Volumetria por ressonância magnética e

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Volumetria por ressonância magnética e frequência de pontos gatilhos no trapézio descendente em mulheres com migrânea
Mariana Luiza da Silva Queiroz1*, Paula Rejane Beserra Diniz2, Joaquim José da Costa Neto3, Marília Franciely de
Mesquita Soares4, Marcelo Moraes Valença1, e Daniella Araújo de Oliveira1,4
1. Departamento de Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
2. Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
3.Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco, PE, Brasil.
4.Departamento de Fisioterapia , Universidade Federal de Pernambuco, Recife,PE, Brasil.
*e-mail: [email protected]
Introdução: Mecanismos centrais e periféricos estão envolvidos na patogênese da migrânea, estímulos nociceptivos de músculos cervicais podem ter influência no desencadeamento e frequência das crises. Objetivo: calcular o
volume do músculo trapézio utilizando ressonância magnética em mulheres com migrânea e o grupo controle e quantificar a presença de pontos gatilhos miofasciais (PGMs) Métodos: Trata-se de um estudo tranversal. Foram incluídas
14 mulheres com idade entre 18 e 28 anos (23±2), divididas em dois grupos: migrânea (n=8) e controle (n=6).As pacientes foram submetidas a exame para diagnóstico da cefaleia de acordo com os critérios da ICHD III. Posteriormente
foi realizada goniometria cervical (CROM) e exame físico para diagnóstico dos PGMs baseado nos critérios de Simons
por um examinador cego em relação aos grupos. Em seguida foi realizado exame de MRI com scanner Philips 1,5 T,
nas sequências ponderadas em T1 e T2 com e sem contraste. A segmentação para cálculo da volumetria foi realizada
utilizando o software Display. Resultados: o grupo migrânea mostrou menor volume no lado direito (p= 0,002) e
no lado esquerdo (p=0,014), comparado ao grupo controle. Foi constatado maior quantidade de PGMs no grupo migrânea, no lado direito (p= 0,033) e no lado esquerdo(p=0,035). O volume está correlacionado negativamente com a
intensidade das crises (p<0,001), houve correlação positiva entre a quantidade de PGMs, com a intensidade (p=0,03),
duração (p=0,002) e frequência (p=0,002) das crises. Houve correlações negativas do volume com as amplitudes de
movimentos cervicais: volume direito com flexão (p=0,004), inclinação lateral direita (p=0,018), esquerda (p=0,002) e
rotação esquerda (p=0,03). E volume esquerdo com flexão (p=0,03), inclinação lateral direita (p=0,04) e rotação direita
(p=0,01). Conclusão: Migranosas apresentam menores medidas de volume em comparação ao grupo controle,
sendo correlacionado com a intensidade das crises. Foi identificada maior frequência de PGMs em migranosas e correlação positiva com as características clínicas da cefaleia. Nossos resultados salientam a relevância do estudo de estruturas musculares nos pacientes com migrânea como um fator que está correlacionado com a intensidade das crises.
Descritores: transtornos de enxaqueca; imagem por ressonância magnética; pontos-gatilhos.
Agradecimentos
Os autores agradecem à CAPES pelo apoio prestado através de bolsas e ao CNPQ pelo apoio financeiro pelo edital
chamada universal 14/2013 processo número 485922/2013-4, intitulado “Algometria computadorizada na avaliação de
alodinia em pacientes com migrânea”. Agradecemos ao centro de diagnóstico Multimagem – Ilha do Leite Recife – PE,
por conceder o espaço físico, equipamentos e profissionais para realização deste trabalho e ao Núcleo de Telessaúde
– NUTES (UFPE) onde foi possível segmentar as imagens.
Anais do Congresso Brasileiro de Fisioterapia
v.1 n.1, 2016
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