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Leucopenia e Leucocitose
FERNANDO MONTEIRO
COI – Hospital da Lagoa
Definições
• Leucopenia – diminuição do número de glóbulos
brancos circulantes em função da diminuição da
contagem absoluta de um dos seus subtipos
• Leucocitose – aumento do número de glóbulos
brancos circulantes por aumento da contagem
absoluta de um dos seus subtipos
A hierarquia hematopoiética. GMP, precursores granulócitos-monócitos; LT-HSC, células tronco de longo
prazo; MEP, precursores eritrócito-megacariócito; NK, natural killer; ST-HSC, células tronco
hematopoética de curto prazo. (Fonte: Leung AYH, Verfaillie CM: Stem cell model of hematopoiesis. In 4th
Edition of Hematology: Basic Principles and Practice, p. 201, Fig. 17-1 Elsevier, Philadelphia.)
ORIGEM E DESTINOS DAS CÉLULAS
TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (HSCs)
Durante o desenvolvimento
embriônico HSCs podem ser
derivados de:
1) hemangioblastos (ie, precursores
de HSCs e células endoteliais) ou
2) endotélio hemogênico (ie, células
endoteliais que adquirem potencial
de gerar hematopoiese).
HSCs têm um de quatro destinos:
1) auto-renovação,
2) Diferenciação (para um progenitor
linfóide comum ou mieloide comum),
3) migração ou
4) apoptose.
(Adaptado de Zhu J, Emerson SG:
Hematopoietic cytokines,
transcription factors and lineage
commitment. Oncogene 21:3295,
2002.)
A HIERARQUIA HEMATOPOIÉTICA. (Adaptado de JA, Negrin RS, Weissman IL:
Hematopoietic stem and progenitor cells: clinical and preclinical regeneration of the
hematolymphoid system. Annu Rev Med 56:509, 2005.)
O HEMOGRAMA
• Exemplo 1:
– Hem – 4,5/mm³
– Hb – 12,6 g/dl
– Htc – 39%
– VCM – 89 ³
– CHCM – 33%
• Leuc – 6.500/mm³
– Bas – 0 %
– Eos – 2 %
– Mielócitos – 0 %
– Metamielócitos – 0 %
–
–
–
–
Bastões – 2 %
Segmentados – 61 %
Linfócitos – 27%
Monócitos – 8 %
• Plaquetas – 280.000/mm³
•
•
•
Valores normais : Leuc - 4.000 a
11.000/mm³
Bas – 0-1% / Eos – 1-5% / Miel – 0% / MM
– 0-1%
Bast – 1-7%/Seg – 40-65% / Linf – 22-45%
/ Mon – 3-8%
O HEMOGRAMA
• Exemplo 2:
– Hem – 4,3/mm³
– Hb – 12,2 g/dl
– Htc – 38%
– VCM – 87 ³
– CHCM – 32%
• Leuc – 1.800/mm³
–
–
–
–
–
–
–
–
Bas – 1 %
Eos – 1 %
Mielócitos – 0 %
Metamielócitos – 0 %
Bastões – 1 %
Segmentados – 21 %
Linfócitos – 68%
Monócitos – 8 %
• Plaquetas – 130.000/mm³
•
Valores normais : Leuc - 4.000 a 11.000/mm³
•
Bas – 0-1% / Eos – 1-5% / Miel – 0% / MM – 0-1%
•
Bast – 1-7%/Seg – 40-65% / Linf – 22-45% / Mon – 3-8%
O HEMOGRAMA
• Exemplo 3:
– Hem – 3,9/mm³
– Hb – 11,3 g/dl
– Htc – 34%
– VCM – 85 ³
– CHCM – 32%
• Leuc – 16.800/mm³
–
–
–
–
–
–
–
–
Bas – 0 %
Eos – 0 %
Mielócitos – 0 %
Metamielócitos – 0 %
Bastões – 10 %
Segmentados – 72 %
Linfócitos – 15%
Monócitos – 3 %
• Plaquetas – 150.000/mm³
•
Valores normais : Leuc - 4.000 a 11.000/mm³
•
Bas – 0-1% / Eos – 1-5% / Miel – 0% / MM – 0-1%
•
Bast – 1-7%/Seg – 40-65% / Linf – 22-45% / Mon – 3-8%
LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE
BASÓFILOS
BASÓFILOS
• Basófilos e mastócitos – têm características funcionais e bioquímicas
semelhantes, mas não são idênticos
• O menos comum dos três granulócitos (0-1%) – “life span” - dias
• Circulam como células maduras e podem ser recrutados pelos tecidos
(resposta inflamatória), mas NÃO moram nos tecidos
• Mastócitos, ao contrário, são originários de precursores do sangue e
completam sua maturação nos tecidos (vivem nos tecidos por longos
períodos de tempo – vasos, nervos, tecido conjuntivo, pele, TGI , tratos
urinário e respiratório) – “life span” – semanas a meses
BASÓFILOS
•
Basófilos e mastócitos têm alta afinidade por IgE na superfície da célula
•
Ambas podem liberar mediadores potentes da inflamação como resposta à
ativação pela IgE ligado a alérgenos
•
Células efetoras importantes na ASMA, FEBRE DO FENO e outras desordens
alérgicas
•
Liberam histamina, proteases, mediadores lipídicos (prostaglandina D2 e
leucotrieno C4)
•
Têm função protetora do hospedeiro associada à produção de IgE dirigida
especialmente a parasitas e a certas infecções bacterianas
•
Expressam funções imunorregulatórias através da produção de citocinas
Mastócito (M) e basófilo (B) na submucosa ileal de um paciente com doença de Crohn. Os
mastócitos são células mononucleares maiores com uma superfície de membrana mais complexa
e com grânulos citoplasmáticos menores e mais numerosos do que os do basófilos. Na figura o
basófilo exibe um núcleo bilobado. Os grânulos dos basófilos exibem espirais de membranas
(setas).
DIMINUIÇÃO DOS BASÓFILOS
BASOPENIA (OU BASÓFILOPENIA)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ausência hereditária de basófilos (muito raro)
Níveis elevados de glucorticóides
Hipertireoidismo ou tratamento com hormônios da tireóide
Ovulação
Reações de hipersensibilidade
Urticária
Anafilaxia
Reações induzidas por drogas
Leucocitose (associada à infecção, estados inflamatórios, reações
imunológicas, neoplasia or hemorragia)
AUMENTO DOS BASÓFILOS - BASOFILIA
• Alergia ou inflamação
• Colite ulcerativa
• Hipersensibilidade a inalantes,
drogas ou alimentos
• Eritroderma, urticária
• Artrite reumatoide Juvenil
• Endocrinopatia
• Diabetes mellitus
• Administração de estrogênio
• Hipotiroidismo (mixedema)
• Infecção
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Varicela
Influenza
Varíola
Tuberculose
Deficiência de ferro
Exposição à radiação ionizante
Neoplasia
Leucemia “basofílica”
Doenças mieloproliferativas
(LMC, PV, MF, TE)
• Carcinoma
AUMENTO DOS BASÓFILOS - BASOFILIA
LEUCEMIAS ASSOCIADAS COM BASOFILIA
LMC com basofilia “exagerada”
Transformação blástica, incluindo transformação aguda basofílica, da LMC
Leucemia mieloide Aguda com t(9;22), t(6;9), t(3;6) ou anormalidades do 12p
e basofilia da medula óssea
Leucemia Promielocítica Aguda com maturação basofílica
Leucemia Basofílica Aguda
LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE
EOSINÓFILOS
EOSINÓFILOS
•
•
•
•
•
Célula muito estudada por seu papel na asma
Tem efeito protetor contra infecções por helmintos
Mas pode causar dano tecidual quando ativada de forma inapropriada
Produção e função influenciadas pela interleucina-5 (IL-5)
Eosinofilia – associada a doenças caracterizadas por respostas imunes
mediadas por linfócitos T helper (Th2) – infecções por helminto e asma
extrínseca
• Mas, eosinofilia também com doenças não associadas à dominância do
Th2 – asma intrínseca, síndrome hipereosinofílica e doença inflamatória
intestinal
• IL-5 e outros mediadores eosinofílicos – gerados em vários tipos de
resposta inflamatória
EOSINÓFILOS
• Produzem mediadores pró-inflamatórios
• Proteínas dos grânulos são tóxicas para diversos tipos de células, incluindo
larvas de parasitas
• Produzem leucotrienos e outros mediadores inflamatórios (fator de
ativação plaquetário)
• Associados a reações fibróticas como fibrose endomiocárdica (das
síndromes hipereosinofílicas) e alveolite fibrosante
• Acúmulo de eosinófilos nos tecidos: saída da MO, adesão ao endotélio,
quimiotaxia seletiva e sobrevida prolongada nos tecidos – eventos
controlados pelas IL-4, IL-5 e IL13
EOSINÓFILOS
• Células que não se
hematopoiéticos da MO
dividem,
se
diferenciam
de
precursores
• Migram para o sangue > circulam por  18 horas > entram nos tecidos
• São células primariamente teciduais (principalmente intestino) - 100 céls.
tecidos para cada 1 cél. circulando (proporções diferentes no estado
saudável e em doenças)
• MO normal tem 3% de eosinófilos, 1/3 maduros, 2/3 precursores
Williams Hematology, 7th Ed.
FUNÇÕES DOS EOSINÓFILOS
FAGOCITOSE
• Pode fagocitar partículas
• Adere firmemente às formas larvais dos helmintos > liberação de grânulos,
em alta concentração na superfície > proteínas dos grânulos são
altamente tóxicas para as larvas (fagocitose frustrada)
• Papel pró-inflamatório no epitélio brônquico > descamação epitelial >
asma severa
Williams Hematology, 7th Ed.
FUNÇÕES DOS EOSINÓFILOS
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS
• Capacidade de apresentar antígenos a células T, mas com menos eficiência
dos que as células dendríticas
LIBERAÇÃO DE MEDIADORES E DE CITOCINAS
Williams Hematology, 7th Ed.
MEDIDA DOS EOSINÓFILOS NO SANGUE
DIMINUIÇÃO DOS EOSINÓFILOS
• Contagem normal – 40-550 células/mm³
• Contagem mais alta em neonatos
• Varia com idade, período do dia, com exercício, estímulos ambientais
(exposição a alérgenos)
• Variação diurna, mais baixo de manhã, maior à noite (níveis de cortisol ?)
• Populações de áreas endêmicas de parasitas > aumento de até 40 vezes
• Sem diferenças entre grupos étnicos
Williams Hematology, 7th Ed.
MEDIDA DOS EOSINÓFILOS NO SANGUE
DIMINUIÇÃO DOS EOSINÓFILOS (EOSINOPENIA)
• Contagem mais baixa em pacientes hospitalizados
• Pacientes em uso de glicocorticóides
• Infecção aguda, ou que receberam adrenalina ( bloqueadores podem
causar aumento de eosinófilos)
• Casos isolados de ausência de eosinófilos no SP e na MO
• A maioria tinha sintomas alérgicos, outros associada à agranulocitose
induzida por drogas
• Deficiência de Peroxidase eosinofílica – condição rara que leva à
diminuição da contagem de eosinófilos, na maioria das vezes sem
consequências clínicas
Williams Hematology, 7th Ed.
MEDIDA DOS EOSINÓFILOS NO SANGUE
EOSINOFILIA
• Eosinofilia leve < 1.500 céls./mm³
• Eosinofilia moderada – 1.500 a 5.000 cél./mm³
• Eosinofilia elevada  5.000 cél./mm³
• Causa mais comum no mundo – parasitoses intestinais
• Em países industrializados – doenças alérgicas (rinite perene ou sazonal,
dermatite atópica e asma) > aumento apenas leve
• Aumento de moderado a elevado – possibilidade de síndrome de ChurgStrauss
ou
aspergilose
broncopulmonar
(estrongiloidíase,
esquistosomose)
Williams Hematology, 7th Ed.
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
D. Parasitária
Comum
Moderada a alta
Bacteriana
Rara
Geralmente
eosinopenia
Micobacteriana
Rara
Mais comum pelas
drogas
Fúngica
Rara
Mais comum
coccidiodomicose
Ricketsia
Rara
Criptococos –
eosinofilia LCR
Leveduras
Rara
Viral
Rara
INFECÇÕES
Williams Hematology, 7th Ed.
Herpes e HIV
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
Rinite Alérgica
Comum
Leve
Dermatite Atópica
Comum crianças
Leve
Urticária /
angioedema
Comum
Variável
Eosinófilos na pele
Asma
Comum
Leve
Síndrome da asma
intrínseca, pólipo
nasal e intolerância à
aspirina associada à
eosinofilia
DOENÇAS ALÉRGICAS
Williams Hematology, 7th Ed.
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
Incomum
Leve a alta
Contagem volta ao
normal após
suspensão da droga
REAÇÕES À DROGAS
Muitas drogas
Williams Hematology, 7th Ed.
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
Leuc. Eosinof Aguda
Rara
Alta
LMC
Incomum
Moderada à alta
Eosinofilia ocasional
Leuc. Eosinof Crônica
Rara
Alta
Antes um subtipo da
SHE
Linf T ou L Hodgkin
Incomum
Moderada
Eosinofilia tecidual
intensa com eosinofilia
sanguínea moderada;
mais comum no LH
Histiocitose Células de
Langerhans
Rara
Leve
Eosinofilia tecidual
intensa com eosinofilia
sanguínea infrequente
Tumores sólidos
Incomum
Leve a alta
Vários tipos de tumores
NEOPLASIAS
Williams Hematology, 7th Ed.
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
Artrite reumatoide
Rara
Leve a alta
Ocasional
Fasciite
Rara
Alta
Gastroenterite
eosinofílica
Rara
Leve a moderada
Eosinofilia tecidual
intensa com eosinofilia
sanguínea moderada
Doença celíaca
Incomum
Normal
Eosinofilia tecidual
MUSCULOESQUELÉTICA
GASTROINTESTINAL
D. Inflam. Intestinal
Gastroenterite alérgica
Vários tipos de tumores
Rara
Williams Hematology, 7th Ed.
Leve a alta
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
TRATO RESPIRATÓRIO
Churg-Strauss
Rara
Moderada a alta
Vasculite eosinofílica
e asma
Eosinofilia pulmonar
Incomum
Leve à alta
Eosinofilia +
pneumonia; causa
desconhecida
Bronquiectasia, fibrose
cística
Incomum
Leve
Associada à asma e
aspergilose
Incomum
Moderada
DOENÇAS DA PELE
Penfigóide bolhoso
Williams Hematology, 7th Ed.
EOSINOFILIA
CAUSAS DE EOSINOFILIA
Doença
Frequência da causa
Grau da Eosinofilia
Comentários
Terapia com IL-2
Rara
Moderada à alta
P/a carcinoma renal
SHE
Rara
Alta
Fibrose
endomiocárdica
Rara
Alta
Síndrome Hiper IgE
Rara
Moderada à alta
Eosinofilia-mialgia e
síndrome do óleo
tóxico
Rara
Alta
MISCELÂNEA
Williams Hematology, 7th Ed.
Secundária qq causa de
eosinofilia
Envenenamento por
óleo de cozinha
(Espanha) e um lote de
triptofano
LEUCEMIAS EOSINOFÍLICAS
CLASSIFICAÇÃO DA OMS (2008) DAS NEOPLASIAS MIELOIDES E DAS LEUCEMIAS AGUDAS
•
Neoplasias Mieloproliferativas (NMP)
–
–
–
–
–
–
–
–
•
Leucemia mieloide Crônica, BCR-ABL1–positiva
Leucemia Neutrofílica Crônica
Policitemia vera
Mielofibrose Primária
Trombocitemia Essencial
Leucemia Eosinofílica Crônica, não especificada (not otherwise specified – NOS)
Mastocitose
Neoplasias Mieloproliferativas, inclassificáveis
Neoplasias mieloides e Linfóides associadas com eosinofilia e anormalidades dos
genes que codificam os receptores PDGFRA, PDGFRB, ou FGFR1 (receptor do fator
de crescimento derivado de plaquetas A e B e receptor do fator de crescimento de
fibroblasto 1)
– Neoplasias mieloides e Linfóides associadas com rearranjo no PDGFRA
– Neoplasias mieloide associada com rearranjo no PDGFRB
– Neoplasias mieloides e Linfóides associadas com rearranjo no FGFR1
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCEMIAS EOSINOFÍLICAS
CLASSIFICAÇÃO DA OMS (2008) DAS NEOPLASIAS MIELOIDES E DAS LEUCEMIAS AGUDAS
•
Casos diagnosticados como Leucemia Eosinofílica Crônica (LEC) ou “Síndrome
Hipereosinofílica” > anormalidades dos genes que codificam PDGFR
•
Rearranjo do PDGFRB no cromossomo 5q33 – inicialmente visto na LMMC +
eosinofilia ou na LEC
•
Rearranjo do PDGFRA, no cromossomo 4q12 – visto nas LEC ou nas síndromes
hipereosinofílicas idiopáticas
•
Rearranjo do FGFR1, no cromossomo 8p11.2 – Neoplasias mieloproliferativas +
eosinofilia
•
Pacientes com rearranjo do FGFR1, no entanto, podem ter inicialmente
leucemia/linfoma T ou B linfoblástico + eosinofilia que podem evoluir para uma
neoplasia mieloide + eosinofilia
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCEMIAS EOSINOFÍLICAS
CLASSIFICAÇÃO DA OMS (2008) DAS NEOPLASIAS MIELOIDES E DAS LEUCEMIAS AGUDAS
•
Casos raros associados a rearranjo do PDGFRA – também apresenta neoplasia
linfóide inicialmente
•
Em resumo: PDGFRB como LMMC, PDGFRA e FGFR1 como neoplasia linfóide >
diagnóstico genérico de Leucemia Eosinofílica Crônica é impreciso
•
Além disso > implicações terapêuticas: rearranjos PDGFRA e PDGFRB são
SENSÍVEIS ao imatinib (Glivec ) > criado novo subgrupo Neoplasias
mieloides/Linfóides com eosinofilia associadas a rearranjos do PDGFRA, PDGFRB,
or FGFR1
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCEMIAS EOSINOFÍLICAS
•
CLASSIFICAÇÃO DA OMS (2008) DAS NEOPLASIAS MIELOIDES E DAS LEUCEMIAS AGUDAS
Leucemia Eosinofílica Crônica (NOS) – critérios diagnósticos:
–
–
–
–
–
–
–
•
Neoplasia com eosinofilia sem os rearranjos descritos
Eosinófilos > 1.500/mm³
Blastos < 20% no SP e na MO
BCR-ABL negativo
inv(16) ou t(16;16) negativos
Nenhuma evidência de outra NMP ou SMD/NMP + clonalidade citogenética ou molecular
Blastos > 2% no SP ou 5% na MO
Síndrome Hipereosinofílica Idiopática
–
–
–
–
–
–
Impossibilidade de provar a clonalidade
Não há aumento de blastos
Eosinofilia > 1.500/mm³ por mais de 6 meses
Nenhuma outra causa subjacente de eosinofilia
Envolvimento e disfunção orgânica (liberação de IL-2, IL-3 e IL-5)
DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE
NEUTRÓFILOS
NEUTRÓFILOS
•
•
•
Neutropenia – contagem absoluta de neutrófilos < 2 desvios padrões abaixo da
média normal da população
Pode ser herdada ou adquirida
Causas:
–
–
–
•
•
•
•
Diminuição da produção pela MO
Desvio dos neutrófilos circulantes para o pool marginal
Destruição acelerada no SP ou saída para os tecidos
Pode ocorrer com anemia e/ou com trombocitopenia (bicitopenia ou
pancitopenia)
Quando é a única anormalidade ou a dominante > neutropenia seletiva ou isolada
(neutropenia crônica idiopática ou induzida por drogas)
Pode ser o indicador de doença sistêmica subjacente, como def. B12
Neutropenia severa (< 500 neutrófilos/mm³) aumenta susceptibilidade a infecções
bacterianas e fúngicas
Williams Hematology, 7th Ed.
NEUTRÓFILOS
• Contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 1500
células/mm³.
• CAN = leucometria x (% bastões + % segmentados) x
0,01
Williams Hematology, 7th Ed.
SIGNIFICADO CLÍNICO DA CAN
Williams Hematology, 7th Ed.
NEUTROPENIA COM DIMINUIÇÃO DA RESERVA MEDULAR
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 707.
NEUTROPENIA COM DIMINUIÇÃO DA RESERVA MEDULAR
Doença
Secundária
Herança/
Mecanismo Frequência
Características
Clínicas
Diagnóstico Tratamento
Desordem
linfoproliferativ
a de linfócitos
granulares
Aumento da
Incomum
apoptose
devido a ligante
FAS ciruculante
Infecção
recurrente, febre,
úlcera de boca,
esplenomegalia,
artrite. Adultos.
Proliferação clonal Ciclosporina ou
de linfócitos
methotrexate .
+/−
granulares. CD3
Tratar sepsis. Uso
+
+
e CD8 , ou CD16 cuidadoso de Gou CD56+ ou CD57+ CSF
Quimioterapia
Toxicidade
Comum
direta dos
precursores dos
neutrófilos
Severidade =
intensidade do
tratamento e dos
ag. citotóxicos;
reserva MO pobre
= altor risco de
infecção
História clínica
apropriada;
mielograma
neutropenia for
anormalmente
prolongada ou
severa
Induzida por
droga (nãoimune)
Supressão
direta da
mielopoiese
Não incomum
Medicações - 72%
de todos os casos;
mortalidade - 12% –
25% (cloranfenicol,
etc.)
História clínica;
Parar medicações
descontinuação
desnecesárias; G-CSF
empírica das drogas pode ser usado
> diagnóstico
Nutricional
Mielopoiese
ineficaz
Incomum
Desnutrição
História clínica;
proteico-calórica;
mielograma
def. folato, B12,
cobre. Causa
incomum de
neutropenia isolada
Neutropenia pode
ser de leve a severa
HIV—aspergillose;
piomyosite
Infecção Viral Efeito direto; Incomum
(varicela, EBV, imunosarampo, CMV, mediada
hepatite, HIV)
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 707.
Suporte; TMP/SMX
profiláctico 5
mg/kg 2x/dia em 3
dias consecutivos;
G-CSF em casos
selecionados
Cuidados de
suporte; corrigir a
deficiência
nutricional.
G-CSF algumas
vezes usadas na
neutropenia
severa com
infecção
NEUTROPENIA COM RESERVA MEDULAR NORMAL
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 707.
NEUTROPENIA COM RESERVA MEDULAR NORMAL
Neutropenia
Mecanismo
Herança /
Frequência
História
Clínica
Diagnóstico
Tratamento
Neutropenia
alo-imune
Alo-imunização Não incomum
materna
Neutropenia moderada Resolve por volta G-CSF em caso de
à severa em recémdos 3 a 4 meses sepsis; suporte
nascidos; pode haver
aumento de infecções de idade
cutâneas
Neutropenia
induzida por
drogas
Mediada por
anticorpo ou
complemento
3.4/milhão
Febre, inflamação da
garganta, sepsis,
estomatite,
pneumonia; 12%–25%
mortalidade; 80%
recuperação
Neutropenia
relacionada à
infecção
Anticorpo
induzido por
vírus
Comum
História clínica
específica de Infecção.
No caso de sepsis
bacteriana pode haver
diminuição da reserva
medular.
Não incomum
Neutropenia
frequentemente leve;
associada à: infecção
(malária, TB),
neoplasia, doenças do
colágeno, anemia
hemolítica
Hipersplenismo Sequestro;
possível
destruição de
PMN
História de
medicação;
Mielograma
mostra parada
maturativa tardia
Exames para
Parvovirus B19
and HIV
Parar medicações
desnecessárias; apenas
observar se a
celularidade da MO for
normal e CAN
>500/mm3
Exame clínico;
esfregaço do SP
com esferócitos
Tratamento da
desordem subjacente;
esplenectomia em
raros casos
(frequentemente para
anemia ou
trombocitopenia)
Nenhum necessário
para aumenta CAN a
não ser em caso de
parada maturativa
precoce
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 707.
MEDICAMENTOS RELACIONADOS À AGRANULOCITOSE /
NEUTROPENIA
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Dipirona
Mianserine
Sulfalazina
Cotrimoxazole
Agentes antiarrítmicos
Penicilina
Tiouracil
Fenilbutazona
Cimetidina
Penicilamina
Diclofenaco
Carbamazepina
Inibidores da ECA
Hct com diuréticos poupadores de
potássio
Indometacina
Cefalosporina
Oxifenilbutazona
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Nitrofurantoina
AAS
Clozapina
Carbimazole
Derivados da sulfoniluréia
Metil-dopa
Metimazol
Nucleosídeos
Aminoglutetimida
Ibuprofeno
Pentazocina
Levamizol
Prometazina
Cloranfenicol
Paracetamol
Perazina
Ranitidina
Imipramina
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 710.
Systematic Review: Agranulocytosis Induced by Nonchemotherapy Drugs. Anderson F. et al. Ann Inter Med 2007; 146:657-665
ALGORITMO
PARA
AVALIAÇÃO DE
NEUTROPENIA
In: Hoffman R, Benz, Jr EJ, Shattil SJ, et al. Hematology: Basic Principles and Practice. 5th ed. Philadelphia, Pensilvania: Elsevier, 2009. Cap. 50, p. 706
NEUTROFILIA
• Aumento na contagem absoluta de neutrófilos mais do que 2 desvios
padrões da média populacional normal
• Para crianças de 1 mês ou mais velhas e adultos – 7.500/mm³ (bastões +
segmentados)
• Ao nascimento – média 12.000/mm³ (até 26.000/mm³ considerado
normal)
• Outros termos – leucocitose neutrofílica, leucocitose polimorfonuclear e
granulocitose
Williams Hematology, 7th Ed.
NEUTROFILIA
•
Leucocitose é usado porque o aumento de neutrófilos é a causa mais frequente do
aumento de leucócitos totais
•
Granulocitose é menos específico: granulócitos incluem basófilos, eosinófilos e
neutrófilos
•
Neutrofilia extrema – reação leucemóide (sugere leucemia); pode ser o resultado
do aumento de segmentados ou de bastões, metamielóticos e mielócitos em
menor proporção
•
Em indivíduos normais: aumento no fim da tarde
•
Aumentos também:
–
Após alimentação
–
Postura ereta
–
Estímulos emocionais
Williams Hematology, 7th Ed.
MECANISMOS DA NEUTROFILIA
• Aumento da produção celular
– Alguns dias
• Liberação acelerada da MO para o SP
– Algumas horas
• Desvio do pool marginal para o pool circulante
– Alguns minutos
• Redução da migração de neutrófilos do sangue para os tecidos
• Combinação desses mecanismos
Williams Hematology, 7th Ed.
CAUSAS DE NEUTROFILIA - AGUDAS
• Estímulo Físico
– Frio, calor, exercício, convulsões, dor, parto, anestesia, cirurgia
• Estímulo Emocional
– Pânico, raiva, estresse grave, depressão
• Infecções
– Bacterianas agudas, localizadas e sistêmicas, micóticas, ricketsia, espiroquetas, e
algumas virais
• Inflamação ou Necrose Tecidual
– Queimaduras, choque elétrico, trauma, infarto, gota, vasculites, complexos ag-ac,
ativação do complemento
• Drogas, hormônios e toxinas
– G-CSF, epinefrina, endotoxinas, glicocorticóides, tabaco, vacinas, venenos
Williams Hematology, 7th Ed.
CAUSAS DE NEUTROFILIA – CRÔNICAS
• Infecções
– Persistências das infecções que causam neutrofilia aguda
• Inflamação
– A maioria das reações inflamatórias agudas, como colites, dermatites, reações de
hipersensibilidade a drogas, gota, hepatite, miosite, nefrite, pancreatite, periodontite,
febre reumática, artrite reumatoide, vasculites, tiroidites, síndrome de Sweet
• Tumores
– Gástricos, broncogênicos, mama, renal, hepático, pancreático, uterino, cânceres de
células escamosas; raramente Linfoma Hodgkin, LNH, tumores cerebrais, melanoma e
Mieloma Múltiplo
Williams Hematology, 7th Ed.
CAUSAS DE NEUTROFILIA – CRÔNICAS
• Drogas, Hormônios e Toxinas
– Exposição continuada às substâncias que causam neutrofilia aguda, lítio, raramente
outras drogas
• Desordens Metabólicas e Endócrinas
– Elâmpsia, “tempestade” tireoidea, superprodução de hormônio adrenocorticotrópico
• Desordens Hematológicas
– Rebote das agranulocitoses, tratamento da anemia megaloblástica, hemólise crônica ou
hemorragia, asplenismo, desordens mieloproliferativas, leucocitose crônica idiopática
• Desordens Hereditárias e Congênitas
– Síndrome de Down, desordens congênitas (Tetralogia de Fallot, dextrocardia e ausência
dos rádios, etc)
Williams Hematology, 7th Ed.
CONDUTA NAS NEUTROFILIAS
• Considerar erro do laboratório
• Se achados clínicos não explicam a neutrofilia > repetir o exame antes de
outros exames mais específicos
• Leucocitose factícia – problemas na coleta, anticoagulação inadequada da
amostra > grumos plaquetários contados como leucócitos (leuc raramente
> 10% do normal + trombocitopenia)
• Crioglobulinemia – aumento dependente da temperatura nos leucócitos e
nas plaquetas quando em 30°C: leuc até 50.000/mm3 + dobro no.
plaquetas
Williams Hematology, 7th Ed.
CONDUTA NAS NEUTROFILIAS
• Conduta depende do grau da neutrofilia e dos achados clínicos associados
• Processos inflamatórios agudos ou crônicos são os mais comuns >
diagnóstico e tratamento ditados pela natureza da doença primária
• HDA e/ou EF inconclusivos – VHS, PCR
• VHS elevado – doenças do colágeno
• Exame da MO ajuda pouco
• Reação leucemóide ou quadro leucoeritroblástico – invasão MO ou SMD >
Bx MO, citogenética, imunofenotipagem, imunohistoquímica, pesquisa de
fungos, BK e doença do colágeno (vasculite)
• Bx MO pode mostrar granulomas, fungos, tumor metastático que pode
não aparecer no aspirado
Williams Hematology, 7th Ed.
Neutrofilia
Encerrar
avaliação
Normal
Repetir
Contagem
Persistente
Esfregaço SP:
Leucoeritroblástico?
Sim
Exame MO
Morfologia, Genética, Cultura
Não
Febre, sinais de infecção?
Sim
Avaliar e tratar
Não
Tumor
D. Granulomatosa
Mutação JAK2
Ph1 ou Bcr-Abl
LMC
Cecil Medicine, 24th Ed.
NMP não-LMC
(P. Vera, MF)
Pesquisa doenças
Autoimunes
SP para Bcr-Abl,
JAK2
Drogas potencias
(Lítio, corticóide)
Fumante ?
D. Autoimune,
Mieloproliferativa,
Induzido por droga,
Fumo,
Idiopática
LEUCEMIAS MIELOIDES AGUDAS
E NEOPLASIAS RELACIONADAS – OMS 2008
LMA com normalidades genéticas recorrentes
LMA não especificada (not otherwise specified)
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
LMA com t(8;21)(q22;q22); RUNX1-RUNX1T1
LMA com inv(16)(p13.1q22) ou
t(16;16)(p13.1;q22); CBFB-MYH11
LPA com t(15;17)(q22;q12); PML-RARA
LMA com t(9;11)(p22;q23); MLLT3-MLL
LMA com t(6;9)(p23;q34); DEK-NUP214
LMA com inv(3)(q21q26.2) ou t(3;3)(q21;q26.2);
RPN1-EVI1
LMA (megacarioblástica) com t(1;22)(p13;q13);
RBM15-MKL1
Entidade provisória: LMA com NPM1 mutado
Entidade provisória: LMA com CEBPA mutado
LMA com alterações relacionadas à
mielodisplasia
•
Neoplasias mieloides relacionadas à terapia
LMA com diferenciação mínima
LMA sem maturação
LMA com maturação
Leucemia Mielomonocítica Aguda
Leucemmia monoblástica/monocítica aguda
Leucemia eritróide aguda
–
–
•
•
•
Leucemia eritróide pura
Eritroleucemia, eritróide/mieloide
Leucemia megacarioblástica aguda
Leucemia basofílica aguda
Panmielose aguda com milofibrose
Sarcoma mieloide
Proliferações mieloides relacionadas à síndrome
de Down
•
•
Mielopoiese anormal transitória
Leucemia mieloide associada à síndrome de Down
Neoplasia de células dendríticas, plamablásticas
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCEMIAS MIELOIDES AGUDAS
E NEOPLASIAS RELACIONADAS – OMS 2008
Leucemias Agudas de linhagem ambígua
Leucemia aguda indiferenciada
Leucemia aguda com fenótipo misto com
t(9;22)(q34;q11.2); BCR-ABL1
Leucemia aguda com fenótipo misto com
t(v;11q23); rearranjo de MLL
Leucemia aguda com fenótipo misto Bmieloide, NOS
Leucemia aguda com fenótipo misto, Tmieloide, NOS
Entidade provisória: Linfoma/leucemia
linfoblástica de células natural killer (NK)
BLOOD, 30 JULY 2009 VOLUME 114, NUMBER 5
LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE
LINFÓCITOS
LINFÓCITOS - DEFINIÇÕES
• Linfocitose – contagem absoluta de linfócitos > 4.000/mm³
– Policlonal ou monoclonal
– Linfocitose monoclonal – doença linfoproliferativa subjacente
– Linfocitose policlonal – reacional a fatores extrínsecos (infecção e/ou inflamação)
• Linfocitopenia – contagem absoluta de linfócitos < 1.000/mm³
– Depleção principalmente de células T, as mais abundantes no sangue
– Causa mais comum é infecção viral (HIV p. ex)
Williams Hematology, 7th Ed.
DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS B
Williams Hematology, 7th Ed.
DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS T
Williams Hematology, 7th Ed.
LINFOCITOPENIA
• 80% dos linfócitos adultos são células T
• Quase 2/3 – células CD4+ (helper)
• Maioria dos pacientes com linfocitopenia – redução número absoluto de
linfócitos T CD4+
• Aproximadamente 1/3 – células T CD8+
Williams Hematology, 7th Ed.
LINFOCITOPENIA
I – Causas herdadas
A. D. imunodeficiências
congênitas
1. Imunodeficiência severa
combinada
a. Aplasia de cél. tronco linfopoiéticas
b. Deficiência de Adenosine deaminase
c. Ausência de antígenos de
histocompatibilidade
d. Ausência de células helper CD4+
e. Alinfoplasia tímica com aleucocitose
(disgenesia reticular)
Williams Hematology, 7th Ed.
2. Deficiência imune comum
variável
3. Ataxia-telangiectasia
4. Síndrome de Wiskott-Aldrich
5. Imunodeficiência com
nanismo de membro curto
6. Imunodeficiência com timoma
7. Deficiência de fosforilase
purina nucleosídeo
8. Imunodeficiência com doença
venoclusiva do fígado
B. Linfopenia resultante de
poliformismo genético
LINFOCITOPENIA
II. Causas adquiridas
A. Anemia Aplástica
B. Doenças Infecciosas
1. Doenças Virais
a. HIV
b. SARS
c. Encefalite do Oeste do Nilo
d. Hepatite
e. Influenza
f. Herpes simplex virus
g. Herpes virus tipo 6 (HHV-6)
h. Herpes virus tipo 8 (HHV-8)
i. Sarampo
j. Outros
Williams Hematology, 7th Ed.
2. Doenças Bacterianas
a. Tuberculose
b. Febre tifóide
c. Pneumonia
d. Rickettsiose
e. Erliquiose
f. Sepse
3. Doenças Parasíticas
a. Fase aguda da infecção por malária
LINFOCITOPENIA
C. Iatrogênica
1. Agentes Imunossupressores
6. Radiação
a. ATG
b. Alemtuzumabe
c. Glicocorticóides
7. Cirurgia grande porte
2. Tto com PUVA alta dose
3. Síndrome Stevens-Johnson
4. Quimioterapia
5. Aférese de plaquetas ou
células tronco
Williams Hematology, 7th Ed.
8. Circulação extracorpórea
9. Transplante Renal ou de MO
10. Drenagem do duto torácico
11. Hemodiálise
LINFOCITOPENIA
D. Associada à doenças
sistêmicas
1. Doenças autoimunes
a. Artrite
b. LES
c. Sjögren
d. Miastenia gravis
e. Vasculite sistêmica
f. Síndrome de Behçet-like
g. Dermatomiosite
h. Granulomatos de Wegener
Williams Hematology, 7th Ed.
2. LH
3. Carcinoma
4. MF idiopática
5. Enteropatia perdedora ptn
6. Falência Renal
7. Sarcoidose
8. Injúria térmica
9. Pancreatite severa aguda
10. Exercício extenuante
11. Silicose
12. Doença Celíaca
LINFOCITOPENIA
E. Nutricional e dietética
1. Abuso de etanol
2. Deficiência de zinco
III. Idiopática
A. Linfocitopenia Idiopática de CD4+ T helper
Williams Hematology, 7th Ed.
LINFOCITOSE
I. Linfocitose primária
A. Neoplasias linfóides
1. LLA
2. LLC e desordens relacionadas
3. Leucemia prolinfocítica
4. Tricoleucemia
5. Leucemia de células T do adulto
6. Linfoma linfoblástico
Williams Hematology, 7th Ed.
7. Leucemia Linfocítica granular
grande
a. Leucemia de células NK
b. CD8+ T cell
c. CD4+ T cell
d. / T cell
B. Linfocitose monoclonal
de células B
C. Linfocitose policlonal
persistente de células B
LINFOCITOSE
II. Linfocitose reacional
A. Sínd. Mononucleose
1. EBV
2. CMV
3. HIV
4. Herpes simplex virus tipo II
5. Rubéola
6. Toxoplasma gondii
Williams Hematology, 7th Ed.
7. Adenovirus
8. Hepatite
9. Dengue
10. Vírus da herpes humano tipo
6 (HHV-6)
11. Vírus da herpes humano tipo
8 (HHV-8)
12. Varicela zoster
LINFOCITOSE
B. Bordetella pertussis
C. Linfocitose de células NK
D. Linfocitose por estresse
(aguda)
1. Colapso Cardiovascular
a. Falência cardíaca aguda
b. Infarto do miocárdio
2. Síndrome do choque tóxico por
Estáfilococos
3. Induzida por droga
4. Cirurgia de grande porte
5. Crise falcêmica
6. Status epilepticus
7. Trauma
Williams Hematology, 7th Ed.
LINFOCITOSE
E. Reações Hipersensibilidade
1. Picadas de insetos
2. Drogas
4. Infecção crônica
a. Leishimaniose
b. Hanseníase
F. Linfocitose Persistente
(subaguda ou crônica)
1. Câncer
2. Fumo
3. Hiposplenismo
Williams Hematology, 7th Ed.
c. Estrongiloidíase
5. Timoma
LEUCEMIAS LINFOBLÁSTICAS – OMS 2008
• Leucemia/linfoma linfoblástico B
– Leucemia/linfoma linfoblástico B NOS
– Leucemia/linfoma linfoblástico B com anormalidades genéticas
recorrentes
•
•
•
•
•
•
•
Leucemia/linfoma linfoblástico B com (9;22)(q34;q11.2);BCR-ABL 1
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(v;11q23); rearranjo de MLL
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(12;21)(p13;q22) TEL-AML1 (ETV6-RUNX1)
Leucemia/linfoma linfoblástico B com hiperdiploidia
Leucemia/linfoma linfoblástico B com hipodiploidia
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(5;14)(q31;q32) IL3-IGH
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(1;19)(q23;p13.3);TCF3-PBX1
• Leucemia/linfoma linfoblástico T
LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE
MONÓCITOS
MONÓCITOS - DEFINIÇÕES
• O monócito transita entre a medula e os tecidos > macrófago
• Nos tecidos, assume funções e nomes específicos:
– Células de Kupffer no fígado
– Micróglia no cérebro
– Osteoclastos na medula óssea
• Participa em virtualmente todas as reações inflamatórias e imunes
• Sua concentração aumenta em:
–
–
–
–
Doenças autoimunes
Desordens gastrointestinais
Sarcoidose
Várias infecções virais e bacterianas
Williams Hematology, 7th Ed.
MONÓCITOS - DEFINIÇÕES
• Monocitose – aumento da contagem absoluta > 800 céls/mm³
–
–
–
–
–
–
Câncer
Pós-esplenectomia
Doença inflamatória intestinal
endocardite
Tuberculose
Brucelose
• Concentração e contagem é imprevisível
–
–
–
–
Pequeno pool sangúineo da célula
Grande pool tecidual
Sobrevida longa nos tecidos
Efetores e citocinas que influenciam na resposta e na expansão do número de células
por mitose local nos tecidos
Williams Hematology, 7th Ed.
MONÓCITOS - DEFINIÇÕES
• Aumento mais marcante – neoplasias hematológicas
– SMD com monocitose clonal
– Leucemia Monocítica ou Mielomonocítica
•
•
•
•
•
Depressão
IAM
Parto
Injúrias térmicas
Maratonas
• Monocitopenia – achado isolado, raro
• Comum na Anemia Aplástica e Tricoleucemia
• Contribui significativamente para a predisposição à infecção (HIV e
neoplasias)
Williams Hematology, 7th Ed.
MONOCITOPENIA
• Qualquer desordem das células tronco associada à pancitopenia (LMA, p.
ex.)
• Mais marcado e constante na Anemia Aplástica
• Achado importante na Tricoleucemia (auxilia no diagnóstico)
• Pequena proporção de pacientes com LLC - > frequência de infecções,
especialmente por vírus.
• Neutropenia cíclica acompanhada de monocitopenia
• Injúria térmica grave
• Monocitopenia transitória por hemodiálise (retornam ao normal após
algumas horas)
• Frequente na Artrite reumatoide, LES e HIV
• Glicocorticóides – monocitopenia transitória 6 horas após administração
• Interferon, fator de necrose tumoral alfa e radioterapia
Williams Hematology, 7th Ed.
MONOCITOSE
DESORDENS HEMATOLÓGICAS
• Desordens das células tronco
hematopoiéticas
•
SMD
•
LMA
•
Monocítica
•
•
•
•
• Neoplasias Linfóides
•
LNH
•
LH
•
MACROGLOBULINEMIA
•
MIELOMA MÚLTIPLO
Mielomonocítica
LMC
LMMC
POLICITEMIA VERA
Williams Hematology, 7th Ed.
•
•
•
•
AHAI
PTI
Neutropenias crônicas
Pós-esplenectomia
MONOCITOSE
DESORDENS IMUNES E INFLAMATÓRIAS
Doenças do tecido conjuntivo
•
Desordens Gastrointestinais
Artrite Reumatoide
•
Doenças alcoólica hepática
LES
•
D. Inflamatória intestinal
Arterite Temporal
•
Sprue
Miosite
•
Poliarterite nodosa
Williams Hematology, 7th Ed.
Sarcoidose
MONOCITOSE
Infecções
CMV
Varicella-zoster virus
Infecções por micobactérias
Endocardite bacteriana subaguda
Sífilis
Williams Hematology, 7th Ed.
NEOPLASIAS NÃO-HEMATOLÓGICAS
MISCELÂNEA
Envenenamento por tetrahidrocloreto
Glicocorticóide
Parto
Relacionada à droga
Depressão
IAM
Cirurgia cardíaca com bypass
Injúria Térmica
Maratona
Administração exógena de citocinas
OBRIGADO
Fernando Monteiro Correia Pinto
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