MATURAÇÃO A maturação caracteriza

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MATURAÇÃO
A maturação caracteriza-se por modificações de componentes quantitativos
durante o crescimento das sementes. Ela tem início na dupla fecundação e
termina com a maturidade fisiológica. Terminada a maturação, observa-se o maior
acúmulo de biomassa seca, menor porcentagem de umidade e maior percentual
de ocorrências germinativas e níveis de vigor (Popinigis, 1977; Perl, 1987).
A porcentagem de umidade do óvulo no momento da dupla fecundação é
elevado. Com a maturação, ocorre um aumento na biomassa seca acumulada e
menor porcentagem de umidade, não obstantes serem níveis muito elevados.
Sementes de Crotalaria juncea L. tiveram o máximo de germinação aos 182 dias,
mas com teor de umidade igual a 44%. Tais níveis de umidade não permitem a
colheita mecanizada e as sementes permanecem armazenadas nos frutos até que
seja possível colhê-las. Para que o desempenho germinativo e pós-germinativo
seja otimizado é necessário que as sementes tenham a porcentagem de umidade
diminuída logo após a maturidade (Kermode & Bewley, 1985) de massa. O menor
conteúdo de umidade de sementes de crotalaria (8.69%) e o máximo acúmulo de
biomassa seca (4.93 g/100 sementes) foi obtido aos 224 dias após a semeadura,
no ano agrícola 90/91 (Mozambani et alii, 1993).
O poder germinativo também varia com as espécies. Em algumas, são
necessários 26 dias, desde a antese, para que as primeiras ocorrências
germinativas possam ser detectadas, enquanto que em centeio, cevada e sorgo, o
fenômeno ocorre após 5 dias (Popinigis, 1977). Estas informações podem pode
ser aproveitadas para a diminuição do tempo de gerações durante o
melhoramento e torna necessário a eliminação das plantas de ervas daninhas
para fora dos campos de produção, durante a prática do rouguing.
Vigor é o somatório dos atributos que favorecem o estabelecimento das
plantas sob condições desfavoráveis. A medida que a maturação ocorre, o
comprimento da radícula, uma medida utilizada para avaliar o vigor sob condições
favoráveis, é maior (Popinigis, 1977). Mas, ao contrário do comprimento, deve-se
dar preferência para medir a taxa de alongamento (Carneiro, 1997).
Para a produção, é necessário a determinação do estádio de máxima
qualidade fisiológica, época e forma de colheita, visando a minimização da
deterioração
no
campo.
(Bradnock,
1975).
Observações
durante
o
desenvolvimento das culturas evidenciaram que tanto o estádio R7 para a soja
(Fehr & Caviness, 1977) quanto o R9 para o girassol (Schneiter & Miller, 1981)
caracterizam o momento em que as sementes possuem o maior acúmulo de
biomassa seca. Estes estádios, necessariamente importantes para a produção,
não estão determinados para as plantas de espécies forrageiras. O aparecimento
da camada preta em milho (Popinigis, 1974) e nas gramíneas forrageiras, além do
afastamento da semente de soja em relação à vagem (Crookston & Hill, 1978) são
indicativos importantes para caracterizar o maior acúmulo de biomassa. É
provável que este afastamento seja uma caracterização de ampla ocorrência e
que possa ser usado em outras leguminosas.
A distribuição da floração no tempo, conforme pode ser observado em
algumas espécies de plantas forrageiras (Hopkinson & Reid, s\d) contribue para a
obtenção de lotes de baixa qualidade. Isto porque, dependendo do estádio de
desenvolvimento, a dessecação ou a colheita induz a formação de lotes com
baixo percentual de ocorrências germinativas e com um menor desenvolvimento
da plântula (Kermode & Bewley, 1985). Em alguns casos, colhe-se de maneira
contínua para se obter uma maior produção de sementes puras germináveis
(Carneiro, 1986). Em forrageiras, observa-se que, nos lotes, cujas sementes
sofreram deiscência natural, há maior percentual de ocorrências germinativas e
menor problema com a dormência (Castro et alii, 1994) causado, provavelmente,
pela lixiviação de inibidores ou por fermentação. A alta percentagem de
ocorrências
germinativas
necessariamente,
que
obtida
as
com
sementes
sementes
sejam
de
varridas
não
significa,
boa
qualidade
mas,
necessariamente que elas atingiram o maior acúmulo de biomassa. A
desuniformidade no florescimento causa perda de rendimento, no caso de colheita
mecanizada, e problemas de germinação (Hopkinson & English, 1985) devido à
desuniformidade na maturação das sementes que compoem os lotes. A colheita
de sementes genéticas deve também ser realizada de maneira contínua.
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