SIM_RAFAEL GUSTAVO DE MELLO COUTO_509_68553

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RAFAEL GUSTAVO DE MELLO COUTO
DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA A
SAÚDE MENTAL NA ESF QUEBRA-COCO
SIDROLANDIA-MS
2011
RAFAEL GUSTAVO DE MELLO COUTO
DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA A
SAÚDE MENTAL NA ESF QUEBRA-COCO
Trabalho de Conclusão de Curso
em Pós-Graduação em Saúde da
Família elaborado sob a supervisão do
professor tutor Luciano Rodrigues
Trindade como exigência para a
conclusão de curso.
SIDROLANDIA-MS
2011
RESUMO
Os medicamentos antidepressivos, benzodiazepínicos, ansiolíticos,
anticonvulsivantes, tem sido utilizados em grande escala na rede sanitária
pública do município de Sidrolândia - MS. O objetivo deste trabalho de
conclusão de curso é inserir o programa de saúde mental na estratégia de
saúde da família, verificar a adesão do tratamento e proporcionar aos pacientes
que fazem uso de tais medicações, um manejo clínico adequado pautado no
seu diagnóstico e na sua realidade biopsicossocial. O trabalho é uma revisão
literária descritiva que visa inserir o Programa de Saúde Mental na Equipe de
Saúde da Família da ESF Quebra Coco utilizando estratégias de planejamento,
criação do instrumento de controle e avaliação semelhantes aos programas de
controle da hipertensão arterial e diabetes melhorando desta forma a
supervisão e adesão desses medicamentos.
Palavras chave: atenção básica; programa de saúde mental; saúde da família.
SUMÁRIO
1INTRODUÇAO ..................................................................................................04
2REVISAO ...........................................................................................................06
2.1HISTÓRICO ...................................................................................................06
2.2O QUE É REFORMA PSIQUIÁTRICA .........................................................07
2.2.1POLÍTICA NACIONAL...............................................................................07
2.3CENÁRIOS ATUAIS ......................................................................................07
3OS CENTROS DE ATENÇAO PSICOSSOCIAL .............................................09
3.1COBERTURA CAPS POR HABITANTES ....................................................10
4OS AMBULATÓRIOS DA SAÚDE MENTAL .................................................11
5SAÚDE MENTAL NA ATENÇAO BÁSICA ....................................................13
6OS MEDICAMENTOS COMO REALIDADE NECESSÁRIA ........................17
6.1ADESAO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO ..................................17
7A FAMÍLIA COLABORADORA NO PROCESSO .........................................19
8CARACTERIZAÇAO DA POPULAÇAO .......................................................20
9OBJETIVOS .....................................................................................................22
9.1GERAIS .........................................................................................................22
9.2ESPECÍFICOS ...............................................................................................22
10METODOLOGIA ...........................................................................................23
11RESULTADOS ESPERADOS ........................................................................24
12CONCLUSAO ................................................................................................25
REFERENCIAS .................................................................................................26.
1 INTRODUÇAO
O Ministério da Saúde criou o Programa da Saúde da Família (PSF) e
sua implantação significou à expansão da atenção primária a saúde no país
como proposta de reversão do modelo assistencial.
A ESF (Estratégia em saúde da família) teve sua origem do Programa de
Agentes de Saúde instituído pela Secretaria Estadual de Saúde do Ceará em
1987 como parte de um programa de emergência de combate a seca com a
repercussão política pelos resultados positivos especialmente na diminuição da
mortalidade infantil no estado. O notório sucesso de tal programa fez com que
o mesmo fosse ampliado para todo pais em 1991 com a denominação de
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), a atuação deste
programa aumentou a demanda para os serviços de saúde que não estavam
correspondendo as necessidades de saúde dos usuários (MENDES,2002).
Em 1994 o Ministério da saúde lançou a ESF como política oficial da
APS (Atenção Primária em Saúde) enquanto uma estratégia de organização do
sistema de serviço de saúde. A ESF brasileira sofreu influenciado modelo de
saúde do Canadá de promoção de saúde e de Cuba do medico da família
(MENDES, 2002).
O reconhecimento do território, a identificação das famílias de risco, a
apropriação das condições socioculturais, dos costumes, e da experiência
histórica da comunidade social local possibilitaram a compreensão da
causalidade das doenças e a proposição, de maneira multidisciplinar e
multiprofissional, da atenção adequada à comunidade através da implantação e
da atuação do modelo em atenção básica proposto através da ESF.
O modelo brasileiro de saúde da família conta com uma equipe de saúde
composta por um médico, um enfermeiro, um ou dois auxiliares de
enfermagem ou técnicos de enfermagem, quatro a seis agentes comunitários
de saúde, cirurgião dentista e um auxiliar de consultório dental (ACD) ou um
técnico em higiene dental (THD). (saúde da família, 2008).
No âmbito da saúde mental a mudança do modelo de atenção tem como
objetivo a ampliação e qualificação do cuidado as pessoas com transtornos
mentais nos serviços básicos de saúde, com base no território. No novo
modelo a atenção hospitalar deixa de ser o centro como era antes tornando-se
complementar.Trata-se de
uma mudança fundamental na concepção e na
forma de como deve ser o cuidado: o mais próximo da rede familiar, social e
cultural do paciente, para que seja possível a reapropriação de sua historia de
vida e de seu processo de saúde e adoecimento. Aliada a isto adota-se uma
concepção de que a produção de saúde é também a produção de sujeitos. Os
saberes e práticas não somente técnicos devem se articular a construção de
um processo de valorização da subjetividade, no qual os serviços de saúde
possam se tornar mais acolhedores, com possibilidades de criação de vinculo.
(BRASIL, 2007).
2 REVISAO LITERÁRIA
2.1 Histórico da Saúde Mental e Estratégia da Saúde da Família – ESF
A Organização Mundial de Saúde define Saúde Mental como um estado
de bem-estar no qual os indivíduos podem desenvolver o seu potencial de
forma plena podendo trabalhar e viver produtivamente e são capazes de
contribuir para a comunidade onde vivem. É necessário compreender que a
saúde mental é fundamental para os relacionamentos familiares, para o
crescimento da comunidade e da sociedade como um todo. Ao contrário disso,
a doença mental interage com a pobreza e a falta de recursos de uma forma
negativa: os transtornos dificultam ainda mais o aprendizado dos sujeitos e seu
envolvimento nas atividades produtivas sociais e econômicas. Neste contexto a
Estratégia de Saúde da Família aliada às ações desenvolvidas pelos agentes
comunitários de saúde concretiza sua importância na tentativa de minimizar o
sofrimento psíquico ocasionado pela falta de acesso aos serviços.
Na década de 90 ocorreram mudanças significativas na área de saúde
no Brasil. Após a regulamentação das Leis Federais n 8080 e 8142 que dispõe
sobre o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o estabelecimento
de critérios de operacionalização e repasse de recursos financeiros, através da
norma operacional básica (NOB), iniciou-se o processo de descentralização
dos serviços, pelo qual os municípios passaram a ser os principais
responsáveis pela gestão dos serviços de saúde (Bodstein, 2002).
A II Conferência de Saúde Mental realizada em Brasília no ano de 1992
abriu caminhos para a expansão dos serviços substitutivos ao Hospital
psiquiátrico, como a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que
passaram de 15 unidades em 1991 para 208 no ano de 2000 (BRASIL, 2007) e
430 CAPS I, 320 CAPSII, 37 CAPS III, 75 CAPSie 138 CAPS ad em 2006
(Relatório de Gestão de Saúde Mental, 2003-2006) consolidando assim a
Reforma Psiquiátrica no Brasil.
2.2 O que é Reforma Psiquiátrica?
É a ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, que
garante o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e
liberdade; É amparada pela lei 10.216/2001, conquista de uma luta social que
durou 12 anos; Significa a mudança do modelo de tratamento: no lugar do
isolamento, o convívio com a família e a comunidade. O atendimento é feito em
Centros
de
Atenção
Psicossocial
(CAPS),
Residências
Terapêuticas,
Ambulatórios, Hospitais Gerais, Centros de Convivência;As internações,
quando necessárias, são feitas em hospitais gerais ou nos CAPS/24 horas. Os
hospitais
psiquiátricos
de
grande
porte
vão
sendo
progressivamente
substituídos.
2.2.1 Política Nacional de Saúde Mental
O governo brasileiro tem como objetivos: reduzir de forma pactuada e
programada os leitos psiquiátricos de baixa qualidade, qualificar, expandir e
fortalecer a rede extra-hospitalar formada pelos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e Unidades
Psiquiátricas em Hospitais Gerais (UPHG), incluir as ações da saúde mental na
atenção básica, programar uma política de atenção integral voltada a usuários
de álcool e outras drogas, implantarem o programa "De Volta Para Casa",
manter um programa permanente de formação de recursos humanos para
reforma psiquiátrica, promover direitos de usuários e familiares incentivando a
participação no cuidado, garantir tratamento digno e de qualidade ao paciente
infrator (superar o modelo de assistência centrado no Manicômio Judiciário),
avaliar continuamente todos os hospitais psiquiátricos por meio do Programa
Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares PNASH/Psiquiatria.
2.3 Cenários Atuais

Há uma tendência de reversão de o modelo hospitalar para uma
ampliação significativa da rede extra-hospitalar, de base comunitária;
 O entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema
de saúde pública e como prioridade no atual governo;
 Ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III
Conferência Nacional de Saúde Mental;
 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e
persistentes;
 Mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves
decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental,
seja ele contínuo ou eventual;
 2,3% do orçamento anual do SUS é destinado para a Saúde Mental.
3 Os Centros de Atenção Psicossocial: expansão e consolidação
Nos últimos quatro anos, a expansão, a consolidação e a qualificação da
rede de atenção à saúde mental, sobretudo dos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), foram objetivos principais das ações e normatizações do
Ministério da Saúde. Estratégicos para a organização da rede de atenção à
saúde mental num determinado território, a expansão destes serviços foi
fundamental para mudar o cenário da atenção à saúde mental no Brasil. Neste
período, o Ministério da Saúde pautou-se pela implantação de uma rede
pública e articulada de serviços. A decisão política pela composição de uma
rede pública de CAPS enfrentou resistências, uma vez que o Sistema Único de
Saúde possibilita a contratação de serviços privados, em caráter complementar
à rede pública. As recomendações da III Conferência Nacional de Saúde
Mental e o caráter estratégico destes serviços, que têm atribuições
intransferíveis, fundaram, no entanto, a decisão política por uma rede CAPS de
gestão pública. A partir de 2003, apenas CAPS públicos (municipais na
maioria) foram cadastrados junto ao Ministério da Saúde. Na mesma direção,
os municípios foram incentivados a municipalizar os poucos serviços privados
ou filantrópicos existentes há mais tempo na rede e que prestassem
atendimento relevante. Hoje, 98,6% dos CAPS disponíveis na rede são
públicos.
Ao fim de 2004, os incentivos para os CAPS passam a ser antecipados,
isto é, repassados antes de o serviço estar em funcionamento (PT MS/GM n.º
1.935/04 e PT MS/GM n.º 245/05). Isto possibilitou aos gestores sanar
problemas com os espaços físicos, equipamentos ou capacitação. Apenas em
três meses de vigência desta portaria, cerca de 100 solicitações de recursos
financeiros já haviam sido recebidas pelo Ministério da Saúde, e não restou
dúvida de que este foi um dos principais mecanismos de indução da
implantação destes serviços nos municípios nos últimos dois anos. A avaliação
da cobertura da rede CAPS deve levar em conta a população residente nos
estados e nos municípios. Nos últimos quatro anos, a construção e constante
revisão pelo Ministério da Saúde do indicador CAPS/100.000 habitantes, deu
instrumento aos gestores para a avaliação e definição de prioridades na
implantação da rede de atenção psicossocial. Tal indicador deve ser sensível
às peculiaridades de cada serviço da rede CAPS e à capacidade de resposta
efetiva de cada um deles (CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad).
Desta forma, considerou-se para o cálculo do indicador que o CAPS I provê
cobertura efetiva a 50.000 habitantes; que o CAPS III dá cobertura a 150.000
habitantes; e que os CAPS II, CAPSi e CAPSad dão cobertura a 100.000
habitantes. Desta forma, o retrato da cobertura da rede CAPS no país passou a
ser mais acurado, orientando melhor os gestores em saúde mental.
3.1 Coberturas CAPS/100.000 habitantes em todo o país
4 Os Ambulatórios de Saúde Mental
Podemos considerar que avançamos nos últimos anos na superação da
dicotomia CAPS versus ambulatórios, muito embora esta discussão exija ainda
maior amadurecimento. Não avançamos ou avançamos muito pouco, no
entanto, na apreensão qualificada dos dados sobre o número, a configuração e
o modo de funcionamento dos ambulatórios (862 serviços, segundo
levantamento realizado pela Coordenação de Saúde Mental em dezembro de
2006). De fato, é necessário que o campo da Saúde Mental discuta estes
serviços de forma mais aprofundada, articule melhor a relação entre CAPS –
ambulatórios – território e entre ambulatórios – atenção básica e território,
formulando diretrizes de funcionamento destes equipamentos, ainda sob a
normatização da PTMS/SNAS n.º 224, de 1992. Neste campo, ainda há muito
a ser feito. Em geral, os ambulatórios de saúde mental prestam assistência,
sobretudo às pessoas com transtornos mentais menores – cerca de 9% da
população (todas as faixas etárias) – e apresentam, em sua grande maioria,
um funcionamento pouco articulado à rede de atenção à saúde. Estes
ambulatórios são referência para inúmeras consultas em psiquiatria e
psicologia, em especial, mas sua resolutividade tem sido baixa – a maioria
possui grande demanda reprimida, listas de espera e as crises no seu
funcionamento são freqüentes. Entendemos que, em muitos locais, é
necessária uma reformulação deste modo de funcionamento, rediscutindo o
papel dos ambulatórios na rede de atenção em saúde mental e possibilitando
uma integração dos serviços existentes. Os ambulatórios são especialmente
necessários em municípios maiores que possuem maior demanda de atenção
aos transtornos em geral. Nestes locais, junto a uma rede efetiva de CAPS, os
ambulatórios existentes certamente podem servir de suporte para o
atendimento dos transtornos menos graves, buscando a articulação com as
equipes da atenção básica em cada território. Porém, em municípios que ainda
não possuem CAPS e municípios menores, é necessário que os ambulatórios
existentes se responsabilizem pelos transtornos mentais graves, articulando-se
com a atenção básica para o acompanhamento dos transtornos menores. Para
isso, é necessário que se aproximem cada vez mais da forma de atendimento
realizada
pelos
Caps.
Essa
discussão ainda
precisa
de um
maior
aprofundamento para a definição de novas diretrizes nos próximos anos.
Levantamentos mais sistemáticos do dispositivo ambulatorial estão em
andamento.
5.Saúde mental na atenção básica: as Equipes Matriciais de Referência
O Ministério da Saúde estimulou ativamente nos últimos anos a inclusão,
nas políticas de expansão, formulação, formação e avaliação da Atenção
Básica, de diretrizes que remetessem à dimensão subjetiva dos usuários e aos
problemas mais graves de saúde mental. Essas diretrizes têm enfatizado a
formação das equipes da atenção básica e o apoio matricial de profissionais de
saúde mental junto a essas equipes.
A partir de 2005, os indicadores de saúde mental passaram a fazer parte
do elenco de indicadores da atenção básica. Em 2006, foram incluídos
parâmetros para ações de saúde mental na atenção básica (entre outros) nas
diretrizes para a Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde
(PPI), publicados na Portaria MS/GM n.º 1.097, de 22 de maio de 2006, e
intensificou-se o esforço de garantir o acesso da população, em especial nos
pequenos municípios brasileiros, à atenção em saúde mental. Em um número
expressivo de municípios existem profissionais de saúde mental lotados em
Centros e Postos de Saúde, realizando consultas, atendimento individual,
atendimento em grupo, ações de promoção da saúde. Esta forma de
atendimento ambulatorial na atenção básica, tradicional na saúde pública
brasileira, necessita de maior efetividade, resolutividade e articulação mais
orgânica com a rede de saúde.
A estratégia de implementação de Equipes Matriciais de Referência em
Saúde Mental foi articulada junto aos gestores e cada vez mais os municípios
têm aderido a esta proposta. Com a institucionalização da Estratégia Saúde da
Família na maior parte do país, a atenção básica viu-se obrigada a invenções
para desenvolver a integralidade da atenção com grupos de saúde mental
egressos de longas internações psiquiátricas, como é o caso de Campina
Grande (PB), com sua experiência com mulheres do Pedregal. No Ceará, a
atenção em saúde mental junto às equipes de saúde da família organiza-se a
partir dos CAPS; em Pernambuco e Vale do Jequitinhonha (MG) são criados
serviços próprios de onde as equipes de saúde mental acompanham as
equipes de saúde da família; em Campinas (SP), as equipes de saúde mental
que existiam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram inseridas na equipe
de saúde da família com o papel de referência à especialidade e apoio à
atenção integral da equipe generalista. Com base em diretrizes gerais, a
atenção em saúde mental nas Unidades Básicas de Saúde passa a
desenvolver diferentes modelagens de norte a sul, acompanhando as
mudanças.
Várias experiências de apoio em saúde mental na atenção básica estão
acontecendo hoje, tais como: em Recife (PE), com as chamadas equipes de
retaguarda; em Aracaju (SE) com a vivência de equipes itinerantes
desenvolvidas a partir de profissionais dos CAPS junto com as equipes de
referência ambulatorial nas UBS; em Betim (MG), por meio da parceria entre
equipe de saúde mental e agentes comunitários de saúde; o esforço de João
Pessoa (PB) para a inclusão da saúde mental no Sistema de Informações,
entre tantas outras experiências. Nota-se que nos municípios onde existem
CAPS o acompanhamento às equipes da atenção básica tem sido organizado
e realizado a partir desses serviços. Daí a importância da organização de
planos municipais de saúde mental que, partindo da realidade local, planejam e
implantam uma rede de saúde mental, por meio da organização de CAPS por
território, obedecendo aos parâmetros de cobertura, com equipes ampliadas,
para que esses serviços possam dar conta do trabalho de matriciamento às
equipes da atenção básica, além dos demais dispositivos necessários a essa
rede.
Levantamento recente realizado junto às Coordenações Estaduais de
Saúde Mental, mesmo que ainda não concluído, revela que em muitos estados
existem ações de saúde mental sendo desenvolvidas na atenção básica em
municípios com menos de 20 mil habitantes; em alguns municípios existem
ações sistemáticas, com apoio de profissionais de saúde mental. Porém, em
grande parte dos municípios as ações apresentam menor regularidade e não
contam com o apoio de profissionais de saúde mental. Constata-se também
que, nos municípios em torno de 20 mil habitantes onde foram implantados
CAPS, o apoio matricial às equipes da atenção básica acontece a partir dos
CAPS. Esse levantamento, embora ainda não concluído, demonstra que
mecanismos de indução financeira, pelo Ministério da Saúde, para o
desenvolvimento da política de saúde mental na atenção básica, são
fundamentais. Esta deverá ser uma das principais prioridades para a expansão
e qualificação da saúde mental na atenção básica na gestão 2007–2010.
Vários municípios de menor porte não possuem CAPS, mas têm
ambulatórios. No entanto, é necessário melhorar a articulação desses serviços
com a atenção básica para que as equipes dos ambulatórios se desloquem de
seus espaços tradicionalmente institucionalizados e passem a realizar um
trabalho em conjunto com as equipes da atenção básica. Quanto à formação
das equipes, podemos contabilizar inúmeras capacitações para integração–
Saúde da Família e Saúde Mental – numa única rede de cuidados aos usuários
de todo o SUS. Cursos oferecidos para as equipes da atenção básica têm-se
configurado em diferentes modalidades: cursos para as equipes da atenção
básica (multiprofissional), cursos específicos para agentes comunitários de
saúde, cursos direcionados para as equipes da atenção básica juntamente com
as equipes de saúde mental. Além disso, o Ministério da Saúde tem
incentivado o desenvolvimento das Residências Multiprofissionais em Saúde
Mental, envolvendo diferentes profissionais da rede pública de saúde. Vários
cursos
de Especialização
em Saúde da
Família
e
as Residências
Multiprofissionais em Saúde da Família têm sido financiados pelo Ministério da
Saúde nos últimos anos em diversos estados, tais como: AC, AL, AP, CE, DF,
ES, GO, MG, RS, SC, SP, MT, PA, PB, RN, PR, SE, MS entre outros. Os
cursos de capacitação em saúde mental para as equipes da atenção básica
têm sido desenvolvidos em estados como: CE, SE, PA, PR, RS, MG, RJ, entre
outros.
As experiências das equipes matriciais de saúde mental e os processos
de formação estão ainda em construção. Não há dúvida de que a implantação,
expansão e qualificação do apoio matricial é um dos principais desafios para a
gestão da Política de Saúde Mental do país nos próximos quatro anos e para a
garantia de acessibilidade à atenção, um dos maiores desafios do Sistema
Único de Saúde. Do mesmo modo, o fortalecimento de uma política efetiva de
formação continuada, que envolva tanto as equipes de saúde mental como as
da atenção básica, deverá ser uma das principais prioridades se queremos dar
conta de fato da integralidade do sujeito. Como estratégia de ampliação do
conhecimento nesta área, e indução de ações específicas, a Coordenação de
Saúde Mental (Ministério da Saúde) propôs a implementação de um
Observatório de Saúde Mental na Atenção Básica, a ser conduzido pelas áreas
responsáveis por estas políticas, no âmbito do Ministério da Saúde, em
parceria com universidades. Trata-se de mais um desafio para os próximos
anos.
6. Os Medicamentos Como Realidade Necessária
O uso do medicamento consiste em uma realidade necessária ao
cotidiano do paciente com transtorno mental. Acredita-se que uma melhor
compreensão dos fatores associados e determinantes de uma realidade, a
partir da perspectiva de que a vivência permitirá um salto na implantação de
estratégias de intervenção nos serviços de saúde direcionadas a qualidade de
assistência a essa clientela. Os princípios estruturantes na ESF e da Saúde
Mental se encontram , quando ambas visam a integridade, a inserção social,
vínculo, acolhimento, participação da família no tratamento, dentre outros.
A
partir
da
psicofarmacologia
década
inclusive
de
50,
o
uso
iniciou-se
o
generalizado
desenvolvimento
de
da
medicamentos
antipsicóticos, antidepressivos, ansiolíticos e anticonvulsivantes.
As etiologias de muitos dos distúrbios psicóticos foram conhecidos
devido as pesquisas desenvolvidas sobre a ação desses psicofármacos
(Townsend 2002).
Stahl, 2002, relata que a psicoterapia consiste no tratamento dos
transtornos mentais com a utilização de psicofámacos, também denominados
medicamentos psicoterápicos, psicoativos ou psicoterapêuticos.
Os psicofármacos constituem substancias químicas que agem no
sistema nervoso central, alterando as funções psíquicas, com o objetivo de
supressão em redução de sistemas relacionados ao transtorno mental
diagnosticado.
6.1 Adesão ao Tratamento Medicamentoso.
O tratamento dos transtornos mentais, cujo objetivo é o controle eficaz
da
sintomatologia
do
paciente,
constitui-se
em
duas
modalidades:
farmacológica e não-farmacológica. O paciente a depender do sistema de
saúde pública será submetido a uma ou ambas as modalidades a fim de atingir
o controle da patologia permitindo uma convivência com a sociedade.
A responsabilização compartilhada dos casos permite aumentar a
capacidade resolutiva da equipe local, estimulando a interdisciplinaridade e a
aquisição de novas competências. Esse cuidado torna-se um dispositivo para
que os usuários também possam responsabilizar pelo seu tratamento. Neste
planejamento e organização das ações, algumas diretrizes devem ser seguidas
para atuação das equipes de saúde:
 Identificar, acolher e atender as demandas de saúde mental do
território, em seus graus variados de severidade. Os pacientes
devem ter acesso ao cuidado de saúde mental o mais próximo
possível do seu local de moradia, de seus laços sociais e
familiares.
 Priorizar as situações mais graves, que exigem cuidados mais
imediatos (situações de maior vulnerabilidade e risco social);
 As intervenções devem se dar a partir do contexto familiar e
comunitário. A família e a comunidade devem ser parceiras no
processo de cuidado.
 È fundamental a garantia de continuidade do cuidado pelas
equipes de saúde da família, seguindo estratégias construídas de
forma interdisciplinar.
 As redes sanitárias e comunitárias são importantes nas
estratégias a
serem pensadas para o trabalho conjunto entre
saúde mental e equipe de saúde da família;
 O cuidado integral articula ações de prevenção, promoção,
tratamento e reabilitação psicossocial;
 A educação continuada deve ser o dispositivo fundamental para a
organização das ações de saúde mental na atenção primaria.
7 A Família Colaboradora No Sucesso Do Tratamento.
A família tem um papel fundamental para o sucesso do tratamento, pois
pode ajudar o paciente a aceitá-lo a encarar a necessidade de tomar os
medicamentos por longo tempo, garantindo a adesão ao tratamento.
A esse respeito Andraele et all (1997), afirma que o paciente não é um
ser absinto e isolado, mas que se encontra inserido num contexto social e mais
especificamente, familiar, sendo que a mesma preocupação dispensada ao
paciente também deve ser dispensada a sua família compreendendo-a como
uma extensão do paciente, podendo também, ter medos, irritações, falta de
conhecimento e vários problemas.
Sinaltezane Obare, afirma a importância dos profissionais de saúde
incluirem a família no contexto do tratamento do paciente, tanto na sua prática
profissional quanto na de pesquisa para compreender o paciente em sua
individualidade. Revela ainda a necessidade de realizar estudos sobre a
utilização de procedimentos e relacionados a si próprio e ao meio em que está
inserido.
Coimbra (2005) relata que ao envolver a família no cuidado há uma
necessidade dos serviços oferecerem suporte para que ela consiga enfrentar
as dificuldades no relacionamento com o humano. A sobrecarga, a culpa, o
isolamento social, a carência de informações, problemas de vinculo com os
profissionais de saúde, situações de crise, emergência, conflitos familiares, são
alguns problemas que com o suporte da equipe pode diminuir a carga
emocional da família e do próprio usuário aumentando o nível de atenção e
empatia da família com seu doente.
A família é apontada como o maior recurso na reanimação do individuo
em sofrimento psíquico, por isso deve ser estabelecida uma parceria entre
individuo, família e profissional (Scatena 2000).
8 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E OBJETIVOS GERAIS DA
IMPLANTAÇÃO DE UM PRORAMA DE SAÚDE MENTAL
8.1 População e perfil epidemiológico do distrito do Quebra Coco
A população local é constituída em sua maioria por famílias de renda
média de até dois salários mínimos, a economia local baseia-se no cultivo da
cana de açúcar e álcool a qual é a principal fonte de renda da população (Usina
Agrisul Agrícola LTDA), logo após as atividades voltadas para a criação e
cultivo de aves para a indústria local (SEARA) constituem a segunda atividade
econômica de maior importância no distrito, e em menor escala constituem-se
pequenos produtores rurais e a economia informal.
Os principais problemas do distrito são a falta de estrutura física (acesso
ao distrito), estrada mal conservada, falta de saneamento básico, falta de ruas
asfaltadas, falta de lugar para lazer e falta de oportunidade e incentivo para
desenvolvimento econômico. A população em sua maioria depende da Usina
de açúcar e álcool, freqüentemente com problemas financeiros, gerando perda
de
renda
e
dificuldade
da
população
em
sustentar
uma
estrutura
economicamente ativa.
A população adscrita conta com 1835 pessoas no Distrito, distribuídas
em 903 mulheres, 932 homens, totalizando 571 famílias cadastradas. O
ambiente e o perfil das doenças obedecem a um padrão comum nacional, a
maioria da demanda pelo atendimento médico é relacionada a doenças infectocontagiosas,
afecções
respiratórias,
síndromes
diarréicas,
doenças
relacionadas ao meio ambiente como parasitoses, zoonoses e doenças de
veiculação hídrica. Após as classes de doenças acima, temos a prevalência
semelhante a média nacional de doenças como hipertensão, diabetes, e
demais doenças de caráter crônico, com enfoque principal na prevenção.
A ESF disponibiliza os seguintes programas: Hiperdia, da mulher, da
gestante, da saúde da criança, do homem, imunização e saúde bucal. Conta
com serviço de pronto-atendimento/urgência/emergência, por ser uma unidade
rural. Está interligada com a rede de saúde secundária (especialidades)
Ortopedia, Ginecologia e Obstetrícia, Psiquiatria, Endocrinologia, Oftalmologia
e Cardiologia, e serviço de atendimento terciário 24h, Hospital local.
A necessidade de um projeto de saúde mental na ESF Quebra Coco
surgiu a partir da observação da equipe de saúde da família através do grande
número de pacientes em uso de drogas de ação psicoativa (anticonvulsivantes,
benzodiazepínicos,
antidepressivos
e
neurolépticos)
sem
um
controle
adequado do manejo clínico desses pacientes e uso muitas vezes inadequado
de tais medicações. O Impacto observado do uso inadequado dessas
substâncias pode ser analisado através do erro terapêutico de dose de
medicação, índices elevados de falha de tratamento relacionado a patologia
específica de cada paciente e impacto biopsicossocial negativo sobre a vida
das pessoas que fazem uso de medicação controlada sem o efeito de melhora
desejado. De acordo com a observação realizada ao longo de meses durante
o atendimento médico, de enfermagem e odontológico na ESF, notou-se na
maioria dos casos relacionados ao uso de medicação controlada uma
dificuldade desses pacientes em informar a posologia certa da medicação,
indicação do uso de determinada substância, falta de acompanhamento
adequado com profissionais indicados para determinados tipos e condições
patológicas. O uso de medicações anticonvulsivantes, antidepressivos,
benzodiazepínicos ansiolíticos e neurolépticos é elevado em proporção a
população adscrita.
9 OBJETIVOS
9.1 GERAL
 Desenvolver um programa de assistência a saúde mental na ESF
Quebra-Coco
9.2 ESPECÍFICOS
 Identificar pacientes usuários de medicações psicoativas, indicação de
tratamento, substâncias em uso, tempo de uso, posologia;
 iniciar acompanhamento dos pacientes do programa de saúde mental,
como nos moldes dos programas Hiperdia, da mulher, da gestante, do
idoso do homem assim como os demais;
10 METODOLOGIA
Este projeto foi realizado na ESF Saúde Lar Quebra Coco, localizado no
distrito de Quebra Coco, rua Mato Grosso do Sul, n° 663, município de
Sidrolândia, entre agosto de 2010 e maio de 2011. Etapas de desenvolvimento
do projeto:
 Apresentação do projeto a equipe de saúde
 Foram Identificados os pacientes usuários de medicações psicoativas,
indicação de tratamento, substâncias em uso, tempo de uso, posologia;
 Estabeleceu um cadastro dos pacientes com as informações acima;
 Foi realizado a criação de um programa de saúde mental e incluir tais
pacientes;
 Iniciou acompanhamento dos pacientes do programa de saúde mental,
como nos moldes dos programas Hiperdia, da mulher, da gestante, do
idoso do homem assim como os demais;
 Realizou uma avaliação multidisciplinar através da ESF e apoio do
núcleo
de
assistência
a
saúde
da
família
e
médico
psiquiatra/neurologista. As ações serão delegadas às especialidades de
acordo com a necessidade de cada paciente e envolverá médico ESF,
enfermagem, odontologia, psicologia, terapia ocupacional, médico
especialista de acordo com a necessidade de cada indivíduo;
 Acompanhamento inicial a ser determinado; mensal, bimestral ou
trimestral, de acordo com a avaliação realizada através do cadastro;
 Supervisão da equipe multidisciplinar nas ações colocadas em prática
desde o início do programa.
11 RESULTADOS ESPERADOS
 ACOLHIMENTO
NAS
DEMANDAS
DE
SAÚDE
MENTAL
DO
TERRITÓRIO, EM SEUS GRAUS VARIADOS DE SEVERIDADE;
 PRIORIZAÇAO
DE
SITUAÇOES
MAIS
GRAVES,
QUE
EXIGEM
CUIDADOS MAIS IMEDIATOS;
 CONTINUIDADE DO CUIDADO PELA EQUIPE DE SAÚDE, SEGUINDO
ESTRATEGIAS DE FORMA INTERDISCIPLINAR;
 PROPOR TRABALHO
CONJUNTO
ENTRE
REDES
SANITÁRIAS,
COMO
DISPOSITIVO
EQUIPE E SAÚDE MENTAL;
 TORNAR
A
EDUCAÇAO
CONTINUADA
FUNDAMENTAL PARA A ORGANIZAÇAO DAS AÇOES DE SAÚDE
MENTAL NA ATENÇAO PRIMÁRIA;
 TORNAR A FAMÍLIA NO PRIMEIRO NÚCLEO PSICOSSOCIAL NO QUAL
DEVE ESTAR CONCENTRADA A RESOLUTIVIDADE DAS AÇOES.
12CONSIDERAÇOES FINAIS
A inclusão das ações de saúde mental na ESF depende de uma política
de saúde nacional, estadual e municipal que garanta formas de
financiamento capaz de manter a integração e a operacionalização das
estratégias de promoção, prevenção tratamento e reinserção social,nestas
modalidades de serviço substitutivos. Depende também da disponibilidade
para a mudança da organização dos processos de trabalho. Considera-se
que todas as pessoas envolvidas no planejamento, implantação, execução
e avaliação da construção de uma rede de atenção básica de saúde estão
constantemente
caracterizado
no
por
processo
um
dinâmico
processo
continuo
de
de
ensino-aprendizagem,
trocas
em
que
o
relacionamento interpessoal permita assistir a todos os homens e ao
homem como um todo. O controle social efetivo da aplicação dos
princípios do SUS, ESF e Reforma Psiquiátrica, são formas de garantia de
continuidade de desenvolvimento através da participação ativa das
comunidades, nos conselhos e associações, até então realizadas. Na
construção da saúde social para toda a estratégia da ESF e da Reforma
Psiquiátrica, vem se configurando numa forma inovadora de se fazer
saúde, que fundamentada em uma nova ética social consolida a visão da
família como base, o centro de referencia, o primeiro núcleo psicossocial
no qual deve estar concentrada a resolutividade das ações.
13 CONCLUSAO
Conclui-se que a inclusão das ações de saúde mental no PSF depende
de uma política de saúde nacional, estadual e municipal que garanta formas de
financiamento capaz de manter a integração e a operacionalização das
estratégias de promoção, prevenção, tratamento e reinserção social, nestas
modalidades de serviços substitutivos. Depende também da disponibilidade
para a mudança da organização dos processos de trabalho. Considera-se que
todas as pessoas envolvidas no planejamento, implantação, execução e
avaliação da construção de uma rede de atenção básica de saúde estão
constantemente no processo dinâmico de ensino-aprendizagem, caracterizado
por um processo contínuo de trocas em que o relacionamento interpessoal
permita assistir a todos os homens e ao homem como um todo. O controle
social efetivo da aplicação dos princípios do SUS, PSF e Reforma Psiquiátrica,
são formas de garantia de continuidade no desenvolvimento através da
participação ativa das comunidades, nos conselhos e associações, até então
realizadas. A compreensão dos vários níveis que compõe a complexidade do
trabalho territorial, apontada pelas reformas substitutivas, garante o cuidado
integral tanto quanto reafirma a responsabilidade de todos os envolvidos para a
sua continuidade. Na construção da saúde social para todos, a estratégia do
ESF e da Reforma Psiquiátrica, vêm se configurando numa forma inovadora de
se fazer saúde, que fundamentada em uma nova ética social consolida a visão
da família como a base, o centro de referência, o primeiro núcleo psicossocial
no qual deve estar concentrada a resolutividade das ações.
Como possíveis causas notou-se que o baixo nível socioeconômico
cultural, a baixa expectativa de crescimento socioeconômico estão direta ou
indiretamente relacionados no elevado número de pessoas fazendo uso de
medicações de controle, além do alto índice de distúrbios psiquiátricos e
neurológicos (ansiedade, depressão e transtornos do humor, assim como de
distúrbios neurológicos do movimento e síndromes convulsivas/epilepsia).
Outro ponto importante observado é em relação ao papel da família que é
fundamental para o sucesso do tratamento, pois ,pode ajudar o paciente a
aceitá-lo a encarar a necessidade de tomar os medicamentos por longo tempo,
garantindo a adesão ao tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONSIDERAÇÕES
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