INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA Mestrado em Direito à Alimentação e Desenvolvimento Rural Agricultura Tropical Culturas Tropicais e Subtropicais Culturas oleaginosas Trabalho realizado por: Teresa Ramos nº 21026011 Escola Superior Agrária de Coimbra 1. Índice 2. Introdução............................................................................................................................. 4 3. Cultura do coqueiro .............................................................................................................. 5 4. 5. 6. 3.1. Origem e distribuição geográfica .................................................................................. 5 3.2. Descrição botânica ........................................................................................................ 5 3.3. Exigências edafo-climáticas ........................................................................................... 7 3.4. Espécies e variedades.................................................................................................... 7 3.5. Implantação da cultura ................................................................................................. 8 3.6. Pragas e doenças ........................................................................................................... 8 3.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO ................................................................................... 9 Cultura do amendoim......................................................................................................... 10 4.1. Origem e distribuição geográfica ................................................................................ 10 4.2. Importância económica............................................................................................... 10 4.3. Descrição botânica ...................................................................................................... 11 4.4. Exigências edafo-climáticas ......................................................................................... 11 4.5. Espécies e variedades.................................................................................................. 12 4.6. Implantação da cultura ............................................................................................... 12 4.7. Pragas e doenças ......................................................................................................... 12 4.8. Colheita e armazenamento ......................................................................................... 13 Cultura da purgueira........................................................................................................... 13 5.1. Origem e distribuição geográfica ................................................................................ 13 5.2. Importância económica............................................................................................... 14 5.3. Descrição botânica ...................................................................................................... 15 5.4. Exigências edafo-climáticas ......................................................................................... 15 5.5. Espécies e variedades.................................................................................................. 16 5.6. Implantação da cultura ............................................................................................... 16 5.7. Pragas e doenças ......................................................................................................... 17 5.8. Colheita e comercialização .......................................................................................... 17 Cultura do rícino ................................................................................................................. 18 6.1. Origem e distribuição geográfica ................................................................................ 18 6.2. Importância económica............................................................................................... 18 6.3. Descrição botânica ...................................................................................................... 18 6.4. Exigencias edafo-climáticas ......................................................................................... 19 6.5. Implantação da cultura ............................................................................................... 19 2 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 7. 6.6. Pragas e doenças ......................................................................................................... 20 6.7. Colheita ....................................................................................................................... 20 Palmeira de Déndém .......................................................................................................... 20 7.1. Origem e distribuição geográfica ................................................................................ 20 7.2. Exigências edafo-climáticas ......................................................................................... 21 7.3. Variedades................................................................................................................... 22 7.4. Formação de mudas .................................................................................................... 22 7.5. Implantação da cultura ............................................................................................... 22 7.6. Pragas e doenças ......................................................................................................... 23 7.7. Colheita e produção .................................................................................................... 23 7.8. Composição e comercialização ................................................................................... 23 8. Conclusão ............................................................................................................................ 24 9. Bibliografia .......................................................................................................................... 25 Índice de ilustrações Ilustração 1: Sistema radicular do coqueiro (fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/) ........... 5 Ilustração 2: fruto do coqueiro (fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/) ............................... 6 Ilustração 3: Sementes de purgueira (Fonte:http://ailusaodavisao.blogspot.com) ...................... 14 Ilustração 4: Purgueira (Fonte:http://visaoglobal.org) ................................................................ 16 Ilustração 5: plantação de rícino (Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br) ...................... 19 Ilustração 6: Palmeira de dendém (Fonte:http://semiraadlervainsencher.blogspot.com) ............ 21 3 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 2. Introdução Na elaboração deste trabalho no âmbito da disciplina Agricultura Tropical do Mestrado em Direito à Alimentação e Desenvolvimento Rural tem como objectivo a caracterização de uma cultura tropical e subtropical, neste caso a vão ser caracterizadas as culturas oleaginosas. As oleaginosas são sementes constituídas predominantemente por triglicerídios, compostos resultantes da condensação entre um glicerol e ácidos gordos e actuam como antioxidantes essenciais para a formação e recuperação muscular, além de vitamina E e selénio, que também apresentam importante acção antioxidante, também tem como função reestruturar desde a actividade cerebral até às paredes dos vasos sanguíneos e as membranas celulares Estas sementes possuem óleos e gorduras que podem ser extraídos através de processos adequados. Os óleos extraídos são substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas), que na temperatura de 20° C exibem aspecto líquido. As gorduras distinguem-se dos óleos por apresentar um aspecto sólido à temperatura de 20° C. As gorduras não saturadas contidas nestas sementes não podem ser aquecidas a mais de 40 graus. A partir desta temperatura tornam-se altamente tóxica. Nas culturas oleaginosas tropicais, as culturas que vão ser caracterizadas são o coqueiro, o amendoim, a purgueira, o rícino e a palmeira de déndém. Estas culturas serão caracterizadas segundo a origem e distribuição geográfica, importância económica, descrição botânica, exigências edafo-climáticas, espécies e variedades, implantação da cultura, pragas e doenças, colheitas e comercialização. 4 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 3. Cultura do coqueiro 3.1. Origem e distribuição geográfica Uma cultura tropical que se insere nas oleaginosas e o coqueiro. O coqueiro (Cocos nucifera), é um membro da família Arecaceae (família das palmeiras). É a única espécie classificada no género Cocos. Planta arbórea, com uma altura aproximadamente de 25m (coqueiro gigante) copa densa e elegante. Originário do sudeste da Ásia o coqueiro foi introduzido no Brasil e disseminou-se pelo litoral nordestino que é responsável por 90% da produção nacional. O Brasil, participando com menos de 15% na produção mundial, não é auto-suficiente a produtividade é baixa - 25 cocos pé/ano. Os continentes Ásia e Oceânia são responsáveis por 90% da produção mundial (Indonésia, Índia, Papua, Nova Guiné). 3.2. Descrição botânica O coqueiro possui sistema radicular fasciculado (figura1), com raízes primárias de 8mm a 10mm de diâmetro e um número variável de 2000 a 10000 raízes dependendo das condições ambientais ou material genético. Das raízes primárias partem as secundarias, de onde se originam as terciárias, que produzem radículas medindo 1mm a 3mm de diâmetro, são verdadeiros órgãos de absorção. A profundidade do sistema radicular é variada. O caule do coqueiro é do tipo estirpe, não ramificado, muito desenvolvido e bastante ramificado. O seu ápice, apresenta um tufo de folhas que protege a sua única gema apical. A inflorescência é a única ramificação deste caule, pois é considerada um ramo caulinar modificado (Ferri, 1973). A parte terminal do tronco, onde se formam novas folhas, é tenra e comestível, constituindo o palmito. Ilustração 1: Sistema radicular do coqueiro (fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/) 5 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra A folha do coqueiro tem forma de pena, sendo constituída pelo pecíolo, que continua pelo raquis onde se prendem numerosos folíolos. Uma folha madura possui comprimento variável, com 200 a 300 folíolos de 90cm a 130cm de comprimento. O comprimento e o número de folíolos varia de acordo com a idade do coqueiro. Um coqueiro-gigante adulto emite de 12 a 14 folhas por ano e um coqueiro-anão adulto 18 folhas por ano. Essas folhas permanecem no coqueiro por um período de três a três anos e meio, apresentando uma copa de 25 a 30 folhas (Child, 1974). O coqueiro possui inflorescências paniculadas e axilares, protegidas por brácteas grandes, chamadas espatas. A espata, ao complementar o seu desenvolvimento (três a quatro meses), abre-se, libertando a inflorescência, que é formada pelo pedúnculo, espigas e flores. Cada espiga possui flores masculinas e numerosas flores femininas. O número de flores femininas é influenciado pelas condições nutricionais e hídricas da planta O fruto do coqueiro (figura 2) é uma drupa. É formado por epiderme lisa ou epicarpo, que envolve o mesocarpo espesso e fibroso, ficando no interior uma camada muito dura, o endocarpo. A semente é envolvida pelo endocarpo que é constituído por uma camada de cor vermelha chamada tegumento que fica entre o endocarpo e o albúmem. O albúmem é uma camada branca, carnosa e muito oleosa, formando uma grande cavidade onde fica o albúmem líquido (água de coco). Próximo a um dos orifícios do endocarpo e envolvido pelo albúmem sólido está o embrião. Ilustração 2: fruto do coqueiro (fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/) 6 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 3.3. Exigências edafo-climáticas O coqueiro é uma planta de clima tropical e devido a esta característica exige uma temperatura à volta dos 27 °C para que possa desenvolver o seu potencial produtivo. Temperaturas inferiores a 15 °C levam a uma paralisação do crescimento da planta e abortamento de flores e isto pode comprometer a produção. Em termos de radiação, o coqueiro desenvolve-se melhor sob condições de luminosidade acima de 2.000 horas de luz/ano. Quanto a precipitação, o ideal é ser por volta de 1600 mm anuais, bem distribuídos, visto que a planta produz durante todo o ano. Em relação a ocorrências de ventos de grande velocidade pode provocar a quebra das plantas. A humidade relativa para o coqueiro exige saturação do ar igual ou superior a 80% sem ultrapassar 90% as mínimas mensais não devem cair abaixo de 60%. O ideal é que o coqueiro seja cultivado em solos profundos, bem drenado, de textura média e se possível de boa fertilidade, de forma que possibilite um bom desenvolvimento do sistema radicular, visto que a planta não tolera condições de anaerobiose. Sendo que o pH ideal situa-se entre 6 e 6,5. 3.4. Espécies e variedades Dentre as variedades destacam-se a Gigante, híbridos e a Anã, sendo que a Anã apresenta três sub-variedades: Anã-Verde, Anã-amarela, Anã-Vermelha, e os cujas características são apresentadas na tabela 1. Tabela 1: principais diferenças entre as variedades do coqueiro (Fonte:http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/coqueiro.html) 7 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra O coqueiro é constituído de uma única espécie (Cocos nucifera), e pode ser dividido em três grupos: · Gigantes · Intermediários (híbridos) · Anões 3.5. Implantação da cultura Proveniente do viveiro a muda ideal deve ter 1m de altura (da noz à folha mais nova aberta em posição normal), com 5 a 7 folhas vivas, colhido com 15-18cm de circunferência, a planta livre de pragas e doenças. Entre a retirada do viveiro e o plantio não deve levar muito tempo. Os espaçamentos, com traçado de triângulo equilátero, indicados são 9,0m x 9,0m (143 plantas para o gigante), 8,5m x 8,5m (160 plantas / ha para o híbrido) e 7,5m x 7,5m (204 plantas / ha para o anão). As covas podem ter dimensões de 0,8m x 0,8m x 0,8m (ou 0,6m x 0,6m x 0,6m) para coqueiro anão e 1,0m x 1,0m x 1,0m para coqueiro gigante. Do fundo para a superfície enche-se a cova com casca de coco (voltada para cima) com altura de 30cm, segue-se camada de 20cm de mistura de terra de superfície e matéria orgânica, 800 gramas de superfósfato simples e por fim terra de superfície. No plantio se a planta tiver raiz longa deve ser podada, centraliza-se a planta na cova, deixando-se a parte externa do coleto (início do caule) voltada para os ventos dominantes. O coleto deve ficar ao nível do solo. Deve-se colocar terra sobre a noz somente para recobri-la sem que o coleto fique enterrado. Em seguida irriga-se a cova com 15 litros de água. 3.6. Pragas e doenças Existem muitas pragas no coqueiro as que apresentam maior frequência são Broca-doolho do coqueiro, Broca-do-estipe, Barata-do-coqueiro, Barata-do-coqueiro, Gorgulho das flores e frutos, Ácaro da necrose do coqueiro, Traça da inflorescência, Lagarta das folhas. 8 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra Entre as doenças, destacam -se como de maior importância o anel-vermelho do coqueiro (Bursaphelenchus cocophilus), a lixa pequena ou verrugose do coqueiro (Phyllachora torrendiella), mancha foliar ou Helmintosporiose (Dreschlera incurvata) e a qeima-dasfolhas (botryosphaeria cocogena), Lixa-grande (Spareodothis acrocomiae), Murcha-dephytomonas (Phytomonas sp.), Podridão Seca. 3.7. COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO O ponto de colheita do coco depende da variedade cultivada e do destino da produção. Para as variedades Gigantes e híbridas, onde o fruto é comercializado seco para a indústria de processamento, o coco encontra-se no ponto de colheita aos 11 - 12 meses após a abertura da inflorescência. No caso do coqueiro-anão, onde o fruto é destinado basicamente para o mercado de coco-verde, em função do consumo da água, os frutos devem ser colhidos com idade variando entre oito e nove meses após a abertura da inflorescência, quando a água se encontra com o sabor mais agradável. Os frutos são colhidos através do corte do cacho com um golpe de faca, tendo o cuidado de amarrá-lo com uma corda e segurá-la para diminuir o impacto dos frutos com o solo, quando o coqueiro se encontrar alto e assim reduzir a perda de frutos por rachaduras, no caso do coco-verde. O coco-verde é comercializado em cachos ou a granel, devendo ser mantidos protegidos do sol, de forma que sua longevidade não seja afectada. Na maioria dos casos, a comercialização ocorre através de agentes intermediários, os quais se responsabilizam pela colheita e sua despesa, podendo ser também comercializados em feiras, centrais de abastecimento etc. O coco seco é comercializado a granel, sem casca, e geralmente é intermediado por terceiros, os quais repassam para a indústria de processamento. 9 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 4. Cultura do amendoim Outra cultura tropical que pertence as oleaginosas é o amendoim. O amendoim é uma das principais oleaginosas cultivadas no Brasil e no mundo. É considerada, entre as leguminosas, uma das mais importantes culturas, juntamente com o feijão e a soja. 4.1. Origem e distribuição geográfica O amendoim é planta originária da América do Sul, na região compreendida entre as latitudes de 10º e 30º sul, com provável centro de origem na região de Gran Chaco, incluindo os vales do Rio Paraná e Paraguai. A difusão do amendoim iniciou-se pelos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América Central e México. No século XVIII foi introduzido na Europa. No século XIX difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para a China, Japão e Índia. 4.2. Importância económica A importância económica do amendoim está relacionada pelo facto das sementes possuírem sabor agradável e serem ricas em óleo (aproximadamente 50%) e proteína (22 a 30%). Além disso contém carbohidratos, sais minerais e vitaminas, constituindose num alimento altamente energético (585 calorias/100 g/sementes). O sabor agradável torna o amendoim um produto destinado também ao consumo "in natura"como aperitivos salgados, torrados e preparado de diversas formas e na industria de doces, como grãos inteiros com diversas coberturas ou grãos moídos ou substituindo a castanha de caju em cobertura de doces. Além do consumo "in natura", os grãos também podem ser utilizados para extracção do óleo, empregado directamente na alimentação humana, na indústria de conservas (enlatados) e em produtos medicinais. 10 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 4.3. Descrição botânica O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma leguminosa com um processo especial de frutificação, denominado geocarpia, em que a flor aérea, após ser fecundada, produz um fruto subterrâneo. As flores são amarelas, agrupadas em número variável ao longo do ramo principal ou também dos ramos secundários, conforme a variedade ou o tipo vegetativo. Todas são potencialmente férteis e hermafroditas, autógamicas, com baixa percentagem de cruzamentos naturais. O período de florescimento é bastante dilatado, havendo épocas de aparecimento de um maior número de flores, o seu fruto (vagem) é considerado botanicamente um legume. 4.4. Exigências edafo-climáticas Os principais factores que influem a produção do amendoim são o clima e o solo. A cultura adapta-se desde climas equatoriais até climas temperados. Para permitir a vegetação da planta é necessária uma estação quente e húmida, a planta apresenta grande resistência à seca e a grande profundidade do sistema radicular permite à mesma explorar a humidade do solo. Não é indicada para regiões onde a estação húmida seja muito prolongada, visto que estimula o ataque de fungos e outras doenças, além de prejudicar a colheita e a qualidade do produto. Assim como o clima, o solo também constitui um factor importante para esta cultura. O amendoim pode ser cultivado com êxito em quase todos os tipos de solos, desde que sejam férteis. No entanto, o mais apropriado é o solo leve, de boa fertilidade, bem drenado que não encharca com as chuvas. A terra arenosa é a mais indicada para esta cultura, e no Brasil este tipo de solo encontra-se em mais de 80% das culturas. 11 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 4.5. Espécies e variedades O amendoim apresenta as seguintes variedades que são referidas na tabela 2. Variedade Cor tegumento Ciclo - dias semente Resistência ao Produtividade/ha despencamento Tatu vermelho Vermelho 100-110 Fácil Tatu branco Branco 100-110 IAC Oirã Rosado 110-120 Difícil 2000-3000 IAC Tupã Vermelho 100 Difícil 1900-2900 ________ 1600-2500 _________ Tabela 2: variedades do amendoim (fonte: http://www.agrobyte.com.br) 4.6. Implantação da cultura A cultura do amendoim exige uma boa preparação do solo, visto que solos compactados opõem resistência à penetração das raízes que são finas e volumosas, dificultando a absorção dos fertilizantes, assim como também reduz a capacidade de armazenamento de água no solo. Segundo os agricultores, o período mais adequado para a sementeira do amendoim é de Setembro a Novembro. Porém, esse período pode-se estender até o mês de Janeiro. 4.7. Pragas e doenças A cultura do amendoim é normalmente afectada por várias pragas e doenças. As pragas são as mais prejudiciais, pois atacam a parte aérea das plantas (folhas e ramos), assim como as raízes. As pragas do amendoim são Tripes (Enneothrips flavens), Lagarta do Pescoço Vermelho, Lagarta da Soja e Lagarta Elasmo. As doenças são Cercosporioses, Verrugose, Mancha Barrenta e Ferrugem. 12 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 4.8. Colheita e armazenamento A maturação das variedades actualmente cultivadas ocorre três meses após o plantio, porém pode variar de acordo com o clima da região, a época de plantio e as condições de clima na colheita. A colheita inicia-se com a determinação do ponto de colheita, que pode ser feita com base na cor interna da casca, cor da película característica da semente e ciclo da variedade. A colheita no momento adequado resulta em maior peso, melhor secagem, maior teor de óleo e melhor qualidade, sendo que estes os factores que estão directamente relacionados com a quantidade e qualidade do amendoim colhido. Da mesma forma que a antecipação da colheita diminui a produtividade e a qualidade do amendoim. O atraso também provoca perda de vagens, germinação das sementes no interior dos frutos, facilita o ataque de pragas e aumenta os problemas com a aflatoxina. O amendoim conserva-se por vários meses sem perda do poder germinativo ou das suas qualidades para óleos, quando correctamente armazenado. Os armazéns devem ser bem secos e ventilados, as vagens podem se guardadas em sacos. Na armazenagem, o teor de humidade das vagens não pode ser superior a 10%. 5. Cultura da purgueira A Purgueira ou pinhão-manso é outra cultura que pertence as oleaginosas. A purgueira (Jatropha curcas L.) existe desde há cerca de 65 milhões de anos, possui uma grande variabilidade e mecanismos de adaptação a condições adversas de clima e solo, encontrando-se dispersa por todas as regiões tropicais em condições áridas e semiáridas, Ferrão (1982). 5.1. Origem e distribuição geográfica A purgueira ou pinhão-manso teve origem na América Central e em partes do norte da América do Sul. A purgueira foi distribuída para outras regiões tropicais. Actualmente, desenvolve-se em diversas áreas tropicais do mundo (Países Africanos, Sudeste Asiático, e Índia). 13 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 5.2. Importância económica Antes da segunda Guerra Mundial, em 1939, a principal utilização do óleo da purgueira era no fabrico de estearina, mas devido, às necessidades militares, começaram a ser estudadas outras utilizações. O óleo da purgueira não pode, ser utilizado como lubrificante, devido à sua baixa viscosidade e grande percentagem de ácidos gordos impróprios, que podem provocar uma rápida resinificação, no entanto houve pesquisas que levaram a conclusão de que esse óleo pode também ser utilizado como combustível. O óleo também pode ser utilizado na indústria de fiação de lã, de tinta, tinta de impressão e tintas para pintura, a elevada utilização nas saboarias. Além de produzir óleo, o pinhão-manso também pode ser utilizado para outros fins, tais como a substituição parcial do arame nas cercas, já que os animais evitam devido ao látex cáustico que escorre das folhas arrancadas ou feridas, actua como fixador de dunas na orla marítima. Na medicina, aplica-se o látex da planta como cicatrizante, hemeostático e também como purgante. As raízes são consideradas diuréticas e antileucémicas e as folhas são utilizadas para combater doenças de pele. São eficazes também contra o reumatismo e possui um poder anti-sifilítico. As sementes (fig.3) são utilizadas como purgativo, verificando-se casos de intoxicação em crianças e adultos quando as ingerem em excesso, o que pode ser perigoso e até fatal. Atribuem-se as propriedades tóxicas do pinhão a uma globulina, a curcasina e também ao ácido jatrópico de toxicidade igual ou superior a ricinina. A ingestão de uma única semente fresca pode causar tanto vômito e diarréia (PEIXOTO, 1973). Ilustração 3: Sementes de purgueira (Fonte:http://ailusaodavisao.blogspot.com) 14 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 5.3. Descrição botânica A purgueira (Jatropha curcas L.) é um arbusto alto ou uma árvore cuja altura normal é dois a três metros, mas pode alcançar até cinco metros, pertencente à família Euphorbiaceae. O diâmetro do tronco é de aproximadamente 20 cm, possui raízes curtas e pouco ramificadas, caule liso, de lenho mole e medula desenvolvida mas pouco resistente. As folhas da purgueira são verdes, e brilhantes, largas e alternas, em forma de palma com três a cinco lóbulos e pecioladas, com nervuras esbranquiçadas e salientes na face inferior. Floração monóica, apresentando na mesma planta, flores masculinas, em maior número, nas extremidades das ramificações e femininas nas ramificações, as quais são amareloesverdeadas e diferencia-se pela ausência de pedúnculo articulado nas femininas que são largamente pediculadas. O fruto é capsular ovóide com diâmetro de 1,5 a 3,0 cm. É trilocular com uma semente em cada cavidade, formado por um pericarpo ou casca dura e lenhosa, indeiscente, inicialmente verde, passando a amarelo, castanho e por fim preto, quando atinge o estado de maturação. A semente é relativamente grande, tegumento rijo, quebradiço, de fractura resinosa. Debaixo do invólucro da semente existe uma película branca cobrindo a amêndoa, albúmen abundante, branco, oleaginoso, contendo o embrião provido de dois largos cotilédones achatados. 5.4. Exigências edafo-climáticas Apesar de pouco exigente em condições climáticas e solo fértil, adaptando-se facilmente a variadas condições, a purgueira deve preferencialmente ser cultivada em solos profundos, bem estruturadas e pouco compactados para que o sistema radicular possa se desenvolver e explorar maior volume de solo, satisfazendo a necessidade da planta em nutrientes. Devem ser evitados os solos muito argilosos, com humidade constante, pouco arejados e de difícil drenagem. 15 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 5.5. Espécies e variedades Jatropha pohliana (Pinhao-bravo) Variedades: (molíssimo Muell. Arg.), (subgrabla Muell. Arg.), (velutina Pax e Hoffm). É um arbusto lenhoso, folhas longo-pecioladas, orbiculares, pubescentes, no bordo são espinhosas, flores amarelo-esverdeadas com raias vermelhas, fruto deiscente em cápsula com 3 lóbulos, com 3 sementes elípticas, oleaginosas, de dimensões inferiores às do pinhão-manso, pesando cada semente cerca de 0,38g. Jatropha gossypifolia Linn. (Pinhão-roxo) É um arbusto mais frágil, de folhas glabras e pecioladas, palmadas, lobadas, margens ciliadas, 3-5 partidas ou 3-5 lóbulos, as folhas recentes são avermelhadas, flores violáceas, inflorescência em cimeiras, cápsula ovóide, com 3 lóbulos contendo 3 sementes oleaginosas, também de dimensões inferiores às do pinhão-manso; propriedades purgativas mais intensas que o pinhão-manso. 5.6. Implantação da cultura Após limpeza do terreno com incorporação da vegetação existente e solo devidamente preparado, realiza-se a abertura das covas com dimensões de 30 x 30 x 30 cm, com o espaçamento de 2 a 5 m, em todos os sentidos, de acordo com a fertilidade e condições físicas do solo, condições climáticas e modo de condução das plantas. A melhor época para o cultivo da purgueira (Fig.4) é no início das primeiras chuvas, para assegurar o bom desenvolvimento das plantas. No entanto, quando se dispõe de água para irrigação, o plantio pode ser feito em qualquer época. Ilustração 4: Purgueira (Fonte:http://visaoglobal.org) 16 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 5.7. Pragas e doenças Apesar de se tratar de uma planta rústica, deve-se manter o terreno sempre livre de infestantes, principalmente junto das plantas A purgueira é uma planta pouco atacada por parasitas, mas têm sido verificadas algumas ocorrências como as apresentadas a seguir: Saúva (Atta sexdens rubropilosa), Formiga “Rapa-rapa”, Ácaro-branco (polyphagotarsonemus latus), Ácaro Vermelho (Tetranychus sp.), Trips (Selenothrips rubrocinatus), Oídio (Oidium sp) e Cupins. 5.8. Colheita e comercialização A purgueira inicia a produção no primeiro ano. É aconselhável fazer suas mudas em A produção no primeiro ano pode alcançar até 500 quilos por hectare, dependendo de condições locais, de clima e de solo. No segundo ano a produtividade aumenta para cerca de 1.500 quilos por hectare, passando para aproximadamente 3.000 quilos no terceiro, subindo para cerca de 5.000 a partir do quarto ano. O ponto ideal de colheita é quando o fruto começa a mudar de cor, de verde para amarelo. 17 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 6. Cultura do rícino 6.1. Origem e distribuição geográfica O rícino teve origem na África. A distribuição geográfica do rícino é extensa, sendo encontrada em estado espontâneo ou cultivada, em quase todas as zonas tropicais e subtropicais do mundo. Os principais produtores do rícino são o Brasil e a Índia, sendo esta, produtora milenar da oleaginosa, absorvendo o seu consumo interno 50% da sua produção. 6.2. Importância económica A cultura do rícino tem muita importância pelas várias aplicações que o seu óleo encontra no mundo moderno. O óleo é empregado, depois de desidratado, no fabrico de tintas e protectores ou isolantes. Serve como lubrificante, na aeronáutica, e como fluido nas instalações hidráulicas. É usado também como base para a manufactura da maioria dos cosméticos. O óleo de rícino é útil em vários processos industriais como a fabrico de corantes, desinfectantes, germicidas, óleos lubrificantes de baixa temperatura, colas e aderentes em geral, para a manufactura de fungicidas, insecticidas (como base), tintas de impressão e escrever e tintas. Uma das aplicações de grande valor económico do óleo de rícino é no fabrico do nylon e da matéria plástica onde o seu emprego é importantíssimo. O óleo de rícino confere ao material texturas variáveis desde a macia e esponjosa até a dura e rígida. 6.3. Descrição botânica O Ricino ( Ricinus communis ) é uma planta perene, arbustiva, muito ramificada, de caules glabros e fistulosos, com 2-3 m de altura. As folhas são simples, longopecioladas e lobadas, com 10 a 60 cm de diâmetro; A inflorescência é em forma de cacho, o cálice masculino com 6 a 12 mm de comprimento e o cálice feminino com 4 a 8 mm. O fruto é uma cápsula elipsóide com 15 a 25 mm de altura. A semente é oval, de cor castanha, com estrias brancas. Floresce ao longo de todo o ano e propaga-se exclusivamente por sementes. Possui um ciclo de vida curto, à volta de 2-3 anos. 18 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 6.4. Exigencias edafo-climáticas Desenvolve-se melhor em solos férteis e bem drenados, nas regiões com precipitação anual de pelo menos 700 mm. Prefere solos profundos e permeáveis com boa fertilidade natural e pH próximo de 7,0 (entre 5,8 e 6,5). 6.5. Implantação da cultura O período óptimo para a plantação está compreendido entre Outubro e Novembro se não for cultivada nesta época apresenta quedas na produtividade. Recomenda-se o cultivo de variedades de porte alto rícino (figura 5), em fileira dupla, em conssociação com culturas de ciclo curto. O espaçamento para o rícino é de 1,00x1,00 m deixando-se de 3 a 4 m entre as fileiras duplas para as culturas intercalares. A técnica possibilita o aproveitamento racional do solo optimizando o retorno económico por unidade de área. Ilustração 5: plantação de rícino (Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br) 19 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 6.6. Pragas e doenças As pragas que ocorrem na cultura são pouco importantes, aparecendo, além de lagartas, algumas cochonilhas, entretanto muito pouco representa dentro da grande cultura. Deve-se dar uma maior importância às doenças pois estas são responsáveis por graves prejuízos na produção desta oleaginosa. As doenças são o Mofo Cinzento, que em condições favoráveis promovem a destruição dos cachos é a murcha do Fusarium, que provoca o amarelecimento, a necrose e posterior queda das folhas, com reflexos importantes na produção outra doença é a Podridão do colo. 6.7. Colheita Decorridos dois meses e meio a três meses da germinação a planta começa a florescer e consequentemente a frutificar, sendo que os primeiros cachos atingem o ponto de colheita três a quatro meses após o florescimento. Em algumas variedades os frutos maduros e secos, abrem-se com violência sendo as sementes expelidas a alguma distância distâncias, deve-se estar atento para que isto não aconteça, sendo a secagem dos frutos completada após colhidos, o que já não ocorre com outras variedades, cujos frutos podem secar na planta. 7. Palmeira de Déndém 7.1. Origem e distribuição geográfica O Dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) (Fig.6) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola. O óleo originário desta palmeira, o azeite de déndém, consumido há mais de 5.000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XV, coincidindo com o início do tráfico de escravos entre a África e o Brasil. No contexto actual o azeite de déndém é o óleo mais produzido e consumido no mundo, representado 27% de 140 milhões de toneladas de óleos e gorduras produzidas em 2005 20 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra e 27% do consumo mundial de 138,4 milhões de toneladas de óleos e gorduras em 2005. Ilustração 6: Palmeira de dendém (Fonte:http://semiraadlervainsencher.blogspot.com) 7.2. Exigências edafo-climáticas Os factores climáticos de maior importância para o cultivo do dendezeiro são a precipitação, horas de insolação e temperatura máxima e mínima. Uma adequada disponibilidade de água no solo de forma constante é condição extremamente importante para o desenvolvimento e produção. O regime pluviométrico ideal caracteriza-se por uma precipitação média anual de 1.800 a 2.000 mm, com precipitações mensais superiores 100 mm, assegurando boa distribuição ao longo do ano. Altos níveis de radiação solar são indispensáveis para o crescimento e produção. A insolação necessária para a expressão do potencial produtivo do dendezeiro situa-se em torno de 1.800/horas/ano, com um mínimo de 5horas/dia em todos os meses do ano. Factor importante de determinação do crescimento e produção, sendo observado que as maiores produções são obtidas em regiões com pequenas variações de temperatura e onde a média anual situa-se entre 25 a 27 ºC sem ocorrência de temperaturas mínimas inferiores a 17°C por períodos prolongados. Embora seja cultivado em diferentes tipos de solos, com variação das propriedades físicas e químicas causam diferenças significativas na produção. Os parâmetros mais importantes são profundidade maior de 90 cm, textura franca ou mais argilosa, estrutura forte ou moderada, permeabilidade moderada, relevo plano ou suave ondulado, não pedregoso, sem concreções de ferro, alumínio ou manganês e sem camada adensada, consistência muito friável, e regime de unidade húmido. 21 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 7.3. Variedades As variedades são classificadas de acordo com espessura (endocarpo) em: Dura - esta apresenta casca de mais de 2 mm de espessura e fibras na polpa. Esta variedade é usada como planta feminina na produção de híbridos comerciais. Psifera - Os frutos dessa variedade não possui casca separando a polpa da amêndoa. Ela é usada como fornecedora de polén na produção de híbridos comerciais. Tenera – Apresenta espessura na casca inferior a 2mm e um anel fibroso á sua volta, é obtida através do cruzamento entre as variedades Dura e Psifera, sendo recomendada para culturas comerciais. 7.4. Formação de mudas O sucesso de uma cultura de dendezeiros depende do material genético utilizado do processo de formação de mudas, que compreende as seguintes etapas: Pré-viveiro – Tem início com a repicagem da semente pré-germinada para sacos semelhantes aos utilizados para mudas do cacau, e tem normalmente a duração de 4 meses, obtendo-se no final uma muda com quatro folhas lanceoladas. Viveiro – Localizado preferencialmente próximo a uma fonte abundante de água, a fim de facilitar a irrigação. O período de permanência no viveiro varia de 8 a 10 meses e as mudas quando são levadas para o campo apresentam uma altura de 80 cm com 8 a 12 folhas funcionais. Cuidados culturais no viveiro – Durante o período de formação das mudas são importantes ainda os seguintes cuidados culturais tais como irrigação, adubação, eliminação de infestantes e controlo de pragas e doenças. 7.5. Implantação da cultura A área para o cultivo de déndém deve ser plana ou ondulada, com declive inferior a 8%, para esta puder ser mecanizada. Em função das características da vegetação, da disponibilidade de equipamentos e do sistema da exploração, a preparação da área pode ser manual, mecanizada ou mista. Com o objectivo de proteger o solo, controlar as infestantes e fixar nitrogénio, recomenda-se uma cobertura verde que se estabeleça rapidamente, com pouca altura, que não afecte o sistema radicular do dendezeiro, ciclo vegetativo curto e baixo custo de implantação, nesse caso a mais recomendável é o kudzú (Pueraria phaseoloides). 22 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 7.6. Pragas e doenças A principal praga do dendezeiro é o Rhynchophorus palmarum, o Rhynchophorus palmarum é o principal vetor do nematode causador da doença “anel vermelho”. Outras pragas ocorrem de forma esporádica como a broca das raízes causada pela Saglassa valida e lagartas desfoliadoras como Sibine fusca e Brassolis sophoraea. As doenças do Déndém são o anel vermelho, causado pelo nematode Rhadinaphelencus cocophilus. O dendezeiro é susceptível ao ataque de outras doenças de importância económica como a fusariose, causada pelo fungo Fusarium oxysporun, e marchitez, causada pelo protozoário Phytomonas sp. 7.7. Colheita e produção Na execução do trabalho de colheita, duas etapas importantes devem ser observadas: o grau de maturação dos frutos, este factor está directamente relacionado com o conteúdo de óleo na polpa e com a qualidade do óleo obtido.Uma cultura correctamente conduzida inicia a produção ao final do terceiro ano após a plantação, com uma produção entre 6 a 8 toneladas por hectare, atingindo o máximo de produção no oitavo ano, podendo atingir 25 toneladas por hectare. Dos frutos do dendezeiro, podem ser extraídos dois tipos de óleo: óleo de polpa, conhecido no Brasil como azeite de déndém, e óleo de palmiste. O rendimento em óleo representa 22% do peso dos cachos para o óleo de polpa e 2% para o óleo de palmiste. 7.8. Composição e comercialização O azeite de déndém contém proporções iguais de ácidos gordos saturados (palmítico 44% e esteárico 5%) e não saturados (oléico 40% e linoléico 10%). É uma forte natural de vitamina E, tecoferois e tecotrienois, que actuam como antioxidantes. É rico também em betacaroteno, fonte importante de vitamina A. É o óleo mais apropriado para o fabrico de margarina pela sua consistência, excelente como óleo de cozinha, sendo também utilizado na produção de manteiga vegetal, apropriada para fabrico de pães, bolos, cremes etc. O maior uso não comestível do óleo de déndém é como matériaprima no fabrico de sabões, sabonetes, sabão em pó. 23 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 8. Conclusão Existem várias culturas de oleaginosas tropicais com diferentes exigências edafoclimáticas, diferentes origens e com diferentes utilizações. Estas culturas são importantes para a economia dos países em desenvolvimento melhorando assim as condições de vida da população, e ajudam ao crescimento desses países. É importante melhorar essas culturas introduzindo novas variedades e novas técnicas culturas para assim puder aumentar a produção e a qualidade dos produtos. 24 Agricultura Tropical Escola Superior Agrária de Coimbra 9. Bibliografia [consult, 17 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.todafruta.com [consult, 12 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.seagri.ba.gov.br [consult, 15 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://sistemas de produção.cnptia.embrapa.br [consult, 16 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.criaeplantar.com [consult, 16 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.agrobyte.com [consult, 16 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.biofisher.com.br [consult, 17 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://pinhaomanso.com [consult, 11 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.camacupa.com [consult, 20 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.seagri.gov.br [consult, 21 Julho.2011] disponível em www:<URL:http://www.ceplac.gov.br 25 Agricultura Tropical