Slides - DI PUC-Rio

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INF1403 – Introdução a Interação
Humano-Computador (IHC)
Turma 3WA
Professora: Clarisse Sieckenius de Souza
Acessibilidade: Uma questão de lei e direitos humanos
15/Mar/2010
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(c) SERG, 2010
Stephen Hawking – um dos maiores cientistas da atualidade
(físico, cosmólogo, professor da Universidade de Cambridge)
Quem é este homem?
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O que seria dele
sem tecnologias
assistivas?
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Tecnologias Assistivas no caso de Hawking (Wikipedia)
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Acessibilidade
• Permitir que todos os usuários – inclusive e em
particular aqueles com necessidades especiais – sejam
capazes de utilizar um sistema ou tecnologia.
– Pessoas portadoras de algum tipo de deficiência
– Inclusão social e inclusão digital
– Desenho universal
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Obstáculos para a acessibilidade (exemplos)
• Incapacidade de ver, ouvir,
mover
• Dificuldade para ler ou
interpretar conteúdos (tipos
de informação, idioma,
cultura)
• Ausência de teclado ou
mouse, ou incapacidade
para utilizar determinado
dispositivo
• Ausência de display gráfico,
telas somente texto, telas
sem cores
• Displays com dimensões
reduzidas
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• Conexão lenta com a Internet
• Estar com olhos, mãos ou
ouvidos ocupados /
sobrecarregados (questões
ambientais)
• Versão de navegador Web ou
siste ma operacional
• Políticas de administração e
segurança de rede
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Exemplos de tecnologias assistivas*
•
Deficiente Visuais
– Linha braille (Display Braille)
• Os deficientes visuais não utilizam o mouse
para trabalhar com o computador, já que ele
exige coordenação visual. Também não
usam um teclado Braille. Eles usam o
teclado comum (a maioria possui na parte
inferior, nas letras J e F, um alto-relevo com
a forma de um ponto)
– Leitores de tela (Jaws) e Sintetizadores de
voz (exemplo)
• Traduzem em informação sonora o conteúdo
visual da tela.
– Navegador Textual: é um navegador
baseado em texto. Pode ser usado com o
leitor de tela por pessoas cegas e também
por pessoas que acessam a internet com
conexão lenta.
* Tecnologia assistiva é a ferramenta ou recurso que dá maior independência e autonomia ao deficiente.
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Exemplos de tecnologias assistivas
•
Deficiente Visuais (cont.)
– Softwares que permitem a leitura sonora de
qualquer informação em papel (Openbook)
• Com o scanner, o Openbook passa o
texto do papel para a tela e depois o
Jaws encarrega-se de traduzir o
conteúdo em informação sonora.
– Impressoras Braille
• possibilidade de traduzir a informação
para suporte papel, isto é, para Braille.
•
Outras Deficiências Físicas (exemplo da atrofia/paralisia das mãos)
– Teclado alternativo
• um dispositivo de hardware ou software que fornece um modo
alternativo de dispor as teclas, como por exemplo, teclado com
espaçamentos maiores ou menores entre as teclas.
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Porque devemos nos preocupar com acessibilidade?
•
•
•
Questões éticas e sociais
Questões econômicas
Acessibilidade é Lei
– No Brasil, o decreto nº. 5296/2004, em seu capítulo VI, dedicou
14 artigos ao Acesso à Informação e Comunicação das pessoas
com deficiência. Tornou obrigatória a acessibilidade na Internet.
– Porém, apenas para as pessoas com deficiência visual, pois não
contemplou as pessoas com capacidade motora reduzida e com
deficiência auditiva.
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Acessibilidade na Web
• O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio
internacional onde organizações parceiras, uma equipe
de funcionários e o público em geral trabalham juntos
para desenvolver Web standards.
• O W3C, atualmente, não cria normas e sim
recomendações.
– Uma Recomendação do W3C é uma especificação ou um
conjunto de diretrizes que depois de ter passado por exaustiva
discussão e ter-se estabelecido um consenso, recebeu o
endosso dos Membros e do Diretor do W3C. O W3C indica
vivamente o amplo emprego de suas Recomendações.
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Recomendação do W3C para o desenvolvimento de sites
acessíveis
• Seguir as diretrizes e a metodologia apresentadas no documento
Diretrizes para Acessibilidade de Conteúdos Web - WCAG 1.0 ,
organizado pelo Web Acessibility initiative - WAI , que é um
departamento deste consórcio.
• WCAG = Web Content Accessibility Guidelines
– O documento documento "Recomendações para a acessibilidade
do conteúdo da Web - 1.0" faz parte de uma série de
recomendações de acessibilidade, publicadas pelo WAI, que inclui
ainda recomendações para a acessibilidade de agentes do
usuário, por exemplo, navegadores e tecnologias de apoio ([WAIUSERAGENT]) e recomendações para a acessibilidade de
ferramentas de criação de conteúdo ([WAI-AUTOOLS]).
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Definição de Acessibilidade à WEB
•
“Web accessibility means that people with disabilities can use the Web.
More specifically, Web accessibility means that people with disabilities can
perceive, understand, navigate, and interact with the Web, and that they
can contribute to the Web. Web accessibility also benefits others, including
older people with changing abilities due to aging.” [WAI]
• Acessibilidade à Web significa que pessoas portadoras de
necessidades especiais sejam capazes de usar a Web.
Acessibilidade à Web significa que pessoas portadoras de
necessidades especiais possam perceber, entender, navegar e
interagir com a Web, bem como contribuir com conteúdos para a
Web. Acessibilidade à Web também beneficia aquelas pessoas que
tiveram suas capacidades modificadas com o passar do tempo.
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WCAG 1.0
•
•
•
WCAG tem 14 guidelines que são princípios genéricos do design acessível.
Cada guideline tem um ou mais pontos de verificação (checkpoints) que
explicam como o próprio guideline se aplica em uma área específica.
Cada checkpoint tem uma prioridade
– [Prioridade 1] Pontos que os criadores de conteúdo Web devem satisfazer
inteiramente. Se não o fizerem, um ou mais grupos de usuários ficarão
impossibilitados de acessar as informações contidas no documento. A satisfação
desse tipo de pontos é um requisito básico para que determinados grupos
possam acessar documentos disponíveis na Web.
– [Prioridade 2] Pontos que os criadores de conteúdos na Web deveriam
satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais grupos de usuários terão dificuldades
em acessar as informações contidas no documento. A satisfação desse tipo de
pontos promoverá a remoção de barreiras significativas ao acesso a
documentos disponíveis na Web.
– [Prioridade 3] Pontos que os criadores de conteúdos na Web podem satisfazer.
Se não o fizerem, um ou mais grupos poderão se deparar com algumas
dificuldades em acessar informações contidas nos documentos. A satisfação
deste tipo de pontos irá melhorar o acesso a documentos armazenados na Web.
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WCAG 1.0 - 14 Recomendações (1/4)
• 1 - Fornecer alternativas ao conteúdo sonoro e visual:
proporcionar conteúdo que, ao ser apresentado ao usuário,
transmita, em essência, as mesmas funções e finalidade que o
conteúdo sonoro ou visual.
• 2 - Não recorrer apenas à cor: assegurar a percepção do texto e
dos elementos gráficos quando vistos sem cores.
• 3 - Utilizar corretamente marcações e folhas de estilo: marcar os
documentos com os elementos estruturais adequados. Controlar a
apresentação por meio de folhas de estilo, em vez de elementos de
apresentação e atributos.
• 4 - Indicar claramente qual o idioma utilizado: utilizar marcações
que facilitem a pronúncia e a interpretação de abreviaturas ou texto
em língua estrangeira.
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WCAG 1.0 - 14 Recomendações (2/4)
•
•
•
•
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5 - Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa: assegurar
que as tabelas têm as marcações necessárias para poderem ser
transformadas harmoniosamente por navegadores acessíveis e outros
agentes do usuário.
6 - Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam
transformadas harmoniosamente: assegurar que as páginas são
acessíveis mesmo quando as tecnologias mais recentes não forem
suportadas ou tenham sido desativadas.
7 - Assegurar o controle do usuário sobre as alterações temporais do
conteúdo: assegurar a possibilidade de interrupção momentânea ou
definitiva do movimento, intermitência, transcurso ou atualização
automática de objetos ou páginas.
8 - Assegurar a acessibilidade direta de interfaces do usuário
integradas: assegurar que a interface do usuário obedeça a princípios de
design para a acessibilidade: acesso independente de dispositivos,
operacionalidade pelo teclado, emissão automática de voz (verbalização).
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WCAG 1.0 - 14 Recomendações (3/4)
• 9 - Projetar páginas considerando a independência de
dispositivos: utilizar funções que permitam a ativação de
elementos de página por meio de uma grande variedade de
dispositivos de entrada de comandos.
• 10 - Utilizar soluções de transição: utilizar soluções de
acessibilidade transitórias, para que as tecnologias de apoio e os
navegadores mais antigos funcionem corretamente.
• 11 - Utilizar tecnologias e recomendações do W3C: utilizar
tecnologias do W3C (de acordo com suas especificações) e seguir
as recomendações de acessibilidade. Quando não for possível
utilizar tecnologia W3C, ou quando tal utilização produzir materiais
que não possam ser objeto de transformação harmoniosa, fornecer
uma versão alternativa, acessível, do conteúdo.
• 12 - Fornecer informações de contexto e orientações: fornecer
contexto e orientações para ajudar os usuários a compreenderem
páginas ou elementos complexos.
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14 Recomendações (4/4)
•
•
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13 - Fornecer mecanismos de navegação claros: fornecer mecanismos
de navegação coerentes e sistematizados -- informações de orientação,
barras de navegação, mapa do site -- para aumentar as probabilidades de
uma pessoa encontrar o que procura em um dado site.
14 - Assegurar a clareza e a simplicidade dos documentos: assegurar a
produção de documentos claros e simples, para que sejam mais fáceis de
compreender.
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Avaliação de sites na web (segundo W3C)
• Quanto antes a acessibilidade for avaliada (no início ou
ao longo do processo de desenvolvimento) mais fácil
será a correção dos problemas.
• A avaliação deve ser feita:
– através de ferramentas automatizadas, embora nenhuma delas
seja capaz de determinar se um site cumpre todos os itens de
acessibilidade.
– através da avaliação humana para ajudar a garantir a clareza da
linguagem, a boa utilização dos equivalentes textuais e a
facilidade da navegação (usabilidade) e/ou a qualidade da
comunicação entre designer e usuário (comunicabilidade).
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Pesquisa de Acessibilidade no SERG: o WNH
Chantal Intrator (Mestre)
Ingrid Monteiro (Mestranda)
Colaboração Internacional:
IBM Research Almaden
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Mediação do Diálogo Original Sistema-Usuário
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Leituras Recomendadas
• E-Acessibilidade: Tornando Visível o Invisível.
Simone Ferreira, Marie Agnes Chauvel, Marcos Ferreira
http://www.unirio.br/morpheusonline/numero10-2007/simonebacellar.htm
• Usabilidade, Acessibilidade e Inteligibilidade Aplicadas
em Interfaces para Analfabetos, Idosos e Pessoas com
Deficiência (Memória do Workshop de Acessibilidade do
IHC 2009) Amanda Melo, Lara Picolo, Ismael Avila e
Claudia Tambascia
http://www.cpqd.com.br/file.upload/1749021822/resultados_workshop_uai.pdf
• Entrevista com Leda Spelta, na edição especial da
Computação Brasil (SBC) sobre ’10 Anos de IHC’
https://www.sbc.org.br/bibliotecadigital/download.php?paper=1665
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(c) SERG, 2010
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