§§QUESTÃO 1

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ÁREA DO CONHECIMENTO
GABARITO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
E
§§QUESTÃO 1
Os fungos apresentam grande variedade de formas e tamanhos e vivem em praticamente todos os ambientes. Nas florestas
tropicais, uma única folha pode abrigar milhares de esporos de fungos, e estes podem se desenvolver na superfície do órgão da
planta ou penetrar no interior dos tecidos. Fungos que invadem os tecidos vegetais, sem causar doenças à planta hospedeira, são
chamados de endofíticos e quase todas as espécies vegetais têm algum modo de associação com esse tipo de fungo. Pesquisas
sobre os fungos endofíticos são importantes, pois eles destacam-se, entre outras razões, por produzir toxinas que tornam as plantas
indigestas ou por sintetizar enzimas que inibem o crescimento de fitopatógenos na planta hospedeira.
De acordo com o texto, os fungos endofíticos apresentam potencial para uso direto, visando
A
B
C
D
E
à ciclagem dos nutrientes.
à produção de fibras de origem vegetal.
ao desenvolvimento de novos antibióticos.
à adaptação de plantas tropicais em outras regiões.
ao controle biológico de pragas em culturas agrícolas.
ÁREA DO CONHECIMENTO
GABARITO
CIÊNCIAS HUMANAS
C
§§QUESTÃO 2
— Para entender o meu sistema, concluiu ele, importa nunca esquecer o princípio universal, repartido e resumido em cada homem.
Olha, a guerra, que parece uma calamidade, é uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas;
a fome (e ele chupava filosoficamente a asa do frango) é uma prova a que Humanitas submete a própria víscera. Mas eu não quero
outro documento da sublimidade do meu sistema, senão este mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi plantado por um africano,
suponhamos, importado de Angola, que nasceu, cresceu, foi vendido e trazido por um navio construído de madeira cortada no
mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do
aparelho náutico. Assim, este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executados
com o único fim de dar mate ao meu apetite.
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: W. M. Jackson INC, 1955, p. 333-334.
Considerando o contexto histórico-geográfico que envolve os fatos mencionados no texto, correspondentes aos elementos
enumerados pelo personagem para explicar o seu sistema filosófico,
A
os eventos evocados se referem, em ordem cronológica, à política exportadora brasileira, à inserção do Brasil nas grandes
navegações e à transição do trabalho escravo para o assalariado no país.
B
é utilizado, como argumento, uma série de eventos históricos mundiais encadeados da seguinte forma: a grande fome e as
guerras ocorridas na Europa, a economia agrícola dos países exportadores e a utilização do trabalho escravo.
C
D
E
o sistema, apresentado em ordenação retrospectiva, recupera os contextos históricos do trabalho escravo, da mercantilização
do negro e da navegação marítima, o que subentende as condições históricas do Brasil e do mundo de então.
são identificados os seguintes eventos históricos nacionais ocorridos após a Independência: a superação do estatuto
colonial, os esforços e lutas das elites locais contra a permanência do trabalho escravo e a introdução da indústria náutica no
Brasil.
eventos históricos de épocas e lugares diversos se encontram sem ordenação lógica e temporal: a economia de importação
no Brasil do século XVIII, a guerra e a fome na Europa do século XVII e as rebeliões ocorridas em Angola e em vários
países da África no final do século XIX.
ÁREA DO CONHECIMENTO
GABARITO
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
C
QUESTÃO 4
Um desfibrilador é um equipamento utilizado em pacientes durante parada cardiorespiratória com objetivo de restabelecer ou
reorganizar o ritmo cardíaco. O seu funcionamento consiste em aplicar uma corrente elétrica intensa na parede torácica do paciente
em um intervalo de tempo da ordem de milissegundos.
O gráfico acima representa, de forma genérica, o comportamento da corrente aplicada no peito dos pacientes em função do tempo.
De acordo com o gráfico, a contar do instante em que se inicia o pulso elétrico, a corrente elétrica inverte o seu sentido após
A
0,1 ms.
B
1,4 ms.
C
3,9 ms.
D
5,2 ms.
E
7,2 ms.
ÀREA DO CONHECIMENTO
GABARITO
LINGUAGEM E CÓDIGOS
A
QUESTÃO 1
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência,
entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário [...]. É desgracioso, desengonçado, torto [...]. Entretanto, toda essa
aparência de cansaço ilude.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1954, p.101-102 (fragmento).
Araripe Júnior ressalta em Euclides da Cunha “o talento épico-dramático” e o “gênio trágico”. Como na tragédia, é o destino que,
desde logo, assinala o que se vai perder. Postam-se um diante do outro, os irmãos: “o mestiço neurastênico do litoral” e o
sertanejo, que é antes de tudo, um forte”. A sociedade sertaneja, que é o “cerne da nacionalidade”, será destruída pelas tropas que
representam o Brasil litorâneo, perplexo e na maior incompreensão dos problemas com que se defronta.
PROENÇA, M. Cavalcanti. Introdução. In: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Ediouro, 2003 (Coleção Prestígio), p. 10-11 (com adaptações).
Considerando-se os textos acima, em Os Sertões, Euclides da Cunha
A
correlaciona as três partes que compõem a obra a componentes formais da tragédia; assim, a Terra seria o palco, o Homem
seria o personagem, e a Luta, a ação que movimenta os personagens no cenário.
B
equipara dois lados do Brasil, o do litoral e o do sertão, a partir de um jogo de antíteses para mostrar a igual importância do
“mestiço neurastênico do litoral” e do sertanejo na formação identitária do país.
C
adere ao ponto de vista da consciência urbana e civilizada, representado na obra pelos republicanos do litoral, com relação à
visão desenvolvida sobre o sertão e os sertanejos.
D
destaca o sentido do trágico na confrontação da figura do herói, o homem invencível do litoral, contra as adversidades da
terra do sertão brasileiro.
E
ressalta, em estilo grandiloquente, a superioridade do brasileiro litorâneo, escolarizado e citadino, com relação ao sertanejo,
fraco e inculto.
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