Edição n° 5. Ano 2011

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Informativo do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - HUBFS.
Ano III● n.º: 05 ● Agosto, 2011.
Implante coclear
oferece apoio
psicológico
O objetivo é acolher as
possíveis angústias
dos pacientes e seus
familiares envolvidos
com o implante
c o c l e a r .
O
atendimento
multiprofissional
garante também
acompanhamento
com fonoaudióloga.
Pág. 04
Bettina Ferro fará
transplante de córnea
O procedimento deve acontecer neste semestre e será o
primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário
na Amazônia. O Bettina aguarda publicação de
credenciamento do Ministério da Sáude para iniciar os
trabalhos na área. Com a iniciativa, por meio do HUBFS, a
UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes.
Pág. 05
HUBFS e TJE
firmam parceria
O Bettina está
integrado ao projeto de
reinserção social
vinculado à Vara de
Justiça de Penas
Alternativas da Região
Metropolitana de
Belém. Consiste em
receber pessoas que
cumprem penas
alternativas para
atuarem dentro do
hospital a partir deste
semestre. Pág. 06
Reuniões planejam
ações estratégicas
O HUBFS fez o Mapa
Estratégico de Projetos
do Hospital, incluído
n o P l a n o d e
Durante reunião o reitor da UFPA, direção do Bettina e representantes de órgãos
públicos celebram a parceria
Desenvolvimento
Institucional (PDI) da
UFPA para os anos de
2011 e 2015. Além
disso, elabora novo
Organograma e
Regimento Interno,
reativa comissões e
avalia desempenho
dos serviços do
hospital. A finalidade
é melhorar os serviços prestados à população e a
qualidade de vida dos servidores. Pág. 08
Editorial
O médico e sociológo Paulo Amorim, que
assumiu este ano a direção geral do hospital,
fala das metas e compromissos assumidos
ressaltando projetos que serão incorporados e
destaca outros já existentes, que orgulham a
gestão. Pág. 02
Página 02
EDITORIAL
Humanização norteia
proposta da gestão
Na ocasião em
que nossa gestão tomava
posse, há sete
meses,
lembro
q u e
àquela
altura
asseguramos que o Hospital
Bettina Ferro necessitava de um
corpo profissional que soubesse
e gostasse de lidar com
pacientes, alunos, médicos
residentes, razões de sua
existência. Desta forma,
marcávamos o direcionamento
à humanização, norte de nossa
proposta, aliada a outros dois
grandes princípios: a
colegialidade e o controle
interno.
Evidentemente, esse olhar
organizacional especial
assegurará repercussões
imensas na qualidade da
assistência e financiamento do
hospital, sem menor
preocupação para com o ensino.
É importante lembrar que o
binômio ensino-assistência tem
que se definir pela sua
equivalência, posto que a
produção científica gerada nos
serviços é o seu maior fator de
fortalecimento.
No que pese dissabores
vivenciados inicialmente, e,
provavelmente por
consequência a esses princípios
inalienáveis, encontramos
grande receptividade por
aqueles que surpresos pela
novidade aceitaram o convite de
darmos as mãos e
demonstrarmos que o Hospital
Bettina tem grandes histórias
ainda não contadas. Nelas a
tônica, seguramente, será o bem
comum e não o maniqueísmo
dos grupos de dominação.
Desta forma, esse trabalho
conjunto tem assegurado
inestimáveis avanços, como a
reorganização do Bloco
Cirúrgico, do Pronto
Atendimento e do Serviço de
C r e s c i m e n t o
e
Desenvolvimento. Em período
breve essa união mostrou que é
possível o aumento do número
d e p roc e d ime nt os e , p or
consequência, a arrecadação
dentro de um agradável
ambiente de trabalho e
convivência. Alterações técnicas
são implementadas e serão
todas as vezes que significarem
melhoras coletivas,
especialmente junto ao objeto
maior do hospital: o paciente.
Novos serviços e
procedimentos estão chegando,
como o estudo dos distúrbios do
sono no Serviço de
Otorrinolaringologia, cujo
equipamento foi recentemente
adquirido; e o tratamento
cirúrgico dos lábios palatinos,
por meio de convênio com a
Secretaria Estadual de Saúde
pela absorção de pessoal
especializado do Hospital Ophir
Loyola.
Além disso, vamos alcançar
tão almejado sonho de
realização de transplantes de
córnea, para o qual a equipe e o
Serviço de Oftalmologia já se
encontram devidamente
autorizados pelo Sistema
Nacional de Transplantes
(SNT). Levantamento técnico
do HUBFS revela índices que
nos permitem participar da
discussão que envolve a
complexa problemática da
realização de transplantes de
órgãos no Pará. A iniciativa do
Bettina foi abraçada pela
Reitoria da UFPA e é vista com
bons olhos pelo SNT.
Recebemos ainda apoio do
Governo do Estado do Pará na
resolução desse desafio.
Por outro lado, não mediremos esforços na qualificação de
nosso pessoal através da inclusão de seu quadro técnico e residentes nos cursos strictu sensu
da própria UFPA ou na criação
deles pela nossa Assessoria Científica, criada recentemente,
preparando, assim, massa crítica de pesquisadores que
venham constituir linhas de
investigações reconhecidas nacionalmente.
Através do Programa Nacional de Assistência Estudantil
(Pnaes) e em parceria com a
Pró-Reitoria de Extensão da
Universidade Federal do Pará
(Proex) ampliamos a assistência
aos estudantes de nossa estimada Universidade, os quais historicamente encontram dificuldades de acesso ao atendimento
médico público ou privado.
Esses projetos serão
incorporados a outros tantos já
existentes como o implante
coclear, ora em processo de
expansão, e outros
procedimentos de alta
complexidade que tanto nos
orgulham.
Professor doutor e sociólogo Paulo Amorim
assumiu a direção geral do HUBFS em janeiro
de 2011. Deixou o cargo o professor doutor
Murilo Morhy. E-mail: [email protected]
Expediente: Hospital Universitário Betttina Ferro - Campus IV da UFPA Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá (com aceso pela Avenida Perimetral
Terra Firme) - Belém – PA Telefones: 3201.7825/3201.7656. Ano III – Nº 5 Agosto/2011. Gestão: Reitor: Carlos Maneschy – Vice-Reitor:
Horácio Schneider – Diretor geral: Paulo Amorim. Edição e textos: Cleide Magalhães - Jornalista - 1563 DRT/PA – Colaboração: Glauce
Monteiro – Ascom/UFPA. Fotos: Cleide Magalhães e Karol Khaled. Estagiário de Jornalismo/UFPA: João Carvalho. Projeto Gráfico:
Cleide Magalhães. Home Page: http://www.ufpa.br/bettina - www.twitter.com/hospitalbettina E-mails: [email protected] e
[email protected] . Tiragem: 1.000 mil exemplares Diagramação: Joval Figueiredo. Impressão: Gráfica Amazônia.
Página 03
CURTAS
Será feito arranjo nas atividades dos enfermeiros para realizarem a pós-graduação.
A expectativa é que até 2012 todos sejam beneficiados
Mestrado
Servidor recebe apoio para
realizar pós-graduação
Representantes do Programa
de Pós-graduação em Biologia de
Agentes Infecciosos e
Parasitários (PPG-BAIP) do
Instituto de Ciências Biológicas
da UFPA reuniram com direção e
enfermeiras do hospital para
explicar sobre o programa. O
encontro aconteceu na sala do
Planejamento, em junho, e
atendeu ao convite feito pela
direção geral do Hospital
Bettina, a qual garante apoio às
(aos) enfermeiras (os). “Somos
sensíveis e temos interesse que
todos busquem a pós-graduação.
Vamos fazer arranjo nas
atividades para que consigam
fazer o mestrado”, disse diretor
geral do HUBFS.
O objetivo principal do
programa é formar recursos
humanos na grande área da
Microbiologia, especificamente
em Bacteriologia, Helmintologia,
Protozoologia, Virologia e
Micologia, utilizando a
abordagem da Imunologia, da
Epidemiologia e da Biologia
Molecular, com o intuito de
aprimorar não somente os
recém-graduado das
universidades locais, como
também para aqueles que fazem
parte das instituições Amazônidas
que buscam o amadurecimento
profissional por meio de uma pósgraduação formal.
Segundo Jeannie Santos, coordenadora do PPG-BAIP, o edital
será lançado em novembro deste
ano e as pessoas interessadas já
podem contactar antes com os
orientadores em potencial do
programa para elaborar seu
projeto. O vice-coordenador do
PPG-BAIP, Ricardo Ishak, também esteve na reunião.
Vagas - A chefe de Enfermagem
do Bettina, Tereza Martins, afirma
que a iniciativa vai ajudar a
melhorar o atendimento no
hospital e ampliar o conhecimento
dos profissionais. Informa que
entre os cerca de 30 enfermeiros,
20 deles ainda não têm mestrado.
“Os interessados estão em plena
atividade na elaboração do
projeto. Entre 5 e 10 vagas serão
distribuídas em 2011 e para 2012
serão 10, mas isso não impede que
o enfermeiro se inscreva no
processo regular e especial. Todos
serão beneficiados”. Mais
informação: www.baip.ufpa.br
Residentes
A direção do HUBFS fechou
parceria com a Secretaria
Estadual de Saúde para
garantir a qualificação dos 20
médicos residentes em
Otorrinolaringologia e
Oftalmologia. A residência
médica dentro e fora do Pará,
que este ano envolve recursos
de R$ 330 mil, é mantida há
sete anos e considerada pela
direção do hospital como um
pilar importante na formação
nos médicos. O orçamento é
do próprio Bettina e foi
aprovado na Lei
Orçamentária Anual, do
Ministério da Educação. Os
principais destinos dos
médicos residentes para
qualificação em simpósios,
congressos e cursos são Rio
de Janeiro, São Paulo, Minas
Gerais e Bahia.
Pnaes
Para tentar ajudar a garantir
condições de permanência
dos estudantes nas
Instituições Federais de
Ensino Superior, o HUBFS se
inseriu no Programa
Nacional de Assistência
Estudantil (Pnaes) e se
comprometeu em garantir
atendimento médico aos
estudantes da UFPA. O
serviço é planejado e será
implementado de forma
coletiva ainda este ano. A
estimativa é que aconteçam
600 atendimentos ao mês. O
Pnaes foi implementado em
2007 e objetiva manter
condições de permanência
dos estudantes, em especial
os que têm baixa renda e
vivem situação de
v u l n e r a b i l i d a d e
socioeconômica.
Galeria
Para saber mais sobre a
história do Hospital Betttina,
conheça a Galeria de
Diretores do HUBFS,
disponibilizada no nosso site
www.bettina.ufpa.br
Página 04
Implante coclear garante apoio psicológico
O programa de Implante
Coclear do Serviço de
Otorrinolaringologia do
HUBFS ganha força a cada
dia. A Pró-Reitoria de
Extensão (Proex) da UFPA
aprovou o projeto de
acompanhamento
psicológico aos implantados
e seus familiares, elaborado
por Maria Tereza Nassar,
mestre em Psicologia
Clínica, que já atua junto à
equipe multidisciplinar do
“ouvido biônico”,
denominação popular pela
qual o implante é conhecido.
Segundo a psicóloga, o
objetivo do projeto é acolher
as possíveis angústias dos
pacientes e seus familiares
envolvidos com o implante
coclear e leva em
consideração problemas
emocionais que se
desencadeiam não somente
com a perda total da audição
do paciente, mas também
com a perspectiva de
submeter-se à cirurgia e,
consequentemente, à
efetivação do implante
coclear.
Acompanhamento - “É
feito desde a tomada de
decisão da pessoa a fazer o
implante, até a fase de
habilitação e adaptação ao
aparelho implantado. De um
modo geral, todo
procedimento cirúrgico
mobiliza expectativas e
angústias que variam em
intensidade de um paciente
para outro. Contudo, na
medida em que vão se
conscientizando dos
benefícios e das vantagens
que obterão com o implante,
paulatinamente, a angústia
se transforma em uma
expectativa boa e
esperança”.
Além do acompanhamento psicológico, a equipe médica multidisciplinar do Bettina garante
apoio fonoaudiólog0 até o paciente obter audição satisfatória
Nesse contexto, os familiares
dos pacientes têm importância
fundamental. Eles serão
convocados a participar de
forma efetiva no processo. “O
paciente precisa saber e sentir
que conta com sua família e que
tem seu apoio, mesmo porque o
pós-operatório demanda
cuidados físicos ao paciente. A
família é uma retaguarda da qual
não se pode prescindir”,
considera a psicóloga.
Apoio - À elaboração do
projeto, Maria Nassar ressalta
que teve o apoio de toda a equipe
do Projeto de Implante Coclear
do HUBFS e que a partir dele
surge ainda oportunidade de
desenvolver pesquisas e,
consequentemente, a produção
de trabalhos científicos. “Abrese um campo para a extensão na
UFPA com a disponibilidade de
bolsas via Programa
Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica para alunos
que vão participar das atividades
- sejam estas individuais e de
grupo, bem como no registro e
organização de dados para
estudos e pesquisas
posteriores”.
Reabilitação - Depois de
receber o implante, o paciente
realiza ainda a reabilitação
audiológica e auditiva com a
fonoaudióloga Cintia
Yamaguchi. “Eles começam a
aprender a ouvir os novos sons.
Os ajustes periódicos nos
equipamentos acontecem todos
os meses e se prolonga na
medida que eles obtêm o nível de
audição satisfatória”, esclarece
Cintia.
Implante - Hoje mais de 50
pessoas são avaliadas pelo
Serviço de Otorrinolaringologia
para receber o implante. Até
julho, aconteceram 14 cirurgias
com pessoas que perderam a
audição, mas aprenderam a falar
e possuem memória auditiva. O
implante trata-se de um
dispositivo eletrônico que capta
os sons e os transmitem ao
cérebro, por eletrodos. A
coordenação é do doutor e
professor José Cláudio Cordeiro.
Com o procedimento, Belém se
tornou a primeira capital
credenciada pelo Ministério da
Saúde a oferecer esse serviço à
população da Região Norte do
Brasil.
Página 05
Referência estadual na área de
Oftalmologia, o Hospital Bettina
vai realizar transplantes de
córnea a partir deste semestre.
Atualmente, mais de 600
pacientes aguardam na fila para
realizar o procedimento. A
espera que no Pará, em média,
era de três a quatro anos, deverá
desaparecer até o final de 2013,
graças à expansão do sistema de
transplantes do Estado e à
adesão do HUBFS ao sistema.
Em reunião, ocorrida em
junho, com o reitor da UFPA,
C a r l o s M a n e s c h y ,
representantes das Secretarias
Municipal e Estadual de Saúde
celebraram o que nomearam
como a “correção de uma
distorção histórica”.
“O Hospital Bettina, como
centro de excelência em
Oftalmologia apenas não fazia o
transplante, que, por sua vez,
precisava ser feito em locais que
não tinham a mesma
infraestrutura na área. Agora,
nossos pacientes poderão
realizar todo o tratamento e o
acompanhamento póstransplante no mesmo lugar
onde serão transplantados”,
refletiu André Rodrigues,
coordenador estadual de
Transplantes da Secretaria
Estadual de Saúde.
“Nosso objetivo é reduzir pela
metade a fila de espera até o final
de 2011 e, até 2013, no máximo,
alcançar o status de fila zero
para transplante de córnea no
Estado”, revelou o coordenador.
O Pará é referência regional na
realização de transplantes e, na
Região Norte, são realizados 2%
dos transplantes no Brasil, mas
eles ainda são praticamente
restritos a transplantes de
córnea e rim.
Hoje, na rede pública paraense apenas o Hospital Ofir Loyola
realiza transplantes de córnea.
O Bettina Ferro aguarda publicação do edital de credenciamento do Ministério da Saúde
no Diário Oficial da União para
Bettina fará transplante de córnea
Membros do Grupo de Médicos Amazônia Transplante apresentam projeto à
direção do Hospital Bettina, que passou a ser parceiro recebendo apoio da
Reitoria da UFPA
iniciar os trabalhos na área.
O primeiro transplante de
córnea a ser realizado no
HUBFS deve acontecer neste
semestre e será o primeiro
transplante realizado por um
Hospital Universitário na
Amazônia. “Estamos com tudo
pronto. Nossa equipe foi
capacitada e os equipamentos
estão chegando”, conta Paulo
Amorim, diretor geral do
Bettina.
“Este é um momento histórico que marca a atuação da
UFPA, por meio dos seus
Hospitais Universitários, no
Pará. Este tipo de transplante é
o primeiro e, certamente, há a
possibilidade de expandir nossa
atuação em outras áreas médicas, devido a nossa qualidade de
profissionais e o próprio legado
histórico”, definiu o reitor.
Parceria – Com a iniciativa, a
UFPA tornou-se parceira no
projeto Amazônia Transplantes
– Hospital Regional Amazônico
de Transplantes e será uma das
responsáveis pela assistência
médica, ensino e pesquisa
garantindo a formação de
futuras gerações de
transplantadores na Amazônia.
O projeto visa desenvolver um
Programa de Transplantes de
Órgãos e Tecidos para atender a
Região Norte do País. A ação
resultará no aumento do acesso
de pacientes pela
descentralização de atividades,
na regionalização dos
procedimentos mais
complexos e aumento no
número de doadores falecidos
efetivos desenvolvendo
organização de procura de
órgãos.
Grupo - Os membros do
Grupo de Médicos Amazônia
Transplante também estiveram
na reunião e apresentaram o
projeto, que recebeu apoio da
UFPA. “O reitor solicitou que o
grupo deixe o projeto mais
completo para ajudar na busca
de apoio no Estado e de
parlamentares em Brasília",
disse Paulo Amorim, que está à
frente da ação de melhorias do
projeto.
Médicos - Os médicos que
fazem parte do grupo são
Maurício Aiasi e Márcia Iasi, do
Hospital Metropolitano de
Urgência e Emergência; Paulo
Soares, do Hospital Ophir
Loyola e Universidade do
Estado do Pará; e André
Rodrigues, da Central de
Notificação, Captação e
Distribuição de Órgãos do
Estado.
Página 06
HUBFS e TJE iniciam projeto de reinserção social
A parceria foi firmada há quatro meses e o projeto apresentado aos servidores
do Bettina por meio de palestra
O Hospital Bettina está
integrado ao projeto de
reinserção social vinculado à
Vara de Justiça de Penas
Alternativas da Região
Metropolitana de Belém, que
consiste em receber pessoas
que cumprem penas
alternativas e vão atuar dentro
do hospital a partir deste ano.
Os serviços prestados variam
desde a limpeza ao auxílio
administrativo e depende da
decisão do hospital e
qualificação profissional do
cumpridor. A parceria foi
firmada há quatro meses e o
projeto apresentado aos
servidores do Bettina por meio
de palestra.
Lorena Vale, assessora da
Vara de Justiça, explica como
será ministrado o trabalho. “O
monitoramento dos
cumpridores de penas será
feito por meio de uma
frequência que o hospital vai
expedir até o dia 10 de cada
mês. O setor de atendimento
interdisciplinar, loteado
dentro da Vara, é responsável
pelo encaminhamento dos
infratores e fará visitas
inspecionais periódicas ao
hospital para checagem de
rendimento e frequência”.
Segundo a assessora, a
importância de ter um
parceiro do ramo hospitalar
facilita boa parte da demanda
dos que irão prestar os
serviços. Ela considera ainda
que a diversidade de
atividades e a localização do
Hospital Bettina são outros
pontos importantes.
O diretor geral do HUBFS,
Paulo Amorim, afirmou que a
parceria vai ao encontro às
políticas do hospital,
principalmente a de
humanização. “A pena
alternativa é o principal
instrumento da humanização
no sistema penal e isso está
relacionado às nossas políticas
de humanização. É
importante as instituições
públicas participem do
processo de reinserção das
pessoas que cumprem penas
alternativas no Estado. Vamos
receber pessoas que
constituem complexidade
menor, sem periculosidade e
enquadrá-las no hospital por
meio do setor de Assistência
Social”.
Escalpelados - Mais
parcerias deverão ser
firmadas na medida em que o
HUBFS discute com membros
da Comissão Estadual de
E r r a d i c a ç ã o d o
Escalpelamento a
possibilidade de abrir um
canal de atendimento às
vítimas de escalpelamento no
Estado para consultas nos
Serviços de Oftalmologia e
Otorrinolaringologia. Para a
assistente social da comissão,
Helena Maria Costa, a
parceria é importante porque
estão cadastradas 130 vítimas
e muitas delas tiveram a
audição e visão afetadas na
ocasião do acidente. A direção
demonstrou estar sensível à
causa e disse que o hospital
está de portas abertas para
atender às vítimas, seguindo
aos trâmites do SUS.
Palestras - A comunidade
também recebe atenção no
Hospital. Para promover a
interação entre o aluno de
Farmácia da UFPA e o
usuário, informações são
levadas sobre diversos temas
na área da saúde são levadas à
população ajudando a
promover a educação
sanitária, conscientizar a
comunidade
a adquirir
hábitos que melhorem a saúde
e evitam doença. São esses os
principais objetivos dos ciclos
de palestras educativas que
ocorrem, gratuitamente, a
cada três semanas, em
especial às terças-feiras, pela
manhã, na Ala C do HUBFS,
ministradas pelos alunos do
curso de Farmácia da UFPA,
sob a supervisão da professora
Luana Queiroz, da Faculdade
de Farmácia do Instituto de
Ciências da Saúde (ICS).
Página 07
Hospital é piloto no aplicativo de gestão do País
O HUBFS é um dos
hospitais pilotos no País à
implementação do Aplicativo
de Gestão para Hospitais
Universitários (AGHU), do
Programa de Reestruturação
dos Hospitais Universitários
Federais (Rehuf).
A iniciativa padronizará as
práticas administrativas e
assistenciais do hospital, por
meio do qual será feito o
cadastro do paciente, a
internação e prescrição médica
e hospitalar garantindo
confiabilidade e informação
precisa sobre o paciente,
através do prontuário
eletrônico. A previsão é todos
os 13 módulos do AGHU sejam
concluídos até 2012.
Segundo Ana Brito,
coordenadora do Núcleo de
Planejamento, o Bettina já fez
o módulo de internação de
paciente no Hospital Dia, onde
ficam as enfermarias e as duas
salas cirúrgicas do Bettina, e
realiza o cadastro básico da
prescrição, que faz parte do
segundo módulo. À
implantação deste, o setor de
Informática já instalou quatro
computadores utilizados no
procedimento.
No programa consta que o
Ministério da Educação vai
qualificar os servidores, em
especial médicos e
enfermeiros, por meio de
videoconferências, chats,
fóruns, entre outros.
Cadastro – Mais de 200 mil
pessoas já estão cadastradas
no novo banco de dados do
HUBFS do AGHU. Os usuários
também podem ajudar o
hospital na atualização dos
dados levando seus
documentos e os de seus filhos
quando forem ao Hospital
Bettina receber atendimento.
O aplicativo gera um novo
número de identificação e
prontuário do paciente.
Prontuário - Concluído o
projeto de Reorganização do
Fluxo e Manuseio dos
Prontuários e Recepção, que
renova o encaminhamento de
prontuários entre as alas do
hospital garantindo facilidade
no andamento dos dados de
cada usuário. Constantes
reuniões à efetivação total do
programa aconteceram
envolvendo membros da
Coordenação Assistencial,
Setor de Planejamento,
Serviço de Atendimento
Médico e Estatística (Same),
além das alas de Oftalmologia,
Otorrinolaringologia,
Caminhar e Ginecologia. À
frente da equipe estavam
Roselis Gonçalves e Ana Brito,
coordenadoras Assistencial e
do Núcleo de Planejamento,
respectivamente. Em julho, o
diretor geral assinou a
primeira Norma Técnica da
gestão sobre o assunto.
Exames - Para aprimorar o
processo de requerimento e
entrega de exames foi criada,
recentemente, a Central de
Regulação de Exames do
Bettina Ferro. Um
departamento foi efetivado
para trabalhar na criação de
protocolo que normatiza a
solicitação de exames e
entrega do resultado aos
usuários o mais breve possível.
“Queremos beneficiar o
paciente e melhorar a imagem
do Bettina mostrando a
responsabilidade que precisa
haver no serviço público,
dando maior qualidade à
gestão”, disse o coordenador
técnico do HUBFS, Wallace
No Hospital Dia o novo aplicativo de
gestão já é utilizado pelas enfermeiras
para controle dos leitos à internação de
pacientes
Santos, que está à frente da
implantação da central.
Boletim – A partir de 1º de
junho deste ano, todos os
usuários que tiverem retorno
marcado à realização de
qualquer tipo de atendimento
e procedimento no hospital
devem comparecer munidos
de cópias de documentos, que
apresentam informações
imprescindíveis ao Boletim
Individual do Paciente (BPAI). A medida atende à Portaria
380, de 12/08/2010, da
Secretaria de Atenção à Saúde,
do Ministério da Saúde, e
altera a forma de cobrança no
atendimento de todos
pacientes dos hospitais
conveniados ao SUS do Brasil.
Os hospitais devem registrar o
atendimento e procedimento
do paciente no BPA-I em
substituição ao atual, o BPA
Consolidado (BPA-C). A
finalidade é proporcionar
melhorias na captação do
registro, de forma
individualizada e subsidiar os
gestores na pactuação dos
indicadores de saúde,
juntamente com a viabilização
d a a u t o r i z a ç ã o ,
processamento e faturamento
do HUBFS.
Política
Página 08
Gestão planeja ações estratégicas
O Hospital Bettina está
inserido no Plano de
Desenvolvimento Institucional
(PDI) da UFPA para os anos de
2011 e 2015, que vai ser
submetido à aprovação em
agosto pelo Conselho
Universitário (Consun).
Para ajudar na elaboração
final do Plano a direção do
HUBFS apresentou o Mapa
Estratégico de Projetos do
Hospital durante o II
Workshop de Planejamento
Estratégico, em junho, no hotel
Beira Rio. O documento
descreve 14 projetos
envolvendo as três grandes
áreas do Bettina que servem de
referência no Pará –
O f t a l m o l o g i a ,
Otorrinolaringologia e
C r e s c i m e n t o
e
Desenvolvimento Infantil - e
mostra os resultados
esperados.
Com a inclusão desses
Mapa Estratégico, novo Organograma, Regimento Interno e comissões internas
são assuntos imprescindíveis discutidos pelos gestores
projetos significa dizer, na
visão do diretor geral do
Bettina, Paulo Amorim, que a
Reitoria da UFPA está com
atenção também voltada para o
hospital e mostra a participação
efetiva na construção política e
estratégica da UFPA. “Vemos
que o Bettina está cada vez mais
integrado a UFPA. Para o
próximo PDI queremos discutir
o apoio institucional e a política
de assistência para os hospitais
universitários. Para isso, vamos
participar de todas as etapas de
elaboração do Plano”.
PDI - O PDI é um documento
por meio do qual a instituição
diz para si mesma o que espera
do futuro. É nele que a comunidade universitária tem oportunidade de lançar, tendo para si
a experiência do passado e o
conhecimento do presente, os
caminhos a seguir como instituição.
Comissão elabora novo organograma e regimento
Elaborar e aprovar junto ao
Consun o novo Organograma e
Regimento Interno do Hospital
Bettina até março de 2012. É a
tarefa enfrenta por gestores do
Bettina que realizam encontros
permanentes. A equipe é
formada por membros da
direção e coordenadorias, que
contam com apoio do professor
da UFPA Afonso Medeiros,
relator do atual estatuto e
regimento interno da
Universidade e presidente da
Câmara de Legislação e Normas
do Consun.
Passos - Os passos iniciais
dados, seguindo orientação de
Afonso, é elaborar diagnóstico
do hospital com foco em três
pontos: solicitação, avaliação e
solução tanto no atendimento
interno quanto externo e suas
dimensões envolvem os níveis
que há no planejamento,
execução e avaliação.
“O que não se enquadrar nos
três pontos é obesidade
desnecessária e engordam o
peso burocrático. Precisamos
pensar em simplicidade e
economia e ter clareza que o
Bettina tem como público o
usuário e o aluno oferecendo
uma estrutura que os
privilegiem. O ritmo do trabalho
vai depender do empenho do
grupo, para que as propostas
sejam levadas ao Consun”,
afirmou o professor.
Comissões - O HUBFS reativa
suas Comissões de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) e
Ética Médica. A ação busca
aprimorar os serviços prestados
ao ambiente hospitalar
b e n e f i c i a n d o s e r vi d o r e s e
usuários. A reativação das
comissões consta no Regimento
Interno. A patologista Maria
Cristina Celeira é a presidente da
Comissão de Ética Médica. Ainda
este ano a CCIH terá dirigente.
Reunião – A direção participa
ainda de reunião mensal com as
coordenações dos serviços de
Otorrinolaringologia,
Oftalmologia e Caminhar. O
objetivo é avaliar o desempenho
dos serviços clínicos e a
Coordenadoria Assistencial
visando otimizar a produção dos
procedimentos clínicos e
cirúrgicos e definir metas de
expansão dos atuais
procedimentos.
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