confira as fotos da cerimônia de comemoração aos 30 anos da apcd

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abril | maio | junho | 2011 | nº 32
confira as
fotos da
cerimônia de
comemoração
aos 30 anos da
apcd saúde
IMPRESSO
Pode ser aberto pela ECT
Conforto
psicológico
como fator
de fidelidade
do paciente
planejamento
estético do
sorriso
2 | APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011
Editorial
expediente
Índice
Dr. Sérgio Yunes - Editor
visada de dança. Não faltaram sorteios de
brindes. Realmente um belo evento. Vejam
as fotos nesta edição.
Mais uma vez agradecemos aos nossos colaboradores com o envio de artigos.
Na medida do possível, publicaremos
todos.
Um forte abraço!
Tomografia Cone Beam ou Feixe Cônico,
conhecendo essa nova modalidade de exame
por imagem........................................ 12
Otimizando o planejamento estético do
Conforto psicológico como fator de fideli-
sorriso com enceramento diagnóstico e
dade do paciente................................. 14
mock up................................................ 4
O que recolher de tributos federais com a deci-
A ampliação da formação do cirurgião-
são de trabalhar como pessoa física?....... 16
-dentista é necessária............................. 8
Cursos - 2º Semestre - 2011............... 18
A importância de agregar biossegurança ao
APCD Saúde comemora 30 anos de funda-
atendimento odontológico...................... 9
ção..................................................... 22
Novo método de atendimento do paciente
Aniversariantes.................................. 24
autista............................................... 10
Indicador Profissional......................... 26
10
14
atendimento
4
Autismo
Presidente
Wagner Nascimento Moreno
1º Vice-Presidente
Gilberto Machado Coimbra
2º Vice-Presidente
Arne Aued Guirar Ventura
Assessor da Presidência
Admar Kfouri
Secretário Geral
Ossamu Massaoka
1º Secretário
Moacyr Nunes Leite Junior
2º Secretário
Durval Paupério Sério
Tesoureiro Geral
Takashi Yagui
1º Tesoureiro
Carlos Teruo Itabashi
2º Tesoureiro
Kunio Shimabukuro
Depto. Assessor de Benefícios
Auro Massatake Minei
Depto. Assessores Científico
Cheng Te Hua
Luci Z. Finotti
Patricia Takahama
Depto. Assessor de Comunicações
Paulo Yoshiteru Nagamine
Depto. Assessor de Congressos e Feiras
Luiz Afonso de Souza Lima
Depto. Assessores Cultural
Marta Tashiro
Valsuir José Vezzoni
Depto. Assessores de Defesa de Classe
Elizabeth Aparecida Braga
Helenice Formentin Ikegami
Depto. Assessores E.A.P
Cidney Hiroaki Cato
Hiroshi Miasiro
Milton de Souza Teixeira
Depto. Assessor de Esportes
Mauricio Fazzura
Depto. Assessor de Patrimônio
Luiz Carlos Serrano Lima
Depto. Assessor de Prevenção
Nicola Felipe Lopez Bempensante
Depto. Assessor de Rel. Internacionais
Jum Kasawara
Depto. Assessor da Revista e Informática
Sérgio Yunes
Depto. Assessores Social
Julia Hiçae Uchida
Silvia Cristina Ramos Coimbra
Depto. Assessor de Turismo
Shindi Nakajima
Depto. Assessor de Clínica
Sônia Maria Moraes Cecconi
Jornalista Responsável
Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156
Edição de Arte/Projeto Gráfico
Guilherme Gonçalves
Impressão
Input Comunicação Visual Ltda.
N
o jantar de comemoração ao
jubileu de pérola de fundação
da nossa querida APCD Saúde,
ocorreu o comparecimento maciço de
todas as Regionais da capital, entre outras
autoridades.
Num ambiente de total descontração
e muita animação, houve a quebra de
protocolo. Após a execução do Hino Nacional, o presidente, Dr. Wagner Nascimento
Moreno (corintiano), membros da Diretoria
e de outras Regionais adentraram o salão
cantando o hino do Corinthians e empunhando a bandeira do “Timão”. A reação foi
imediata por parte de torcidas contrárias,
com brincadeiras e piadas nas mesas dos
convidados.
Isso foi só o começo. No decorrer da
festa, com seleção de músicas de várias
épocas, os presentes, após receberem
óculos, pulseiras, máscaras e outros
utensílios se esbaldaram na pista impro-
Estética
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Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h
Muita animação nos 30 anos
da Regional
APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011 | 3
Estética
Otimizando o planejamento estético do sorriso
com enceramento diagnóstico e mock up
A
integração dos conhecimentos multidisciplinares na
odontologia tornou-se indispensável para o correto planejamento e execução desde os tratamentos restauradores
mais simples até os que envolvem reabilitações extensas.
Na maioria dos casos cujos pacientes apresentam objetivos
estéticos, o resultado do tratamento deve ser alcançado por meio
do diagnóstico, envolvendo o planejamento e ensaio clínico. Assim,
este diagnóstico deve ser realizado em duas fases, uma inicial na
qual é determinado o problema e os anseios do paciente; e uma
segunda na qual se apresenta ao paciente o plano de tratamento
realizando-se o ensaio clínico. Esse ensaio clínico pode ser apresentado por meio de um molde com enceramento diagnóstico e
depois pela prova do enceramento direto na boca do paciente
conhecido como mock up.
É nessa segunda etapa que o paciente pode avaliar todas as
modificações necessárias para a integração harmônica do conjunto
gengivo-dental, referenciado pelo homogêneo contorno da margem
gengival, volume e posição das cristas marginais, bossas, ângulos
interincisais, ponto de contato crescente, exposição labial, formato
e proporção dental. Todas essas regras e princípios devem ser
perseguidos exaustivamente pelo profissional, permitindo a melhor
compreensão do objetivo do tratamento pelo paciente, que tem a
oportunidade de opinar sobre o resultado do enceramento, criando
expectativas que poderão ser alcançadas, além de estimular a
aceitação do procedimento.
O presente relato ilustra uma técnica avançada, envolvendo o
planejamento estético e integrado, em que a comunicação Paciente
- Cirurgião-Dentista e Técnico laboratorial foram fundamentais para
alcançar o excelente resultado restaurador preliminar e fechar o
tratamento definitivo.
RELATO DE CASo
O paciente E.A., 49 anos, insatisfeito com seu sorriso, compareceu à clínica de Graduação da Universidade Guarulhos – UnG,
com o objetivo de melhorar a estética do sorriso, que apresentava
desarmonia no conjunto gengivo-dentolabial (Fig. 1).
Ao exame clínico, observou-se, restauração insatisfatória Classe
IV no elemento 12, facetas deficientes em resina composta na face
vestibular dos elementos 11, 21 e 22, discrepância do contorno
gengival na área estética e desgaste incisal de ambos os caninos
(Fig. 2), constatando-se a necessidade de substituição das resinas
compostas e reposicionamento gengival.
Na mesma sessão uma moldagem para confecção do modelo
de estudo foi realizada (Fig. 3), e sobre esse modelo, foi definido
pelo cirurgião dentista, os níveis gengivais desejados para a gengivoplastia, por meio de um enceramento diagnóstico, realizado pelo
técnico em prótese dental. Nesse mesmo enceramento foi definida
a anatomia dental pelo novo contorno dos bordos incisais, largura
mésio-distal, volumes das arestas e bossas, além do aumento no
comprimento cervico-incisal (Fig. 4).
Definido todo complexo estético, na sessão seguinte o modelo
encerado passou pela aprovação visual do paciente. Sequencialmente foi realizado o mock up, para tanto uma matriz de silicone,
reproduziu o enceramento em boca, copiando de maneira fidedigna
todos os detalhes anatômicos (Fig. 5).
A matriz de silicone foi levada em posição na boca do paciente
Fig. 1 - Aspecto clínico inicial. Observar a desarmonia gengivo-dental presente no complexo estético
de canino á canino, além da desarmonia dentolabial evidenciada pelo pouca exposição dental
4 | APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011
Fig. 2 - Restaurações insatisfatórias dos Incisivos Centrais
e Laterais superiores e discrepância do contorno gengival
Fig. 3 - Modelo de Estudo
Fig. 4 - Enceramento diagnóstico já com o complexo estético definido
Fig. 5 - Prova da matriz de silicone
Fig. 6 - Isolamentos dos elementos com vaselina sólida
Fig. 7 - Preenchimento da matriz com resina bisacrylica
APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011 | 5
Estética
Fig. 8 - Transferência da matriz preenchida para
a boca do paciente e espera da reação de presa
Fig. 9 - Remoção da matriz, observe o excesso de material proveniente do
extravasamento, onde o mesmo será removido com lâmina de bisturi número 12
Fig. 10 - Visão do complexo estético, após toda remoção dos excessos e sua caracterização com pigmentos
Fig. 11 - Comparativo do sorriso após conclusão do mock up
Fig. 12 - Aumento da exposição dental melhorando a integração dentolabial
6 | APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011
para verificar sua adaptação. Em seguida, os elementos dentais
foram isolados com vaselina sólida, ficando prontos para receber
a resina bisacrylica na cor B1 (Fig. 6). Após isolamento, procedeu-se o preenchimento da matriz (Fig. 7), e cuidadosamente a transferência do enceramento diretamente para a boca do paciente.
Aguarda-se, então, a reação de presa do material e em seguida
remove-se a matriz, cuidadosamente, e os excessos promovidos
pelo escoamento do material devem ser retirados com lâmina de
bisturi número 12. Ainda na mesma sessão alguns detalhes com
pigmentos foram imediatamente confeccionados caracterizando o
ensaio em resina.
Dentro da perspectiva clínica, o enceramento diagnóstico e o
mock up, mostram-se eficientes no planejamento estético, permitindo ao paciente observar as sugestões no plano de tratamento
estético e nas mudanças propostas de forma imediata (Fig. 11),
permitindo assim uma maior previsibilidade da integração dente
– gengiva com as demais estruturas de face sem criar falsas expectativas ao paciente (Fig. 12).
Dr. Luis Gustavo Barrotte Albino - Mestre
em Odontologia área de concentração em Dentística, Especialista em Dentística, Professor
do Departamento de Dentística Operatória,
Universidade Guarulhos, UnG
Dr. Osmar Gradinar - Clínico em tempo integral
do Ateliê Odontológico Dr. Luis Gustavo Barrotte
Albino
Conclusão
O enceramento diagnóstico e o ensaio imediato, mock up, proporcionam ao paciente e ao profissional a possibilidade de visualizar
de forma concreta o tratamento antes do procedimento operatório
real, devolvendo o equilíbrio do conjunto às necessidades estéticas
e funcionais do paciente, além de proporcionar maior previsibilidade
no trabalho a ser executado, seja em resina ou cerâmica.
Dr. José Augusto Rodrigues - Mestre e Doutor
em Clínica Odontológica área de concentração
em Dentística, Professor Adjunto do curso de
Graduação e de Pós-Graduação da Universidade
Guarulhos, UnG
Referências bibliográficas
1. Freitas RZ, Costa CP, Pinho S. Estética facial. In: eBook Jubileu de Ouro
CIOSP. São Paulo: APCD; 2007. [citado 2007 Jan 27 ].
2. Costa CP, Gratone JM, Ferreira PM, Ribeiro TC .Odontologia estética
integrada – a busca do equilíbrio. R Dent Press Estét. 2005 Out-Dez;2(4):58-74.3.
3. Chiche GJ, Pinault A, Esthetics of anterior fixed prosthodontics. Chicago,
Quintessence Publishing Co., 1994.
4. Preston JD, A systematic approach to the control of esthetic form. J
Prosthet Dent 35(4):393-402, 1976.
5. Rufenacht CR, Fundamentals of esthetics. Chicago: Quintessence
Publishing Co., 1990.
6. Fahl N Jr, Denehy GE, Jackson RD. Protocol for predictable restoration
of anterior teeth with composite resins. Pract Periodontics Aesthet Dent.
1995 Oct;7(8):13-21; quiz 22. Review.
7. Carlyle LW III, Richardson JT, The diagnostic wax-up: an aid in treatment
planning. Tex Dent J 102(2):10-2, 1985.
8. Yuodelis RA, Faucher R, Provisional restorations: An integrated approach
to periodontics and restorative dentistry. Dent Clin North Am 24(2):285303, 1980.
Pedro Henrique Cabral - Aluno do curso de
Graduação em Odontologia da Universidade
Guarulhos, UnG
Bruna Gonçalves - Aluno do curso de Graduação em Odontologia da Universidade
Guarulhos, UnG
APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011 | 7
Emergência
A ampliação da formação do
cirurgião-dentista é necessária
A
área da saúde vem passando por profundas mudanças e a Odontologia não fica a parte desse
processo. A carga de responsabilidade sobre o
cirurgião-dentista vem-se ampliando, cabendo hoje, além do
exímio exercício de seu mister, conhecimentos em emergências
médicas e suporte básico de vida.
Vários fatores corroboram para o aumento dos riscos da
prática odontológica, dentre os quais se pode destacar o maior
número de pacientes portadores de comorbidades sistêmicas,
o estresse dos procedimentos dentários, a infusão e o contato
de substâncias potencialmente anafiláticas com o organismo
do paciente.
Para se dimensionar o tamanho do problema de saúde e o
impacto na atividade laborativa
do CD, basta analisar duas das
principais doenças da modernidade, que são a hipertensão
arterial e o diabetes melitus.
Segundo dados da Sociedade
Brasileira de Cardiologia a
prevalência estimada de Hipertensão Arterial Sistêmica no
Brasil gira em torno de 30%,
e, de acordo com projeções da
Sociedade Brasileira de Diabetes estima-se uma prevalência de diabetes em torno de 12%
da população. O mais catastrófico é saber que muitas dessas
pessoas desconhecem que são portadoras de doenças crônico
degenerativas e, portanto, estão completamente descobertas
de quaisquer regimes terapêuticos, aumentando ainda mais
a vulnerabilidade para a ocorrência de problemas de saúde.
Tanto Hipertensão quanto Diabetes, rotineiras nos consultórios odontológicos, encerram riscos importantes de complicações médicas, pois aumentam consideravelmente a chance
de eventos cardiovasculares, cerebrovasculares e infecciosos,
além de maior propensão de complicações de saúde em geral.
Afora essas duas doenças, uma gama considerável de outras
patologias menos freqüentes, mas não menos importantes, que
também comprometem as funções orgânicas, como por exemplo, as imunodeficiências e as coagulopatias, são passíveis de
serem agravadas por tratamentos odontológicos corriqueiros,
originando situações de emergência.
Hoje, é cada vez maior o número de medicações crônicas
utilizadas, como anticoagulantes, antiarrítmicos e imunossu-
pressores, que alteram as respostas fisiológicas do paciente
além de interagirem com medicações prescritas cotidianamente nos consultórios e que precisam ser de conhecimento
e domínio do CD.
Outra questão que merece grifo são os eventos anafiláticos
que podem ocorrer no consultório odontológico com amplo espectro de apresentação clínica, podendo variar desde quadros
frustros oligossintomáticos até o choque anafilático clássico
com risco real de morte.
Em virtude do exposto, cabe ao cirurgião-dentista precaver-se, qualificando-se profissionalmente para prever situações de
perigo e na vigência delas, identificar as principais emergências
médicas, iniciar as medidas prioritárias de suporte de vida e
manter o paciente até a chegada do socorro adequado.
Amparo ético-legal para
tanto existe e, de acordo com
a Consolidação das Normas
para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia do CFO
no seu artigo 4º, inciso VIII, é
de competência do CD: “prescrever e aplicar medicação de
urgência nos caso de acidentes graves que comprometam
a vida e a saúde do paciente.” Na redação final do substitutivo
da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei Nº 7.703-C de
2006 do Senado Federal, popularmente conhecido como Lei
do Ato Médico em seu § 5º determina: “Excetuam-se do rol
de atividades privativas do médico: VI – atendimento à pessoa
sob risco de morte iminente.”
Assim sendo, é dever do CD qualificar-se para o enfrentamento de situações de emergência que transcorram em seu
consultório, cabendo a ele responsabilidade sobre a condução
do evento. Portanto, deve-se fomentar a capacitação do profissional para que possa ter tranqüilidade
e segurança na abordagem inicial das
intercorrências sistêmicas críticas,
salvaguardando a vida de seu paciente,
isso também é Odontologia.
“É dever do CD qualificar-se
para o enfrentamento de situações
de emergência que transcorram
em seu consultório, cabendo a
ele responsabilidade sobre a
condução do evento.”
8 | APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011
Dr. Flávio Maria Nobre Othon Sidou
Cirurgião-Dentista e Médico graduado pela FFOE
e FAMED UFC
Biossegurança
A importância de agregar biossegurança
ao atendimento odontológico
gurança, muitas vezes, se deixa a desejar.
Com certeza, o paciente atendido em condições de biossegurança, jamais se submeterá a um atendimento diferente.
Referências bibliográficas
ESTRELA, C.&ESTRELA, C.R. A Controle de infecção em odontologia. São
Paulo: Artes Médicas, 2003.188p.
Pedroso, L.H. Recomendações Práticas de biossegurança e Esterelização
em Odontologia. Campinas: Editora Komedi, 2004.120pp
Mello NSFO. BIOSSEGURANÇA em Práticas odontológicas, Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000.
Fonte: www.crfsp.org.br
S
abemos da importância que a odontologia possui
para a saúde geral da população. Mas será que estamos fazendo um atendimento odontológico ideal,
sem oferecermos riscos de possíveis infecções cruzadas aos
nossos pacientes?
Preocupados com isto, a OMS (Organização Mundial da
Saúde) e vários órgãos mundiais de saúde como o CDC-USA
(Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) têm
trabalhado no sentido de conscientizar não só os cirurgiões-dentistas, mas também os usuários dos serviços de odontologia, sobre a importância de frequentar
um ambiente onde a biossegurança seja
uma realidade.
A hepatite B, por exemplo, pode ser
transmitida por meio da saliva, sangue
ou por instrumentos clínicos e cirúrgicos
não esterilizados adequadamente. Daí a
importância do cirurgião-dentista estar
vacinado e toda a sua equipe, para que
o atendimento seja realizado de forma
adequada com um controle rigoroso de
infecção.
O controle de infecção é feito por
meio da preparação do ambiente para
receber cada paciente. Limpeza, desinfecção das pontas (canetas de alta e
baixa rotação), proteção das superfícies
e principalmente esterilização adequada
do instrumento.
Hoje, não podemos mais admitir que
a lavagem do instrumento seja feita sem
o uso do detergente enzimático, pois ele
é o único produto adequado que remove
o sangue do instrumental.
Detergentes comuns, segundo pesquisas, não remove este sangue totalmente. Isto geraria um
“sangue oculto no instrumental” detectado apenas com o uso
do luminol. O vírus da hepatite é capaz de sobreviver em ambiente onde sangue permaneça mesmo tendo sido feito todo
o ciclo da esterilização em autoclave.
Desta forma, seria interessante que todos os profissionais
atualizassem seus conhecimentos em biossegurança, pois o
cirurgião-dentista brasileiro está entre os melhores do mundo
em nível estético e funcional, mas quando se trata de biosse-
Dra. Renata Veras
Diretora de Divulgação ABO-CE; Especialista
em Odontopediatria; Especialista em Endodontia; Mestranda em Patologia (Faculdade
de Medicina UFC)
APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011 | 9
Autismo
Novo método de atendimento
do paciente autista
O
presente trabalho mostra o atendimento do paciente autista de maneira mais lúdica, é uma adaptação feita pela
autora do programa Son Rise® ao atendimento tornando
esse momento mais prazeroso e inovador. É usada uma abordagem relacional, onde a relação entre as pessoas é valorizada. As
sessões de atendimento são preparadas para facilitar a interação
profissional-paciente e subsequente aprendizagem, que no caso é
a realização do tratamento odontológico. Dessa maneira minimiza-se o estresse durante as sessões convencionais de odontologia
para esse paciente, diminuindo também o número de intervenções
com anestesia geral.
INTRODUÇÃo
A odontologia para pacientes com necessidades especiais
tem um grande desafio no que diz respeito ao atendimento ambulatorial do paciente autista em razão da dificuldade de relacionamento social que este apresenta. Psicólogos e especialistas em
desenvolvimento infantil têm apontado há décadas que crianças
que possuem desenvolvimento típico aprendem melhor através de
experiências interativas e emocionalmente prazerosas com outras
pessoas. Nestas interações, a criança é um participante ativo ao
invés de um recipiente passivo de informação. Nos últimos dez anos,
os pesquisadores têm percebido que o mesmo vale para crianças
com autismo e dificuldades similares. As novas perspectivas e
pesquisas em relação ao autismo estão começando a perceber
o que o Programa Son Rise® já vem praticando há anos. Este
programa tem sido utilizado internacionalmente por mais de 30
anos com crianças e adultos representantes de todo o Espectro do
Autismo e dos Transtornos Globais do Desenvolvimento. O Programa
Son Rise® é centrado na pessoa com autismo. Isto significa que
o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda
compreensão e genuína apreciação da pessoa, de como ela se
comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses
(4). O Programa Son Rise® descreve isto como “ir até o mundo da
pessoa com autismo”, e é isso que fazemos para alcançar com
êxito o tratamento odontológico.
O autismo infantil é um transtorno global do desenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento anormal ou alterado,
manifestado antes dos três anos de idade, e apresentando uma
perturbação característica do funcionamento em cada um dos
10 | APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011
três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se
acompanha comumente de numerosas outras manifestações, por
exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, hetero ou
autoagressividade, hand flapping (agitar as mãos), rodopiar etc. (6).
O objetivo desse trabalho é apresentar a técnica usada pela
autora para facilitar o tratamento odontológico, minimizando o
estresse e os custos com o procedimento, favorecendo a inclusão
social e treinamento para que mais profissionais usem a técnica,
tornando-se aptos a realizar o atendimento em nível ambulatorial.
RELATO DE CASo
Paciente do gênero masculino, 14 anos, autista, apresentou-se
na clínica de odontologia do Projeto Social “Vila Maria – Um Caso de
Amor”, da Escola de Samba Unidos de Vila Maria, acompanhado da
mãe à procura de tratamento. Após realização de uma anamnese criteriosa foi constatado ser um autista de baixo funcionamento, sem
verbalização, riso inapropriado, pouco contato visual, resistência à
mudança de rotinas, sem acompanhamento psicológico, terapêutico
ou escolar, que nunca havia ido ao dentista e apresentava dificuldade de aceitar a higienização bucal feita pela mãe. Foi relatada sua
preferência por carros de brinquedo, e o que realmente mais apreciava era comer. Não gostava de ser contrariado e se sentir preso,
nessa situação poderia desencadear uma crise. Essa anamnese
foi realizada só com a mãe sem a presença do paciente porque
o tempo da entrevista poderia deixá-lo nervoso. Após a entrevista
iniciou-se o planejamento das sessões de condicionamento lúdico
para o tratamento odontológico. Nosso vínculo seria conseguido
através dos carrinhos e esse era o primeiro caminho.
Na 1ª sessão de condicionamento lúdico iniciei com abordagem
adaptando o método Son Rise® à odontologia, fui ao encontro do
paciente, que estava sentado na sala de espera realizando movimentos estereotipados com o tronco para frente e para trás, sem
notar minha presença. Abortei o uso do jaleco branco e nas mãos
levava um carrinho de plástico. Não falei nada, apenas passava na
frente dele com o carro entre os dedos. Sentei ao seu lado e aos
poucos fui empurrando o carrinho sobre sua perna, imediatamente
ele pegou. Comemorei com aplausos e disse: “muito bem!”, como
indica o Programa Son Rise®. Dessa forma estava sendo motivado a
interagir e a intenção era “entrar no mundo da pessoa com autismo”.
Aos poucos foi aceitando que manipulasse o carrinho sobre suas
pernas. Mas precisava mais, teria que entrar ao consultório e era
um ambiente novo, desconhecido, cheio de estímulos visuais que
podem sobrecarregá-los e serem competitivos ao condicionamento,
além de odores que poderiam desencadear crises nesse paciente.
Devemos simplificar o ambiente de trabalho (4). Na cabeça, fiz
a opção de usar uma tiara com 2 borboletas presas por longas
molas que se mexiam num simples toque, o retorno com essa
ação era buscar o contato visual, uma das mais difíceis maneiras
de relacionamento do paciente autista. Associei o uso da tiara à
música “Borboletinha” das cantigas infantis, em tom baixo e buscando o contato visual. Aos poucos estendi as mãos ao paciente
e o conduzi ao consultório. Mais uma vez deu tudo certo e ele me
seguiu. Comemoramos novamente: “Muito bem! Formidável!”, e
mais aplausos. O Programa Son Rise® é lúdico. A ênfase está na
diversão. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e
apropriadas ao paciente mesmo que ele seja um adulto. Uma vez
que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com o
profissional, este poderá criar situações de aprendizagem – e no
nosso caso é conhecer, entender e aceitar o tratamento odontológico. O paciente tem que ter segurança no profissional, confiar em
suas palavras e gestos, e o profissional não deve nunca quebrar
esse vínculo, respeito e confiança. Entramos no consultório e
sentamos sobre um tapete de EVA colocado no chão, onde alguns
carrinhos nos esperavam para prosseguir o condicionamento.
Falo em prosseguir porque o mesmo já foi iniciado no 1º contato,
ainda na recepção, onde detalhes não podem ser esquecidos, já
que para esses pacientes não são detalhes. Na altura de nossos
olhos estava fixo na parede um espelho de 0,50 x 1,00 m, para
tentarmos de várias maneiras o contato visual. Alguns pacientes
autistas buscam o contato visual através da imagem refletida no
espelho e devemos ficar atentos a isso e comemorar imediatamente
quando esse contato for alcançado, motivando para que ele seja repetido. Sempre que comemoramos a habilidade adquirida estamos
fortalecendo para que ela se repita. Quando um comportamento é
fortalecido é mais provável que aconteça no futuro (7) . Podemos
comemorar com aplausos, bolinhas de sabão e várias tentativas
até encontrar o que realmente motiva essa pessoa. Buscamos o
contato visual porque será o melhor caminho de comunicação para
o paciente perceber que você existe e aceitar você para seu mundo.
Não podemos ter medo de ousar, confiar sempre, estudar a técnica
e aplicá-la com amor. Nessa sessão, conseguimos o contato visual
por três vezes, além disso o paciente entrou espontaneamente ao
consultório, observou tudo, sentiu alguns objetos com as mãos
e aceitou o contato das minhas mãos – que, nesse momento, já
estavam com as luvas.
Na 2ª sessão de condicionamento lúdico, o paciente chegou e
imediatamente entrou ao consultório procurando o carrinho usado
na sessão anterior. Meu planejamento era que ele sentasse na
cadeira odontológica, então prendi o carrinho no refletor com fita
crepe e deixei a luz acesa para chamar a sua atenção. Ótimo, ele
encontrou o carrinho e sentou na cadeira. Bati palmas, comemorei
e, é claro, dei o carrinho em suas mãos. Nesse momento consegui
mais um contato visual e percebi que nosso vínculo estava ficando
mais forte. Aproveitei o momento para apresentar a seringa tríplice
lançando um pouco de ar no carrinho e depois na perna do paciente,
subindo a caminho da boca. Nesse momento gosto de fazer uso
das músicas infantis, brincando, cantando e apresentando os instrumentos do consultório. É importante observar cada reação de
nosso paciente, apresentar verbalmente cada ação para não ser
uma surpresa e fazer de maneira calma sem assustar nem causar
estresse. Podemos usar figuras para apresentação dos instrumentos do consultório e depois mostrar o objeto propriamente dito.
Parece que dessa forma eles reagem melhor a novidades, essas
figuras devem ser simples e exemplificar realmente o objeto de
maneira clara – como a fotografia de mãos com luvas, mostrando
as mãos com as luvas para que ele possa sentir sua textura. Se
a opção for atender pacientes autistas não pense que tudo isso
“são detalhes”. Ótimo, aceitou a tríplice, as luvas e a manipulação
da face, com auxílio de fantoches de dedo e todo apoio lúdico conseguimos acesso à cavidade bucal, e a higiene oral com escova
e pasta foi realizada. Nunca se esquecer de recompensar: muito
bom! Bolinhas de sabão. Isso é o que afirma o Programa Son Rise®.
Para essa sessão já estava ótimo.
Na 3ª sessão ele entrou muito tranquilamente e sentou na
cadeira, arrancou o carrinho do refletor e começou a gritar alguma
coisa que não entendi. De repente o compressor ligou e foi um desastre, uma gritaria só. Ele batia a mão na cabeça e movimentava o
tronco para frente e para trás. Pedi que desligassem o compressor
mas já era tarde, encerramos a sessão.
A 4ª sessão foi marcada com intervalo de uma semana para
diminuir o estresse anterior. Estava muito ansiosa ao recebê-lo,
mas foi tudo bem: ele entrou, sentou e arrancou o carrinho do refletor. Desta vez o compressor já estava desligado! Iniciamos com
profilaxia com uso da baixa-rotação, 1º no carrinho, depois na mão,
no rosto e finalmente na boca. Foi ótimo, consegui a profilaxia de
todo arco superior e deu para terminar o exame clínico. Conforme
fazia a profilaxia, ia mexendo a cabeça para que as borboletinhas
balançassem e foi ótimo, consegui por várias vezes o contato visual
e percebi que já tínhamos um vínculo. Sessão terminada para não
estressar o paciente. Nesse momento sempre pego o brinquedo e
guardo afirmando que irá encontrá-lo na próxima sessão e sempre
dá certo no retorno.
A 5ª sessão foi a mais tranquila de todas: o paciente entrou,
sentou, arrancou o carrinho do refletor e ficou com a boca aberta.
ÓTIMO! Terminei a profilaxia e marcamos retorno bimestral para
controle e prevenção, porque o paciente não apresentava cáries.
CONCLUSÃo
Para conseguir o tratamento odontológico do paciente autista
em ambulatório sem uso das faixas de contenção, é preciso dedicação do profissional, estudo da técnica proposta com uso de métodos
como Son Rise, compreensão das necessidades e limitações dos
indivíduos, acreditar que é possível, paciência, tentar várias vezes
cada procedimento e ter muito amor no que se faz.
Referências bibliográficas
1. Baron-Cohen et AL. Psychological markers in the detection of autism in
infancy in a large population. British Journal of Psychiatry, n.168, p.158163, 1996.
2. Frith,U. Autism and Asperger Syndrome .Cambridge University Press,
1991.
3. Gauderer, E. Christian. Autismo. São Paulo: Atheneu; 1993.
4. Hogan. Autism Treatment Center of America. Home of the Son-Rise
Program®. Modelo de desenvolvimento do Programa Son-Rise®, tradução:
Barreto,AD e Inspirados pelo autismo, 2007.
5. Katz, CRT, et al. Abordagem psicológica do paciente autista durante o
atendimento odontológico. Odontologia Clín.Cientif. Recife, 8 (2):115-121,
a br/jun.,2009
6. Moore, ST. Síndrome de Asperger e a escola fundamental: soluções
práticas para dificuldades acadêmicas e sociais. São Paulo: Associação
Mais 1,2005.
7. Zink,AG et al. Atendimento odontológico do
paciente autista – Relato de caso. Revista ABO
Nacional – vol.16, nº5, 313-316, out/Nov.2008.
Dra. Adriana Gledys Zink
Especialista em Pacientes com Necessidades
Especiais; Mestranda da UNICSUL - www.adrianazink.blogspot.com / [email protected]
APCD SAÚDE | abr | mai | jun | 2011 | 11
Diagnóstico
Tomografia Cone Beam ou Feixe Cônico, conhecendo
essa nova modalidade de exame por imagem
A
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC),
também conhecida como Cone Beam (CBCT), é um
método de diagnóstico por imagem que utiliza Radiação
X e permite obter a reprodução do complexo maxilo-mandibular em
qualquer um dos três planos do espaço, ou seja, altura, largura e
profundidade (x, y, z).
O exame tem um custo reduzido quando comparado as tomografias espirais ou Fan Beam. A dose de exposição ao paciente
é bem menor, similar à do exame periapical da boca toda com
interproximais, ou ainda a aproximadamente 4 a 15 vezes a dose
de uma radiografia panorâmica, dependendo da marca comercial
do aparelho. O aparelho de
TCFC é muito compacto
e assemelha-se ao da
radiografia panorâmica.
Geralmente o paciente é
posicionado sentado e o
tempo de exame pode variar de 10 a 70 segundos,
porém o tempo de exposição efetiva aos raios-x
é bem menor. (PAPAIZ et
al, 2011).
A TCFC tem sido o
exame que mais tem crescido nas solicitações de
auxilio ao diagnóstico dos
Fig. 1 - iCat
dentistas. Ela fornece uma
imagem volumétrica, possibilitando uma melhor visualização de
altura, largura e profundidade em um mesmo exame.
Pensando em imagem digital é interessante discorrer sobre
alguns aspectos fundamentais. Essencialmente essas imagens
são compostas por um arranjo matricial (linhas x colunas) que
compõem as estruturas retangulares ou quadradas, denominadas
Pixel (picture element). O pixel possui somente duas dimensões e
é um elemento plano . Para criar o volume acrescentou-se mais um
plano (y) que fornece a profundidade e convencionou-se chamar
esse novo elemento de Voxels (volume elements). Em uma analogia simples o pixel seria a face do dado e o voxel seria o cubo
correspondente (CAVALCANTI, 2010) (veja figura 2).
A implantodondia foi uma das primeiras especialidades a
utilizar os recursos da tomografia pois lhe possibilitava verificar
tanto altura como largura de rebordo para o planejamento de
implantes, enxertos etc, mas atualmente seus recursos são utilizados por praticamente todas as especialidade da odontologia
trazendo para próximo do cirurgião dentista a possibilidade de
visualizar mais do que uma periapical ou radiografia panorâmica
pode lhe oferecer. Todas as especialidades foram beneficiadas
com o advento da TCFC. Hoje fraturas, perfurações endodônticas,
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perdas ósseas, patologias do complexo maxilo mandibular, localização de terceiros molares e supranumerários, são facilmente
identificadas através dessa modalidade de exame. É possível até
mesmo obtermos cortes frontais, axiais e laterais para cefalometria, como precisão de 1:1.
Uma das maiores vantagens é mostrar todo o volume em uma
única aquisição. O nome feixe cônico se deve justamente ao fato
que a aquisição é realizada com raios x em forma de cone. Enquanto na Tomografia ou Fan Beam (espiral, helicoidal) a aquisição é
feita por planos, na TCFC a aquisição é feita em um único volume
que depois será processado na workstation que fará as reconstruções conforme seja solicitado pelo radiologista. Isto faz com
que a dose de exposição ao paciente seja bem menor, similar ao
do exame periapical da boca toda (HATCHER e ABOUDARA, 2004).
A TCFC também oferece a possibilidade de o dentista receber
a imagem em diversos formatos, inclusive no formato DICOM (Digital Imaging and Communication in Medicine) que é um formato
tecnológico global , cujo desenvolvimento iniciou-se em 1993 e foi
designado para permitir a interoperalidade dos sistemas usados para
a produção, armazenamento, visualização, processamento, envio e
impressão de imagens médicas e documentos correlatos (CAVALCANTI, 2008). O formato DICOM pode ser lido inclusive por programas
Open Source que podem ser baixados gratuitamente da internet.
Há também programas específicos que são enviados pelas
clínicas onde a imagem foi adquirida ou que também podem até
mesmo ser baixados na internet e que permitem a reconstrução
em múltiplos planos do volume adquirido possibilitando ver as
imagens em normas axiais, coronais, sagitais e oblíquas, assim
como a reconstrução em 3D. Os principais programas usados são
o Icat Vison, Implante Viewer, e o Dental Slice.
Adicionalmente, os softwares permitem gerar imagens
bidimensionais,
réplicas das radiografias convencionais utilizadas na
Odontologia como:
a panorâmica, radiografia das ATMs e
telerradiografias em
norma lateral e frontal. O profissional
pode manipular as
imagens tridimensionais segundo
sua conveniência e
assim mostrar aos
seus pacientes as
imagens de maior
Fig. 2 - Representação gráfica
do Pixel e do Voxel
interesse, podendo
Fig. 3 - Imagem
do Software de
Manipulação de
Imagens - iCATVision
ser impressas e arquivadas no prontuário como parte da documentação.
Os dados digitais do paciente podem também ser enviados
para prototipagem, obtendo-se um modelo da região escaneada
em material resinoso ou mesmo em gesso.
Aplicação da TCFC é muito abrangente, podendo ser usada
em todas as áreas da Odontologia. (SCARFE, 2006).
CONCLUSão
A TCFC é um dos exames mais abrangentes na atualidade
para todas as especialidades da odontologia, podendo auxiliar
no diagnóstico de diversas patologias no complexo dento-maxilo-mandibular.
tadorizada por feixe cônico para o Cirurgião dentista. Ed.Santos. São
Paulo 2011.
SCARFE, W. C.; FARMAN, A. G.; SUKOVIC, P. Clinical applications of cone-beam computed tomography in dental practice. J Can Dent Assoc, Ottawa,
v. 72, no.1, p. 75-80, Feb. 2006.
ROCHA, MAS - Tomografia Cone Beam em odontologia Disponível em:
http://rxodonto.blogspot.com/2010/09/tomografiaconebeam.html
acesso em 25/02/11.
Tomografia Computadorizada volumétrica ICAT - disponível em http://www.
papaizassociados.com.br/site/servicos.asp. acesso em 11/03/2011
Tomografia computadorizada: Radiologia odontológica ganha novos
olhos. Disponível em: http://www.odontosites.com.br/odonto/default2.
asp?s=noticias2.asp&id=627&titulo=Tomografia_computadorizada_Radiologia_odontologica_ganha_novos_olhos_. Acesso em 11/03/2011
Referências
CAVALCANTI, M; Tomografia computadorizada por feixe cônico. Ed. Santos.
São Paulo. 2010.
HATCHER, D. C.; ABOUDARA, C. L. Diagnosis goes digital. Am J Orthod
Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 125, no. 4, p. 512-515, Apr. 2004.
CAVALCANTI, M; Diagnóstico por Imagem da Face. Ed. Santos. São Paulo.
2008.
PAPAIZ, EG; CAPELLA, LRC; OLIVEIRA, RJ – Atlas de tomografia compu-
Dr. Marcos Antonio de Souza Rocha
Especialista em Radiologista e Imaginologia,
Mestrando em Ciências Odontológicas na FOUSP,
Professor da Disciplina de Radiologia e Imaginologia da UNG, Sócio Diretor da Papaiz Associados
- Diagnósticos por Imagem
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atendimento
Conforto psicológico como fator
de fidelidade do paciente
C
lientes se tornam fiéis aos serviços por vários motivos.
Por exemplo, a pela importância que o serviço tem para
eles, ou se há outros serviços substitutos.
No caso da Odontologia, para um paciente se tornar fiel a um
dentista outros fatores podem influenciar, tais como a forma como
os clientes percebem a performance do prestador de serviços.
Afinal, tratamentos odontológicos implicam uma proximidade física muito grande entre o dentista e o paciente, além de poderem
envolver fortes emoções dos pacientes, conforme seu histórico em
tratamentos odontológicos lhe traga lembranças desagradáveis.
desconforto inicial não raro
causado por diversas modalidades de medo, tais como o
de sentir dor, de ser rejeitado, de ser desrespeitado, de ter sua
intimidade invadida, de ser violado na sua integridade física, de
ser enganado.
A conclusão geral da pesquisa foi que há forte sensibilidade,
por parte dos pacientes, quanto ao conforto psicológico, que é
muito apoiado no sentimento de confiança que aflora conforme eles
se relacionam com o dentista. E que sentir-se psicologicamente
confortável decididamente contribui para tornar o paciente fiel ao
odontólogo que o está atendendo.
Dissertação orientada por Irene R. Troccoli - D. Sc. e M. Sc. em Administração de Empresas
pela PUC-RJ ; Profa. de Marketing do Mestrado em Administração e Desenvolvimento
Empresarial, da Universidade Estácio de Sá (RJ); Profa.
de Marketing de Serviços no curso de MBA em Marketing
Estratégico da Universidade Federal Fluminense
Claudio Lins, M. Sc
Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial pela Universidade Estácio de Sá (RJ); Administrador da Clínica Odontoploan (RJ); Consultor
em Marketing de Serviços e em Gestão de Pessoas
[email protected]
Foi para investigar este assunto que Cláudio Lins, empresário da área de Odontologia popular na cidade do Rio de Janeiro
orientado pela Prof. Irene R. Troccoli, fez uma pesquisa junto a
pacientes de sua clínica odontológica, localizada na Zona Norte da
cidade. Ele selecionou 12 homens e mulheres que estivessem em
tratamento em uma ou mais áreas da Odontologia, com o trabalho
tendo sido orçado e executado por um mesmo profissional dentista
e com duração de pelo menos seis consultas. Em seguida, ele
buscou saber se o conforto psicológico – a sensação decorrente
do alívio da angústia mental e de sentimentos de segurança, de
confiança, ou de hábito - gerava confiança no profissional, podendo
tornar o paciente fiel à clínica.
Inicialmente, ele identificou o que os pacientes consideram
como aquilo que traduz conforto psicológico em relação ao dentista que os trata: segurança, tranqüilidade, carisma, amizade,
sinceridade, interesse, transparência, calma, descontração, paz,
ausência de constrangimento, educação, satisfação, habilidade e
competência profissionais, capricho.
Ele também identificou o fator que os pacientes relataram
como relevante para se sentirem psicologicamente confortáveis
e, por conseqüência, confiantes em seus dentistas: a capacidade
de o profissional, por exemplo, didaticamente explicar os passos
do tratamento e o material que será utilizado, criar empatia com o
paciente, e criar um ambiente descontraído, agradável e relaxante,
apresentando-se como pessoa simpática e amigável.
Também ficou evidente a força do elemento confiança, gerada a partir desta percepção de conforto, porque diminuía o
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