algar]. - ENTRADA

Glossário (espeleologia, hidrogeologia, geologia) Algarão: Algar ou caverna muito grande. Algarocho: Algar de pequenas dimensões. Algar: Cavidade natural, vertical, aberta desde a superfície [do árabe. algar]. São poços naturais, mais ou menos profundos, existentes em regiões calcárias carsificadas, ou em áreas vulcânicas; neste caso foram antigos respiradouros de vulcões. Formam­se devido a diversos factores tais como o abatimento de abóbadas, derretimento das neves, dissolução exagerada no fundo das dolinas e corrosão/erosão em sumidouros activos. Aquífero artesiano: Aquífero cuja superfície piezométrica se encontra acima da superfície do solo. Aquífero semi­confinado: Correspondem a aquíferos cobertos e/ou confinados superiormente por uma fina camada de material semi­permeável, através da qual a água pode entrar ou sair do aquífero; inferiormente são confinados por rocha impermeável. A regarga é exclusivamente superficial. Aquicludo: Formação geológica que pode armazenar água mas não a transmite (a água não circula). São constituídas, essencialmente, por rochas ou materiais essencialmente porosos (argilosos) nos quais a água está fixada aos poros de pequenas dimensões devido a pressões moleculares e tensões superficiais (armazenam água nos seus interstícios), atingindo frequentemente a saturação, mas que não permitem a circulação de água. Aquífero confinado: Formação geológica permeável e completamente saturada de água. É limitado no topo e na base por camadas impermeáveis. A pressão da água no aquífero é superior à pressão atmosférica. O nível de água correspondente denomina­se por nível piezométrico. Geralmente armazenam água grandes quantidades, permitindo a extracção de caudais elevados. A exploração pode ser feita através de fontes naturais ou de poços perfurados num local para atingir o aquífero em profundidade. Aquífero suspenso: Aquífero, geralmente, de pequenas dimensões que fica instalado entre o nível freático de um aquífero profundo e a superfície do solo. Ocorre quando existe uma superfície impermeável com morfologia adequada entre a zona saturada de um aquífero profundo e a superfície do solo. Aquitardo: Formação geológica que armazena quantidades significativas de água no seu interior mas que permite a sua transmissão apenas de forma muito lenta. Os aquitardos não servem, portanto, para a exploração de água mas podem ser muito importantes na recarga de aquíferos adjacentes.
Correspondem a materiais ou rochas porosas mas pouco permeáveis, como por exemplo, argilas siltosas ou arenosas. Aquífero: Formação geológica com capacidade para armazenar e transmitir água e cuja exploração é francamente rentável. Consideram­se, fundamentalmente, três tipos de rochas que são susceptíveis de constituírem aquíferos: i) aquíferos porosos, cuja a permeabilidade é devida à porosidade intergranular. São constituídos por rochas sedimentares e detríticas (arenitos, grés e alguns calcários detríticos). ii) aquíferos cársicos e porosos, cuja permeabilidade é devida à porosidade secundária resultante da dissolução. São constituídos por calcários e brechas calcárias. iii) aquíferos fissurados, cuja permeabilidade é devida à presença de descontinuidades (porosidade de fractura ­ secundária), materializadas por fracturas, falhas e zonas de alteração. Podem ocorrer em formações constituídas por rochas compactas, tais como, granitos, gneisses, basaltos, calcários e dolomitos. Aquífero livre: Aquífero existente em terrenos permeáveis e que é delimitado por uma superfície piezométrica livre e uma zona não saturada. É uma formação geológica permeável e parcialmente saturada de água. Correspondem a massas de água sub­superficiais cujo nível de água se encontra abaixo do limite superior da formação permeável; o seu nível de água correspondente é denominado por nível freático. Aquífugo: Formação geológica que não contém água nem a pode transmitir. Correspondem a materiais impermeáveis, com baixa ou nula porosidade e que por isso não armazenam água nem a podem fazer circular. São exemplos as formações de rochas compactas, tais como granitos, gneisses e calcários compactos não carsificados onde não ocorre fracturação. Bacia hidrográfica sin. bacia de drenagem: Área ocupada pela drenagem de uma linha água e seus tributários, limitada pela cumeada que divide topograficamente esta área de outra(s) bacia(s)de drenagem vizinhas(s).
Balanço hídrico: Análise comparativa entre as quantidades de água que entram e saem do sistema definido, em geral, uma bacia hidrográfica ou formação aquática tendo em conta as variações das reservas hidrícas, superficiais e subterrâneas, durante um dado período de tempo (usualmente de 1 ano). O balanço hidrico é composto pelas seguintes componentes:
·
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Precipitação
Infiltração
Evapotranpiração
Escoamento superficial O resultado deve ser igual ao total das saídas mais a variação, positiva ou negativa, do volume de água armazenado nessa bacia ou massa de água. Cabeçeira: Lugar onde nasce um curso de água ou parte superior de um rio, próximo da sua nascente. As cabeçeiras também podem ser denominadas por nascentes, fontes ou mananciais. Calcário oolítico: Rocha calcária formada por oólitos cimentados, ou seja, concreções com cerca de 1 mm de diâmetro constituídas por capas concêntricas de carbonato de cálcio em torno de um cropúsculo central. Carsificação: Processo de dissolução de uma rocha que tem como consequência o aumento da permeabilidade, muito comum nas rochas carbonatadas e outras rochas solúveis. Carso: Região de calcários e dolomites, com topografia subterrânea particular devido à dissolução de parte do subsolo, que pode armazenar e escoar grandes quantidades de água. Ciclo hidrológico sin. ciclo da água: Sucessão de fases percorridas pela água num movimento perpétuo ao passar pela atmosfera, superfície, oceanos e evaporação para a atmosfera. Compreende: 1. 2. 3. 4. evaporação a partir do solo, do mar e das águas continentais; condensação na atmosfera e formação das nuvens; retorno à superfície sob a forma de precipitação; acumulação no solo ou nas massas de água, escoamento directo ou retardado para o mar e re­evaporação. Carta geológica: É uma representação gráfica onde são encontradas informações geológicas. Numa carta geológica devem ser mostradas informações sobre as formações rochosas predominantes, as ocorrências minerais conhecidas, falhas geológicas, e outras informações relevantes. Colmatação: Deposição de partículas finas, como argila ou silte, na superfície e nos interstícios de um meio poroso permeável, reduzindo­lhe a permeabilidade.
Diáclase: Fissura, ou junta, que divide os maciços rochosos. As diaclases constituem, em regra, sistemas que se entrecruzam e compartimentam os maciços em blocos paralelipipédicos. Quando se verifica movimento ou deslocação ao longo das diaclases estas transformam­se em falhas. A origem das diaclases pode filiar­se em fenómenos de contracção, verificados nos corpos magmáticos, mas está relacionada, também, com acções de compressão ou de tensão. As diaclases são habitualmente planas, mas também podem evidenciar superficie curva. Dissolução: Reacção química em que as partículas sólidas são misturadas com um líquido passando a fazer parte dele. Drenagem: Remoção da água superficial ou subterrânea de uma determinada zona, por gravidade ou bombagem. Dolina: É uma cavidade ou abertura natural, geralmente circular, típica de relevos cársicos, que comunica com o sistema de drenagem subterrânea. É originada pela dissolução da rocha, podendo apresentar formas diversas, como por exemplo em concha, em selha, em funil. Pode fazer desaparecer da superfície um curso de água. Da coalescência de dolinas próximas resultam depressões de forma complexa ­ uvalas, às vezes de grande extenção – polje (???). Dobra: Estruturas resultantes da interacção de forças na crosta terrestre que provocam a deformação contínua e gradual nas superfícies de estratificação e no interior de camadas rochosas originando superfícies arqueadas e curvadas. O processo de dobramento é uma manifestação da deformação dúctil uma vez que desenvolve­se sem ocorrência de fracturação e a deformação resultante manifesta­se ao longo de toda a estrutura. A análise de dobras, assume uma importância valiosa na elaboração da história da deformação de uma determinada área uma vez que a sua geometria espelha as condições de tensão e deformação existentes na altura de formação. Erosão: Processo ou conjunto de processos, pelo qual os materiais da crusta terrestre são desagregados, dissolvidos ou desgastados, e simultaneamente mobilizados por agentes naturais ­ incluindo a meteorização, corrasão e transporte. Os agentes responsáveis pela erosão são vários: meteóricos (vento, chuva, calor e frio, etc.), mecânicos (correntes hídricas, corrasão devido ao transporte
dos materiais, etc.), biológicos (acção de seres vivos), etc.. Por vezes o termo é utilizado excluindo o transporte. Espeleotemas: Nome genérico das formações minerais encontradas, normalmente, no interior de cavernas a exemplo das estalagtites e estalagmites. Estalagmite: Espeleotema correspondente a uma estrutura ascendente a partir do piso das grutas, originado por sobreposição de películas de carbonato de cálcio precipitado da água que goteja persistentemente nesse local. Apresentam frequentemente forma tubular ou cónica. O espeleotema homólogo que cresce a partir do tecto é a estalactite. Quando estas duas formações se encontram, resulta uma coluna. Estratificação discordante sin. Estratificação entrecruzada; Estratificação inclinada: Estrutura em que se observa discordância angular entre formações contíguas. Estas dizem­se, por isso, discordantes. Noutra acepção, estrutura sedimentar na qual os leitos sedimentares estão inclinados, conforme foram depositados. O mesmo que estratificação entrecruzada ou inclinada. Estratificação: 1) ­ Estrutura primária fundamental nas rochas sedimentares, variando desde estratificação maciça até laminação fina. Passível de ser distinguida das demais por diferenças pela cor, textura, composição e resistência à erosão, sendo responsável pela arquitectura fundamental das rochas sedimentares. 2) ­ Somatório dos aspectos litológicos que caracterizam uma camada, com implicação de que foi depositada sob um conjunto particular de condições, quer uniformes ou sistematicamente variáveis. Estratigrafia: 1) Ramo da geologia que estuda os estratos rochosos. Ocupa­se da sucessão original e relações cronológicas dos estratos, bem como de todas as suas características e atributos, e interpretação referente ao tipo de ambiente ou modo de origem. Alguns corpos rochosos não estratificados são considerados devido a sua associação ou proximidade a estratos rochosos. 2) A disposição dos estratos de acordo com a sua posição geográfica e ordem cronológica de sequência. 3) Soma das características estudadas na estratigrafia; a parte da geologia de uma região pertencente. 4) Termo usado para representar o estudo da geologia histórica. Estalactite: Espeleotema correspondente a uma estrutura pendente dos tectos das grutas, originado pela precipitação de carbonato de cálcio e outros minerais que forma películas sobrepostas nas zonas onde goteja água. Apresentam frequentemente forma tubular ou cónica. O espeleotema homólogo que cresce a partir do piso é a estalagmite. Quando estas duas formações se encontram, resulta uma coluna. Estrato sin. Camada: Os estratos são camadas antigas de sedimentos que consolidaram e formaram rochas sedimentares. O resultado são corpos tabulares, de rocha sedimentar, limitado por superfícies sensivelmente paralelas. Devido aos movimentos das placas tectónicas podem ser deslocados da sua
posição original, e acabarem no alto de relevos numa atitude muito diferente da horizontal em que se depositaram. Na maior parte das vezes os estratos são muito distintos, porque as camadas dos materiais que se foram depositando eram distintas, consoante os sistemas fluviais, clima, etc. Exsurgência: Nascente, em geral de grande caudal, cujas águas provêm da circulação cársica, através de condutas subterrâneas, no interior de maciços rochosos (em geral calcários), sem que anteriormente tenham formado cursos subaéreos (pois neste caso, recebem o nome de ressurgências). Tais nascentes situam­se, quase sempre, na periferia dos maciços calcários, podendo citar­se, como exemplos as nascentes de Alviela, Almonda, etc. As exurgências são também designadas por "olhos de água", fontes vauclusianas, etc. Fissura: Discontinuidade existente nas formações rochosas, que pode servir de caminho para a circulação da água. A abertura das fissuras desempenha um papel fundamental, condicionando fortemente a infiltração e armazenamento da água. As fissuras distinguem­se das fracturas pelas suas menores proporções e das falhas por não se verificar o movimento relativo dos blocos contíguos. O mesmo que fenda. Fóssil característico: Fóssil susceptível de fornecer indicações, quer quanto à idade, quer quanto à fácies dos terrenos que o contêm. Os primeiros dizem­se fósseis de idade; os segundos, fósseis de fácies. Os fósseis de idade possuem como características a ampla distribuição geográfica e a pequena longevidade, isto é, são constituídos por formas que tiveram período de grande expansão geográfica mas experimentaram evolução biológica rápida, de modo que apenas se encontram em pequena espessura de sedimentos e faltam totalmente nos que se lhes sobrepõem e nos que lhes estão subjacentes. Os fósseis de fácies são os que fornecem indicações, quer quanto ao meio em que viveram as formas vivas de que derivaram, quer quanto às condições de formação dos terrenos que os contêm. Galeria: Em espeleologia refere­se a conduta penetrável, alongada principalmente no sentido horizontal. Geologia: É o ramo das Ciências Naturais que trata da Terra no que diz respeito às suas: origem e evolução, composição e estrutura, materiais e evolução da vida. Inclui os seguintes ramos: Geofísica, Geoquímica, Paleontologia, Geologia estrutural, Mineralogia, Petrologia, Sedimentologia, Estratigrafia e Geohistórica, Sismologia, Geotecnia, Hidrogeologia, Geologia do Petróleo. Supõe­se que o termo terá sido primeiramente utilizado em escritos de dois cientistas de origem suiça, Jean André de Luc e S. B. Saussure, em 1778. Geomorfologia: Ramo das Geociências que trata da origem e alteração da estrutura e forma da superfície da terra.
Gruta: Cavidade natural subterrânea, formadas pela acção da água no decorrer de milhões de anos. São muito comuns em regiões calcárias, apresentando formações calcárias de rara beleza, tais como estalagmites e estalactites. Hidrogeologia: É o ramo da hidrologia que estuda a água subterrânea, em especial a sua relação com o ambiente geológico. É uma das Ciências da Terra, mas tem forte conotação de Engenharia; subdivide­se em: Hidrogeoquímica; Hidrogeomecânica; Geohidrologia; Litohidrologia; Metodologia. Trata das condições geológicas e hidrológicas, com base nas leis da Física e da Química, que regem a origem, a distribuição e as interações das águas subterrâneas; as intervenções humanas devem basear­se na aplicação de tais conhecimentos: prospecção, captação, protecção. O termo existe desde 1802 (Lamarck) e foi considerada como ciência desde 1856 (Darcy); actualmente a conotação ambiental é a mais importante. Isóbata: Linha que une pontos de igual profundidade de nível freático. Isópaca: Linha que une pontos de igual espessura de determinada formação geológica. Isopieza: Linha que une pontos de igual nível piezométrico. Lapiás: Campos desertos de pedra, gretados, com canalizações produzidas pela corrosão química da rocha, ao entrar em contacto com a água da chuva ou fusão da neve. A água infiltra­se rapidamente para o subsolo e não existe escorrência. São muito características do modelado cársico. As depressões podem variar na sua dimensão desde poucos milímetros a mais de um metro, e geralmente encontram­se separadas umas das outras por arestas aguçadas, dependendo da sua génese (lapiás gerados no subsolo tendem a assumir formas mais adoçadas e maiores, ao contrário de lapiás gerados à superfície). Algumas formas de lapiás são o lapiás alveolar, o lapiás de parede, o lapiás subterrâneo e o lapiás de tecto. Podem eventualmente gerar grandes estruturas geomorfológicas denominadas campos de lapiás. Limite Hidrogeológico: Descontinuidade lateral em estruturas geológicas que resulta da transição de uma formação aquífera para uma outra formação, com propriedades hidrogeológicas sensivelmente diferentes. Litologia: Característica física de uma rocha que inclui a composição mineral, distribuição e tamanho dos grãos, estrutura e grau de compactação dos sedimentos ou rocha Meteorização química: Conjunto dos processos que conduzem à decomposição das rochas. Ocorrem importantes alterações na composição química e mineralógica das rochas. Verifica­se aumento do volume dos compostos secundários comparativamente aos compostos primários.
Nascente: Local da superfície topográfica onde emerge, naturalmente, uma quantidade apreciável de água subterrânea. Estes locais representam descargas naturais dos aquíferos que alimentam normalmente os cursos de água, podendo eventualmente ser utilizadas para consumo humano, rega, etc. através de obras de captação. O mesmo que fonte. Nascente cársica: Rio que nasce numa nascente cársica ou que flui através de uma região cársica Poço artesiano: O termo artesiano aplica­se a toda a situação em que a água subterrânea ressurge num poço a um nível acima do que era inicialmente esperado. Para que esta situação aconteça é necessário que a água esteja confinada num aquífero que seja inclinado a partir da zona onde é alimentado (zona de recarga) e que as camadas acima e abaixo deste sejam impermeáveis, o que impede que a água se escape. Quando uma camada do aquífero é perfurada, a pressão resultante do peso da água que se encontra ao nível superior pode obrigar a água a sair em repuxo, atingindo uma altura próxima do nível superior do aquífero. Contudo o atrito da água com as paredes do aquífero reduz o valor desta pressão. Quanto maior for a distância da zona de recarga (zona onde a água penetra no aquífero inclinado), maior será o atrito e menor o repuxo provocado pela pressão de água. Pluma de Contaminação: Massa de água contaminada que circula desde o foco de contaminação até outro ponto, com a direcção e sentido do fluxo subterrâneo. A forma e movimento da massa de água contaminada é afectada pela geologia local, materiais presentes na pluma, características da água subterrânea em questão e dispersão e difusão hidrodinâmica do meio. Polje: É uma depressão de origem cársica, fechada, de grandes dimensões, contornos irregulares, vertentes inclinadas e fundo plano. Frequentemente é percorrida por um curso de água, temporariamente superficial, que desaparece num sumidouro. A sua origem pode resultar da coalescência de dolinas próximas ou de acidentes tectónicos. Como é um vale sem saídas, pode ser inundado temporária ou permanentemente transformando­se num lago. Pseudo­carso: Termo aplicado a regiões não ou pouco carsificáveis, que apresentam formas análogas às encontradas num carso. Princípio da continuidade: Princípio que determina que uma camada limitada por uma base (muro) e um topo (tecto), definida por uma determinada fácies, tem a mesma idade em toda a sua extensão lateral. Sedimentação: Processo de formação e acumulação de partículas sedimentares em camadas, incluindo os processos de separação das partículas do material donde derivam, de transporte destas partículas até ao local de deposição, de deposição das partículas, de diagénese e de consolidação dessas mesmas partículas.
Sala: Termo de espeleologia referente a espaço subterrâneo de grande superfície horizontal, no qual todas as dimensões são maiores que as das vias de acesso. Sumidouro: Cavidade ou abertura natural numa região calcária, que comunica com o sistema de drenagem subterrânea, originada pela dissolução da rocha.e que, por vezes, pode fazer desaparecer um curso de água da superfície. Terra rossa: Solo residual de cor avermelhada resultante da acumulação de certos componentes (argila, areia fina, óxidos de ferro) derivados da dissolução de carbonatos. Aparece como um manto alteração de rochas carbonatadas, típico de áreas de carso. Tectónica: Ramo da geologia que tem como objecto de estudo o movimento e deformação das rochas da crusta terrestre e as consequências estruturais. Traçador: Substância facilmente detectável adicionada à água subterrânea em pequenas quantidades, para determinar a velocidade, direcção e sentido do seu movimento, bem como as características do meio, designadamente a porosidade e a permeabilidade. Os traçadores podem ser injectados propositadamente, provenientes de acções naturais não controladas como é o caso das contaminações urbanas e industriais, ou ter uma origem natural como é o caso de alguns radioisótopos. O movimento dos traçadores nem sempre é simples, estando sujeito a fenómenos de dispersão, interacção com as formações litológicas e a fenómenos de destruição, quer por desintegração radioactiva quer por instabilidade química. O traçador ideal deve circular à mesma velocidade da água subterrânea, ser facilmente detectável e medido, ser estável química e biologicamente e não contaminar o aquífero permanentemente depois do ensaio, entre outras características. Uvala: Depressão fechada formada pela coalescência de várias dolinas. Geralmente de fundo irregular e vertentes inclinadas herdadas das dolinas. Pode ser considerado um pequeno polje. Vale glaciário sin. Vale glaciar: Vale de vertentes abruptas e secção com forma de U, com evidências erosão glacial. Um dos exemplos mais conhecidos em Portugal encontra­se junto a Manteigas, na Serra da Estrela. (Fontes: http://www.georoteiros.pt/ e http://e­geo.ineti.pt/ )