D.Bertrand: 70 anos de dedicação e exemplo

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Fevereiro de 2011 Ano XV Número 184
D.Antonio:
O PNDH-3
D.Bertrand:
70 anos de
édedicação
um golpe anti-cristão
e exemplo
e anti-família
Localizado na Capital paulista, o Nacional
Club de São Paulo foi palco, dia 2 de
fevereiro, das homenagens prestadas
a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança,
Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de
seu 70º aniversário, numa iniciativa dos
movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo
A genealogia como fator básico
na formação da Pátria - Parte II
Pág.6
Instituto Moreira
Salles expõe
retratos do
Império e do exílio
Pág.3
Guerra do Prata, o sonho
de um vice-reinado
Pág.8
Gazeta
Imperial
02
Imagem do Mes
^
Considerações sobre
o nosso País
Prezados Monarquistas,
Inicialmente, quero aqui deixar registrada minha admiração pelo aniversariante do mês
de fevereiro, D. Bertrand de Orleans e Bragança, que completou no dia dois seu 70º
aniversário. Parabéns em meu nome e, também, do Instituto Brasil Imperial.
Falando sobre o Brasil, aparentemente tudo vai bem, com a presidente demonstrando
novo modelo de governar, mais administrativo do que populista, fazendo-nos acreditar
que teremos uma boa governante nestes próximos quatro anos.Entretanto, encoberto
pelo que nos estão querendo fazer acreditar, apresenta-se o perigo pelas mãos da
ministra dos Direitos Humanos, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que,
segundo disse, vai implantar na sua íntegra o PNDH-3 - Programa Nacional de Direitos
Humanos. Isto é, o governo petista simplesmente pretende impor uma ditadura
marxista em nosso país.
Em rodas de conversas, tenho indagado de meus interlocutores se conhecem o teor
do PNDH-3. A resposta é não. O brasileiro é sempre mal informado. E exatamente por
isso, recomendo que todos procurem conhecer o conteúdo deste programa, antes que
sejamos transformados em uma Cuba, Venezuela ou outros mais países vermelhos,
cujos povos também acreditaram nos seus governantes e hoje perdem sua liberdade e
a oportunidade de trabalho, passando privações de toda a espécie.
Divulgado dia 25 deste mês, o levantamento feito pelo Fundo Internacional de
Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostra que 38% dos
adolescentes do Brasil vivem em situação de pobreza. Dos 191 milhões de brasileiros,
21 milhões têm menos de 18 anos. O relatório aponta que o índice negativo é
conseqüência, entre outros fatores, das condições climáticas desfavoráveis e da falta
de água potável no Nordeste, saneamento básico, educação e serviços da saúde de
qualidade em todas as regiões. Os brasileiros entre sete e 24 anos que não sabem ler
somam 1,8 milhão. E quantos não sabem ler se considerarmos toda a população
acima de sete anos! Quando vamos dar condições de alfabetização e inserção social a
todos os brasileiros? Você e todos nós somos os únicos responsáveis pelo que está
acontecendo em nosso Brasil. Se preferirmos assistir a banda passar, não querendo
participar, tudo continuará acomodado como se encontra, contra nós. Agora, se
quisermos reverter esse quadro que só nos deprime, fica o convite para que você se
inclua nos quadros do Instituto Brasil Imperial, e, em futuro próximo, poderemos iniciar
um movimento destinado a estabelecer, no Brasil, a forma de governo que realmente
nos representará de forma inquestionávelmente democrática, o Parlamentarismo
Monárquico Constitucional. Acesse www.brasilimperial.org.br, clique
no banner e faça seu cadastramento ou recadastramento,
indicando ali o valor de sua contribuição para que possamos dar
sustentação às nossas campanhas.
Saudações Monarquistas!
Dom Bertrand de Orleans e Braganca
Principe
´ Imperial do Brasil
´
70 anos
Gazeta
Imperial
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial
Ano XV Número 178
www.brasilimperial.org.br
A Gazeta Imperial é uma publicação do
Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de
reportagens, divulgação de eventos
monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
Alessandro Padin
Editor e jornalista responsável
[email protected]
´
Exposicao
´
Primeira
reunião
do Instituto
Instituto
Moreira
Salles expõe
Brasil
Imperial
é
um
sucesso
retratos do Império e do exílio
Compõem a exposição retratos da Família Imperial Brasileira,
muitos inéditos, além de importantes
imagens associadas a eventos que marcaram o Império
Instituto Moreira Salles
O Instituto Moreira Salles, do Rio de
Janeiro, apresenta até o dia 29 de maio a
mostra Retratos do Império e do Exílio, com
150 fotografias pertencentes ao acervo do
príncipe D. João de Orleans e Bragança,
curador da mostra, ao lado de Sérgio Burgi,
Coordenador de fotografia do IMS.
Compõem a exposição retratos da Família
Imperial Brasileira, muitos inéditos (em
especial do período do exílio após a
proclamação da República), além de
importantes imagens associadas a eventos
que marcaram o Império, como as
comemorações do fim da Guerra do
Paraguai e a abolição da escravatura.
Os visitantes podem conferir registros de
Marc Ferrez, agraciado pelo imperador
com o título de Cavaleiro da Ordem da
Rosa e também fotógrafo da Marinha
Imperial; e Revert Henry Klumb, professor
de fotografia das princesas Isabel e
Leopoldina. Ambos mantiveram relação
muito próxima com a Família Imperial –
fotografaram com maior privacidade no
interior dos palácios, registrando imagens
menos formais, em que os retratos se
relacionam com a câmera de uma forma
direta e menos mediada pelas exigências
do cargo e da vida pública. Também
estarão na mostra imageis de Alberto
Henschel, Joaquim Insley Pacheco, Luiz
Terrano e Otto Hess, entre os diversos
fotógrafos atuantes no Brasil que integram
o acervo, além de imagens dos fotógrafos
retratistas europeus Félix Nadar e John
Jabez Edwin Mayall, entre outros.
A exposição envolve o lançamento de um
catálogo com 40 imagens e texto de Sergio
Burgi e vai até 29 de maio próximo, de
terça a sexta-feira, das 13h00 às 20h00.
Sábados, domingos e feriados, das 11h00
às 20h00. Escolas podem agendar visita
monitorada pelo fone (21) 3284-7400. A
entrada é franca
Cidadania
Carta aberta de Eliane
Sinhasique para Renato Aragão
Eliane Sinhasique
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me
escrevendo pedindo uma doação
mensal para enfrentar alguns
problemas que comprometem o
presente e o futuro de muitas crianças
brasileiras. Eu não respondi aos seus
apelos (apesar de ter gostado do lápis
e das etiquetas com meu nome para
colar nas correspondências). Achei
que as cartas não deveriam ser
endereçadas à mim. Agora,
novamente, você me escreve
preocupado por eu não ter atendido
as suas solicitações. Diante de sua
insistência, me senti na obrigação de
parar tudo e te escrever uma
resposta.
Não foi por 'algum' motivo que não fiz
a doação em dinheiro solicitada por
você. São vários os motivos que me
levam a não participar de sua
campanha altruísta (se eu quisesse
poderia escrever umas dez páginas
sobre esses motivos). Você diz, em
sua última carta, que enquanto eu a
estivesse lendo, uma criança estaria
perdendo a chance de se desenvolver
e aprender pela falta de investimentos
em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir
culpada. Essa jogada publicitária eu
conheço muito bem. Esse tipo de
texto apelativo pode funcionar com
muitas pessoas mas, comigo não. Eu
não sou ministra da educação, não
ordeno e nem priorizo as despesas
das escolas e nem posso obrigar o
filho do vizinho a freqüentar as salas
de aula. A minha parte eu já venho
fazendo desde os 11 anos quando
comecei a trabalhar na roça para
ajudar meus pais no sustento da
minha família. Trabalhei muito e, te
garanto, trabalho não mata ninguém.
Muito pelo contrário, faz bem! Estudei
na escola da zona rural, fiz supletivo,
estudei à distância e muito antes de
ser jornalista e publicitária eu já era
uma microempresária. Didi, talvez
você não tenha noção do quanto o
Governo Federal tira do nosso suor
para manter a saúde, a educação, a
segurança e tudo o mais que o povo
brasileiro precisa. Os impostos são
muito altos! Sem falar dos Impostos
embutidos em cada alimento, em
cada produto ou serviço que preciso
c o m p r a r pa r a o s u s t e n t o e
sobrevivência da minha família.
Eu já pago pela educação duas
vezes: pago pela educação na
escola pública, através dos
impostos, e na escola particular,
mensalmente, porque a escola
pública não atende com o ensino de
qualidade que, acredito, meus dois
filhos merecem. Não acho louvável
recorrer à sociedade para resolver
um problema que nem deveria existir
pelo volume de dinheiro arrecadado
em nome da educação e de tantos
outros problemas sociais.
O que está acontecendo, meu caro
Didi, é que os administradores dessa
dinheirama toda não têm a educação
como prioridade. Pois a educação
tira a subserviência e esse fato, por
si só não interessa aos políticos no
poder. Por isso, o dinheiro está
saindo pelo ralo, estão jogando fora,
ou aplicando muito mal. Para você
ter uma idéia, na minha cidade, cada
alimentação de um presidiário custa
para os cofres públicos R$ 3,82 (três
reais e oitenta e dois centavos)
enquanto que a merenda de uma
criança na escola pública custa R$
0,20 (vinte centavos)! O governo
precisa rever suas prioridades, você
não concorda? Você pode ajudar a
mudar isso! Não acha?
Você diz em sua carta que não dá
para aceitar que um brasileiro se
torne adulto sem compreender um
texto simples ou conseguir fazer uma
conta de matemática. Concordo com
você. É por isso que sua carta não
deveria ser endereçada à minha
pessoa. Deveria se endereçada ao
Presidente da República. Ele é 'o
cara'. Ele tem a chave do cofre e a
vontade política para aplicar os
recursos. Eu e mais milhares de
pessoas colocamos o dinheiro lá para
que ele faça o que for necessário para
melhorar a qualidade de vida das
pessoas do país, sem nenhum tipo de
distinção ou discriminação. Mas,
infelizmente, não é o que acontece...
No último parágrafo da sua carta, mais
uma vez, você joga a
responsabilidade para cima de mim
dizendo que as crianças precisam da
'minha' doação, que a 'minha' doação
faz toda a diferença. Lamento
discordar de você Didi. Com o valor da
doação mínima, de R$ 15,00, eu
posso comprar 12 quilos de arroz para
alimentar minha família por um mês ou
posso comprar pão para o café da
manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de
muquirana, não me importo, mas R$
15,00 eu não vou doar. Minha doação
mensal já é muito grande. Se você não
sabe, eu faço doações mensais de
27,5% de tudo o que ganho. Isso
significa que o governo leva mais de
um terço de tudo que eu recebo e
posso te garantir que essa grana, se
ficasse comigo, seria muito melhor
aplicada na qualidade de vida da
minha família.
Você sabia que para pagar os
impostos eu tenho que dizer não para
quase tudo que meus filhos querem ou
precisam? Meu filho de 12 anos quer
praticar tênis e eu não posso pagar as
aulas que são caras demais para
nosso padrão de vida. Você acha isso
justo? Acredito que não. Você é um
homem de bom senso e saberá
entender os meus motivos para não
colaborar com sua campanha pela
educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma carta
para o Presidente pedindo para ele
selecionar melhor os ministros e
professores das escolas públicas. Só
escolher quem, de fato, tem vocação
para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários, desses
profissionais, também funciona para
que eles tomem gosto pela profissão e
vistam, de fato, a camisa da
educação. Peça para ele, também,
fazer escolas de horário integral,
escolas em que as crianças possam
além de ler, escrever e fazer contas,
possam desenvolver dons artísticos,
esportivos e habilidades profissionais.
Dinheiro para isso tem sim! Diga para
ele priorizar a educação e utilizar
melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o
pomposo título de Embaixador
Especial do Unicef para Crianças
Brasileiras e eu vou me despedindo
assinando... Eliane Sinhasique Mantenedora Principal dos Dois
Filhos que Pari.
PS - Não me mande outra carta
pedindo dinheiro. Se você mandar,
serei obrigada a ser mal-educada: vou
rasgá-la antes de abrir.
PS2 - Aos otários que doaram para o
Criança Esperança. Fiquem sabendo,
as organizações Globo entregam todo
o dinheiro arrecadado à UNICEF e
recebem um recibo do valor para
dedução do seu imposto de renda.
Para vocês a Rede Globo anuncia:
essa doação não poderá ser deduzida
do seu imposto de renda, porque é ela
quem o faz.
PS3 - e o dinheiro da CPMF que
pagamos durante 11 anos?
Melhorou alguma coisa na educação e
na saúde durante esses anos?
Casa Imperial do Brasil
D. Bertrand homenageado
em seu 70º aniversário
Localizado na Capital paulista, o Nacional Club de
São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens
prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança,
Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu
70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró
Monarquia e Paz no Campo
Paz no Campo
Localizado na Capital paulista, o
Nacional Club de São Paulo foi
palco, dia 2 de fevereiro, das
homenagens prestadas a S.A.I.R.
D, Bertrand de Orleans e Bragança,
Príncipe Imperial do Brasil, por
ocasião de seu 70º aniversário,
numa iniciativa dos movimentos Pró
Monarquia e Paz no Campo. Há
vários anos, também ali estiveram
as rainhas Silvia, da Suécia; e
Elisabeth, da Inglaterra.
Previamente ao jantar oferecido na
o p o r t u n i d a d e , f o i p r o j e ta d o
audiovisual sobre o Príncipe, que
desde os bancos da Faculdade de
Direito do Largo São Francisco vem
se destacando em defender o Brasil
das influências deletérias do
socialismo e do comunismo.
Coube ao jovem advogado Luiz
Henrique Dezem Ramos, oriundo
de família ligada às labutas do
campo no oeste paranaense, narrar
a atuação de D. Bertrand à frente
do movimento Paz no Campo na
defesa da agropecuária nacional.
Ressaltou o orador a ação bem
coordenada das campanhas feitas
por Paz no Campo na Internet,
através das quais milhares de
lutadores ideológicos são
acionados por simples teclas de
computador para sucessivas
tomadas de posição – reportagens,
livros, artigos, entrevistas – que vêm
se desenrolando no País, muitas
delas com repercussão em todo o
orbe.
Ameaças à agropecuária
Para Dezem Ramos, não obstante
a agropecuária representar um dos
fundamentos de nossa economia,
vem ela recebendo golpes
contumazes desfechados pela
sanha socialista. Para cada golpe,
um contragolpe de Paz no Campo
com campanhas, publicações e
livros nunca refutados. Assim
ocorre com as ameaças do MST,
quilombola, indígena,
ambientalista, dos “índices de
produtividade”, além da ameaça
feita a propósito da mentira do
“trabalho escravo”.
O jovem advogado lembrou ainda a
recente edição comemorativa dos
50 anos de
Reforma AgráriaQuestão de Consciência. Este bestseller constituiu em 1960, o brado
profético de Plinio Corrêa de
Oliveira que sustou a “Reforma
Agrária” de João Goulart e evitou
que o Brasil caísse na situação da
miserável Cuba comunista. A
presente edição traz um prefácio do
Príncipe D. Bertrand.
Pelo Pró Monarquia discursou
Frederico Straub, que evocou os
tempos de sua juventude na “Turma
do Príncipe” na Faculdade de
Direito. Lembrou os diversos
episódios da luta de D. Bertrand em
defesa do sagrado direito de
propriedade, contra a infiltração
socialista da época.
Falando pelo Instituto Plinio Corrêa
de Oliveira, José Carlos Sepúlveda
da Fonseca salientou as múltiplas
facetas da personalidade de D.
Bertrand: amigo leal, nobreza de
Príncipe e filho devoto da Santa
Igreja Católica Apostólica Romana.
A noite foi coroada com as palavras
de D. Bertrand, agradecendo, em
primeiro lugar, a Deus Nosso
Senhor e a Sua Mãe Santíssima
pelos dons e graças recebidos em
sua vida; a seu pai, o Príncipe D.
Pedro Henrique, pela educação e
exemplo de que um verdadeiro
príncipe deve estar sempre na
frente de batalha em defesa de sua
pátria. E, também, pelo fato de seu
augusto genitor lhe ter apresentado
o prof. Plinio Corrêa de Oliveira, a
quem se congregou na luta pelos
ideais da Civilização Cristã.
Agradeceu, por fim, a todos os
amigos monarquistas e
participantes de Paz no Campo,
conclamando-os a multiplicar
esforços na defesa desse ideal .
Artigo
A genealogia como fator básico
na formação da Pátria - Parte II
Anibal de Almeida Fernandes
5) Família: essas crenças
particulares que cercam o culto aos
deuses do lar, permitem um estado
social onde a família vive isolada e
independente. A estrutura familiar
baseada no culto aos Manes, tem o
uso do patronímico que perpetua o
gens (nomem) e quando os ramos
familiares se tornam independentes,
ganhando uma individualidade,
esses ramos adotam o sobrenome
(agnomem). Porem cada pessoa
sempre teve seu nome próprio.
A família se estabelece com o seu
ramo primogênito, mais os ramos
secundários, seus escravos, seus
servos e seus clientes formando
uma associação de pessoas.
Quando as famílias se uniram, logo
conceberam uma divindade superior
às suas divindades familiares
particulares (os Manes) e ergueram
um altar comum a todas as famílias.
As várias famílias formam as fatrias
ou cúrias,
As várias fatrias formam a tribo.
A aliança das tribos (que mantém os
próprios cultos particulares) faz
nascer à cidade que, apesar de
manter os cultos particulares das
várias tribos que a compõem, cria
um culto comum a todos.
O mesmo acontece com o
funcionamento político, pois apesar
de continuar a coexistir uma
infinidade de pequenos governos
tribais, sobre eles se coloca um
governo comum. Assim sendo, a
cidade que nasce do conjunto das
tribos era apenas uma
confederação, sem nada interferir
na intimidade das famílias que a
compunham, e que ainda se
administram a si próprias,
guardando uma hierarquia
patriarcal/doméstica particular com
suas leis e responsabilidades
privadas.
Exemplo atual: algo muito similar à
estrutura das famílias que formam
as tribos Pashtun, compostas por
cerca de 25 milhões de pessoas
que vivem na inóspita região de
montanhas e cavernas entre o
Afeganistão e o Paquistão no
Waziristan e em Peshawar e se
relacionam até hoje sob as rígidas
leis de um antigo código tribal de
honra chamado Pashtunwali, em
pleno século XXI, baseado nos
atributos da honra de um homem
que são: ouro, terra e mulheres e na
sua honradez que deve ter:
hospitalidade, dar asilo a qualquer
um, mesmo que seja inimigo e o
direito de fazer justiça e se vingar. O
sistema de tribos foi preservado na
constituição do Paquistão, após a
independência em 1947, a fim de
impedir que os maliks (chefes
tribais) oficiais criassem o território
independente do Pashtunistão. A
lei paquistanesa normal não se
aplica às Áreas Tribais
Federativamente Administradas.
Os maliks oficiais cooperavam com
os agentes políticos
governamentais que controlam
quem recebe bolsas, vistos para
viagens ao exterior e auxílio
alimentar durante as secas. Os
maliks oficiais recebiam
regularmente contratos
governamentais para a construção
de estradas, escolas e hospitais.
Há diversas histórias sobre os
casos de corrupção e de obras de
baixa qualidade que resultaram
dessa prática. Até recentemente,
apenas os maliks oficiais podiam
votar nas eleições. O sistema de
punição tribal coletiva criado pelos
britânicos permaneceu em vigor.
Na Grécia, que é o embrião do
estado moderno de hoje, cada
grego era membro de uma família,
uma fatria, uma tribo, uma cidade.
Havia um ritual a ser seguido para a
inserção social da criança que
nascia:
1a etapa: 10 dias após o nascimento
a criança era admitida na família.
2a etapa: alguns anos mais tarde a
criança é admitida na fatria.
3a etapa: aos 16 ou 18 anos o jovem
apresenta-se para ser admitido na
cidade, através de uma cerimônia
ritual onde faz um juramento
obrigando-se a respeitar a religião
da cidade. Após esse juramento o
jovem é considerado um cidadão.
As grandes famílias patriarcais
gregas eram semelhantes às clãs
célticas e tinham, cada uma, o seu
chefe hereditário, ou sacerdote ou
juiz. Essas famílias aparecem na
história a partir de 1600 a.C., como
os Cécrops de Atenas, que são uma
das 12 associações familiares que,
muito mais tarde, serão unidas por
Teseu (que é o herói mítico grego
que mata o Minotauro e liberta a
Grécia do jugo de Creta) e formam a
cidade de Atenas, no alvorecer do
Estado Grego.
6) Evolução do conceito de
família: Com a queda do Império
Romano, a 4/9/476, com a
deposição do Imperador Rômulo
Augusto, que era apenas uma
criança, por Odoacro que tem
origem bárbara, (ou da Esquiria, ou
de Herul), porém já é cristão e
considerado um patrício romano sob
o nome de Flávio, ele conhecia os
segredos de Roma e até meses
antes servia no mesmo regimento
que agora vencia. Odroaco ao
morrer a 15/3/493 é sucedido por
Teodorico, rei dos Ostrogodos e, a
partir daí, segue-se uma série
infindável de chefes bárbaros que se
alternam brevemente no poder.
Essa época de frenética agitação
política/cultural que inaugura a
Idade Média destrói essa estrutura
centenária de família já inserida na
sociedade romana, que era muito
mais lastreada no parentesco
advindo do culto aos ancestrais
mortos comuns uma vez que, só
eram parentes entre si os que
faziam oferendas aos mesmos
antepassados, e deixa de lado a
consangüinidade já que, um irmão e
uma irmã de sangue não eram mais
parentes, pois essa irmã ao se
casar, passa a adotar os ancestrais
do marido como sua família, de fato
e de direito, e se desliga do seu
parentesco de sangue, como vemos
no estudo feito sobre a família
romana dos Cipiões:
Cipião Emiliano e seus primos de 1o
grau os irmãos Caio e Tibério Graco,
não são mais considerados
parentes entre si, pois apesar de
todos os três serem netos de Cipião,
o Africano, de quem tem o mesmo
sangue, apenas Cipião Emiliano é
considerado da família dos Cipiões
por descender de um filho homem
de Cipião, o Africano, enquanto que
os irmãos Tibério e Caio passam a
ser da família dos Sempronios, pois
são filhos da filha Cornélia deste
mesmo Cipião, o Africano, pois
Cornélia ao se casar com
Sempronio Graco, se insere na
família dos Sempronios passando a
cultuar os seus ancestrais o que faz
com que Cornélia e seus 2 filhos,
deixem de descender de Cipião, o
Africano e passam a ser da família
dos Sempronios.
Na baixa Idade Média apenas se
tinha o nome de batismo, situação
que perdura até o século XII. No
século XII, começa a ser usado o
patronímico e aparece o primeiro
registro heráldico, documentado
pela história, que ocorre quando
Henrique 1o da Inglaterra concede,
em 1127, ao seu genro, Geoffrey
Plantageneta (Anjou), um escudo
azul decorado com três pequenos
leões dourados. O neto deste
Geoffrey, William Longespee,
Conde de Salisbury, falecido em
1226, está enterrado na catedral de
Salisbury e tem gravado sobre sua
tumba, um escudo idêntico ao de
seu avô Geoffrey, numa prova
inconteste da hereditariedade do
escudo na família, que inicia um
costume/tradição heráldica que
persiste até hoje em dia. O
patronímico aparece sempre ligado
ao nome da terra de origem do
indivíduo e, daí, evolui para o
sobrenome.
Tem um exemplo dessa ligação
terra=nome em minha família
Arantes graças à documentação
histórica registrada de, João de
Nantes/Arantes, (13o avô de
Aníbal) século XV, Portugal, cujo
nome vem do nome desta vila de
Nantes do Conselho de Chaves,
que pertencia à Casa dos Duques
de Bragança. Esse João, nasc.
cerca de 1460, era Cavaleiro
Fidalgo de sangue e espada,
Senhor da Quinta de Romay,
Morador da Casa Real, e foi
designado a 2/1/1488, Condestável
(=Ministro de Guerra) dos
Espingardeiros d’El Rei Dom João II
(1455-1495). João de
Nantes/Arantes tem o seu
sobrenome evoluindo para Anantes,
Danantes, até se fixar em Arantes no
século XVII, cuja grafia perdura até
hoje nessa linhagem de mais de 500
anos de história, tanto em Portugal
como no Brasil onde se estima a
existência de 30.000 Arantes, e deu
o nome ao título do Barão de Arantes
e depois Visconde de Arantes de
Antonio Belfort Ribeiro de Arantes,
(tio-trisavô de Aníbal), no Império do
Brasil, (1822-1889).
(continua na próxima edição)
Artigo
“Educador” agora integra
comissão na Câmara
Cantor, compositor e humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, foi indicado titular da Comissão de
Educação e Cultura da Câmara por indicação de seu partido, o Republicano. Algo a se estranhar nisso?
Da Redação do IBI
Nada há de pessoal contra esse
personagem ou outros de nosso
atual quadro político. Mas, se ele
fosse indicado como titular de uma
outra comissão, como a de Saúde
desse parlamento brasileiro, como
reagiriam as representações
médicas? Tiririca é fruto da cultura
a b s o l u ta m e n t e i r r e s p o n s á v e l
republicana, a das conjunções
momentâneas, que os monarquistas
bem conhecem. No fundo, ele e
muitos outros eleitos pelos
brasileiros fazem parte de um
imenso bloco de seus
representantes que pouco
prometem em prol de nossa
nacionalidade, não por suas
próprias culpas.
Para que não seja deixado isolado e
até injustamente crucificado por sua
notória falta de educação básica –
que a malfadada república não o
presenteou em sua infância –
podem ser citadas outras vítimas
desse regime de governo.
Alfabetizados ou semialfabetizados
eles circulam pela Casa de Leis
federal, muitos portando em
qualquer momento discursos
pomposos para dizerem coisa
alguma.
Apenas para mencionar, reiterando
que nada há de pessoal contra estes
eleitos, a Câmara dos Deputados
houve por bem também emplacar o
ex-jogador de futebol Romário
(PSB-RJ) como vice-presidente da
Comissão de Turismo e Desporto,
time em que jogarão Danrley de
Deus (PTB-RS), ex-goleiro do
Grêmio, e o ex-boxeador Acelino de
Freitas, o Popó. Na Comissão de
Finanças da casa a presença do
ex-participante do programa Big
Brother Brasil, Jean Wyllys (PSOLRJ). A escolha é do povo,
devidamente republicanizado!
Choro tardio
No caso de Tiririca, o choro tardio
que começa a verter parte
exatamente da área que mais se
empenhou para tentar impor uma
fictícia “igualdade” que nunca
existiu e nem existirá entre os seres
humanos, em todos os seus
aspectos. O berçário esquerdista
enquistado em muitos
estabelecimentos oficiais de ensino
superior foi responsável em grande
parte por esse quadro que hoje se
reflete especialmente nos
legislativos de todos os níveis do
território nacional. Um número
elevadíssimo de aventureiros
ocupa cargos públicos graças
exatamente a essa distorção do
que seja verdadeiramente um
regime democrático.
Segundo um jornal paulistano, a
profa. Marcia Malavasi, titular de
Pedagogia da Faculdade de
Educação da Unicamp da
Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) lembrou que,
sem
desmerecer as qualidades que
Tiririca possa ter, fica “evidente que
há uma inadequação entre o que ele
representa e o tamanho dos
desafios da educação brasileira." E
não foi na Unicamp que o sonho da
esquerda bem se assentou em anos
passados?
“É um retrato da sociedade
que temos", reagiu o professor
Mozart Neves Ramos, da
ONG Todos pela Educação.
Malavasi e Ramos são
exemplos de como a notícia
espalhou surpresa e
desconsolo entre educadores.
Um choro tardio que vai em
algum momento cobrar um
mea culpa de todo o sistema
educacional brasileiro que
percorre caminhos tortuosos
na importantíssima tarefa de
passar conhecimento às
crianças e adolescentes de
nossa pátria. Como
encaminhar agora, por
exemplo, as discussões sobre
o Plano Nacional de
Educação, a Lei de
Responsabilidade
Educacional, a reforma do
ensino superior ou a questão das
cotas?
Segundo estatísticas
publicadas, o Brasil tem 14 milhões
de analfabetos com mais de 15
anos e muitos milhões mais de
analfabetos funcionais. Como
montar toda uma estrutura para
solucionar essa questão
educacional sem a existência de
quadros dirigentes que realmente
entendam algo a respeito disso?
Eis a república em todo o seu
esplendor!
Historia
´
Guerra do Prata, o sonho
de um vice-reinado - Parte I
Somavam as tropas aliadas, formadas por brasileiros, rebeldes argentinos e uruguaios, cerca de 58 mil
soldados. No outro lado do campo de combate, 43,5 mil militares comandados pelo ditador argentino
Juan Manuel de Rosas pretendiam em algum momento, mais adiante, recriar o antigo Vice-reinado do Prata.
Eram objetivos contrários à soberania e outros interesses brasileiros, pois nele estariam incluidas as
terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul.
Da Redação do IBI
Acontecida entre 1851 e 1852 e
tendo como cenário as regiões do
Uruguai, o nordeste argentino e o rio
da Prata, essa guerra regional
custou a vida de aproximamente
1.600 militares de ambos lados,
além de deixar sequelas que
derivariam em novas crises mais
adiante. Resumimos em quatro
capítulos o que foi essa página triste
da história sul-americana.
A Guerra do Prata, também
conhecida como Guerra contra
Oribe e Rosas, foi um episódio numa
longa disputa entre Argentina e
Brasil pela influência no Uruguai e
hegemonia na região do Rio da
Prata. A guerra foi travada no
Uruguai, Rio da Prata e nordeste
argentino de agosto de 1851 a
fevereiro de 1852, entre as forças da
Confederação Argentina, e as forças
da aliança formada pelo Império do
Brasil, Uruguai e províncias
rebeldes argentinas de Entre Rios e
Corrientes.
A ascensão de Juan Manuel de
Rosas como ditador argentino e a
guerra civil no Uruguai após sua
independência do Brasil geraram
instabilidade na região do Prata,
devido ao desejo argentino de ter
Uruguai e Paraguai em sua esfera
de influência, e posteriormente
recriar o antigo Vice-reinado do
Prata. Estes objetivos eram
contrários à soberania brasileira,
uma vez que o antigo vice-reinado
era formado por terras pertencentes
à província do Rio Grande do Sul, e
aos interesses brasileiros de
influência na região, que já havia
gerado a Guerra da Cisplatina e
instigaria ainda outras duas
guerras.
A Guerra do Prata terminou com a
vitória aliada na Batalha de Monte
Caseros em 1852, estabelecendo a
hegemonia brasileira na região do
Prata e gerando estabilidade
política e econômica ao Império do
Brasil. Porém, a instabilidade nos
outros países da região
permaneceria, com as disputas
internas entre partidos no Uruguai,
e uma guerra civil na Argentina pósRosas. Este conflito faz parte das
chamadas Questões Platinas na
História das Relações
Internacionais do Brasil e como
parte integrante da Guerra Grande
nos países hispanófonos.
Ditadura de Juan Manuel de
Rosas
Após um breve período de anarquia
interna seguinte à Guerra da
Cisplatina, Juan Manuel de Rosas
foi eleito governador de Buenos
Aires. Em tese, Rosas detinha tanto
poder quanto os governadores das
demais províncias, mas, na prática,
era o governante de facto da
Confederação Argentina. Apesar de
seus laços com os federalistas, uma
facção que demandava maior
autonomia para as províncias,
Rosas manteve controle sobre as
demais províncias argentinas
através de negociações, subornos e
pressões militares. Isso foi possível
uma vez que Buenos Aires era a
província mais rica e populosa, e
além disso, todo o carregamento
comercial internacional das outras
províncias tinha que passar por seu
porto.
Com a exceção de um curto período
de 1832 até 1835, governou o país
como um verdadeiro ditador e, à
medida que o tempo passava, seu
governo tornava-se mais corrupto e
despótico, agravando a situação
interna e levando a uma emigração
em massa de cerca de 14.000
unitaristas, adversários políticos que
desejavam centralizar o país em
Buenos Aires, para o Uruguai em uma
tentativa de escapar das repressões.
Rosas, assim como muitos de seus
conterrâneos, desejava recriar o
antigo Vice-Reino do Rio da Prata e
tornar a Argentina a principal potência
na América do Sul. Para tanto,
precisaria conquistar três nações
soberanas: a Bolívia, o Uruguai e o
Paraguai, além da maior parte da
região sul do Brasil. Para atingir tal
objetivo, o caudilho buscou
possíveis aliados nos países
vizinhos que pudessem colaborar
com seus planos, envolvendo-se na
política interna e econômica,
financiando rebeliões e guerras
civis. Para os argentinos, o
Paraguai era somente uma
província rebelde, apesar do
mesmo considerar-se
independente desde 1811, porém
sem reconhecimento de nenhum
outro país. O ditador paraguaio José
Gaspar Rodríguez de Francia
considerava que a melhor forma de
manter sua ditadura e também a
independência do Paraguai frente à
Argentina era isolar completamente
o país de qualquer tipo de contato
com o mundo exterior. Por esta
razão, até 1840, o Paraguai não
possuía contatos diplomáticos com
nenhuma nação. Com a morte de
Francia, seu sucessor, Carlos
Antonio López, assinou dois
tratados em julho de 1841: um de
Amizade, Comércio e Navegação e
outro de Limites com a província
argentina de Corrientes, que havia
se sublevado contra o governo de
Rosas. O ditador argentino
procurou impedir o contato do
Paraguai com o exterior para assim
submetê-lo. Além da recusa em
reconhecer a independência
paraguaia, ele também criou
entraves a seu comércio uma vez
que controlava a navegação do Rio
Paraná.
A Guerra Grande
A antiga província brasileira
Cisplatina passou a chamar-se
oficialmente de República Oriental
do Uruguai após a promulgação de
sua constituição em 1830. Logo em
seguida, Fructuoso Rivera foi eleito
como seu primeiro presidente.
Rivera tinha um rival chamado Juan
Antonio Lavalleja, conhecido por ter
declarado a independência da
província Cisplatina com o apoio
dos chamados "Trinta e Três
Orientais". Da rivalidade entre
ambos os caudilhos surgiram dois
partidos no Uruguai: o Blanco,
agrupando os correligionários de
Lavalleja, e o Colorado, os
partidários de Rivera. A tensão entre
os dois líderes uruguaios chegou
ao ápice quando Rivera se rebelou
na tentativa de tomar o poder à
força de seu rival. O revoltoso logo
descobriu que o ditador do país
vizinho, Juan Manuel de Rosas,
estaria interessado em ajudá-lo
financeiramente e militarmente. Em
1832, Lavalleja passou a receber
contribuição do estancieiro riograndense Bento Gonçalves e
ambos invadiram o Uruguai onde
praticaram saques e assassinatos.
Gonçalves havia sido convencido
por Rosas a se rebelar contra o
governo brasileiro e deixar a
província do Rio Grande do Sul ser
anexada pela Argentina onde
poderia governá-la como ditador.
Rivera cumpriu seu mandato
presidencial e Manuel Oribe,
também do partido Blanco, foi eleito
em março de 1835 para sucedê-lo.
No início, o novo presidente se
opôs à anarquia causada por Bento
Gonçalves e Lavalleja, mas três
anos depois viria a se aliar aos
r e v o l t o s o s . R i v e r a ta m b é m
rebelou-se, mas acabou sendo
derrotado militarmente, e partiu
para o Rio Grande do Sul, onde se
aliou aos farrapos, até então
aliados de Rosas. Eles invadiram o
Uruguai e conquistaram a maior
parte do país, com a exceção da
capital Montevidéu. Derrotado,
Oribe partiu para a Argentina após
renunciar à sua posição como
presidente uruguaio. Rivera foi
reeleito presidente em 1838 e como
represália Rosas enviou um
exército liderado por Lavalleja que
foi rapidamente derrotado. Após
essa frustrada ação, Lavalleja
retirou-se definitivamente do
conflito, não mais participando da
guerra civil de seu país. O ditador
Rosas, o governante
de facto da Confederação
Argentina
Manuel Oribe, presidente
uruguaio durante
a Guerra Grande
argentino enviou um outro exército,
formado por tropas argentinas e
uruguaias sob o comando de Oribe,
que derrotaram as forças de Rivera
e decapitaram os vencidos. Rivera
foi um dos únicos que conseguiu
escapar do massacre e partiu para o
exílio no Rio de Janeiro. O governo
uruguaio elegeu Joaquín Suárez
para sucedê-lo como presidente e
resistiu ao cerco da capital. Os
aliados de Oribe assassinaram mais
de 17.000 uruguaios e 15.000
argentinos. Com a quase totalidade
do território uruguaio em seu poder,
Oribe permitiu que seus aliados
invadissem o sul do Brasil, roubando
gado, assaltando estâncias e
assassinando cidadãos brasileiros.
Mais de 188 fazendas brasileiras
foram atacadas, enquanto 814.000
bois e 16.950 cavalos foram
roubados. Francisco Pedro de
Abreu, o barão de Jacuí, decidiu por
conta própria realizar represálias
contra o Uruguai organizando
investidas que se tornaram
conhecidas como califórnias em
homenagem à lucrativa corrida do
ouro na Califórnia, ou à violência
que aconteceu nos Estados Unidos
da América durante sua expansão
ao oeste.
O apoio de Rosas aos Blancos
contra os Colorados e a
instabilidade decorrente na região
levou as duas maiores potências da
época, França e Grã-Bretanha, a
declararem guerra à Argentina. Por
repetidas vezes Buenos Aires
sofreu o ataque das esquadras
anglo-francesas e teve seu porto
bloqueado em várias ocasiões. O
governo argentino foi capaz de
resistir, forçando as duas potências
a assinarem um acordo de paz em
1849.
(continua na próxima edição)
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Memoria
´
Repúbrica - Moda de viola
Música da campanha monarquista do plebiscito de 1993. Autores e intérpretes nos são desconhecidos.
Agradecemos indicações sobre quem possam ser
Por decreto-lei sou repubricano,
pois quem decretô foi o Floriano.
Voto obrigado uma vez por ano,
capricho nos voto e faço meus plano,
mas no fim das conta entro pelo cano, oiá.
Cada vez que eu voto, voto deferente,
é prá vereador, é prá presidente,
voto num pilantra muito eloqüente
ou num carcareco que me mostra os
dentes,
só não abro mão do voto consciente. (Oh!
Eleição danada!)
O meu candidato topa desafio,
e promete ponte onde não tem rio,
e promete escola pra educá meus filho
e enchê meus bolso que nasceu vazio,
mas depois de eleito fica no macio.
(Candidato bão, sô!)
O meu candidato é muito preparado,
corre atrás de voto que nem cão danado.
Já foi bem vermeio tá esverdiado.
Sabe despistar o que fáiz de errado.
Mas tem rabo de palha prá todo lado, oiá.
Candidato gosta é de cambalacho,
ele lá em cima, nóis aqui embaixo.
Prá ganhá os voto banca o cabra macho,
mas deixa o povão com cara de tacho.
Quero gente boa, mas eu nunca acho, oiá.
Pago muito imposto e quero melhoria,
nunca tenho vez, sempre entro em fria.
Acabô a verba, a caixa tá vazia,
Mas sobra de monte pro trem da alegria.
E quem sai ganhando é mesmo a quadrilha.
(hahá! verba marvada!)
Sobe o candidato e pára o que o outro fez.
Inaugura obra três ou quatro vez,
o preço de uma dá prá mais de três,
vou votar de novo porque sou freguês.
Mas se eu pudesse punha no xadrez, oiá.
Essa tar repúbrica não me tapeia,
encheu tanto a cara, que já cambaleia.
Anda capengando que nem vaca véia
toda remendada e cada vez mais feia,
Doente terminal não há quem remedeia. (Aí,
republica danada sô!)
Já bancou repúbrica triunfalista,
Foi nova repúbrica e foi getulista,
repúbrica véia parlamentarista,
era Brasil novo e já baixou a crista.
Mas o que resorve é ser monarquista!
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