Resumo Geral 1o Ano Historia

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História – 2010
Primeiro Bimestre
Divisão da História em períodos
Pré-História
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Paleolítico Inferior
Paleolítico Superior
Neolítico
Idade dos Metais
História
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Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Grécia Antiga
Período Homérico
Período Arcaico
Período Clássico
Período Helenístico
Séc. XII AC.
Chegada dos Dórios
Séc. VIII AC.
Séc. V AC.
Séc. IV AC.
Quadro Natural e Econômico
No sul da Península Balcânica, aonde montanhas se alternam com planícies, o que gerou
isolamento dos grupos populacionais. Há verdadeiros portos naturais.
Os verões são quentes e os invernos, toleráveis. O solo é árido e pedregoso, porém, crescem
azeitonas, uvas, cereais e legumes. O mar é rico em peixes e há pastagens.
Formação do povo
Entre 2200 AC. e 1200 AC., povos indo-europeus, como jônios, eólios, aqueus e dórios,
afluíam em ondas migratórias. O período de invasões cessou no século XII AC., com a chegada
violenta dos dórios.
Período Homérico – “A idade das trevas”
Houve um recuo considerável culturalmente: desapareceu a escrita; centros poderosos
ruíram; os povos estavam em constante guerra. Apesar disso, houveram avanços, um deles
sendo o surgimento do ferro como instrumento.
Os únicos documentos que se tem do período são a Ilíada e a Odisseia, de Homero dois
poemas épicos atribuídos a Homero. A Ilíada narra a participação do herói Aquiles na Guerra
de Tróia, enquanto a Odisseia conta a volta do herói Ulisses (Odisseu) para casa depois da
Guerra.
A forma de governo era a monarquia. O rei era árbitro, sacerdote e comandante militar.
Havia o Conselho dos Nobres, que a população podia assistir, mas sem direito de intervenção.
A nobreza impunha controle e exploração sobre as camadas mais pobres, até que os nobres
assumiram completamente o poder (oligarquia).
Período Arcaico
O início do Período Arcaico é marcado pelo surgimento da pólis, no fim do século IX AC.. Um
dos fatores importantes para o fim do Período Homérico foi o fim da monarquia: Os nobres
tomaram o poder político em um sistema de seleção e rodízio extremamente aristocrático.
As póleis eram comunas pequenas e independentes. Várias aldeias se aglomeravam ao redor
de um centro urbano (ágora). A acrópole ficava no topo e servia como campo de defesa.
Apesar da autonomia política da pólis, havia um só povo, os helenos, unidos pela língua,
hábitos, tradições, cultura, etc.
Síntese do Período Arcaico
Acréscimo
demográfico
Crescente
urbanização
Surgimento
da pólis
Pressão crescente da aristocracia
sobre camponeses e pequenos
proprietários de terra
Aristocracia fazia empréstimos e arrendamentos para camponeses sem terra e pequenos
proprietários, o que gerou:
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Aumento da escravidão por dívidas
Crescimento da população urbana
Atividade comercial limitada
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Tensão
A solução encontrada para a crise foi a Colonização (fixação de comunas em solo estrangeiro
financiada pela cidade). A colônia era tipicamente agrícola (apoikia) e era completamente
independente da metrópole, embora mantivesse relações comerciais com a metrópole.
Distribuíam-se ao logo do litoral do Mar Negro, na Ásia Menor e no Mar Mediterrâneo. Acaram
por gerar uma expansão mercantil e marítima em todo o mundo grego, além do aumento das
atividades comerciais, a produção para o comércio e a difusão da cultura. O aumento das
atividades comerciais trouxe como consequência o aumento da necessidade de mão-de-obra
escrava.
Esparta
Esparta era uma aristocracia fechada, aonde apenas os dórios e seus descendentes
(Espartanos) podiam governar. Os hilotas eram trabalhadores pertencentes ao Estado e os
periecos eram homens livres, porem não eram cidadãos. Primeiramente, a forma de governo
era uma diarquia (dois reis governavam juntos), porém, entre os séculos VII e VII AC. a
diarquia deu lugar a um regime oligárquico. Os reis permaneceram como chefes militares e
religiosos e, politicamente, havia o Conselho (Gerúsia), composto por dois reis e 28 cidadãos
acima dois 60 anos, eleitos por aclamação, com cargo vitalício e vigiados pelos 5 éforos. A
Assembleia (Ápela) reunia cidadãos com mais de 30 anos para eleger os éforos e os gerontes.
A resposta de Esparta para a crise do Período Arcaico
Os espartanos se expandiram militarmente, além de uma série de reformas que procuravam
eliminar as diferenças internas da aristocracia e assegurar a submissão de periecos e hilotas.
O Estado dividiu as terras em lotes e distribuiu aos nobres.
A educação espartana era voltada para a vida militar. Aos sete anos, os filhos eram tomados
das mães pelo governo e treinados para a vida militar, só saindo do exército aos 40 anos.
Atenas
Atenas é uma cidade na região da Ática, fundada por civilizações pré-helênicas e invasores
indo-europeus. A sociedade era formada por cinco grandes camadas: Eupátridas
(aristocracia), georghois (pequenos proprietários de terra), demiurgos (trabalhadores
urbanos), thetas (trabalhadores sem terra) e escravos. Inicialmente, era governada por um
rei, porém, com os ataques dos eupátridas foram estabelecidos arcontados:
3 nobres eram eleitos e exerciam poder militar, político e religioso, 6 eram codificadores e
guardiães das leis. O Areópago (Conselho) era formado por ex-arcontes e supervisionava os
magistrados, além de ser o tribunal de justiça. A Assembleia Popular (Eclésia) elegia os
magistrados.
A resposta de Atenas para a crise do Período Arcaico
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Em 621 AC., as pressões populares derrubaram o monopólio da justiça pelos nobres.
Dracón, então legislador, registrou por escrito as leis da tradição oral.
Em 594 AC., Sólon perdoa todas as dívidas, eliminando assim a escravidão por dívidas.
Ele também divide a sociedade em quatro camadas censitárias, e deu mais poder para
os mais ricos. Criou a Bulé (Conselho), com 100 membros de cada camada e manteve o
Areópago. Os cargos do Arcontado só podiam ser ocupados por membros da camada
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censitária mais rica. (Timocracia = riqueza usada como critério de participação
política).
Em 561 AC., Psístrato toma poder como uma tirania (assumiu o poder a força e
governou conforme sua vontade). Psístrato tinha grande apoio das camadas mais
pobres. Ele beneficiou as camadas populares, cedeu empréstimos, estimulou a
economia urbana, exilou membros da aristocracia, confiscou terras, etc.
Em 508 AC., Clístenes estabeleceu a isonomia (todos os cidadãos tem igualdade
perante a lei) e a isegoria (direito de tomar a palavra). Todos os cidadãos tinham
direitos iguais e estavam inscritos em 10 demos (Helileia). Todos podiam participar da
Bulé, da Helileia e da Eclésia. Criou um mecanismo de manutenção da democracia, o
ostracismo (exílio) e deu cidadania a todos os homens residentes em Atenas filhos de
pais atenienses.
Assembleia Popular  todos os cidadãos.
Conselho dos 500  Bulé
Tribunais (Helileia)  6000 juízes
Magistrados  10 estrategos (chefes do exército e dirigentes políticos eleitos)
Período Clássico
No final do século VI AC., A Grécia era uma potência comercial e marítima nos Mares Negro e
Mediterrâneo. Os persas, porém, estavam no auge de seu poder, e seu império ia do Rio Indo
ao Rio Nilo, e seu próximo objetivo era conquistar as rotas de comércio dos Mares Negro e
Mediterrâneo.
No início do século V AC., o confronto entre Grécia e Pérsia se tornou inevitável e tiveram
início as Guerras Médicas. Durante as Guerras Médicas, várias cidades gregas se associaram
em simaquias. Esparta e várias cidades do Peloponeso de uniram na Liga do Peloponeso (os
lacedemônios e seus aliados). Em 481 AC., esta liga se expandiu e surgiu a liga Pan-Helênica
de Corinto.
Em 476 AC., Atenas também formou uma simaquia, com objetivo de libertar as cidades da
Ásia Menor do domínio persa, a Confederação de Delos. No fim das Guerras Médias, Atenas
era a cidade-estado mais poderosa da Grécia. Colaboraram para isso o comando da
Confederação de Delos, o controle do mar Egeu e prosperidade econômica. Sob o governo de
Péricles, a democracia se fortaleceu e foi criada a mistoforia (salário para os políticos). Para
poder arcar com os salários, Atenas desviava recursos da Confederação. A cidade foi
reformada e transformada num centro artístico, literário, científico e filosófico. Atenas
impôs a democracia a muitas cidades da Confederação e castigava as que ameaçassem
abandonar a liga.
As cidades da Confederação, reprimidas por Atenas, buscaram ajuda em Esparta, cujo regime
imperialista se chocava com os interesses democráticos atenienses. Esparta entrou em guerra
com Atenas (Guerra do Peloponeso)
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10 anos de guerra – equilíbrio
Paz de Nícias
Esparta aceita ajuda dos Persas, invade Atenas de surpresa e vence a
guerra.
A Confederação de Delos foi desfeita, assim como o império marítimo ateniense. Atenas teve
de seguir um governo oligárquico imposto por Esparta. Esparta teve uma hegemonia curta e
instável. Tebas iniciou uma revolta contra Esparta e nesse contexto de guerras e tensões
internas, a Macedônia conquistou a Grécia.
Em 338AC., sob o reinado de Filipe II, os macedônios venceram uma série de cidades gregas
da batalha de Queroneia, abrindo caminho para a conquista de toda a Grécia. Seu filho,
Alexandre, o Grande, conquistou a Ásia Menor, o Egito e a Grécia. Unificando o império,
Alexandre, que foi educado por Sócrates, estimulou a fusão da cultura grega com a oriental,
gerando a cultura helenística. Em 323 AC., com a morte de Alexandre, o império foi divido em
quatro reinos, que adotaram o despotismo.
Arte Grega
 Ideais clássicos: liberdade, glorificação do corpo e da alma, respeito, mérito.
 Arte humanista, política, estética.
 Harmonia, ordem, equilíbrio, moderação. Expressava os ideais humanos.
Arquitetura Clássica:
Ordem jônica: Base nas colunas, capitel perfilado por duas volutas e o friso delicadamente
decorado por uma faixa contínua de relevos esculpidos. Fustes mais altos e alongados.
Ordem coríntia: Base mais decorada, capitel ornado com folhas de acanto.
Ordem dórica: Presença de tríglifo e métopa, colunas robustas e sem base, com fustes
estriados que terminam em capitéis simples. Os frontões são decorados.
Estátuas
Estátuas Arcaicas: Simétricas, pose igual às estátuas egípcias: cabeça e corpo em um eixo
vertical, uma perna avançada, braços ao lado do corpo, punhos cerrados e sorriso cínico. Sem
movimento.
Estátuas Clássicas: Moldadas em bronze, movimento, não simétricas, eixo contraposto,
homens com músculos torneados, linhas firmes e suaves.
Arte Helenística
 Extravagante, sentimental, realista.
 Exprimem a violência, a dor e o apelo sexual.
Estátuas Helenísticas: Agitação, movimento, expressão, tensão, dor, dramaticidade,
naturalismo, múltiplos pontos de vista, nu feminino.
Segundo Bimestre
Roma
Período da Realeza
753AC. séc VIII a.C.
Fundação de Roma
Período da República
509AC. Séc. VI AC.
Deposição de Tarquínio
Período do Império
27AC. Séc. I AC.
Otávio Augusto
IR do Oriente
Término em 476 DC.
Quadro Natural e Povoamento
Península Itálica: Faixa estreita e alongada que se projeta no mediterrâneo. Alpes ao norte,
planícies costeiras ao sul. Litoral pouco recostado e pobre em ilhas. O solo é fértil e o sistema
fluvial é rico. Há abundância de bosques e metais.
O povoamento se deu por várias ondas migratórias de povos indo-europeus. A partir de VII
AC., surgiram colônias gregas no sul e na Sicília. O norte era povoado pelos etruscos e
gauleses. Em Cartago (África), havia os fenícios (cartaginenses).
Período da Realeza
Em VII AC. A comunidade havia crescido o suficiente para receber interesse dos etruscos.
Dominada pelos etruscos, Roma expandiu seu território e transformou-se num aglomerado de
aldeias. A economia se baseava em atividades agropastoris e o trabalho escravo era pouco
significativo.
A pirâmide social se dava em duas camadas, sendo a pequena elite os patrícios e o resto da
população os plebeus. Dentro dos plebeus, haviam os clientes, que eram plebeus com cargos
de confiança de patrícios.
Um rei eleito assumia o comando militar, judicial e religioso, mas suas decisões dependiam de
aprovação do Conselho e da Assembleia. O Conselho dos Anciãos (Senado) era composto por
chefes de famílias patrícias, detinha o poder legislativo e podia vetar leis da Assembleia.
A Assembleia (Comício) era formada por patrícios e plebeus em idade militar, mas as
centúrias (grupos) patrícias estavam em número maior.
Período da República
A monarquia foi derrubada em 509 AC. O último rei foi deposto e expulso da cidade, e em seu
lugar, foi colocado uma república aristocrática. As funções executivas foram entregues a
magistrados patrícios eleitos anualmente, que exerciam o poder militar, judicial e religioso.
Magistrados Patrícios
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Cônsules: comandavam o exército, convocavam o Senado, propunham leis e eram
chefes religiosos.
Pretores: aplicavam a justiça.
Censores: realizavam o censo, elaboravam a lista de candidatos ao Senado, orientavam
os serviços públicos.
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Questores: tesoureiros.
Edis: encarregados da conservação pública.
Ditador: Um dos dois cônsules, em período excepcional, adquiria poderes
extraordinários.
O senado permaneceu um conselho vitalício, exclusivamente patrício. Tinha poder de veto
sobre a Assembleia, controlava a administração do Ager Publicus, zelava a religião,
supervisionava as finanças e conduzia a política externa.
A Assembleia era composta por centúrias de cavaleiros com capacidade de armar-se, embora
os patrícios sempre tivessem mais centúrias.
Roma começou a se expandir, sendo beneficiada pela disputa entre gregos, etruscos e
cartaginenses. Os romanos conquistaram todos os territórios etruscos e todas as cidades
gregas na Península Itálica. As consequências disso foram a ampliação das terras e da mão-deobra escrava (prisioneiros de guerra), o crescimento da produção e a intensificação do
comércio.
Os espólios de guerra eram distribuídos de acordo com o armamento. A expansão foi
acompanhada por sucessivas revoltas plebeias na luta pela ampliação de seus direitos. A
resistência dos patrícios era imensa, mas como os plebeus constituíam a base do exército, se
estes entravam em guerra, punham em risco todo o Estado, e os patrícios acabaram cedendo
certos benefícios.
Principais conquistas plebeias
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494AC.
450AC.
445AC.
367AC.
366AC.
287AC.
– Tribuno da plebe
– Lei das doze tábuas
– Lei Canuleia (Casamento entre patrícios e plebeus)
– Lei Licínia Sextia (aboliu a escravidão e limitou a posse de terras públicas)
– Acesso às magistraturas
– Lei Hortênsia (plebiscito – leis da Assembleia são válidas para o Estado)
Guerras Púnicas
No século IIAC, Roma era uma potência regional. Dominava a península, o Egito, a Macedônia,
a Síria e a Grécia. Rumaram para o Oriente helenizado e batalharam por quase cem anos com
Cartago, até sua derrubada, devido à ambição do general cartaginense Anibal. Com isso,
Roma eliminou o único Estado que tinha forças para enfretá-la.
As consequências das Guerras Púnicas foram a intensificação da aristocracia, o surgimento de
uma classe social – homens novos, a concentração de terras, o aumento da mão-de-obra
escrava e desocupados urbanos.
Estas consequências geraram um clima de tensão e inúmeras revoltas. Em 133AC, Tibério
Graco propõe uma reforma agrária, que foi aprovada, porém causou seu assassinato. Em
123AC, seu irmão, Caio Graco, insiste na reforma agrária e aprovou a Lei Frumentária, que
determinava a venda de trigo pelo Estado pela metade do preço de mercado aos cidadãos de
Roma. Quando Caio oferece cidadania às populações italianas dominadas, perde todo seu
apoio e é assassinado. Em 91AC, há uma série de revoltas por parte dessas populações, e em
89AC a cidadania romana foi estendida para todos os homens livres da península.
Apesar do fracasso das leis, Tibério e Caio anularam a oposição aristocrática e ampliaram
enormemente os poderes dos tribunos da plebe. Depois dos Graco, a República degenerou-se
numa disputa entre a aristocracia e os partidos populares. Em 60AC, o comando foi dividido
entre 3 generais, o que foi denominado triunvirato.
O primeiro triunvirato era formado por Júlio César, Pompeu e Crasso. Júlio César contava com
o apoio popular e a fidelidade de seus soldados, e com isso concentrou todos os poderes e se
tornou ditador vitalício, imperador, cônsul, censor, Sumo Pontífice e anulou os comícios, o
Senado e as magistraturas. César foi assassinado e em seu lugar foi colocado um novo
triunvirato, formado por Lépido, Otávio e Marco Antônio.
Período do Império
Alto Império
27 a.C.: Otávio Augusto fundou o
Império
1 d.C.: Nascimento de Cristo
Baixo Império
Crise do
Séc. III
476: Invasões bárbaras põem fim ao I.R.
do Ocidente
Alto Império
Otávio retornou a Roma do Egito vitorioso em 29 a.C. Em 27 a.C., fortaleceu as bases de seu
poder, reunindo em dois anos o apoio de todas as facções romanas. O Senado e o povo
entregaram a ele todos os poderes e Otávio recebeu o título de Augusto.
Otávio Augusto instituiu uma nova forma de governo: o principado. Evitou-se quebrar a
tradição republicana e preservou o Senado, os comícios e as magistraturas, mas o Princeps
controlava as forças armadas, detinha a soberania das províncias, era tribuno vitalício e tinha
direito de anular qualquer decisão do Senado e dos magistrados, fazer projetos de lei e
convocar e presidir o Senado.
A administração e a justiça foram reorganizadas de modo a centralizar a autoridade e a
população foi divida por critérios censitários, colocando acima da plebe a Ordem Equestre e a
Ordem Senatorial, sendo que para se tornar senador, o candidato deveria comprovar uma
renda determinada. Por outro lado, a política de pão e circo e a segurança foram
implementadas: a distribuição de trigo passou a ser gratuita, assim como os espetáculos, e foi
instituído um exercito profissionalizado que cuidaria das fronteiras, instituindo a Pax Romana,
além de uma Guarda Pretoriana para a defesa pessoal do imperador. Em 212, o Edito de
Caracala estendeu o direito de cidadania a todos os homens livres súditos do Império, embora
os homens livres constituíssem a menor parte da sociedade. Possuir escravos, além de
necessário, era sinal de poder. Se um escravo fosse liberado, seria incluído na família de seu
senhor como Cliente.
Economicamente, a produção agrícola continuava a base da economia, e a paisagem rural era
dominada pelas Villas, que eram dedicadas à pecuária e ao cultivo de vinhas e oliveiras. Roma
tornou-se o centro financeiro e comercial do Império, mobilizando financistas, comerciantes e
trabalhadores.
Otávio criou com esta nova forma de governo o apogeu romano, mas seus sucessores
imediatos degeneraram em governadores despóticos e a corrupção acabou tornando
necessária uma intervenção militar.
Crise e Baixo Império
A economia romana não suportou o fim das conquistas, pois o comércio de escravos já não
dava mais conta de atender a grande demanda, o que gerou o aumento dos preços de todas as
mercadorias. O Estado elevou os impostos e desvalorizou a moeda, o que apenas piorou a
situação.
Além do alto preço pelos escravos, os latifundiários enfrentavam uma epidemia. Pressionados,
passaram a arrendar parte de suas terras em troca de parte da produção e alguns dias de
trabalho, instituindo o sistema de colonato. Com tantos impostos e taxas, no século IV, estes
colonos se tornaram presos a terra, virando servos. O Colonato acabava por gerar uma maior
variedade de produtos em menor quantidade, o que fez o comércio diminuir e a economia
monetária foi substituída por trocas. Aproveitando-se de toda a crise político-militar, os
bárbaros invadiram o território imperial.
O Cristianismo e o fim do Império
O cristianismo surgiu na Palestina, que estava sob domínio romano, e sua figura principal era
Jesus de Nazaré. Nos séculos iniciais, os cristãos foram perseguidos e severamente punidos
pelos romanos, mas, com a crise do século III o cristianismo se expandiu, conquistando
inclusive membros da família imperial. Em 313, o imperador Constantino garantiu a liberdade
de culto no território romano com o Edito de Milão e em 391, Teodósio declarou o
cristianismo a religião oficial do império e proibiu todos os cultos pagãos.
No início do século IV, o Principado foi substituído por uma monarquia hereditária e o Estado
foi se tornando mais intervencionista e autoritário. Surgiu neste período a Corte, cujos
serviços eram pagos com a concessão de benefícios pelo Estado. A cobrança de impostos foi
reformulada e uma crescente burocracia passou a substituir as magistraturas. O recrutamento
militar tornou-se obrigatório e o alistamento voluntário foi estimulado com a cessão
hereditária de terras.
Em 330 a capital do império foi transferida para Bizâncio , que teve seu nome mudado para
Constantinopla, pois estava melhor situada e permitia o melhor controle e aproveitamento
das províncias orientais. Junto com a capital, muitas famílias ricas se mudaram, levando a
parte ocidental do Império à decadência. Em 395, Teodósio dividiu o Império entre seus dois
filhos e em 476 ele chegou ao fim.
Arte Romana
 Arcos etruscos
 Colunas gregas
 Influência grega na arte
 Expressão/realismo
 Arte como representação de poder/força/influência (generais, imperadores, etc)
Terceiro Bimestre
Idade Média
Idade Antiga
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Sistema Escravista
Idade Média
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Sistema Feudal
Poder da Igreja
Ruralização
Nobreza detentora do poder
Reis fracos
Alta Idade Média
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Formação do Feudalismo
Baixa Idade Média
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Decadência do
Feudalismo
Surgimento do
Capitalismo
Feudalismo
O Feudalismo se formou da junção de duas culturas: a romana e a germânica. Ele teria sido
orientado inicialmente para atender as necessidades básicas de sobrevivência e consumo,
privilegiando os interesses da aristocracia, que detinha terras e poder militar.
Fatores Internos
 Villas romanas: latifúndios divididos em Reserva, Tenências e Terras Comuns. Originou
o feudo.
 Colonato: colonos presos à terra. Deu origem a servidão.
 Patronato/patrocínio: indivíduo se coloca a disposição de um nobre em troca de
proteção e subsistência
 Benefício: concessão de bens públicos como recompensa a serviços prestados ao
Estado
 Comitatus: monopólio temporário da força através de contrato ou juramento de
fidelidade. Deu origem a vassalagem.
 Direito consuetudinário: direito não-escrito.
Fatores Externos
 Árabes: bloqueio do Mediterrâneo Ocidental acelerou o processo de agrarização,
declínio do comércio e decadência das cidades.
 Normandos e vikings
 Invasões de eslavos e magiares.
O I.R. do Oriente na Alta Idade Média
Constantinopla possuía posição privilegiada e concentrava os melhores recursos do Estado.
Este, por sua vez, valia-se da diplomacia, guerra e pagamento de tributos para manter a
unidade do Império. Grande parte do sucesso deste período do Império se deve ao imperador
Justiniano I, déspota que desenvolveu uma política de reformas que fortaleciam o imperador,
submetia a igreja ao estado (cesaropapismo), aumentou a tributação, regulamentou as
atividades mercantis e artesanais, compilou o Corpus Juris Civilis e construiu a Catedral de
Santa Sofia.
Apesar de tudo, devido a oposição dos aristocratas e dos setores religiosos e as revoltas das
camadas populares, o IR não voltou a dominar o Mediterrâneo. Rebeliões internas
mergulhavam o império em uma nova crise durante o fim do século VI e início do século VII.
Lentamente, as tradições latinas foram sendo abandonadas e a cultura helenística se tornou
dominante novamente. Por fim, o IR do Ocidente se tornou o Império Bizantino.
Islamismo
Maomé 610
Arábia Pré-Islâmica
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Não formava um Estado
Tribos de beduínos
Xeques (fragmentação)
Mercadores
Politeísmo
Comércio Religioso (Caaba)
Arábia Islâmica
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Estado Árabe
Califas
Hégira (622 Meca-Medina)
Expansão – Jihad (Guerra Santa)
Monoteísmo (Islamismo)
Corão (Sunitas e Xiitas)
Suna (Sunitas)
Sharia (Lei Islâmica)
Sunita: sucessor de Maomé deveria ser qualquer conhecedor da religião
Xiita: sucessor deveria ser da família de Maomé
Guerra Civil - Sunitas x Xiitas: Pararam a expansão, Omíadas reestabeleceram a
ordem.
Conquista do Ocidente
A Europa Bárbara
O Antigo IR do Ocidente agora estava dividido entre diversas tribos germânicas que formavam
os reinos bárbaros. Estes reinos eram muito instáveis devido à sua fragilidade interna e
disputas entre diferentes tribos por territórios. A Igreja representava a força política mais
sólida em expansão e os bispos haviam assumido as funções de administração e defesa da
comunidade.
O Reino Franco
O Reino Franco surgiu no final do século V quando Clóvis unificou o comando das tribos
francas (Dinastia Merovíngia), e converteu-se para o cristianismo. Ao se converter, Clóvis
ganhou o apoio da Igreja e a simpatia das populações galo-romanas, o que permitiu que os
francos se expandissem rapidamente.
O reino franco sofria instabilidades, pois o rei não passava de um chefe guerreiro
(personalismo do poder), e enquanto estava no poder, tinha o Estado em suas mãos
(patrimonialismo do Estado). Logo depois, o cargo de rei passou a ser apenas um título (reis
indolentes), e quem possuía o real poder no Reino Franco era o Majordomus – prefeito de
palácio – cargo hereditário.
Os francos entraram em confronto com os muçulmanos em determinado momento, e o
Majordomus Carlos Martel fez o impossível: ganhou a Batalha de Tours (ou Poitiers) e
paralisou a expansão muçulmana. Com isso, Carlos Martel foi reconhecido como líder dos
francos e assumiu o governo do reino, embora formalmente continuasse como Majordomus,
cargo que passou mais tarde para seu filho Pepino. Um golpe de Estado não era possível pois
todo rei merovíngio era consagrado pela Igreja.
As relações entre o bispo de Roma e o imperador bizantino haviam se agravado com a Questão
Iconoclasta (proibição feita em 726 do uso de imagens divinas), e o Papa teve sua autoridade
reduzida.
Em 751, o último rei merovíngio foi preso e Pepino foi coroado Rei dos Francos pelo Papa,
iniciando a Dinastia Carolíngia. Pepino retribuiu o favor conquistando Ravena para o Papa,
dando início aos Estados Pontifícios. Em 768, Caarlos Magno, seu filho, assumiu o poder.
O Império Carolíngio
O reinado de Carlos Magno foi o ápice da centralização do poder na Europa durante a Alta IM.
Sua política expansionista colocou a aristocracia fundiária e guerreira sob sua dependência, e
parte das terras conquistadas eram doadas aos aristocratas leigos e eclesiásticos. Junto com a
expansão territorial ocorreu a expansão do cristianismo, e em 800, o Papa coroou Carlos
Magno Imperador.
O Império foi dividido em condados, ducados e marcas, que eram governadas por
representantes escolhidos pelo poder real (“missi dominici”). Houve a retomada do
crescimento populacional e o renascimento das forças econômicas e culturais.
Com a morte de seu pai, Luís assumiu o governo, mas paralisou as conquistas e cedeu
imunidades a territórios eclesiásticos. A sucessão de Luís gerou disputas entre seus filhos, e o
Tratado de Verdun dividiu o Império Carolíngio em três. A divisão contribuiu para o declínio
do poder real, e a capacidade de defesa foi enfraquecida. O Império foi atingido por uma
nova onda invasora, e os carolíngios cederam espaço à aristocracia territorial.
Na Francia Ocidentalis o poder foi entregue a Hugo Capeto, em 987, iniciando a Dinastia
Capetíngia, de onde nasceu o Reino da França. Na Germânia, uma nova linhagem real
expandiu seu poder sobre a Itália, formando o Sacro Império Germânico. Enquanto isso, os
húngaros se fixaram, formando o Reino da Hungria.
O Cisma do Oriente (1054) foi a primeira grande ruptura ocorrida entre os cristãos, dando
origem a Igreja Católica Apostólica Romana e a Cristã Ortodoxa.
Quarto Bimestre
Baixa Idade Média
Aspectos Políticos do Feudalismo
A principal característica do feudalismo era a ausência de um poder público centralizado. O
poder era exercido pelos grandes senhores leigos e eclesiásticos, formando uma hierarquia de
poderes determinada pela vassalagem.
A Vassalagem
 Relação pessoal e direta de direitos e deveres recíprocos
 Homenagem: vassalo se ajoelha e dá o beijo cerimonial.
 Juramento de fidelidade: vassalo jurava ser fiel, diante da Bíblia.
 Investidura: suserano entregava um objeto ao vassalo, representando os direitos sobre
um feudo.
 Deveres do vassalo: prestar serviço militar, contribuir financeiramente em certas
ocasiões, comparecer à corte.
 Deveres do suserano: aconselhar o vassalo, fornecer proteção militar, conceder um
feudo.
A Sociedade Feudal
Oratores
Bellatores
Laboratores
“Deus havia criado tal divisão,
Clero
Proteção espiritual
Nobreza guerreira
Proteção militar
Trabalhadores
Sustento Material
e rebelar-se contra ela é desobedecer a lei Divina.”
Cada ordem também apresentava sua divisão interna (Exemplos: alto clero e baixo clero,
realeza e cavaleiros), e a nobreza laica e o clero formavam praticamente uma só camada, já
que o clero recrutava seus membros entre os filhos das famílias nobres.
A economia feudal na primeira metade do século XI
A economia feudal era tipicamente agrária, com a produção centrada no campo para a
satisfação das necessidades básicas de consumo, mas apesar disso, o comércio nunca deixou
de ser praticado. O feudo era dividido em três partes:
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Manso senhorial ou reserva: explorada exclusivamente em benefício de senhor local
Manso servil ou tenência: pequenos lotes para exploração camponesa
Terras comunais: bosques, pastagens, etc.
A forma de trabalho característica era a servidão, onde o camponês se ligava ao nobre por
uma série de tributos:
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Corvéia: trabalho compulsório e gratuito na reserva senhorial em troca da posse do
manso
Talha: também pela posse do manso, paga em gêneros e produtos.
Banalidades: diversas obrigações pagas em taxas.
Dízimo: um décimo da produção.
Por volta do ano mil, ocorreram algumas mudanças nas técnicas de produção (questão do
cavalo, prova do quarto bimestre): foi introduzido o uso da charrua, novas formas de
atrelamento e a rotação trienal das culturas.
A hierarquia de poderes na Europa feudal
A Igreja era a maior detentora de terras do Ocidente, e valia-se de sua influência sobre a
mentalidade religiosa para controlar a vida social, econômica, moral e intelectual dos fieis.
Por sua vez, os senhores, reis e imperadores interferiam nos assuntos religiosos, discutindo a
doutrina, entre outros.
Os conflitos entre estas duas ordens eram frequentes, e provavelmente o de maior
repercussão foi a Querela das Investiduras. Ela teve início com um pronunciamento do Papa
Gregório VII que condenava o nicolaísmo (corrupção do clero) e a simonia (venda de objetos
sagrados) e proibia as investiduras ilegais. O Imperador Henrique IV reagiu, tentando depor o
Papa, que o ameaçou de excomunhão. Em 1077, Henrique teve que pedir perdão ao Papa
(Humilhação de Canossa), mas pouco depois destituiu e exilou o Papa. Henrique invadiu a
Itália, ocupou Roma e colocou no lugar de Gregório o antipapa Clemente III. Em 1122 a
questão foi resolvida com a Concordata de Worms, que estabeleceu que a nomeação dos
bispos caberia ao Papa.
A Europa feudal em expansão
O feudalismo em movimento
Uma série de mudanças acometeu o feudalismo no início do século XI. Um persistente
crescimento demográfico foi impulsionado pela nova estabilidade alcançada, e gozava-se de
certa segurança. A Igreja realizou dois decretos, a “Paz de Deus” que proibia ataques a
Igrejas e roubo à pessoas pobres e a “Trégua de Deus”, que proibia exercício de atividades
militares em determinados dias.
O crescimento populacional fez o aumento da produtividade e a ampliação da área de cultivo
necessários, além da criação de técnicas mais eficientes. Começaram a surgir movimentos de
expansão territorial, que passaram a ser orientados pelas Igrejas. Em 1095, o Papa Urbano II
convocou os cristãos para a primeira Cruzada, que durou 4 anos. Até o século XII, outras sete
Cruzadas foram realizadas, mas nenhuma obteve tanto sucesso quanto a primeira.
O grande arranque comercial e urbano
O grande crescimento demográfico e a expansão territorial criaram um contexto favorável ao
comércio: obtinham-se excedentes com mais frequência e o consumo tendia-se a expandir. O
escoamento desses excedentes e a redistribuição dos artigos de luxo estabeleceram uma
ligação entre a Europa Setentrional e Meridional. Surgiram grandes feiras, protegidas pelos
senhores locais, que se beneficiavam com impostos e taxas.
No fim da IM, as feiras se especializaram na venda de determinados produtos e algumas se
tornaram feiras de câmbio. Além das feiras, havia o mercado local das cidades, onde se
negociavam produtos agrícolas e pecuários. A intensificação da vida urbana facilitou o
surgimento de burgos, que se tornaram uma alternativa para a população excedente do
campo que poderia encontrar no comércio ou artesanato um meio de vida.
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Corporação de ofício: associação dos artesãos de uma cidade, prestavam assistência a
seus membros e suas famílias. O mestre era o proprietário, companheiros eram os
artesãos assalariados e aprendizes trabalhavam em troca de aprendizado, vestuário e
alimentação.
Guildas: corporações de mercadores de uma cidade.
Ligas ou Hansas: Guildas de várias cidades comerciais. Liga Hanseática.
A busca das cidades medievais por autonomia ficou conhecida como movimento comunal. Os
burgos podiam conquistar sua independência pagando, desde que o senhor feudal aceitasse. A
independência da cidade era garantida pela carta de franquia.
O declínio das feiras
As feiras começaram a entrar em declínio, juntamente com o feudalismo. Alguns fatores
importantes foram os efeitos da guerra dos Cem Anos, o desenvolvimento da navegação e a
centralização política e maior estabilidade comercial.
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