FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS – FUCAPE IVANEIDE ALMEIDA BRAGA CONVERGÊNCIA ÀS NBCASP E AO MCASP: Um estudo sobre os municípios pernambucanos em 2014 VITÓRIA 2015 IVANEIDE ALMEIDA BRAGA CONVERGÊNCIA ÀS NBCASP E AO MCASP: Um estudo sobre os municípios pernambucanos em 2014 Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências Contábeis da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis – Nível Profissionalizante. Orientador: Professor Mestre João Eudes Bezerra Filho VITÓRIA 2015 IVANEIDE ALMEIDA BRAGA CONVERGÊNCIA ÀS NBCASP E AO MCASP: Um estudo sobre os municípios pernambucanos em 2014 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis – Nível Profissionalizante – na linha de pesquisa Contabilidade e Controladoria Aplicada ao Setor Público. Aprovada em 18 de Dezembro de 2015. COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________________ Orientador: Prof. Ms. João Eudes Bezerra Filho (Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças – FUCAPE) ____________________________________________ Membro: Profª. Drª. Arilda Magna Campagnaro Teixeira (Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças – FUCAPE) ____________________________________________ Membro: Prof. Dr. Valcemiro Nossa (Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças – FUCAPE) Dedico este trabalho ao meu filho Maik, meu grande companheiro, que esteve presente em momentos de todos os ansiedade, cansaço e perseverança na busca do conhecimento e que mesmo sendo leigo soube transmitir toda sua sabedoria e apoio constante. AGRADECIMENTOS A DEUS, que todos os dias da minha vida me deu força para continuar. Ao Senhor Paulo Roberto Pinto Santos – Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, pelo apoio à minha participação no mestrado. Ao meu Orientador, Professor Mestre João Eudes Bezerra Filho, por seu apoio e amizade, pela paciência, dedicação, competência e pelo carinho e atenção com o qual conduziu todo o processo de orientação, revisando, sugerindo e agregando valor a minha pesquisa. Aos Professores Doutores Aridelmo Teixeira, Valcemiro Nossa, Arilda Teixeira, Fábio Morais e Danilo Monte Mor pelas valiosas contribuições. A todos os professores do mestrado que deram sua parcela de contribuição na minha formação. Aos colegas de turma, especialmente Luiza Telles e Viviane Chaves, pelo companheirismo e apoio irrestrito nos momentos mais difíceis. Aos meus grandes amigos, Jorge e Isabela, pelo apoio, ajuda, paciência e cooperação. Aos meus familiares e amigos que sempre me incentivaram e apoiaram nessa árdua jornada. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o Mundo é composto de mudanças, Tomando sempre novas qualidades. (Camões, 1982, p.199) RESUMO O presente trabalho visa analisar o nível de convergência às NBCASP e ao MCASP, a partir das Demonstrações Contábeis dos 184 municípios pernambucanos publicadas no exercício de 2014. Esta pesquisa se justifica pela grande importância em se conhecer até que ponto os municípios analisados conseguiram se adequar aos novos padrões contábeis e quais os pontos que apresentaram menor nível de adequação. Daí a necessidade de um estudo atualizado sobre em que nível essas mudanças vêm sendo incorporadas pelo setor público municipal. Quanto à metodologia, tratou-se de uma pesquisa exploratória de caráter descritivo, realizada através da análise de conteúdo, utilizando como método de abordagem tanto qualitativo quanto quantitativo e tendo como instrumento de coleta de dados um check-list contendo 99 itens verificáveis, divididos em 13 quesitos para avaliação das Demonstrações Contábeis Obrigatórias, elaborado com base nas exigências das NBCASP e das Partes II, IV e V do MCASP. Quanto aos resultados obtidos foi possível conhecer o nível de convergência alcançado – NCA por quesitos, por partes do MCASP e por normas analisadas, possibilitando traçar o perfil de convergência desses municípios e constatou-se que o nível de convergência às normas, apresentado pelos municípios pernambucanos ainda é muito embrionário e que os órgãos reguladores terão que ampliar seus esforços para que os órgãos públicos municipais consigam atingir o nível desejado de atendimento aos novos padrões contábeis. Palavras-chave: Contabilidade Aplicada ao Setor Público. NBCASP. MCASP. . ABSTRACT This study aims to analyze the degree of convergence to NBCASP and MCASP, from the Financial Statements of the 184 municipalities of Pernambuco published in the year 2014. This research is justified by the great importance in knowing the extent to which municipalities analyzed were able to fit the new accounting standards and the points which had a lower level of adequacy. Hence the need for an updated study on what level these changes have been incorporated by the municipal public sector. As for the methodology, this was an exploratory research of a descriptive nature, carried out by content analysis, using as method of approach both qualitative and quantitative and with the data collection instrument a checklist containing 99 verifiable items, divided into 13 questions to assess the financial statements Mandatory prepared based on the requirements of NBCASP and Parts II, IV and V of MCASP. As for the results it was possible to know the achieved convergence level NCA for questions, for parts of MCASP and analyzed standards, making it possible to profile convergence of these municipalities and it was found that the level of convergence of standards, presented by the municipalities of Pernambuco It is still very embryonic and that regulators will have to broaden their efforts so that local government agencies are able to achieve the desired level of service to new accounting standards. Keywords: Applied accounting to the Public Sector. NBCASP. MCASP. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Diferenças nas normas e práticas contábeis ............................................ 22 Tabela 2 - Normas Brasileiras de Contabilidade emitidas pelo CFC – NBC T SP 16.1 – 16.11 ...................................................................................................................... 27 Tabela 3- Percentual de convergência conceitual NBC T SP/IPSAS ........................ 34 Tabela 4- Quesitos analisados para apuração do Nível de Aderência dos Municípios às NBCASP e ao MCASP ......................................................................................... 38 Tabela 5 - Equações Contábeis ................................................................................ 64 Tabela 6 – Análise de Significância das Variáveis Explicativas ................................ 69 Tabela 7 – Municípios com os Melhores e os Piores Índices no Ranking da Convergência ............................................................................................................ 74 Tabela 8 - Classificação dos Municípios de M1 a M184 ........................................... 85 Tabela 9 - Proposta de Ranking ................................................................................ 86 Tabela 10 - Percentual Convergência as NBCASP e ao MCASP através das Demonstrações Contábeis publicadas pelos municípios pernambucanos em 2014 por quesito analisado. ............................................................................................... 86 Tabela 11 - Resumo do nível de Convergência por quesito analisado. .................... 91 Tabela 12 - Resumo do atendimento por quesito analisado. .................................... 91 Tabela 13 - Resumo do Nível de Convergência por partes do MCASP .................... 91 Tabela 14 - Dados Brutos organizados em ordem crescente – ROL do Nível de Convergência às Normas .......................................................................................... 92 Tabela 15 - Distribuição de Frequência ..................................................................... 92 Tabela 16 - Ranking por Quesito analisado .............................................................. 93 Tabela 17 - Ranking por partes do MCASP e NBCASP analisados.......................... 93 Tabela 18 - Ranking do Nível de Convergência por municípios analisados – M1 a M184 ......................................................................................................................... 94 Tabela 19 – Variáveis Explicativas ............................................................................ 96 Tabela 20 – Check-list para análise das demonstrações contábeis ........................ 100 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Evolução da Contabilidade Pública no Brasil ............................................. 25 Figura 2- Processo de Convergência no Setor Público Brasileiro ............................. 26 Figura 3 - Escala Estruturada com avaliação de três pontos .................................... 37 Figura 4– Histograma do Nível de Convergência dos Municípios Pernambucanos .. 66 Figura 5– Desvio Padrão por Quesito analisado ....................................................... 68 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Quesito 1 – Demonstrações Contábeis Obrigatórias ............................... 46 Gráfico 2- Quesito 2 – Balanço Orçamentário ........................................................... 48 Gráfico 3- Quesito 3 – Balanço Financeiro ................................................................ 49 Gráfico 4- Quesito 4 – Balanço Patrimonial............................................................... 51 Gráfico 5 - Quesito 5 – Demonstração das Variações Patrimoniais .......................... 52 Gráfico 6 - Quesito 6 – Demonstração do Fluxo de Caixa ........................................ 54 Gráfico 7 – Nível de Convergência por Demonstração – NBC T SP 16.6 ................. 54 Gráfico 8 - Quesito 7 – Patrimônio e Sistema Contábil – NBC T SP 16.2 ................. 56 Gráfico 9 - Quesito 8 – Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil – NBC T SP 16.3 .......................................................................................................... 57 Gráfico 10 - Quesito 9 – Transações no Setor Público – NBC T SP 16.4 ................. 59 Gráfico 11 - Quesito 10 – Depreciação – NBC T SP 16.9 ......................................... 60 Gráfico 12- Quesito 11 – Mensuração de Ativos e Passivos – NBC T SP 16.10 ...... 62 Gráfico 13- Quesito 12 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público ...................... 63 Gráfico 14- Quesito 13 – Consistência dos Balanços – Equações Contábeis SICONFI .................................................................................................................... 65 Gráfico 15– Análise Estatística por Quesito .............................................................. 67 Gráfico 16– Ranking por Quesito Analisado.............................................................. 71 Gráfico 17– Ranking por Partes do MCASP.............................................................. 72 Gráfico 18– Ranking por Município ........................................................................... 73 Gráfico 19 – Escore das Principais Normas analisadas ............................................ 74 LISTA DE SIGLAS BF – Balanço Financeiro BO – Balanço Orçamentário BP – Balanço Patrimonial CFC – Conselho Federal de Contabilidade DCASP – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público DFC – Demonstração Fluxo de Caixa DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DVP – Demonstração das Variações Patrimoniais FASB – Financial Accounting Standards Board FMI – Fundo Monetário Internacional FUCAPE – Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças IASB – International Accounting Standards Board IASC – International Accounting Standards Committee IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IFAC – International Federation of Accountants IFRS – International Financial Reporting Standards IPSAS – International Public Sector Accounting Standards IPSASB – International Public Sector Accounting Standards Board LC – Lei Complementar MCASP – Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público NBC T SP – Normas Técnicas – Setor Público NBCASP – Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NICSPs – Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público PCP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SICONFI – Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro STN – Secretaria do Tesouro Nacional TCE – MT – Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso TCE – PE – Tribunal de Contas do estado de Pernambuco SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................... 14 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .............................................................................. 16 1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 16 1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 17 1.5 CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA .................................................................. 18 1.6 PLANO DE CAPÍTULOS .................................................................................. 19 2 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO NO BRASIL ..................... 21 2.1 O PROCESSO DE MUDANÇAS NO CENÁRIO CONTÁBIL GLOBAL ............ 21 2.2 A NOVA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO 24 2.3 PRINCIPAIS MUDANÇAS E BENEFÍCIOS DA NOVA CONTABILIDADE BRASILEIRA .......................................................................................................... 28 2.4 A RELEVÂNCIA DAS MUDANÇAS NA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ............................................................................................................. 31 2.5 ESTUDOS ANTERIORES ............................................................................... 32 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS .......................................................................... 36 4 ANÁLISES DOS RESULTADOS ........................................................................... 44 4.1 NÍVEIS DE CONVERGÊNCIA ......................................................................... 44 4.1.1 Parte V MCASP – NBC T SP 16.6/16.7 .................................................... 45 4.1.2 Parte II MCASP – NBC T SP 16 ............................................................... 55 4.1.3 Parte IV MCASP – PCASP ....................................................................... 62 4.1.4 – Análise dos dados estatísticos............................................................ 65 4.1.5 – Rankings de Convergência às NBCASP e ao MCASP ....................... 70 5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 76 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 80 APÊNDICES ............................................................................................................. 85 APÊNDICE 1 – TABELAS DE RESULTADOS DA PESQUISA ............................... 85 APÊNDICE 2 – CHECK-LIST PARA APLICAÇÃO DA BASE DE DADOS ........... 100 14 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO As mudanças no ambiente contábil nas primeiras décadas do século XXI emergiram como forma de resgatar a contabilidade como ciência e reafirmar seu objeto de estudo: o Patrimônio Público. Na perspectiva internacional, as reformas são motivadas na busca pela eficiência na gestão, dentro da chamada New Public Management. O Brasil passa por um momento de renovação estrutural efetiva focado no patrimônio, na transparência das informações como indutor de controles e necessidade de convergência com as normas internacionais. (MAUSS, 2012; FEIJÓ, 2013; BEZERRA FILHO, 2015) Esse novo cenário trouxe para o primeiro plano a demanda por informações contábeis confiáveis e comparáveis, levando à compreensão de que a existência de padrões contábeis distintos, afeta a qualidade da informação contábil para fins de divulgação, dificulta a avaliação e comparação do desempenho e da eficiência econômica de companhias e órgãos que atuam em vários países. (OLIVEIRA e LEMES, 2011; SANTOS et al, 2011) Nesse sentido o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) estabeleceu em 2008, as Orientações estratégicas para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP). Em contrapartida a Portaria do Ministério da Fazenda nº184/2008 estabeleceu diretrizes para a Convergência da Contabilidade Pública Brasileira às IPSAS emitidas pelo International Federation of Accountants (IFAC). Em seguida o Decreto nº 6.976/2009 da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) estabeleceu alguns objetivos com o intuito de promover as adequações necessárias para a convergência aos padrões internacionais. A partir daí, a Secretaria do Tesouro 15 Nacional em parceria com o Conselho Federal de Contabilidade emitiu manuais e normas e estabeleceu o prazo limite para adequação pelos entes públicos, o final do exercício de 2014. A proposta de adequação ao novo modelo de CASP vem sendo desenvolvido em um processo gradual que se iniciou em 2008 com a emissão das primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP). Esse gradualismo foi determinado pelas Portarias STN nºs 828/2011, 753/2012 e 634/2013. O art. 4º da Portaria nº 753 diz que a partir da consolidação nacional e por esfera de governo das contas de 2014, a ser realizada em 2015, deverão ser observadas, integralmente, as partes IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e V – Demonstrações Contábeis aplicadas ao Setor Público DCASP do manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP). (STN, 2011; 2012) e o art. 3º da Portaria 634 diz que os Procedimentos Contábeis Patrimoniais terão prazos finais de implantação estabelecidos de forma gradual, tendo sido publicada a Portaria STN nº 548/2015 para tal. Uma das grandes preocupações do cenário atual é fazer com que a CASP venha atender à demanda por informações de qualidade requeridas por seus usuários. Diante disso, as demonstrações contábeis assumem papel fundamental, por representarem importantes evidenciações de informações geradas pela Contabilidade, promovendo transparência dos resultados orçamentários, financeiros, econômicos e patrimonial do Setor Público. (STN, 2012) Frente a essa preocupação a STN vem desenvolvendo uma importante ferramenta com o objetivo de assegurar a consistência da informação contábil utilizada para elaboração do Balanço do Setor Público Nacional, o Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – SICONFI (Portaria 16 STN nº 702/2014). Esse sistema está sendo utilizado para envio de dados contábeis e fiscais pelos entes da Federação, onde estão inseridos testes de validação e consistência para assegurar que os procedimentos foram implantados. Dentro desta concepção e considerando a necessidade de adoção obrigatória do MCASP e das NBCASP, pretende-se que esses resultados sejam submetidos à apreciação dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais; aos órgãos de controle externo e aos órgãos reguladores do processo de convergência como meio de contribuir para a inserção do Brasil nos padrões contábeis internacionais. 1.2 QUESTÃO DE PESQUISA Com base no cenário apresentado, emerge a necessidade de se realizar uma pesquisa que demonstre se os órgãos públicos municipais vêm conseguindo se adequar às novas exigências. Nesse sentido, esta pesquisa consiste em responder a seguinte questão: A partir de critérios e quesitos previamente estabelecidos, qual o nível de convergência das DCASP, publicadas nas prestações de contas dos municípios pernambucanos (exercício financeiro de 2014), consoantes as NBCASP e o MCASP? 1.3 OBJETIVOS Essa dissertação tem por objetivo geral analisar o nível de convergência as NBCASP e ao MCASP, a partir das demonstrações contábeis dos municípios pernambucanos publicadas no exercício de 2014. Para atendimento ao objetivo geral descrito, faz-se necessário a execução dos seguintes objetivos específicos: 17 Determinar os principais quesitos e itens a serem observados nas NBCASP e no MCASP; Verificar se as demonstrações contábeis atendem aos quesitos e itens extraídos das NBCASP e do MCASP; Avaliar o nível de consistência das informações apresentadas nas demonstrações contábeis através de equações contábeis propostas pelo SICONFI; Estabelecer um ranking para apresentação do nível de convergência; 1.4 JUSTIFICATIVA As recentes mudanças nos padrões contábeis brasileiros visam modernizar os procedimentos contábeis, possibilitando a geração de informações úteis para o apoio à tomada de decisão e ao processo de prestação de contas e controle social, além de permitir a consolidação das contas nacionais (STN, 2012). Para isso, vem se adotando procedimentos e normas internacionais de contabilidade, os quais provavelmente provocarão alterações não só na legislação como em toda a cultura contábil, pelo fato de não existir anteriormente obrigatoriedade de padronização de contas e de procedimentos contábeis por parte dos geradores de informação. A inserção de um novo modelo focado no patrimônio e no princípio da competência visa fortalecer a qualidade das informações em padrões nacionais e internacionais provocando impactos significativos no cenário contábil brasileiro. Essas mudanças implicam principalmente no aspecto qualitativo das informações apresentadas nas demonstrações contábeis, pois as mesmas representam a porta 18 de saída de informações tempestivas, confiáveis e comparáveis para seus usuários (STN, 2012). Ocorre, porém, que mesmo essas mudanças sendo implantadas de forma gradual, ainda estão longe de serem totalmente efetivadas, levando a Secretaria do Tesouro Nacional a repensar os prazos obrigatórios para adoção plena dos procedimentos contábeis patrimoniais (STN, 2015). Sendo assim, é necessário que os órgãos reguladores desse processo de mudança tenham conhecimento de qual nível de convergência às Normas vem sendo atingido pelos municípios e quais itens apresentam-se com maior grau de dificuldade de adequação, para que se possam criar novos mecanismos para adoção plena das novas práticas contábeis. Dentro desse contexto, abre-se um amplo campo a ser pesquisado, tendo em vista que o resultado desta pesquisa: fornece o conhecimento do nível de convergência alcançado pelos municípios analisado; é capaz de demonstrar os itens com maior dificuldade de adequação às Normas; possibilita aos órgãos reguladores adotarem práticas e mecanismos capazes de qualificar os responsáveis pela elaboração das mesmas, para que possam inserir as informações de forma que evidencie o patrimônio público em sua essência; e, estimula novos pesquisadores a se interessarem pelo assunto. 1.5 CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA Apesar de a pesquisa ser realizada com base nos balanços anuais dos municípios pernambucanos, seu resultado será de grande relevância para que gestores, profissionais da área pública, Tribunais de Contas e demais usuários da 19 informação contábil governamental, possibilitando traçar um diagnóstico preciso da situação de adequação dos órgãos municipais ao promover informações comparáveis, tempestivas e de qualidade e que venha a auxiliá-los na tomada de decisões e também para promoção das mudanças necessárias para criação de um processo gerador de informações efetivas direcionadas a convergência para a visão contábil patrimonialista. Diante disso, esse novo cenário contábil é de grande valia também para o meio acadêmico, pois a contabilidade pública vem ganhando cada vez mais espaço, como disciplina e área de concentração de pesquisas nas faculdades e universidades brasileiras. Desta forma, o foco deste trabalho vai além da questão convergência às normas, perpassando pelo estudo do que foi possível se fazer até hoje para adequação dos padrões contábeis brasileiros ao modelo internacional de forma que o País seja inserido no cenário global considerando a cultura, legislação e características regionais. 1.6 PLANO DE CAPÍTULOS O primeiro cuidado na elaboração desta dissertação foi criar uma sequência lógica em relação ao tema objeto da pesquisa de forma a deixar clara a relevância do mesmo. O tema é muito vasto e foi necessário fazer recortes e escolhas dos pontos considerados mais relevantes, sendo distribuídos da seguinte forma: O primeiro capítulo começa pela base introdutória composta pela contextualização e antecedentes do tema; questão de pesquisa contendo a formulação e apresentação do problema objeto da pesquisa; objetivos geral e 20 específico; justificativas para realização da pesquisa; e, a contribuição e relevância do estudo; O segundo capítulo traz o referencial teórico apresentando os estudos empíricos sobre o processo de mudança no cenário global e sobre a nova contabilidade aplicada ao setor público brasileiro; as mudanças e benefícios dessa nova contabilidade e a relevância das mudanças na qualidade da informação contábil; e, por fim, os estudos anteriores que fornecem as bases teóricas para a pesquisa; O terceiro capítulo refere-se aos aspectos metodológicos da pesquisa demonstrando os caminhos que foram seguidos para se chegar ao resultado pretendido, contendo as definições e justificativas da estratégia selecionada, as técnicas de coleta de dados e as técnicas de análise dos dados estudados; No quarto capítulo aborda-se a análise e interpretação dos dados, especificando as técnicas de coleta, análise e interpretação dos resultados da pesquisa; suas metodologias de elaboração; os resultados da pesquisa por parte do MCASP – II, IV e V (tabela 11), por quesito analisado Q1 – Q13 (tabela 9), por municípios - M1 – M184 (tabela 8); análise de dados estatísticos e apresentação de rankings de convergência ao MCASP e NBCASP; E Por fim, o quinto capítulo foi reservado para as considerações finais com um breve resumo do resultado da pesquisa, suas principais implicações e limitações, sugestões de novos estudos e proposições. 21 2 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO NO BRASIL 2.1 O PROCESSO DE MUDANÇAS NO CENÁRIO CONTÁBIL GLOBAL A contabilidade governamental em todo o mundo passou nas últimas décadas a assumir um novo perfil, voltado para um enfoque gerencial fornecendo informações aos gestores públicos e àqueles que os mantém responsáveis no desempenho das funções fundamentais do Estado. E essas mudanças regulatórias e normativas além de permitirem a harmonização das normas e práticas contábeis adotadas nacionalmente às normas internacionais, provocaram um impacto sistemático na qualidade da informação contábil. (CHAN, 2010; SANTOS et al., 2011) A necessidade de padronização da contabilidade a padrões internacionais tornou-se emergente a partir do momento em que se compreendeu que a existência de padrões contábeis distintos afeta a qualidade da informação contábil para fins de divulgação, dificulta a avaliação e comparação do desempenho e da eficiência econômica de companhias e órgãos que atuam em vários países. (SANTOS et al., 2011) Mustata (2010) diz que diversos fatores determinam à diversidade de padrões de contabilidade, como o grau de integração econômica global, as fontes de financiamento, o sistema político e legal, o sistema fiscal, o status do contador, a cultura, a linguagem da contabilidade, entre outras influencias externas possíveis. Lima e Nascimento (2012) apresenta um resumo das principais razões para as diferenças nas normas e práticas contábeis, conforme tabela 1 a seguir. 22 Tabela 1 - Diferenças nas normas e práticas contábeis Razões genéricas Exemplos de razões específicas Nível de educação e sofisticação dos usuários (especialmente do gestor de negócios e da comunidade financeira) Tipo de sistema de financiamento Características das empresas: tamanho, complexidade, multinacionallidade, endividamento, etc. Características dos preparadores das demonstrações contábeis (contadores) Sistema de educação profissional dos contadores Status, idade e tamanho da profissão contábil Modos pelos quais se pode organizar a sociedade sob a qual o modelo contábil se desenvolve Sistema político Sistema econômico e nível de desenvolvimento Sistema jurídico Sistema fiscal Valores culturais Religião Linguagem Históricos (principalmente invasões e herança colonial) Geográficos Laços econômicos e políticos Características e necessidades dos usuários das demonstrações contábeis Aspectos Culturais Outros fatores externos Fonte: Lima e Nascimento (2012) Segundo Feijó (2013), os Estados Unidos foram os pioneiros em relação à elaboração de uma estrutura democrática para edição de normas contábeis, ao criarem, em 1973, o Financial Accounting Standards Board – FASB, propondo a padronização dos procedimentos da contabilidade financeira de empresas privadas e não governamentais. E, ainda em 1973, dez países da Europa, da Oceania e da Ásia (Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido) criaram o International Accounting Standards Commitee – IASC, com o objetivo de formular e publicar um novo padrão de normas contábeis internacionais universalmente aceitos. 23 Para Gama et al. (2014) o processo de internacionalização da contabilidade aplicada ao setor público iniciou-se com a criação do IFAC em 1977, com o propósito de fortalecer mundialmente a contabilidade. O Parlamento Europeu trata como marco inicial da convergência o estabelecimento, por meio do Regulamento nº 1.606/2002, da adoção das Normas Contábeis Internacionais conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), fixando o prazo limite de 2005 para a execução do Plano de Ação para os Serviços Financeiros, visando à tomada de medidas destinadas a reforçar a comparabilidade das demonstrações financeiras elaboradas pelas sociedades cujos títulos são negociados publicamente. (EUROPEAN UNION PARLIAMENT, 2002) O comitê de Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público (IPSASB) incentiva todas as nações a adotarem as Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público - NICSPs. Nesse sentido, os organismos internacionais de contabilidade e auditoria editam normas voltadas ao estabelecimento de padrões internacionais. (CHAN, 2010) No âmbito do setor público, as Normas Internacionais de Contabilidade foram elaboradas pela IFAC tomando como referência os padrões aplicados ao setor empresarial. De modo geral, as IPSAS buscam a convergência dos critérios de reconhecimento de receitas e despesas, ativos e passivos, bem como da forma de evidenciação da situação financeira, resultados do exercício, mutações da posição financeira e mutações no patrimônio líquido no âmbito do setor público. (CFC, 2008) Segundo o IFAC (2012), em âmbito internacional a proposta dessa nova legislação é justamente, ampliar a qualidade e quantidade de informações 24 disponíveis para permitir uma avaliação mais realista do desempenho organizacional em termos de custos, eficiência e execução. Preocupações sobre a prestação de contas, transparência e sustentabilidade subiram de volta ao topo da agenda política, fazendo emergir uma nova apreciação e o setor público precisa de um conjunto robusto e uniforme de normas contábeis para trazer maior estabilidade no sistema econômico global, e uma maior responsabilização e eficiência do governo. (Ernest & Young, 2010). Pois, a adoção de uma linguagem comum internacionalmente é capaz de produzir benefícios concretos quando da tomada de decisões por parte dos usuários. (OLIVEIRA e LEMES, 2011) Rezende, Cunha, Bevilacqua (2010) dizem que países como Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, Dinamarca, Suíça, Suécia, Holanda, Estados Unidos e Canadá se inseriram nesse processo de mudança dos padrões contábeis ao implantarem a contabilidade de competência no setor público. Segundo os autores, os traços marcantes das experiências desse conjunto de países de características bem distintas oferecem um interessante painel para orientar a elaboração e condução de um processo que visa agregar informações relevantes para a adoção de iniciativas voltadas para a melhoria da eficiência e da eficácia do Estado brasileiro. 2.2 A NOVA CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO A Contabilidade aplicada ao Setor público, como sistema de informações, vem incorporando novas metodologias e recuperando seu papel, adotando parâmetros de boa governança, demonstrando a importância de um sistema que 25 forneça o apoio necessário à integração das informações macroeconômicas do setor público e à consolidação das contas nacionais. (CFC, 2008; BEZERRA FILHO, 2015) No Brasil, o processo de evolução da contabilidade do setor público deve ser analisado de forma histórica e contextualizado com o próprio processo de evolução das finanças públicas no País no século XX, tendo em vista que o mesmo traz mudanças significativas no seu processo normativo com implicações também no seu processo cultural. (STN, 2012) Segundo a STN (2012) a evolução da Contabilidade pública e da gestão fiscal no Brasil, se deu conforme exposto na figura 1. Figura 1- Evolução da Contabilidade Pública no Brasil 1964 - Lei 4.320 – Lei de Direito Financeiro 1986 - Criação da Secretaria do Tesouro Nacional 1997 - Publicação das IPSAS pelo IFAC 2000 – Publicação da LC 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal 2008 – Publicação da Portaria MF 184 – Portaria da Convergência 2008 – Publicação pelo CFC das NBCASP e implantação do grupo de Convergência 2009 - Publicação da 1ª edição do PCASP, junto com o MCASP 2009 – Publicação da LC 131/2009 – Normas sobre Transparência 2012 – Publicação das IPSAS traduzidas para o Português 2014 – Implantação obrigatório do PCASP por todos os entes da Federação 2015 – Informações divulgadas em um novo padrão de contabilidade Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional – STN Elaboração Própria 26 A necessidade de convergência dos padrões contábeis brasileiros às normas internacionais de contabilidade, a demanda dos contadores da área pública e as novas exigências da sociedade por maior transparência tornaram urgente a edição de normas de contabilidade para o setor público, no mesmo ritmo e padrões exigidos para o setor privado (CFC, 2008). Sendo que esse processo se deu em três ambientes distintos: ambiente normativo, ambiente de procedimentos e padronizações e ambiente operacional, conforme exposto na figura 2. Figura 2- Processo de Convergência no Setor Público Brasileiro Fonte: Adaptado do modelo de Gama, Duque e Almeida (2014) Para Prieto e Martins (2015) a primeira medida para o início do processo de convergência no setor público brasileiro, surgiu com a publicação da Portaria do Ministério da Fazenda nº 184/08, que estabeleceu diretrizes para a convergência da Contabilidade Pública Brasileira às normas emitidas pelo International Federation of Accountants (IFAC), denominadas International Public Sector Accounting Standards (IPSAS). 27 Como órgão regulador das práticas contábeis no Brasil e membro do IFAC, o CFC emitiu as NBCASP, alinhadas com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – IPSAS. E em parceria com o CFC, a Secretaria do Tesouro Nacional, dentro das atribuições que lhe foram delegadas pelo Ministério da Fazenda e atendendo ao disposto no art. 113 da Lei Federal nº 4.320/64, publicou o MCASP, o qual reúne conceitos, regras, rotinas e procedimentos relacionados com a contabilidade aplicada ao Setor Público. (STN, 2012) Em 21 de dezembro de 2008, com lastro conceitual nos princípios de contabilidade sob a perspectiva do setor público, o CFC publicou as primeiras dez Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, e posteriormente em dezembro de 2013, publicou a NBC T 16.11(tabela 2), elaboradas pelo grupo assessor, em parceira com contadores públicos do País e submetidas a audiências públicas e debatidas em seminários e oficinas temáticas com a classe contábil. (BEZERRA FILHO, FEIJÓ, 2012) Tabela 2 - Normas Brasileiras de Contabilidade emitidas pelo CFC – NBC T SP 16.1 – 16.11 NBC T 16.1 Conceituação, Objeto, Campo de Aplicação NBC T 16.2 Patrimônio e Sistemas Contábeis NBC T 16.3 Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil NBC T 16.4 Transações no Setor Público NBC T 16.5 Registro Contábil NBC T 16.6 Demonstrações Contábeis NBC T 16.7 Consolidação das Demonstrações Contábeis NBC T 16.8 Controle Interno NBC T 16.9 Depreciação, Amortização e Exaustão NBC T 16.10 Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público NBC T 16.11 Subsistema de Informação de Custos no Setor Público Fonte: Prieto e Martins (2015) O Processo de convergência no setor público brasileiro vem sendo feito de forma gradual e segundo as portarias STN nºs 828/2011 e 753/2012, deveria se dar 28 da seguinte maneira: os procedimentos orçamentários (parte I do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP) integramente a partir de 2012; procedimentos patrimoniais (parte II – MCASP) gradualmente a partir de 2012 e integralmente até o final do exercício de 2014; Procedimentos Específicos (parte III – MCASP) integralmente a partir de 2012; Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP (parte IV – MCASP) facultativo em 2013 e integralmente até o final de 2014; e, Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP (parte V – MCASP) facultativo em 2013 e integralmente até o final de 2014. (STN, 2013) Segundo a STN (2015) o gradualismo na implantação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais (PCP) foi considerado imprescindível, pois a adoção “em bloco” de todos os PCP estabelecidos no MCASP segundo as NBC T SP mostrou-se inviável, tendo em vista relatos de experiências de entes da Federação acerca das dificuldades operacionais e de recursos materiais e humanos. Diante disso, a STN publicou em 24 de setembro de 2015 a Portaria STN nº 548, que dispõe sobre os prazos limites de adoção dos procedimentos contábeis patrimoniais aplicáveis aos entes da Federação, com vistas à consolidação de Contas Públicas de União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sob a mesma base conceitual. 2.3 PRINCIPAIS MUDANÇAS CONTABILIDADE BRASILEIRA E BENEFÍCIOS DA NOVA A mudança mais significativa no âmbito do processo de internacionalização das normas contábeis foi a essência sobre a forma, sendo as práticas contábeis guiadas mais em princípios do que em regras e com o objetivo de divulgar a substância econômica das operações. (IUDÍCIBUS, MARTINS e GELBCKE, 2009; MACEDO, MACHADO e MACHADO, 2011) 29 Para Sanchez e Maes (2013), os principais impactos e transformações no setor público foram à adoção do enfoque patrimonial e não orçamentário; a adoção do regime de competência integral para receitas e despesas públicas e a reformulação dos novos manuais de contabilidade pela STN. Com as NBCASP, muda-se o foco da Contabilidade Pública, do orçamento para o Patrimônio. No atendimento ao enfoque patrimonial, buscam-se atender os princípios e normas contábeis voltados para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos e passivos e de suas variações patrimoniais, contribuindo para o processo de convergência às normas internacionais, respeitada a base legal nacional. (STN, 2012) Oliveira e Lemes (2011) diz que a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade implica a elaboração de demonstrações financeiras seguindo todos os aspectos estabelecidos nas Normas. Bezerra Filho (2015 p. 377) pontua as Demonstrações Contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público como sendo: (a) Balanço Patrimonial; (b) Balanço Orçamentário; (c) Balanço Financeiro; (d) Demonstração das Variações Patrimoniais; (e) Demonstração dos Fluxos de Caixa; (f) Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (Incluída pela Resolução CFC nº 1.437/13); e (g) Notas Explicativas. (Incluída pela Resolução CFC nº 1.437/13) As NBCASP destacam que as transações no setor público devem ser adotadas integralmente no momento em que incidirem, ou seja, os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas demonstrações contábeis do exercício financeiro com o qual se relaciona. (Resolução CFC nº 1.111/07) 30 A adoção do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP, em apoio ao processo de convergência, permite que os entes possam adotar de forma sistematizada as normas contábeis, incluído os aspectos de segregação da informação orçamentária da patrimonial; registro das variações patrimoniais segundo o regime de competência; registro de procedimentos patrimoniais específicos; elaboração de estatísticas fiscais mundiais com base nos padrões estabelecidos pelo Fundo Monetário Internacional – FMI. (STN, 2012) Para melhor dinamizar a função do PCASP como ferramenta para consolidação das contas nacionais foi desenvolvido e implantado o SICONFI (Resolução STN nº 702/2014), que visa padronizar a coleta de dados contábeis e fiscais de toda a federação. Através da utilização de equações contábeis que testem a consistência dos registros e saldos das contas contábeis, bem como os reflexos causados nos respectivos demonstrativos. (STN, 2012) Diante desse processo de mudanças, vários são os benefícios da nova contabilidade brasileira para uma gestão focada no resultado: gestão de informação útil para a tomada de decisão por parte dos gestores públicos; comparabilidade entre os entes da federação e entre diferentes países; registro e acompanhamento de transações que afetam o patrimônio antes de serem contempladas no orçamento; melhoria no processo de prestação de contas, tanto por parte dos tribunais e órgãos de controle, quanto pela sociedade; implantação de sistema de custos no setor público e elaboração do Balanço do Setor Público Nacional, conforme previsto na LRF; racionalização e melhor gestão dos recursos públicos, reconhecimento do profissional de contabilidade no setor público, e, transparência e erradicação da corrupção. (STN, 2013) 31 2.4 A RELEVÂNCIA DAS INFORMAÇÃO CONTÁBIL MUDANÇAS NA QUALIDADE DA O papel desempenhado pela contabilidade ganha relevância, com o objetivo principal de adequar as práticas contábeis, as demonstrações e a evidenciação da informação (disclosure) às novas necessidades dos usuários. (STN, 2012). Além da preocupação como o nível de conformidade advindo da harmonização contábil, torna-se não menos relevante conhecer quais fatores podem influenciar o nível de aderência às exigências de evidenciação. (MAIA; FORMIGONI; SILVA, 2011) Santos, et al. (2011) destacam que as mudanças regulatórias e normativas além de permitirem a harmonização das normas e práticas contábeis adotadas nacionalmente às normas internacionais, provocaram um impacto sistemático na qualidade da informação contábil. De acordo com Dechow, Ge, Schrand (2010) a qualidade das informações contábeis é contextual, pois dependem do modelo de decisão e se os modelos contábeis escolhidos capturam o desempenho econômico da empresa. Paulo e Martins (2007) destacam que a manipulação de resultados e o reconhecimento pontual de perdas tornam o conceito de qualidade complexo e dependente dos objetivos dos usuários, além de depender do contexto em que a informação contábil está inserida. Para Santos, et al. (2011) o que denota a utilidade das demonstrações contábeis são as suas características qualitativas: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade. Assim, os diferentes ambientes proporcionam padrões e critérios diferentes de reconhecimento, mensuração e evidenciação e podem alterar o processo decisório dos usuários mediante a informação contábil. Com tais divergências, os países têm optado pela utilização dos padrões 32 internacionais de contabilidade de forma parcial ou total, que contribuem para melhorar a comparabilidade dessas informações. (RODRIGUES, 2012) Dechow, Ge e Schrand (2010) observam que as pesquisas empíricas têm se preocupado não em mensurar a qualidade, mas sim em estabelecer e testar critérios e/ou métricas válidas, para assim ser possível a mensuração da qualidade das informações contábeis. Paulo e Martins (2007) dizem que pode se considerar que existe uma baixa qualidade quando os relatórios contábeis são manipulados, quando existe um número excessivo de itens não recorrentes ou na falta de transparência no processo de evidenciação contábil, mesmo quando as escolhas contábeis foram realizadas em concordância com as normas contábeis vigentes. 2.5 ESTUDOS ANTERIORES Moussa (2010) discutindo a convergência internacional das normas de contabilidade com foco em seus estágios de desenvolvimento, necessidade e análise da situação internacional, concluiu que a convergência é um processo gradual e interativo que exige, dos países ou regiões, esforços incessantes para o processo de implantação e compreensão para enfrentar os problemas e dificuldades. Segundo esse estudo, os sistemas de normas de contabilidade aceitos globalmente trazem alta qualidade, não só para manter e promover a estabilidade econômica global e desenvolvimento de benefícios, mas também para o desenvolvimento saudável da economia de cada país e integração no sistema econômico mundial. 33 Christiaenns, et al. (2010) examinaram a extensão em que os governos europeus adotaram as IPSAS e a contabilidade por competência e como os diferentes níveis de adoção podem ser aplicados. O estudo revelou a diversidade no processo de adoção das IPSAS e da contabilidade por competência, pois alguns governos utilizam contabilidade baseada em caixa. Estudo realizado por Ernst & Young (2010), analisou a forma como a revolução da competência progrediu em 19 jurisdições europeias e, em particular, se as IPSAS têm provado ser um instrumento eficaz para simplificar e racionalizar a adoção. O estudo constatou que as jurisdições onde se continuam a usar o regime de caixa, mas estão caminhando para a transição para contabilidade de competência em normas nacionais, no futuro, as IPSAS não são frequentemente usadas. No entanto, os governos centrais, em particular, aspiram usar as IPSAS no futuro próximo e vê-lo como o padrão-ouro, particularmente em nível de governo central. Apontou ainda o custo das reformas contábeis como o motivo mais comum citado pelos governos para não se adotar a contabilidade por competência. Estudos realizados por Maia, Formigoni e Silva (2012), analisaram quais variáveis influenciam o nível de evidenciação mínimo, relativo aos CPC aplicáveis a partir de 2008 às companhias abertas brasileiras e os resultados sugeriram que o nível de evidenciação mínima é influenciado positivamente pelas variáveis: porte da empresa de auditoria externa, internacionalização da empresa auditada, governança corporativa ao nível de mercado e nível de endividamento. Um estudo realizado por Silva, et al. (2012) demonstrou que a maneira como a avaliação dos ativos imobilizados é conduzida e o método de depreciação utilizado definem o impacto do órgão público. 34 Fragoso, et al. (2012) apresentam em seu estudo quadro percentual de convergência conceitual das NBC T SP às IPSAS, conforme apresentado na Tabela 3. Tabela 3- Percentual de convergência conceitual NBC T SP/IPSAS NBC T SP IPSAS Tópicos conceituais NBC T SP Total de tópicos validos (a) Tópicos contemplados pelas IPSAS Correspondentes (b) Percentual de Convergência (b/a)x100 NBC T 16.1 IPSAS 1 e 8 2 a 10 9 4,29 47,67% NBC T 16.2 IPSAS 7 2 a 13 12 6,5 54,17% NBC T 16.3 IPSAS 24 2a6 5 3,67 73,40% NBC T 16.4 IPSAS 9 2 a 11 10 1 10% NBC T 16.5 IPSAS 17 2 a 25 24 0 0% NBC T 16.6 IPSAS 1,2,18.19 2 a 41 40 27,7 69,25% NBC T 16.7 IPSAS 6,7,27 2a8 7 5 71,43% NBC T 16.8 IPSAS 19 2 a 12 11 1 9,09% NBC T 16.9 IPSAS 17, 26 2 a 16 15 7,63 50,87% NBC T 16.10 IPSAS 8,12,17, 21, 16 2, 4 a 40 38 15,5 40,79% 7, 19, Fonte: Fragoso et al (2012) Sanches e Maes (2013) analisaram as modificações das demonstrações contábeis aplicadas ao Setor Público, em relação a Lei 4.320/64 e a NBC T 16.6 e concluíram que as mudanças trouxeram um maior nível de evidenciação contábil e transparência para a gestão pública. Martins, et al. (2014) analisou os reflexos do processo de convergência na qualidade da informação contábil e constatou que as evidencias demonstraram que a mesma melhorou com a adoção das normas internacionais. Pietro e Martins (2015) realizaram estudos objetivando identificar e analisar o nível de adoção das normas de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, nos Balanços da União do triênio de 2010 a 2012 e observaram que existe um grande 35 esforço por parte dos gestores públicos em adotarem essas normas, no entanto, percebeu-se que sua implantação depara-se com dificuldades de cumprir todas as onze normas. 36 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS Para a consecução dos objetivos estabelecidos no presente estudo foi realizada uma pesquisa exploratória de caráter descritivo, através de análise de conteúdo das demonstrações contábeis divulgadas pelos municípios brasileiros, do Estado de Pernambuco, no final do exercício de 2014, visando atestar o nível de convergência às NBCASP e ao MCASP e a consistência das informações apresentadas nessas demonstrações. Foram analisadas as demonstrações contábeis consolidadas (Balanço Patrimonial – BP; Balanço Financeiro – BF; Balanço Orçamentário – BO; Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC) dos 184 municípios pernambucanos, exigidas pelas NBCASP, em virtude do Tribunal de Contas do Estado disponibilizá-las através de sistema de processo eletrônico. A DFC, apesar da não obrigatoriedade para 2014 (Portaria STN 733/2014), compôs o objeto de análise em virtude de 95% dos municípios já apresentarem essa demonstração em seus balanços, atendendo ao disposto no anexo I – Item 6 da Resolução TC nº18/2014. Já a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido foi excluída por ser obrigatória apenas para os entes que têm estatais dependentes em sua estrutura organizacional, e, sua obrigatoriedade ter sido prorrogada para 2015. (Portaria STN nº 733/2014) Quanto ao período de análise foi escolhido o exercício de 2014, por se tratar do período limite de obrigatoriedade para início de divulgação das DCASP no novo padrão de contabilidade, estabelecidos nas NBCASP e MCASP. O processo de amostragem foi censitário, sendo analisada a totalidade de 184 municípios pernambucanos, uma vez que as demonstrações contábeis foram 37 obtidas na base do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, por meio do sistema de processo eletrônico - e-TCE (Resolução nº 19/2014). Para análise do nível de convergência a partir das demonstrações contábeis foi elaborado um check-list (Anexo II), modelo adaptado de Oliveira (2010), contendo 13 quesitos avaliados por 99 itens verificáveis, baseados nas exigências das NBC T SP 16 em consonância com as respectivas IPSAS que respaldaram estas normas e a adequação destas demonstrações contábeis ao disposto nas partes II, IV e V do MCASP, avaliados através de uma escala estruturada de três pontos (Figura 1), segundo os critérios a seguir: (0) ponto para o não atendimento do item; (1) ponto para atendimento parcial, como por exemplo, a obrigação de apresentação das demonstrações contábeis (NBC T SP 16.6), mas o município deixa de apresentar as notas explicativas; e, (2) pontos para atendimento integral das exigências legais. Figura 3 - Escala Estruturada com avaliação de três pontos Fonte: Elaboração própria A escala utilizada foi adaptada seguindo um modelo de escala likert, tendo como diferença a quantidade de ponto da mesma, pois a escala likert é estruturada em cinco pontos e neste estudo optou-se por uma escala de três pontos, não 38 determinando um ponto neutro, mas sim um ponto intermediário entre o não atendimento e o atendimento integral do item analisado. A opção por uma escala estruturada de três pontos se deu em virtude do aumento do número de pontos na mesma, aumentarem a complexidade da escolha. (DALMORO e VIEIRA, 2014). De acordo com a pontuação máxima por item estabelecida na escala (Figura 1) e a quantidade de itens a serem analisados no check-list, foi estipulado um Nível de Convergência Máximo às NBCASP e ao MCASP de 198 pontos (Tabela 4), buscando-se avaliar através deste estudo o Nível de Convergência Alcançado (NCA) pelos municípios pernambucanos. Tabela 4- Quesitos analisados para apuração do Nível de Aderência dos Municípios às NBCASP e ao MCASP ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Parte V MCASP – NBC T SP 16.6 e 16.7 1 2 3 4 5 6 Demonstrações Contábeis Obrigatórias Balanço Orçamentário Balanço Financeiro Balanço Patrimonial Demonstração das Variações Patrimoniais Demonstração do Fluxo de Caixa Parte II MCASP – NBC T SP 16 7 8 9 10 11 Patrimônio e Sistemas Contábeis – NBC T SP 16.2 Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil – NBC T SP 16.3 Transações no setor público – NBC T SP 16.4 Depreciação, Amortização e Exaustão – NBC T SP 16.9 Mensuração de ativos e passivos – NBC T SP 16.10 Parte IV MCASP – PCASP 12 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP 13 Consistência dos saldos do balanço – Equações SICONFI *NCT = Nível de Convergência Total ** NCA = Nível de Convergência Alcançada Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Itens NCM* NCA** 44 1 13 6 11 6 7 40 5 1 2 9 23 15 5 10 99 88 2 26 12 22 12 14 80 10 2 4 18 46 30 10 20 198 39 Quanto ao método, é classificada como qualitativo-quantitativo. O primeiro foi utilizado na coleta, análise e interpretação dos dados sobre o nível de convergência às normas e ao manual de contabilidade a partir da análise das DCASP, e o segundo, para descrever a amostra com técnicas estatísticas, para compor índices e testar o Nível de Convergência Alcançado - NCA pelos municípios pernambucanos. Ao término da aplicação do check-list a cada município, os escores foram calculados, seguindo a metodologia adaptada de Oliveira (2010), por intermédio da equação (1) que demonstra o somatório dos pontos obtidos pelos municípios em cada quesito analisado. Equação 1 – Pontuação obtida por quesito Onde: S: pontuação obtida por cada município em cada quesito i: número de questões do quesito a serem verificadas n: número máximo de pontos a ser obtidos no quesito q: somatório na pontuação obtida em cada item. Verificada a pontuação obtida por cada município em cada quesito, analisouse o Nível de Convergência Alcançado por cada Município (Tabela 10, apêndice 1) através da equação (2): Equação 2 – Nível de convergência por quesito analisado Onde: NC: Nível de Convergência do quesito analisado 40 S: pontuação obtida por cada município em cada quesito T: pontuação máxima de cada quesito analisado. Com base nos resultados obtidos foram construídos rankings contendo os resultados gerais por parte do MCASP (tabela 17, apêndice 1), por quesitos analisados - Q1 a Q15 (tabela 16, apêndice 1) e por municípios estudados - M1 a M184 (tabela 18, apêndice 1). Dentre as técnicas estatísticas descritivas foi elaborada uma distribuição de frequência na qual se apurou a frequência relativa dos resultados apurados nos municípios por intervalos de classe como forma de agrupar os dados para fornecer a quantidade e/ou a porcentagem de convergência às Normas em cada classe e calculado média, mediana e desvio padrão dos quesitos analisados. Para verificação da influência de fatores externos no nível de convergência alcançado pelos municípios foi inserido no modelo quatro variáveis explicativas: tamanho do município, arrecadação municipal, PIB regional e IDH municipal, testados através de uma regressão simples, utilizando-se o nível de significância de 10% para análise dos resultados. A regressão foi feita considerando com variável dependente o nível de convergência alcançado (NCA), conforme equação 3. NCA = β1+ β2 tamanho + β3 arrecadação + β4 PIB + β5 IDH Equação 3 – Análise de Regressão. Além dos métodos e técnicas já citadas, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, buscando-se entender o processo de inserção do setor público aos novos padrões contábeis, tendo em vista, que a mesma busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado sobre determinado assunto, 41 tema ou problema (CERVO, 2007). E como medida de avaliação dos resultados – análise comparativa – a comparação foi feita entre as exigências das NBCASP e do MCASP em alinhamento com as IPSAS e a utilização dos dados obtidos das demonstrações contábeis, de forma a fornecer respaldo suficiente para percepção dos potenciais entraves e benefícios do tema estudado. Foram excluídas das análises as partes I – Procedimentos Contábeis Orçamentários e III – Procedimentos contábeis específicos do MCASP, por requererem a utilização de outros demonstrativos e documentos não disponibilizados no site do TCE-PE. Também foram excluídas as NBC T SP 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação; 16.5 – Registros Contábeis; 16.8 – Controle Interno e 16.11 – Subsistema de Informação de Custos no Setor Público, por disciplinarem procedimentos que não podem ser identificado diretamente nas demonstrações contábeis, exigindo análise de outros demonstrativos e documentos. A Portaria da STN nº 753/12 que altera o artigo 8º da Portaria 437/12, determinou que as partes IV (Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP) e V (Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP) deveriam ser adotadas por todos os entes da Federação até o término do exercício de 2014. Contudo a Portaria SNT nº 733/2014 em seu artigo 1º determina que a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), conforme regras dispostas na Parte V do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 5ª edição, são de observância facultativa no exercício de 2014. Porém, tendo em vista que apenas 10 dos municípios analisados não apresentaram a DFC, o que representa um percentual de 5,44 do universo analisado, optou-se pela análise do nível de convergência dos 42 quase 95% dos municípios a partir da DFC - quesito 6 – Fluxo de Caixa e seu computo no Nível Total de Convergência Alcançada. Devido à extensão da população analisada e para facilitar o tratamento dos dados, os municípios foram classificados de M1 a M184 (tabela 8, apêndice 1) sendo assim tratados no decorrer deste e do capítulo seguinte. Para avaliação do Nível de Convergência optou-se por construir os próprios indicadores, descartando a ideia de se trabalhar com rankings já existentes. Foram considerados como nível muito baixo de convergência de 0% a 49,9% e o nível muito alto, acima de 80%, tendo como proposta de ranking o apresentado na tabela 9 do apêndice 1. Para cada quesito foi analisada uma quantidade de itens diferentes de acordo com as exigências das NBCASP, a saber: Parte V do MCASP – Demonstrações Contábeis e análises das NBC T SP 16.6 e 16.7 – Quesitos 1 a 6, foram analisados um total de 44 itens verificáveis, avaliados com Nível de Convergência Total – NCT de 88 pontos (tabela 11, apêndice 1); Parte II do MCASP – Procedimentos Contábeis Patrimoniais e análises das NBC T SP 16.2, 16.3, 16.4, 16.9 e 16.10 – Quesitos 7 a 11, foram analisados um total de 40 itens verificáveis, avaliados com NCT de 80 pontos (tabela 11, apêndice 1); e, Parte IV do MCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e análise da consistência dos balanços através de equações dos SINCONF – Quesitos 12 e 13, foram analisados 15 itens verificáveis, avaliados com NCT de 30 pontos totalizando um Nível de Convergência Total de 198 pontos (tabela 11, apêndice 1) 43 O Nível de Convergência Total (NCT) por partes do MCASP é a soma da pontuação estipulada para cada quesito analisado (Equação 1). Já o nível de convergência alcançada (NCA) é a soma da pontuação média obtida por cada quesito analisado (Equação 2) considerando a totalidade dos 184 municípios. (tabela 11, apêndice 1) 44 4 ANÁLISES DOS RESULTADOS 4.1 NÍVEIS DE CONVERGÊNCIA Nesta pesquisa, os níveis de convergência, dos municípios pernambucanos, às Normas Brasileiras de Contabilidade e ao MCASP (2012), foram apurados por meio da análise dos conteúdos das Demonstrações contábeis, utilizando os pesos estabelecidos na escala estruturada (Figura 1): (0) ponto para os itens que não atenderam as exigências das Normas, (1) ponto para os itens que já adotaram os novos padrões contábeis, mas que ainda não conseguiram 100% de adequação, e, (2) pontos para os itens que atendem todas as exigências estabelecidas pelas NBCASP e MCASP. A análise das Demonstrações Contábeis dos 184 municípios pernambucanos resultou nos índices apresentados na tabela 8 do apêndice 1, em relação ao cumprimento dos quesitos extraídos das Partes: II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais; IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP e Parte V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, 5ª Edição e das NBC T SP 16, calculados conforme a Equação 2. Os resultados referentes às Partes do MCASP (2012) serão apresentados por quesitos analisados (tabela 11, apêndice1) apurados da análise dos 99 itens verificáveis (tabela 20, apêndice 2) de modo a evidenciar duas importantes situações: a) Os percentuais dos municípios que atenderam plenamente; atenderam parcialmente; e/ou, não atenderem as exigências das NBCASP e do MCASP, conforme critérios estabelecidos nesta pesquisa (tabela 12, apêndice 1); e, 45 b) O nível médio de convergência alcançado pela totalidade dos municípios em cada quesito analisado (tabela 11, apêndice 1), calculado através da equação 2. 4.1.1 Parte V MCASP – NBC T SP 16.6/16.7 Quesito 1 – Demonstrações Contábeis Obrigatórias (Item 1 da tabela 20 do apêndice 2) Um dos objetivos do MCASP é padronizar os procedimentos referentes às Demonstrações Contábeis, com conceitos e regras, respeitando os dispositivos da Lei nº 4.320/64, da Lei Complementar 101/00 – Lei de responsabilidade Fiscal, do CFC e da NBC T SP 16, de forma a permitir a evidenciação e consolidação das contas públicas no âmbito nacional. (SANCHEZ e MAES, 2013) Neste quesito analisou-se o disposto na NBC T SP 16.6 (alterada pela Resolução CFC nº 1.437/13) a qual disciplina que as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são: Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração das Variações Patrimoniais, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração das Mutações Patrimoniais (exigida apenas para empresas estatais dependentes) e acrescidas das Notas Explicativas. (CFC, 2013) O objetivo do Quesito 1 foi verificar se os municípios pernambucanos apresentaram na Prestação de Contas Anual todas as demonstrações exigidas pela Norma. Pois, com o alinhamento às normas internacionais, foi necessário incorporar novas demonstrações e aperfeiçoamento de outras, estabelecendo o conjunto de demonstrações contábeis capazes de evidenciar os principais aspectos da gestão pública, a transparência de fenômenos que modificam o patrimônio da entidade do 46 setor público, tornando-se fonte confiável de informação, de modo a contribuir efetivamente como o processo decisório, com a compreensão da administração pública em seu conjunto e com o controle social. (FEIJÓ, 2013 p.91) Essas demonstrações contábeis devem resultar dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil da entidade, contendo a identificação da entidade do setor público, da autoridade responsável e do contador e ser divulgadas com a apresentação dos valores correspondentes ao período anterior. (MAUSS, 2012 p.18) Neste quesito foi analisado 01 item (tabela 20, apêndice 2) com pontuação máxima de 02 pontos, cujo resultado demonstrou que apenas 24,4% da totalidade dos municípios analisados apresentaram todas as demonstrações contábeis obrigatórias, sendo que 74,5%% atenderam parcialmente à exigência, por não cumprirem o requisito de apresentação de notas explicativas (tabela 12, apêndice 1), o que resultou em uma média geral de convergência às Normas de 61,7% (tabela 11, apêndice 1), conforme exposto no gráfico 1. Gráfico 1 - Quesito 1 – Demonstrações Contábeis Obrigatórias Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 47 Quesito 2 – Balanço Orçamentário (Itens 8 a 14 da tabela 20 do apêndice 2) De acordo com a NBC T SP 16.6 e a nova estrutura proposta pelo MCASP, o Balanço Orçamentário deve apresentar as receitas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar; as despesas por categoria econômica e grupo de natureza, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação; os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária, as receitas de operações de créditos internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da divida de refinanciamento (STN, 2012; SANCHEZ e MAES, 2013). Devem-se elaborar notas explicativas discriminando as despesas executada por tipos de créditos, montante da movimentação financeira relacionada à execução do orçamento do exercício, bem como os valores referentes à abertura de créditos adicionais e cancelamentos de créditos e ainda demonstração de execução de restos a pagar processados e não processados (STN, 2012). Analisando os 13 itens verificáveis (tabela 20, apêndice 2) relacionados aos Balanços Orçamentários dos municípios pernambucanos, com pontuação máxima de 24 pontos, constatou-se que nenhum dos municípios analisados atenderam plenamente aos requisitos citados. 93,5% atenderam parcialmente, devido a não evidenciação em notas explicativas da utilização de superávit financeiro de exercícios anteriores, detalhamento das despesas por tipos de créditos adicionais, dos critérios utilizados para elaboração da referida demonstração e assinatura dos responsáveis na demonstração, ferindo o disposto no anexo I da Resolução TCE-PE 48 nº 18/2014; e, 6,5% não apresentaram o Balanço Orçamentário nos moldes exigidos pela norma (tabela 12, apêndice 1). Em virtude disso o quesito obteve um nível médio de convergência à NBC T SP 16.6 e ao MCASP de 64,5% (Gráfico 2). Gráfico 2- Quesito 2 – Balanço Orçamentário Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 3 – Balanço Financeiro (Itens 15 a 20 da tabela 20 do apêndice 2) O modelo proposto pelo MCASP (2012) para o Balanço Financeiro, fundamentado na NBC 16.6 (2008), busca evidenciar a movimentação financeira das entidades do setor público no período a que se refere, discriminando a receita orçamentária realizada por destinação de recursos (vinculada e/ou ordinária), os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários, as transferências financeiras, decorrentes ou não, da execução orçamentária e o saldo inicial e final em espécie. Devendo está de acordo com o PCASP e apresentar informações relevantes e comparáveis (STN, 2012). 49 Neste quesito foram avaliados 06 itens (tabela 20, apêndice 2) com pontuação máxima de 12 pontos seguindo a escala estruturada utilizada (figura 01). De acordo com os resultados apresentados na pesquisa (tabela 12, apêndice 1), nenhum dos municípios pernambucanos divulgou seus Balanços Financeiros em consonância com a norma vigente; 92,9% conseguiram se adequar parcialmente, tendo como itens de descumprimento a apresentação das demonstrações devidamente assinadas pelos responsáveis (Res. 18/2014 – TCE/PE), a falta de evidenciação em notas explicativas dos critérios para sua elaboração e a não comparabilidade das informações prestadas. E, 7,1% não apresentaram a demonstração nos padrões contábeis exigidos pela NBC T SP 16.6, perfazendo-se em uma média geral de convergência de 60,5%, conforme demonstrado no gráfico 3. Gráfico 3- Quesito 3 – Balanço Financeiro Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 50 Quesito 4 – Balanço Patrimonial (Itens 21 a 31 da tabela 20 do apêndice 2) Com a padronização da contabilidade, o Balanço Patrimonial foi a demonstração que mais sofreu alterações. A nova estrutura apresenta os grupos de ativo circulante e o não circulante, composto pelos subgrupos: ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível; no passivo: passivo circulante e não circulante; e, no patrimônio líquido: Patrimônio Líquido: Patrimônio Social e Capital Social, adiantamento para futuro aumento de capital, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, resultados acumulados e ações/cotas em tesouraria. Deve trazer quadros informando os ativos e passivos financeiros e permanentes; as compensações (atos potenciais do ativo e passivo que possam, imediata ou indiretamente, vir a afetar o patrimônio) e o demonstrativo do superávit/déficit financeiro apurado no BP do exercício e as respectivas fontes de recursos (STN, 2012). Neste quesito foram analisados 11 itens (tabela 20, apêndice 2) extraídos do MCASP e da NBC T SP 16.6, com pontuação total de 22 pontos. Ao realizar a análise constatou-se que o Balanço patrimonial está entre as demonstrações que apresentaram mais problemas de adequação principalmente no que concerne a estrutura e subgrupos de contas do Patrimônio Líquido, apresentando um nível médio de convergência às Normas de 60,1% (tabela 11, apêndice 1). Dos resultados obtidos por municípios (tabela 12, apêndice 1), tivemos 0,6% de atendimento integral aos itens analisados, 91,8% de atendimento parcial em virtude do não cumprimento de requisitos, tais como, ausência de quadro de superávit e déficit financeiro; não comparabilidade das informações; não apresentação de notas explicativas e falta de assinatura dos responsáveis conforme 51 critérios estabelecidos pela legislação e 7,6% de não atendimento as exigências legais, conforme demonstrado no gráfico 4. Gráfico 4- Quesito 4 – Balanço Patrimonial Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 5 – Demonstração das Variações Patrimoniais (Itens 32 a 37 da tabela 20 do apêndice 2) A Demonstração das Variações Patrimoniais tem por objetivo apurar o resultado patrimonial e evidenciar as transações quantitativas ocorridas no patrimônio – aquelas que decorrem da aplicação do princípio da competência, e, por consequência, impactam o Patrimônio Líquido (aumentando ou diminuindo) da entidade, sendo elaborada a partir de lançamentos realizados nas contas de resultados do subsistema patrimonial, de acordo com as classes 4 e 3 do PCASP. Apresenta ainda, quadro contendo as variações qualitativas decorrente de transações que não afetam o patrimônio líquido (BEZERRA FILHO, 2014 p.254; SANCHEZ E MAES, 2013). 52 Ao se avaliar os 06 itens (tabela 20, apêndice 2) relacionados à DVP, o quesito, em nível geral apresentou como resultado um nível médio de convergência de 61,8% (tabela 11, apêndice 1), e, com relação à adequação individual dos municípios foram obtidos os seguintes resultados (tabela 12, apêndice 1): municípios com atendimento integral às exigências, 1,7%; com atendimento parcial – 91,8%, motivado pela ausência de assinatura dos responsáveis na demonstração, conforme disposto na Resolução TCE – PE nº18/2014, ausência de informações comparáveis e de evidenciação em notas explicativas do seu critério de elaboração; e, com não atendimento, 6,5% por apresentarem a demonstração fora dos padrões estabelecidos pela NBC T SP 16.6, como demonstrado no gráfico 5. Gráfico 5 - Quesito 5 – Demonstração das Variações Patrimoniais Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 6 – Demonstração do Fluxo de Caixa (Itens 38 a 44 da tabela 20 do apêndice) A DFC foi criada a partir da publicação da NBC T SP 16.6 e estruturada no MCASP/STN (Parte V), é obrigatória para todos os órgãos e entidades abrangidos no campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, contudo a 53 Portaria STN nº 733/2014 determinou que a apresentação inicial da mesma fosse de observância obrigatória a partir do exercício de 2015. Apesar da flexibilidade proposta pela Portaria 733/2014, a DFC compôs o objeto de análise desta pesquisa, tendo em vista que o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, através da Resolução TC nº 18/2014, determinou no Anexo I - Item 06 a obrigatoriedade de apresentação da mesma na Prestação de Contas Anual do exercício de 2014. Segundo o MCASP (2012), a Demonstração do Fluxo de Caixa tem o objetivo de contribuir para a transparência da gestão pública, pois permite um melhor gerenciamento e controle financeiro dos órgãos e entidades do setor público. A mesma deve evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos fluxos das operações, dos investimentos e dos financiamentos (STN, 2012). Apesar de ser uma demonstração nova, 8,2% dos municípios apresentaram a mesma fora dos padrões exigidos pela Norma; 91,8% atenderam parcialmente às exigências (tabela 12, apêndice 1) em virtude a ausência do quadro de juros e encargos sociais e de assinatura dos responsáveis na demonstração, ausência de informações comparáveis e de evidenciação em notas explicativas do seu critério de elaboração. Já o nível médio de convergência (tabela 11, apêndice 1) ficou em 60,1% (gráfico 6). 54 Gráfico 6 - Quesito 6 – Demonstração do Fluxo de Caixa . Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Numa análise geral dos níveis de convergência por demonstrações analisadas constatou-se que os municípios pernambucanos se mantêm na média de 60% de adoção dos critérios para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis exigidas pela legislação e que o Balanço Patrimonial foi o que apresentou o menor nível de adequação, conforme demonstra o gráfico 7 a seguir. Gráfico 7 – Nível de Convergência por Demonstração – NBC T SP 16.6 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 55 4.1.2 Parte II MCASP – NBC T SP 16 Quesito 7 – Patrimônio e Sistema Contábil – NBC T SP 16.2 (Itens 45 a 49 da tabela 20 do apêndice 2) O quesito 7 trata da composição do patrimônio público analisando cinco principais pontos: se o patrimônio público compõe-se de ativo, passivo e patrimônio líquido, saldo patrimonial ou situação líquida patrimonial; se considera a segregação em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade (NBC T 16.6); se os itens do Balanço se enquadram na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, atentando para sua essência e realidade econômica; se apresenta o Resultado Patrimonial (déficit ou superávit) correspondente a diferença entre o valor total de VPA menos VPD; e, se o Patrimônio Líquido está evidenciando o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores (STN, 2012). Neste quesito foram analisados 05 itens verificáveis (tabela 20, apêndice 2) e os resultados demonstraram que 62% dos municípios pernambucanos atenderam plenamente às exigências da NBC 16.2; 31,5% conseguiram se adequar parcialmente ao determinado, tendo em vista que no Patrimônio Líquido não está evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores; e, 6,5% não atenderam aos itens do quesito (tabela 12, apêndice 1), o que resultou em uma média geral de convergência pelos municípios de 86% (tabela 11, apêndice 1), conforme apresentado no gráfico 8. 56 Gráfico 8 - Quesito 7 – Patrimônio e Sistema Contábil – NBC T SP 16.2 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 8 – Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil – NBC T SP 16.3 (Item 50 da tabela 20 do apêndice 2) A NBC T SP 16.3 (2008) permite o controle dos fenômenos patrimoniais, desde o planejamento até a execução, evidenciando o grau de cumprimento das ações planejadas. A contabilização de aspectos ligados ao planejamento permanece até hoje em discussão; no entanto, ganhou mais espaço quando se abriu a perspectiva no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP de contabilização do PPA (FEIJÓ, 2013 p.89). Estabelece as bases para controle contábil do planejamento desenvolvido pelas entidades do setor público, expresso em planos governamentais hierarquicamente interligados, comparando suas metas programadas com as realizadas, e evidenciando as diferenças relevantes por meio de notas explicativas (MAUSS, 2012 p.15). 57 Tendo em vista, que a NBC T SP 16.3 (2008) se trata de uma norma com itens de difícil mensuração, optou-se por analisar apenas o item relacionado ao escopo da evidenciação, verificando através das informações evidenciadas em notas explicativas se os municípios analisados atenderam ao estipulado pela norma, tendo o quesito alcançado uma média geral de convergência de 49,5% (tabela 11, apêndice 1). A partir da análise dos resultados (tabela 12, apêndice 1), constatou-se que 7,6% dos municípios analisados atenderam integralmente à NBC 16.3; 83,7% atenderam parcialmente por não apresentarem notas explicativas que evidenciassem as diferenças relevantes com relação ao que foi planejado e o executado; e 8,7% não conseguiram se adequar às novas exigências, conforme gráfico 9. Gráfico 9 - Quesito 8 – Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil – NBC T SP 16.3 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 9 – Transações no Setor Público – NBC T SP 16.4 (Itens 51 a 52 da tabela 20 do apêndice 2) A NBC T SP 16.4 foi instituída com o objetivo de tratar de todos os eventos da área pública passíveis de registros contábeis, pois os conceitos aplicáveis aos 58 registros contábeis da execução orçamentária e financeira pareciam dispersos e confusos, deixando a contabilidade à mercê dos conhecimentos empíricos, espalhados nos diversos entes, poderes e entidades da Administração Pública. Essa norma visa proporcionar uma maior transparência dos atos e fatos relativos à gestão do patrimônio público e determina que os atos e fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades serão objeto de registros contábeis, em estrita observância aos Princípios de Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (FEIJÓ, 2013 p.90; MAUSS, 2012 p.16). No quesito foi analisado através de 02 itens verificáveis (tabela 20, apêndice 2) se as variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido mantêm correlação com as respectivas contas patrimoniais e se as transações que envolvem valores de terceiros são demonstradas de forma segregadas (STN, 2012). Dos 184 municípios analisados 50% obtiveram nota máxima nos itens verificados, ou seja, atenderam plenamente à norma; 41,9% atenderam parcialmente, em virtude das transações que envolvem valores de terceiros não estarem sendo demonstradas de forma segregadas; e, 8,1% não atenderam as exigências, conforme demonstrado na tabela 12 do apêndice 1. Sendo a média da totalidade dos municípios neste quesito de 72,4% de convergência a NBC T SP 16.4 e a Parte II do MCASP (gráfico 10). 59 Gráfico 10 - Quesito 9 – Transações no Setor Público – NBC T SP 16.4 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Quesito 10 – Depreciação – NBC T SP 16.9 (Itens 53 a 61 da tabela 20 do apêndice 2) A NBC T SP 16.9 visa estabelecer os aspectos conceituais para a adoção da prática da depreciação, amortização e exaustão dos bens públicos para assegurar a adequada evidenciação do patrimônio público. Define critérios e procedimentos para esse registro contábil, onde o objetivo da depreciação, amortização e exaustão é reduzir o valor da conta patrimonial ao seu saldo real do momento, a partir dos descontos dos valores depreciados, amortizados e exauridos e traz regras de mensuração e reconhecimento, valor residual, vida útil, métodos de depreciação, amortização e exaustão (FEIJÓ, 2013 p.93; MAUSS, 2012 p. 22 e 24). Neste quesito foram analisados se há evidenciação em notas explicativas, dos critérios de apuração da depreciação, amortização e exaustão e de realização de revisão da vida útil e do valor residual do item do ativo; métodos de depreciação, vida útil, taxas de depreciação; da estimativa de valor justo, perda por 60 irrecuperabilidade e reversão de perdas; se os ganhos e perdas decorrentes da baixa de imobilizado estão reconhecidos no resultado Patrimonial e se há o reconhecimento em conta de resultado contra uma conta retificadora do ativo. (STN, 2012) Feitas as análises, constatou-se que o quesito apresentou uma das menores médias gerais de convergência às normas - 7,1% (gráfico 11). Isso se deu pelo fato de não estarem divulgadas através de notas explicativas as práticas de reconhecimento e mensuração da depreciação, amortização e exaustão, ferindo as exigências da NBC T SP 16.6 e da NBC T SP 16.9. Dos 184 municípios analisados apenas um município (M9) atendeu plenamente ao disposto no quesito, sendo que 51,6% atenderam parcialmente às exigências da NBC 16.9, por não apresentarem os critérios de reconhecimento, mensuração e divulgação da depreciação, amortização e exaustão, bem como, de seu registro contábil, tendo como consequência a não evidenciação das mutações do patrimônio público; e, 48% não conseguiram se adequar a exigência legal (tabela 12, apêndice 1). Gráfico 11 - Quesito 10 – Depreciação – NBC T SP 16.9 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 61 Quesito 11 – Mensuração de Ativos e Passivos – NBC T SP 16.10 (Itens 62 a 84 da tabela 20 do apêndice 2) O quesito 11 tem por objetivo analisar o cumprimento das exigências da NBC T SP 16.10, a qual Institui critérios e procedimentos para a avaliação e mensuração de todos os ativos e passivos integrantes do patrimônio das entidades do setor público, tais como, perda por valor recuperável e reconhecimentos de perdas e ganhos. E determina que os acréscimos ou decréscimos do valor do ativo em decorrência da reavaliação ou redução do valor recuperável (impairment) devem ser registrados em contas de resultados (STN, 2012). O resultado da análise dos 23 itens (tabela 20, apêndice 2) que compõem o quesito, demonstrou que as DCASP divulgadas nos Balanços do exercício de 2014 pelos municípios pernambucanos ainda não são capazes de evidenciar plenamente os critérios de mensuração dos seus ativos e passivos, pois 17,9% dos municípios não atenderam as exigências da Norma e 82,1% atenderam parcialmente, com médias por municípios entre 43,5% e 2,2%, em virtude da ausência de reconhecimento, mensuração e evidenciação dos procedimentos patrimoniais que impactam na composição do patrimônio público e de suas mutações (tabela 12, apêndice 1), o que resultou numa média geral convergência de 7,9% (tabela 11, apêndice 1), conforme demonstrado no gráfico 12. 62 Gráfico 12- Quesito 11 – Mensuração de Ativos e Passivos – NBC T SP 16.10 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 4.1.3 Parte IV MCASP – PCASP Quesito 12 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (Itens 85 a 89 da tabela 20 do apêndice 2) A necessidade de melhor evidenciação dos fenômenos patrimoniais e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público tornou imprescindível a elaboração de um Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP com abrangência nacional (STN, 2012). Este quesito visa verificar se as contas contábeis estão classificadas segundo a natureza das informações que evidenciam: contas com informações de natureza patrimonial (classes 1 a 4), contas com informações de natureza orçamentária (classes 5 e 6) e contas com informações de natureza típicas de controle (classes 7 e 8); se as contas do ativo e passivo estão acompanhadas dos atributos “F” e “P” como indicador para cálculo do superávit financeiro; se os atos da administração com potencial de modificar o patrimônio da entidade estão evidenciados nas contas 63 de compensação do Balanço Patrimonial; e, se os totais lançados a débito e a crédito em contas de mesma natureza de informação estão apresentando valores iguais (STN, 2012). As análises apontaram um nível médio de convergência às normas de 66,4% (tabela 11, apêndice 1), sendo que dos municípios analisados 6% atenderam plenamente as exigências acima citadas; 85,9% atenderam parcialmente e 8,1 não atenderam às exigências (tabela 12, apêndice 1) de acordo com o exposto no gráfico 13. Dos itens analisados nesse quesito (tabela 20, apêndice 2) os que demonstraram menor nível de convergência foram os relacionados à utilização dos atributos “F” e “P”, os quais visam individualizar as contas contábeis classificando-as em Ativo/Passivo Financeiro ou Ativo/Passivo Permanente (STN, 2012) e o relativo ao registro dos atos potenciais que modificam o patrimônio. Gráfico 13- Quesito 12 – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 64 Quesito 13 – Consistência dos Balanços – Equações Contábeis SICONFI (Itens 90 a 99 da tabela 20 do apêndice 2) Para garantir que as informações apresentadas nas Demonstrações contábeis, sejam úteis para seu usuário final, é preciso analisar a consistência dos registros e saldos das contas contábeis. Para isso, o MCASP (2012) propõe a utilização de equações contábeis para fins de conferência e validação das informações geradas. Nessa pesquisa foram utilizadas as seguintes equações contábeis extraídas do MCASP e do SICONFI: Tabela 5 - Equações Contábeis 1 Consistência na conferência de saldos do Balanço Patrimonial – Equação: ∑Ativo = ∑(Passivo + PL) 2 Consistência na conferência de saldos dos Balanços – Equação: ∑das contas filhas = ∑ das contas mães. Consistência na conferência dos saldos do BP com DFC – Equação: Saldo de caixa e equivalente de Caixa (BP) = Caixa e equivalente de caixa (DFC). 3 4 5 Consistência na conferência dos saldos da DVP com BP – Equação: Resultado Patrimonial (DVP) = Resultado do Exercício (BP). Há consistência no valor do superávit financeiro do quadro que acompanha o BP – Equação: Ativo Financeiro – Passivo Financeiro = Ativo (F) – Passivo (F) + Créditos empenhado a liquidar + Empenhos a Liquidar inscritos em RP não Processados + RP não processado a liquidar. 6 Consistência na conferência de saldos das contas de Passivo (“F”) e Execução Orçamentária. Quadro do Superávit Financeiro que acompanha o BP com ∑ (contas do Passivo Financeiro) – Equação: Passivo Financeiro = Crédito Empenhado em Liquidação + Crédito Empenhado Liquidado + RP não Processados em Liquidação + RP Processados a Pagar + contas do Passivo com atributo “F” independentes da execução orçamentária. 7 Consistência entre as contas intraorçamentárias. – Equação: Total do Ativo Intra OFSS = Total Passivo Intra OFSS. Consistência entre as contas patrimoniais. – Equação: Imobilizado ≥ Depreciação Acumulada + Redução ao Valor Recuperável. Consistência na conferência de saldos de natureza orçamentária. – Equação: Dotação Adicional por tipo de Crédito = Dotação Adicional por Fonte. 8 9 10 Existência de saldo em contas contábeis descritas como “outros” ou “outras” está limitada a 10% do total do grupo. Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 65 Com base na análise, feita através das equações contábeis suscitadas, constatou-se que 7,06% dos municípios analisados apresentaram-se totalmente inconsistentes e 92,4% atenderam parcialmente ao critério consistência das informações contábeis divulgadas nos balanços, conforme tabela 12 do apêndice 1, motivados pela inconsistência dos saldos apresentados no Balanço Patrimonial, na Demonstração do Fluxo de Caixa e na Demonstração das Variações Patrimoniais. O que levou os municípios a atingirem um nível médio de convergência de 49,6% (tabela 11, apêndice 1), conforme demonstrado no gráfico 14. Gráfico 14- Quesito 13 – Consistência dos Balanços – Equações Contábeis SICONFI Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 4.1.4 – Análise dos dados estatísticos Para melhor se analisar os resultados obtidos na aplicação do check-list foi construído um rol (tabela 14, apêndice 1) com as médias gerais obtidas pelos 184 municípios, o qual serviu como base para elaboração de uma distribuição de frequência (Tabela 15, apêndice 1) com objetivo de agrupar os dados obtidos por 66 municípios em subconjuntos que representam níveis de convergência as normas similares. A partir das médias obtidas na distribuição de frequência foi construído um histograma (figura 4), o qual demonstra que existem muitas discrepâncias, tanto inferior quanto superior, com relação ao nível de convergência dos municípios pernambucanos às NBCASP e ao MCASP. Percebe-se que distribuindo os índices apurados em intervalos de classe (Tabela 15, apêndice 1) os resultados obtidos nas análises anteriores são confirmados: a grande maioria dos municípios conseguiram convergir em média 46% e ao chegar ao nível de 57% essa quantidade diminuiu. Figura 4– Histograma do Nível de Convergência dos Municípios Pernambucanos Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Percebe-se um distanciamento entre as frequências absolutas obtidas dos intervalos de classe, o que demonstra a dificuldade de alguns municípios em se adequarem as novas exigências. Pode se atentar também para a possibilidade de existência de fatores internos e externos, positivos e negativos que possam estar influenciando no bom desempenho, ou não, dos municípios pernambucanos. 67 Em síntese o histograma demonstra que até o final do exercício de 2014, a grande maioria dos municípios analisados não conseguiram convergir mais que 57%, fato que chama atenção, pois para a maioria dos procedimentos e práticas contábeis o prazo limite para adequação era o exercício findo de 2014. O distanciamento entre a frequência dos municípios que conseguiram atingir maior nível de convergência e o imediatamente anterior representa cerca de cinco pontos percentuais, o que demonstra que existe uma grande necessidade de se criar mecanismos para que os municípios do Estado de Pernambuco venham a atingir o nível ideal de adequação aos novos padrões contábeis. Em outra análise, tomando como base a média e a mediana (gráfico 15) dos 13 quesitos analisados (Tabela 20, apêndice 2) nas demonstrações contábeis percebe-se que com relação à pontuação máxima que se pretendia atingir, o quesito 11 se apresentou como o menos convergente, o que demonstra a dificuldade dos municípios analisados em adotarem os procedimentos contábeis patrimoniais. Outros quesitos que chamam a atenção são os quesitos 10 – Depreciação, devido a falta de critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação, e, 13 – Consistência dos dados dos balanços. Gráfico 15– Análise Estatística por Quesito Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 68 Os resultados obtidos a partir dos itens analisados, principalmente, os referentes à aplicação do regime de competência e à adoção de procedimentos contábeis patrimoniais requerem especial atenção, o que corroboram com a decisão da STN de propor a extensão dos prazos e um gradualismo maior na adoção dos PCP (Portaria STN n° 548/2015). Contudo, os prazos estabelecidos não impedem que cada ente da federação implante determinado procedimento antes da data estabelecida. Por outro lado, recomenda-se a implantação antecipada de maneira a maturar o tratamento contábil patrimonial antes da verificação da consistência da informação pelo SICONFI e antes da atuação dos Tribunais de Contas relativa à realização de auditorias dos procedimentos patrimoniais (STN, 2015). Analisado o desvio padrão de cada quesito percebe-se que há um distanciamento muito grande em quase todos os quesitos com relação à média, o que demonstra o baixo nível de convergência das demonstrações estudadas. O gráfico demonstra que apenas dois quesitos (Q2 e Q8) apresentaram nível de convergência desejável. Figura 5– Desvio Padrão por Quesito analisado Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 69 Para se confirma as hipóteses de que fatores externos podem está influenciando no nível de convergência alcançado pelos municípios, fez-se as regressões simples das variáveis: tamanho do município, com base na população estimada para o exercício de 2014, extraída do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Receitas Arrecadadas 2014, com base nas informações obtidas do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) - 3º quadrimestre; PIB Regional 2012 publicado pelo IBGE em dez/2014; e, IDH Municipal 2010, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), conforme tabela 19 do apêndice 1. Os principais resultados são mostrados na tabela 6 e revelam que das variáveis explicativas analisadas apenas tamanho do município e IDH são significantes para explicar o nível de convergência alcançado pelos municípios pernambucanos, pois suas regressões apresentam níveis de significância de 5% e 10%. Tabela 6 – Análise de Significância das Variáveis Explicativas Estatística de regressão R múltiplo 0,186916887 R-Quadrado 0,034937923 R-quadrado ajustado 0,01337229 Erro padrão 13,34635933 Observações 184 ANOVA gl Regressão Resíduo Total Interseção Tamanho Município Arrecadação Município PIB Regional IDH Município SQ MQ F 4 179 183 1154,304764 31884,43002 33038,73478 288,5762 178,1253 1,620074 Coeficientes 82,34431376 7,06779E-05 -3,35353E-08 9,90397E-07 -65,35449256 Erro padrão 16,20902431 3,69421E-05 2,77819E-08 1,98789E-06 27,70802471 Stat t 5,080152 1,913208 -1,20709 0,498215 -2,35868 valor-P 9,42E-07 0,057317 0,228989 0,618944 0,019418 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora F de significação 0,171128942 70 O resultado aponta (tabela 6) que num nível de significância de 10% a variável, tamanho do município (p-valor 0,057317) exerce influência positiva no nível de convergência alcançado pelos municípios pernambucanos. Já a variável IDH apresenta-se num nível de significância de 5% (p-valor 0,019418), contudo com coeficiente negativo, demonstrando que a mesma influencia negativamente no resultado. 4.1.5 – Rankings de Convergência às NBCASP e ao MCASP O objetivo de se elaborar rankings foi apresentar os pontos que melhor conseguiram se adequar as novas exigências da Contabilidade Aplicada ao Setor Público e também demonstrar em que posição no nível de convergência às NBCASP e ao MCASP encontram-se os municípios em análise. Foram elaborados três rankings demonstrando o nível de convergência por quesitos analisados (Tabela 16, apêndice 1); o nível de convergência por Partes do MCASP (Tabela 17, apêndice 1) e o nível de convergência por Municípios (Tabela 18, apêndice 1), seguindo critérios de pontuação estabelecidos na Tabela 9 do apêndice 1. 71 Gráfico 16– Ranking por Quesito Analisado Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora De acordo com gráfico 16 os Quesitos 11- Mensuração de Ativos e Passivos e 10 – Depreciação, Amortização e Exaustão, foram os que ocuparam as piores posições no ranking, ou seja, as maiores dificuldades de convergência as normas apresentadas pelos municípios estão no reconhecimento, mensuração, evidenciação e aplicação dos procedimentos patrimoniais. O que se justifica pelo fato das normas relativas a registros e demonstrações contábeis, vigentes até hoje, darem enfoque, sobretudo, aos conceitos orçamentários, em detrimento da evidenciação dos aspectos patrimoniais (STN, 2015). O gráfico 17 apresenta o ranking geral do nível de convergência as NBCASP e ao MCASP a partir das demonstrações pernambucanos por Partes do MCASP. contábeis dos 184 municípios 72 Gráfico 17– Ranking por Partes do MCASP Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora De acordo com o gráfico percebe-se que os municípios, em nível de elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, conseguiram se adequar em média 61,7% e que quanto à utilização do PCASP verificar-se que os mesmos ainda apresentam dificuldades para sua adoção. Contudo, percebe-se que a grande dificuldade de adequação está na adoção dos procedimentos contábeis patrimoniais (21,8%), apontando para a necessidade de melhoria no reconhecimento, mensuração e evidenciação de seus ativos e passivos e suas mutações. O gráfico 18 apresenta o ranking geral do nível de convergência as NBCASP e ao MCASP, a partir das demonstrações contábeis, por cada município pernambucano, classificados do 1º ao 55º lugar (tabela 18, apêndice 1) e demonstra que mais de 63% da população analisada ainda está longe de atingir o nível ideal de convergência às Normas, pois esses municípios encontram-se classificados no ranking em um nível muito baixo, ou seja, inferior a 50% (tabela 9, apêndice 1). 73 Gráfico 18– Ranking por Município Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Através da análise dos 184 municípios pernambucanos (tabela 18, apêndice 1) constatou-se que nenhum município conseguiu média superior a 80% de convergência as NBCASP e ao MCASP; apenas 01 município foi classificado com nível alto de convergência as normas (76,3%); 03 foram classificados com nível médio de convergência (entre 60 e 70%); 63 municípios ficaram classificados na média de 50%, considerados com nível baixo; e, 117 municípios apresentaram nível muito baixo de convergência, o que representa 63,6% da população analisada. Dentre as análises feitas é importante verificar qual o nível de convergência alcançado pelos municípios de acordo com cada Norma aplicada. Analisado o Gráfico 19 percebe-se que as Normas menos adotadas foram a NBC T SP 16.9 e 16.10, demonstrando a deficiência dos municípios analisados em evidenciarem a composição do patrimônio público, o que nos leva a pressupor que fatores como a dificuldade em adotar o regime de competência e a cultura contábil focada no sistema orçamentário em detrimento do patrimonial tem exercido grande influência nesse resultado. 74 Gráfico 19 – Escore das Principais Normas analisadas Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora De acordo com a tabela 9 do apêndice 1, no que concerne à classificação dos municípios no ranking de convergência verifica-se que os municípios que mais conseguiram se adequar aos novos padrões da contabilidade pública brasileira foram: M9, M17, M133, M1117 com médias entre 76 e 60%. Já, entre os piores níveis de convergência estão M75, M147, M155, M162, M164, M177, M42, M131, M84 e M161, com médias inferiores a 1%, como demonstra a tabela 18 do apêndice 1. Tabela 7 – Municípios com os Melhores e os Piores Índices no Ranking da Convergência Municípios com Melhores Índices no Ranking da Convergência 1º Lugar M9 Altinho 76,3% 2º Lugar M17 Belém de Maria 65,2% 3º Lugar M133 Riacho das Almas 64,1% 4º Lugar M117 Panelas 60,6% Municípios com Piores Índices no Ranking da Convergência 54º Lugar M75 Iguaracy 0,5% 54º Lugar M147 Santa Terezinha 0,5% 54º Lugar M155 São José do Egito 0,5% 54º Lugar M162 Solidão 0,5% 75 54º Lugar M164 Tabira 0,5% 54º Lugar M177 Tupanatinga 0,5% 54º Lugar M42 Carnaíba 0,5% 54º Lugar M131 Quixabá 0,5% 55º Lugar M84 Itapetim 0,0% 55º Lugar M161 Sirinhaém 0,0% Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 76 5 CONCLUSÕES A presente dissertação procurou investigar o nível de convergência às NBCASP e ao MCASP, a partir das demonstrações contábeis dos 184 municípios pernambucanos publicadas no exercício de 2014. Esta pesquisa foi fundamentada no modelo de Oliveira (2010), o qual foi adaptado para criação do check-list que avaliou a adoção das Partes II, IV e V do MCASP (2012) e das NBCASP. O modelo possibilitou a criação de um ranking com o intuito de traçar um perfil de convergência desses municípios e demonstrar os pontos que necessitam de maior adequação. Os resultados encontrados demonstraram que apesar das exigências de adoção às Normas e dos prazos estabelecidos pela STN, o nível de convergência dos municípios pernambucanos ainda é muito baixo, perfazendo-se em uma média geral de 44,6%. Na análise dos quesitos relativos à Parte II do MCASP (2012) verificou-se um nível médio de convergência de 21,8%, apontando como principais motivos para o baixo nível de convergência às NBCASP e ao MCASP a ausência de evidenciação em notas explicativas e adoção de critérios de reconhecimento e mensuração de ativos e passivos e suas mutações, fato que nos leva a crer que a cultura contábil de se priorizar os aspectos orçamentários ainda é muito vigente em detrimento do patrimonial. No que concerne à Parte IV do MCASP (2012), onde foi analisada a adoção do PCASP, verificou-se um nível médio de convergência de 54,8%, tendo como maior dificuldade de adequação a consistência das informações prestadas nas demonstrações contábeis analisadas, testadas através das equações contábeis 77 propostas pelo SICONF, o que pressupõe a necessidade de maior atenção dos responsáveis pela elaboração destes demonstrativos, pois tais inconsistências refletem negativamente, no nível de adequação aos novos padrões contábeis. A análise da Parte V do MCASP às DCASPs (2012) obteve o melhor resultado na pesquisa, perfazendo-se em um nível médio de convergência de 61%. Os itens que mais impactaram nesse resultado foram à ausência de apresentação de notas explicativas, a comparabilidade das informações apresentadas e a observância dos requisitos para elaboração dessas demonstrações no novo padrão, demonstrando falta de preparo dos profissionais que atuam na área e também adequação dos seus sistemas contábeis. Os resultados indicam que os municípios pernambucanos ainda não conseguem evidenciar nas demonstrações contábeis, os fatos que afetam o patrimônio e suas mutações, ferindo assim o princípio da competência. Isso demonstra que a maioria dos municípios pernambucanos não evidenciam os fatos ligados à execução financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros do exercício analisado, como previsto pela STN (2012). Com base nos resultados encontrados buscou-se identificar se existem fatores externos que vem influenciando o nível de convergência alcançado pelos municípios pernambucanos e para isso foi feita uma regressão simples inserindo no modelo, as variáveis: tamanho do município, arrecadação, PIB regional e IDH. Os resultados da regressão demonstraram que o tamanho do município exerce uma influência positiva no nível de convergência alcançado pelos municípios analisados e 78 o IDH influencia negativamente no NCA. As demais variáveis demonstraram não influenciar no resultado. Os resultados encontrados apresenta um alto grau de contribuição: para o meio acadêmico por se tratar uma das primeiras pesquisas a ser divulgada após a exigência de apresentação das DCASP nos novos padrões contábeis, além de estimular novas pesquisas; para os contadores, por demonstrar os pontos que apresentam maior necessidade de adequação; para os gestores, pois servirão de base para busca de adequação as exigências legais a qual promoverá a eficiência e transparência da gestão e melhor tomada de decisão; para os Tribunais de Contas, por demonstrar a necessidade de maior orientação aos profissionais que atuam na área; para os órgãos reguladores, para criação de novos mecanismos para incentivo a adoção dos novos procedimentos; e, para a população em geral, pelo fato de garantir que medidas serão tomadas de forma a garantir a transparência dos gastos público e combate à corrupção. De maneira geral, os resultados deste estudo, corroboram os achados de Avelino, et al., 2014; Macedo, et al., 2012; Fragoso, et al., 2012; Sanchez; Maes, 2013, pois se observou que os municípios apresentam baixo nível de divulgação das informações, mas não se descarta a possibilidade de que houve um ganho informacional com a adoção das normas; que as NBCASP apresentam uma exposição conceitual voltada para a qualidade da informação; que apesar do baixo nível de adequação, as inovações propostas pelas Normas têm provocando alterações significativas no patrimônio da maioria dos municípios analisados; e, que as mudanças nas demonstrações e a inclusão de novas demonstrações trouxeram maior nível de evidenciação contábil. 79 No decorrer do trabalho foram identificadas algumas limitações, tais como: a incipiência de estudos empíricos para respaldar a pesquisa; foi realizada uma análise de conteúdo baseada apenas nos documentos disponíveis para o público em geral, o que nos impediu de inserir no estudo a análise das NBC T SP 16.1, 16.5, 16.8 e 16.11 e às Partes I e III do MCASP (2012); todos os itens foram avaliados com o mesmo peso, desconsiderando a importância relativa de cada um; e, as demonstrações contábeis, no período da análise, ainda não haviam sido objeto de auditoria pelo Tribunal de Contas do Estado. Diante do exposto, pretende-se que este assunto venha a ser objeto de estudos durante as próximas etapas de adoção gradual das NBCASP e do MCASP e quando esses procedimentos efetivamente forem aplicados, o que enseja mais uma vez, a necessidade eminente de se pensar em estudos que auxiliem nesse processo de adaptação à nova estrutura normativa da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Sugere-se que futuros trabalhos verifiquem: o nível de evidenciação dos procedimentos patrimoniais; O grau de adoção do princípio da competência pelos órgãos públicos; e, mais uma vez, o nível de convergência a partir das demonstrações contábeis, ampliando para um estudo comparativo com os próximos exercícios, associados a indicadores socioeconômicos; e, ainda, que a metodologia desenvolvida neste estudo sejam replicados em outros municípios bem como em órgãos públicos estaduais, distrital e federais, comparando-se os resultados obtidos e fornecendo subsídio para inserção do Brasil nos padrões contábeis internacional. 80 REFERÊNCIAS AVELINO, B. C. Características Explicativas do Nível de Disclosure Voluntário de Municípios do Estado de Minas Gerais: uma Abordagem sob a Ótica da Teoria da Divulgação. Belo Horizonte, 2013. 176 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis). Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013. 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Sanharó M19 Belo Jardim M80 Ipubi M141 M20 Betania M81 Itacuruba M142 Santa Cruz Santa Cruz da Baixa Verde M21 Bezerros M82 Itaiba M143 Santa Cruz do Capibaribe M22 Bodocó M83 Itambé M144 Santa Filomena M23 Bom Conselho M84 Itapetim M145 Santa Maria da Boa Vista M24 Bom Jardim M85 Itapissuma M146 Santa Maria do Cambucá M25 Bonito M86 M147 Santa Terezinha M26 Brejão M87 Itaquitinga Jaboatão dos Guararapes M148 São Benedito do Sul M27 Brejinho M88 Jaqueira M149 São Bento do Una M28 Brejo de Madre de Deus M89 Jataúba M150 São Caetano M29 Buenos Aires M90 Jatobá M151 São João M30 Buique Cabo de Santo M31 Agostinho M91 João Alfredo M152 M92 Joaquim Nabuco M153 São Joaquim do Monte São José da Coroa Grande M32 Cabrobó M93 Jucati M154 São José do Belmonte M33 Cachoeirinha M94 Jupi M155 São José do Egito M34 Caetés M95 Jurema M156 São Lourenço da Mata M35 Calçado M96 Lagoa de Itaenga M157 São Vicente Ferrer 86 M36 Calumbi M97 Lagoa do Carro M158 Serra Talhada M37 Camaragibe M98 Lagoa do Ouro M159 Serrita M38 Camocim de São félix M99 Lagoa dos Gatos M160 Sertânia M39 Camutanga M100 Lagoa Grande M161 Sirinhaém M40 Canhotinho M101 Lajedo M162 Solidão M41 Capoeira M102 Limoeiro M163 Surubim M42 Carnaíba M103 Macaparana M164 Tabira M43 Carnaubeira da Penha M104 Machados M165 Tacaimbó M44 Carpina M105 Manari M166 Tacaratu M45 Caruaru M106 Maraial M167 Tamandaré M46 Casinhas M107 Mirandiba M168 Taquaritinga do Norte M47 Catende M108 Moreilândia M169 Terezinha M48 Cedro M109 Moreno M170 Terra Nova M49 Chá de Alegria M110 Nazaré da Mata M171 Timbaúba M50 Chá Grande M111 Olinda M172 Toritama M51 Condado M112 Orobó M173 Tracunhaém M52 Correntes M113 Orocó M174 Trindade M53 Cortês M114 Ouricuri M175 Triunfo M54 Cumaru M115 Palmares M176 Tupanatinga M55 Cupira M116 Palmeirina M177 Tuparetama M56 Custodia M117 Panelas M178 Venturosa M57 Dormentes M118 Paranatama M179 Verdejante M58 Escada M119 Parnamirim M180 Vertente do Lério M59 Exu M120 Passira M181 Vertentes M60 Feira Nova M121 Paudalho M182 Vicência M61 Ferreiros M122 Paulista M183 Vitoria de Santo Antão M184 Xexéu Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 9 - Proposta de Ranking Muito Alto Alto Médio Baixo Muito Baixo acima de 80% de 70% a 79,9% de 60% a 69,9% de 50% a 59,9% de 0,0% a 49,9% Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 10 - Percentual Convergência as NBCASP e ao MCASP através das Demonstrações Contábeis publicadas pelos municípios pernambucanos em 2014 por quesito analisado. 87 MUNICIPIOS Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11 % % % % % % % % % Q12 Q13 Geral % % % 50,0 45,0 39,4 % % M1 50,0 69,2 50,0 40,9 50,0 28,6 90,0 50,0 50,0 11,1 13,0 M2 100,0 73,1 66,7 59,1 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 11,1 21,7 80,0 90,0 57,1 M3 100,0 73,1 50,0 77,3 50,0 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 13,0 100,0 55,0 50,5 M4 100,0 73,1 66,7 90,9 75,0 64,3 80,0 100,0 75,0 11,1 15,2 80,0 50,0 54,0 M5 100,0 76,9 66,7 86,4 75,0 78,6 100,0 50,0 75,0 0,0 8,7 60,0 50,0 52,0 M6 50,0 73,1 58,3 54,5 58,3 0,0 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 60,0 40,0 39,9 M7 100,0 73,1 66,7 90,9 75,0 64,3 100,0 100,0 75,0 11,1 32,6 60,0 50,0 58,1 M8 100,0 73,1 50,0 45,5 50,0 57,1 100,0 50,0 100,0 11,1 15,2 80,0 60,0 48,0 M9 100,0 92,3 83,3 81,8 83,3 78,6 100,0 100,0 100,0 100,0 45,5 100,0 60,0 76,3 M10 50,0 73,1 66,7 59,1 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 60,0 80,0 50,5 M11 100,0 53,8 75,0 81,8 75,0 78,6 90,0 50,0 50,0 0,0 6,5 60,0 40,0 46,5 M12 50,0 73,1 66,7 59,1 66,7 64,3 90,0 50,0 100,0 11,1 6,5 80,0 70,0 50,0 M13 50,0 65,4 66,7 68,2 58,3 57,1 90,0 50,0 50,0 0,0 0,0 30,0 20,0 37,9 M14 100,0 76,9 66,7 81,8 75,0 57,1 90,0 100,0 50,0 0,0 13,0 80,0 30,0 49,5 M15 50,0 73,1 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 4,3 100,0 40,0 47,0 M16 100,0 76,9 66,7 86,4 75,0 71,4 100,0 100,0 75,0 0,0 4,3 80,0 50,0 52,0 M17 100,0 76,9 83,3 86,4 100,0 78,6 100,0 100,0 100,0 38,9 13,0 100,0 80,0 65,2 M18 50,0 73,1 41,7 63,3 50,0 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 6,5 100,0 40,0 44,9 M19 50,0 76,9 75,0 63,6 75,0 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 2,2 80,0 60,0 49,0 M20 50,0 73,1 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 80,0 80,0 51,0 M21 50,0 76,9 66,7 86,4 66,7 71,4 100,0 50,0 75,0 0,0 2,2 80,0 60,0 51,0 M22 100,0 69,2 66,7 63,6 58,3 64,3 100,0 50,0 100,0 11,1 0,0 60,0 60,0 47,0 M23 100,0 65,4 66,7 77,3 66,7 64,3 100,0 100,0 75,0 16,7 6,5 80,0 45,0 50,0 M24 100,0 76,9 66,7 81,8 66,7 57,1 100,0 50,0 75,0 0,0 8,7 80,0 35,0 49,0 M25 100,0 69,2 66,7 86,4 75,0 64,3 80,0 50,0 75,0 0,0 6,5 80,0 50,0 49,5 M26 50,0 69,2 50,0 59,1 58,3 64,3 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 80,0 60,0 47,0 M27 50,0 3,8 58,3 4,5 8,3 42,9 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 9,6 M28 100,0 76,9 75,0 68,2 91,7 78,6 100,0 100,0 100,0 11,1 8,7 80,0 70,0 56,6 M29 50,0 69,2 66,7 68,2 50,0 50,0 80,0 50,0 50,0 22,2 4,3 60,0 50,0 44,4 M30 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 71,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,0 7,6 M31 50,0 69,2 66,7 81,8 75,0 64,3 80,0 50,0 50,0 11,1 10,9 60,0 50,0 49,0 M32 50,0 84,6 50,0 68,2 50,0 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 80,0 30,0 46,0 M33 50,0 69,2 75,0 59,1 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 11,1 8,7 80,0 70,0 52,5 M34 50,0 57,7 66,7 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 55,0 49,5 M35 50,0 46,2 75,0 81,8 75,0 71,4 80,0 50,0 50,0 5,6 6,5 60,0 30,0 43,4 M36 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 40,0 48,0 M37 50,0 23,1 50,0 45,5 50,0 57,1 90,0 50,0 25,0 0,0 13,0 30,0 40,0 32,8 M38 50,0 80,8 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 5,6 6,5 80,0 60,0 48,5 M39 50,0 69,2 75,0 63,6 75,0 64,3 80,0 50,0 50,0 11,1 2,2 40,0 40,0 44,9 M40 100,0 69,2 66,7 86,4 75,0 78,6 80,0 50,0 50,0 16,7 6,5 60,0 55,0 51,0 M41 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 57,1 100,0 50,0 100,0 16,7 10,9 80,0 50,0 48,5 M42 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M43 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 10,9 80,0 60,0 49,0 M44 100,0 73,1 75,0 59,1 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 22,2 15,2 0,0 80,0 57,1 88 M45 100,0 73,1 66,7 81,8 75,0 68,6 80,0 50,0 50,0 5,6 6,5 80,0 45,0 50,0 M46 50,0 80,8 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 50,0 51,5 M47 50,0 69,2 66,7 81,8 66,7 71,4 80,0 50,0 50,0 0,0 4,3 60,0 50,0 46,5 M48 50,0 50,0 50,0 68,2 50,0 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 40,0 37,4 M49 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 74,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 5,6 M50 50,0 73,1 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 80,0 60,0 50,0 M51 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 17,4 80,0 60,0 50,5 M52 50,0 69,2 75,0 81,8 75,0 78,6 80,0 50,0 75,0 0,0 4,3 60,0 25,0 46,0 M53 50,0 53,8 50,0 54,5 66,7 78,6 100,0 50,0 100,0 11,1 8,7 80,0 90,0 49,5 M54 50,0 76,9 66,7 68,2 50,0 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 40,0 41,9 M55 100,0 76,9 83,3 81,8 91,7 85,7 100,0 100,0 100,0 11,1 10,9 80,0 60,0 58,6 M56 100,0 73,1 66,7 86,4 66,7 57,1 100,0 50,0 50,0 5,6 8,7 80,0 25,0 48,0 M57 50,0 69,2 58,3 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 30,0 46,5 M58 50,0 69,2 66,7 68,2 50,0 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 50,0 41,9 M59 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 10,9 80,0 50,0 47,0 M60 50,0 73,1 75,0 72,7 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 11,1 13,0 80,0 50,0 53,5 M61 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 60,0 51,0 M62 50,0 69,2 66,7 72,7 66,7 71,4 100,0 50,0 50,0 5,6 10,9 80,0 50,0 49,5 M63 100,0 73,1 66,7 77,3 66,7 64,3 80,0 50,0 50,0 11,1 8,7 60,0 40,0 47,5 M64 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 78,6 100,0 50,0 100,0 0,0 4,3 80,0 70,0 50,5 M65 100,0 73,1 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 22,2 10,9 80,0 70,0 54,0 M66 50,0 73,1 75,0 72,7 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 11,1 6,5 80,0 40,0 51,0 M67 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 40,0 42,9 M68 50,0 69,2 66,7 77,3 75,0 71,4 90,0 50,0 50,0 16,7 6,5 80,0 50,0 49,0 M69 50,0 76,9 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 4,3 80,0 45,0 47,0 M70 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 50,0 42,9 M71 50,0 53,8 75,0 63,6 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 70,0 51,5 M72 100,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 10,9 80,0 50,0 48,5 M73 100,0 76,9 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 11,1 10,9 80,0 60,0 51,5 M74 50,0 69,2 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50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 6,5 80,0 60,0 48,0 M129 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 10,9 80,0 50,0 47,0 M130 50,0 53,8 75,0 59,1 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 50,0 50,0 M131 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M132 50,0 76,9 66,7 68,2 50,0 14,3 100,0 50,0 50,0 16,7 13,0 80,0 35,0 44,9 M133 100,0 76,9 83,3 86,4 100,0 85,7 100,0 100,0 100,0 11,1 21,7 100,0 70,0 64,1 M134 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 22,2 15,2 80,0 90,0 56,6 M135 50,0 69,2 66,7 68,2 58,3 57,1 100,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 60,0 44,4 M136 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 64,3 100,0 50,0 50,0 0,0 2,2 80,0 50,0 46,0 90 M137 50,0 69,2 66,7 72,7 66,7 57,1 100,0 50,0 50,0 0,0 0,0 60,0 50,0 44,4 M138 50,0 73,1 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 50,0 51,5 M139 50,0 30,8 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 22,2 13,0 80,0 60,0 47,5 M140 50,0 69,2 50,0 81,8 60,0 57,1 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 80,0 40,0 46,5 M141 50,0 73,1 58,3 59,1 58,3 78,6 100,0 50,0 100,0 0,0 2,2 60,0 50,0 45,5 M142 100,0 50,0 100,0 0,0 2,2 80,0 25,0 40,4 50,0 69,2 50,0 54,5 50,0 57,1 M143 50,0 69,2 66,7 68,2 50,0 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 50,0 40,0 40,4 M144 100,0 69,2 66,7 59,1 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 4,3 80,0 60,0 48,5 M145 50,0 73,1 58,3 72,7 75,0 64,3 100,0 50,0 75,0 0,0 6,5 80,0 60,0 49,5 M146 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 71,4 100,0 50,0 75,0 0,0 6,5 100,0 90,0 53,0 M147 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M148 50,0 69,2 66,7 90,9 75,0 64,3 80,0 50,0 50,0 11,1 13,0 80,0 50,0 51,5 M149 50,0 69,2 66,7 81,8 66,7 71,4 80,0 50,0 50,0 11,1 6,5 80,0 50,0 49,0 M150 100,0 84,6 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 6,5 80,0 50,0 49,5 M151 50,0 69,2 50,0 0,0 50,0 57,1 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 20,7 M152 100,0 69,2 66,7 72,7 66,7 71,4 100,0 50,0 50,0 5,6 6,5 80,0 60,0 50,0 M153 50,0 69,2 66,7 0,0 0,0 71,4 30,0 0,0 25,0 0,0 0,0 20,0 50,0 22,2 M154 50,0 69,2 66,7 68,2 58,3 57,1 40,0 50,0 25,0 0,0 0,0 30,0 50,0 33,3 M155 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 50,0 0,5 M156 50,0 76,9 66,7 68,2 66,7 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 50,0 50,0 43,4 M157 50,0 76,9 66,7 68,2 58,3 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 2,2 60,0 25,0 41,4 M158 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 57,1 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 60,0 49,0 M159 50,0 69,2 50,0 45,5 58,3 64,3 100,0 50,0 100,0 0,0 8,7 40,0 35,0 40,9 M160 100,0 69,2 66,7 90,9 75,0 71,4 80,0 50,0 50,0 5,6 6,5 80,0 35,0 49,0 M161 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 M162 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M163 100,0 69,2 66,7 90,9 66,7 57,1 80,0 50,0 50,0 5,6 6,5 80,0 60,0 50,0 M164 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M165 100,0 69,2 66,7 90,9 75,0 64,3 80,0 50,0 50,0 16,7 8,7 60,0 70,0 52,5 M166 50,0 73,1 16,7 59,1 66,7 78,6 100,0 50,0 100,0 11,1 2,2 80,0 70,0 47,5 M167 50,0 69,2 66,7 68,2 66,7 57,1 80,0 50,0 50,0 0,0 0,0 40,0 50,0 41,9 M168 50,0 69,2 66,7 68,2 58,3 71,4 80,0 50,0 50,0 5,6 4,3 60,0 40,0 43,9 M169 50,0 73,1 75,0 59,1 75,0 78,6 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 80,0 54,5 M170 50,0 73,1 75,0 72,7 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 0,0 4,3 80,0 60,0 50,5 M171 50,0 69,2 66,7 40,9 58,3 0,0 100,0 50,0 50,0 11,1 6,5 40,0 70,0 39,9 M172 50,0 69,2 50,0 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 16,7 10,9 80,0 70,0 50,5 M173 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 11,1 10,9 80,0 80,0 52,0 M174 50,0 69,2 50,0 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 13,0 80,0 50,0 47,5 M175 100,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 16,7 15,2 80,0 50,0 51,0 M176 50,0 50,0 75,0 59,1 75,0 64,3 100,0 50,0 100,0 22,2 13,0 80,0 60,0 50,0 M177 50,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 M178 100,0 69,2 66,7 90,9 75,0 64,3 80,0 50,0 50,0 11,1 10,9 40,0 40,0 48,5 M179 50,0 76,9 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 16,7 13,0 80,0 50,0 51,0 M180 50,0 69,2 66,7 63,6 66,7 57,1 100,0 50,0 100,0 11,1 13,0 80,0 60,0 50,5 M181 100,0 76,9 66,7 90,9 75,0 54,3 80,0 50,0 50,0 5,6 10,9 80,0 50,0 52,0 M182 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 5,6 13,0 80,0 60,0 50,0 91 M183 100,0 69,2 66,7 50,0 66,7 71,4 80,0 50,0 50,0 11,1 8,7 40,0 50,0 44,4 M184 50,0 69,2 66,7 54,5 66,7 71,4 100,0 50,0 100,0 0,0 6,5 80,0 50,0 47,0 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 11 - Resumo do nível de Convergência por quesito analisado. RESUMO DO NÍVEL DE CONVERGÊNCIA Parte V MCASP - NBC T SP 16.6/16.7 Itens NCT NCA % 44 88 54,3 61,7 1 Demonstrações Contábeis Obrigatórias 1 2 1,2 61,7 2 Balanço Orçamentário 13 26 16,8 64,5 3 Balanço Financeiro 6 12 7,3 60,5 4 Balanço Patrimonial 11 22 13,2 60,1 5 Demonstração das Variações patrimoniais 6 12 7,4 61,7 7 40 14 80 8,4 17,4 60,2 21,8 6 Demonstração do Fluxo de Caixa Parte II MCASP - NBC T SP 16 7 Patrimônio e Sistemas Contábeis - NBC T 16.2 5 10 8,6 86,3 8 Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil - NBC T 16.3 Transações no Setor Público - NBC T 16.4 1 2 1,0 49,5 2 4 2,9 72,4 9 10 Depreciação, Amortização e Exaustão - NBC T 16.9 9 18 1,3 7,1 Mensuração de ativos e passivos - NBC T 16.10 Parte IV MCASP - PCASP 23 15 46 30 3,6 16,4 7,9 54,8 12 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP 5 10 6,7 66,8 13 Consistência dos Saldos do Balanço - SICONFI 10 20 9,8 48,8 11 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 12 - Resumo do atendimento por quesito analisado. Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q8 Q9 Q10 Q11 Q12 Q13 Q14 Município com não atendimento % Município com atendimento parcial % Município com atendimento total % 2 12 13 14 12 15 12 16 15 88 33 15 14 1,1% 6,5% 7,1% 7,6% 6,5% 8,2% 6,5% 8,7% 8,1% 47,8% 17,9% 8,1% 7,6% 137 172 171 169 169 169 58 154 77 95 151 158 170 74,5% 93,5% 92,9% 91,8% 91,8% 91,8% 31,5% 83,7% 41,9% 51,6% 82,1% 85,9% 92,4% 45 0 0 1 3 0 114 14 92 1 0 11 0 24,4% 0,0% 0,0% 0,6% 1,7% 0,0% 62,0% 7,6% 50,0% 0,6% 0,0% 6,0% 0,0% Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 92 Tabela 13 - Resumo do Nível de Convergência por partes do MCASP Análise por partes do MCASP Itens NAT NAA 99 % 198 93,71 44,6 Parte V MCASP - NBC T SP 16.6/16.7 44 88 54,3 61,0 Parte II MCASP - NBC T SP 16 40 80 17,4 21,8 Parte IV MCASP – PCASP 15 30 16,4 54,8 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 14 - Dados Brutos organizados em ordem crescente – ROL do Nível de Convergência às Normas 0,0 41,9 45,5 48,5 50,0 52,0 0,0 41,9 45,5 48,5 50,0 52,0 0,5 41,9 46,0 48,5 50,0 52,0 0,5 41,9 46,0 48,5 50,0 52,0 0,5 41,9 46,0 48,5 50,0 52,5 0,5 41,9 46,0 48,5 50,5 52,5 0,5 42,4 46,5 48,5 50,5 52,5 0,5 42,4 46,5 49,0 50,5 52,5 0,5 42,9 46,5 49,0 50,5 53,0 0,5 42,9 46,5 49,0 50,5 53,5 5,6 42,9 46,5 49,0 50,5 53,5 7,6 42,9 46,5 49,0 50,5 53,5 9,6 42,9 46,5 49,0 50,5 54,0 18,7 43,4 47,0 49,0 51,0 54,0 20,7 43,4 47,0 49,0 51,0 54,5 22,2 43,4 47,0 49,0 51,0 54,5 32,8 43,9 47,0 49,0 51,0 55,1 33,3 43,9 47,0 49,5 51,0 56,6 33,3 44,4 47,0 49,5 51,0 56,6 33,8 44,4 47,0 49,5 51,0 56,6 37,4 44,4 47,0 49,5 51,0 57,1 37,9 44,4 47,5 49,5 51,5 57,1 38,4 44,4 47,5 49,5 51,5 58,1 38,9 44,4 47,5 49,5 51,5 58,1 39,4 44,9 47,5 50,0 51,5 58,6 39,4 44,9 48,0 50,0 51,5 60,6 39,9 44,9 48,0 50,0 51,5 64,1 39,9 44,9 48,0 50,0 52,0 65,2 40,4 44,9 48,0 50,0 52,0 76,3 40,4 45,1 48,0 50,0 52,0 40,9 45,5 48,0 50,0 52,0 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora 93 Tabela 15 - Distribuição de Frequência I Intervalos Xi fi fci fri Frci 1 0 |--------- 5,45 2,7 10 10 5,43 5,43 2 5,45 |-------- 10,90 8,2 2 12 1,09 6,52 3 10,90 |-------- 16,35 13,6 1 13 0,54 7,07 4 16,35 |-------- 21,80 19,1 1 14 0,54 7,61 5 21,80 |-------- 27,25 24,5 2 16 1,09 8,70 6 27,25 |-------- 32,70 30,0 0 16 0,00 8,70 7 32,70 |-------- 38,15 35,4 4 20 2,17 10,87 8 38,15 |-------- 43,60 40,9 11 31 5,98 16,85 9 43,60 |------- 49,05 46,3 37 68 20,11 36,96 10 49,05 |-------- 54,50 51,8 83 151 45,11 82,07 11 54,50 -------- 59,95 57,2 26 177 14,13 96,20 12 59,95 |-------- 65,40 62,7 4 181 2,17 98,37 13 65,40 |-------- 70,85 68,1 2 183 1,09 99,46 14 70,85 |-------| 76,30 73,6 1 184 0,54 100,00 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Onde: Xi = Linf + Lsup 2 fri = fi n Tabela 16 - Ranking por Quesito analisado RANKING POR QUESITO ANALISADO % Posição Aderência às Normas Muito Alto 7 Patrimônio e Sistemas Contábeis - NBC T 16.2 Aderência às Normas Alto 86,3 1º Lugar 9 Transações no Setor Público - NBC T 16.4 Aderência às Normas Médio 72,4 2º Lugar 12 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP 66,8 3º Lugar 2 Balanço Orçamentário 64,5 4º Lugar 5 Demonstração das Variações patrimoniais 61,7 5º Lugar 1 Demonstrações Contábeis Obrigatórias 61,7 5º Lugar 3 Balanço Financeiro 60,5 6º Lugar 6 Demonstração do Fluxo de Caixa 60,2 7º Lugar 4 Balanço Patrimonial Aderência às Normas Muito Baixo 60,1 8º Lugar 8 49,5 9º Lugar 13 Planejamento e seus instrumentos sob enfoque contábil - NBC T 16.3 Consistência dos Saldos do Balanço - SICONFI 48,8 10º Lugar 11 Mensuração de ativos e passivos - NBC T 16.10 7,9 11º Lugar 10 Depreciação, Amortização e Exaustão - NBC T 16.9 7,1 12º Lugar Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 17 - Ranking por partes do MCASP e NBCASP analisados 94 RANKING POR PARTES DO MCASP % Posição 61,7 1º Lugar 54,8 2º Lugar 21,8 3º Lugar Aderência às Normas Médio Parte V MCASP - NBC T SP 16.6/16.7(quesitos 1 a 6) Aderência às Normas Baixo Parte IV MCASP - PCASP (quesitos 12 a 13) Aderência às Normas Muito Baixo Parte II MCASP - NBC T SP 16 (quesitos 7 a 11) Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabla 18 - Ranking do Nível de Convergência por municípios analisados – M1 a M184 Nível de Convergência às Normas - Muito Alto Nenhum Município 1º M9 2º 3º 4º M17 M133 M117 5º 6º 6º 7º 7º 8º 8º 8º 9º 10º 10º 11º 11º 12º 12º 12º 13º 14º 14º 14º 14º 15º 15º 15º 15º M55 M7 M87 M2 M44 M88 M28 M134 M86 M169 M98 M4 M65 M93 M115 M60 M146 M83 M33 M101 M165 M109 M114 M16 M5 Nível de Convergência às Normas - Alto 76,3 Nível de Convergência às Normas - Médio Belém de Maria 65,2 Riacho das Almas 64,1 Panelas 60,6 Nível de Convergência às Normas - Baixo Cupira 58,6 16º M148 São Benedito do Sul Alagoinha 58,1 16º M138 Salgueiro Jaboatão dos Guararapes 58,1 16º M46 Casinhas Afogados do Ingazeira 57,1 17º M79 Ipojuca Carpina 57,1 17º M40 Canhotinho Jaqueira 56,6 17º M61 Ferreiros Brejo de Madre de Deus 56,6 17º M21 Bezerros Ribeirão 56,6 17º M66 Garanhuns Itaquitinga 55,1 17º M175 Triunfo Terezinha 54,5 17º M179 Verdejante Lagoa do Ouro 54,5 17º M20 Betânia Agrestina 54,0 18º M82 Itaiba Gameleira 54,0 18º M3 Afrânio Jucati 53,5 18º M180 Vertente do Lério Palmares 53,5 18º M172 Toritama Feira Nova 53,5 18º M170 Terra Nova Santa Maria do Cambucá 53,0 18º M64 Frei Miguelino Itambé 52,5 18º M10 Amaraji Cachoeirinha 52,5 18º M51 Condado Lajedo 52,5 19º M12 Araçoiaba Tacaimbó 52,5 19º M126 Petrolina Moreno 52,0 19º M152 São Joaquim do Monte Ouricuri 52,0 19º M163 Surubim Barreiros 52,0 19º M123 Pedra Água Petra 52,0 19º M130 Quipapá Altinho 51,5 51,5 51,5 51,0 51,0 51,0 51,0 51,0 51,0 51,0 51,0 50,5 50,5 50,5 50,5 50,5 50,5 50,5 50,5 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 95 15º M173 Tracunhaem 52,0 15º M181 Vertentes 52,0 15º M91 João Alfredo 52,0 15º M94 Jupi 52,0 16º M73 Ibirajuba 51,5 16º M71 Iati 51,5 16º M108 Moreilândia 51,5 Nível de Convergência às Normas - Muito Baixo 20º M34 Caetés 49,5 20º M53 Cortês 49,5 20º M145 Santa Maria da Boa Vista 49,5 20º M150 São Caetano 49,5 20º M25 Bonito 49,5 20º M62 Flores 49,5 20º M14 Arcoverde 49,5 21º M158 Serra Talhada 49,0 21º M160 Sertânia 49,0 21º M19 Belo Jardim 49,0 21º M24 Bom Jardim 49,0 21º M99 Lagoa dos Gatos 49,0 21º M104 Machados 49,0 21º M149 São Bento do Una 49,0 21º M43 Carnaubeira da Penha 49,0 21º M68 Goiana 49,0 21º M31 Agostinho 49,0 22º M72 Ibimirim 48,5 22º M41 Capoeira 48,5 22º M124 Pesqueira 48,5 22º M144 Santa Filomena 48,5 22º M178 Venturosa 48,5 22º M38 Camocim de São Feliz 48,5 22º M90 Jatobá 48,5 23º M8 Aliança 48,0 23º M128 Pombos 48,0 23º M36 Calumbi 48,0 23º M80 Ipubi 48,0 23º M89 Jataúna 48,0 23º M56 Custódia 48,0 24º M139 Saloá 47,5 24º M166 Tacaratu 47,5 24º M174 Trindade 47,5 24º M63 Floresta 47,5 25º M22 Bodocó 47,0 25º M129 Primavera 47,0 25º M184 Xexéu 47,0 25º M26 Brejão 47,0 19º 19º 19º 19º 19º 19º M176 M182 M50 M95 M23 M45 Tupinatinga Vicência Chá Grande Jurema Bom Conselho Caruaru 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 30º 30º 30º 31º 31º 31º 31º 31º 31º 32º 32º 33º 33º 33º 34º 34º 34º 34º 34º 35º 35º 36º 36º 36º 36º 36º 36º 37º 38º 38º 39º 39º 40º 40º 41º 42º 43º 44º M111 M18 M120 M116 M127 M135 M137 M183 M29 M81 M168 M156 M125 M35 M105 M70 M118 M67 M112 M103 M107 M54 M167 M58 M85 M97 M157 M159 M142 M143 M6 M171 M1 M96 M74 M121 M13 M48 Olinda Belém do São Francisco Passira Palmeirinha Poção Rio Formoso Salgadinho Vitória do Santo Antão Buenos Aires Itacuruba Taquaritinga do Norte São Lourenço da Mata Petrolândia Calçado Manari Gravatá Paranatama Glória de Goitá Orobó Macaparana Mirandiba Cumaru Tamandaré Escada Itapissuma Lagoa do Carro São Vicente Ferrer Serrita Santa Cruz da Baixa Verde Santa Cruz do Capibaribe Águas Belas Timbaúba Abreu e Lima Lagoa de Itaenga Igarassu Paudalho Araripina Cedro 44,9 44,9 44,9 44,4 44,4 44,4 44,4 44,4 44,4 43,9 43,9 43,4 43,4 43,4 42,9 42,9 42,9 42,9 42,9 42,4 42,4 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 40,9 40,4 40,4 39,9 39,9 39,4 39,4 38,9 38,4 37,9 37,4 96 25º 25º 25º 25º 26º 26º 26º 26º 26º 26º 26º 27º 27º 27º 27º 28º 28º 28º 29º 30º 30º M59 M106 M15 M69 M11 M122 M140 M47 M57 M119 M92 M136 M52 M113 M32 M141 M100 M110 M102 M39 M132 Exu Maraial Barra da Guabiraba Granito Angelim Paulista Sanharó Catende Dormentes Parnamirim Joaquim Nabuco Sairé Correntes Orocó Cabrobó Santa Cruz Lagoa Grande Nazaré da Mata Limoeiro Camutanga Recife 47,0 47,0 47,0 47,0 46,5 46,5 46,5 46,5 46,5 46,5 46,5 46,0 46,0 46,0 46,0 45,5 45,5 45,5 45,1 44,9 44,9 45º 46º 46º 47º 48º 49º 50º 51º 52º 53º 54º 54º 54º 54º 54º 54º 54º 54º 55º 55º M77 M76 M154 M37 M153 M151 M78 M27 M30 M49 M75 M147 M155 M162 M164 M177 M42 M131 M84 M161 Inajá Ilha de Itamaracá São José do Belmonte Camaragibe São josé da Coroa Grande São João Ingazeira Brejinho Buique Chá de Alegria Iguaracy Santa Terezinha São José do Egito Solidão Tabira Tuparetama Carnaíba Quixabá Itapetim Sirinhaém 33,8 33,3 33,3 32,8 22,2 20,7 18,7 9,6 7,6 5,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 Fonte: Dados da Pesquisa elaborada pela autora Tabela 19 – Variáveis Explicativas Municípios M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M8 M9 M10 M11 M12 M13 M14 M15 M16 M17 M18 M19 Abreu e Lima Afogados do Ingazeira Afrânio Agrestina Água Petra Águas Belas Alagoinha Aliança Altinho Amaraji Angelim Araçoiaba Araripina Arcoverde Barra da Guabiraba Barreiros Belém de Maria Belém do São Francisco Belo Jardim Nível de Convergência 2014 Tamanho do Município 2014 Arrecadação 2014 PIB 2012 IDH 2010 39,40 57,10 98201 36547 R$ R$ 125.774.938,29 64.945.322,93 1025853 257336 0,68 0,66 50,50 54,00 52,00 39,90 58,10 48,00 76,30 50,50 46,50 50,00 37,90 49,50 47,00 18831 24052 35344 42291 14250 38248 22865 22600 10795 19579 82298 72672 13808 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 42.833.144,80 46.790.454,51 51.983.606,75 66.991.455,26 30.215.803,15 63.199.056,16 34.663.431,44 41.243.406,00 24.519.235,54 32.459.546,04 115.414.431,60 120.785.362,21 28.336.497,48 100779 148342 176301 219294 77394 200054 115397 127522 57279 81130 495119 580253 67088 0,59 0,59 0,55 0,53 0,60 0,60 0,60 0,58 0,57 0,59 0,60 0,67 0,58 52,00 65,20 44,90 42105 11833 20678 R$ R$ R$ 66.819.442,78 22.596.341,17 38.705.996,28 259908 54617 132064 0,59 0,58 0,64 49,00 75186 R$ 134.154.353,86 974696 0,63 97 M20 M21 M22 M23 M24 M25 M26 M27 M28 M29 M30 M31 M32 M33 M34 M35 M36 M37 M38 M39 M40 M41 M42 M43 M44 M45 M46 M47 M48 M49 M50 M51 M52 M53 M54 M55 M56 M57 M58 M59 M60 M61 M62 M63 M64 M65 M66 M67 M68 M69 M70 Betânia Bezerros Bodocó Bom Conselho Bom Jardim Bonito Brejão Brejinho Brejo de Madre de Deus Buenos Aires Buíque Cabo de Santo Agostinho Cabrobó Cachoeirinha Caetés Calçado Calumbi Camaragibe Camocim de São Feliz Camutanga Canhotinho Capoeira Carnaíba Carnaubeira da Penha Carpina Caruaru Casinhas Catende Cedro Chá de Alegria Chá Grande Condado Correntes Cortês Cumaru Cupira Custódia Dormentes Escada Exu Feira Nova Ferreiros Flores Floresta Frei Miguelino Gameleira Garanhuns Glória de Goitá Goiana Granito Gravatá 51,00 51,00 47,00 50,00 49,00 49,50 47,00 9,60 56,60 12487 60301 37054 47520 38871 38122 8997 7464 48541 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 25.903.418,31 91.725.107,57 57.987.752,06 80.066.042,51 55.294.219,21 66.774.364,83 20.758.895,97 19.179.409,47 66.214.470,43 55188 436990 180672 322775 205548 239712 65654 38660 239457 0,56 0,61 0,57 0,56 0,60 0,56 0,55 0,57 0,56 44,40 7,60 49,00 12974 55905 198383 R$ R$ R$ 22.634.664,20 71.000.214,03 547.581.408,33 65362 347548 6006252 0,59 0,53 0,69 46,00 52,50 49,50 43,40 48,00 32,80 48,50 32927 19814 27959 11179 5749 152840 18138 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 66.451.186,29 32.375.878,69 46.982.153,51 27.019.601,66 14.153.520,65 217.102.938,03 31.311.898,02 255987 114040 142747 64983 32113 931590 102103 0,62 0,58 0,52 0,57 0,57 0,69 0,59 44,90 51,00 48,50 0,50 49,00 8428 24877 20000 19253 12496 R$ R$ R$ R$ R$ 24.512.167,31 43.770.089,24 48.450.470,18 38.725.606,63 23.246.887,65 189935 127865 113394 94134 54473 0,61 0,54 0,55 0,58 0,57 57,10 50,00 51,50 46,50 37,40 5,60 50,00 50,50 46,00 49,50 41,90 58,60 48,00 46,50 41,90 47,00 53,50 51,00 49,50 47,50 50,50 54,00 51,00 42,90 49,00 47,00 42,90 80194 342328 14189 40857 11421 13105 21142 25632 17901 12624 13960 23769 35884 18126 66907 32001 21579 11904 22599 31454 15036 29829 136057 30111 78287 7251 81182 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 104.390.613,16 520.467.990,99 30.433.303,79 55.048.471,42 27.072.469,75 24.369.918,32 43.843.841,46 41.584.514,42 36.429.638,23 37.646.357,23 28.413.728,26 37.183.178,00 58.484.073,15 39.358.580,24 87.431.098,24 56.137.179,70 35.334.463,80 23.867.710,37 39.139.548,23 65.528.832,83 24.982.569,52 37.314.390,10 226.077.461,94 39.365.825,69 158.396.715,05 20.436.116,46 122.277.085,90 760686 3872947 68741 193782 59148 63865 126392 136117 94485 100438 102560 142846 252502 135140 528750 170553 113290 71345 103305 339134 72405 131490 1389009 148327 872238 39301 625893 0,68 0,68 0,57 0,61 0,62 0,60 0,60 0,60 0,54 0,57 0,57 0,59 0,60 0,59 0,63 0,58 0,60 0,62 0,56 0,63 0,58 0,60 0,66 0,60 0,65 0,60 0,63 98 M71 M72 M73 M74 M75 M76 M77 M78 M79 M80 M81 M82 M83 M84 M85 M86 M87 M88 M89 M90 M91 M92 M93 M94 M95 M96 M97 M98 M99 M100 M101 M102 M103 M104 M105 M106 M107 M108 M109 M110 M111 M112 M113 M114 M115 M116 M117 M118 M119 M120 M121 M122 M123 Iati Ibimirim Ibirajuba Igarassu Iguaracy Ilha de Itamaracá Inajá Ingazeira Ipojuca Ipubi Itacuruba Itaiba Itambé Itapetim Itapissuma Itaquitinga Jaboatão dos Guararapes Jaqueira Jataúna Jatobá João Alfredo Joaquim Nabuco Jucati Jupi Jurema Lagoa de Itaenga Lagoa do Carro Lagoa do Ouro Lagoa dos Gatos Lagoa Grande Lajedo Limoeiro Macaparana Machados Manari Maraial Mirandiba Moreilândia Moreno Nazaré da Mata Olinda Orobó Orocó Ouricuri Palmares Palmeirinha Panelas Paranatama Parnamirim Passira Paudalho Paulista Pedra 51,50 48,50 51,50 38,90 0,50 33,30 33,80 18,70 51,00 48,00 43,90 50,50 52,50 0,00 41,90 55,10 58,10 18962 28403 7719 110917 12117 24413 21475 4563 89660 29338 4700 26462 36256 13855 25514 16696 680943 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 39.196.558,68 45.669.008,13 16.853.936,81 164.887.204,70 22.249.357,49 45.845.159,80 33.952.885,39 15.309.263,10 545.600.385,37 53.094.628,22 25.907.497,48 51.545.423,60 56.030.674,30 30.600.718,83 57.390.177,31 41.599.095,91 974.943.672,71 94005 156770 43310 1470899 57925 144613 131372 27090 11595851 172343 35997 169402 229691 66333 739543 125024 9480125 0,53 0,55 0,58 0,67 0,60 0,65 0,52 0,61 0,62 0,55 0,60 0,51 0,58 0,59 0,63 0,59 0,72 56,60 48,00 48,50 52,00 46,50 53,50 52,00 50,00 39,40 41,90 54,50 49,00 45,50 52,50 45,10 42,40 49,00 42,90 47,00 42,40 51,50 52,00 45,50 44,90 42,90 46,00 52,00 53,50 44,40 60,60 42,90 46,50 44,90 38,40 46,50 50,00 11680 16770 14526 32651 16038 11133 14427 15112 21244 17247 12777 16131 24475 38898 56336 24904 15046 19910 11858 15008 11245 60435 31951 388821 23608 14261 67098 62020 8078 26490 11449 21093 29031 54547 319769 21609 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 27.549.188,43 31.600.566,36 26.229.096,19 52.485.953,12 33.354.401,93 24.918.828,04 33.648.144,66 29.183.417,56 38.534.049,14 30.303.365,85 30.057.320,74 27.914.388,79 48.910.392,33 70.809.119,76 85.755.227,26 41.703.394,44 28.380.654,16 37.098.448,17 23.798.940,90 24.508.347,00 19.910.507,84 90.064.710,47 42.375.729,27 541.765.780,76 40.418.310,44 25.971.563,19 93.100.792,48 113.671.267,09 21.288.637,89 54.542.404,67 29.098.182,02 38.832.032,86 45.262.001,37 76.446.257,16 394.718.150,69 35.242.280,91 57764 89331 80060 174901 141303 67222 85314 74527 213423 84951 66307 77763 244028 247853 403267 149770 84432 82115 59586 81200 57545 386321 288055 3687724 123574 106872 369987 533529 46040 127826 68835 131817 140821 340912 2805476 143520 0,58 0,53 0,65 0,58 0,55 0,55 0,58 0,51 0,60 0,61 0,53 0,55 0,60 0,61 0,66 0,61 0,58 0,49 0,53 0,59 0,60 0,65 0,66 0,74 0,61 0,61 0,57 0,62 0,55 0,57 0,54 0,60 0,59 0,64 0,73 0,57 99 M124 M125 M126 M127 M128 M129 M130 M131 M132 M133 M134 M135 M136 M137 M138 M139 M140 M141 M142 M143 M144 M145 M146 M147 M148 M149 M150 M151 M152 M153 M154 M155 M156 M157 M158 M159 M160 M161 M162 M163 M164 M165 M166 M167 Pesqueira Petrolândia Petrolina Poção Pombos Primavera Quipapá Quixabá Recife Riacho das Almas Ribeirão Rio Formoso Sairé Salgadinho Salgueiro Saloá Sanharó Santa Cruz Santa Cruz da Baixa Verde Santa Cruz do Capibaribe Santa Filomena Santa Maria da Boa Vista Santa Maria do Cambucá Santa Terezinha São Benedito do Sul São Bento do Una São Caetano São João São Joaquim do Monte São josé da Coroa Grande São José do Belmonte São José do Egito São Lourenço da Mata São Vicente Ferrer Serra Talhada Serrita Sertânia Sirinhaém Solidão Surubim Tabira Tacaimbó Tacaratu Tamandaré 48,50 43,40 50,00 44,40 48,00 47,00 50,00 0,50 44,90 64,10 65770 34939 326017 11263 26779 14358 25381 6835 1608488 20064 R$ 97.520.835,25 R$ 81.658.343,18 R$ 508.183.075,11 R$ 21.332.914,28 R$ 37.060.214,02 R$ 24.914.015,35 R$ 44.674.983,44 R$ 20.299.528,99 R$ 4.118.623.564,97 R$ 38.286.540,90 439566 816787 3786065 59353 181664 118423 127096 35311 36821898 121940 0,61 0,62 0,70 0,53 0,60 0,58 0,55 0,58 0,77 0,57 56,60 44,40 46,00 44,40 51,50 47,50 46,50 45,50 40,40 46433 23078 10633 10252 59409 15722 24556 14675 12308 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 70.958.436,70 45.126.311,09 23.829.998,15 17.291.757,84 103.382.309,88 34.504.697,80 36.629.211,91 31.032.961,33 21.736.659,60 281938 204771 82865 41204 626379 85886 126444 69404 53213 0,60 0,61 0,59 0,53 0,67 0,56 0,60 0,55 0,61 40,40 99232 R$ 136.185.558,13 766084 0,65 48,50 49,50 14076 41103 R$ R$ 28.665.302,66 64.452.995,21 61472 304324 0,53 0,59 53,00 13728 R$ 24.809.482,35 71135 0,55 0,50 51,50 11571 15105 R$ R$ 22.089.518,52 28.150.654,46 53873 70839 0,59 0,53 49,00 57046 R$ 78.680.598,25 384994 0,59 49,50 20,70 50,00 36626 22284 21126 R$ R$ R$ 50.804.412,79 7.429.802,34 40.022.342,11 198997 126364 110805 0,59 0,57 0,54 22,20 20005 R$ 34.102.830,92 120117 0,61 33,30 33610 R$ 55.485.506,24 173391 0,61 0,50 33188 R$ 56.893.119,92 199740 0,64 43,40 109298 R$ 130.280.882,42 711930 0,65 41,90 17688 R$ 34.681.615,66 117474 0,55 49,00 40,90 49,00 0,00 0,50 50,00 0,50 52,50 47,50 41,90 83712 18985 35207 43620 5934 62530 27778 12912 24236 22323 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 136.206.352,70 35.587.612,84 57.503.843,99 65.617.771,10 17.384.151,90 82.041.815,45 39.704.112,59 22.736.902,79 39.768.702,25 47.660.043,34 921058 96662 216363 354001 30223 435891 149597 65672 107524 193268 0,66 0,60 0,61 0,60 0,59 0,64 0,61 0,55 0,57 0,59 100 M168 M169 M170 M171 M172 M173 M174 M175 M177 M176 M178 M179 M180 M181 M182 M183 M184 Taquaritinga do Norte Terezinha Terra Nova Timbaúba Toritama Tracunhaem Trindade Triunfo Tuparetama Tupanatinga Venturosa Verdejante Vertente do Lério Vertentes Vicência Vitória do Santo Antão Xexéu 43,90 27188 R$ 40.201.104,22 156369 0,64 54,50 50,50 39,90 50,50 52,00 47,50 51,00 0,50 50,00 48,50 51,00 50,50 52,00 50,00 44,40 7025 10052 53844 41035 13547 29182 15264 26172 8139 17666 9430 7802 19720 32014 134871 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 16.538.224,15 17.527.405,46 91.984.137,10 59.949.980,72 21.325.067,37 53.372.694,11 30.950.948,36 46.773.829,19 20.161.907,95 35.366.485,54 22.622.094,86 19.154.173,10 32.848.271,19 55.621.264,16 216.928.401,17 35720 55684 495254 387474 74319 191665 83384 51332 124862 109213 48985 52136 106729 221756 1950780 0,55 0,60 0,62 0,62 0,61 0,60 0,67 0,63 0,52 0,59 0,61 0,56 0,58 0,61 0,64 47,00 14549 R$ 33.329.767,28 72011 0,55 Fonte:Dados da Pesquisa elaborada pela autora APÊNDICE 2 – CHECK-LIST PARA APLICAÇÃO DA BASE DE DADOS Tabela 20 – Check-list para análise das demonstrações contábeis CHECK-LIST PARA ANALÍSE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Estrutura e Apresentação das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Parte V do MCASP e NBC T 16.6 e 16.7- alterada para Resolução CFC nº 1437/13 Quesito 1 - Demonstrações obrigatórias, disciplinadas pelas pela parte V do MCASP e incluindo as exigidas pela Lei nº 4.320/64: 1 0 1 2 0 1 2 Apresenta: Balanço Patrimonial; Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração dos Fluxos de Caixa; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. (Obrigatória para as empresas estatais dependentes) e Notas Explicativas. Quesito 2 - Balanço Orçamentário 2 Composto por um quadro principal; um quadro da execução dos Restos a Pagar não Processados e um quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados e processados não liquidados. 3 Evidencia receitas e despesas orçamentárias por categoria econômica, confronta orçamento inicial e suas alterações com a execução, demonstra o resultado orçamentário e discrimina as receitas por fonte (espécie) e despesas por grupos de natureza. 4 Apresenta as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. 5 Demonstra as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. 101 6 Demonstra em caso de desequilíbrio financeiro o déficit ou superávit decorrentes da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais ou pela reabertura de créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgados nos últimos quatro meses do ano anterior. 7 Utiliza-se as classes 5, grupo 2 (orçamento aprovado; previsão da receita e fixação da despesa) e classe 6, grupo 2 (execução do orçamento; realização da receita e execução da despesa) do PCASP. 8 Quando for o caso, apresenta em notas explicativas detalhamento despesas executadas por tipos de créditos (inicial, suplementar, especial e extraordinário); montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas); e, valores referentes à abertura de créditos adicionais e cancelamento de créditos de forma a evidenciar a diferença entre a dotação inicial e a atualizada. 9 Inclui no quadro principal da receita orçamentária, na linha: receitas correntes, receitas de capital, recursos arrecadados em exercícios anteriores, operações de créditos/refinanciamento, déficit e saldos de exercícios anteriores (utilizados para créditos adicionais) 10 Inclui no quadro principal da despesa orçamentária, na linha: despesas correntes, despesas de capital, reserva de contingência, reservas de RPPS, amortização da dívida/Refinanciamento e superávit. 11 Inclui no quadro de execução dos Restos a Pagar não Processados: inscritos em exercícios anteriores, inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior, liquidados, pagos e cancelados. 12 Inclui no quadro de execução dos Restos a Pagar Processados e não Processados Liquidados: inscritos em exercícios anteriores, inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior, pagos e cancelados. 13 A Demonstração está devidamente assinada pelos responsáveis. 14 Há evidências em Notas Explicativas acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis; das políticas contábeis, tais como: os princípios, as bases, convenções, regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade pública na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis; das principais estimativas referentes aos períodos futuros e as fontes de erros de estimativas, na data a que se referem às demonstrações, que têm risco significativo de causar ajuste material dos valores contábeis de ativos e passivos no próximo exercício financeiro; além de outras informações, tais como: domicilio e classificação jurídica da entidade; natureza das operações e principais atividades da entidade; e, legislação relevante que rege suas operações. Quesito 3 - Balanço Financeiro 15 Evidencia a receita e a despesa orçamentária, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que transferem para o início do exercício seguinte. 16 Demonstra a receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte/destinação de recurso discriminando as ordinárias e as vinculadas; os recebimentos e pagamentos extraorçamentários; as transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária; e o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte. 0 1 2 102 17 Utiliza-se as seguintes classes do plano de contas: Classe 1(ativo) e 2 (passivo) para os recebimentos e pagamentos extraorçamentários bem como para os saldos em espécie para os exercícios anterior e o saldo em espécie a transferir para o exercício seguinte; classe 3 (VPD) para transferências financeiras concedidas e 4 (VPA) para as transferências financeiras recebidas; classe 5 (orçamento aprovado) para inscrição de restos a pagar; e, classe 6 (execução do Orçamento) para a receita orçamentária, despesa orçamentária e pagamento de restos a pagar. 18 A Demonstração está devidamente assinada pelos responsáveis. 19 Apresenta informações comparáveis com o exercício anterior. 20 Há evidências em Notas Explicativas acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis; das políticas contábeis, tais como: os princípios, as bases, convenções, regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade pública na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis; das principais estimativas referentes aos períodos futuros e as fontes de erros de estimativas, na data a que se referem às demonstrações, que têm risco significativo de causar ajuste material dos valores contábeis de ativos e passivos no próximo exercício financeiro; além de outras informações, tais como: domicilio e classificação jurídica da entidade; natureza das operações e principais atividades da entidade; e, legislação relevante que rege suas operações. Quesito 4 - Balanço Patrimonial 21 Composto por: quadro principal; quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; quadro das Contas de Compensação (controle); e, quadro do Superávit/Déficit Financeiro. 22 Inclui no quadro principal na coluna do ativo: Ativo Circulante (caixa e equivalente de caixa, créditos de curto prazo, investimentos e aplicações temporárias a curto prazo, estoques, variações diminutivas pagas antecipadas) e Ativo não Circulante (Realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado, intangível e diferido) 23 Inclui no quadro principal na coluna do Passivo: Passivo Circulante (obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais a pagar de curto prazo, empréstimos e financiamentos a curto prazo, fornecedores e contas a pagar a curto prazo, obrigações fiscais a curto prazo, obrigações de repartições a outras fontes, provisões a curto prazo, demais obrigações a curto prazo) e Passivo não Circulante (obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais a pagar de longo prazo, empréstimos e financiamentos a longo prazo, fornecedores e contas a pagar a longo prazo, obrigações fiscais a longo prazo, provisões a longo prazo, demais obrigações a longo prazo e resultado diferido) 24 Inclui no quadro principal na coluna do Patrimônio Líquido: Patrimônio Social e Capital Social, adiantamento para futuro aumento de capital, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, resultados acumulados e ações/cotas em tesouraria. 25 Inclui no quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes: ativo financeiro, ativo permanente, passivo financeiro e passivo permanente. Inclui no quadro das contas de compensação: atos potenciais ativos e atos potenciais passivos. Inclui no quadro de Superávit/Déficit Financeiro: Superávit Financeiro, Déficit Financeiro e Fonte de Recursos. Utiliza-se as classes 1(ativo) e 2 (passivo e patrimônio líquido) do PCASP, além da classe 8 (controles credores) para o quadro referente às compensações. 26 27 28 29 A Demonstração está devidamente assinada pelos responsáveis. 0 1 2 103 30 Apresenta informações comparáveis com o exercício anterior. 31 Há evidências em Notas Explicativas acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis; das políticas contábeis, tais como: os princípios, as bases, convenções, regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade pública na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis; das principais estimativas referentes aos períodos futuros e as fontes de erros de estimativas, na data a que se referem às demonstrações, que têm risco significativo de causar ajuste material dos valores contábeis de ativos e passivos no próximo exercício financeiro; além de outras informações, tais como: domicilio e classificação jurídica da entidade; natureza das operações e principais atividades da entidade; e, legislação relevante que rege suas operações. Quesito 5 - Demonstração das Variações Patrimoniais 32 Apresenta as variações patrimoniais quantitativas (Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA e Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD) e variações patrimoniais qualitativas (facultativa). 33 Apresenta o resultado patrimonial do período. 34 Utiliza-se as classes 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas) e classe 4 (Varações Patrimoniais Aumentativas) do PCASP e classe 6 para variações qualitativas (facultativo). 35 A Demonstração está devidamente assinada pelos responsáveis. 36 Apresenta informações comparáveis com o exercício anterior. 37 Há evidências em Notas Explicativas acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis; das políticas contábeis, tais como: os princípios, as bases, convenções, regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade pública na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis; das principais estimativas referentes aos períodos futuros e as fontes de erros de estimativas, na data a que se referem às demonstrações, que têm risco significativo de causar ajuste material dos valores contábeis de ativos e passivos no próximo exercício financeiro; além de outras informações, tais como: domicilio e classificação jurídica da entidade; natureza das operações e principais atividades da entidade; e, legislação relevante que rege suas operações. Quesito 6 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (facultativo) 38 Identifica as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis e o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis. 39 Composta por quadro principal; quadro de receitas derivadas e originárias; quadro de transferências recebidas e concedidas; quadro de desembolsos de pessoal e demais despesas por função; e quadro de juros e encargos sociais. 40 Inclui no quadro principal: Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (ingressos e desembolsos); Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (ingressos e desembolsos); e Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento (ingressos e desembolsos) 41 A Demonstração está devidamente assinada pelos responsáveis. 42 No caso de não apresentação da demonstração apresenta declaração justificando o caráter facultativo da apresentação. Apresenta informações comparáveis com o exercício anterior. 43 0 1 2 0 1 2 104 44 Há evidências em Notas Explicativas acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis; das políticas contábeis, tais como: os princípios, as bases, convenções, regras e procedimentos específicos aplicados pela entidade pública na elaboração e na apresentação das demonstrações contábeis; das principais estimativas referentes aos períodos futuros e as fontes de erros de estimativas, na data a que se referem às demonstrações, que têm risco significativo de causar ajuste material dos valores contábeis de ativos e passivos no próximo exercício financeiro; além de outras informações, tais como: domicilio e classificação jurídica da entidade; natureza das operações e principais atividades da entidade; e, legislação relevante que rege suas operações. Procedimentos Contábeis Patrimoniais - Parte II do MCASP e NBC T 16 Parte II do MCASP e NBC T 16.2- Patrimônio e Sistemas Contábeis Quesito 07 - Composição do Patrimônio Público 45 46 0 1 2 O Patrimônio Público está estruturado em três grupos: Ativo; Passivo; e, Patrimônio Líquido, Saldo Patrimonial ou Situação Líquida Patrimonial. A classificação do ativo e passivo considera a segregação em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade (NBC T 16.6). 47 Os itens do Balanço se enquadram na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, atentando para sua essência e realidade econômica. 48 Apresenta o Resultado Patrimonial (déficit ou superávit) correspondente a diferença entre o valor total de VPA menos VPD. 49 No Patrimônio Líquido está evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores. Parte II do MCASP e NBC T 16.3 - Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil Quesito 08 - Escopo de evidenciação 50 0 1 2 0 1 2 0 1 2 Demonstra a integração dos planos hierarquizados interligados, comparando suas metas programadas com as realizadas, e evidenciando as diferenças relevantes por meio de notas explicativas. Parte II do MCASP e NBC T 16.4 – Transações no Setor Público Quesito 09 - Variações Patrimoniais 51 As variações patrimoniais que afetam o patrimônio líquido mantêm correlação com as respectivas contas patrimoniais. 52 As transações que envolvem valores de terceiros são demonstradas de forma segregadas. Parte II do MCASP e NBC T 16.09 – Depreciação, amortização e exaustão Quesito 10 - Depreciação, Amortização e Exaustão 53 Há evidenciação em notas explicativas, dos critérios de apuração da depreciação, amortização e exaustão e de realização de revisão da vida útil e do valor residual do item do ativo. 54 Os ganhos e perdas decorrentes da baixa de imobilizado estão reconhecidos no resultado Patrimonial e devidamente evidenciados em nota explicativa. 55 Há divulgação dos critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto; os métodos de depreciação utilizados; as vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas; o valor contábil bruto e depreciação acumulada no inicio e no final do período e a conciliação do valor contábil no inicio e no final do período, para cada grupo do imobilizado. No caso de reavaliação de itens do ativo imobilizado são divulgados: a data efetiva da reavaliação; os responsáveis; os métodos e premissas aplicados à estimativa do valor justo dos itens; se o valor justo foi determinado a partir de preços observáveis em mercado ativo ou baseado em transações de mercado recente. 56 105 57 Há divulgação da vida útil indefinida ou definida e, se definida, dos prazos de vida útil ou das taxas de amortização utilizadas; os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil definida; valor contábil bruto e eventual amortização acumulada no início e no final do período, e, conciliação do valor contábil no inicio e no final do período para cada classe de ativo intangível, fazendo distinção entre ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis. 58 Há divulgação do valor das perdas por irrecuperabilidade reconhecidas no resultado durante o período; e do valor das reversões de perdas por irrecuperabilidade reconhecidas no resultado do período para cada classe de ativos. 59 Para cada perda por irrecuperabilidade ou reversão reconhecida durante o período, há evidenciação dos eventos e das circunstancias que levaram ao reconhecimento ou reversão da perda por irrecuperabilidade; do valor da perda por irrecuperabilidade reconhecida ou revertida; da natureza do ativo; do segmento ao qual o ativo pertence; se o valor recuperável do ativo é seu valor justo menos os custos de alienação ou seu valor em uso; se o valor recuperável é determinado pelo valor justo menos o custo de alienação e se o valor recuperável for determinado pelo valor em uso. 60 Na depreciação de imóveis é verificada, somente a parcela correspondente a construção, não depreciando o terreno, sendo devidamente evidenciado em nota explicativa. 61 A depreciação, amortização e exaustão para cada período é reconhecida no resultado, contra uma conta retificadora do ativo. Parte II do MCASP e NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público Quesito 11 - Mensuração de ativos e passivos 0 1 2 62 São aplicados métodos de mensuração e avaliação dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento dos ganhos e perdas patrimoniais. 63 O reconhecimento de ajustes decorrentes de omissões e erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanças de critérios contábeis são realizados à conta do patrimônio líquido e evidenciados em notas explicativas. 64 Há evidenciação em notas explicativas de que as disponibilidades e as aplicações financeiras foram mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. 65 Há evidenciação em notas explicativas de que os créditos e obrigações foram mensurados ou avaliados pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. 66 As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos, evidenciadas em notas explicativas. 67 Há evidenciação em notas explicativas de que os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor. 68 Há evidenciação em notas explicativas de que foi utilizado o custo médio ponderado como método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques. 69 As participações em empresas e em consórcio públicos ou público-privados sobre cuja administração tenha influencia significativa, quando for o caso, devem ser mensuradas e avaliadas pelo método da equivalência patrimonial, devidamente evidenciada em nota explicativa. 106 70 As demais participações, quando for o caso, devem ser mensuradas e avaliadas de acordo com o custo de aquisição, devidamente evidenciada em nota explicativa. 71 Há evidenciação em notas explicativas sobre o reconhecimento inicial do ativo imobilizado com base no valor de aquisição, produção ou construção. Há evidenciação em notas explicativas, quando for o caso, sobre o critério de mensuração ou avaliação dos ativos imobilizados obtidos a título gratuito. 72 73 Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo valora o mesmo pelo modelo de custo ou da reavaliação, evidenciando o modelo escolhido em nota explicativa. 74 Os intangíveis são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção, deduzidos do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução do valor recuperável (impairment), devidamente evidenciado em notas explicativas. 75 Apresenta critérios de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e as eventuais impossibilidades de sua valoração estão evidenciadas em notas explicativas. 76 Há reconhecimento inicial do ativo intangível pelo custo, devidamente evidenciado em nota explicativa. Após o reconhecimento inicial o ativo intangível está mensurado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda por irrecuperabilidade ou reavaliação, quando aplicável, devidamente evidenciada em nota explicativa. 77 78 Os ativos adquiridos por meio de transação sem contraprestação estão inicialmente mensurados pelo seu valor justo da data de aquisição e estão devidamente evidenciados em notas explicativas. 79 Há registros de créditos a receber em virtude da ocorrência do lançamento de tributos. Há registros de inscrição e baixa da dívida ativa tributária e sua devida evidenciação em notas explicativas. Há reconhecimento de provisões nas demonstrações contábeis, devidamente evidenciada em nota explicativa. Há divulgação do valor contábil no inicio e no final do período; das provisões complementares feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; dos valores utilizados; e, dos valores não utilizados durante o período para cada classe de provisão. 80 81 82 83 Há divulgação da natureza da obrigação e do cronograma previsto de qualquer saída resultante dos benefícios econômicos ou potencial de serviços; indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas; e, quantia de algum reembolso esperado, indicando a quantia de qualquer ativo que tenha sido reconhecido por conta desse reembolso esperado para cada classe de provisão. 84 Há divulgação na data do balanço de uma breve descrição da natureza do passivo contingente e onde praticável: uma estimativa de seus efeitos financeiros; uma indicação das incertezas em relação a quantia ou periodicidade da saída; e, a possibilidade de algum reembolso, para cada classe de passivo contingente. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - Parte IV do MCASP Parte IV do MCASP Quesito 12 - PCASP 0 1 2 107 85 Nas Demonstrações Contábeis a natureza das informações é evidenciada pelas contas do PCASP: 1, 2, 3 e 4 de natureza patrimonial; 5 e 6 orçamentária; e, 7 e 8 controle. 86 As contas do Balanço Patrimonial apresentam o indicador para cálculo do Superávit Financeiro, ou seja, as contas do Ativo e do Passivo estão acompanhadas dos atributos “F” ou “P”, entre parênteses para indicar se são contas financeiras ou permanentes. 87 Os atos da administração com potencial de modificar o patrimônio da entidade estão evidenciados nas contas de compensação do Balanço Patrimonial. 88 Os lançamentos contábeis são realizados utilizando contas de uma mesma natureza de informações: classes 1 a 4 – lançamentos de natureza patrimonial; classes 5 e 6 – lançamentos de natureza orçamentária e classes 7 e 8 – lançamentos de natureza de controle. 89 Os totais lançados a débito e a crédito em contas de mesma natureza de informação estão apresentando valores iguais. Quesito 13 - Consistência dos Saldos do Balanço através de Equações Contábeis 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 Há consistência na conferencia de saldos do Balanço Patrimonial – Equação: ∑Ativo = ∑(Passivo + PL) Há consistência na conferencia de saldos dos Balanços – Equação: ∑das contas filhas = ∑ das contas mães. Há consistência na conferencia dos saldos do BP com DFC – Equação: Saldo de caixa e equivalente de Caixa (BP) = Caixa e equivalente de caixa (DFC). Há consistência na conferencia dos saldos da DVP com BP – Equação: Resultado Patrimonial (DVP) = Lucros e Prejuízos do Exercício (BP). Há consistência no valor do superávit financeiro do quadro que acompanha o BP – Equação: Ativo Financeiro – Passivo Financeiro = Ativo (F) – Passivo (F) + Creditos empenhado a liquidar + Empenhos a Liquidar inscritos em RP não Processados + RP não processado a liquidar. Há consistência na conferencia de saldos das contas de Passivo (“F”) e Execução Orçamentária. Quadro do Superávit Financeiro que acompanha o BP com ∑ (contas do Passivo Financeiro) – Equação: Passivo Financeiro = Crédito Empenhado em Liquidação + Crédito Empenhado Liquidado + RP não Processados em Liquidação + RP Processados a Pagar + contas do Passivo com atributo “F” independentes da execução orçamentária. Há consistência entre as contas patrimoniais. – Equação: Imobilizado ≥ Depreciação Acumulada + Redução ao Valor Recuperável. Há consistência entre as contas de resultado. – Equação: Total da VPD Intra OFSS = Total da VPA Intra OFSS. Há consistência na conferencia de saldos de natureza orçamentária. – Equação: Dotação Adicional por tipo de Crédito = Dotação Adicional por Fonte. A existência de saldo em contas contábeis descritas como “outros” ou “outras” está limitada a 10% do total do grupo. Fonte: Modelo adaptado de Oliveira (2010) 0 1 2