Tribunal de Contas da União

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Tribunal de Contas da União - TCU
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Brasília, 25 de agosto de 2008 às 15h01
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TCU
O Estado de São Paulo | SP
Ponte Rio-SP tem falha de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CIDADE
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Brasília, 23 de agosto de 2008
O Estado de São Paulo - São Paulo/SP
TCU
Ponte Rio-SP tem falha de comunicação
CIDADE
A auditoria do Tribunal de Contas da União (
TCU) no sistema informatizado de controle do tráfego aéreo encontrou problemas na troca de informações entre os centros de controle de
aproximação ( APPs) do Rio e São Paulo, encarregados pelo monitoramento da ponte aérea mais
movimentada do mundo. Por meio de entrevistas
com controladores, observações in loco e fotos, os
técnicos verificaram que, quando há mudança no plano de vôo após a decolagem, um centro não comunica
a alteração ao vizinho.
"Com base em informações imprecisas, o controlador pode emitir uma instrução incorreta e colocar em risco a segurança das aeronaves", adverte o
relatório do TCU. "Esse problema se agrava já que,
por acordo operacional, a transferência de aeronaves
entre o APP-RJ e o APP-SP é automática, ou seja,
quando a aeronave atinge o limite entre as duas áreas
de controle terminal, é transferida sem que haja contato verbal entre os controladores. "
No item "efeitos reais e potenciais", os auditores dizem que a falha aumenta o nível de stress dos controladores e compromete a segurança dos serviços
prestados. Por fim, recomenda que o Departamento
de Controle do Espaço Aéreo ( Decea) promova alterações nos sistemas do Rio e de São Paulo. Procurada, a Força Aérea Brasileira ( FAB) disse que não
se pronunciaria sobre os apontamentos dos auditores
federais.
Um oficial envolvido no controle de tráfego aéreo ouvido pelo Estado disse que as afirmações feitas pelos
auditores são equivocadas. O militar explicou que todas as alterações feitas por um dos centros de apro-
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ximação são automaticamente atualizadas pelo
sistema. Assim que uma aeronave deixa uma área de
monitoramento, o controlador que vai herdar aquele
tráfego recebe uma tarjeta de papel com as informações básicas do plano de vôo, como altitude e
velocidade. "Não há qualquer risco à segurança de
vôo", afirma o militar.
O relatório do TCU também reavivou um ponto controverso: a mudança automática do nível de vôo sem
o consentimento do controlador. Embora exista há
mais de uma década, o recurso foi colocado em xeque
depois do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da
Gol. Controladores de plantão no dia da tragédia alegaram que demoraram para tentar se comunicar com
o jato, que seguia na "contramão", porque haviam sido induzidos a erro pelo sistema.
Os auditores do TCU dizem ter ouvido queixas de todos os controladores entrevistados. "Disseram que o
ideal seria o sistema indicar que existe alteração de nível prevista no plano do vôo, alertar o controlador
que a aeronave está voando em um nível diferente do
previsto para aquele trecho e, se houver perda de contato radar, manter a última informação sobre o nível
real da aeronave", afirmam.
Ao TCU, os representantes do Decea disseram não
concordar com a remoção do recurso. Alegaram que
o sistema funciona dessa forma há anos e só depois do
acidente é que houve contestação. O X-4000, derivação de um sistema desenvolvido na década de 80
por engenheiros franceses e brasileiros, está instalado nos Cindactas 1 ( Brasília) , 2 ( Curitiba) e 3 (
Recife) .
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