ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II Versão Online OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA PDE - 2014 TÍTULO: ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA INCLUSIVA PRÁTICA DE ENSINO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO - CULTURAL Vera Lúcia Salamoni Autor: Educação Especial Disciplina/Área Escola de Educação Especial Professora Hilda Veitas Escola de Implementação do Projeto Engenheiro Beltrão, Paraná Município da Escola Campo Mourão Núcleo Regional de Educação Professor Orientador Profª Dra. Nerli Nonato Ribeiro Mori UEM Instituição de Ensino Superior Relação Interdisciplinar Resumo O presente Material Didático está formulado para ser desenvolvido na Escola de Educação Especial Professora Hilda Veitas, município de Engenheiro Beltrão, Paraná, no ano de 2015, tendo como público alvo alunos dos anos iniciais da escola de educação básica na modalidade de educação especial, como também está direcionado aos professores da mesma área. Sua finalidade é delinear uma proposta curricular para as séries iniciais das APAES; estabelecer uma relação entre a Política Nacional de Educação inicial e a escola especial no Estado do Paraná; traçar um panorama histórico das APAES do Paraná e propor currículo para os anos iniciais da APAE na perspectiva histórico – cultural. São desenvolvidas as seguintes atividades elaboradas a partir da proposta didática, embasada Teoria Histórico Cultural, elaborada por Gasparin (2005) e estruturada em cinco passos: Tema: As plantas. Prática Social Inicial: Roda de conversa sobre conteúdo. Problematização: Transformação do conteúdo em questões desafiadoras que levem os alunos a quererem saber mais sobre o conteúdo. Instrumentalização: momento em que o educando vai se apropriar de instrumentos culturais e científicos necessários para transformar, melhorar, enfim, modificar aqueles conhecimentos espontâneos mostrados na prática social inicial. Catarse: Síntese mental por parte do educando dos conteúdos trabalhados; Prática social final: Nova proposta de ação a partir do conteúdo aprendido: Montagem de um terrário com os alunos. Todo o material elaborado e os resultados obtidos serão organizados e apresentados posteriormente na forma de um artigo. Palavras-chave (3 a 5 palavras) Formato do Material Didático Público Alvo Perspectiva histórico – cultural; Educação Especial; Proposta curricular. Unidade Didática Alunos dos anos iniciais da Escola de Educação básica na modalidade de Educação Especial Esta Unidade Didática pretende servir como subsídio aos professores de Educação Especial e está formulado para ser desenvolvido na Escola de Educação Especial Professora Hilda Veitas, município de Engenheiro Beltrão, Paraná,no ano de 2015, tendo como público alvo alunos dos anos iniciais da escola de educação básica na modalidade de educação especial. O Material Didático faz parte de uma das etapas do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Este programa visa proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática. De acordo com as necessidades especiais existentes, e diante do paradigma da inclusão, esta Unidade Didática propõe pensar na idades específicas de aprendizagem do educando, incentivando- o a desenvolver seu potencial, a partir de sua realidade particular. Isto requer uma maior sensibilidade e pensamento crítico a respeito de nossa prática pedagógica. E para que realmente aconteça um trabalho voltado para a melhoria do aprendizado do aluno com necessidades especiais, é preciso empreender práticas pedagógicas que atendam a diversidade humana. A Unidade Didática leva em conta as vivências diárias dos alunos na escola e na comunidade, permitindo aos mesmos estruturarem as suas aprendizagens, tendo assim, a possibilidade de realizar um aprendizado mais eficaz e significativo. Temos a preocupação de seguir as orientações curriculares. Assim, as atividades serão desenvolvidas numa perspectiva globalizante e visam promover o desenvolvimento das crianças, estimulando o desejo de criar, de explorar, promovendo a formação como seres livres, autônomos e solidários. Vera Lúcia Salamoni Na teoria e em toda produção de Vygotsky, cientista bielo-russo, pensador importante em sua área, o processo de aprendizagem, o desenvolvimento e o ensino, sempre se mostraram importantes. Vygotsky atribuía um papel fundamental para as relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de sociointeracionismo. Assim, no desenvolvimento de sua aprendizagem a criança tem necessidade de contatos com outras pessoas para construir novos conceitos Primeiro no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos. (Vygostky. 1998, p.75). Vygotsky analisou o homem em seu contexto sociocultural, para poder compreender sua contribuição enquanto sujeito. A perspectiva histórico-cultural de Vygotsky tem como pressuposto que o desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores é um processo extremamente pessoal e, ao mesmo tempo, um processo profundamente social, estando intimamente ligadas ao contexto sociocultural em que a pessoa está inserida. Conforme a Teoria Histórico-Cultural desenvolvimento: o real e o potencial. são dois os níveis de O nível de desenvolvimento real é aquele em que a criança é capaz de realizar sozinha uma dada atividade. Isso é possível porque a atividade envolve conceitos já dominados pelo sujeito. O nível de desenvolvimento potencial corresponde àquelas atividades que o sujeito consegue realizar sob a supervisão de um adulto ou em colaboração com outros colegas mais capazes. A distância entre esses dois níveis – o real e o potencial – Vygostky denominou de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). É na ZDP que o educador deve atuar, intervindo, desenvolvendo atividades para que o aluno avance para além do conhecimento que já domina. O indivíduo com deficiência intelectual ao chegar à escola também possui conhecimentos cotidianos que precisam ser superados pelos conhecimentos científicos, e Vygotski (1998) esclarece que nas interações com os colegas e mediação do professor ocorre o desenvolvimento/ formação das funções psicológicas superiores. Essa colaboração é o momento central do processo educativo, pois é o momento em que o professor intervém na zona de desenvolvimento espontâneos próximo mediante do a educando, apropriação alterando de os conhecimentos conhecimentos científicos transformados em conteúdos curriculares e assim provocando um maior desenvolvimento psicológico A Educação Especial passou por várias etapas no decorrer da sua história e a partir do século XX e início do século XXI sofreu muitos avanços relevantes, estabelecendo-se o direito do alunado especial em ser diferente e participar ativamente da sociedade de acordo com suas potencialidades e limitações. Esta etapa é chamada de inclusão. No documento “Declaração de Salamanca” formulado em 1994, na cidade de Salamanca (Espanha), são apontadas políticas públicas e educacionais que atendam a todas as pessoas igualmente. 1. Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, representando 88 governos e 25 organizações internacionais em assembléia aqui em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nosso compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e reendossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados (UNESCO,1996). O atendimento educacional especializado decorre de uma nova visão da Educação Especial, sustentada legalmente, e é uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência. Esse atendimento existe para que os alunos possam aprender o que é diferente do currículo do ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência. (BRASIL, 2006). A configuração legal da inclusão encontra-se na Constituição de 1988. O Artigo 208, inciso III garantia o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. (BRASIL, 1988). A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB) Lei nº 9394/96 estabelece: III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013). No Estado do Paraná o Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional (Deein) publicou a “Política Estadual de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão – Paraná – 2009”,. Nesta publicação é defendida a manutenção das escolas especiais, indo assim, em desacordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEE), lançada em 2008. A partir de 2011 o Paraná passa a transformar as Escolas de Educação especial em Escolas de Educação Básica, na modalidade de Educação Especial, devendo ofertar a Educação Infantil, Ensino Fundamental – anos iniciais, Educação de Jovens e Adultos – Fase I, e Educação Profissional/Formação Inicial, a partir do ano letivo de 2011. (PARANÁ, 2011). Por meio dessa política estadual as escolas especiais do sistema estadual de ensino alteram sua denominação, denotando um movimento divergente ao que está ocorrendo nos demais estados brasileiros, que vem consolidando a matrícula do alunado da Educação Especial nas Escolas de Educação Básica e organizando seu AEE, sobretudo por meio das Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs). Sem dúvida, a política governamental paranaense, ora implantada, necessita de estudo e acompanhamento no sentido de compreender sobre as suas implicações no estado e no país.(SALLES, 2013, p.20) Sendo a educação um direito esta deve oferecer as mesmas oportunidades a todos vendo as diferenças como uma característica humana. A escola ao desenvolver o atendimento educacional especializado deve oferecer todas as oportunidades possíveis para que, nos espaços educacionais em que acontece, o aluno seja incentivado a se expressar, pesquisar, inventar hipóteses e reinventar o conhecimento sob a mediação do professor para que possa amadurecer suas funções psicológicas superiores. Desenvolveremos a Unidade Didática com alunos dos anos iniciais da Escola de Educação Básica na modalidade de educação especial, na faixa etária de 06 a 09 anos. Enfocaremos a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica, elaborada a partir da Teoria Histórico Cultural por Gasparin (2005), estruturada em cinco passos: 1º Passo Prática Social Inicial Nível de desenvolvimento atual do educando: se expressa pela prática social inicial dos conteúdos. Tem seu ponto de partida no conhecimento prévio do professor e dos educandos. 2º passo Problematização: Consiste na explicação dos principais problemas postos pela prática social, relacionados ao conteúdo que será tratado. 3º passo Instrumentalização: Consiste no trabalho do professor e dos alunos para a aprendizagem. “realiza-se nos atos docentes e discentes necessários para a construção do conhecimento científico” GASPARIN (2007, p.51). 4º passo Catarse: é a elaboração mental, o resumo do que o aluno aprendeu, incorporou, conforme os conteúdos estudados. 5º passo Prática social final: manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o novo conhecimento. “Uma ação concreta, a partir do momento em que o educando atingiu o nível do concreto pensado”, GASPARIN (2007, p.146) Dentro destes cinco passos propomos um trabalho pedagógico sobre as plantas. 1. Apresentação do vídeo“Charles e Lola: As Plantas”.Como motivação inicial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=iKOJeM4s05U Após o vídeo 2. Após assistirem ao vídeo “Charles e Lola: As plantas” o professor fará perguntas, oralmente, sobre o assunto,sem interferir em suas respostas. • Quem gosta de plantas? • Quem tem plantas em casa? • Quais plantas vocês conhecem? • Quais tipos de plantas vocês conhecem? • Qual a utilidade das plantas em nossa vida? • Quais são as partes da planta? OBS: O professor anota todas as respostas dos alunos (Esta primeira fase Prática Social Inicial é para descobrir os conhecimentos prévios existentes sobre Plantas relacionados à sua prática social, pois, estes conhecimentos anteriores será o ponto de partida e servirá de suporte para uma aprendizagem significativa. 1. Vídeo com a Armandinho DISPONÍVEL EM: música “Semente” de https://www.youtube.com/watch?v=EllilNmvQZc • • • • • Após ouvirem e cantarem a música, o professor realizará com a turma uma discussão sobre a música, questionando-lhes: Sobre o que fala a música? O que é uma semente? (é parte da planta que dá início a uma nova geração). Onde encontramos sementes? (árvores, plantas, frutas etc.). Vocês conhecem as partes das plantas? 1.APRESENTAR AOS ALUNOS ALGUMAS IMAGENS DE PLANTAS NO DATASHOW PARA QUE AS CRIANÇAS OBSERVEM E RELATEM O QUE HÁ EM COMUM E DIFERENTE ENTRE AS PLANTAS/ÁRVORE DAS FOTOGRAFIAS. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40670 Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40670 Fonte: http://www.piraquara.pr.gov.br/Prefeitura+comemora+Dia+da+Arvore+com+plantio+e +acao+educativa+4+1482.shtml Fonte: arquivo pessoal 2. Explicar que nem todas as árvores/plantas possuem todas as partes. Algumas não possuem flores, outras não possuem frutos e nem folhas. As plantas/ árvores que possuem todas as partes (raiz, caule, flor, fruto, folha, semente) são chamadas de "plantas completas". 3. Após esta breve sistematização realizada pelo professor sobre as partes das plantas, serão formados 5 grupos de 2 alunos cada um. Os grupos irão se responsabilizar pela ilustração/representação de uma das partes da planta. Por exemplo: o grupo 1 desenhará as flores, o grupo 2 os frutos e as sementes, o grupo 3 o caule e assim por diante. Para esta atividade serão utilizados diferentes tipos de materiais como: cola colorida, diversos tipos de papéis coloridos, E.V.A., guache, hidrocor, lápis de cor, folhas secas, serragem. 4. Com as ilustrações prontas e recortadas, os alunos, com o auxílio do professor, montarão um painel, compondo uma planta completa. Cada grupo colará no painel a parte da planta que ilustrou/confeccionou. Pode-se começar solicitando que o grupo que desenhou a raiz colea no cartaz, em seguida, pede-se ao grupo que confeccionou o caule, para acrescentá-lo na planta e assim por diante, até a composição da planta completa, com todas suas partes (raiz, caule, flor, fruto, folha, semente). 1.A etapa se iniciará com a apresentação do vídeo História da Sementinha disponível em : http://www.youtube.com/watch?v=aEzt_S455yk 1. Em seguida, discutir com os alunos sobre o vídeo: - O que deu origem a uma nova planta? (semente). - O que a semente precisou para crescer. - Após o desenvolvimento e crescimento da semente, no que ela se transformou? - Ela era uma planta completa? - Quais as partes podem ser observadas na planta da história? - Ela não tem alguma das partes? (fruto, folhas etc). Quais partes estão faltando? - E a planta, como consegue se alimentar, se ela não tem boca? - Por onde entra a água e os sais minerais que serão utilizados pela planta em sua alimentação? - Como a planta consegue se manter em pé? - O que a fixa na terra? - Qual é parte da planta responsável por mantê-la em pé? - A planta respira? Por onde, se não tem nariz? 2. HISTÓRIA João e o pé de feijão Siga os números para completar a figura: O conto está disponível no link: http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature/1627303-jo %C3%A3o-p%C3%A9-feij%C3%A3o/ TEXTO HISTÓRIA: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO Uma pobre viúva tinha um único filho, que era muito rebelde e gastava todo o seu dinheiro. Não tendo mais recursos para nada, João convenceu a mãe a vender a única vaca que ainda tinham. Após muito resistir, ela aceitou. No caminho para vender o animal, encontrou um homem que lhe propôs trocá-lo por alguns grãos de feijões mágicos. João aceitou a oferta e voltou para casa feliz. Quando sua mãe soube da troca, ficou enfurecida, jogou os grãos pela janela e chorou muito. Como não tinham nada para comer, foram dormir com fome. No dia seguinte, João encontrou um pé de feijão com hastes grossas e entrelaçadas, tão altas que alcançavam as nuvens. Então, o menino resolveu subir pela árvore que crescera. Levou algumas horas subindo, até que chegou a um lugar estranho, onde encontrou uma fada que contou ao menino que por causa de um amigo falso que seu pai tivera no passado, a família de João perdera todo o dinheiro que tinha. A fada contou, ainda, que não podia ajudar antes, porque havia perdido seus poderes temporariamente, mas agora os recuperara e fez com que João trocasse a vaca pelos grãos para ajudá-lo, pois o homem que roubara seu pai era um gigante que vivia naquele lugar. A fada orientou João a seguir pela estrada que dava no castelo do gigante, afirmando que tudo o que João encontrasse por lá seria, por direito, seu e de sua mãe. Ao chegar à casa do gigante, foi atendido pela sua mulher, a quem pediu alimento e pousada. Ela o levou para um quarto, servindo-lhe comida e bebida. De repente, ouviram a voz do gigante, que fez a casa estremecer, pedindo a sua comida. João sugeriu a mulher que o escondesse no forno e ela assim o fez. João, espiando por uma fresta do forno, ficou horrorizado com a quantidade de comida consumida pelo gigante. Após comer, ele pediu à mulher que trouxesse a galinha e João a viu botar um ovo de ouro. Após se divertir com a galinha, o gigante pegou no sono e o menino aproveitou para fugir com a ave, descendo de volta pelo pé de feijão. Chegando em casa, ele mostrou a galinha à mãe e lhe contou a história, deixando a mulher muito feliz. Porém, depois de um tempo João resolveu voltar à casa do monstro, a fim de trazer mais riquezas. Disfarçou-se pintando o rosto e foi. Lá chegando, pediu ajuda da mulher novamente. Outra vez João pôde observar o gigante por uma fresta e viu quando ele começou a contar suas sacas de moedas de ouro. Quando o gigante adormeceu, João fugiu com as moedas de ouro. Chegando a casa, o menino entregou o dinheiro à mãe e, durante três anos, João viveu feliz com ela. Até que, disfarçando-se novamente, o menino partiu para novo encontro com o gigante que roubara seu pai. Chegando ao lar do gigante, João teve de insistir muito para que a mulher o ajudasse, mas, finalmente, conseguiu que ela o escondesse em um caldeirão. Então, espiando pela tampa, o menino viu a harpa mais incrível que se podesse imaginar, pois a uma ordem do gigante ela começava a tocar, sozinha, lindamente. Quando o monstro pegou no sono, João apoderou-se da harpa e correu. Porém, a harpa era encantada e, assim que o menino a pegou, ela começou a gritar, acordando o seu amo. O gigante acordou, levantou-se e viu João correndo. Correu atrás do garoto, mas havia comido muito e não conseguiu alcançá-lo. Quando João chegou ao chão, cortou a haste do feijão com um machado, bem na raiz. O gigante caiu de cabeça no jardim e morreu imediatamente. Nesse momento, apareceu a fada que explicou tudo à mãe de João e eles puderam, assim, continuar a cuidar da vida e da fazenda, nunca mais faltando dinheiro para comer. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26243 Após ouvir a leitura, os alunos deverão responder às perguntas orais, a fim de se verificar a compreensão: • • • • • • Onde acontece a história? Por que João teve que vender a vaca da família? O que a mãe de João fez com os feijões que ele recebeu em troca da vaca? O que aconteceu com o feijão? Onde o pé de feijão levou o menino e o que ele fez lá? Quantas vezes João foi até a casa do gigante? O que pegou lá a cada vez? • • Quais os elementos mágicos que aparecem no conto? Como João conseguiu resolver seu problema? 3. Observar as imagens relacionadas à história: João e o Pé de Feijão. – Cada imagem está relacionada a uma parte da história. A partir dessas imagens, propor um texto coletivo sobre o conto. Os alunos contarão a história e o professor escreverá no quadro. Depois, os alunos poderão recortar as figuras para montar um livrinho e copiarão cada parte da história no lugar adequado. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26243 Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=35384 3.EXPERIÊNCIA: Plantando feijão no copinho Combinar com os alunos que será feita a experiência de plantar feijões nos potes de iogurte, tendo o algodão no fundo dos mesmos embebecido em água. 1 copo descartável com algodão e sementes de feijão OBS: Vídeo explicativo para o professor disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ndKauIVZRGY Primeiro: umedecer o algodão com a água. Depois, forrar o fundo do copo descartável (ou um pratinho) com o algodão umedecido. Colocar o feijão sobre o algodão, e deixar o copo em um local iluminado. Não deixar o algodão secar. Colocar água sempre e aos pouquinhos. Paralelamente aos feijõezinhos plantados pelos alunos, fazer o plantio de três potes de feijões. Um será colocado numa caixa fechada, outro ficará sem água e o outro será cuidado todos os dias. Comparar os resultados dos feijõezinhos que ficaram sem água e sem luz. Explicar a necessidade que os seres vivos têm do sol (calor) e da água para sobreviverem. Os alunos irão observar o desenvolvimento do feijão. Mais ou menos em 3 dias, a raiz começará a aparecer e um pouco mais tarde o feijão vai começar a nascer. 4. QUEBRA CABEÇA OBS: Recortar as imagens do Quebra cabeça para serem montadas pelos alunos. Fonte http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40670 5. COMPLETAR Fonte: /http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40670 6. CRUZADAS 7. CAÇA PALAVRAS 8. Partes das plantas -Apresentar aos alunos a música Dona árvore de Bia Bedran. Dona Árvore (letra) Tronco, folha, galhos tem Fruto e flores e raiz Dona árvore vai bem é muito feliz Subir, subir, vamos subir Sou macaquinho e eu não vou cair. *A música poderá ser encontrada no link: http://www.4shared.com/file/lzRez5Eu/Bia_Bedran_-_1999_-_Dona_rvore.html http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica Aula.html?aula=21474 . Após a audição da música, o professor questionará os alunos: - Sobre o que fala a música? - Quais as partes de uma planta/árvore são citadas na música? - Além das partes da planta citada na música, como: tronco, folha, fruto, flores, raiz, o que falta para a planta estar completa? (sementes). - A música fala de tronco da árvore. Que outro nome é dado para esta parte da planta? (caule). - Os galhos fazem parte de que parte da planta? (caule). -Em seguida, apresenta-se aos alunos fotografias de diversos tipos de árvores/ plantas (com frutos, com flores, com frutos e flores, somente com folhas, sem folhas - como cactos), para que as crianças observem e relatem o que há em comum e diferente entre as plantas/árvores das fotografias. Fonte: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php? foto=564&evento=2#menu-galeria Fonte: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/1017seringueira.j pg Fonte: http//www.araucaria.pr.gov.br/noticias/secretarias/meio-ambiente/smmainveste-em-plantio-de-arvores-e-paisagismo Fonte: arquivo pessoal Em seguida explicar novamente que nem todas as árvores/plantas possuem todas as partes. Algumas não possuem flores, outras não possuem frutos e nem folhas. As plantas/ árvores que possuem todas as partes (raiz, caule, flor, fruto, folha, semente) são chamadas de "plantas completas". Após esta breve sistematização sobre as partes das plantas, serão formadas duplas de alunos para responsabilizar-se pela ilustração de uma das partes da planta. Por exemplo: a dupla 1 desenhará as flores, a 2 os frutos e as sementes, o 3 o caule e assim por diante. Para esta atividade é interessante o uso de diferentes tipos de materiais como: cola colorida, diversos tipos de papéis coloridos, E.V.A., guache, hidrocor, lápis de cor, folhas secas, serragem, etc. Com as ilustrações prontas e recortadas, os alunos, com o auxílio do professor, montarão um painel, compondo uma planta completa. Cada dupla colocará no painel a parte da planta que ilustrou/confeccionou. Pode-se começar solicitando que a dupla que desenhou a raiz cole-a no cartaz, em seguida, pede-se à dupla que confeccionou o caule para acrescentá-lo na planta e assim por diante, até a composição da planta completa, com todas suas partes (raiz, caule, flor, fruto, folha, semente). 8.VISITA AO VIVEIRO DE MUDAS DO MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO BELTRÃO VISANDO O CONHECIMENTO DE PLANTAS VARIADAS E SEU DESENVOLVIMENTO. - Professor e alunos realizarão uma visita ao viveiro de mudas do município; - No decorrer da visita o monitor explicará como é feito o viveiro, também informará as espécies de mudas que existem no local; - Os alunos serão incentivados a perceber a diversidade de plantas existentes no local e identificar as plantas conhecidas (árvores,flores,plantas medicinais,verduras, legumes). - Serão tiradas fotos do local visitado; -As fotos serão colocadas em sala de aula no Datashow para serem novamente vistas e identificadas pelos alunos. IMAGENS DE VIVEIROS DE MUDAS Fonte: http://www.joaopessoa.pb.gov.br/viveiro-municipal-comemora-crescimento-deproducao-e-doacao-de-mudas/ Fonte: http://www.saosebastiao.sp.gov.br/finaltemp/news.asp?id=N243201017395 1. RELATÓRIO • Relatório sobre a visita ao viveiro. Este relatório será feito em forma de escrita ou desenho, conforme o aluno desejar. 2. DESENHO • Desenhar e colorir a planta que mais gostou na visita ao viveiro, nomeando suas partes através de uma legenda. A seguir, expor os cartazes no mural da escola. LEGENDA Folhas Flore s Sementes Caule Raiz CRUZADINHA: PARTES DAS PLANTAS Esta etapa é uma nova proposta de ação a partir do conteúdo aprendido: Montagem de um terrário com os alunos 1. Apresentar o filme: Vida de Insetos, realizando um debate ao final deste. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-13550/ Questões norteadoras para o debate: -Sobre o que fala o filme? - No filme aparecem muitos animais, vocês conhecem algum deles? Gostaria de falar quais aparecem? - Qual a importância das formigas para o meio ambiente? - A que grupo de animais as formigas pertencem? - Há outros insetos no filme? - Aranha é inseto? (Não, é um aracnídeo). - Há outros animais que aparecem no filme que não são insetos? (tatu-bola). - Onde as formigas vivem? - Todas as formigas eram iguais? - Como elas se organizavam/dividiam no formigueiro? - Elas trabalham sozinhas? - O que comiam? - Para que serviam os alimentos que coletavam? - Por que a formiga temia os gafanhotos? -Ao fim do debate solicitar que os alunos desenhem em papel de tamanho A4, os animais observados no filme. -Fazer uma lista dos insetos que aparecem no filme acrescentando outros que classe conheça ; -Explicar que o filme retrata um ecossistema. Mas o que seria um ecossistema? Para a compreensão desta questão, além de pesquisas em livros, revistas, sites etc., o professor realizará com a classe à construção de um terrário, de modo que possam observar as relações que a fauna, flora, microorganismo e o ambiente (composto pelos elementos: solo, atmosfera, água) estabelecem entre si, formando então um ecossistema. Construção do terrário: Objetivo: Observação de um ecossistema e dos elementos que o compõe. Materiais: - 1 aquário ou garrafa pet de água de 5 litros; - Tesoura; - Areia lavada; - Terra vegetal adubada; - Fragmentos de caule de planta ou árvore; - Carvão vegetal triturado; - Regador pequeno para molhar o terrário; - Pedrinhas de cascalhos; - Pequenas plantas que gostam de água (musgos, bromélias, azaleias, plantas carnívoras, mini samambaias, mini antúrios, avenca etc.); - Pequenos animais (formiga, aranhas, joaninhas, caramujos, planárias, minhocas, louva-deus, tatu-bola etc.); - Filme plástico para cobrir o terrário; - Ferramentas de jardinagem ou colheres para ajudar no plantio das mudas. Procedimentos: 1. Lavar bem o aquário; 2. Despejar uma camada de pedras, de modo que cubra todo o fundo; 3. Colocar a areia, de modo a formar uma camada de cerca de 2,5 cm; 4. Fazer uma camada com carvão mineral triturado; 5. Despejar terra formando uma camada com aproximadamente 5 cm de espessura; 6. Introduzir as plantas; 7. Colocar algumas pedrinhas e fragmentos de caule de plantas ou árvores espalhados; 8. Com as ferramentas de jardinagem, fazer pequenos furos na terra e plante das mudas; 9. Regar o terrário com água, sem encharcá-lo; 10. Cobri-lo com filme plástico; 11. O terrário deve ficar em um ambiente iluminado, mas sem a incidência do sol. 12. Observar o terrário diariamente com a classe. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21573 OBS: Espera-se que os alunos se envolvam diretamente nas atividades observando, falando sobre suas observações, indagando e respondendo, enfim, participando ativamente de todo o processo que gerará um novo conhecimento científico REFERÊNCIAS GASPARIN, J. L. Uma didárica para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação contemporânea). Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Resolução 3600. Curitiba, 2011. SALLES, Liliane Eremita Shenfelder. As políticas de Educação Especial no Estado do Paraná e a Escola de Educação Básica na modalidade de Educação Especial. Curitiba. Universidade Federal do Paraná.(Dissertação de mestrado), 2013. UNESCO. “ Declaração de Salamanca “ e “ Linha de ação sobre necessidades educativas especiais”. Brasília, Corde, 1996. VIGOTSKY, L. S.; COLE, M. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.