Efeitos genotóxicos da Deltametrina em Poecilia vivipara

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Efeitos genotóxicos da Deltametrina em Poecilia
vivipara (Poeciliidae)
Moreira-Neto, JF; Pereira, BB; Faria, RCB; Luiz, DP; de Campos Jr, EO; Amaral, IMR; Almeida, FC; Dias,
ACC; Bonetti, AM; Vieira, CU; Brandeburgo, MAM; Kerr, WE
Laboratório de Genética, Universidade Federal de Uberlândia – Campus Umuarama, Sala 2E33, CEP 38400-902, Uberlândia-MG, Brasil
[email protected]
Palavras-chave: Poecilia vivipara, Deltametrina, Biomonitoramento, Micronúcleo, Genotóxicos
A dengue, uma das principais doenças transmitidas por vírus, é um problema gravíssimo especialmente em países
tropicais como o Brasil, onde o clima e os hábitos urbanos oferecem condições ótimas para o desenvolvimento
e proliferação de seu principal vetor, o mosquito Aedes aegypti. Em programas públicos de controle do vetor,
têm sido utilizados inseticidas como organofosforados e piretróides. O piretróide Deltametrina, empregado no
controle de insetos adultos, possui atividade neurotóxica e atua no sistema nervoso provocando hiperestimulação
dos impulsos devido o fato de bloquear o movimento iônico de sódio através da membrana dos neurônios. No
entanto, é sabido que os inseticidas atingem diversos ambientes, inclusive o aquático, afetando organismos
não-alvos, como os próprios inimigos naturais do Aedes aegypt. Por meio da execução deste trabalho foram
monitorados os efeitos genotóxicos de diferentes concentrações do piretróide Deltametrina (Fersol) em peixes
da espécie Poecilia vivipara. Para a realização da exposição dos peixes ao inseticida foram preparados aquários
com diferentes concentrações de Deltametrina. As concentrações testadas foram de 0.005, 0.01, e 0.02 ppm
(mg. L-1) e os tempos de exposição foram 0, 24, 48, 72, 96,120 e 144 h. A análise estatística dos resultados fornecidos
pelo Teste de micronúcleo revelou haver uma diferença significativa entre as freqüências de micronúcleos dos
grupos controle e tratados com 0.02 ppm (mg. L-1) de Deltametrina após 96 horas de exposição, sendo que após
120 horas ocorreu um decréscimo gradativo na freqüência de células micronucleadas (F= 302, 4987; P= 0,033).
Os resultados demonstraram o potencial genotóxico do inseticida na máxima concentração testada e a possível
ação dos sistemas de detoxificação e reparo após 120 horas de exposição, representada pela diminuição das
taxas de micronúcleos observadas após esse período de tratamento.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, UFU.
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