Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 Capítulo 2 - Meio físico 9 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 10 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2 .1 Meio físico e seus processos “Entende-se por meio físico o conjunto do ambiente definido pela interação de componentes predominantemente abióticos, quais sejam, materiais terrestres (solos, rochas, água e ar) e tipos naturais de energia (gravitacional, solar, energia interna da Terra e outras), incluindo suas modificações decorrentes da ação biológica e humana“ (Fornasari Filho et al, 1992). Em decorrência dessa interação entre os diversos componentes, o meio físico, da mesma forma que os meios biótico e antrópico, é dinâmico, isto é, encontra-se em constante alteração que é expressa pelos processos do meio físico (Quadro 2.1-1). A alteração em processos do meio físico, particularmente pela ação humana, pode engendrar situações de risco geológico (Quadro 2.1-1). Os processos do meio físico dependem, basicamente, das rochas que constituem uma determinada região, do relevo que essas rochas sustentam e suas declividades, dos solos que evoluem nesse contexto geológico-geomorfológico, dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e do clima. Assim, são apresentados, nos tópicos a seguir, dados do município de Itanhaém sobre: recursos hídricos, clima, geologia, geomorfologia, declividades, solos e, finalizando o Capítulo referente ao meio físico, a carta geotécnica e o mapa de erosão. Destaca-se que, a carta geotécnica apresenta a distribuição espacial dos principais processos do meio físico atuantes no município de Itanhaém e o mapa de erosão consiste no detalhamento de um desses processos. Quadro 2.1-1 - Principais processos do meio físico. Fonte: Fornasari Filho et al (1992). Tipo de processo do meio físico Processo Descrição Observação Corresponde à dinâmica da água na atmosfera por meio da evaporação, condensação e precipitação. A evaporação não pode ser vista, mas é percebida na umidade do ar. As nuvens, facilmente observáveis, resultam da condensação e a chuva resulta da precipitação da água que se encontra na atmosfera. e Corresponde à circulação de partículas sólidas e gases na atmosfera por meio de fenômenos meteorológicos. A alteração nesse processo é visível, principalmente, em cidades com excessiva poluição atmosférica, quando se destaca no horizonte uma camada de cor marrom. em Consiste no movimento das águas precipitadas da atmosfera ou aflorantes no solo, e que escoam na superfície de um terreno. A água aflorante no solo constitui os cursos d'água. Inundação Corresponde ao extravasamento das águas de um curso d'água para suas áreas marginais, quando a vazão a ser escoada é superior à capacidade de descarga da calha. A ocorrência de inundação está associada a enchente/cheia de um curso d'água. Inundações podem causar sérios problemas, particularmente em áreas urbanizadas. Movimentação das águas em subsuperfície Corresponde a todo deslocamento de água no solo ou em fraturas de rochas, como infiltração (movimento da água que penetra no subsolo a partir da superfície), escoamento (movimento sob efeito da gravidade ou de gradiente de pressão hidráulica) e capilaridade (movimento associado às tensões em subsolo, quando a água intersticial alcança pontos acima do nível freático). A água no subsolo (água subterrânea) é um importante recurso hídrico e tem sido aproveitada a partir de bombeamento em poços. Bombeamentos realizados de forma inadequada, com volumes superiores à disponibilidade hídrica, causam o rebaixamento do nível d’água subterrâneo. Potencialização e desencadeamento de sismos Processo de geração de condições litológicas e estruturais com acúmulo de energia passível de ser liberada e transmitida por ondas mecânicas ou por deslocamento de blocos ao longo de descontinuidades rochosos, gerando tremores súbitos (sismos). No Brasil os tremores de origem tectônica são raros. Entretanto, podem ocorrer tremores de origem tecnológica, como nos casos de enchimento de reservatórios de acumulação de água e de detonações, que podem causar rachaduras e trincas em edificações. Carstificação Consiste na dissolução de rochas pelas águas subterrâneas e superficiais, com formação de rios subterrâneos (sumidouros e resurgências), cavernas, dolinas, paredões calcários, torre de pedra, lapiás, úvulas, arco ou ponte de pedra, caneluras, entre outras feições. Esse processo é comum em terrenos compostos por rochas calcárias ou carbonáticas (calcário, dolomito e mármore). Em área urbanizada pode acarretar sérios problemas, como o ocorrido no município de Cajamar em 1987. Expansão de solo ou rocha Consiste no aumento de volume de um solo ou uma rocha, ricos em argilo-minerais, em presença de água. O aumento de volume de uma rocha pode causar a desagregação do material, sendo um problema observado, principalmente, em taludes de rodovias e ferrovias, podendo causar entupimento contínuo de sistemas de drenagem, descalçamento de horizontes superiores de talude com consequente desmoronamento. Interações físico-químicas na água, no solo e na rocha Conjunto de reações entre substâncias e elementos (íons) provenientes ou concentrados nas águas, no solo e/ou rocha. Essas reações podem ser alteradas, por exemplo, no caso de infiltração de produtos químicos, em decorrência de vazamentos ou disposição inadequada de resíduos, como, por exemplo, a contaminação por organoclorados, atualmente chamados de POPs –Produtos Orgânicos Persistentes, por descarte inadequado na Baixada Santista. Corrida de massa Escoamento rápido de uma massa de solo ou de solo e rocha, onde sua forma de deslocamento lembra a de um líquido viscoso, com deformações internas e inúmeros planos de cisalhamento. As corridas de massa podem ser classificadas como: corrida de lama (mud flow) , consistindo de solo com alto teor de água; corrida de terra (erth flow), onde o material predominante, também, é solo, mas com menor teor de água; e corrida de detritos (debris flow), onde o material predominante é grosseiro, envolvendo fragmentos de rocha de vários tamanhos. A ocorrência desses processos em áreas urbanizadas pode causar sérios problemas, que podem variar de prejuízos materiais até óbitos. Deposição de sedimentos ou partículas Consiste na acumulação ou concentração de partículas sólidas em meio aquoso ou aéreo, iniciando-se quando a força do agente transportador natural (curso d'água ou vento) é sobrepujada pela força da gravidade, ou quando a supersaturação das águas ou ar permite a deposição de partículas sólidas. Erosão eólica Consiste na desagregação e remoção de fragmentos e partículas de solo sem proteção superficial pela ação combinada do vento e da gravidade. Erosão pela água Consiste na desagregação e remoção de solo sem proteção superficial pela ação combinada da gravidade e da água precipitada e de escoamento. Manifesta-se na forma de erosão laminar, sulcos, ravinas, boçorocas e piping (erosão interna). Pode-se considerar, nesse processo, as ações de fluxos de água em margens de rios, de embate de ondas em áreas costeiras e oscilações de nível d'água em lagos. Escorregamento Movimento rápido de massas de solo ou rocha, geralmente bem definidas quanto ao seu volume, cujo centro de gravidade se desloca para baixo e para fora de um talude (natural, de corte ou aterro). A ocupação desordenada de encostas tem acarretado a ocorrência desse processo, cujas consequências vão depender das formas de uso e ocupação existentes no topo e no pé da encosta. Movimento de bloco Consiste no deslocamento, por gravidade, de blocos de rocha, podendo ser de três tipos: queda de bloco, que pode ocorrer em taludes íngremes, correspondendo à queda livre de rocha, com ausência de superfície de movimentação; rolamento ou deslizamento de bloco, quando o bloco de rocha desloca-se por perda de apoio, ao longo de uma superfície; e desplacamento de rocha, que consiste no desprendimento de lascas ou placas de rocha de um maciço rochoso, podendo a movimentação se dar em queda livre ou por deslizamento ao longo de uma superfície. Esse tipo de processo ocorre com mais frequência em áreas serranas. Rastejo de solo Movimento descendente, lento e contínuo, de massa de solo de uma encosta. Esse processo é visível, principalmente, quando se observam árvores e postes inclinados, mas a evolução do rastejo pode, inclusive, destruir edificações. Subsidência Consiste na deformação ou deslocamento de direção essencialmente vertical descendente, geralmente verificada por meio de afundamento de terrenos. Esse processo é comum em áreas ribeirinhas e praias, podendo causar danos a pavimentos de vias de acesso, infraestrutura subterrânea (tubulações e galerias) e edificações. Circulação da água no ar Processo da atmosfera Circulação de partículas gases na atmosfera Escoamento superfície das águas Processos da hidrosfera Endógenos Intempéricos Processos da litosfera Exógenos Movimentos de massa 11 A deposição de sedimentos ou partículas em meio aquoso pode acarretar o assoreamento de corpos d'água, como pode ser observado em Itanhaém (Fotos 2.1-1 e 2.12), contribuindo com a ocorrência de inundações. Em meio aéreo, partículas sólidas podem se depositar, por exemplo, sobre a vegetação, causando danos por dificultar o processo de fotossíntese. A grande quantidade de partículas sólidas na atmosfera pode dificultar a visibilidade e a respiração. A erosão pela água tem configurado um sério problema pela perda de solo, contribuição para o assoreamento de corpos d'água e danos a edificações e mesmo a quarteirões inteiros. Em Itanhaém, a erosão costeira tem provocado até o desaparecimento de praias, além de causar danos a edificações (Fotos 2.1-3 a 2.1-7); e a erosão fluvial tem causado desbarrancamento de margens de cursos d’água (Fotos 2.1-8 e 2.1-11). Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2 .1 Meio físico e seus processos (continuação) Erosão costeira Deposição de sedimentos ou partículas Foto 2.1-1 - Vista do rio Itanhaém, onde se observa um banco de assoreamento, decorrente da deposição de sedimentos. Fonte: PMI. Foto 2.1-2 - Vista de outro curso d’água onde se observa um banco de assoreamento, decorrente da deposição de sedimentos. Fonte: PMI. Foto 2.1-3 - Vista de trecho da orla onde se observa a ação do embate das ondas afetando a estrutura do quiosque. Fonte: PMI. Foto 2.1-4 - Vista de outro trecho da orla onde se observa a evolução do processo de erosão costeira. Fonte: PMI. Foto 2.1-5 - Vista de outro trecho da orla onde se observa a erosão costeira destruindo o calçamento. Fonte: PMI. Foto 2.1-6 - Detalhe de um trecho da orla onde se observa a ação da erosão marinha. Fonte: PMI. Erosão fluvial Foto 2.1-8 - Vista de trecho de curso d’água onde se observa a instabilização da margem em decorrência da erosão fluvial. Fonte: PMI. Foto 2.1-9 - Vista de trecho de curso d’água onde se observa a instabilização da margem, em decorrência da erosão fluvial, afetando a cobertura vegetal. Fonte: IPT. Foto 2.1-10 - Vista de outro trecho de curso d’água onde se observa a instabilização da margem, em decorrência da erosão fluvial. Fonte: IPT. Foto 2.1-11 - Vista de mais um outro trecho de curso d’água onde se observa a instabilização da margem, em decorrência da erosão fluvial. Fonte: IPT. Foto 2.1-7 - Vista do mesmo trecho da orla da Foto 2.1-6, onde se observa, a direita na foto, a proximidade das edificações. Fonte: PMI. 12 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.2 Recursos hídricos 2.2.1 Origem da água no planeta Terra Geleira: massa de gelo, grande e espessa, formada em camadas sucessivas derivadas, em grande parte, da compactação e recristalização de neve de várias épocas. O conhecimento atual que se tem sobre o sistema solar indica que, entre os planetas (Figura 2.2-1), a Terra é o único com grande quantidade de água no estado líquido. Há evidências da presença de água em Marte, Vênus e nos pólos da Lua e de Mercúrio, entretanto pou- Aquífero: Massa rochosa com altas porosidade e permeabilidade, contida entre pacotes de rochas impermeáveis, que acumula água subterrânea. co se sabe sobre sua ocorrência nesses corpos celestes (Drake; Campins, 2006 apud Torres, 2008, p.37). Algumas informações sobre a água em Marte indicam que ela ocorre em pequena quantidade e, em geral, na forma de gelo1. Assim, pode-se admitir que a formação das matérias componentes da Terra, as condições de sua origem e sua posição no sistema solar tenham sido extremamente favoráveis à preservação de grande volume de água (Sugio, 2006 p.15). 2.2.2 Ciclo hidrológico Figura 2.2-1 - Planetas do sistema solar. Fonte: Jocelyne Rodrigues. Essa alteração contínua do estado da água, que evidencia a dinâmica da circulação da água em nosso planeta, é chamada de ciclo hidrológico (Figura 2.2-2). Estima-se que a água total do planeta, esteja armazenada nos “reservatórios naturais”, atualmente, nas seguintes proporções: 97% tratam-se de água salgada dos oceanos; 0,74% referem-se às águas doce subterrâneas; 0,0001% às águas existentes na atmosfera; 0,0099% às águas doces A água ocorre na Terra em diferentes estados: sólido (gelo), liquido (água) e gasoso (vapor de água). No estado sólido, a água é encontrada nas geleiras. As geleiras que ocorrem em grandes altitudes, são chamadas de geleiras de monta- superficiais; e 2,25% à água das geleiras , no estado sólido (Tabela 2.2-1). Quanto aos volumes de transferência de estado da água, 84% da água que evapora para a atmosfera é proveniente dos oceanos e apenas 16% dos continentes. Cerca de 77% de toda a chuva cai nos oceanos e somente 23% nos continentes (Tabela 2.2-2). nha e as geleiras que situam-se em grandes latitudes, isto é, nas regiões polares, são chamadas de geleiras continentais (Foto 2.2-1). O derreti- Foto 2.2-1 - Geleira continental. Antártica. Fonte: Luiz Antônio Pereira de Souza. Encontro de águas mento das geleiras continentais, em decorrência das mudanças climáticas globais provocadas pelo desequilíbrio no efeito estufa, tem aumentado o nível d’água dos oceanos acarretando o avanço paulatino do mar nas áreas costeiras. A água no estado líquido (doce, salgada ou salobra) é encontrada nos oceanos (salgada); cursos d’água, lagos e aquíferos (doce); e estuários, lagunas e na interface entre aquíferos litorâneos e o oceano (salobra). No estado gasoso, a água é encontrada na atmosfera (unidade do ar) e, quando ela se condensa, pode-se ver a água em estado gasoso em forma de nuvens. Entretanto, esses estados são transitórios, isto é, a água em estado líquido dos oceanos, cursos d’água, lagos, solo e plantas evapora em decorrência do calor solar atingindo a atmosfera no estado gasoso. A água no estado gasoso se condensa na atmosfera formando nuvens, de onde a água pode precipitar como chuva ou neve, que alimentam cursos d’água, aquíferos subterrâneos e geleiras. 1 http://www.cienciamao.if.usp.br/dados/t2k/_ciencias_15cie.arquivo.pdf Encontro das águas dos rios Branco e Preto, no município de Itanhaém. Fonte: PMI. 13 Na foto superior observa-se uma vista do encontro das águas dos rios Aguapeú e Branco, no município de Itanhaém, e, na foto inferior, um detalhe do mesmo local. Fonte: PMI. Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.2 Recursos hídricos (continuação) Legenda a – vapor d’água b – nuvem de chuva c – superfície livre do lençol d – aquífero freático e – camada impermeável superior f – aquífero artesiano g – camada impermeável inferior h – rocha consolidada i – aquífero cristalino j – cunha salina 1 – radiação solar / ondas longas 2 – evaporação do oceano 3 – evaporação do solo 4 – evaporação de rios e lagos 5 – evapotranspiração 6 – sublimação de calotas 7 – sublimação de geleira 8 – evaporação de chuva 9 – condensação 10 – precipitação em todo o sistema 11 – derretimento e escoamento de geleira 12 – escoamento superficial – solos e rios 13 – escoamento em aquífero freático 14 – infiltração e armazenamento em aquífero artesiano (confinado) 15 – descarga do aquífero freático – nascente 16 – infiltração e armazenamento em aquífero fraturado 17 – derretimento de calota 18 – congelamento e armazenamento 19 – precipitação nival e armazenamento – geleira 20 – precipitação nival e armazenamento – calota Figura 2.2-2 - Ciclo hidrológico. Fonte: Tom Adamenas e Pires. Tabela 2.2-1 - Proporção de água nos “reservatórios naturais”. Fonte: Suguio (2006). Meio em que se encontra a água Atmosfera (água no estado gasoso) Cursos d'água e lagos (águas superficiais) Continentes Proporção (%) 0,0001 0,0099 Aquíferos livre e confinado (água subterrânea) 0,74 Geleiras (água no estado sólido) 2,25 Oceanos (água salgada) Tabela 2.2-2 - Volumes de transferência. Fonte: Suguio (2006). Dinâmica Proporção (%) Evaporação de água dos oceanos 84 Evaporação e evapotranspiração nos continentes 16 Precipitação (chuva) sobre os oceanos 77 Precipitação (chuva) sobre os continentes 23 97 14 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.2.3 Águas superficiais no município de Itanhaém O município de Itanhaém possui 912,68 km de extensão de cursos d’água, sendo os principais os 46°55' 46°50' 46°45' 46°40' rios: Itanhaém, Preto, Branco, Aguapeú, Piaçaguera, Ipanema, do Poço, Taquaru, Tambotica, Camburi, Mambu, Macacos e do Crasto, esse último faz a divisa de Itanhaém com o município de Peruíbe. Além disso, o Município possui 22 km de costa em contato com o Oceano Atlântico. (Figura 2.2-3). São Paulo Mamb u Juquitiba 24°00' panhia Ambiental do Estado de São Paulo, por meio de dois pontos de amostragem, um no rio Branco do s 24°00' A qualidade das águas superficiais é monitorada, no município de Itanhaém, pela Cetesb - Com- Ri o 2.2.3.1 Qualidade das águas doces superficiais Ma ca co s co an Br e outro no rio Itanhaém (Figura 2.2-3 e Tabela 2.2-3). Nesses pontos são monitorados parâmetros que Rio compõem os seguintes índices: IQA - Índice de Qualidade da Água e IET - Índice de Estado Trófico. No pon- o Ri to BACO 02950 começou a ser monitorado, em 2010, o IAP - Índice de Qualidade das Águas para fins de Abastecimento Público e o IVA - Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática. 2009 Rio Branco Ponte próxima à captação da Sabesp 24 04 56 no rio Mambu 46 48 05 NAEM 02900 2007 Rio Itanhaém Avenida Demerval Pereira Leite, altura do no 214, na margem oposta ao 24 11 16 Iate Clube 46 47 36 Pedro de Toledo ú ape Agu Rio Rio BACO 02950 o Branc Latitude Longitude Mongaguá BACO BACO 02950 02950 Rio Local de amostragem 24°05' Ano de entrada Código Cetesb Corpo hídrico em operação 24°05' Tabela 2.2-3 - Pontos de amostragem, da Cetesb, em cursos d’água no município de Itanhaém. Fonte: Cetesb (2010). Preto Preto Rio O IQA — desenvolvido pela Cetesb com base em estudo realizado, em 1970, pela National Sani24°10' mento público. Tais parâmetros são: coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), NAEM NAEM 02900 02900 nitrogênio total, fósforo total, temperatura, turbidez, resíduo total e oxigênio dissolvido (OD). O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água correspondentes aos parâmetros que in- Peruíbe tegram o índice, variando de 0 a 100 (Tabela 2.2-4) (Cetesb, 2010). difusas (Cetesb, 2010). Os intervalos de classificação do Estado Trófico para cursos d’água, de acordo 0 24°15' tam as propriedades organolépticas (cor, odor e sabor) da água, provenientes, principalmente de fontes 2 km Ilha das Cabras ic ânt l t A o Laje da Conceição 1:200 000 com o IET, podem ser vistos na Tabela 2.2-4. 46°55' 46°50' 46°45' 24°14' o ean c O O IAP avalia, além de todas as variáveis do IQA, as substâncias tóxicas e as variáveis que afe- 24°10' avaliação da qualidade das águas, tendo como determinante principal a sua utilização para abasteci- ém ha Rio Itan tation Foundation dos Estados Unidos — incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a 46°40' O IVA avalia a qualidade das águas para fins de proteção da fauna e flora em geral, diferenciado, portanto, de um índice para avaliação da água para o consumo humano e recreação de contato primá- Cursos d'água (cursos d'água, canais e lagos) Município de Itanhaém rio. No seu cálculo considera-se a presença e concentração de contaminantes químicos tóxicos, seu Área urbanizada Municípios vizinhos Ponto de amostragem efeito sobre os organismos aquáticos (toxicidade) e duas das variáveis consideradas essenciais para a biota, quais sejam, o pH e oxigênio dissolvido (Cetesb, 2010). A Tabela 2.2-4 apresenta os intervalos de classificação do IVA. Figura 2.2-3 – Mapa dos principais cursos d’água e de localização dos pontos de amostragem (BACO 02950 e NAEM 02900) - município de Itanhaém. Escala original: 1:10.000. Fonte: PMI. 15 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.2 Recursos hídricos (continuação) Tabela 2.2-6 - IQA - Índice de Qualidade da Água em pontos de monitoramento situados no município de Itanhaém. Período: 2007-2010. Fonte: Cetesb (2008, 2009, 2010 e 2011). Tabela 2.2-4 – Classificação do IQA, IAP e IVA. Fonte: Cetesb (2010) Categoria de qualidade da água IQA IAP Ótima 79 < IQA ≤ 100 79 < IAP ≤ 100 IVA ≤ 2,5 Boa 51 < IQA ≤79 51 < IAP ≤79 2,6 ≤ IVA ≤ 3,3 Regular 36 < IQA ≤ 51 36 < IAP ≤ 51 3,4 ≤ IAP ≤ 4,5 Ruim 19 < IQA ≤ 36 19 < IAP ≤ 36 Péssima IQA ≤ 19 IAP ≤ 19 IVA Código Cetesb Ano BACO 02950 Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 63 69 71 56 71 66 72 73 59 70 63 4,6 ≤ IAP ≤ 6,7 2011 61 72 75 74 77 57 69 6,8 ≤ IVA 2007 34 62 48 66 62 61 59 Tabela 2.2-5 - Classificação do Estado Trófico para cursos d’água - IET. Fonte: Cetesb (2010). Ponderação nado ao crescimento excessivo das algas ou ao aumento da Ultraoligotrófico IET ≤ 47 infestação de macrófitas aquáticas (Cetesb, 2010). São dois Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 Eutrófico 59 < IET ≤ 63 Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 Hipereutrófico IET> 67 Trófico para cursos d’água, de acordo com o IET, podem ser Mai 35 Categoria (Estado trófico) rofila e fósforo total. Os intervalos de classificação do Estado Abr 67 água quanto a quantidade de nutrientes e seu efeito relacio- os parâmetros utilizados no cálculo do IET, quais sejam: clo- Mar 2010 NAEM 02900 em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da Fev 2009 2008 O IET tem por finalidade classificar os corpos d’água Jan 47 48 2009 48 62 58 52 60 56 2010 54 50 51 60 57 63 56 2011 57 60 64 64 65 60 62 IET - Índice de Estado Trófico Em 2009 e 2010, no ponto BACO 02950 a média do IET classifica o estado trófico como Mesotrófico, isto é, o rio Branco, nesse ponto, apresentou moderado enriquecimento com nutrientes; moderado crescimento planctônico; alguma acumulação de sedimentos na maior parte do fundo e, em geral, suporta espécies de peixes de águas mais quentes. Destaca-se que, no mês de janeiro de 2009, o IET foi de 70,31, no ponto BACO vistos na Tabela 2.2-5. Além desses índices, entre os nove parâmetros considerados pela Cetesb, é importante destacar e acompanhar a evolução dos dados de OD - oxigênio dissolvido. O OD é a quantidade, em mg/L, de oxigênio dissolvido na água, sendo um parâmetro importante para se avaliar a capacidade de um corpo hídrico em suportar atividade biológica de organismos aquáticos. Nas águas naturais de superfície o OD varia de 0 a 19 mg/L, sendo os teores que permitem a existência de uma população variada de peixe superiores a 5 mg/L. 02950, classificando, assim, o estado como Hipereutrófico, isto é, o rio Branco apresentou enriquecimento máximo de nutrientes, podendo ter ocorrido número excessivo de algas e plantas aquáticas a ponto de exigir intervenção do homem. Já, em 2011, a média do IET apresentou expressiva melhora, passando para 39 (Ultraoligotrófico), isto é, o corpo d’água é limpo, a produtividade é muito baixa e as concentrações de nutrientes são insignificantes não acarretando prejuízos aos usos da água (Tabela 2.2-7). No ponto NAEM 02900 há dados de IET para os anos de 2008, 2009 e 2010. Em 2008, a média do IET Os dados de IQA, IET, IAP, IVA e OD disponíveis para o município de Itanhaém são apresentados a seguir. foi de 46,73 (Ultraoligotrófico). Em 2009 e 2010, a média foi, respectivamente, 48,85 e 49 (Oligotrófico), isto é, o corpo d’água é limpo, apresenta baixa produtividade e não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos IQA - Índice de Qualidade da Água Os dados disponíveis mostram que no ponto BACO 02950, em 2009, o valor médio do IQA foi de 66, isto é, a categoria de qualidade da água enquadrou-se como Boa. Ao longo de 2009, o IQA com valor mais baixo ocorreu no mês de setembro e o mais alto nos meses de julho e novembro. Em 2010, embora mantendo-se na categoria de qualidade da água Boa, o valor médio caiu para 63, principalmente em decorrência do IQA registrado no mês de da água, decorrentes da presença de nutrientes (Tabela 2.2-7). Tabela 2.2-7 - IET - Índice de Estado Trófico em pontos de monitoramento situados no município de Itanhaém. Período: 2008-2011. Fonte: Cetesb (2009, 2010, 2011 e 2012). Código Cetesb BACO 02950 No ponto NAEM 02900 há dados de IQA para os anos de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. Em 2007, a média do IQA foi de 48, o que classifica a qualidade da água como Regular. Em 2008 , a média do IQA foi de 59; em 2009 e 2010 foi e 56; e em 2011, 62, o que classifica a água, nesses quatro anos, como de qualidade Boa. Destaca-se NAEM 02900 2010 55 2011 49 16 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 54,26 54,26 54,26 54,26 54,26 56,93 60 49 49 57 46 53 41 27 39 39 2008 54,32 48,29 40,43 49,27 42,79 45,25 46,73 2009 49,84 53,45 53,00 52,18 45,44 39,21 48,85 49 48 61 51 44 49 2010 que, em 2011, a classificação Boa foi mantida em todos os meses monitorados (Tabela 2.2-6). Jan 2009 70,31 março ter sido de apenas 35; já, em 2011, o IQA médio voltou a subir, atingindo 69, tendo mantido a classificação Boa em todos os meses monitorados (Tabela 2.2-6). Ano 41 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 A balneabilidade é monitorada, pela Cetesb, em 10 praias de Itanhaém. Dados do período 2000-2011, indicam IAP - Índice de Qualidade das Águas para fins de Abastecimento Público e IVA - Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática que entre 2000 e 2005 predominou a classificação Regular, seguida da classificação Boa; entre 2006 e 2010 também Os dados disponíveis para o ponto BACO 02950 mostram que, em 2010, o valor médio do IAP foi ocorreu o predomínio da classificação Regular, mas seguida da classificação Ruim. Em 2011, em todas as praias a de 71, enquadrando a água nesse ponto na categoria Boa. O menor valor de IAP, nesse ano foi 70, no classificação foi Regular (Tabela 2.2-10). mês de novembro, e o maior foi 72, em julho. Em 2011, o IAP caiu para 51 (Regular), sendo novembro o mês monitorado com menor valor (Tabela 2.2-8). Tabela 2.2-10 - Qualificação anual das praias de Itanhaém. Período: 2000-2010. Fonte: Cetesb (2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012) Tabela 2.2-8 - IAP - Índice de Qualidade das Águas para fins de Abastecimento Público. Período: 2010 - 2011. Fonte: Cetesb (2011 e 2012). Índice IAP Ano Jan Fev Mar Abr 2010 2011 56 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média IVA 2010 3,2 2011 3,4 Abr R R R R R RU RU R B R Suarão, defronte ao reservatório da Sabesp R B R R R R R R R R R R Parque Balneário, defronte à rua Ernesto Zwarg R R B R R R RU R R R R R 75 74 1 51 Centro, defronte à rua João Mariano R R R R R R RU R RU RU RU R Pescadores. defronte ao no 147 da rua Padre Anchieta R R R R R R RU B R R R R Sonho, defronte ao posto de salvamento R R B B R B R R R R R R B B R B R R R R R R R R Estância Balneária, defronte à avenida José de Anchieta R R B R R R R R R R R R Jardim São Fernando, avenida Valmor de Araújo com avenida Europa R R R B R B R R R R R R Balneário Gaivota, defronte à avenida Flacides Ferreira B R B R R R RU B R R R R RU Ruim B Boa Tabela 2.2-9 - IVA - Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática, no ponto BACO 02950. Período: 2010 - 2011. Fonte: Cetesb (2011 e 2012). Mar R 71 2.2-9). Fev R 70 valor médio do IVA foi apenas regular, sendo o pior valor apresentado no mês de março de 2009 (Tabela Jan Campos Elíseos, defronte à alameda Campos Elíseos 72 Os dados disponíveis para o ponto BACO 02950 mostram que, tanto em 2010 quanto em 2011, o Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 71 IVA - Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática Índice Praia e local Mai 6,6 Jun Jul 2,2 1,7 1,7 Ago Set 4,4 Out Nov Dez Jardim Cibratel, defronte à avenida Desembargador nheiro Legenda: Média 2,9 3,9 2,9 2,4 Justino M. Pi- R Regular OD - Oxigênio dissolvido Quanto ao OD, os dados disponíveis mostram que, em 2009, no ponto BACO 02950, a média do OD foi de 6,8 mg/L, pouco acima do limite necessário para manutenção da vida aquática que é de 5 mg/ L. Já, em 2010, a média do OD foi de 8,4, indicando melhoria na água pelo aumento da quantidade de oxigênio dissolvido. No ponto NAEM 02900 os dados de OD referem-se aos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010, sendo, respectivamente 4,5 mg/L (abaixo do limite de manutenção da vida aquática), 6,3 mg/L, 6,1 mg/L e 6,0 Uso da praia para banhos. Fonte: PMI. mg/L (os três resultados com tendência de queda e pouco acima do limite de manutenção da vida aquática). 2.2.3.2 Qualidade das águas de praias A qualidade da água para fins de recreação de contato primário constitui a balneabilidade. Entende -se como contato primário o contato direto e prolongado com a água (natação, mergulho, esqui-aquático, entre outros esportes aquáticos), no qual a possibilidade de o banhista ingerir quantidades apreciáveis de água é elevada (Cetesb, 2004). Uso da praia pela fauna. Fonte: PMI. 17 Uso da praia para pesca e esportes aquáticos. Fonte: PMI. Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.2 Recursos hídricos (continuação) 2.2.4 Águas subterrâneas no município de Itanhaém 46°55' Água subterrânea é a água que se acumula em subsuperfície, ocupando espaços vazios de 46°45' 46°50' 46°40' uma formação geológica, formando aquíferos. Os aquíferos podem ser porosos ou fraturados. Quando porosos, a água ocupa os espaços São Paulo vazios em camadas de rochas sedimentares; e, quando fraturado, a água ocupa as fraturas existentes em rochas cristalinas. Mamb u 24°00' entre duas camadas impermeáveis (Figura 2.2-2). Juquitiba do s 24°00' dos cursos d’água, ou confinados, quando a camada permeável onde a água se acumula situa-se Ri o Os aquíferos porosos podem ser livres, quando a água tem comunicação direta com a água Ma ca co s Os aquíferos constituem importante manancial, pois 0,74% de água da Terra encontram-se co an Br Rio Rio nesse reservatório natural, enquanto as águas dos cursos d’água perfazem, apenas, 0,0099% (Tabela 2.2-1). O mapa utilizado para representação das águas subterrâneas do município de Itanhaém foi elaborado pela parceria DAEE/IG/IPT/CPRM (Departamento de Águas e Energia Elétrica, Instituto Mongaguá o Branc 24°05' Pedro de Toledo Há dois sistemas aquíferos, um associado às rochas pré-cambrianas, denominado Sistema ú ape Agu Rio Aquífero Cristalino, que abrange 54,06% da área do Município, e outro relacionado aos sedimen- Rio (Figura 2.2-4). Rio Brasil), em 2005, na escala de 1:1.000.000, e adaptado, para este Atlas, para a escala 1:200.000 24°05' Geológico, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e Serviço Geológico do Preto Preto tos cenozóicos litorâneos, o Sistema Aquífero Sedimentar Litorâneo, que ocupa 45,94% da área Rio de Itanhaém (Figura 2.2-4). 24°10' 24°10' Caracteriza-se como aquífero heterogêneo, descontínuo e eventual; ocorrendo e ao longo de line- ém ha Rio Itan O Sistema Aquífero Cristalino é constituído por rochas pré-cambrianas do embasamento. amentos geológicos correspondentes às estruturas, como falhas, fraturas e zonas de contato entre Ilha das Cabras rochas distintas (VM - Engenharia e Recursos Hídricos, 2008). o Peruíbe O Sistema Aquífero Sedimentar Litorâneo é formado por camadas de areia fina conglomeradas, interdigitadas com material lamítico, argilas e siltes. Varia de maneira significativa tanto lateralmente como em profundidade, formando sub-bacias distintas, e é fortemente influenciado pela 24°15' Aquífero tem extensão limitada, é heterogêneo e descontínuo; e a espessura total varia desde al- O 2 km A Laje da Conceição 1:200 000 46°55' guns poucos metros próximo ao contato com o cristalino aflorante, até cerca de 200 m junto à linha da costa (VM - Engenharia e Recursos Hídricos, 2008). 46°50' Aquífero pré-cambriano 46°45' 24°14' cercania do mar, podendo ocorrer intrusões localizadas de água salobra e salina. Esse Sistema 0 no cea tic tlân 46°40' Aquífero litorâneo Não há dados quanto à qualidade e a quantidade das águas subterrâneas, pois não há pontos de monitoramento da Cetesb no município de Itanhaém. Figura 2.2-4 – Mapa de águas subterrâneas do Estado de São Paulo: recorte do município de Itanhaém. Escala original: 1:1.000.000. Fonte: DAEE/IG/IPT/CPRM (2005). 18 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.3 Clima O município de Itanhaém, assim como a quase totalidade da baixada santista, está em zona 46°55' climática classificada, segundo as atualizações propostas por Kottek (2006) na carta Köppen-Geiger, 46°50' 46°45' 46°40' como “Cfa”, sendo definida quente, úmida e com verão quente. No entanto, apesar desta classificação “fixa”, o clima local sofre fortes influências dos sistemas 0 1.80 0 1.90 Atlântico Polar e Tropical, com características de suas massas de ar acentuadas pelas especificidades 0 2.00 0 0 1 . 2 geográficas regionais. Ma ca co s 0 2.20 00 2.3 00 2.4 00 2.5 Mamb u Juquitiba 24°00' atuando no continente em sentido Leste-Oeste, mantendo a temperatura média anual local na casa dos do s São Paulo 24°00' Itanhaém. Por se originar em alto mar e em latitudes mais baixas, é uma massa de ar quente e úmida, Ri o Durante a maior parte do ano é a massa Tropical Atlântica que define o padrão climático de 00 2.6 Rio 50 2.6 24°C, com picos entre os meses de dezembro e janeiro. As quedas de temperatura estão relacionadas 0 95 2. 00 3.0 co an Br Rio 2.9 00 à entrada da massa Polar, estacionando a média das temperaturas mínimas de julho em torno dos 16° 0 2.80 0 2.850 clima: o ar úmido mantém as temperaturas em médias estáveis, com pequena amplitude térmica. pite, originando a conhecida frente fria. Durante o restante do ano, os índices pluviométricos são incre- 2.600 Rio Preto 2.550 2.500 zadas à base da Serra do Mar. O ar quente e úmido encontra no relevo um entrave para sua entrada no continente e, ao elevar-se para transpô-lo, resfria, precipitando principalmente nas escarpas e encostas Preto Rio 2.450 2.400 50 2.2 00 2.2 0 5 2.1 00 1 . 2 0 5 0 2. 0 0 0 2. (Figura 2.3-1). Peruíbe 24°15' O 2 km oA n a ce Ilha das Cabras o tic tlân Laje da Conceição 1:200 000 46°55' 46°50' 46°45' Área urbanizada Corpos d'água (cursos d'água, canais e lagos) Município de Itanhaém Isoieta 24°14' 0 50 1.9 24°10' 24°10' 2.350 0 2.30 ém ha Rio Itan O mapa de isoietas apresenta a distribuição espacial das chuvas no município de Itanhaém ú ape Agu Rio 2.65 0 mentados principalmente pela ocorrência de chuvas orográficas, típicas nas planícies litorâneas locali- da serra. Mongaguá o Branc 24°05' pondo-se sob a massa Tropical – quente e úmida –, fazendo com que esta se resfrie, condense e preci- 00 2.7 24°05' Pedro de Toledo inverno as chuvas predominantes são as frontais, causadas pela entrada da massa Polar - fria e seca -, 50 2.7 0 70 2. índices anuais que se mantém em torno dos 2.120 mm (para toda a baixada a média é 2.200 mm). No 50 2.7 00 2.8 O regime pluviométrico do município equilibra-se com a média da baixada santista, possuindo Rio É notável em Itanhaém a influência da maritimidade (proximidade de uma localidade ao mar) no 2.850 C. 46°40' Municípios vizinhos Figura 2.3-1 - Mapa de isoietas. Fonte: a partir de dados dos bancos de dados pluviográficos e pluviométricos do DAEE (http://www.sigrh. sp.gov.br/cgi-bin/bdhm.exe/plu?lig=podfp). 19 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.4 Geologia Pode-se definir geologia como a ciência que estuda a Terra em todos os seus as- 46°55' 46°50' 46°45' 46°40' pectos, isto é, a constituição e estrutura do globo terrestre; as diferentes forças que agem sobre as rochas, modificando assim as formas de relevo e a composição química original dos diversos elementos; e a ocorrência e evolução da vida por meio das diferentes etapas São Paulo da história física da Terra, isto é, o estudo dos seres antigos (Guerra, 1980). Mapas geológicos apresentam a distribuição espacial dos tipos litológicos (rochas) Mamb u 24°00' Observando-se o mapa geológico da Figura 2.4-1, verifica-se, na região central do Juquitiba do s 24°00' chas ostentam, cartografadas de forma geral como lineamentos. Ri o que ocorrem em uma área, bem como as grandes estruturas (fraturas e falhas) que as ro- Ma ca co s co an Br Rio Município, uma faixa bem definida de rochas correspondente a xistos, evidenciando uma Rio grande estrutura de direção NE-SW. Quanto aos demais tipos de rochas, ao norte da faixa de xistos, o mapa indica o predomínio de migmatitos e ao sul dessa faixa a presença notável de sedimentos atuais/subatuais e areias marinhas. Além disso, tem-se: uma pequena área na região nordeste do Município onde ocorre rochas calcossilicatadas; quatro áreas o Branc 24°05' Pedro de Toledo na Figura 2.4-1 e a razão de ocorrência na Tabela 2.4-1. Rio Preto Preto Tabela 2.4-1 – Razão de ocorrência dos tipos litológicos no município de Itanhaém. Fonte: IPT (1981a). Rio Área do Município (%) 0,08 Xistos 10,74 Granodiorito a granitos 1,07 Areias marinhas 17,15 Depósitos continentais 6,91 Sedimentos atuais e subatuais 21,04 24°10' 43,01 Calcossilicatadas 24°10' Migmatito ém ha Rio Itan Tipo litológico ú ape Agu Rio A distribuição espacial dos tipos de rocha que ocorrem em Itanhaém pode ser vista Rio ção central do Município, áreas com predomínio de depósitos continentais. Mongaguá 24°05' na porção central de Itanhaém, compostas por granodioritos e granitos; e, também na por- Ilha das Cabras o Peruíbe 24°15' O 2 km A Laje da Conceição 1:200 000 46°55' 46°50' Migmatitos Granodioritos a granitos Calciossilicatadas Areias marinhas Xistos Depósitos continentais 46°45' 46°40' Sedimentos atuais e subatuais Lineamentos Figura 2.4-1 – Mapa geológico do Estado de São Paulo – 1:500.000: recorte do município de Itanhaém. Fonte: IPT (1981a). Afloramento de rocha no litoral de Itanhaém. Fonte: PMI. 20 24°14' 0 no cea tic tlân Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.5 Geomorfologia A geomorfologia é o estudo das formas de relevo. Por meio dela é 46°50' 46°55' possível saber quais as modificações que ocorreram na paisagem e des- 46°45' 46°40' vendar os processos pretéritos ocorridos no local, permitindo que se estime sua provável evolução futura. São Paulo do s Ma ca c Mambu Ri 24°00' resultam em relevo mais íngreme; enquanto rochas mais moles ou mesmo Juquitiba 24°00' Assim, rochas mais duras, isto é, mais resistentes à ação do intemperismo, o O relevo é produto da ação dos fatores climáticos sobre as rochas. os an Br Rio inconsolidadas geram relevos planos. Ri co o O relevo município de Itanhaém (Figura 2.5-1) encontra-se em uma Ilha das Cabras área de transição de terrenos com rochas cristalinas, mais duras, para áMongaguá Pedro de Toledo Nos terrenos onde as rochas são mais duras e geraram relevo mais íngreme, observa-se alta densidade de drenagem; e nos terrenos planos, Rio ú Preto compostos por rochas moles, a densidade de drenagem é mais baixa e os Rio Preto 24°10' ém ha 24°10' Rio Itan cursos d’água são meandrantes. Destaca-se, ainda em Itanhaém, a presença de ilhas oceânicas, sen- ape A gu Rio Rio Branco 24°05' Serra do Mar. 24°05' reas de planície costeira. Intermediando essa transição tem-se a escarpa da do as principais: a Ilha das Cabras, a Laje da Conceição, a Ilha Queimada Ilha das Cabras Pequena e a Ilha Queimada Grande. Peruíbe A distribuição espacial das formas de relevo pode ser vista na Figura 24°15' tico t lân A o Laje da Conceição 24°14' ean Oc 2.5-1 e a razão de ocorrência na Tabela 2.5-1. Laje da Conceição. Fonte: PMI. Tabela 2.5-1 – Razão de ocorrência das formas de relevo no município de Itanhaém. Fonte: IPT (1981b). Área do Município (%) 13,15 Morrotes baixos 18,07 Legenda 24°20' 37,91 Terraços marinhos 24°20' Planície costeira Ilha Queimada Pequena. Fonte: PMI. Morrotes em meia laranja 1,83 Planícies Costeiras Morros com serras restritas 3,96 Terraços Marinhos Serra alongadas 4,06 Escarpas festonadas 21,02 Ilha da Queimada Pequena Morrotes em Meia Laranja 24°25' Morrotes Baixos 24°25' Forma de relevo Morros com Serras Restritas Serras Alongadas Escarpas Festonadas Figura 2.5-1 – Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo - 1:1.000.000: recorte do município de Itanhaém. Fonte: IPT (1981b). 0 2.5 km 1:250 000 Ilha da Queimada Grande 46°55' 46°50' 46°45' 46°40' Ilha Queimada Grande. Fonte: PMI. 21 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.6 Pedologia Pedologia é o estudo dos solos. Formados por meio do intemperismo e erosão das rochas, os solos são impor- 46°55' 46°50' 46°45' 46°40' AU tante recurso natural, principalmente por sustentarem a de solo que ocorrem em Itanhaém sejam conhecidos para São Paulo permitir sua conservação e o seu uso adequado. CX1 Cambissolos Háplicos Tb (argila de atividade baixa) Distróficos A moderado textura argilosa e média, relevo forte ondulado, montanhoso e escarpado atividade agropecuária. Assim, é fundamental que os tipos CX2 Cambissolos Háplicos Tb (argila de atividade baixa) Distróficos A moderado e proeminente textura argilosa e média fase não rochosa e rochosa + Cambissolos Háplicos Tb Distróficos A moderado textura indiscriminada, bem a imperfeitamente drenados + Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos textura argilosa A moderado, todos relevo montanhoso e forte ondulado + grupamento indiscriminado de Neossolos Flúvicos e Gleissolos Háplicos, todos relevo de várzea Mamb u 24°00' Juquitiba do s 24°00' por técnicos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Ri o O mapa utilizado para representação dos tipos de solos encontrados no município de Itanhaém foi elaborado Ma ca co s co an Br em 1999, na escala de 1:1.000.000 e adaptado neste traRio balho para a escala de 1:200.000 (Figura 2.6-1). Rio ES2 Associação complexa de Espodossolos Ferrocárbicos Órticos A moderado + Espodossolos Ferrocárbicos hidromórficos hísticos ambos textura arenosa + Organossolos endotiomórficos + Solos de Mangue indiscriminados + Gleissolos indiscriminados, todos os solos de relevo de várzea Analisando o mapa nota-se que no município de Itanhaém encontram-se os seguintes solos: neossolos, cambissolos, latossolos, gleissolos, espodossolos, organossolos e argissolos. o Branc 24°05' Pedro de Toledo Neossolo - Solo pouco evoluído, com ausência de horizon- Rio te B. Predominam as características herdadas do material LVA41 Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos câmbicos, pouco profundos A moderado textura argilosa, relevo forte ondulado + grupo indiscriminado de Gleissolos Distróficos textura argilosa relevo de várzea Rio ária, esses solos possuem as seguintes características: GZ2 Organossolos Sálicos Órticos + Gleissolos Tiomóficos indiscriminados + Espodossolos Ferrocárbicos hidromórficos A proeminente e moderado textura arenosa, todos relevo plano ú ape Agu Rio pela Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu- Mongaguá 24°05' De acordo com a classificação de solos utilizada Preto PVA2 Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos abrúpticos ou não, A moderado textura arenosa/média e média, relevo suave ondulado e ondulado Preto Rio original. É um solo em início de formação; Cambissolo Solo pouco desenvolvido, com horizonte B incipiente. É um 24°10' 24°10' Solo altamente evoluído, laterizado, rico em argilominerais ém ha Rio Itan solo em estágio intermediário de formação; Latossolo - Área urbanizada Tabela 2.6-1– Razão de ocorrência das associações litológicas no município de Itanhaém. Fonte: IAC (1999). 1:1 e oxihidroxidos de ferro e alumínio; Gleissolo - Solo apresentando intensa redução dos compostos de ferro; Peruíbe Espodossolo - Solo evidenciando a atuação do processo de podzolização; forte eluviação de compostos alumino- constitui o próprio solo; e Argissolo - Solo cuja principal 24°15' nossolo - Solo essencialmente orgânico; material original 0 Oc 2 km oA n a e tl ico t n â Laje da Conceição 1:200 000 46°55' 46°50' 46°45' 24°14' sos, com ou sem ferro; presença de humus ácido; Orga- Associação pedológica Ilha das Cabras hidromórfico (saturado em água), rico em matéria orgânica, 46°40' característica é o grande aumento de argila em profundidade. Na superfície do solo o teor de argila é muito baixo, mas em subsuperfície é médio a alto. A distribuição espacial desses tipos de solos pode ser vista na Figura 2.6-1 e Figura 2.6-1– Mapa pedológico do Estado de São Paulo: recorte do município de Itanhaém. Escala original: 1:500.000. Fonte: Oliveira (1999). a razão de ocorrência na Tabela 2.6-1. 22 Área do Município (%) CX2 50,95 PVA2 1,16 LVA41 9,93 ES2 20,38 CX1 9,70 AU 6,80 GZ2 1,08 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.7 Declividades e altitude 46°55' 2.7.1 Declividades 46°50' 46°45' 46°40' Declividade é a relação entre a diferença de altura e a distância horizontal entre dois pontos. Expressa em porcentagem (%), indica, basicamente, o aumento de altitude em relação ao desloca- São Paulo mento horizontal. Tem-se a seguinte equação: Declividade Diferença de altitude, em metros, entre dois pontos X 100 Mamb u Juquitiba 24°00' Por exemplo, considerando-se uma distância horizontal de 100 metros, uma declividade de 2% 24°00' Distância horizontal, em metros, entre dois pontos significa que há um aumento de altitude de 2 metros para um deslocamento horizontal de 100 metros, co an Br Rio o Ri logo, o terreno é suave. Já uma declividade de 100% significa que ocorre um aumento de altitude de 100 metros para o mesmo deslocamento horizontal de 100 metros, indicando que o terreno é íngreme (Figura 2.7-1). Não se deve confundir declividade com inclinação, essa, expressa em graus, indica a inclinação da superfície do terreno (Figura 2.7-2). das ocorrem em porções isoladas na Declividade = 100% Rio região central do Município e em sua ú ape Agu Rio (0 a 7%). As declividades mais eleva- Rio Pedro de Toledo predomínio das baixas declividades Diferença de altitude = 100 metros o Branc 24°05' 100 metros Mongaguá 24°05' Em Itanhaém observa-se o Preto Rio região norte (Figura 2.7-3 e Dese- Preto nho 02 - Anexo). Diferença de altitude = 2 metros Figura 2.7-1 - Representação esquemática das declividades 100% e 2%, considerando distância horizontal de 100 metros e diferença de altitude de 100 e 2 metros, respectivamente. 24°10' declividade, em Itanhaém. Ilha das Cabras Tabela 2.7-1 - Razão de ocorrência das classes de declividade em Itanhaém. Fonte: IPT. Intervalo de declividade (%) 100 metros Inclinação = 45 o Figura 2.7-2 - Representação esquemática da declividade 100% associada à inclinação de 45o, considerando distância horizontal e diferença de altitude de 100 metros. ic ânt l t A o Área ocupada no Município (%) 33,27 2a7 17,94 7 a 15 8,94 15 a 30 14,66 30 a 45 12,20 45 a 100 12,93 >100 0,06 24°15' 0a2 Laje da Conceição 2 km 1:200 000 46°55' 46°50' 46°45' 0 a 2% 15 a 30% 45 a 100% 2 a 7% 30 a 45% > 100% 7 a 15% Figura 2.7-3 - Mapa de declividades do município de Itanhaém. Elaborado na escala 1:10.000. Fonte: IPT. 23 46°40' 24°14' Declividade = 100% o ean c O Peruíbe 0 Diferença de altitude = 100 metros 24°10' razão de ocorrência das classes de Declividade = 2% ém ha Rio Itan A Tabela 2.7-1 apresenta a Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.7 Declividades e altitude (continuação) 2.7.2 Altitude A altitude, chamada de terceira coordenada geográfica, é um dos elementos que permite a caracterização do relevo. Corresponde à distância, em metros, medida na vertical, desde o nível de base (nível médio das águas do mar) até um dado lugar. Em Itanhaém as altitude variam de 0 a 870 metros (Figura 2.7-4 e Desenho 03 - Anexo). Elevações com baixas altitudes situadas na planície costeira. Fonte: Luciano Netto. Trecho da planície costeira e, ao fundo, as altitudes elevadas da Serra do Mar. Fonte: PMI. Figura 2.7-4 - Mapa de altitudes do município de Itanhaém. 24 Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.8 Carta geotécnica de planejamento e gestão Cartas Geotécnicas de Planejamento e 46°55' Gestão — elaboradas a partir da integração 46°50' 46°45' 46°40' de informações sobre geologia, geomorfologi- a, declividades, pedologia e uso e ocupação do solo — apresentam unidades homogêneas São Paulo quanto às potencialidades e restrições à ocu- Alta suscetibilidade à inundação 0,63 M uita alta suscetibilidade a recalque 1,07 2,96 Alta suscetibilidade a escorregamento Mamb u Juquitiba 24°00' sentação das unidades homogêneas que o- M édia suscetibilidade a recalque do s 24°00' A carta geotécnica utilizada para repre- Ri o pação. Ma ca co s correm no município de Itanhaém foi elabora- co an Br Rio Alta suscetibilidade à erosão 18,79 Alta suscetibilidade a recalque 18,80 Rio da pelo IPT - Instituto de Pesquisas Tecnoló- Baixa suscetibilidade a recalque gicas do Estado de São Paulo, em 1994, para o Branc 24°05' dação e dinâmica costeira (erosão e acumula- Rio 25 30 35 Figura 2.8-2 - Razão de ocorrência, em área, das unidades geotécnicas. Rio Preto 24°10' pam quase 30% da área de Itanhaém e ocor- 24°10' ém ha Rio Itan A unidade geotécnica com maior exten- do Município. Na região da área urbanizada Peruíbe predominam terrenos com Baixa Suscetibilida- 24°15' 0 2 km Erosão tico n â tl Recalque Laje da Conceição 1:200 000 24°14' Oc de à Recalque, destacando-se nas proximida- oA n a e Processo predominante Escorregamento Ilha das Cabras rem, de forma predominante, na região norte Inundação 46°55' 46°45' 46°50' 46°40' As áreas com Muito Alta e Alta Suscetibilidade — quer seja a escorregamento, recalque, erosão ou inundação — devem ter ocu- 20 Rio nidas 8 unidades geotécnicas (Figura 2.8-1). 1 e Figura 2.8-2). 15 Preto ção de sedimentos na costa), tendo sido defi- Alta Suscetibilidade a Recalque ( Figuras 2.8- 10 ú ape Agu Rio são: erosão, escorregamento, recalque, inun- 24°05' Mongaguá Pedro de Toledo rem de forma mais expressiva em Itanhaém des do rio Itanhaém terrenos com Muito Alta e 5 Proporção do M unicípio Áreada doárea Município (%) (%) a escala 1:200.000 (Figura 2.8-1). Suscetibilidade a Escorregamento, que ocu- 29,72 0 la 1:250.000, e adaptada para esse Atlas para são é composta por terrenos com Muito Alta 21,18 M uita alta suscetibilidade a escorregamento todo a área do Estado de São Paulo, na esca- Os processos do meio físico que ocor- 6,85 Figura 2.8-1 – Carta Geotécnica do Estado de São Paulo, na escala 1:250.000: recorte do município de Itanhaém. Fonte: IPT (1994). pação restrita, sendo o ideal o predomínio da cobertura vegetal nativa. 25 Unidade geotécnica Descrição 1 Alta suscetibilidade à erosão 2 Muito alta suscetibilidade a escorregamento 3 Alta suscetibilidade a escorregamento 4 Muito alta suscetibilidade a recalque 5 Alta suscetibilidade a recalque 6 Média suscetibilidade a recalque 7 Baixa suscetibilidade a recalque 8 Alta suscetibilidade a inundação Atlas ambiental do município de Itanhaém – 2012 2.9 Erosão O processo erosão consiste na remoção de solo, tanto pela ação das águas quanto pela ação do vento sobre superfícies desprotegidas. Dependendo de suas características, principalmente 46°55' 46°50' 46°45' 46°40' quanto a tipo de solo, declividade do terreno e forma de uso e ocupação predominante, um terreno pode ser classificado como de Muito Alta, Alta, Média, Baixa ou Muito Baixa Suscetibilidade à Erosão. Essa classificação permite a elaboração do mapa de erosão. São Paulo O mapa de erosão utilizado para representação das unidades homogêneas, quanto à ero- Mamb u Juquitiba 24°00' 1:1.000.000, e adaptado para esse Atlas para a escala 1:200.000 (Figura 2.9-1). do s 24°00' gicas do Estado de São Paulo, em 1997, para todo a área do Estado de São Paulo, na escala Ri o são, que ocorrem no município de Itanhaém foi elaborada pelo IPT - Instituto de Pesquisas TecnolóMa ca co s co an Br Observando-se o mapa da Figura 2.9-1, verifica-se a predominância dos terrenos classificaRio Rio dos como de Muito Baixa Suscetibilidade à Erosão. Terrenos com Alta Suscetibilidade à Erosão ocorrem na porção central do Município. A Tabela 2.9-1 apresenta a razão de ocorrência das classes de suscetibilidade à erosão na área do município de Itanhaém. Classe de suscetibilidade à erosão o Branc 24°05' ú ape Agu Rio Área do Município (%) Rio Rio Pedro de Toledo 24°05' Tabela 2.9-1 – Razão de ocorrência das classes de suscetibilidade à erosão no município de Itanhaém. Fonte: IPT/DAEE (1997). Mongaguá Preto Preto 37,31 Muito baixa 45,88 24°10' Baixa Rio 24°10' 16,81 ém ha Rio Itan Alta Ilha das Cabras Salienta-se que, merecem destaque, a erosão decorrente da dinâmica costeira e a erosão fluvial que ocorrem no município de Itanhaém, porém as feições erosivas associadas a esses proces- o Peruíbe sos foram apenas observadas, mas não foram mapeadas, não sendo possível, assim, a indicação no mapa. 24°15' O 2 km Ilha do Farol 24°14' 0 oA n a ce tic tlân 1:200 000 46°55' Alta suscetibilidade à erosão 46°50' Baixa suscetibilidade à erosão 46°45' Muito Baixa suscetibilidade à erosão Figura 2.9-1 – Mapa de erosão do Estado de São Paulo, na escala 1:1.000.000. Fonte: IPT/DAEE (1997). 26 46°40'