AGROTÓXICOS e gliomas, glioblastomas, astrocitomas, leucemias

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AGROTÓXICOS e gliomas, glioblastomas, astrocitomas,
leucemias , próstata, pâncreas
José de Felippe Junior
Câncer não são células malignas e sim células doentes
necessitando cuidados, não extermínio JFJ
O governo além de somente proibir tardiamente o emprego de alguns
agrotóxicos, não fiscaliza a sua produção, venda ou uso. E quem sofre é a população
sem ao menos saber o que está acontecendo. E os médicos? Estes se preocupam com as
novidades, as drogas de 5ª geração da Indústria Farmacêutica que fabrica medicamentos
paliativos e sem estudos suficientes quanto aos efeitos adversos de longo prazo. As
drogas que utilizamos na prática clínica são muito mal estudadas antes de serem
liberadas. Nada é estudado quanto aos perigosos efeitos epigenéticos ou genéticos de
tais medicamentos. Não avaliam o impacto do novo medicamento sobre a
Farmacoepigenômica, muito menos da Farmacogenômica e menos ainda da
Farmacogenética. Pior ainda e realmente aterrador: muitas indústrias mesmo
conhecendo os efeitos colaterais escondem a informação e ainda remuneram
Universidades e pesquisadores para escreverem sobre a maravilhosa droga, naquilo que
ficou conhecido como “conflito de interesse não declarado”. É quase impossível para
nós médicos saber se o trabalho científico que estamos estudando é verdadeiro ou foi
encomendado pela Indústria Farmacêutica.
Deste modo, drogas normalmente prescritas por clínicos, cardiologistas,
endocrinologistas, gastroenterologistas, ginecologistas e até oncologistas aumentam o
risco de diversos tipos de câncer ou aumentam a proliferação e impedem a apoptose:
bloqueadores de canais de cálcio, diuréticos no longo prazo, amitriptilina, fluoxetina,
sertralina, clonazepan, estatinas (LDL<100md%), crisina, etc.
Como todo efeito possui uma causa e sabendo que retirando a causa cessa o
efeito, pesquisadores do Rio de Janeiro resolveram se aprofundar no estudo sobre a
etiologia desta doença cada vez mais comum.
Chrisman JD, Koifman S, de Novaes Sarcinelli P, Moreira JC, Koifman RJ e
Meyer A, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz do Rio de
Janeiro, verificaram que o uso de pesticidas no Brasil cresceu rapidamente nos últimos
anos e assim resolveram estudar o impacto destes tóxicos na incidência do câncer.
Correlacionaram a venda de pesticidas em 1985 com a mortalidade de vários tipos de
neoplasias em 11 Estados Brasileiros entre 1996 e 1998. A informação das mortes por
câncer foi obtida no Sistema Nacional de Mortalidade apenas em homens com idade
entre 30 e 69 anos. O volume de vendas de pesticidas mostrou correlação
estatisticamente significante com a mortalidade nos seguintes tipos de câncer nos
homens: próstata (r=0,69 ; p=0,019), tecidos moles (r=0,71 ; p=0,015), leucemias
(r=0,68 ; p=0,021), lábio (r=0,73 ; p=0,010), esôfago (r=0,61 ; p=0,046) e pâncreas
(r=0,63 ; p=0,040).
Foram observadas correlações de moderada a fraca no câncer de laringe,
pulmão, testículo, fígado, estômago, cérebro e mieloma múltiplo. Devemos ressaltar que
a correlação entre a venda de pesticidas e a mortalidade sítio específica de câncer foi
reforçada por dois testes estatísticos. Para todos os sítios específicos, a mortalidade do
câncer foi significantemente maior nos 2º e 3º tertile com uma faixa de MRR indo de
1,11 a 5,61. Os autores concluíram que a população exposta aos pesticidas em 1985 em
alguns Estados Brasileiros se associou na década seguinte com o aumento significativo
da mortalidade por vários tipos de câncer.
Pior é o que se encontra em países de renda per capita menor que a do Brasil.
É alarmante a incidência de tumores cerebrais como glioblastoma multiforme e
meduloblastomas em agricultores de Kashmir que utilizam os agrotóxicos,
chlorpyriphos, dimethoate, mancozeb e captan. A cada ano aumenta o número de
agricultores diagnosticados com gliomas de alto grau (Abdul-2010). Todos os tipos de
pesticidas, não importa os danos que provocam são usados em Kashimir.
Leucemia é a causa mais comum de câncer na criança e existe uma ligação
muito forte desta doença e a contaminação por agrotóxicos ou pesticidas (Hernandez2016).
O mesmo acontece com o câncer de mama, onde a cada dia aumentam os casos
de mulheres contaminadas com aldrin, dichlorodiphenyldichloroethylene (DDE) e
dichloro- diphenyldichloroethane (DDD) (L’Héritier-2014, Rivero-2016).
Três inseticidas organofosfatados estão significantemente associados ao câncer
de próstata agressivo, fonofod, terbufos e malathion (Koutros-2013).
No Pakistão é tão frequente o câncer de pulmão devido o tabaco (p≤0.0000001)
quanto à exposição por pesticidas (p≤0.0000001) ou inalação de fumaça diesel
(p≤0.0000001) (Lugman-2014).
No www.pubmed.org a busca “pesticides cancer” fornece 7120 referências.
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