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23/03/2007
Kevac produção e uso
A) VACINA POLIVALENTE OLEOSA CONTRA A CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA BOVINA
(CCIB)
KEVAC
PRODUÇÃO E USO
“Queratite”, “Querato-Conjuntivite”, Mal do Olho, Doença do Olho Branco, “Pink Eye” são denominações
comuns da doença de olhos que causa grandes prejuízos às criações de bovinos em todos os países,
mesmo naqueles considerados como possuidores de tecnologia mais avançada.
Os principais sintomas e lesões são lacrimejamento, fotofobia, conjuntivite, blefarite, e ceratite atingindo
variadas dimensões de opacidade da córnea. A prevalência da doença é maior nos grupos de animais
novos. Provoca prejuízos diversos, como transtornos no manejo do gado para aplicação de
medicamentos, atraso no desenvolvimento e no ganho de peso, perda parcial da visão e, em casos mais
graves, ruptura do globo ocular com cegueira permanente. A causa da doença é uma bactéria, Moraxella
bovis, e os surtos com maior número de bovinos infectados ocorrem nos meses de temperatura mais
elevada, e sempre que há condições climáticas que favorecem o aparecimento de fatores irritantes para
os olhos ( ventos, poeira, intensa radiação solar, presença de insetos) e proporcionam maior contágio.
Na composição da vacina KEVAC entram muitos cultivos de Moraxella bovis de isolamento recente dos
olhos dos bovinos infectados. Ao contrário de outras bactérias que mantém sua estrutura antigênica
estável, a M. bovis perde suas características após poucas passagens em meios de cultivo artificiais em
laboratório. Por isto há necessidade de coleta de novas amostras de Moraxella bovis a cada novo surto
de cerato conjuntivite.
Uma das estruturas mais importantes para a obtenção de imunidade é a presença de pili ou fimbrias no
corpo bacteriano da Moraxella. Estas estruturas são pequenos apêndices filamentosos que somente
podem ser vistos em preparações especiais para microscopia eletrônica, não sendo vistos em exames
comuns com o uso do microscópio ótico de luz. Uma das funções das fimbrias é promover a aderência às
mucosas, primeiro passo para ocorrer a infecção. Estes apêndices são perdidos se as amostras de M.
bovis são cultivadas com frequência em laboratório.
Outra razão para realizar coletas de amostras de Moraxella de olhos de bovinos a cada novo surto é que
estas estruturas de pili podem ter vários tipos diferentes entre si. Assim, se houver coleta de uma amostra
de M.bovis de um surto de doença e utilizar-se esta mesma amostra para produção de vacina, a
imunidade nesta propriedade será melhor: chama-se neste caso de vacina autógena.
Após testes de laboratório e de campo com imuno-estimulantes bacterianos, o IRFA conseguiu
praticamente eliminar a necessidade de uso de vacina autógena, uma vez que foi obtida proteção contra
agressões experimentais de tipos de Moraxella bovis que não estavam incluídos nas vacinas testadas.
Contudo, permanece a necessidade de obtenção de novos isolamentos de M.bovis a cada temporada de
ocorrência de surtos de cerato-conjuntivite bovina (CCIB), visto que a bactéria é capaz de produzir muita
variações.
Cada partida de KEVAC tem em média 15 isolamentos de M.bovis de várias procedências, e
representantes de cada tipo patogênico conhecido segundo esquema próprio, associada ainda a
Branhamella (Neisseria, Moraxella) ovis- bactéria de maior frequência de isolamento em casos de
ceratoconjuntivite ovina (CCO) e muito isolada em casos de ceratoconjuntivite bovina (CCIB), que tem
sido incluída também na vacina KEVAC, sempre que estes isolamentos apresentam características de
patogenicidade semelhantes às já conhecidas na Moraxella bovis.
Desde época da introdução desses novos elementos na produção da vacina KEVAC houve um aumento
significativo no consumo do produto. Tal fato evidencia o acerto da tecnologia utilizada na produção e na
orientação técnica de aplicação da KEVAC.
Em poucos casos de aparente falha de proteção da vacina em lotes em confinamento foi diagnosticada a
ocorrência simultânea de IBR ( Rinotraqueíte Infecciosa Bovina)
A função primeira da vacina é prevenir contra a enfermidade, entretanto a vacinação de animais enfermos
associado a medicação acelera a recuperação dos animais.
ESQUEMA GERAL DE APLICAÇÃO DA VACINA KEVAC
Bovinos
Dose: 3mL
Via de aplicação: Intramuscular, sugerindo-se a musculatura do pescoço, com os cuidados gerais de
assepsia.
1a Dose : 4 a 6 semanas antes da época de ocorrência de surtos;
2a Dose: 4 a 6 semanas após a 1a dose
Reforço: Em áreas de alta incidência, nova aplicação 3 a 4 meses após a 2a Dose.
Terneiros/Bezerros:
1a Dose aos 60 dias de idade;
2a Dose aos 90 dias de idade;
reforço no 6o ou 7o mês de idade.
Conservação:
Refrigeração entre +2 e +8o C
Não congelar.
Observações:
Não aplicar a vacina em animais enfermos convalescentes ou em outras situações que possam levar a
“stress”. Nestas condições a vacina pode não atingir níveis adequados de eficácia.
Nas fêmeas em gestação aplicar KEVAC no 6o e 7o mês, com a finalidade de induzir proteção ao
terneiro.
NOTA
Para criadores e técnicos que utilizam a vacina em caracter experimental em ovinos é sugerido reduzir a
dose para 2 mL, e obrigatoriamente utilizar a via intramuscular profunda. Convém lembrar que a
vacinação é uma medida preventiva, podendo eventualmente ter efeito curativo, e não deverá excluir
outros cuidados sanitários com os lotes de animais em risco de infecção.
B) A COLETA DO MATERIAL OCULAR DEVERÁ DENTRO DO POSSÍVEL OBEDECER OS
SEGUINTES PASSOS.
a) Procurar coletar de animais não tratados com antibióticos, com aparecimento de casos recentes,
reconhecidos por lacrimejamento, edema de pálpebras, sem opacidade total de córnea (evitar córnea de
aparência totalmente branca ou amarelada).
b) Forçar a abertura das pálpebras e introduzir o cotonete no saco conjuntival , sob a terceira pálpebra,
fazer uma rotação do cotonete.
c) Retirar o cotonete sem tocar na pálpebra e colocá-lo no tubo de transporte.
d) Colocar os tubos em caixa de isopor contendo gelo, acondicionados de forma a evitar quebras e
remeter para o laboratório.
Luiz Francisco C. Ferreira
Dir. Técnico
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