Informativo do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - HUBFS. Ano III● n.º: 05 ● Agosto, 2011. Implante coclear oferece apoio psicológico O objetivo é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos com o implante c o c l e a r . O atendimento multiprofissional garante também acompanhamento com fonoaudióloga. Pág. 04 Bettina Ferro fará transplante de córnea O procedimento deve acontecer neste semestre e será o primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário na Amazônia. O Bettina aguarda publicação de credenciamento do Ministério da Sáude para iniciar os trabalhos na área. Com a iniciativa, por meio do HUBFS, a UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes. Pág. 05 HUBFS e TJE firmam parceria O Bettina está integrado ao projeto de reinserção social vinculado à Vara de Justiça de Penas Alternativas da Região Metropolitana de Belém. Consiste em receber pessoas que cumprem penas alternativas para atuarem dentro do hospital a partir deste semestre. Pág. 06 Reuniões planejam ações estratégicas O HUBFS fez o Mapa Estratégico de Projetos do Hospital, incluído n o P l a n o d e Durante reunião o reitor da UFPA, direção do Bettina e representantes de órgãos públicos celebram a parceria Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPA para os anos de 2011 e 2015. Além disso, elabora novo Organograma e Regimento Interno, reativa comissões e avalia desempenho dos serviços do hospital. A finalidade é melhorar os serviços prestados à população e a qualidade de vida dos servidores. Pág. 08 Editorial O médico e sociológo Paulo Amorim, que assumiu este ano a direção geral do hospital, fala das metas e compromissos assumidos ressaltando projetos que serão incorporados e destaca outros já existentes, que orgulham a gestão. Pág. 02 Página 02 EDITORIAL Humanização norteia proposta da gestão Na ocasião em que nossa gestão tomava posse, há sete meses, lembro q u e àquela altura asseguramos que o Hospital Bettina Ferro necessitava de um corpo profissional que soubesse e gostasse de lidar com pacientes, alunos, médicos residentes, razões de sua existência. Desta forma, marcávamos o direcionamento à humanização, norte de nossa proposta, aliada a outros dois grandes princípios: a colegialidade e o controle interno. Evidentemente, esse olhar organizacional especial assegurará repercussões imensas na qualidade da assistência e financiamento do hospital, sem menor preocupação para com o ensino. É importante lembrar que o binômio ensino-assistência tem que se definir pela sua equivalência, posto que a produção científica gerada nos serviços é o seu maior fator de fortalecimento. No que pese dissabores vivenciados inicialmente, e, provavelmente por consequência a esses princípios inalienáveis, encontramos grande receptividade por aqueles que surpresos pela novidade aceitaram o convite de darmos as mãos e demonstrarmos que o Hospital Bettina tem grandes histórias ainda não contadas. Nelas a tônica, seguramente, será o bem comum e não o maniqueísmo dos grupos de dominação. Desta forma, esse trabalho conjunto tem assegurado inestimáveis avanços, como a reorganização do Bloco Cirúrgico, do Pronto Atendimento e do Serviço de C r e s c i m e n t o e Desenvolvimento. Em período breve essa união mostrou que é possível o aumento do número d e p roc e d ime nt os e , p or consequência, a arrecadação dentro de um agradável ambiente de trabalho e convivência. Alterações técnicas são implementadas e serão todas as vezes que significarem melhoras coletivas, especialmente junto ao objeto maior do hospital: o paciente. Novos serviços e procedimentos estão chegando, como o estudo dos distúrbios do sono no Serviço de Otorrinolaringologia, cujo equipamento foi recentemente adquirido; e o tratamento cirúrgico dos lábios palatinos, por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Saúde pela absorção de pessoal especializado do Hospital Ophir Loyola. Além disso, vamos alcançar tão almejado sonho de realização de transplantes de córnea, para o qual a equipe e o Serviço de Oftalmologia já se encontram devidamente autorizados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Levantamento técnico do HUBFS revela índices que nos permitem participar da discussão que envolve a complexa problemática da realização de transplantes de órgãos no Pará. A iniciativa do Bettina foi abraçada pela Reitoria da UFPA e é vista com bons olhos pelo SNT. Recebemos ainda apoio do Governo do Estado do Pará na resolução desse desafio. Por outro lado, não mediremos esforços na qualificação de nosso pessoal através da inclusão de seu quadro técnico e residentes nos cursos strictu sensu da própria UFPA ou na criação deles pela nossa Assessoria Científica, criada recentemente, preparando, assim, massa crítica de pesquisadores que venham constituir linhas de investigações reconhecidas nacionalmente. Através do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará (Proex) ampliamos a assistência aos estudantes de nossa estimada Universidade, os quais historicamente encontram dificuldades de acesso ao atendimento médico público ou privado. Esses projetos serão incorporados a outros tantos já existentes como o implante coclear, ora em processo de expansão, e outros procedimentos de alta complexidade que tanto nos orgulham. Professor doutor e sociólogo Paulo Amorim assumiu a direção geral do HUBFS em janeiro de 2011. Deixou o cargo o professor doutor Murilo Morhy. E-mail: [email protected] Expediente: Hospital Universitário Betttina Ferro - Campus IV da UFPA Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá (com aceso pela Avenida Perimetral Terra Firme) - Belém – PA Telefones: 3201.7825/3201.7656. Ano III – Nº 5 Agosto/2011. Gestão: Reitor: Carlos Maneschy – Vice-Reitor: Horácio Schneider – Diretor geral: Paulo Amorim. Edição e textos: Cleide Magalhães - Jornalista - 1563 DRT/PA – Colaboração: Glauce Monteiro – Ascom/UFPA. Fotos: Cleide Magalhães e Karol Khaled. Estagiário de Jornalismo/UFPA: João Carvalho. Projeto Gráfico: Cleide Magalhães. Home Page: http://www.ufpa.br/bettina - www.twitter.com/hospitalbettina E-mails: [email protected] e [email protected] . Tiragem: 1.000 mil exemplares Diagramação: Joval Figueiredo. Impressão: Gráfica Amazônia. Página 03 CURTAS Será feito arranjo nas atividades dos enfermeiros para realizarem a pós-graduação. A expectativa é que até 2012 todos sejam beneficiados Mestrado Servidor recebe apoio para realizar pós-graduação Representantes do Programa de Pós-graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (PPG-BAIP) do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA reuniram com direção e enfermeiras do hospital para explicar sobre o programa. O encontro aconteceu na sala do Planejamento, em junho, e atendeu ao convite feito pela direção geral do Hospital Bettina, a qual garante apoio às (aos) enfermeiras (os). “Somos sensíveis e temos interesse que todos busquem a pós-graduação. Vamos fazer arranjo nas atividades para que consigam fazer o mestrado”, disse diretor geral do HUBFS. O objetivo principal do programa é formar recursos humanos na grande área da Microbiologia, especificamente em Bacteriologia, Helmintologia, Protozoologia, Virologia e Micologia, utilizando a abordagem da Imunologia, da Epidemiologia e da Biologia Molecular, com o intuito de aprimorar não somente os recém-graduado das universidades locais, como também para aqueles que fazem parte das instituições Amazônidas que buscam o amadurecimento profissional por meio de uma pósgraduação formal. Segundo Jeannie Santos, coordenadora do PPG-BAIP, o edital será lançado em novembro deste ano e as pessoas interessadas já podem contactar antes com os orientadores em potencial do programa para elaborar seu projeto. O vice-coordenador do PPG-BAIP, Ricardo Ishak, também esteve na reunião. Vagas - A chefe de Enfermagem do Bettina, Tereza Martins, afirma que a iniciativa vai ajudar a melhorar o atendimento no hospital e ampliar o conhecimento dos profissionais. Informa que entre os cerca de 30 enfermeiros, 20 deles ainda não têm mestrado. “Os interessados estão em plena atividade na elaboração do projeto. Entre 5 e 10 vagas serão distribuídas em 2011 e para 2012 serão 10, mas isso não impede que o enfermeiro se inscreva no processo regular e especial. Todos serão beneficiados”. Mais informação: www.baip.ufpa.br Residentes A direção do HUBFS fechou parceria com a Secretaria Estadual de Saúde para garantir a qualificação dos 20 médicos residentes em Otorrinolaringologia e Oftalmologia. A residência médica dentro e fora do Pará, que este ano envolve recursos de R$ 330 mil, é mantida há sete anos e considerada pela direção do hospital como um pilar importante na formação nos médicos. O orçamento é do próprio Bettina e foi aprovado na Lei Orçamentária Anual, do Ministério da Educação. Os principais destinos dos médicos residentes para qualificação em simpósios, congressos e cursos são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Pnaes Para tentar ajudar a garantir condições de permanência dos estudantes nas Instituições Federais de Ensino Superior, o HUBFS se inseriu no Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e se comprometeu em garantir atendimento médico aos estudantes da UFPA. O serviço é planejado e será implementado de forma coletiva ainda este ano. A estimativa é que aconteçam 600 atendimentos ao mês. O Pnaes foi implementado em 2007 e objetiva manter condições de permanência dos estudantes, em especial os que têm baixa renda e vivem situação de v u l n e r a b i l i d a d e socioeconômica. Galeria Para saber mais sobre a história do Hospital Betttina, conheça a Galeria de Diretores do HUBFS, disponibilizada no nosso site www.bettina.ufpa.br Página 04 Implante coclear garante apoio psicológico O programa de Implante Coclear do Serviço de Otorrinolaringologia do HUBFS ganha força a cada dia. A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UFPA aprovou o projeto de acompanhamento psicológico aos implantados e seus familiares, elaborado por Maria Tereza Nassar, mestre em Psicologia Clínica, que já atua junto à equipe multidisciplinar do “ouvido biônico”, denominação popular pela qual o implante é conhecido. Segundo a psicóloga, o objetivo do projeto é acolher as possíveis angústias dos pacientes e seus familiares envolvidos com o implante coclear e leva em consideração problemas emocionais que se desencadeiam não somente com a perda total da audição do paciente, mas também com a perspectiva de submeter-se à cirurgia e, consequentemente, à efetivação do implante coclear. Acompanhamento - “É feito desde a tomada de decisão da pessoa a fazer o implante, até a fase de habilitação e adaptação ao aparelho implantado. De um modo geral, todo procedimento cirúrgico mobiliza expectativas e angústias que variam em intensidade de um paciente para outro. Contudo, na medida em que vão se conscientizando dos benefícios e das vantagens que obterão com o implante, paulatinamente, a angústia se transforma em uma expectativa boa e esperança”. Além do acompanhamento psicológico, a equipe médica multidisciplinar do Bettina garante apoio fonoaudiólog0 até o paciente obter audição satisfatória Nesse contexto, os familiares dos pacientes têm importância fundamental. Eles serão convocados a participar de forma efetiva no processo. “O paciente precisa saber e sentir que conta com sua família e que tem seu apoio, mesmo porque o pós-operatório demanda cuidados físicos ao paciente. A família é uma retaguarda da qual não se pode prescindir”, considera a psicóloga. Apoio - À elaboração do projeto, Maria Nassar ressalta que teve o apoio de toda a equipe do Projeto de Implante Coclear do HUBFS e que a partir dele surge ainda oportunidade de desenvolver pesquisas e, consequentemente, a produção de trabalhos científicos. “Abrese um campo para a extensão na UFPA com a disponibilidade de bolsas via Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para alunos que vão participar das atividades - sejam estas individuais e de grupo, bem como no registro e organização de dados para estudos e pesquisas posteriores”. Reabilitação - Depois de receber o implante, o paciente realiza ainda a reabilitação audiológica e auditiva com a fonoaudióloga Cintia Yamaguchi. “Eles começam a aprender a ouvir os novos sons. Os ajustes periódicos nos equipamentos acontecem todos os meses e se prolonga na medida que eles obtêm o nível de audição satisfatória”, esclarece Cintia. Implante - Hoje mais de 50 pessoas são avaliadas pelo Serviço de Otorrinolaringologia para receber o implante. Até julho, aconteceram 14 cirurgias com pessoas que perderam a audição, mas aprenderam a falar e possuem memória auditiva. O implante trata-se de um dispositivo eletrônico que capta os sons e os transmitem ao cérebro, por eletrodos. A coordenação é do doutor e professor José Cláudio Cordeiro. Com o procedimento, Belém se tornou a primeira capital credenciada pelo Ministério da Saúde a oferecer esse serviço à população da Região Norte do Brasil. Página 05 Referência estadual na área de Oftalmologia, o Hospital Bettina vai realizar transplantes de córnea a partir deste semestre. Atualmente, mais de 600 pacientes aguardam na fila para realizar o procedimento. A espera que no Pará, em média, era de três a quatro anos, deverá desaparecer até o final de 2013, graças à expansão do sistema de transplantes do Estado e à adesão do HUBFS ao sistema. Em reunião, ocorrida em junho, com o reitor da UFPA, C a r l o s M a n e s c h y , representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde celebraram o que nomearam como a “correção de uma distorção histórica”. “O Hospital Bettina, como centro de excelência em Oftalmologia apenas não fazia o transplante, que, por sua vez, precisava ser feito em locais que não tinham a mesma infraestrutura na área. Agora, nossos pacientes poderão realizar todo o tratamento e o acompanhamento póstransplante no mesmo lugar onde serão transplantados”, refletiu André Rodrigues, coordenador estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde. “Nosso objetivo é reduzir pela metade a fila de espera até o final de 2011 e, até 2013, no máximo, alcançar o status de fila zero para transplante de córnea no Estado”, revelou o coordenador. O Pará é referência regional na realização de transplantes e, na Região Norte, são realizados 2% dos transplantes no Brasil, mas eles ainda são praticamente restritos a transplantes de córnea e rim. Hoje, na rede pública paraense apenas o Hospital Ofir Loyola realiza transplantes de córnea. O Bettina Ferro aguarda publicação do edital de credenciamento do Ministério da Saúde no Diário Oficial da União para Bettina fará transplante de córnea Membros do Grupo de Médicos Amazônia Transplante apresentam projeto à direção do Hospital Bettina, que passou a ser parceiro recebendo apoio da Reitoria da UFPA iniciar os trabalhos na área. O primeiro transplante de córnea a ser realizado no HUBFS deve acontecer neste semestre e será o primeiro transplante realizado por um Hospital Universitário na Amazônia. “Estamos com tudo pronto. Nossa equipe foi capacitada e os equipamentos estão chegando”, conta Paulo Amorim, diretor geral do Bettina. “Este é um momento histórico que marca a atuação da UFPA, por meio dos seus Hospitais Universitários, no Pará. Este tipo de transplante é o primeiro e, certamente, há a possibilidade de expandir nossa atuação em outras áreas médicas, devido a nossa qualidade de profissionais e o próprio legado histórico”, definiu o reitor. Parceria – Com a iniciativa, a UFPA tornou-se parceira no projeto Amazônia Transplantes – Hospital Regional Amazônico de Transplantes e será uma das responsáveis pela assistência médica, ensino e pesquisa garantindo a formação de futuras gerações de transplantadores na Amazônia. O projeto visa desenvolver um Programa de Transplantes de Órgãos e Tecidos para atender a Região Norte do País. A ação resultará no aumento do acesso de pacientes pela descentralização de atividades, na regionalização dos procedimentos mais complexos e aumento no número de doadores falecidos efetivos desenvolvendo organização de procura de órgãos. Grupo - Os membros do Grupo de Médicos Amazônia Transplante também estiveram na reunião e apresentaram o projeto, que recebeu apoio da UFPA. “O reitor solicitou que o grupo deixe o projeto mais completo para ajudar na busca de apoio no Estado e de parlamentares em Brasília", disse Paulo Amorim, que está à frente da ação de melhorias do projeto. Médicos - Os médicos que fazem parte do grupo são Maurício Aiasi e Márcia Iasi, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência; Paulo Soares, do Hospital Ophir Loyola e Universidade do Estado do Pará; e André Rodrigues, da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado. Página 06 HUBFS e TJE iniciam projeto de reinserção social A parceria foi firmada há quatro meses e o projeto apresentado aos servidores do Bettina por meio de palestra O Hospital Bettina está integrado ao projeto de reinserção social vinculado à Vara de Justiça de Penas Alternativas da Região Metropolitana de Belém, que consiste em receber pessoas que cumprem penas alternativas e vão atuar dentro do hospital a partir deste ano. Os serviços prestados variam desde a limpeza ao auxílio administrativo e depende da decisão do hospital e qualificação profissional do cumpridor. A parceria foi firmada há quatro meses e o projeto apresentado aos servidores do Bettina por meio de palestra. Lorena Vale, assessora da Vara de Justiça, explica como será ministrado o trabalho. “O monitoramento dos cumpridores de penas será feito por meio de uma frequência que o hospital vai expedir até o dia 10 de cada mês. O setor de atendimento interdisciplinar, loteado dentro da Vara, é responsável pelo encaminhamento dos infratores e fará visitas inspecionais periódicas ao hospital para checagem de rendimento e frequência”. Segundo a assessora, a importância de ter um parceiro do ramo hospitalar facilita boa parte da demanda dos que irão prestar os serviços. Ela considera ainda que a diversidade de atividades e a localização do Hospital Bettina são outros pontos importantes. O diretor geral do HUBFS, Paulo Amorim, afirmou que a parceria vai ao encontro às políticas do hospital, principalmente a de humanização. “A pena alternativa é o principal instrumento da humanização no sistema penal e isso está relacionado às nossas políticas de humanização. É importante as instituições públicas participem do processo de reinserção das pessoas que cumprem penas alternativas no Estado. Vamos receber pessoas que constituem complexidade menor, sem periculosidade e enquadrá-las no hospital por meio do setor de Assistência Social”. Escalpelados - Mais parcerias deverão ser firmadas na medida em que o HUBFS discute com membros da Comissão Estadual de E r r a d i c a ç ã o d o Escalpelamento a possibilidade de abrir um canal de atendimento às vítimas de escalpelamento no Estado para consultas nos Serviços de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Para a assistente social da comissão, Helena Maria Costa, a parceria é importante porque estão cadastradas 130 vítimas e muitas delas tiveram a audição e visão afetadas na ocasião do acidente. A direção demonstrou estar sensível à causa e disse que o hospital está de portas abertas para atender às vítimas, seguindo aos trâmites do SUS. Palestras - A comunidade também recebe atenção no Hospital. Para promover a interação entre o aluno de Farmácia da UFPA e o usuário, informações são levadas sobre diversos temas na área da saúde são levadas à população ajudando a promover a educação sanitária, conscientizar a comunidade a adquirir hábitos que melhorem a saúde e evitam doença. São esses os principais objetivos dos ciclos de palestras educativas que ocorrem, gratuitamente, a cada três semanas, em especial às terças-feiras, pela manhã, na Ala C do HUBFS, ministradas pelos alunos do curso de Farmácia da UFPA, sob a supervisão da professora Luana Queiroz, da Faculdade de Farmácia do Instituto de Ciências da Saúde (ICS). Página 07 Hospital é piloto no aplicativo de gestão do País O HUBFS é um dos hospitais pilotos no País à implementação do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). A iniciativa padronizará as práticas administrativas e assistenciais do hospital, por meio do qual será feito o cadastro do paciente, a internação e prescrição médica e hospitalar garantindo confiabilidade e informação precisa sobre o paciente, através do prontuário eletrônico. A previsão é todos os 13 módulos do AGHU sejam concluídos até 2012. Segundo Ana Brito, coordenadora do Núcleo de Planejamento, o Bettina já fez o módulo de internação de paciente no Hospital Dia, onde ficam as enfermarias e as duas salas cirúrgicas do Bettina, e realiza o cadastro básico da prescrição, que faz parte do segundo módulo. À implantação deste, o setor de Informática já instalou quatro computadores utilizados no procedimento. No programa consta que o Ministério da Educação vai qualificar os servidores, em especial médicos e enfermeiros, por meio de videoconferências, chats, fóruns, entre outros. Cadastro – Mais de 200 mil pessoas já estão cadastradas no novo banco de dados do HUBFS do AGHU. Os usuários também podem ajudar o hospital na atualização dos dados levando seus documentos e os de seus filhos quando forem ao Hospital Bettina receber atendimento. O aplicativo gera um novo número de identificação e prontuário do paciente. Prontuário - Concluído o projeto de Reorganização do Fluxo e Manuseio dos Prontuários e Recepção, que renova o encaminhamento de prontuários entre as alas do hospital garantindo facilidade no andamento dos dados de cada usuário. Constantes reuniões à efetivação total do programa aconteceram envolvendo membros da Coordenação Assistencial, Setor de Planejamento, Serviço de Atendimento Médico e Estatística (Same), além das alas de Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Caminhar e Ginecologia. À frente da equipe estavam Roselis Gonçalves e Ana Brito, coordenadoras Assistencial e do Núcleo de Planejamento, respectivamente. Em julho, o diretor geral assinou a primeira Norma Técnica da gestão sobre o assunto. Exames - Para aprimorar o processo de requerimento e entrega de exames foi criada, recentemente, a Central de Regulação de Exames do Bettina Ferro. Um departamento foi efetivado para trabalhar na criação de protocolo que normatiza a solicitação de exames e entrega do resultado aos usuários o mais breve possível. “Queremos beneficiar o paciente e melhorar a imagem do Bettina mostrando a responsabilidade que precisa haver no serviço público, dando maior qualidade à gestão”, disse o coordenador técnico do HUBFS, Wallace No Hospital Dia o novo aplicativo de gestão já é utilizado pelas enfermeiras para controle dos leitos à internação de pacientes Santos, que está à frente da implantação da central. Boletim – A partir de 1º de junho deste ano, todos os usuários que tiverem retorno marcado à realização de qualquer tipo de atendimento e procedimento no hospital devem comparecer munidos de cópias de documentos, que apresentam informações imprescindíveis ao Boletim Individual do Paciente (BPAI). A medida atende à Portaria 380, de 12/08/2010, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, e altera a forma de cobrança no atendimento de todos pacientes dos hospitais conveniados ao SUS do Brasil. Os hospitais devem registrar o atendimento e procedimento do paciente no BPA-I em substituição ao atual, o BPA Consolidado (BPA-C). A finalidade é proporcionar melhorias na captação do registro, de forma individualizada e subsidiar os gestores na pactuação dos indicadores de saúde, juntamente com a viabilização d a a u t o r i z a ç ã o , processamento e faturamento do HUBFS. Política Página 08 Gestão planeja ações estratégicas O Hospital Bettina está inserido no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPA para os anos de 2011 e 2015, que vai ser submetido à aprovação em agosto pelo Conselho Universitário (Consun). Para ajudar na elaboração final do Plano a direção do HUBFS apresentou o Mapa Estratégico de Projetos do Hospital durante o II Workshop de Planejamento Estratégico, em junho, no hotel Beira Rio. O documento descreve 14 projetos envolvendo as três grandes áreas do Bettina que servem de referência no Pará – O f t a l m o l o g i a , Otorrinolaringologia e C r e s c i m e n t o e Desenvolvimento Infantil - e mostra os resultados esperados. Com a inclusão desses Mapa Estratégico, novo Organograma, Regimento Interno e comissões internas são assuntos imprescindíveis discutidos pelos gestores projetos significa dizer, na visão do diretor geral do Bettina, Paulo Amorim, que a Reitoria da UFPA está com atenção também voltada para o hospital e mostra a participação efetiva na construção política e estratégica da UFPA. “Vemos que o Bettina está cada vez mais integrado a UFPA. Para o próximo PDI queremos discutir o apoio institucional e a política de assistência para os hospitais universitários. Para isso, vamos participar de todas as etapas de elaboração do Plano”. PDI - O PDI é um documento por meio do qual a instituição diz para si mesma o que espera do futuro. É nele que a comunidade universitária tem oportunidade de lançar, tendo para si a experiência do passado e o conhecimento do presente, os caminhos a seguir como instituição. Comissão elabora novo organograma e regimento Elaborar e aprovar junto ao Consun o novo Organograma e Regimento Interno do Hospital Bettina até março de 2012. É a tarefa enfrenta por gestores do Bettina que realizam encontros permanentes. A equipe é formada por membros da direção e coordenadorias, que contam com apoio do professor da UFPA Afonso Medeiros, relator do atual estatuto e regimento interno da Universidade e presidente da Câmara de Legislação e Normas do Consun. Passos - Os passos iniciais dados, seguindo orientação de Afonso, é elaborar diagnóstico do hospital com foco em três pontos: solicitação, avaliação e solução tanto no atendimento interno quanto externo e suas dimensões envolvem os níveis que há no planejamento, execução e avaliação. “O que não se enquadrar nos três pontos é obesidade desnecessária e engordam o peso burocrático. Precisamos pensar em simplicidade e economia e ter clareza que o Bettina tem como público o usuário e o aluno oferecendo uma estrutura que os privilegiem. O ritmo do trabalho vai depender do empenho do grupo, para que as propostas sejam levadas ao Consun”, afirmou o professor. Comissões - O HUBFS reativa suas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Ética Médica. A ação busca aprimorar os serviços prestados ao ambiente hospitalar b e n e f i c i a n d o s e r vi d o r e s e usuários. A reativação das comissões consta no Regimento Interno. A patologista Maria Cristina Celeira é a presidente da Comissão de Ética Médica. Ainda este ano a CCIH terá dirigente. Reunião – A direção participa ainda de reunião mensal com as coordenações dos serviços de Otorrinolaringologia, Oftalmologia e Caminhar. O objetivo é avaliar o desempenho dos serviços clínicos e a Coordenadoria Assistencial visando otimizar a produção dos procedimentos clínicos e cirúrgicos e definir metas de expansão dos atuais procedimentos.