ID: 43894523 24-09-2012 | Emprego & Universidades Tiragem: 14985 Pág: 4 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 18,42 x 11,60 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 ORÇAMENTO Ordem das Finanças ameaça func CRUP pede ao Governo que altera a ordem e permita que gastem as suas receitas próprias. “S e uma universidade quiser gastar cinco euros tem que pedir autorização ao ministro das Finanças. Nem que o senhor ministro não dormisse conseguiria assinar todos os pedidos das despesa das universidades. O que significa que a maioria nem sequer iria ter resposta”. O cenário caricato é traçado pelo reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, para ilustrar o efeito paralisante que o novo despacho emitido pelo Ministério das Finanças vai ter no funcionamento das instituições de ensino superior. Sem autorização de despesa assinada as universidades deixam de ter dinheiro para pagar despesas essencias ao funcionamento como água, telefoneseelectricidade. O despacho emitido, a semana passada, pelo Ministério das Finanças obriga que todos os serviços a contratualizar – de cinco até um milhão de António Rendas, presidente do CRUP avisa que, esta medida, o funcionamento das universidades está em risco. João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra alerta que esta medida impede a captação de receitas próprias.- ID: 43894523 24-09-2012 | Emprego & Universidades Tiragem: 14985 Pág: 5 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 18,10 x 10,34 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 ionamento das universidades euros – tenham que ser autorizados pelas Finanças. Mesmo que sejam pagos com receitas próprias. Uma situação incompreensível e que irá impedir as instituições de conseguir mais verbas. “Muitos dos projectos que contratualizamos para captar receitas próprias, implicam que tenhamos que contratar serviços, se formos impedidos de o fazer não poderemos cumprir os contratos. O que significará que a entidade financiadora não pagará o que está no contrato e iremos perder essas receitas próprias”, sublinha o reitor de Coimbra. “Não estamos a pedir mais dinheiros, só queremos que nos deixem arranjar mais verba para podermos pagar as contas”, sublinha. Só a Universidade de Coimbra tem que utilizar cerca de dez milhões de receitas próprias para pagar salários, porque as transferências do Orçamento de Estadonãochegam. Também o reitor da Universidade Técnica de Lisboa, António Cruz Serra revela que na prática é congelada toda a realização de despesa em algumas rúbricas e todos os investimentos até ao final do ano. O projecto de construção de uma residência de estudan- tes para a UTL, que a universidade “precisa desesperadamente” terá que ser adiado. Também a realização das pós-graduações, não conferentes de grau, poderá estar em risco. O Conselho de Reitores emitiu um comunicado em que explica que o funcionamento das universidades está em risco por causa deste despacho que “impede que se celebrem quaisquer contratos em áreas que são estratégicas para as universidades” e que estas conseguem financiar através de receitas próprias”, afirmou o presidente do CRUP. ■ M.Q. com Lusa ID: 43894523 24-09-2012 | Emprego & Universidades Tiragem: 14985 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 28,13 x 4,30 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 3 Reitores alertam que funcionamento das universidades está em risco CRUZ SERRA Reitor da Universidade Técnica de Lisboa JOÃO GABRIEL SILVA Reitor da Universidade de Coimbra O despacho do Ministério das Finanças que obriga as instituições de ensino superior a pedir autorização para realizar despesa, mesmo com receitas próprias, está a ameaçar as universidades.