VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar PO PO - 314 A RESILIÊNCIA NO CONTEXTO HOSPITALAR: ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DE RESILIÊNCIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS Luana Duarte Beck, Juliana R. Potter Porto Alegre, Serviço de Psicologia do Hospital da Criança Santo Antônio INTRODUÇÃO: O presente trabalho visa abordar o tema da resiliência no contexto hospitalar, focando seu estudo para os processos facilitadores de resiliência presentes em pacientes oncológicos pediátricos. Para isso, será utilizado um relato de caso que servirá como base para a discussão do tema. A resiliência presente no contexto hospitalar está ligada a capacidade do indivíduo de lidar com a enfermidade, colaborando com o tratamento, aceitando as peculiaridades que a doença trás consigo e se adaptando a sua nova condição de saúde (Bianchini e Dell´Aglio, 2006). Aline, 11 anos, após biópsia de tumor na região da coluna, recebe diagnóstico de câncer e inicia seu tratamento no presente hospital. Nos atendimentos realizados à Aline, evidencia-se que a família e a religiosidade influenciaram a maneira como a paciente lidou com a realidade da doença e tratamento. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizada breve revisão bibliográfica a cerca do tema resiliência no contexto hospitalar e resiliência em pacientes oncológicos pediátricos. Frente aos dados literários obtidos, foi realizada uma integração desta teoria com dados do relato de caso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Frente à análise da bibliografia pesquisada e relação com relato do caso, é possível elucidar que existem fatores de promoção de resiliência que podem ser identificados no contexto proposto. Foi possível perceber que Aline contava com processos pessoais de resiliência que a auxiliam a lidar com a doença, tratamento e limitações impostas pela enfermidade. Sua autoestima elevada foi observada através da maneira adaptativa e adequada que a paciente lidava com suas limitações. A boa reação dos familiares frente à doença auxiliou com que Aline encarasse de uma forma mais positiva a doença. Com uma postura confiante e estimulante, os familiares da paciente se faziam presentes como um estímulo positivo, encorajando Aline a lidar com as situações difíceis. A questão da religião era algo que exercia uma influência intensa na paciente e funcionava como um facilitador para a promoção de resiliência. Segundo Walsh (2005) o pensamento positivo frente às adversidades, assim como a espiritualidade auxiliam para o processo de resiliência do individuo, possibilitando assim que este consiga vislumbrar novas possibilidades e perspectivas, não desistindo e acreditando em sua melhora. CONCLUSÕES: O relato de caso ilustra o papel relevante que a estrutura familiar de Aline, assim como a fé que esta unidade mantinha, repercutia no modo como a paciente lidou com o seu diagnóstico, assim como, as formas de enfrentamento desta frente às limitações do próprio tratamento. Tais fatores presentes em sua família como união, companheirismo, boa comunicação, crença positiva quanto à recuperação da Aline e aspecto espiritual favoreceram a promoção de resiliência, não só da unidade familiar, como a resiliência individual de Aline. Palavras-chave: resiliência, oncologia pediátrica, fatores promotores de resiliência, psiconcologia. E-mail de contato: [email protected] 267