exigências do cargo e da vida pública. Também estarão na mostra imageis de Alberto Henschel, Joaquim Insley Pacheco, Luiz Terrano e Otto Hess, entre os diversos fotógrafos atuantes no Brasil que integram o acervo, além de imagens dos fotógrafos retratistas europeus Félix Nadar e John Jabez Edwin Mayall, entre outros. A exposição envolve o lançamento de um catálogo com 40 imagens e texto de Sergio Burgi e vai até 29 de maio próximo, de terça a sexta-feira, das 13h00 às 20h00. Sábados, domingos e feriados, das 11h00 às 20h00. Escolas podem agendar visita monitorada pelo fone (21) 3284-7400. A entrada é franca Cidadania Carta aberta de Eliane Sinhasique para Renato Aragão Eliane Sinhasique Querido Didi, Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências). Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta. Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação. Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma microempresária. Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso c o m p r a r pa r a o s u s t e n t o e sobrevivência da minha família. Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha? Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece... No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias. Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família. Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira. Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos. Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari. PS - Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir. PS2 - Aos otários que doaram para o Criança Esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz. PS3 - e o dinheiro da CPMF que pagamos durante 11 anos? Melhorou alguma coisa na educação e na saúde durante esses anos? Casa Imperial do Brasil D. Bertrand homenageado em seu 70º aniversário Localizado na Capital paulista, o Nacional Club de São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo Paz no Campo Localizado na Capital paulista, o Nacional Club de São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo. Há vários anos, também ali estiveram as rainhas Silvia, da Suécia; e Elisabeth, da Inglaterra. Previamente ao jantar oferecido na o p o r t u n i d a d e , f o i p r o j e ta d o audiovisual sobre o Príncipe, que desde os bancos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco vem se destacando em defender o Brasil das influências deletérias do socialismo e do comunismo. Coube ao jovem advogado Luiz Henrique Dezem Ramos, oriundo de família ligada às labutas do campo no oeste paranaense, narrar a atuação de D. Bertrand à frente do movimento Paz no Campo na defesa da agropecuária nacional. Ressaltou o orador a ação bem coordenada das campanhas feitas por Paz no Campo na Internet, através das quais milhares de lutadores ideológicos são acionados por simples teclas de computador para sucessivas tomadas de posição – reportagens, livros, artigos, entrevistas – que vêm se desenrolando no País, muitas delas com repercussão em todo o orbe. Ameaças à agropecuária Para Dezem Ramos, não obstante a agropecuária representar um dos fundamentos de nossa economia, vem ela recebendo golpes contumazes desfechados pela sanha socialista. Para cada golpe, um contragolpe de Paz no Campo com campanhas, publicações e livros nunca refutados. Assim ocorre com as ameaças do MST, quilombola, indígena, ambientalista, dos “índices de produtividade”, além da ameaça feita a propósito da mentira do “trabalho escravo”. O jovem advogado lembrou ainda a recente edição comemorativa dos 50 anos de Reforma AgráriaQuestão de Consciência. Este bestseller constituiu em 1960, o brado profético de Plinio Corrêa de Oliveira que sustou a “Reforma Agrária” de João Goulart e evitou que o Brasil caísse na situação da miserável Cuba comunista. A presente edição traz um prefácio do Príncipe D. Bertrand. Pelo Pró Monarquia discursou Frederico Straub, que evocou os tempos de sua juventude na “Turma do Príncipe” na Faculdade de Direito. Lembrou os diversos episódios da luta de D. Bertrand em defesa do sagrado direito de propriedade, contra a infiltração socialista da época. Falando pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, José Carlos Sepúlveda da Fonseca salientou as múltiplas facetas da personalidade de D. Bertrand: amigo leal, nobreza de Príncipe e filho devoto da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. A noite foi coroada com as palavras de D. Bertrand, agradecendo, em primeiro lugar, a Deus Nosso Senhor e a Sua Mãe Santíssima pelos dons e graças recebidos em sua vida; a seu pai, o Príncipe D. Pedro Henrique, pela educação e exemplo de que um verdadeiro príncipe deve estar sempre na frente de batalha em defesa de sua pátria. E, também, pelo fato de seu augusto genitor lhe ter apresentado o prof. Plinio Corrêa de Oliveira, a quem se congregou na luta pelos ideais da Civilização Cristã. Agradeceu, por fim, a todos os amigos monarquistas e participantes de Paz no Campo, conclamando-os a multiplicar esforços na defesa desse ideal . Artigo A genealogia como fator básico na formação da Pátria - Parte II Anibal de Almeida Fernandes 5) Família: essas crenças particulares que cercam o culto aos deuses do lar, permitem um estado social onde a família vive isolada e independente. A estrutura familiar baseada no culto aos Manes, tem o uso do patronímico que perpetua o gens (nomem) e quando os ramos familiares se tornam independentes, ganhando uma individualidade, esses ramos adotam o sobrenome (agnomem). Porem cada pessoa sempre teve seu nome próprio. A família se estabelece com o seu ramo primogênito, mais os ramos secundários, seus escravos, seus servos e seus clientes formando uma associação de pessoas. Quando as famílias se uniram, logo conceberam uma divindade superior às suas divindades familiares particulares (os Manes) e ergueram um altar comum a todas as famílias. As várias famílias formam as fatrias ou cúrias, As várias fatrias formam a tribo. A aliança das tribos (que mantém os próprios cultos particulares) faz nascer à cidade que, apesar de manter os cultos particulares das várias tribos que a compõem, cria um culto comum a todos. O mesmo acontece com o funcionamento político, pois apesar de continuar a coexistir uma infinidade de pequenos governos tribais, sobre eles se coloca um governo comum. Assim sendo, a cidade que nasce do conjunto das tribos era apenas uma confederação, sem nada interferir na intimidade das famílias que a compunham, e que ainda se administram a si próprias, guardando uma hierarquia patriarcal/doméstica particular com suas leis e responsabilidades privadas. Exemplo atual: algo muito similar à estrutura das famílias que formam as tribos Pashtun, compostas por cerca de 25 milhões de pessoas que vivem na inóspita região de montanhas e cavernas entre o Afeganistão e o Paquistão no Waziristan e em Peshawar e se relacionam até hoje sob as rígidas leis de um antigo código tribal de honra chamado Pashtunwali, em pleno século XXI, baseado nos atributos da honra de um homem que são: ouro, terra e mulheres e na sua honradez que deve ter: hospitalidade, dar asilo a qualquer um, mesmo que seja inimigo e o direito de fazer justiça e se vingar. O sistema de tribos foi preservado na constituição do Paquistão, após a independência em 1947, a fim de impedir que os maliks (chefes tribais) oficiais criassem o território independente do Pashtunistão. A lei paquistanesa normal não se aplica às Áreas Tribais Federativamente Administradas. Os maliks oficiais cooperavam com os agentes políticos governamentais que controlam quem recebe bolsas, vistos para viagens ao exterior e auxílio alimentar durante as secas. Os maliks oficiais recebiam regularmente contratos governamentais para a construção de estradas, escolas e hospitais. Há diversas histórias sobre os casos de corrupção e de obras de baixa qualidade que resultaram dessa prática. Até recentemente, apenas os maliks oficiais podiam votar nas eleições. O sistema de punição tribal coletiva criado pelos britânicos permaneceu em vigor. Na Grécia, que é o embrião do estado moderno de hoje, cada grego era membro de uma família, uma fatria, uma tribo, uma cidade. Havia um ritual a ser seguido para a inserção social da criança que nascia: 1a etapa: 10 dias após o nascimento a criança era admitida na família. 2a etapa: alguns anos mais tarde a criança é admitida na fatria. 3a etapa: aos 16 ou 18 anos o jovem apresenta-se para ser admitido na cidade, através de uma cerimônia ritual onde faz um juramento obrigando-se a respeitar a religião da cidade. Após esse juramento o jovem é considerado um cidadão. As grandes famílias patriarcais gregas eram semelhantes às clãs célticas e tinham, cada uma, o seu chefe hereditário, ou sacerdote ou juiz. Essas famílias aparecem na história a partir de 1600 a.C., como os Cécrops de Atenas, que são uma das 12 associações familiares que, muito mais tarde, serão unidas por Teseu (que é o herói mítico grego que mata o Minotauro e liberta a Grécia do jugo de Creta) e formam a cidade de Atenas, no alvorecer do Estado Grego. 6) Evolução do conceito de família: Com a queda do Império Romano, a 4/9/476, com a deposição do Imperador Rômulo Augusto, que era apenas uma criança, por Odoacro que tem origem bárbara, (ou da Esquiria, ou de Herul), porém já é cristão e considerado um patrício romano sob o nome de Flávio, ele conhecia os segredos de Roma e até meses antes servia no mesmo regimento que agora vencia. Odroaco ao morrer a 15/3/493 é sucedido por Teodorico, rei dos Ostrogodos e, a partir daí, segue-se uma série infindável de chefes bárbaros que se alternam brevemente no poder. Essa época de frenética agitação política/cultural que inaugura a Idade Média destrói essa estrutura centenária de família já inserida na sociedade romana, que era muito mais lastreada no parentesco advindo do culto aos ancestrais mortos comuns uma vez que, só eram parentes entre si os que faziam oferendas aos mesmos antepassados, e deixa de lado a consangüinidade já que, um irmão e uma irmã de sangue não eram mais parentes, pois essa irmã ao se casar, passa a adotar os ancestrais do marido como sua família, de fato e de direito, e se desliga do seu parentesco de sangue, como vemos no estudo feito sobre a família romana dos Cipiões: Cipião Emiliano e seus primos de 1o grau os irmãos Caio e Tibério Graco, não são mais considerados parentes entre si, pois apesar de todos os três serem netos de Cipião, o Africano, de quem tem o mesmo sangue, apenas Cipião Emiliano é considerado da família dos Cipiões por descender de um filho homem de Cipião, o Africano, enquanto que os irmãos Tibério e Caio passam a ser da família dos Sempronios, pois são filhos da filha Cornélia deste mesmo Cipião, o Africano, pois Cornélia ao se casar com Sempronio Graco, se insere na família dos Sempronios passando a cultuar os seus ancestrais o que faz com que Cornélia e seus 2 filhos, deixem de descender de Cipião, o Africano e passam a ser da família dos Sempronios. Na baixa Idade Média apenas se tinha o nome de batismo, situação que perdura até o século XII. No século XII, começa a ser usado o patronímico e aparece o primeiro registro heráldico, documentado pela história, que ocorre quando Henrique 1o da Inglaterra concede, em 1127, ao seu genro, Geoffrey Plantageneta (Anjou), um escudo azul decorado com três pequenos leões dourados. O neto deste Geoffrey, William Longespee, Conde de Salisbury, falecido em 1226, está enterrado na catedral de Salisbury e tem gravado sobre sua tumba, um escudo idêntico ao de seu avô Geoffrey, numa prova inconteste da hereditariedade do escudo na família, que inicia um costume/tradição heráldica que persiste até hoje em dia. O patronímico aparece sempre ligado ao nome da terra de origem do indivíduo e, daí, evolui para o sobrenome. Tem um exemplo dessa ligação terra=nome em minha família Arantes graças à documentação histórica registrada de, João de Nantes/Arantes, (13o avô de Aníbal) século XV, Portugal, cujo nome vem do nome desta vila de Nantes do Conselho de Chaves, que pertencia à Casa dos Duques de Bragança. Esse João, nasc. cerca de 1460, era Cavaleiro Fidalgo de sangue e espada, Senhor da Quinta de Romay, Morador da Casa Real, e foi designado a 2/1/1488, Condestável (=Ministro de Guerra) dos Espingardeiros d’El Rei Dom João II (1455-1495). João de Nantes/Arantes tem o seu sobrenome evoluindo para Anantes, Danantes, até se fixar em Arantes no século XVII, cuja grafia perdura até hoje nessa linhagem de mais de 500 anos de história, tanto em Portugal como no Brasil onde se estima a existência de 30.000 Arantes, e deu o nome ao título do Barão de Arantes e depois Visconde de Arantes de Antonio Belfort Ribeiro de Arantes, (tio-trisavô de Aníbal), no Império do Brasil, (1822-1889). (continua na próxima edição) Artigo “Educador” agora integra comissão na Câmara Cantor, compositor e humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, foi indicado titular da Comissão de Educação e Cultura da Câmara por indicação de seu partido, o Republicano. Algo a se estranhar nisso? Da Redação do IBI Nada há de pessoal contra esse personagem ou outros de nosso atual quadro político. Mas, se ele fosse indicado como titular de uma outra comissão, como a de Saúde desse parlamento brasileiro, como reagiriam as representações médicas? Tiririca é fruto da cultura a b s o l u ta m e n t e i r r e s p o n s á v e l republicana, a das conjunções momentâneas, que os monarquistas bem conhecem. No fundo, ele e muitos outros eleitos pelos brasileiros fazem parte de um imenso bloco de seus representantes que pouco prometem em prol de nossa nacionalidade, não por suas próprias culpas. Para que não seja deixado isolado e até injustamente crucificado por sua notória falta de educação básica – que a malfadada república não o presenteou em sua infância – podem ser citadas outras vítimas desse regime de governo. Alfabetizados ou semialfabetizados eles circulam pela Casa de Leis federal, muitos portando em qualquer momento discursos pomposos para dizerem coisa alguma. Apenas para mencionar, reiterando que nada há de pessoal contra estes eleitos, a Câmara dos Deputados houve por bem também emplacar o ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) como vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, time em que jogarão Danrley de Deus (PTB-RS), ex-goleiro do Grêmio, e o ex-boxeador Acelino de Freitas, o Popó. Na Comissão de Finanças da casa a presença do ex-participante do programa Big Brother Brasil, Jean Wyllys (PSOLRJ). A escolha é do povo, devidamente republicanizado! Choro tardio No caso de Tiririca, o choro tardio que começa a verter parte exatamente da área que mais se empenhou para tentar impor uma fictícia “igualdade” que nunca existiu e nem existirá entre os seres humanos, em todos os seus aspectos. O berçário esquerdista enquistado em muitos estabelecimentos oficiais de ensino superior foi responsável em grande parte por esse quadro que hoje se reflete especialmente nos legislativos de todos os níveis do território nacional. Um número elevadíssimo de aventureiros ocupa cargos públicos graças exatamente a essa distorção do que seja verdadeiramente um regime democrático. Segundo um jornal paulistano, a profa. Marcia Malavasi, titular de Pedagogia da Faculdade de Educação da Unicamp da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lembrou que, sem desmerecer as qualidades que Tiririca possa ter, fica “evidente que há uma inadequação entre o que ele representa e o tamanho dos desafios da educação brasileira." E não foi na Unicamp que o sonho da esquerda bem se assentou em anos passados? “É um retrato da sociedade que temos", reagiu o professor Mozart Neves Ramos, da ONG Todos pela Educação. Malavasi e Ramos são exemplos de como a notícia espalhou surpresa e desconsolo entre educadores. Um choro tardio que vai em algum momento cobrar um mea culpa de todo o sistema educacional brasileiro que percorre caminhos tortuosos na importantíssima tarefa de passar conhecimento às crianças e adolescentes de nossa pátria. Como encaminhar agora, por exemplo, as discussões sobre o Plano Nacional de Educação, a Lei de Responsabilidade Educacional, a reforma do ensino superior ou a questão das cotas? Segundo estatísticas publicadas, o Brasil tem 14 milhões de analfabetos com mais de 15 anos e muitos milhões mais de analfabetos funcionais. Como montar toda uma estrutura para solucionar essa questão educacional sem a existência de quadros dirigentes que realmente entendam algo a respeito disso? Eis a república em todo o seu esplendor! Historia ´ Guerra do Prata, o sonho de um vice-reinado - Parte I Somavam as tropas aliadas, formadas por brasileiros, rebeldes argentinos e uruguaios, cerca de 58 mil soldados. No outro lado do campo de combate, 43,5 mil militares comandados pelo ditador argentino Juan Manuel de Rosas pretendiam em algum momento, mais adiante, recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Eram objetivos contrários à soberania e outros interesses brasileiros, pois nele estariam incluidas as terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul. Da Redação do IBI Acontecida entre 1851 e 1852 e tendo como cenário as regiões do Uruguai, o nordeste argentino e o rio da Prata, essa guerra regional custou a vida de aproximamente 1.600 militares de ambos lados, além de deixar sequelas que derivariam em novas crises mais adiante. Resumimos em quatro capítulos o que foi essa página triste da história sul-americana. A Guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, foi um episódio numa longa disputa entre Argentina e Brasil pela influência no Uruguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina, e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes. A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região do Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Estes objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já havia gerado a Guerra da Cisplatina e instigaria ainda outras duas guerras. A Guerra do Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata e gerando estabilidade política e econômica ao Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai, e uma guerra civil na Argentina pósRosas. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante da Guerra Grande nos países hispanófonos. Ditadura de Juan Manuel de Rosas Após um breve período de anarquia interna seguinte à Guerra da Cisplatina, Juan Manuel de Rosas foi eleito governador de Buenos Aires. Em tese, Rosas detinha tanto poder quanto os governadores das demais províncias, mas, na prática, era o governante de facto da Confederação Argentina. Apesar de seus laços com os federalistas, uma facção que demandava maior autonomia para as províncias, Rosas manteve controle sobre as demais províncias argentinas através de negociações, subornos e pressões militares. Isso foi possível uma vez que Buenos Aires era a província mais rica e populosa, e além disso, todo o carregamento comercial internacional das outras províncias tinha que passar por seu porto. Com a exceção de um curto período de 1832 até 1835, governou o país como um verdadeiro ditador e, à medida que o tempo passava, seu governo tornava-se mais corrupto e despótico, agravando a situação interna e levando a uma emigração em massa de cerca de 14.000 unitaristas, adversários políticos que desejavam centralizar o país em Buenos Aires, para o Uruguai em uma tentativa de escapar das repressões. Rosas, assim como muitos de seus conterrâneos, desejava recriar o antigo Vice-Reino do Rio da Prata e tornar a Argentina a principal potência na América do Sul. Para tanto, precisaria conquistar três nações soberanas: a Bolívia, o Uruguai e o Paraguai, além da maior parte da região sul do Brasil. Para atingir tal objetivo, o caudilho buscou possíveis aliados nos países vizinhos que pudessem colaborar com seus planos, envolvendo-se na política interna e econômica, financiando rebeliões e guerras civis. Para os argentinos, o Paraguai era somente uma província rebelde, apesar do mesmo considerar-se independente desde 1811, porém sem reconhecimento de nenhum outro país. O ditador paraguaio José Gaspar Rodríguez de Francia considerava que a melhor forma de manter sua ditadura e também a independência do Paraguai frente à Argentina era isolar completamente o país de qualquer tipo de contato com o mundo exterior. Por esta razão, até 1840, o Paraguai não possuía contatos diplomáticos com nenhuma nação. Com a morte de Francia, seu sucessor, Carlos Antonio López, assinou dois tratados em julho de 1841: um de Amizade, Comércio e Navegação e outro de Limites com a província argentina de Corrientes, que havia se sublevado contra o governo de Rosas. O ditador argentino procurou impedir o contato do Paraguai com o exterior para assim submetê-lo. Além da recusa em reconhecer a independência paraguaia, ele também criou entraves a seu comércio uma vez que controlava a navegação do Rio Paraná. A Guerra Grande A antiga província brasileira Cisplatina passou a chamar-se oficialmente de República Oriental do Uruguai após a promulgação de sua constituição em 1830. Logo em seguida, Fructuoso Rivera foi eleito como seu primeiro presidente. Rivera tinha um rival chamado Juan Antonio Lavalleja, conhecido por ter declarado a independência da província Cisplatina com o apoio dos chamados "Trinta e Três Orientais". Da rivalidade entre ambos os caudilhos surgiram dois partidos no Uruguai: o Blanco, agrupando os correligionários de Lavalleja, e o Colorado, os partidários de Rivera. A tensão entre os dois líderes uruguaios chegou ao ápice quando Rivera se rebelou na tentativa de tomar o poder à força de seu rival. O revoltoso logo descobriu que o ditador do país vizinho, Juan Manuel de Rosas, estaria interessado em ajudá-lo financeiramente e militarmente. Em 1832, Lavalleja passou a receber contribuição do estancieiro riograndense Bento Gonçalves e ambos invadiram o Uruguai onde praticaram saques e assassinatos. Gonçalves havia sido convencido por Rosas a se rebelar contra o governo brasileiro e deixar a província do Rio Grande do Sul ser anexada pela Argentina onde poderia governá-la como ditador. Rivera cumpriu seu mandato presidencial e Manuel Oribe, também do partido Blanco, foi eleito em março de 1835 para sucedê-lo. No início, o novo presidente se opôs à anarquia causada por Bento Gonçalves e Lavalleja, mas três anos depois viria a se aliar aos r e v o l t o s o s . R i v e r a ta m b é m rebelou-se, mas acabou sendo derrotado militarmente, e partiu para o Rio Grande do Sul, onde se aliou aos farrapos, até então aliados de Rosas. Eles invadiram o Uruguai e conquistaram a maior parte do país, com a exceção da capital Montevidéu. Derrotado, Oribe partiu para a Argentina após renunciar à sua posição como presidente uruguaio. Rivera foi reeleito presidente em 1838 e como represália Rosas enviou um exército liderado por Lavalleja que foi rapidamente derrotado. Após essa frustrada ação, Lavalleja retirou-se definitivamente do conflito, não mais participando da guerra civil de seu país. O ditador Rosas, o governante de facto da Confederação Argentina Manuel Oribe, presidente uruguaio durante a Guerra Grande argentino enviou um outro exército, formado por tropas argentinas e uruguaias sob o comando de Oribe, que derrotaram as forças de Rivera e decapitaram os vencidos. Rivera foi um dos únicos que conseguiu escapar do massacre e partiu para o exílio no Rio de Janeiro. O governo uruguaio elegeu Joaquín Suárez para sucedê-lo como presidente e resistiu ao cerco da capital. Os aliados de Oribe assassinaram mais de 17.000 uruguaios e 15.000 argentinos. Com a quase totalidade do território uruguaio em seu poder, Oribe permitiu que seus aliados invadissem o sul do Brasil, roubando gado, assaltando estâncias e assassinando cidadãos brasileiros. Mais de 188 fazendas brasileiras foram atacadas, enquanto 814.000 bois e 16.950 cavalos foram roubados. Francisco Pedro de Abreu, o barão de Jacuí, decidiu por conta própria realizar represálias contra o Uruguai organizando investidas que se tornaram conhecidas como califórnias em homenagem à lucrativa corrida do ouro na Califórnia, ou à violência que aconteceu nos Estados Unidos da América durante sua expansão ao oeste. O apoio de Rosas aos Blancos contra os Colorados e a instabilidade decorrente na região levou as duas maiores potências da época, França e Grã-Bretanha, a declararem guerra à Argentina. Por repetidas vezes Buenos Aires sofreu o ataque das esquadras anglo-francesas e teve seu porto bloqueado em várias ocasiões. O governo argentino foi capaz de resistir, forçando as duas potências a assinarem um acordo de paz em 1849. (continua na próxima edição) Monarquista, anuncie seus produtos e serviços aqui Memoria ´ Repúbrica - Moda de viola Música da campanha monarquista do plebiscito de 1993. Autores e intérpretes nos são desconhecidos. Agradecemos indicações sobre quem possam ser Por decreto-lei sou repubricano, pois quem decretô foi o Floriano. Voto obrigado uma vez por ano, capricho nos voto e faço meus plano, mas no fim das conta entro pelo cano, oiá. Cada vez que eu voto, voto deferente, é prá vereador, é prá presidente, voto num pilantra muito eloqüente ou num carcareco que me mostra os dentes, só não abro mão do voto consciente. (Oh! Eleição danada!) O meu candidato topa desafio, e promete ponte onde não tem rio, e promete escola pra educá meus filho e enchê meus bolso que nasceu vazio, mas depois de eleito fica no macio. (Candidato bão, sô!) O meu candidato é muito preparado, corre atrás de voto que nem cão danado. Já foi bem vermeio tá esverdiado. Sabe despistar o que fáiz de errado. Mas tem rabo de palha prá todo lado, oiá. Candidato gosta é de cambalacho, ele lá em cima, nóis aqui embaixo. Prá ganhá os voto banca o cabra macho, mas deixa o povão com cara de tacho. Quero gente boa, mas eu nunca acho, oiá. Pago muito imposto e quero melhoria, nunca tenho vez, sempre entro em fria. Acabô a verba, a caixa tá vazia, Mas sobra de monte pro trem da alegria. E quem sai ganhando é mesmo a quadrilha. (hahá! verba marvada!) Sobe o candidato e pára o que o outro fez. Inaugura obra três ou quatro vez, o preço de uma dá prá mais de três, vou votar de novo porque sou freguês. Mas se eu pudesse punha no xadrez, oiá. Essa tar repúbrica não me tapeia, encheu tanto a cara, que já cambaleia. Anda capengando que nem vaca véia toda remendada e cada vez mais feia, Doente terminal não há quem remedeia. (Aí, republica danada sô!) Já bancou repúbrica triunfalista, Foi nova repúbrica e foi getulista, repúbrica véia parlamentarista, era Brasil novo e já baixou a crista. Mas o que resorve é ser monarquista!