visualizar - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
COORDENADORIA DE REGIÕES DE
SAÚDE
“IV MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EM ATENÇÃO BÁSICA DO DRS XIIIRIBEIRÃO PRETO” e
“II MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EM ATENÇÃO BÁSICA
DA RRAS 13”.
Anais – Trabalhos DRS 13 Ribeirão Preto
Total de Trabalhos Inscritos: 71
DRS 13 Ribeirão Preto
ANO 2013
Trabalho nº 1
CAPACITAÇÃO DOS RECEPCIONISTAS DA ÁREA DA SAÚDE
Autores: LIMA, D.D.; UTIMATI, A.P.S.; LIOTTI, B.C.V.; RIPAMONTE, C.S.M.
Nome do município: Secretaria Municipal de Saúde de Pitangueiras
e -mail: [email protected]
CAPACITAÇÃO DOS RECEPCIONISTAS DA ÁREA DA SAÚDE
Introdução
O profissional recepcionista é a porta de entrada de qualquer instituição. Ele tem que
recepcionar, anunciar e controlar a entrada e a saída de pessoas, preencher fichas e
realizar o atendimento telefônico. Há também, toda uma equipe em seu local de trabalho
com quem têm necessidade de interagir, além do trato com os clientes. A recepção da
área da saúde difere-se de outras, pois o cliente, não raro, chega fragilizado, buscando
soluções rápidas que nem sempre são possíveis de resolver e, por conta disso ocorrem
desentendimentos, uma vez que o cliente acaba vendo o profissional da recepção como
aquele que frustra seus anseios. Pensando nestas e em outras situações vividas pela
dualidade cliente-recepção é que propusemos o presente projeto, a fim de proporcionar
momentos de reflexão e aprendizado para que estes profissionais, atingindo resultados
positivos e diferenciação profissional no seu emprego/atividade, obtenham melhorias
em sua qualidade de vida e trabalho.
Justificativa: Considerando haver um relevante número de reclamações por parte dos
usuários e equipe técnica da área da saúde, como também o despreparo dos profissionais
para atuação nesta área, propusemos à Secretaria de Saúde um curso que capacite e
valorize as recepcionistas da área da saúde.
Objetivo geral: Capacitar e aprimorar o atendimento prestado pelas recepcionistas da
área da saúde aos clientes do SUS.
Metodologia: para a realização do presente adotamos a metodologia de intervenção
dialética, com base na Teoria da Aprendizagem Social que é descrita como um processo
ativo de aquisição, processamento e estruturação de experiências, utilizando para isso
exposição oral, dinâmicas de grupo, dramatizações e discussões, vídeos, PPS e músicas.
A intervenção conta com nove encontros semanais, aos sábados com duração de três
horas, sendo entregue o certificado de conclusão ao término do curso.
Público Alvo: funcionários que exercem a função de recepcionista na área da saúde do
município de Pitangueiras e Ibitiúva.
Resultados: Ainda é cedo para um parecer final, pois foram realizados 7 encontros,
mas já pudemos observar a interação, discussão de ideias, sugestões para melhora do
dia-a-dia e, a relação no ambiente de trabalho tem se mostrado com grandes índices de
aproveitamento, observando a diminuição das queixas por partes de clientes e equipe
técnica e, ainda maior efetividade no trabalho e na solução de situações inusitadas que
se apresentam.
Palavras-chave: Recepção, atendimento, capacitação, acolhimento, saúde.
Trabalho nº 2
Título:
BRINCANDO
DE
NUTRIR
–
ATIVIDADE
DE
EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL: ESTRATÉGIAS PARA MUDANÇA DE HÁBITO ALIMENTAR
Autores: CERRI, R1; MENEZES, KU2; SPERI, APSG3
1nutricionista;
enfermeira2; gerente3
Instituição: NADEF / SMS / PMRP
e-mail: [email protected]
Introdução:
A infância representa o estágio de vida de formação dos hábitos alimentares, que
tendem a permanecerem por toda vida. Com isto, trabalhos de educação nutricional têm
apresentado efeitos positivos na alimentação infantil.
Objetivo: Pelo fato dos inquéritos alimentares dos pacientes indicarem um baixo
consumo e aceitação de frutas e hortaliças e um alto consumo de guloseimas, esta
pesquisa teve como finalidade implantar estratégias de educação nutricional e prevenção
da obesidade, já que muitos pacientes também apresentam excesso de peso.
Metodologia: Para a elaboração das receitas foram necessários ingredientes in natura e
insumos culinários diversos. Esse projeto foi realizado mensalmente nas dependências
do Núcleo de Atenção ao Deficiente, durante os meses de dezembro de 2012 a setembro
de 2013 com a participação de 196 indivíduos com idade entre 4 a 13 anos. A
participação de cada paciente foi através da autorização do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido assinado pelo responsável legal pelo paciente. Nesse momento os
pais também responderam um questionário de satisfação. A pesquisa foi constituída das
seguintes etapas: informações nutricionais sobre o tema abordado; noções de higiene
pessoal e alimentar; elaboração da receita e degustação. Sendo que as receitas foram
elaboradas pelas crianças com a supervisão da nutricionista e da enfermeira. Intitulado
de “Brincando de Nutrir” os temas abordados foram de acordo com a safra agrícola e/ou
datas comemorativas.
Resultados e Discussão: Segundo os dados coletados na pesquisa de satisfação 70,4%
avaliou o trabalho como ótimo (138 pessoas); 17,85% acharam que o projeto foi bom
(35 pessoas); nenhum acompanhante achou a oficina ruim e 6,12%, (12 pessoas) não
responderam o questionário. Desta forma, o projeto recebeu uma nota média de 9,5.
Nesta oficina as crianças trabalham em grupo para prepararem a receita, assim, e
possível obter uma grande adesão das crianças durante a atividade, e um baixo índice de
rejeição da preparação na degustação.
Conclusão: Com o trabalho de educação nutricional em sala de espera foi possível
desenvolver ações que visem à mudança nos hábitos alimentares para recuperação e/ou
prevenção da obesidade e promoção de saúde, proporcionando melhor qualidade de vida
para a população, bem como, a troca de informações e conhecimentos entre usuários,
familiares e profissionais.
Referencias Bibliográficas
RODRIGUES, A. G. M.; PROENCA, R. P. C. Uso de imagens de alimentos na
avaliação do consumo alimentar. Revista de Nutrição, Campinas, v. 24, n. 5, p. 765776, 2011.
Palavras-chave: Educação nutricional; consumo de frutas e hortaliças; obesidade.
Trabalho nº 3
RX DOS ALIMENTOS - O QUE HÁ POR TRÁS DAS EMBALAGENS DE
ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS
Autores: CERRI, R1; MENEZES, KU2; SPERI, APSG3
1nutricionista;
enfermeira2; gerente3
Nome da instituição: NADEF
Instituição: NADEF / SMS / PM Ribeirão Preto
e-mail:[email protected]
Introdução: O poder aquisitivo do brasileiro cresce a cada ano. Tal fato, possui como
consequência um maior consumo de alimentos industrializados ultra processados, em
detrimento do consumo de frutas, legumes e verduras. Contudo, grande parte dos
consumidores desconhecem ou subestimam o valor nutricional dos alimentos ultra
processados. O consumo frequente desses alimentos está relacionado com a obesidade e
suas comorbidades. Recentemente a pesquisa Vigitel (2012), mostrou que 51% dos
brasileiros estão com excesso de peso. Tal fato está intimamente relacionado aos maus
hábitos alimentares e estilo de vida sedentário. Objetivo: Sendo assim, foi criado o
projeto “RX dos Alimentos”, onde é possível mostrar aos pacientes a quantidade de
óleo, açúcar e sal presente nos principais alimentos citados na anamnese alimentar.
Esse projeto teve como principal finalidade mostrar aos indivíduos o que há por trás das
embalagens dos alimentos industrializados. Pois foi observado que somente o ato de
falar sobre o valor nutricional desses alimentos torna-se abstrato, fato que contribui para
a baixa credibilidade do profissional e não adesão ao tratamento nutricional.
Metodologia: Para isso foi utilizado os alimentos industrializados mais consumidos
pelos pacientes. A mensuração dos macronutrientes e sódio foi de acordo com a tabela
nutricional. Os carboidratos simples e sódio foram ilustrados respectivamente por
açúcar cristal e sal de cozinha, já os lipídeos foram ilustrados através de líquido
amarelo, uma vez que não foi possível utilizar óleo de cozinha. Assim, todos os
nutrientes demonstrativos foram colados nas embalagens já descaracterizadas. Durante
a consulta foi perguntado aos indivíduos presentes: “Quanto de açúcar ou gordura ou sal
tem nesse alimento X?” Resultados: Geralmente os pacientes subestimam ou não
sabem responder. Assim, foi mostrado o quanto de cada nutriente tem aquele produto.
Nesse momento as famílias chocam, dizendo, muitas vezes, que não irão mais comer tal
alimento. Desta forma, ficou mais fácil a abordagem nutricional, pois, o profissional
apenas mostra o produto, e o paciente, muitas vezes tira suas próprias conclusões.
Conclusão: Nos retornos subsequentes, foi possível verificar uma redução no consumo
de guloseimas. Já que o uso de imagens costuma ser mais forte do que as palavras,
assim, a intervenção nutricional com o uso de materiais concreto facilita o entendimento
e melhora a adesão do paciente ao tratamento proposto.
Referencias Bibliográficas
AQUINO, RC.; PHILIPPI, ST. Consumo infantil de alimentos industrializados e renda
familiar na cidade de São Paulo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 6, p.
655-660, 2002.
Palavras-chave: Educação nutricional; alimentos industrializados e orientação
nutricional.
Trabalho nº 4
BUSCA DA QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA-CAPACITAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS QUE COMPÕEM O SAMU REGIONAL DE RIBEIRÃO
PRETO- DRS XIII
Autores: Leite, K.F.S; Silva, A.C; Silva, A.R.; FERNANDES, R.J.; Dinardi, M.M
e-mail: [email protected]
Instituição: SAMU Regional Ribeirão Preto
Introdução:
Considerando a atuação de trabalhadores em urgência e emergência sem habilitação
específica formal, podendo resultar em comprometimento da assistência realizada, e a
necessidade de garantir aprimoramento com capacitação periódica, objetivando
melhoria na qualidade da assistência, a portaria 2048 de 2002 do Ministério da Saúde
propõe os Núcleos de Educação em Urgências – NEU. Entre seus princípios destaca-se
qualificação assistencial fundamentada na identificação de situações problema locoregionais, extraídas do espaço de trabalho e do campo social.
Objetivos: Relatar as atividades do NEU-SAMU Regional Ribeirão Preto em um
período determinado.
Método: Relato de experiência de uma equipe de instrutores do NEU, trabalhando
necessidades profissionais identificadas por meio de aulas expositivas e práticas.
Resultados: Foram capacitados 344 profissionais do SAMU de municípios da DRS
XIII, em 10 turmas, num período de 75 dias contemplando os temas identificados pelo
grupo que atua na área. Resultados: em relação à categoria profissional. 45% são da
enfermagem- nível médio, 48% condutores de veículos de urgência e 11% são
enfermeiros responsáveis técnicos. 39% são do sexo feminino e 61% do sexo
masculino. Todos os municípios tiveram 100% de participação.
Conclusão: De acordo com os números obtidos, observa-se grande adesão dos
profissionais na busca do aprimoramento profissional, o que direciona para a
necessidade de continuidade das ações desenvolvidas pelo NEU-SAMU Regional
Ribeirão Preto, fortalecendo-o como importante ferramenta educacional em serviços de
urgência. A partir destes resultados, a equipe de instrutores sente-se motivada a
trabalhar dentro desta proposta.
Palavras-chave: emergência, educação, saúde.
Trabalho nº 5
FISIOTERAPIA INFANTIL NO CONTEXO DA ATENÇÃO BÁSICA:
RESSIGNIFICAÇÃO, NOVOS DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Autores: POLO, A.C.1; QUELUZ, M. C2.; MARCELANI, M. S3.
1
Fisioterapeuta da Secretaria Municipal de Saúde de Serrana-SP
2
Enfermeira Coordenadora da Atenção Básica do Município de Serrana-SP. Mestre em
Saúde Pública.
3
Secretaria Municipal da Saúde de Serrana
Instituição: UBS Dário José Rodrigues, Serrana, São Paulo.
e-mail: [email protected]
Introdução:
A infância é um dos períodos mais importantes na vida do ser humano. Afeto e
estimulação são fundamentais para o desenvolvimento de um novo ser. Acreditamos na
proposta de que o tratamento fisioterapêutico de um paciente infantil, precisa ser
diferenciado. Atualmente o fisioterapeuta vem destinando sua atenção, quase que
exclusivamente, à cura de doentes e à reabilitação de sequelados. Buscamos implantar
uma nova lógica de cuidado à criança, com vistas à reestruturação das práticas
profissionais e a redefinição do campo de atuação do fisioterapeuta.
Objetivos: Relatar a experiência da implantação e implementação de um serviço de
fisioterapia infantil na atenção básica do município de Serrana-SP, com vistas a
proporcionar novas possibilidades na saúde coletiva, demonstrando formas de exercício
da Fisioterapia que priorizem além do tratamento, a promoção e a prevenção da saúde.
Metodologia: Foram implantadas duas estratégias no município: uma Sala
Especializada em Fisioterapia Infantil (SEFI) em uma Unidade Básica de Saúde, cujas
ações são desenvolvidas baseadas no método lúdico de tratamento e acompanhamento.
A outra estratégia corresponde à avaliação do desenvolvimento infantil pelo
fisioterapeuta, nos dias de campanha de vacinação infantil.
Resultados: Além do tratamento e da reabilitação, o serviço de fisioterapia infantil
desenvolve ações de promoção e prevenção. Estas ações são realizadas por uma
fisioterapeuta especialista em fisioterapia infantil junto às equipes de atenção básica. A
maior parte dos atendimentos é realizada na faixa etária de 0 à 7 anos, por meio de
atividades lúdicas (brincadeiras), além de visitas domiciliares e reuniões com o grupo de
mães, com orientações acerca do desenvolvimento de ambientes e estilos de vida
saudáveis. Nas campanhas de vacinação aproveita-se o momento de maior concentração
de crianças para a realização de orientações e rastreamento de patologias do
desenvolvimento, problemas posturais, entre outros, sendo posteriormente estas crianças
encaminhadas para a SEFI para início do tratamento.
Conclusão: Este trabalho aponta possibilidades de atuação do fisioterapeuta no nível
primário de atenção à saúde. Possibilidades estas não apenas de caráter físico ou
patológico, mas também emocionais e sociais; além da importância do trabalho em
equipe interdisciplinar com inclusão da família, tanto no processo de reabilitação como
também na prevenção de agravos e promoção da saúde.
Palavras-chave: atenção primária à saúde, fisioterapia infantil
Trabalho nº 6
PREVALÊNCIA E DETERMINANTES DO ALEITAMENTO MATERNO
EXCLUSIVO NO MUNICÍPIO DE SERRANA-SP: SUBSÍDIOS PARA A
PRÁTICA PROFISSIONAL.
Autores: QUELUZ, M.C1; PEREIRA, M. J. B.2; SANTOS, C.B.S3; LEITE, A.M4,
Instituição: Centro de Saúde Dr. Placidio Martins de Assis. Serrana-SP.
e-mail: [email protected]
1
Enfermeira Mestre em Ciencias. Professora Assistente no Curso de Medicina da
Universidade de Ribeirão Preto-UNAERP. Coordenadora da Atenção Básica do município
de Serrana-SP.
2
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada ao Departamento MaternoInfantil e Saúde Publica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo (EERP-USP).
3
Matemática. Doutora em Estatística. Professora Associada do Departamento de
Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da EERP-USP.
4
Enfermeira. Doutora em Enfermagem em Saúde Pública. Professora Doutora do
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da EERP-USP.
Introdução:
A prática do aleitamento materno (AM) na Atenção Primária à Saúde (APS) é
considerada importante estratégia na redução da morbimortalidade infantil. Os
benefícios dessa prática compreendem aspectos desde a ordem nutricional e
imunológica, até psicológica, social e econômica. Contudo, a propagação de suas
vantagens não tem sido suficiente para reverter a tendência ao desmame precoce.
Objetivos: Identificar a prevalência e os determinantes do aleitamento materno
exclusivo (AME) em crianças menores de 6 meses de idade, assim como os fatores
facilitadores e dificultadores dessa prática na perspectiva das mães.
Metodologia: Estudo transversal e descritivo com abordagens quantitativa e
qualitativa. A primeira etapa, envolveu 275 crianças menores de 6 meses, vacinadas na
segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite em Serrana-SP.
Utilizou-se o questionário validado pelo Instituto de Saúde de São Paulo do Projeto
Amamentação e Municípios. Dentre as 275 mães, 39 participaram da segunda etapa do
estudo, por meio de entrevista semiestruturada e grupo focal.
Resultados: Na etapa quantitativa, foram identificados que apenas 30% das crianças
menores de 6 meses estavam em AME e as mães que trabalham fora sem licençamaternidade tem três vezes mais chance de desmamarem precocemente seus filhos. Na
etapa qualitativa foi identificado que os profissionais da saúde podem tanto promover
apoio como repulsa a amamentação, dependendo como o manejo do AM é conduzido.
Dentre os aspectos facilitadores, as mães sinalizaram que os atributos da APS têm
potencial para promover mudança na prática do AM, além do fato da experiência
prévia, acesso à informação, a boa alimentação, a redução dos gastos financeiros e a
prevenção de doenças. Dentre os aspectos dificultadores estão: o trabalho fora de casa, a
falta de acesso à licença-maternidade de 6 meses e o estresse materno, associado
principalmente à traumas mamilares e à crença de “leite fraco”.
Conclusão: A prática do AM é complexa e multifatorial que somada à maneira como a
assistência é muitas vezes conduzida, fragmentada, desarticulada e coercitiva, podem
potencializar as dificuldades do processo de amamentação e contribuir para o desmame
precoce. Este trabalho proporciona subsídios tanto para uma abordagem materna na
perspectiva da integralidade, como para a implantação e implementação de políticas
públicas municipais de apoio e promoção ao AM nos serviços de APS.
Palavras-chave: atenção primária à saúde, aleitamento materno, desmame
Trabalho nº 7
IMPLANTAÇÃO DO PRÉ NATAL DO PARCEIRO EM TODAS AS UNIDADES DE
SAÚDE DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: Minto, ECM; Vassimon, CS; Perin, EB; Manetta, RCB; Bovo, GC; Marin,
ML
Instituição: Laboratório Municipal SMS Ribeirão Preto
e-mail: laborató[email protected]
DESCRIÇÃO:
No ano de 2012 foi implantado no município o PRÉ NATAL do parceiro. Um pacote
de exames sorológicos para o diagnóstico de HIV, Hepatite B, Hepatite C e Sífilis que é
oferecido a todos os parceiros das gestantes que realizam o PRÉ NATAL na Atenção
Básica.
OBJETIVOS: Esta nova estratégia tem como objetivo atingir a população masculina
para diagnóstico destas doenças e também atuar na prevenção da transmissão vertical
das mesmas, já que estes homens são parceiros de gestantes.
ESTRATÉGIAS: Esta nova estratégia de diagnóstico foi implantada em parceria com
o Programa de Saúde da Mulher, o Programa DST/AIDS e a Divisão de Farmácia e
Apoio Diagnóstico. O Programa de Saúde da Mulher visitava as Unidades dando as
orientações sobre o acolhimento e o aconselhamento ao casal, o oferecimento destes
exames, deixando clara a importância da realização destes testes tanto para a saúde do
casal quanto do nascituro. Foi criado no sistema Hygia um procedimento laboratorial
único, o PN PAR – Pré natal do parceiro do qual fazem parte todas as sorologias
oferecidas. Esta estratégia foi implantada em Julho de 2012 e os resultados foram muito
além do esperado.
RESULTADOS E IMPACTO: No ano de 2012, de julho a dezembro foram realizados
2.387 procedimentos de PRÉ NATAL em gestantes e 374 procedimentos PN PAR
(16%) na fase inicial da implantação. Em 2013 até 08 de Outubro já foram realizados
4.036 procedimentos de PRE NATAL em gestantes e 1.008 procedimentos PN PAR
(25%). A aceitação do PN PAR foi além do esperado e o número vem aumentando a
cada dia. Estamos tentando facilitar o acesso aos homens nas Unidades de saúde,
realizando o atendimento e a coleta dos exames em horários alternativos. O Laboratório
mantém o mesmo fluxo das gestantes na liberação dos resultados REAGENTES,
avisando imediatamente via email os programas destes resultados para que possam ser
tomadas precauções imediatas a fim de se quebrar a cadeia de transmissão e com isso
atuar também na prevenção da transmissão vertical destas doenças. Já foram realizados
no total 1.382 procedimentos PN PAR e já foram diagnosticados 6 parceiros com HIV,
9 com Hepatite B, 12 com Hepatite C e 18 com sorologia reagente para Sífilis. Em
muitos destes casos as sorologias das gestantes eram discordantes e providências
imediatas puderam ser tomadas a fim de evitar o contágio da mãe e também uma
possível transmissão vertical para a criança. Além disso, um diagnóstico precoce foi
realizado nestes parceiros, já que todos eram assintomáticos e só realizaram os testes
devido a esta nova estratégia de diagnóstico.
Palavras-chave: Pré- natal parceiro, pré- natal, transmissão vertical.
Trabalho nº 8
ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: DEL CIAMPO LA, DEL CIAMPO IRL, FERRAZ IS
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DE
RIBEIRÃO
PRETO
DA
e-mail: [email protected]
Introdução: A Atenção Básica à Saúde do Adolescente ainda é pouco difundida e
praticada em nosso meio, embora mais de 18% da população brasileira seja composta
por indivíduos com idades entre 10 e 19 anos.
Objetivo: apresentar uma experiência pioneira e de sucesso em Atenção Básica à Saúde
do Adolescente em um modelo de atuação acadêmica docente assistencial.
Método: descritivo, que apresenta o Centro Médico Social Comunitário Vila Lobato
(CMSCVL), criado em 1969 em uma parceria entre Faculdade de Medicina, Hospital
das Clínicas e Secretaria Municipal da Saúde, todos de Ribeirão Preto.
Por meio de atuação com estudantes, estagiários, médicos residentes e docentes, foi
estabelecido um programa de seguimento ambulatorial em Hebiatria, contemplando
consultas agendadas periodicamente (a partir dos 10 anos de idade, com retornos a cada
seis meses, até que o adolescente complete 20 anos). Além das demandas clínicas e
sociais trazidas pelos adolescentes, as consultas e as reuniões em grupos abordam
questões relacionadas à alimentação, imunização, prevenção de acidentes, prevenção de
comportamentos de risco (álcool, tabagismo, drogas, gravidez), imagem corporal e
desempenho escolar e no trabalho. O atendimento clínico é oferecido em quatro
períodos (duas manhãs e duas tardes), semanalmente, quando a unidade de saúde se
prepara especificamente para acolher o adolescente, seja no aspecto físico do ambiente,
seja na postura e desenvolvimento de atividades de atendimento. Além de médicos,
outros profissionais como nutricionista, assistente social e psicólogo também participam
das atividades oferecidas aos adolescentes.
Este Programa de Hebiatria foi iniciado há 15 anos, primeiramente estendendo o
atendimento de seus pacientes para a faixa etária até os 19 anos e, posteriormente,
recebendo adolescentes que procuravam o serviço por terem se mudado para a área
geográfica da unidade de saúde, ou por terem nela sua escola ou local de trabalho.
O alto grau de adesão a esse programa e as pequenas taxas de faltas aos retornos e
evasão do serviço vem comprovar a importância desses atendimentos para a população
servida pelo CMSCVL.
Palavras-chave: ADOLESCENTE – ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE – PEDIATRIA
Trabalho nº 9
PUERICULTURA E ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DA CRIANÇA. 40 ANOS DE
ATIVIDADES DE UM SERVIÇO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM
RIBEIRÃO PRETO
Autores: DEL CIAMPO LA, DEL CIAMPO IRL, FERRAZ IS
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DE
RIBEIRÃO
PRETO
DA
e-mail: [email protected]
Introdução: A Atenção Básica à Saúde da Criança e do Adolescente é uma das ações
mais importantes para o pleno desenvolvimento social e econômico de uma população.
Objetivo: apresentar uma experiência pioneira e de sucesso em Atenção Básica à Saúde
da Criança e do Adolescente em um modelo de atuação acadêmica docente assistencial.
Método: descritivo, que apresenta o Centro Médico Social Comunitário Vila Lobato
(CMSCVL), criado em 1969 em uma parceria entre Faculdade de Medicina, Hospital
das Clínicas e Secretaria Municipal da Saúde, todos de Ribeirão Preto.
Por meio de atuação com estudantes, médicos residentes e docentes, foi estabelecido um
programa de seguimento ambulatorial em pediatria, contemplando consultas de
puericultura agendadas periodicamente (na primeira semana de vida, com 1, 2, 3, 4, 5,
6, 8, 10, 12, 15, 18, 21 e 24 meses de vida e, a cada seis meses, na faixa etária dos 2 aos
10 anos). A partir dos 10 anos, e até o final da adolescência, são agendadas consultas a
cada seis meses. Para as crianças, durante as consultas são abordados os principais
pontos relacionados à promoção da saúde e prevenção de agravos, a saber: aleitamento
materno, alimentação, crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor, vacinação,
prevenção de acidentes, além dos aspectos relacionados a eventuais queixas
apresentadas pelos pacientes. Entre os adolescentes são trabalhados os temas de
alimentação, imunização, prevenção de comportamentos de risco (álcool, tabagismo,
drogas, gravidez), imagem corporal e desempenho escolar e no trabalho. Diariamente
são agendadas 40 consultas de retornos, nos períodos de manhã e tarde, além do
atendimento dos casos que necessitem de consultas eventuais. Para os adolescentes são
reservados quatro períodos exclusivos na semana, diferenciando os aspectos de
atendimento daqueles oferecidos às crianças.
Nesses 43 anos de funcionamento, o CMSCVL registrou mais de 18000 pacientes,
mantendo a oferta de serviços de atendimento de consultas, em grupos e com visitas
domiciliares que reforçam a importância desse serviço junto à comunidade. O alto grau
de adesão aos programas e as baixas taxas de faltas aos retornos e evasão do serviço
vem comprovar a importância desses atendimentos para a população servida pelo
CMSCVL.
Palavras-chave: PUERICULTURA – ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE – PEDIATRIA
Trabalho nº10
USO DE TECNOLOGIA LEVE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA PARA
INCENTIVO À AMAMENTAÇÃO EM HIPERTROFIA MAMÁRIA
Autores: TAVARES, WR 1
1
Enfermeiro da Secretaria Municipal da Saúde e Estratégia Saúde da Família.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde
e-mail: [email protected]
Introdução: A hipertrofia mamária caracteriza-se por um excesso de pele, gordura e
glândula mamária, geralmente bilateral, podendo chegar a volumes extremados
denominados gigantomastia e comprometer a saúde da mulher levando ao
constrangimento e dificultar o processo de aleitamento materno.
Objetivo: Relatar a experiência do enfermeiro de uma USF de Ribeirão Preto no
acompanhamento do binômio mãe-bebê onde a mãe apresentava hipertrofia mamária e
desejo de amamentação.
METODOLOGIA E RESULTADOS: O binômio mãe-bebê chegou à USF com 3 dias
pós-parto normal onde foi realizada a consulta de enfermagem. Percebeu-se boa
produção láctea, desejo da mãe em amamentar, porém a mesma referiu que não
amamentou os filhos anteriores devido a hipertrofia mamária. Sentimos a necessidade
de criar um suporte que favorecesse o levantamento da mama para melhorar o
posicionamento, a pega da RN e melhorar o vínculo afetivo olho-no-olho tão importante
no processo de amamentação para o binômio. Utilizamos inicialmente faixa feita em
tecido de algodão, porem sentimos a necessidade em melhorar esse instrumento com
tecnologia acessível. Criamos um novo suporte para as mamas, tipo tipóia,
desenvolvido com malha tubular, papelão, algodão ortopédico que resultou num
instrumento de baixo custo, de alta funcionalidade que facilitou o processo do
aleitamento materno.
CONCLUSÃO: O desejo de amamentar é fator decisivo para o sucesso do aleitamento
materno e que vários fatores podem contribuir para o desmame precoce como mastites,
ingurgitamento mamário, dificuldade de vínculo mãe-bebê, posicionamento e pega do
RN, apoio familiar e profissional, sendo a hipertrofia mamária mais um fator que pode
desmotivar a amamentação devido as dificuldades e desconforto e o apoio profissional e
familiar é de extrema importância para o sucesso e manutenção do aleitamento materno
como preconizados pelo Ministério da Saúde.
Palavras-chave: Tecnologia leve; Amamentação; Puerpério; Hipertrofia mamária.
BIBLIOGRAFIA:
1 - Araujo C.D.M; Gomes H.C; Veiga D.F; Hochman B; Fernandes P.M; Novo N.F;
Ferreira L.M. Influência da hipertrofia mamária na capacidade funcional das
mulheres. Rev. Bras. Reumatol; 47 (2): 91-96. Março-Abr.2007.
2- Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Nutrição Infantil – Aleitamento
Materno e Alimentação Complementar. Cadernos de Atenção Básica Nº 23. Brasília.
DF. 2009.
Trabalho nº 11
Publicação não autorizada.
Trabalho nº 12
Publicação não autorizada.
Trabalho nº 13
ANÁLISE
DOS
INDICADORES
DE
ALEITAMENTO
MATERNO
APÓS
IMPLANTAÇÃO DA REDE AMAMENTA BRASIL NAS UNIDADES DE SAÚDE
DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: REIS,MCG 1; TAVARES,WR 2; BÁRBARO,MC 3; SPANO,AMN 4
1
Enfermeira _ Coordenadora do Programa Municipal de Aleitamento Materno
2
Enfermeiro – Tutor da Rede Amamenta Brasil
3
Médica – Coordenadora do Programa de Saúde da Criança e Adolescente
4
Enfermeira – Docente da Escola de Enfermagem – USP – RP.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: O AM como principal forma de prevenção de mortes e promoção da
saúde do binômi tornou-se tema nas diversas campanhas e programas governamentais,
pois AME não está consolidado em nossa sociedade, conforme o preconizado pelo
Ministério da Saúde. A partir deste contexto criou-se A RAB, em 2008 Portaria MS/GM
nº 2799 com finalidade de aumentar índices de AM. OBJETIVOS: Avaliar as
pactuações nas 17 unidades de saúde que realizaram Oficinas e verificar indicadores de
AME.
METODOLOGIA: Buscou-se dados nas fichas de monitoramento pelos tutores que
acompanharam estas unidades trimestralmente, no período janeiro 2010 a dezembro
2012 e discutiram dificuldades e possibilidades das ações locais voltadas à
amamentação.
RESULTADOS: Pactuadas total 106 ações de promoção do aleitamento no pré natal,
pós natal e comunidade. (média de 7 por unidade, com variação de 3 a 14).Totalmente
implantadas 78 ações (73 %), parcialmente 14 ações (13%) e não implantadas 14 (13%)
respectivamente. Indice de AME em crianças menores de 6 meses, monitoradas nas
salas de vacinas ou em visitas domiciliares destas unidades foi de 63,3% ( com variação
de 37,0% a 78,1%).
CONCLUSÃO: Houve possibilidade de implementação das ações de aleitamento na
atenção básica do município e diferença significativa nos índices AME nas unidades,
quando comparado ao índice de AME realizado na campanha de vacinação de 2011, que
foi de 32,5% ( Projeto Amamentação e Municípios- Amamunic- SES). Esta estratrégia
possibilitou melhora dos indicadores e houver sensibilização dos profissionais para
incentivo e manutenção do AM e melhora no cuidado materno-infantil diminuindo
riscos e agravos à saúde da criança.
Palavras-chave: Indicadores; aleitamento materno; atenção básica.
REFERÊNCIA:
1- Ministério da Saúde. Rede Amamenta Brasil: Os primeiros passos(2007-2010),
2011;
2- www.saúde.ribeiraopreto.sp.gov.br/programas/ , 2012.
Trabalho nº 14
A ATENÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DO MOVIMENTO SEM TERRA:
AÇÕES PROMOTORAS DE SAÚDE.
Autores: OLIVEIRA, MW¹; CARLETTI, MQ²; ELISEI, SS3; BUENO, T4;
GERMANO, ESS5.
1 – Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família Boa Esperança de Serrana-SP.
2 – Enfermeira Coordenadora da Atenção Básica do Município de Serrana-SP. Mestre
em Saúde Pública.
3 –Técnico de Enfermagem do Centro de Saúde III.
4 – Enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família III.
5 – Enfermeira do Centro de Saúde III.
Instituição: Centro de Saúde III, Serrana, São Paulo.
e-mail: [email protected]
e-mail: saú[email protected]
Introdução: Vivenciamos em nosso cotidiano diversas situações que comprometem a
qualidade de nossa saúde. Os fatores sócio-ambientais são imprescindíveis para a
manutenção de condições básicas desta qualidade de saúde. Sabe-se que as pessoas que
fazem parte de acampamentos vivem, em sua maioria, em condições sanitárias e de
moradia precárias. Desta forma, identificamos nesta atividade, diversos fatores que
aumentam a exposição à patógenos, além de outras situações que potencializam os
riscos para a saúde das populações que moram em um acampamento sem terra.
Objetivos: Realizar atividades educativas a fim de agregar competências necessárias
para melhorar a qualidade de saúde desta população frente às condições sociais e
sanitárias encontradas naquele local. Metodologia: Foi realizada previamente uma
avaliação diagnóstica, em que levantamos, juntamente com aquele grupo, suas
principais necessidades de saúde e outras solicitações. Estruturamos um plano de ação
baseado em 3 momentos: Hipertensão e Diabetes, Saúde da Mulher e Saúde da Criança.
Resultados: Muitas solicitações feitas pelo grupo de pessoas que entrevistamos diziam
respeito a ações intersetoriais. Para tanto, esforços foram realizadas no sentido de
acionar outras repartições públicas, como por exemplo, zoonoses e assistência social,
para nos auxiliar nas diversas demandas. Porém, dentro das ações que cabiam
estritamente a saúde, dividimos os problemas encontrados em três grandes eixos e
realizamos atividades educativas, em que procuramos abordar os conteúdos
relacionados as necessidades daquela população específica. Nesta amostra iremos
apresentar os temas Hipertensão e Diabetes e Saúde da Criança. A primeira atividade
que abordou os temas Hipertensão e Diabetes teve enfoque na promoção da saúde e
prevenção de agravos, também foram verificados valores pressóricos e glicêmicos e
realizados encaminhamentos clínicos. Na última atividade, referente à Saúde da
Criança, foi discutido sobre parasitoses, pediculose, alimentação saudável, higiene,
dengue, além de distribuirmos vermífugos e cloro, este último, para ser colocado nos
recipientes com água. Conclusão: Apesar do caráter de pontualidade nesta ação,
acreditamos ter contribuído para aumentar as competências necessárias para que a
população daquela localidade possa se orientar cada vez melhor em sua saúde individual
e coletiva.
Palavras-chave: Promoção da saúde, Atenção básica.
Trabalho nº 15
“Responsabilidade e Compromisso Não Criam Mosquito”
Autora: Taveira, LA e Equipe IEC
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde – Divisão de Controle de Vetores
Secretaria Municipal da Saúde, Ribeirão Preto – SP
e-mail: [email protected]
Divisão de Controle de Vetores e Animais Peçonhentos
Introdução
Pontos Estratégicos são imóveis cadastrados, com grande quantidade de
recipientes que acumulam água propiciando infestação por Aedes aegypti. Exemplos:
borracharias, comércio de sucatas, desmanches, etc.
Ribeirão Preto possui 580 Pontos Estratégicos cadastrados, com classificação I,
II e III, são visitados quinzenalmente pelos Agentes de Controle de Vetores orientando
medidas de controle mecânico e químico, na tentativa de obter o envolvimento dos
responsáveis para dar continuidade ao trabalho.
2 – Objetivos

Obter compromisso, estimular a responsabilidade para que proprietários e
funcionários adotem medidas de controle, organização e armazenamento correto
dos materiais existentes na área interna e externa.

Sensibilizar e conscientiza-los sobre a gravidade da dengue.
3 – Metodologia

Análise das visitas dos Agentes de Controle de Vetores de janeiro a julho de
2012 para selecionar os imóveis com reincidência de focos;

Foram selecionados 50 Pontos Estratégicos, 10 de cada Distrito, com maior
incidência de focos com classificações II e III;

As visitas com Abordagem Educativa foram realizadas pela Equipe de
Informação, Educação e Comunicação nas áreas internas e externas a fim de
detectar os problemas;

Realizou-se capacitações teóricas e práticas para os proprietários e funcionários,
sobre as principais medidas de controle e o uso correto dos produtos
alternativos;

Registrou-se através de fotos a situação atual e as melhorias do imóvel;

Envolver a Vigilância Sanitária quando necessário.
4 - Resultados
•
Dos 50 Pontos Estratégicos programados, 46 (92%) foram trabalhados;
•
Dos 46 Pontos Estratégicos trabalhados, (100%) foi possível realizar a vistoria
com abordagem educativa;
•
Em 41 (89%) realizou orientações teóricas e treinamento prático;
•
Em 05 (14%) realizou Palestra sobre Dengue;
•
Em 28 (61%) obtivemos mudança de comportamento relacionado ao
controle da Dengue;
•
Em 08 (17%) necessita intervenção social;
•
Em 02 (4%) encaminhou para o Centro de Controle de Zoonoses
(roedores).
05 – Conclusão
Através da análise dos dados, observa-se que apesar do cumprimento da meta de
visitas pactuadas, há vários anos não ocorreu mudanças ou envolvimentos dos
proprietários e funcionários. É possível obter mudanças de comportamento desde que
haja envolvimento, diálogo, sugestões e informações epidemiológicas e entomológicas
atualizadas.
Palavras-chave:
Trabalho nº 16
PROPOSTA DE UM BANCO DE DADOS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
PARA O CUIDADO EM SAÚDE DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS
Autores:
VEGRO,
TC1;
FERRO,
D2;
SILVA,
MTRA3;
PASSELI,
IAG4;
MAGALHAES, PKR FILHO, JT; OLIVEIRA, LM
Instituição: Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
e-mail: [email protected]
Introdução
O Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, localizado no distrito Oeste do município
é um Serviço de atendimento secundário, o qual atende uma população estimada de
160.000 habitantes, contando com diversos ambulatórios de especialidades, dentre eles
o que trata exclusivamente de pacientes portadores de Diabetes Mellitus – que é uma
patologia altamente prevalente na sociedade e representa um grave problema de saúde
pública devido as suas complicações crônicas, acometendo 12,1% da população do
município de Ribeirão Preto em 2010 – no qual seu número tem aumentado
significativamente a cada dia. Diante disto, houve a necessidade da criação de um
instrumento para o controle e o planejamento de ações em saúde para estes pacientes.
Objetivos
Desenvolver um banco de dados para a melhoria da gestão do Serviço, visando o
controle e planejamento das ações em saúde para os pacientes do ambulatório de
Diabetes Mellitus do Serviço.
Metodologia
Tratou-se do desenvolvimento de um instrumento tecnológico no Microsoft Office Excel
2007, no qual os pacientes são separados por ordem alfabética, ou seja, há uma planilha
para cada letra do alfabeto, onde constam os dados principais de cada paciente (nome,
número hygia, endereço, UBS de referência, idade, data de nascimento, telefone,
escolaridade, ocupação, estado civil, com quem mora, se possui cuidador, data do
diagnóstico de Diabetes Mellitus, tipo de Diabetes Mellitus, presença de comorbidades,
dados da última consulta médica e de enfermagem, medicamentos de uso domiciliar,
presença de feridas e suas características, data da última consulta oftalmológica e
resultado dos últimos três exames laboratoriais).
Resultados e Conclusões
A utilização do banco de dados representou um grande avanço para a gestão do
ambulatório e, principalmente, para a melhoria da qualidade da assistência prestada,
pois ao trazer um compilado das principais informações de cada paciente de forma
organizada e de fácil visualização possibilitou o maior controle dos pacientes com
Diabetes Mellitus, o planejamento de ações em saúde, o estabelecimento de metas e a
continuidade do cuidado, bem como a racionalização do serviço e recursos humanos,
visto que tornou todo o processo do cuidado no ambulatório mais rápido, desde a gestão
até a intervenção.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Gestão de Serviços; Saúde.
Trabalho nº 17
DESPERTAR DOS SONHOS
Autores: ANDRADE, FAC; FARHAT, PB; ITO, L; COSTA, MM; RIBEIRO, EMG;
PINHEIRO, ML
Instituição: USF João Thiago de Camargo – Monte Alto
Secretaria Municipal da Saúde de Monte Alto
e-mail: [email protected]
Introdução
A concepção de velhice como uma fase da vida nem sempre esteve presente na história
humana. O termo velhice surgiu entre os séculos XIX e XX, a partir de uma série de
mudanças específicas, assumindo diferentes discursos, passando a ser considerada como
etapa diferenciada da vida (SILVA, 2008).
Desse modo, conforme exposto por Carvalho (2006), o processo de envelhecimento,
assim como a fase da vida velhice, são caracterizados pelo declínio das funções
biológicas. Porém, o envelhecimento está relacionado a múltiplos fatores como
fisiológicos, cognitivos, ambientais, sociais e culturais, atingindo diversos sistemas do
organismo, observadas em mudanças no desempenho de algumas habilidades e
capacidades cognitivas.
Diante desses fatores que, a experiência de envelhecer tem passado por várias
transformações nos últimos anos, alterando assim as imagens sociais, os desafios e as
identidades ligadas a esse processo de envelhecimento (PEREIRA, 2006).
Partindo desse contexto, surge no final dos anos 60 na França, o termo ‘terceira
idade’, com a finalidade de atribuir aos idosos predicados juvenis e dinâmicos, uma
nova identidade ligada à liberdade, ao lazer e a atividade. Apresentando-se como uma
mudança de atitude em que o idoso expressa novos padrões de comportamento de uma
geração que se aposenta e envelhece ativamente (ALBERTE, 2009).
Refere-se ainda a uma opção de vida, um estilo independente de viver a velhice, o qual
todos podem aderir. Assim, não existe um ponto determinado que caracterize o ficar
‘velho’ (STUART-HAMILTON, 2002).
Objetivo
Melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem no povoado de Ibitirama, distrito de
Monte Alto-SP, pois esses idosos tem pouca ou nenhuma ocupação, considerando uma
população de 150 habitantes, sendo maioria, idosos.
Metodologia
Realizamos uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação de modo que nosso
trabalho de orientação vem sendo realizado na escola da área de abrangência da equipe
de saúde da família, uma vez que entendemos que preservar o ambiente em que o idoso
está envolvido em seu cotidiano traduz a realidade de suas ações. Neste sentido o
trabalho é realizado através de encontros diários, de segunda a sexta com duração de 3
horas, em que são realizados grupos de atendimentos, roda de conversa, tornando-se
evidente a necessidade de atenção adequada à sua saúde, estabelecimento de vínculo,
criação de laços de compromisso e de responsabilidade entre os profissionais de saúde e
a população. Contamos com uma equipe formada de médico, enfermeira, auxiliar de
enfermagem, farmacêutico, psicóloga, nutricionista, educador físico, dentista, agente
comunitária e voluntárias que ensinam artesanatos (pintura, bordados, e outros).
Resultado
Estar inserido no ambiente comum a esses idosos propiciam reproduzir a realidade de
suas ações cotidianas, auxiliando deste modo a melhorar a qualidade de vida destas
pessoas. Pois criamos um espaço de acolhimento, trocas de experiências, contatos
interpessoais, onde o idoso pode ser ouvido e cuidado.
Conclusão
A realização de ações intersetoriais possibilita ampliar as ações de saúde na comunidade
principalmente quando se tratam de idosos, que são pessoas muito carentes
emocionalmente, principalmente estes idosos de Ibitirama, que há tempos sentem-se
esquecidos, por morarem em um distrito que não oferece nenhuma atividade
diferenciada para eles.
Palavras-chave: Idosos- Prevenção-Promoção.
Trabalho nº 18
A INSERÇÃO DA ODONTOLOGIA NO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Autores: MESTRINER, SF1, 3; MACEDO, LD1, 2; FREITAS, VR1, 3; FRACON, ET1, 3;
BISTANE, PJ4; WATANABE, M3; MESTRINER-JÚNIOR, W3; GONÇALVES, M3;
FERRARI, TC2; SILVEIRA, F3.
1FMRP-USP/ 2Hospital
das Clínicas/ 3FORP-USP/ 4Secretaria Municipal de Saúde de
Ribeirão Preto
Instituição: FMRP-USP/ Hospital das Clínicas/ FORP-USP/ Secretaria Municipal de
Saúde de Ribeirão Preto
e-mail: [email protected], [email protected]
Introdução: O programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde,
projeto pactuado com Universidade de São Paulo - USP, Secretária Municipal de Saúde
de Ribeirão Preto e Comissão Permanente de Integração Ensino-Serviço do
Departamento Regional de Saúde DRS XIII da Secretaria Estadual de Saúde do Estado
de São Paulo; envolve as unidades FMRP, FCFRP e FORP-USP com o objetivo de
promover o desenvolvimento de habilidades e competências profissionais que
possibilitem a psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas,
fonoaudiólogos, cirurgiões-dentistas, farmacêuticos e físicos-médicos o exercício
profissional qualificado para o cuidado integral à saúde da população presente no
Distrito Oeste de Saúde de Ribeirão Preto. Objetivo: Apresentar a proposta de inserção
da Odontologia na Residência Multiprofissional. Metodologia: As atividades teóricas e
práticas de ensino foram organizadas em dois anos de formação, em tempo integral,
com carga horária semanal de 60 horas, divididas em um eixo transversal, comum as
áreas, e outro específico para cada profissão, sendo Atenção Primária (60%), Atenção
Secundária (20%) e Atenção Terciária (20%), de modo a contemplar os diferentes
níveis de complexidade tecnológica da atenção, com a percepção da necessidade da
referência e contra-referência entre os níveis. Resultados: A integração teórico/prática,
o trabalho multiprofissional e em equipe para a integralidade do cuidado em saúde tem
potencializado a reorganização tanto do modelo de atenção como na formação, visando
o enfrentamento das necessidades de saúde. As ações de Saúde Bucal propostas
expressam os princípios e diretrizes do SUS e da Política Nacional de Saúde Bucal.
Conclusão: A inserção da Odontologia na Residência Multiprofissional fortalece o
desenvolvimento do trabalho em equipe e a troca de saberes para a construção de novas
competências profissionais, além de aprofundar e ampliar as parcerias já existentes entre
a academia e os serviços; participando de um movimento ampliado, integrado e
articulado de forma cooperativa. A transformação das práticas de saúde e de formação
profissional tem indicado
a ampliação do acesso aos serviços de saúde bucal e
consequentemente a melhoria na condição de saúde da população.
Palavras-chave: Residência, Multiprofissional.
Trabalho nº 19
DA EVENTUALIDADE SOLIDÁRIA À PROMOÇÃO À SAÚDE
Autor: SILVA JUNIOR JR1.
1
Enfermeiro da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde Jardim Dom Pedro I
Serrana-SP, pós graduando de especialização de gestão em enfermagem.
Instituição: Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde da Família, Jardim Dom
Pedro I - Serrana São Paulo.
e-mail: [email protected]
Introdução: A atenção à saúde no Brasil tem investido na formulação de políticas de
promoção à saúde. Grandes esforços na construção de um modelo de atenção à saúde
que priorize ações de melhoria da qualidade de vida dos sujeitos e da coletividade,
assim como o fortalecimento da participação social, em especial a equidade e o
individual e comunitário. Objetivo: Apresentar relato de experiência da Estratégia de
Agentes Comunitários de Saúde (EACS) do município de Serrana com vistas à
promoção da saúde. Metodologia: Realização de abordagem aos usuários da terceira
idade ao inicio e ao fim das caminhadas, dos passeios, dos eventos dos dias das mães,
dia dos pais, festa junina, dia das crianças e confraternização de final de ano, analisando
o grau de satisfação dessa comunidade por meio de gestos, atos e palavras sempre
positivas além das orientações dadas através de informações enfatizadas na saúde da
família e também no sistema de informação de atenção básica onde se é registrado todos
os dados inclusive esses eventos solidários e comunitários uma das metodologias é o
atendimento aos objetivos que se propõem e que se espera tanto da comunidade quanto
dos próprios profissionais Resultados: Os resultados se mostraram satisfatórios, tanto
para a equipe de profissionais quanto para a comunidade, que demonstram por meio da
comunicação verbal e não verbal satisfação em poder ser atores destes cenários de
promoção da saúde e prevenção de doenças. Conclusão: Conclui-se com este trabalho
que a eventualidade solidária e a promoção de saúde devem fazer parte de qualquer
programa de saúde e estar presentes na prática diária dos profissionais da atenção
básica.
Palavras-chave: atenção primária à saúde, promoção, prevenção
Trabalho nº 20
PACTO PELA BOA SAÚDE: EQUIPE DA ATENÇÃO BÁSICA AUXILIANDO
AS PESSOAS QUE QUEREM MELHORAR SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE.
BUENO T1; QUELUZ, M. C2.
Unidade de Saúde da Familia III. Serrana-SP. [email protected]
1
Enfermeiro Responsável Técnico da Unidade de Saúde da Família III do município de
Serrana-SP.
2
- Enfermeira, Mestre em Ciências pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da
EERP/USP. Docente na Universidade de Ribeirão Preto-UNAERP. Coordenadora da
Atenção Básica do município de Serrana -SP.
Instituição: Unidade de Saúde da Família III – Serrana
e-mail: [email protected]
Introdução: Atualmente, grandes esforços na construção de um modelo de atenção à
saúde que priorize ações integrais de melhoria da qualidade de vida dos sujeitos e da
coletividade vem desenvolvendo-se na perspectiva de evitar que as pessoas se
exponham a fatores condicionantes e determinantes de doenças. As mudanças de
hábitos de vida, principalmente relacionados à alimentação, falta de atividade física e
uso irregular de medicamentos, são desafios enfrentados no cotidiano das equipes de
atenção básica. Objetivo: Descrever a experiência da implantação de um Programa
denominado “Pacto pela boa Saúde” em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do
município de Serrana-SP. Metodologia: Durante o desenvolvimento das atividades na
USF, percebeu-se uma procura significativa da comunidade quanto à adoção de hábitos
de vida saudáveis na busca de melhorar a qualidade de vida, principalmente no que diz
respeito à prevenção e controle de doenças crônicas como: diabetes mellitus tipo 2,
hipertensão arterial, sobrepeso e obesidade. Por meio do desenvolvimento de um
protocolo assistencial e fluxograma o usuário é convidado a participar do programa.
Após sua adesão, o usuário realiza consulta com o enfermeiro, com o medico da família
e com cardiologista, se necessário. A consulta de enfermagem busca principalmente a
promoção da saúde e prevenção de agravos, com orientações, verificação do peso,
índice de massa corporal, pressão arterial e glicemia capilar. Resultados: observou-se
no período de 30 de agosto a 30 de outubro de 2013 que 36,6% dos usuários
conseguiram reduzir o índice de massa corporal apenas com a primeira consulta
realizada pelo enfermeiro. Verificou-se também que a somatória total do peso do grupo
em agosto era de 827,800 Kg passando para 824,450 Kg em outubro, significando uma
perda total do grupo de 3,350 Kg. Conclusão: Podemos considerar que esta iniciativa
tem potencial para contribuir na prevenção de doenças e na promoção da saúde dos
indivíduos de uma comunidade, podendo ser implantada e/ou implementada em outras
unidades de saúde da família do município.
Palavras-chave: atenção primária à saúde, promoção, prevenção.
Trabalho nº 21
GRUPO MULTIPROFISSIONAL DE POTENCIALIZAÇÃO DO AUTOCUIDADO E PROMOÇÃO DE SAÚDE PARA PACIENTES COM DOR
LOMBAR
Autores: NEVES, TM¹; RAMOS, BG¹; NOVAES, LC²; TAKATA, DY³; OLIVEIRA,
AS4
Instituição:
¹ Fisioterapeuta Residente Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde, FMRP-USP.
² Terapeuta Ocupacional Residente Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde,
FMRP-USP.
³ Farmacêutica Residente Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde, FMRP-USP.
4
Docente Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Doenças Crônicas Degenerativas,
FMRP-USP.
Instituição: Centro de Saúde Escola - Sumarezinho Residência Multiprofissional em
Atenção Integral à Saúde – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo
e-mail: [email protected]
Introdução: Dor crônica é uma doença que interfere em diversos contextos da vida do
indivíduo e a dor lombar cronificada ocupa um papel epidemiológico de destaque,
necessitando de intervenção multidisciplinar em razão da sua multidimensionalidade e
por prejudicar o desempenho nas atividades de vida diária e a participação social.
Objetivo: Realizar um grupo de intervenção multiprofissional para orientar,
potencializar o autocuidado e promover saúde para portadores de dor lombar crônica
que
aguardavam
atendimento
individual,
segundo
encaminhamento
médico
especializado. Metodologia: O grupo foi realizado semanalmente no período noturno,
com encontros de uma hora e meia de duração, no Setor de Fisioterapia do Centro de
Saúde Escola - Sumarezinho. Participaram dessa atividade 11 usuários com dor há 13
anos em média, todos do sexo feminino e com idades entre 42 e 69 anos (57±13,6).
Todas passaram por triagem e posterior avaliação fisioterapêutica através de anamnese,
exames físicos, Escala Visual Analógica da dor (9,4 ±0,7) e aplicação do Questionário
Oswestry para dor lombar (38,8±6,1). Foram realizados oito encontros coordenados por
Residentes Multiprofissionais em Atenção Integral à Saúde (FMRP-USP) das áreas de
fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia, psicologia e nutrição. Foram abordados
temas como adequação postural durante as atividades diárias, ação terapêutica dos
diversos medicamentos utilizados e automedicação, exercícios físicos para minimização
da dor, técnicas de controle da dor através da termoterapia, alimentação balanceada e
adequada, as questões psicológicas e estratégias de enfrentamento diante das dores.
Resultados: O trabalho obteve significativa adesão dos usuários, que relataram
amenização das dores e a criação de novas perspectivas de enfrentamento diante da dor
em suas atividades cotidianas. Após um mês e meio do término dos encontros as
participantes foram contatadas e a EVA e o Questionário de Oswestry foram
reaplicados. Verificou-se uma redução da percepção da dor para (5,4 ±2) e para (34
±9,6) no Oswestry. Conclusão: Frente aos dados apresentados e dos relatos positivos
dos usuários que puderam participar desta experiência, pretende-se repetir ou tornar esta
atividade multiprofissional como modelo e permanente no serviço.
Palavras-chave: Dor crônica; Lombar; Grupo; Multiprofissional; Promoção.
Trabalho nº 22
AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA DESTACANDO SATISFAÇÃO E
INSATISFAÇÃO
DOS USUÁRIOS, COM ÊNFASE NA ACESSIBILIDADE
Autores: ABRAHÃO-CURVO, P1; PEREIRA, MJB2; MATUMOTO, S3; CACCIABAVA, MCG4; QUELUZ, MC5.
1- Enfermeira Obstetra, Mestre em Ciências e Especialista em Saúde Pública do
Departamento Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP).
2- Enfermeira, Livre-docente. Professor Associado do Departamento Materno Infantil e
Saúde Pública da EERP-USP.
3- Enfermeira, Doutora em Enfermagem em Saúde Pública. Professor Doutor do
Departamento Materno Infantil e Saúde Pública da EERP-USP.
4- Assistente Social, Professor Doutor do Departamento de Medicina Social da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
5- Enfermeira, Mestre em Ciências pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da
EERP/USP. Docente na Universidade de Ribeirão Preto-UNAERP. Coordenadora da
Atenção Básica do Município de Serrana-SP
Nome da instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP) - Ribeirão
Preto – SP
e-mail: [email protected]
Introdução: Esta investigação de caráter avaliativo da Atenção Básica à Saúde,
pretende produzir subsídios para decisões que possam fortalecer a atenção básica,
pautados na integralidade da atenção com enfoque na dimensão do acesso. Pesquisas de
avaliação permitem verificar o modo como os direitos individuais e de cidadania são
observados no acesso e utilização do sistema de saúde, considerando a assertiva das
percepções dos usuários em relação às suas expectativas, valores e desejos. Na
literatura, identificamos que a avaliação para decisão deve considerar metodologias de
apreensão da realidade que possam ressignificar as práticas, envolvendo a participação
de todos os atores responsáveis pela produção da saúde para que reflita em impacto na
qualidade dos serviços. Pautamo-nos em estudos que apontam o estrangulamento do
atributo acesso e também naqueles que revelam fragilidade da participação e do controle
social. Objetivo: Avaliar a satisfação e a insatisfação em relação ao acesso, manifestadas
pelos usuários das Unidades de Saúde da rede de atenção básica do Distrito Oeste do
município de Ribeirão Preto/SP. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem
qualitativa com 39 usuários participando de 4 grupos focais. Recorremos à análise de
conteúdo em sua modalidade temática. Resultados: Foi identificada a categoria
empírica: acesso a diferentes tipos de ações e de serviços de saúde, na qual a prática e o
conhecimento dos trabalhadores na conformação dos serviços, possibilidades de
atendimento às demandas e rotinas que podem obstaculizar ou facilitar o acesso ao
elenco de serviços, foram responsáveis por uma mescla de expressões de satisfação e
insatisfação. Já a localização da unidade de saúde, equipamentos, serviços e materiais
disponíveis em sua estrutura física foram avaliados muitas vezes pelas expressões
negativas dos usuários. Dentre os atributos da atenção básica emanados do discurso dos
usuários, a integralidade, além do elenco de serviços ofertados, também comportou os
aspectos relacionados à responsabilidade do serviço frente às necessidades demandadas.
Conclusões: O conjunto dos resultados permite afirmar avanços na implantação da
atenção básica no que diz respeito à ampliação da rede com diversidade na oferta de
serviços. Estes investimentos possibilitaram aos usuários manifestarem satisfação com o
elenco de serviços, porém essa satisfação foi afetada pela dimensão do acesso
organizacional, pois se constatou que a satisfação não se caracteriza exclusivamente
pela presença dos serviços em seu aspecto geográfico. O investimento precisa ser na
infraestrutura física e material, mas também, na capacitação dos trabalhadores e na
formação dos futuros profissionais, de forma que coadune com os princípios da atenção
básica.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Atenção Básica; Avaliação; Satisfação; Acessibilidade
Trabalho nº 23
OFICINA DE MEMÓRIA E PROMOÇÃO DE SAÚDE NA COMUNIDADE
Autores: FERNANDES, ACG1,2; ZANINI, LF1,2; SORRINI, DCF1,2; PEREIRA, RAT3;
CORREA, MAP3
FMRP1, HCRP2 , SMS-RP3
Instituição: Núcleo de Saúde da Família V, Ribeirão Preto, São Paulo,
Residência Multiprofissional de atenção integral a saúde FMRP
E-MAIL: [email protected]
Introdução: Na população idosa, são comuns queixas relacionadas ao esquecimento.
De acordo com a literatura, as funções mentais superiores podem ser estimuladas, ou
mesmo, recuperadas através de treinamentos de memória os quais podem repercutir
positivamente na vida diária dos idosos. Objetivo: O objetivo é descrever a Oficina de
Memória aplicada a idosos usuários de um Núcleo de Saúde da Família de Ribeirão
Preto. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um Núcleo de
Saúde da Família de Ribeirão Preto e composta por 15 indivíduos idosos, em média, os
quais apresentam queixas referentes à memória de curto prazo, ocorre uma vez por
semana, com duração de uma hora e conta com a coordenação de Graduandos do curso
de Fonoaudiologia, Fonoaudiólogos e Agente Comunitário de Saúde. São utilizadas
estratégias de baixo custo, como jogos de memória e atividades lúdicas, que visam à
otimização de memória auditiva, visual e sinestésica de curto prazo dos participantes.
Resultados e Conclusões: Como benefícios com a criação do grupo pudemos observar
a otimização da memória dos participantes, a criação de um espaço de construção de
relacionamentos sociais e a diminuição do isolamento social.
Trabalho nº 24
INTERVENÇÕES
PARA
PROMOÇÃO
DE
SAÚDE
NA
RESIDÊNCIA
TERAPÊUTICA
Autores: Takata, DY1,2; Novaes, LC1,2; Neves, TM1,2; Braghetto, AE1,3; Barreto, CFO1,2
1 Núcleo de Saúde da Família 5, Ribeirão Preto, São Paulo*
2 Residência multiprofissional em atenção integral à saúde, Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo
3 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo
e-mail: *[email protected]
Instituição: Núcleo de Saúde da Família 5, Ribeirão Preto, São Paulo
Introdução: As Residências Terapêuticas objetivam oferecer uma nova forma de
atenção para pacientes com transtornos mentais graves e fraca rede de apoio, visando a
reinserção destes nas comunidades extramuros hospitalares. Para que essas residências
não sejam apenas uma desospitalização é necessário romper crenças fortemente
instituídas, como a lógica manicomial, desenvolver novas práticas de saúde e consolidar
a autonomia destas pessoas como sujeitos ativos social e comunitariamente. Além disso,
estudos mostram que há associação entre o consumo de tabaco e transtornos
psiquiátricos, tornando-se necessárias intervenções para promoção de hábitos saudáveis.
Objetivo: Desenvolver, através de um projeto de intervenção na Residência Terapêutica
localizada na área de abrangência da unidade, encontros para aumentar o repertório de
atividades cotidianas e a autonomia dos moradores; orientar quanto ao tabagismo e
hábitos alimentares. Metodologia: As atividades iniciaram em Julho de 2012, sendo
realizadas com os 7 moradores 2 vezes ao mês, em média, com duração de 1 hora,
totalizando até o momento 20 encontros. A intervenção contou com orientações sobre o
uso e os tipos de dependências relacionadas ao tabaco; elaboração de um quadro de
rotina para responsabilização dos moradores com os afazeres domésticos; exposição de
pinturas em tela produzidas por um dos moradores; confecção de um calendário de
compromissos e de uma horta vertical; realização de baile comunitário. Resultados e
Conclusão: Através dos encontros, foi possível observar uma diminuição do consumo
de cigarros, reorganização da dinâmica da casa com responsabilização e potencialização
dos sujeitos, além de uma maior articulação entre a unidade de saúde e a coordenação
da Residência Terapêutica, visando a melhor qualidade de vida e autonomia dos
moradores. Assim, essas intervenções se mostraram necessárias e eficazes, mesmo
quando se leva em conta os desafios das mudanças e das rupturas de alguns paradigmas.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Residência Terapêutica -Tabaco -Novas atividades
Trabalho nº 25
Conversação em Diabetes- uma experiência interativa.
Autores: Delatorre, T(1); Vieira, KAM(2); Faria, LA(3); Miguel, S(4); Miyahara, FB(5).
Instituição: Núcleo de Saúde da Família 5 - Ribeirão Preto
e-mail: [email protected]
Introdução: A diabetes mellitus é uma doença crônica progressiva, considerada hoje
uma epidemia mundial. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a
adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e
obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do
diabetes em todo o mundo. Na área de abrangência do Núcleo de Saúde da Família 5, no
município de Ribeirão Preto/SP há 6,6% da população assistida com diagnóstico de
DM. Na rotina dos cuidados à essa população, observamos uma dificuldade de
compreensão em relação à doença e consequentemente uma dificuldade de adesão ao
tratamento.
Objetivo: Promover um grupo interativo que o usuário compreendesse a doença de
modo dinâmico e ilustrativo, aumentar o vínculo desse com a equipe de saúde, estimular
o auto cuidado e o compartilhamento de vivências entre os pares.
Metodologia: Encontros semanais totalizando 10. Foi utilizada a ferramenta
“Conversações do Diabetes- Mapa de Conversações”, que compreende 4 mapas
ilustrativos abordando os temas: “ Como o corpo e a diabetes funcionam”,
“Alimentação saudável e atividade física”, “Tratamento com medicamentos e
monitoramento da glicose no sangue” e “ Atingindo metas com a insulina”.
Resultado: Até o momento foram realizados 3 grupos e apesar da ampla divulgação
tivemos baixa adesão, totalizando 10 participantes. Porém, os participantes
demonstraram muita satisfação em relação ao material didático, relatando facilidade de
aprendizado com o uso desse. Também relataram de modo positivo o estreitamento do
convívio e vinculo com a equipe de saúde, a abertura em relação a abordagem das
dúvidas e dificuldades do dia a dia, a abordagem prática e desprovida de julgamentos.
Os mesmos relatam uma maior habilidade para fazer “escolhas” em relação a
alimentação e uma maior compreensão em relação aos sinais de sintomas específicos de
quadros descompensatórios.
Conclusão: A experiência em trabalhar com DM de uma forma interativa e dinâmica
tem sido positiva tanto para a população participante quanto para equipe. Notamos que a
rotina de cuidados individuais não suprem todas as dúvidas, ansiedades e dificuldades
dos usuários que em um espaço aberto, de convívio são mais oportunas de se trabalhar.
Temos grandes desafios a buscar, como por exemplo, estimular a população a participar
de atividades coletivas, reconhecendo estes como espaços de cuidado bem como
melhorar a estratégia de avaliação do impacto do grupo na promoção de saúde desses
usuários, utilizando ferramentas mais objetivas.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Diabetes. Educação em Saúde. Promoção à Saúde. Grupos.
Trabalho nº 26
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA: SITUAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES EM
RIBEIRÃO PRETO-SP
IGNÁCIO DS(1), LIMA CMG(2), SILVA K(3), CHAYAMITI MPC(4)
(1)Enfermeira do Serviço de Atenção Domiciliar-SAD de Ribeirão Preto-SP
(2)Dentista do Serviço de Atenção Domiciliar-SAD de Ribeirão Preto-SP
(3)Fonoaudióloga do Serviço de Atenção Domiciliar-SAD de Ribeirão Preto-SP
(4)Coordenadora do Serviço de Atenção Domiciliar-SAD de Ribeirão Preto-SP
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar-SAD de Ribeirão Preto-SP
e-mail: [email protected]
Introdução: Oxigenoterapia hiperbárica é modalidade terapêutica que consiste na
oferta de oxigênio puro em ambiente pressurizado, um nível acima da pressão
atmosférica. No Brasil, suas indicações foram regulamentadas pelo Conselho Federal de
Medicina (Resolução 1457/95), inclui: embolia ou gangrena gasosa, doença
descompressiva, síndrome de Fournier, infecções necrotizantes de tecidos moles,
vasculites agudas, lesões por radiação ou refratárias a tratamento, anemia aguda,
isquemia ou embolia traumática pelo ar, queimaduras térmicas e elétricas, osteomielite e
enxertos comprometidos. Objetivo: identificar a situação das solicitações desta terapia
no município de Ribeirão Preto-SP. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo,
realizado em Ribeirão Preto-SP, município onde esse tratamento não é disponibilizado
pela rede municipal de saúde e necessita ser requerido por meio de processo judicial. Os
dados foram obtidos através dos registros do Serviço de Atenção Domiciliar da
Secretaria Municipal da Saúde. Resultados: Foram realizadas 248 solicitações de
junho/2008 a agosto/2013, sendo que 120 (48,4%) aguardam deferimento do processo e
128 (51,6 %) realizaram entre uma e 295 sessões, dentre os quais 12 foram a óbito, 54
tiveram alta (38 cicatrizações, 9 desistências e 7 abandonos) e 62 continuam em
seguimento. Os motivos para solicitação do tratamento foram: lesões ulceradas (119
casos, 48,0%), pé diabético (38 casos, 15,3%), amputação (34 casos, 13,7%),
osteomielite (14 casos, 5,6%), úlcera por pressão (11 casos, 4,4%, consequências de
cirurgias (9 casos, 3,6%), erisipela (6 casos, 2,4%), síndrome de Fournier (3 casos,
1,2%) e outros caos (14 casos, 5,7%). Do total, tiveram parecer favorável do Serviço de
Atenção Domiciliar para a realização do tratamento 63 pessoas (25,4%) e dessas 51
efetuaram sessões (20,6%). Entre os 185 casos (74,6%) que tiveram indicação de outro
tratamento (protocolo do serviço – Manual de Assistência às Pessoas com Feridas), 78
(42,2%) efetuaram sessões. É importante também, considerar os efeitos colaterais, o
custo e a responsabilidade pelo pagamento do tratamento. Conclusão: Conclui-se ser
elevado o número de solicitações de oxigenoterapia hiperbárica para pacientes que
teriam indicação de seguimento pelo protocolo do serviço (74,6%). Sugere-se a
realização de estudos controlados para evidenciar a especificidade e sensibilidade desta
terapêutica em Ribeirão Preto.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Oxigenação hiperbárica, Cicatrização, Úlcera de perna
Trabalho nº 27
A Psicologia na Unidade Básica de Saúde
Autores: Katayama , P.; Parada A. P.
Instituição: Universidade Paulista de Ribeirão Preto – UNIP
e-mail: [email protected]
Considerando-se saúde como bem estar físico, mental, social e psíquico do sujeito, é
necessário ampliar esse conceito para além da ausência de doença. As prioridades do
Conselho Federal de Psicologia norteiam os princípios dos Direitos Humanos
(universalidade, integralidade e equidade no direito à saúde). Na Psicologia da Saúde é
utilizada a aplicação de técnicas e conhecimentos psicológicos com objetivo de prevenir
a doença, promover a saúde e bem estar da comunidade no aspecto biopsicossocial. Foi
realizado o estágio na Unidade Básica de Saúde Waldemar Barnsley Pessoa da cidade
de Ribeirão Preto prestando serviços de atendimento individual (plantão, psicoterapia
breve, triagem), grupo de sala de espera e serviço de atendimento domiciliar. O Plantão
Psicológico é uma modalidade de atendimento em situações de urgência e emergência,
pode ser realizada em uma ou mais sessões; já a Psicoterapia Breve é uma intervenção
terapêutica com tempo e objetivos limitados, sendo estabelecidos a partir de uma
compreensão diagnóstica do paciente e da delimitação de um foco; e a Triagem é
realizada com o intuito de selecionar a demanda a partir de dados coletados junto ao
raciocínio clínico, o profissional se orienta para encaminhamento do paciente. Os
grupos possibilitam troca de conhecimentos, experiências, expectativas, medos e
angústias, podem proporcionar um sentimento de coesão e segurança e tem como
objetivo desenvolver ações de caráter socioeducativo que visam à promoção de
cuidados com a saúde e permite ações de caráter preventivo, intervenção informativa e
educativa considerando conceitos éticos, educacionais e psíquicos ligados à saúde e à
doença. O Serviço de Atendimento Domiciliar humaniza o trabalho de atenção ao
paciente em sua residência junto à equipe multiprofissional, com a participação efetiva
dos cuidadores e das famílias na produção dos projetos terapêuticos, fornecendo
informações às famílias e aos respectivos pacientes, podendo contribuir efetivamente
para a produção de integralidade e de continuidade do cuidado. Portanto, os serviços
apresentados se fundamentam na promoção e na educação para a saúde, estando muito
mais próxima da sociedade para evitar riscos ou algum problema de âmbito sanitário,
capacitando a própria comunidade para ser agente de transformação da realidade, pois
aprende a lidar, controlar e melhorar sua qualidade de vida, por isso, é importante que
os profissionais da saúde estejam envolvidos com políticas públicas, lutem por direitos e
bem estar social, engajando a comunidade nestas questões para se alcançar boa
qualidade e melhorias na saúde pública. Além disso, a ampliação da autonomia das
famílias na produção do projeto terapêutico é muito importante para desospitalização do
paciente, potencializando novos lugares do cuidado, novas práticas, novas invenções no
agir em saúde e novos sentidos para a vida, morte, sofrimento, alegria, perdas e vitórias.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Psicologia; Unidade; Básica; Saúde.
Trabalho nº 28
UTILIZAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIZADO PARA MELHORIA DA
GESTÃO DO PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO DA GLICEMIA
CAPILAR
Autores: SILVA JUNIOR, DB1. PEREIRA, LHT2.
Instituição: 1. Programa Hipertensão e Diabetes - Secretaria Municipal da Saúde.
Ribeirão Preto - SP. Rua Prudente de Morais, 457. email: [email protected].
2.Divisão de Farmácia e Apoio Diagnóstico. Secretaria municipal da Saúde. Ribeirão
Preto – SP. Rua Albulquerque Lins 406. email: [email protected].
Introdução: O automonitoramento da glicemia capilar (AMGC) é uma estratégia bem
documentada como sendo importante para o acompanhamento de pacientes diabéticos,
especialmente aqueles em uso de insulina. A Lei 11347, de 27 de setembro de 2006
institui o acesso aos insumos para o AMGC e os serviços públicos de saúde devem se
organizar para assegurá-lo. O Programa de Automonitoramento do Diabetes (PAMD)
em Ribeirão Preto foi iniciado no município em 2005 e atualmente possui mais de 6000
pacientes cadastrados. Ao longo destes anos, tem-se observado com grande frequência a
utilização inadequada dos insumos, não gerando dados adequados que seriam
importantes ao cuidado do paciente diabético em insulinoterapia. Consequentemente o
PAMD gera gastos expressivos, nem sempre produzindo os resultados positivos
esperados na atenção ao paciente diabético.
Objetivo: Informatização da captação dos dados de glicemia capilar para melhorar a
gestão e o acompanhamento dos pacientes do PAMD.
Metodologia: Em 2012 foi desenvolvido um projeto para informatizar a captação dos
dados dos glicosímetros dos pacientes pela equipe de farmácia da Secretaria Municipal
da Saúde – responsável pela condução das ações do PAMD do município. Foram
realizadas visitas às unidades dispensadoras, instalação do software para captação dos
dados (Accu-Chek 360TM) e treinamento das equipes de farmácia. O software foi
instalado nos computadores já disponíveis nas farmácias.
Resultados: Atualmente 26 (76,5%) das 34 unidades dispensadoras de insumos para o
automonitoramento da glicemia estão informatizadas, compreendendo quase 80% dos
pacientes cadastrados no PAMG. O software viabilizou a captação de dados mais
fidedignos e organizados, permitindo à equipe realizar melhor avaliação dos pacientes,
instrumentalizando-a na orientação da utilização correta e racional dos insumos.
Conclusão: A informatização não representou custos significativos, utilizando os
recursos já disponíveis da Secretaria Municipal de Saúde, e assegurou dados mais
confiáveis para avaliação da variação glicêmica dos pacientes do PAMD.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Automonitoramento da glicemia capilar, informatização.
Trabalho nº 29
ARTE
E
SAÚDE
NA
UNIDADE:
RELATO
DE
EXPERIÊNCIA
DE
COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DO CSE VILA TIBÉRIO – RIBEIRÃO
PRETO.
Autores: BRIENZA, AM1,2; XAVIER, JJS2,3; ROSA, TCP1; ZAPAROLLI, IA1
Instituição: 1SMS Ribeirão Preto, 2Conselho Local de Saúde, 3EERP-USP
Centro de Saúde Escola da Vila Tibério Profª Drª Maria Herbenia Oliveira Duarte
Introdução: O processo do cuidado integral à saúde é missão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e nas últimas décadas, a Atenção Básica à Saúde (ABS) foi definida como
eixo estruturante para a (re) organização das práticas de atenção em saúde no SUS.
Nesta perspectiva, entende-se que em serviços da ABS o desenvolvimento do processo
de trabalho deve se dar com o mais alto grau de descentralização e capilaridade,
próxima da vida das pessoas. Objetivos: Articular processo de trabalho conjunto da
Equipe e Conselho Local de Saúde juntamente com usuários do SUS para realização de
evento comemorativo e aproximar a Saúde do campo das Artes. Metodologia: Relato
de experiência da comemoração de 70 anos do Centro de Saúde Escola da Vila Tibério
– Profª Drª Maria Herbênia de Oliveira Duarte. A proposta do evento foi sugerida e
aprovada na reunião do Conselho Local de Saúde. Após aprovação foram criadas cinco
comissões- cultural, cerimonial, alimentação, camisetas e divulgação, compostas pela
equipe da unidade, Conselho Local de Saúde e usuários e representantes da
Universidade de São Paulo. Seguiram-se reuniões entre agosto e setembro para
organização do evento que foi realizado de 7 a 11 de outubro de 2013. Resultados: A
programação contemplou atividades artísticas: Filarmônica Juvenil, espetáculo teatral e
circense, musical de dança, Projeto Choro da Casa, oficina de artesanato, coral Vozes
do Círculo e do HC, exibição de documentário, baile dançante e rodas de conversa sobre
o SUS, Controle Social e uso racional de medicamentos. A frequência média diária foi
de 90 pessoas incluindo crianças, adultos e idosos. Conclusões: No processo coletivo
de dar visibilidade à construção coletiva, partimos da premissa de que “todo
aprendizado não é a estação final do trem” (MINAYO, 2011). A atuação do grupo neste
contexto proporcionou uma apreensão mais ampliada das necessidades das pessoas
enquanto um dispositivo que favorece a perspectiva de transformação do processo de
trabalho. O grupo evidenciou um potencial para um “novo” trabalho o qual não é
rotineiro na oferta dos serviços de saúde, apropriando-se e valorizando manifestações
culturais e artísticas como integrantes na construção do processo de saúde. Isto nos
possibilitou rever as práticas e reafirmar que o contexto não deve ser descolado das
políticas públicas de saúde, surgindo assim, ações inovadoras e garantindo a
integralidade e participação social de usuários na construção do SUS.
Palavras chaves: Saúde da Família, Atenção Básica, Controle Social, Participação
Social, Arte.
Trabalho nº 30
Classificação de risco de pacientes em uso de anticoagulantes orais segundo escala
de cha2ds2-vasc em um ambulatório de anticoagulação
Autores: Autor principal: PASSERI, IAG
Co-autores: NAHAS, FMA; QUEIROZ, AS; PAULA, CS; CUNHA, DCPT; MORAES,
JA; PINTO, IC; SILVA JUNIOR, DB; TERRAFILHO, J.
Instituição: Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
e-mail: [email protected]
Introdução A fibrilação atrial (FA) é caracterizada por ritmo e atividade elétrica
cardíaca anormal e tendência à formação de trombos. Indivíduos que possuem FA tem
risco cinco vezes maior de desenvolver acidente vascular cerebral (AVC), além de
infarto agudo do miocárdio (IAM) e trombose venosa profunda (TVP). A
anticoagulação oral inibe a formação de coágulos atriais e vasculares e foi a intervenção
que se mostrou capaz de diminuir a mortalidade relacionada à FA. O controle
laboratorial da anticoagulação oral (ACO) pelo Tempo de Protrombina (TP), com
valores expressos pelo INR (International Normalize Ratio) é um dos responsáveis pelo
sucesso e segurança desta terapêutica. O uso de uma escala para estratificar o risco de
TE em pacientes com FA, utilizando escores, proporciona melhores valores preditivos
para indicação do tratamento e controle destes eventos. A classificação de CHA2DS2VASc, possibilita a terapia com anticoagulante em indivíduos antes classificados como
de baixo a intermediário risco cardioembólico pela escala CHADS.
Objetivos Identificar o risco de eventos cardioembólicos segundo escala de CHA2DS2VASc em pacientes acompanhados por um ambulatório de anticoagulação.
Metodologia Estudo descritivo com 48 pacientes, de ambos os sexos, que frequentam o
ambulatório de anticoagulação do CSE-FMRP e tinham como critério de inclusão serem
portadores de FA. O ambulatório é composto por uma equipe multiprofissional de
saúde. Os pacientes fazem uso de Varfarina e são acompanhados mensalmente,
recebendo orientações e realizando exames periodicamente para monitoramento de INR.
As informações foram coletadas através de um banco de dados e analisadas
estatisticamente.
Resultados A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,3%), 29 com idade entre
65 e 74 anos (60,4%) e 19 com mais de 75 anos (39,6%).Comorbidades associadas na
amostra: 8 (16,7%) pacientes tiveram AVC prévio, 11 (22,9%) possuíam insuficiência
cardíaca, 44 (91,7%) hipertensão arterial sistêmica, 16 (33,3%) diabetes mellitus e 3
(6,25%) doença vascular. Após aplicar a escala de CHA2DS2-VASc, foram obtidos os
seguintes resultados: 4 (8,34 %) pacientes tiveram um escore total de 6 e 7 (14,6%) com
escore 5 (alto risco de eventos cardioembólicos), 15 (31,25%) com escore 4, 15
(31,25%) com escore 3 (risco intermediário), 6 (12,5%) com escore 2 e apenas 1 (2,1%)
com escore 1 (baixo risco).
Conclusões Conclui-se que após a estratificação do risco seguindo a escala de
CHA2DS2-VASc,a maioria da população atendida pelo ambulatório encaixa-se no risco
intermediário a alto para desenvolver eventos cardioembólicos, tornando imprescindível
o monitoramento mais intensivo do paciente, fornecendo as orientações sobre
alimentação, uso correto da medicação, interações medicamentosas, para prevenção de
hemorragias e tromboembólismo, considerando as comorbidadesde cada paciente.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Fibrilação Atrial; Anticoagulantes; Risco Relativo.
Trabalho nº 31
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO GRUPO DE VIVÊNCIAS
COMUNITÁRIAS EM PROMOÇÃO À SAÚDE
FRACON, BRR 1,2 ; LIMA, M 1, 3; ZANINI, LF 1,2; NOVAIS, LC 1,2; OLIVEIRA, CRM
1,2
1FMRP-USP/ 2Hospital
das Clínicas/ 3
Instituição: Residência Multiprofissional de atenção integral a saúde FMRP
e-mail:[email protected]
Introdução: Cientes de que a atenção básica é um conjunto de ações de caráter
individual e coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde,
voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, tratamento e reabilitação e
que deve contar com o apoio de uma equipe multiprofissional comprometida com a
realização de ações intersetoriais e interdisciplinares, é fundamental a criação de
espaços que possibilitem as mais variadas formas, experimentar saúde. Diante disso, o
trabalho em grupo é utilizado como uma ferramenta útil, principalmente quando
falamos em promoção de saúde. Diante do grande número de encaminhamentos de
pessoas com demandas relacionadas à ociosidade, empobrecimento do repertório de
atividades cotidianas, isolamento social, depressão, desorganização do cotidiano, entre
outras, surgiu a ideia de criar um grupo de atividades, para abranger tais demandas
(PNAB, 2006).
Objetivos: O grupo de vivências tem como objetivo a criação de um espaço –
no nível primário de atenção á saúde -, que possa garantir aos participantes a
oportunidade de desenvolver seu potencial criativo, artístico e intelectual, e formas de
expressão singulares; acompanhá-los em atividades grupais que ampliem seu universo
de relações, sua circulação social e seu grupo de pertinência, acompanha-los no
desenvolvimento de alternativas para a inclusão social.
Metodologia: O grupo realizado em um núcleo de saúde da família, de uma
cidade de grande porte é composto por mulheres adultas, que apresentam queixas
referentes ao empobrecimento cotidiano, isolamento social, sintomas depressivos leves,
ociosidade e desorganização de rotina. É um grupo aberto já ocorre há seis meses, uma
vez por semana, com duração de uma hora, sendo coordenado por uma terapeuta
ocupacional, uma psicóloga, uma residente de medicina da família e comunidade e uma
agente comunitária de saúde.
Resultados e Conclusões: Como benefícios observados com o desenvolvimento do
grupo podemos citar um espaço de construção de relacionamentos sociais,
reconstrução de papéis sociais, a diminuição do isolamento e a experimentação de novas
maneiras de contato interpessoal, a ampliação do repertório de atividades expressivas,
sociais, culturais, por meio do compartilhamento de projetos e da própria execução de
atividades grupais, além da reconstrução de narrativas que re-signifiquem a própria
história.
Palavras Chaves: Vivencias, Grupo social educativo, Saúde da Familia e comunidade,
inclusão social
Trabalho nº 32
A ATENÇÃO BÁSICA NA PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DA INSERÇÃO
SOCIAL DE UM GRUPO DE IDOSOS.
Autores: JESUS LC¹
Instituição: Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde Jardim do Alto, Serrana, SP.
e-mail: [email protected]
Introdução: O Brasil vem apresentando um processo de inversão de sua pirâmide
social com o aumento gradativo da população de idosos. No entanto, nota-se que grande
parte dessa população sofre diversos tipos de abusos por não conhecerem seus direitos e
geralmente são relegados às margens da sociedade devido a não compreensão das
condições físicas e psicológicas deste grupo. Devido a esse quadro situacional dos
idosos foi que se pensou na formação e desenvolvimento de um grupo voltado para esta
população como parte integrante de uma Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde
(EACS). Objetivos: promover a criação de vínculo entre a população idosa pertencente
à área de cobertura de uma Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde e sua
respectiva unidade, promover o esclarecimento dos idosos com relação aos seus direitos
e deveres, favorecer a criação de vínculos saudáveis e contribuir para a inserção dos
idosos na sociedade em que vivem. Metodologia: foram convidados para participarem
do grupo intitulado “Cidadania e Inclusão Social” os idosos pertencentes à área de
cobertura do EACS Jardim do alto do município de Serrana. Após foram estipulados a
periodicidade do grupo e o local de seu desenvolvimento ficando decidido que este se
reuniria uma vez por mês em uma Praça pertencente à área de abrangência do EACS
citado. Para a elaboração das atividades a serem realizadas com o grupo são feitas
reuniões com a equipe da unidade de saúde referida nas quais são discutidos os
objetivos de cada encontro, as dinâmicas de grupo a serem utilizadas e o material de
apoio (textos e/ou imagens) a serem usados em cada reunião. Resultados Parciais: Até
o momento 13 idosos aderiram ao grupo que teve inicio em agosto de 2013. Foram
realizados três encontros na praça citada onde foram trabalhados temas como a
autoestima, o respeito mútuo e o respeito aos direitos dos idosos e foi realizada uma
excursão com estes participantes para um parque de outro município com o objetivo de
promover o contato dos mesmos com um ambiente diferente de seus cotidianos, a
autovalorização e o fortalecimento dos vínculos entre os membros do grupo.
Considerações finais: Todos os participantes do grupo relatam gostar dos encontros e
se sentirem valorizados com esta atividade e vem demonstrando um maior interesse em
relação a própria saúde e aos seus direitos.
Palavraschave
Atenção Básica, Idosos, Inserção Social
Trabalho nº 33
IMPLANTAÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE SAÚDE NA ÁREA DE
ABRANGÊNCIA DOS NÚCLEOS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (NSF) DA
FACULDADE DE MEDICINA RIBEIRÃO PRETO USP
Autores: FERREIRA LCA, AZEVEDO LS, MATTOS ATR, GONÇALVES EF
Instituição: NÚCLEO DE SAÚDE DA FAMÍLIA V DA FACULDADE DE
MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO USP
e-mail:[email protected]
Introdução: A democratização dos serviços de saúde é um antigo anseio da população
brasileira. Através de leis estabeleceu-se os princípios básicos norteadores do Sistema
Único de Saúde brasileiro, sendo eles: universalidade, integralidade, equidade,
descentralização, hierarquização e regionalização, e controle social. Os usuários do
SUS, atuando nos Conselhos de Saúde, colaboram com o planejamento e a fiscalização
da execução das políticas de saúde pública. Dessa forma participam da legitimação do
serviço de saúde prestado pelo estado.
Objetivo: Implantar o Conselho Local de Saúde nos cinco Núcleos de Saúde da Família
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto em convênio com a Secretaria Municipal
de Saúde de Ribeirão Preto.
Metodologia: os usuários do NSF (unidade) V, foram convidados pelos profissionais de
saúde da unidade a participarem de encontros com a equipe, com o objetivo de informar
a população sobre a importância da participação social e tentativa de iniciar a Comissão
Local de Saúde do NSF V. O primeiro encontro foi no dia 06/12/12. Nas reuniões
subsequentes, houve a proposta de convidar as equipes de outros núcleos e suas
populações adscritas a participarem dos encontros. E desde então, ocorrem reuniões
conjuntas entre os cinco NSF para discutir temas comuns às unidades e a formação do
Conselho Local de Saúde; e reuniões restritas de cada equipe dos NSF e seus usuários
discutindo temas específicos à unidade. Como a participação da população não foi
amplamente alcançada, foi elaborado um questionário a ser aplicado junto aos usuários
com intuito de avaliar o conhecimento desses em relação aos seus direitos no controle
social dos serviços de saúde. Foram respondidos 60 questionários pelos usuários do
NSF V.
Resultados: cerca de 58% dos usuários responderam que desconhecem a existência de
meios para reclamações/sugestões no NSF V. Próximo de 80% responderam ter vontade
de lutar por melhorias na comunidade. Dentre os usuários, 67% relataram não conhecer
o que é Comissão Local de Saúde. E 83% dos participantes relataram que sabiam que a
participação popular é um direito assegurado por lei.
Conclusões: A população tem profundo desconhecimento sobre os meios pelos quais
pode participar do planejamento, elaboração e fiscalização das políticas de saúde em
suas unidades de referência e nas esferas governamentais (município, estado e
federação). Devendo os profissionais e as autoridades esclarecer e incentivar a
população a participar dos vários níveis de controle social na saúde.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Controle social, conselho de saúde, participação social, saúde da
família.
Trabalho nº 34
MINICURSO
DE
BOAS
PRÁTICAS
DE
FABRICAÇÃO
PARA
MANIPULADORES DE ALIMENTOS DA COZINHA PILOTO MUNICIPAL
GOMIDE JUNIOR, MH1; OLIMPYO, B1; MATTOS, ACS2; RODRIGUES, G2.
1
Divisão de Vigilância Sanitária, Controle de Vetores e Zoonoses; 2Departamento
Municipal de Saúde de Luiz Antônio
Divisão de Vigilância Sanitária, Controle de Vetores e Zoonoses, Luiz Antônio, SP,
Brasil,
e-mail: [email protected]
Introdução. A qualidade higiênico-sanitária dos alimentos deve ser assegurada por
quem os produz e fiscalizada pelos órgãos públicos de saúde. As doenças veiculadas por
alimentos são um dos principais fatores que contribuem para os índices de morbidade
em nosso país. A Organização Mundial de Saúde defende que as doenças oriundas de
alimentos contaminados sejam alguns dos maiores problemas de saúde na atualidade.
Os achados mais comuns são o reaquecimento e refrigeração inadequados dos alimentos
e a preparação com muita antecedência, aumentando o tempo de espera. Contra isso, a
Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013, estabelece que todo manipulador de alimento
deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação em Boas Práticas de
fabricação, afim de se garantir a produção de alimentos seguros. Objetivos. Divulgação
de normas sanitárias vigentes aos manipuladores de alimentos e capacitação nos
aspectos mínimos de higiene pessoal e de produção para garantir a segurança alimentar.
Metodologia. Aplicação de minicurso de três palestras de curta duração (40 minutos),
com tempo total de três horas durante a noite. A inscrição se deu por ficha de inscrição
acompanhada de questionário pré-curso contendo testes sobre boas práticas. Após o
curso, foi aplicado o mesmo questionário para avaliação do aprendizado. Também foi
avaliada a opinião a respeito do curso. Resultados. Foram inscritos 24 funcionários,
com idades de 25 a 60 anos e média de 8 anos na função. A maioria eram mulheres
(92%). Mais de 95% deles nunca foram treinados. Menos de 21% sabiam da
obrigatoriedade deste treinamento. A média de acertos no questionário pré-curso foi de
66,2%, enquanto os acertos no questionário pós-curso foi de 69,3%. Quanto à avaliação
do curso, 55% dos treinandos consideram ter aprendido o suficiente, 82,4%
consideraram a duração adequada e 58% responderam que aprenderam o suficiente. A
maioria respondeu que faria este curso novamente (95%). Conclusões. A capacitação de
manipuladores é essencial para a qualidade dos alimentos produzidos, além de ser
obrigatório. Em municípios de pequeno porte nem sempre estão disponíveis cursos com
este conteúdo. A atuação da vigilância sanitária de forma educativa é imprescindível
nesta situação.
Palavraschave
saúde pública, boas praticas de fabricação, vigilância sanitária
Trabalho nº 35
INTEGRAÇÃO ENSINO - SERVIÇO: UMA PARCERIA FORP/USP E
MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO
Autores: MESTRINER, S.F1; AMADEU, V.A.C.2 ; WATANABE, M. G. C.1;
MARQUES, J.R.1; SOUZA, R.P.1; SILVEIRA, J.P.1; RODRIGUES, M.H.1
Instituição: 1Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP
2
Secretaria Municipal de Saúde de Sertãozinh
O estágio não obrigatório desenvolvido pela FORP-USP junto a Prefeitura Municipal de
Sertãozinho é uma atividade acadêmica de ensino e aprendizagem complementar,
importante para a aquisição de competências e habilidades em um novo cenário de
práticas. Objetivo: Tem por objetivos ampliar as ações de Saúde Bucal na atenção à
população do Município de Sertãozinho – SP e contribuir para a formação dos futuros
profissionais da área de saúde bucal capacitando-os na realização de planejamento,
ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal. Método: O ingresso dos
estudantes da FORP-USP se dá por processo seletivo estabelecido em edital, com
concessão de Bolsa Auxilio pela Prefeitura regulamentada pelo convênio entre a
Prefeitura Municipal de Sertãozinho e a Universidade de São Paulo nos termos da Lei
11788/2008 e da Lei no 9.394/96. Todas as atividades estão previstas em seu Plano
Individual de Trabalho e são desenvolvidas nas Unidades de Saúde (UBS e CEO) e
Espaços Sociais; e fundamentadas nas Diretrizes do SUS, na Política Nacional de Saúde
Bucal, na Diretriz Curricular para o Curso de Odontologia/MEC. Resultados: O
acompanhamento e avaliação são realizados por profissionais cirurgiões dentistas da
rede municipal e docentes da FORP, por meio de supervisão indireto-direta, relatórios e
registros das atividades e frequência/assiduidade na ficha individual do estagiário.
Conclusões: Ao longo dos anos o estágio vem indicando grande potencial no
desenvolvimento do planejamento em saúde, da gestão da clínica e consequentemente
no aprimoramento do perfil profissional e a melhoria das condições de saúde bucal da
população.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Saúde Bucal, formação, estágio, ensino, serviço
Trabalho nº 36
A saúde do escolar: o desafio de compartilhar compromissos
Autores: Sant'Anna S.C.; Silva, J.M; Calixto, P. A.; Módena, C. ; Leite, V.L.R.
Instituição: Núcleo de Saúde da Família I /Centro de Atenção Primária /Faculdade de
Medicina USP-Ribeirão Preto
Introdução: As ações de promoção em saúde do escolar e o seguimento longitudinal
contribuem no potencial positivo do crescimento e desenvolvimento. O Núcleo de
Saúde da Família (NSF1) na ''Semana Saúde na Escola 2013'' realizou Teste de
Acuidade Visual dos ingressantes e Antropometria (peso e altura) dos matriculados na
escola EMEI Maria Helena Braga Monte Serrat. O presente trabalho tem Objetivo
Geral: Desenvolver ações de promoção à saúde do escolar articulado a família e a escola.
Objetivos específicos: Exame da acuidade visual e correção; peso e estatura das crianças
de 3 a 6 anos; educação às mães sobre alimentação saudável e seguimento clínico
periódico. Metodologia: Estudo descritivo exploratório construindo novas práticas através
da intersetorialidade e compartilhamento do cuidado. Realizada a sensibilização dos
professores, merendeiras e diretora da escola e a capacitação da equipe de saúde para
exame, antropometria e educação em saúde. Resultados: das 89 crianças rastreadas na
acuidade visual, 9 (10,1%) foram encaminhadas para oftalmologista. Foi calculado o
IMC das 180 crianças aferidas para peso e estatura onde se identificou 38 (21,1%)
desvio da normalidade: 04 (2,2%) magreza, 17 (9,4%) sobrepeso, 12 (6,6%) obesidade e
05 (2,8%) obesidade grave. Orientamos as mães dessas crianças quanto aos achados.
Esses atendimentos revelaram o desconhecimento das mães do cardápio oferecido na
escola; a maioria é trabalhadora e o cuidado da criança fica com parentes e a escola;
alegaram falta de controle sobre alimentação da criança e escolhas alimentares
inadequadas; o seguimento de puericultura não é regular e não recebem orientação
personalizada; verbalizaram que foi útil a conversa e a orientação esclarecedora.
Conclusões: As possibilidades efetivas da promoção da saúde do escolar e da
intersetorialidade se concretizam nas conversas integrativas e colaborativas entre a
saúde, a família e a escola.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Saúde do escolar, intersetorialidade, escola e família.
Trabalho nº 37
Grupo de sala de espera: saúde mental.
Autores: Patrícia Katayama
Instituição: Universidade Paulista de Ribeirão Preto – UNIP
e-mail: [email protected]
Os grupos possibilitam troca de conhecimentos, experiências, expectativas, medos e
angústias, podem proporcionar um sentimento de coesão e segurança. O objetivo é
desenvolver ações de caráter socioeducativo que visam à promoção de cuidados com a
saúde, à humanização do atendimento, à melhora da qualidade de vida e permite ações
de caráter preventivo, intervenção informativa e educativa considerando conceitos
éticos, educacionais e psíquicos ligados à saúde e à doença. Realizou-se um grupo de
sala de espera para discutir sobre Saúde Mental por 30 minutos, com cinco mulheres no
corredor da Unidade Básica de Saúde do Parque Ribeirão, descrevendo a experiência de
uma paciente. Conversa-se sobre a vulnerabilidade ligada a problemas psíquicos na vida
moderna, na busca de satisfação pessoal por bens materiais, havendo uma inversão de
valores em que o ter sobrepõe ao ser, influencia na formação do caráter e personalidade
e o novo rapidamente perde seu valor. Ocorre que não há grande investimento nas
relações afetivas enquanto o dinheiro e poder vêm sendo associados ao sucesso e à
felicidade e faz com que haja forte pressão interna na luta por sobrevivência.
Pensamentos e valores diferentes do sistema capitalista geram exclusão e preconceito,
causa estranhamento e pode ser equivocadamente rotulado de loucura. Busca-se agradar
o que a sociedade impõe e há um medo constante gerado pelas diferenças sócioeconômicas, pela falta de segurança, alimentação, moradia e trabalho, medo de não se
adequar ao padrão socialmente aceito de beleza, perfeição, felicidade e esquece o
essencial que é ser humano com sofrimentos e alegrias, aprendendo com erros e
experiências, sendo que diferenças existem sem necessidade de rótulos. Assim, algumas
pessoas não aceitam esse mundo e criam seus próprios mundos, uns não suportam tanta
dor e tentam tirar suas vidas, ou seja, a loucura está em cada um de nós e é preciso rever
certos valores. O grupo relata sobre dificuldades de comunicação, companheirismo e
tempo nas relações, a importância do trabalho do psicólogo e experiências pessoais. Há
um relato sobre o irmão que virou alcoólatra e como a família sofre, se preocupa e se
culpa quando ele rouba, pergunta sobre clínica de internação e informo que há o Santa
Tereza, mas a internação não é cura caso não haja motivação para melhora, apoio
familiar e multiprofissional no processo de recuperação, pontos negativos e positivos,
além de fatores sociais, econômicos e afetivos envolvidos, sobre recursos alternativos e
ela diz que ele ouve vozes. Esclareci questões sobre a esquizofrenia, como o indivíduo
sofre e é marginalizado, dos perigos da medicação com o álcool para a saúde e a
importância do tratamento psiquiátrico e psicológico para amenizar o sofrimento. A
partir dessa experiência, compreende-se como a atividade em grupo na sala de espera
pode ser informativa, abrangendo e promovendo saúde em diversos temas do cotidiano
das pessoas.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Grupo; saúde; mental.
Trabalho nº 38
A ATIVIDADE FÍSICA NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE
PONTAL: RELAÇÃO DE SUCESSO E MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA
Autores: Marcolino, C.A.1; Marcolino, F; Rosa, M.M.3
Núcleo de Saúde da Família “Manoel José Bidóia” – Pontal-SP.
Instituição: Núcleo Saúde da Família Manoel José Bidóia
e-mail: [email protected]
Introdução
Com o aumento exorbitante nas últimas décadas do sedentarismo, e por consequência
das doenças crônicas, tais como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, surge a
necessidade de uma melhora na qualidade de vida da população.
No ano de 2002 a Organização Mundial de Saúde (ONU), estabeleceu como prioridade
a construção de políticas públicas que estabeleçam a relevância da importância da
prática de exercício físico devidamente orientado e a prática de atividade física
cotidiana para se ter uma vida mais saudável.
Segundo Stein, CK (2009), a partir da década de 80, em alguns municípios do país vêm
sendo construídos modelos assistenciais alternativos, voltados para a qualidade de vida,
buscando articular ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, na
dimensão individual e coletiva.
Com base nos dados colhidos na área compreendida pelo Programa de Saúde da Família
de Pontal, o NSF Manoel Bidóia através de sua equipe, recrutou pessoas que
enquadravam em diversos grupos de risco para a prática de atividade física, e as
convidaram para frequentar as aulas de ginástica três vezes na semana na própria UBS.
Para iniciarem no programa de atividade física, essas pessoas passaram por consulta
médica e por exames, incluindo exames de sangue e raio-x de tórax. Ao serem liberadas
para prática de atividade física, foram submetidas a avaliação física, que compreendia
em avaliação de peso, altura, IMC e circunferência abdominal. Inicialmente começamos
com uma média de 4 alunas, com o passar do tempo, o grupo foi crescendo e hoje 8
meses depois estamos com uma média de 25 alunas todas avaliadas e com IMC e
circunferência abdominal diminuídos.
Metodologia
A proposta para a melhora na qualidade de vida e da saúde dessa população através da
atividade física, foi promover aulas de ginástica, três vezes por semana na própria
Unidade de Saúde, compreendendo nessa aula, aquecimento, atividade aeróbica,
localizada e alongamento.
Resultados
Após 8 meses de atividade física por parte da população conseguimos atingir um índice
satisfatório de mulheres que melhoraram sua qualidade de vida, bem como diminuíram
circunferência abdominal e IMC.
Conclusões
Com esta experiência, chegamos à conclusão que a relação da atividade física com o
Programa de Saúde da Família é uma relação de sucesso, uma vez que melhora a
qualidade de vida da população, consequentemente, melhora a saúde dessa população,
promovendo assim uma harmonia entre população e atendimento de saúde.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Atividade Física, PSF, Qualidade de Vida
Trabalho nº 39
ATENÇÃO BÁSICA E MEIO AMBIENTE: A INTERSETORIALIDADE COM
VISTAS À PROMOÇÃO DA SAÚDE.
Autores: JESUS LC¹; NOVAES R²; ZAVANELLA TC³, SANTOS JS4; SILVA C5
INSTITUIÇÃO: Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde Jardim do Alto, Serrana,
São Paulo. Email: [email protected]
1
Enfermeira Responsável Técnica da Estratégia da Saúde da Família, Mestre em
Ciências com ênfase na área de concentração em Enfermagem Psiquiátrica.
2
Secretário municipal do Meio Ambiente município de Serrana.
³ Técnico do Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Meio Ambiente do município de
Serrana.
4
Agente Comunitária de Saúde.
5
Agente Comunitária de Saúde
Introdução: Arborização urbana é definida como sendo toda cobertura vegetal de
porte arbóreo existente nas cidades e que ocupa basicamente três espaços distintos,
sendo eles: áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, áreas livres
particulares e acompanhando o sistema viário. Com relação a este último espaço, as
árvores que acompanham ruas e avenidas exercem papel importante para o meio
ambiente e para a promoção da saúde já que favorecem a purificação do ar,
melhoram o microclima da cidade, oferece abrigo à fauna e promove o
amortecimento de ruídos. Objetivos: Promover a conscientização ambiental das
crianças matriculadas na escola EMEF PROF° Dilce Gonçalves Netto pertencente à
área de abrangência da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde Jardim do Alto
(EACS); proporcionar a reflexão sobre o impacto positivo que a arborização dos
meios urbanos provoca na saúde coletiva e individual e promover a arborização
urbana nas ruas pertencentes à área de abrangência do EACS Jardim do Alto.
Metodologia: O projeto piloto está sendo elaborado em duas etapas. Na primeira foi
elaborado, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do município de Serrana,
um Questionário Ambiental que foi distribuído às Agentes Comunitárias de Saúde
para serem preenchido pelas famílias pertencentes à área de abrangência do EACS
Jardim do Alto. Na segunda etapa serão realizadas palestras pela equipe de saúde da
unidade referida e pela equipe da Secretaria do Meio Ambiente com a finalidade de
conscientizar as crianças matriculadas na escola EMEF PROF. Dilce Gonçalves
Netto França sobre a preservação ambiental e a importância da arborização das vias
públicas. Posteriormente serão oferecidos às crianças um termo de responsabilidade
que deverá ser assinado pelo responsável caso aceite receber e plantar a muda que
será oferecida pela Secretaria do Meio Ambiente. Resultados parciais: Até o
momento foram recolhidos 54 questionários. Com relação aos aspectos físicos das
casas, tem-se que 67% das residências possuem fiação elétrica na frente de casa, 18%
são casas geminadas, 9% são casas de fundo, 67% já possuem árvore na calçada,
17% possui bueiro na frente da residência, 83% possuem garagem e 91% possuem
quintal. Considerações Finais: Devido aos benefícios para a saúde que a arborização
urbana traz, há a possibilidade de se expandir este projeto para as demais áreas do
Município de Serrana.
Palavraschave
Atenção Básica, Promoção da Saúde, Meio Ambiente
Trabalho nº 40
TRIAGEM INTERDISCIPLINAR: UMA ABORDAGEM NO ATENDIMENTO
DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES OBESOS E/OU COM SOBREPESO NO
PAMHADM
BOTTA, A. C.¹; SANDRIN, A. L.¹; GUIMARÃES, C. F.¹; ZANOTTI, P. S.¹;
MAGNA, J. M.²
UBS Drª Terezinha Garcia José Gradim (PAM II) – Ribeirão Preto/ SP
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: Em função do aumento da prevalência da obesidade na população
infanto-juvenil em todas as classes sociais da população brasileira, prevenir a obesidade
nesta população significa tentar diminuir, de uma forma racional e menos onerosa, a
incidência de doenças crônico-degenerativas no futuro. Considerando esses aspectos,
em 2004 o Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Hipertensão Arterial e
Diabettes Mellitus, iniciou um trabalho com crianças obesas e/ou com sobrepeso e suas
famílias, na UBS- ¨ Terezinha Garcia José Gradim¨ (PAM), que atende especialidades
na área infantil. Esse trabalho tem sido realizado pelos aprimorandos das áreas de
nutrição, terapia ocupacional, psicologia e educação física, sob a coordenação
interdisciplinar de uma psicóloga supervisora do PAMHADM e supervisão técnica em
cada especialidade.Os encaminhamentos para o atendimento das crianças com
sobrepeso e/ou obesidade é realizado pelos profissionais das diferentes especialidades
da Unidade, através de uma ficha de encaminhamento específica. Posteriormente estes
pacientes são chamados através de carta ou telefone para uma entrevista inicial de
triagem. OBJETIVO: A triagem interdisciplinar permite uma abordagem integradora
do sujeito, através dos diversos olhares sobre o mesmo indivíduo e sua relação com o
meio. Espera-se desta forma favorecer a integração dos profissionais de saúde e
sujeito/paciente, no sentido de não apenas o atender queixas de saúde, mas promover
qualidade de vida. METODOLOGIA: O paciente e sua família são atendidos em uma
abordagem interdisciplinar desde a fase de triagem, onde a criança/adolescente e a
família passam simultaneamente, por entrevistas individuais com os aprimorandos das
diferentes especialidades. O processo é desenvolvido em dois momentos: inicialmente,
o profissional de psicologia e a terapeuta ocupacional atendem os pais, observando as
queixas e os aspectos da dinâmica relacional familiar, enquanto a nutricionista aborda
com a criança questões referente à alimentação. Logo após, alternam-se os profissionais,
o terapeuta ocupacional e psicólogo observam a criança através de atividades lúdicas e a
nutricionista entrevista os pais. Após esta fase, os casos são discutidos e as condutas
definidas por toda a equipe.
RESULTADOS: Observa-se um resultado favorável ao realizar a triagem
interdisciplinar, pois constata-se melhor aproveitamento e integração dos dados
colhidos, melhor e qualificada orientação e intervenção de cada caso, considerando suas
especificidades. CONCLUSÃO: A interdisciplinaridade tem sido de grande
importância no PAMHADM, pois os pacientes são beneficiados pelo atendimento das
diversas áreas de atuação das aprimorandas. Cada profissional tem um olhar diferente
para com o paciente, possibilitando assim a melhor estratégia de acompanhamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AOTA. Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: Domínio e Processo - 2ª Edição.
Rev. Triang.: Ens. Pesq. Ext. Uberaba – MG, v.3. n.2, p. 57-147, jul/dez. 2010.
MELLO, E.D.; LUFT, V.C.; MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser
eficazes?. J. Pediatr. – RJ; v. 80, n.3,p.173-182, 2004.
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE/RIBEIRÃO PRETO, Protocolo de
Atendimento em Hipertensão e Diabetes. 2011.
1-Aprimorandas do Programa Multiprofissional em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus da
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – PAMHADM- SMSRP. 2-Supervisora da área
de psicologia do PAMHADM – SMSRP.
Palavras-chave: Obesidade, triagem, acolhimento, equipe multidisciplinar.
Trabalho nº 41
ESTRATÉGIA PARA REGISTRO DOS CASOS DE FAMÍLIA DISCUTIDOS EM
EQUIPE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: VELOSO, TMC1; PAULA, KA1; SOUZA, JCP2; DUARTE, NSM2.
Instituição: Núcleo de Saúde da Família IV, Ribeirão Preto, São Paulo,
[email protected]
INTRODUÇÃO: O processo de trabalho em equipe de Estratégia Saúde da Família
(ESF) precisa ser organizado de tal forma que contemple momentos de discussão de
casos a fim de que os membros da equipe possam partilhar ideias e experiências acerca
da condução do cuidado de famílias que requerem uma intervenção mais ampla e/ou
complexa. OBEJTIVO: Ssocializar a criação de um instrumento para acompanhamento
dos casos de famílias discutidos em equipe. METODOLOGIA: Foi criada uma ficha
sintética, com itens referentes à data, nº de identificação individual, nº do prontuário de
família, caso-índice, qual membro da equipe passou o caso, descrição breve da situação,
conduta(s) escolhida(s) e evolução. RESULTADOS: Na maioria das vezes, a
enfermeira ou a médica da equipe realizam os registros pertinentes na ficha elaborada e
após discussão do caso são pactuadas as intervenções, com o profissional responsável e
os prazos para cumpri-las. Nas reuniões subsequentes, faz-se a releitura de registros
prévios, com atualização das intervenções já realizadas e a depender do caso, são
discutidas novas estratégias de cuidado ou é finalizado com a resolução do mesmo. Os
casos envolvem, em sua maioria, situações que abrangem aspectos biológicos, sociais e
psicológicos, sendo as intervenções mais comuns visita domiciliar com diferentes
membros da equipe e convocação para vir na unidade de saúde. Para chegar na versão
atual da ficha, foram tentadas algumas sugestões e à medida em que eram utilizadas,
eram feitos os ajustes. Foi necessário encontrar um equilíbrio entre registrar dados
relevantes para compreensão do caso discutido sem sobrecarregar a equipe com algo
que deveria ajudar no acompanhamento mas não tinha um fim em si mesmo.
CONCLUSÃO: Espera-se que outras equipes possam ser beneficiadas pelo
instrumento bem como estimulados a criar estratégias que facilitem o processo de
trabalho da equipe que atuam com famílias. Deseja-se que o instrumento possa ser
utilizado para posterior avaliação do perfil de casos discutidos pela equipe e a
resolutividade das intervenções propostas.
Palavras-chave
Estratégia Saúde da Família, trabalho em equipe, processo de
(máximo cinco)
trabalho, discussão de casos
Trabalho nº 42
GESTÃO
DO
CUIDADO
AOS
HIPERTENSOS
E
DIABÉTICOS
NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores: VELOSO, TMC1; SOUZA, JCP2; DUARTE, NSM3; TOSCANO, C4;
RIBEIRO, MSSP5.
Instituição: Núcleo de Saúde da Família IV, Ribeirão Preto, São Paulo,
[email protected]
INTRODUÇÃO/OBJETIVO: Compreendendo que um dos papéis das equipes de
Estratégia Saúde da Família é a prevenção e controle de hipertensão e diabetes,
realizou-se esta experiência a fim de identificar os pacientes com estes diagnóstico no
território de abrangência, a fim de gerenciar o cuidado a eles necessário a partir da
sistematização de informações relevantes. METODOLOGIA: A experiência deu-se a
partir da coordenação de duas residentes do Programa de Medicina de Família e
Comunidade (FMRP/USP) e com envolvimento de todos os membros da equipe. Ao
agente comunitário, foi solicitado uma lista com nome, endereço e número de família de
cada paciente, a partir da atualização da ficha A (SIAB). Os prontuários foram revistos
individualmente e as informações foram compiladas em uma pasta que continha dados
de identificação da pessoa, as medicações em uso, fatores de risco e data do último
atendimento. RESULTADOS: Com este levantamento, foi possível identificar diversas
realidades,
como
pacientes
que
haviam
suspendido
por
conta
própria
o
acompanhamento, ou que haviam sido diagnosticados, porém os agentes não sabiam e
muitos em que os registros de prontuários estavam incompletos. Após esta fase, deu-se
início ao momento em que intervenções foram elaboradas pela equipe multiprofissional
a fim de cuidar de forma integral destas pessoas. A pasta criada passou a ser
instrumento para que a equipe identificasse e priorizasse os pacientes que necessitavam
de visita domiciliar e convocação para avaliação na unidade de saúde ou que estavam
em seguimento programado, com retorno de rotina. Atualmente, a pasta tem sido
atualizada à medida que os pacientes realizam novas consultas, com soma de
informações, inclusão de novas pessoas ou exclusão devido óbito ou por ter saído da
área de abrangência. CONCLUSÃO: Com a experiência, a equipe conhece
efetivamente a necessidade e consegue acompanhar o cuidado a cada membro do
território com hipertensão e /ou diabetes. Além disso, tem uma ferramenta para
identificar os casos prioritários a serem tomados pela equipe em suas atividades de
rotina, ajudando na realização de novas atividades e/ou estratégias com esta população.
Palavras-chave
Estratégia Saúde da Família, processo de trabalho, doenças
(máximo cinco)
crônicas não-transmissíveis
Trabalho nº 43
AGENTES COMUNITÁRIOS DA SAÚDE: UM NOVO OLHAR SOBRE A
HANSENÍASE
Autores: OLIVEIRA, SD1; PINTO, IC2; PASSERI, IAG3; NEVES, LAS4; VELOSO,
TMC5.
Instituição: ESCOLA DE ENFERMAGEM RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO (EERP/USP), CENTRO DE SAÚDE ESCOLA SUMAREZINHO;
RIBEIRÃO PRETO, SÃO PAULO.
[email protected].
Introdução: No Brasil, a hanseníase continua representando um problema de saúde e os
desafios para o controle consistem em diagnóstico precoce, tratamento regular, dentre
outros. Para isto, o agente comunitário de saúde (ACS) ocupa um papel de destaque,
pois estão diariamente visitando os usuários e, se habilitados, poderão identificar
precocemente os primeiros sinais e sintomas da hanseníase. Objetivo: relatar uma
experiência de sensibilização e qualificação junto aos ACS para as consequências
biopsicosociais do diagnóstico tardio para os familiares e portadores de hanseníase.
Metodologia: Realização de oficina com metodologia ativa que estimulou a
participação e construção do aprendizado de todos os ACS presentes. Foram realizadas
duas oficinas com dinâmicas de grupo: “Festa dos Seletos” e “Viagem no Tempo”
(anexos 1, 2, 3, 4). O conceito teórico foi reforçado com uma apresentação expositiva
dialogada, utilizando um painel ilustrado sobre hanseníase. Ao final da atividade, os
participantes fizeram uma avaliação com três questões de múltipla escolha, para
identificação de seus conhecimentos, e duas abertas para expressarem suas opiniões.
Resultados: A atividade foi realizada em 04 UBS e 01 NSF, com a participação de 56
ACS, em um total de 20 horas. Foi observado durante a execução das dinâmicas que os
ACS sentiram o que é ser excluído, rejeitado e vítima de preconceitos, conseguindo
relacionar esses sentimentos aos portadores de hanseníase. Segundo avaliação escrita
realizada em quatro unidades, 100% dos ACS ficaram satisfeitos com a estratégia
escolhida, pois conseguiram entender o assunto de uma forma divertida e participativa,
afirmaram sentir-se mais preparados para atuar junto à comunidade, para avaliar sinais e
sintomas sugestivos da hanseníase, e como multiplicadores de informações sobre o
tema. Houve 100% de acertos nas questões sobre a identificação de sinais e sintomas da
Hanseníase. Conclusão: Espera-se a realização de mais atividades com este formato,
que os demais membros da equipe sejam incluídos em momentos educativos, além da
necessidade de campanhas de divulgação e esclarecimento junto à comunidade sobre a
hanseníase.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Hanseníase, educação permanente, atenção primária de saúde
Trabalho nº 44
OFICINA CULINARIA PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES
MELLITUS NO ASSENTAMENTO PDS DA BARRA.
BOTTA, A. C.; CARVALHO, R. C. C.; SILVA, G. P; SOUZA, S.M.X.
Introdução: A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças
altamente prevalentes e representam um sério problema de saúde pública em
decorrência das suas complicações crônicas. Sabe-se que, além de medicação, a
alimentação é fator decisivo para o controle destas patologias e para evitar complicações
crônicas. Há no Assentamento Programa de Desenvolvimento Sustentável da Barra,
atualmente, um total de 1643 assentados, sendo que destes 221 moradores são
hipertensos e 68 diabéticos. Devido à essa prevalência, foi definido a realização de uma
Oficina Culinária com ênfase na Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Objetivo:
promover uma alimentação saudável, estimulando o uso de alimentos da produção local,
agregando valor nutricional a preparações cotidianas e possibilitando substituições
saudáveis, além de ser uma forma de maior inserção e integração do Programa de
Aprimoramento Multiprofissional em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus
(PAMHADM) na dinâmica local do Assentamento. Metodologia: As receitas foram
selecionadas levando em consideração a produção de alimentos local, a praticidade, o
custo e a viabilidade para essa população. As receitas foram: Sal de Ervas, Hambúrguer
de Berinjela, Biomassa de Banana Verde e Vitamina sem açúcar. A divulgação se deu
por meio de convites impressos que foram entregues pelas Agentes Comunitárias de
Saúde (ACS). Muitas famílias cultivam hortas para venda e consumo próprio, portanto,
cada participante ficou com a incumbência de trazer os ingredientes das receitas. A
oficina foi realizada dia 07 de Outubro, no período da manhã, na casa de uma moradora
(Sra. M. J.), que aceitou cedê-la como espaço para realização da atividade. Resultado:
Participaram da oficina sete moradores do assentamento, uma ACS, o Dentista da
Equipe de Saúde e as três Nutricionistas do PAMHADM. Os participantes se puseram a
preparar as receitas enquanto as Nutricionistas ensinavam o passo a passo. Durante o
preparo, elas explicavam os benefícios das preparações e sua relevância para a saúde.
Conclusão: A Oficina proporcionou um aprendizado prático sobre substituições
alimentares saudáveis, utilização da produção local e agregação de valor nutricional.
Por ter sido realizada em um ambiente doméstico, com o uso dos utensílios disponíveis
da residência, demonstrou-se aos participantes que é possível realizar mudanças nos
hábitos alimentares de maneira simples e efetiva.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial; Diabetes Mellitus; Oficina Culinária.
Trabalho nº 45
RELATO DE CASO: DESAFIOS DO TRABALHO MULTIPROFISSIONAL E
DO CUIDADO INTEGRAL
Autores: ANDRADE CS, LIMA CMG, SILVA K, IGNÁCIO DS, CHAYAMITI MPC
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar de Ribeirão Preto-SP
e-mail: [email protected]
Introdução: A complexidade da atenção à saúde de pessoas acamadas e vivendo no
domicílio
requer
investimentos
no
cuidado
integral,
lançando
às
equipes
multiprofissionais o desafio da construção de uma prática interdisciplinar. Objetivo:
Apresentar relato de caso de uma paciente acompanhado pelo Serviço de Atenção
Domiciliar de Ribeirão Preto-SP. Metodologia: Trata-se de I.S.P., 75 anos, sexo
feminino, com diagnósticos de Acidente Vascular Encefálico, Diabetes mellitus e
Hipertensão Arterial, atendida desde abril/2013 pelo Serviço de Atenção Domiciliar da
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto-SP. Acamada, com perda de força
muscular, pouco comunicativa e apresentando várias úlceras por pressão, após
internação hospitalar prolongada. A primeira visita foi realizada pela equipe de
enfermagem, que identificou as principais necessidades da paciente. Na sequência,
foram acionados médico, equipe de enfermagem, fisioterapeuta, dentista e
fonoaudióloga e estes, de posse de conhecimentos específicos (núcleo) e de saberes e
práticas comuns (campo), propuseram discussão com os familiares, objetivando a
elaboração de um plano terapêutico para a paciente. Inicialmente, foram colhidos
exames para análises laboratoriais e iniciados os curativos das 5 lesões que se
encontravam infectadas (a maior era sacral, com mensuração de 23,0x18,0 cm). Seguiuse com curativos diários realizados pela cuidadora/filha (capacitada pela equipe de
enfermagem) e com reavaliações semanais pela equipe do serviço. As atividades de
fisioterapia foram adiadas até que houvesse melhora na evolução das lesões, o que
aconteceu três meses após o primeiro contato. Buscou-se o controle da diabetes e da
hipertensão arterial, por meio de medicações e da adequação nutricional. As ações de
saúde bucal objetivaram os cuidados com higiene, mastigação e próteses. As
orientações fonoaudiológicas foram realizadas para melhorar a comunicação da
paciente, evitando o isolamento social. Resultados: Após seis meses, a paciente
encontra-se deambulando, comunicativa, com as doenças de base controladas, com
quatro lesões totalmente cicatrizadas e com a sacral em fase final de cicatrização.
Conclusão: Diante da complexidade do cuidado em saúde, se reconhece a importância
do trabalho em equipe, a fim de promover a integralidade do cuidado ao paciente
acamado. Contudo, é necessário que esta articulação se estenda para outros serviços de
saúde e setores.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Interdisciplinar, Multiprofissional, Integralidade, Cuidado
Trabalho nº 46
O SENTINELA DA INFLUENZA NA IDENTIFICAÇÃO DOS VÍRUS
RESPIRATÓRIOS
CIRCULANTES
NA COMUNIDADE
DE
RIBEIRÃO
PRETO.
Autores: CANDIDO-SILVA, PA; SILVA, MAI; DURANTE, LC; ARAÚJO, DCA;
TERRA FILHO, J. OLIVEIRA, LM;
PASSERI, IAG
Instituição: Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP –
Ribeirão Preto – [email protected]
Departamento de Vigilância em Saúde – Vigilância Epidemiológica/Secretaria
Municipal de Saúde – Ribeirão Preto/SP – [email protected]
DRS XIII – GVE – Ribeirão Preto/SP - [email protected]
INTRODUÇÃO: Para monitorar e identificar os vírus respiratórios em circulação,
assim como os dados epidemiológicos da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal na
comunidade foi implantado no Brasil, pelo Ministério da Saúde, em 2000, o Sistema de
Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Em funcionamento
desde 2006 no Pronto Atendimento (PA) do Centro Saúde Escola da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (CSE-FMRP-USP), o Sentinela da Influenza foi
reorganizado no início de 2010, para melhor operacionalização do programa.
OBJETIVO: Identificar os atendimentos por Síndrome Gripal realizados no PA do
CSE e os vírus respiratórios em circulação na comunidade e comparar com os casos
internados por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no município, no período
entre a 1ª e a 40ª semana epidemiológica de 2013.
METODOLOGIA: Busca ativa de sintomáticos respiratórios no PA do CSE com
coleta de material biológico (swab combinado de secreção orofaríngea e nasofaríngea);
envio para o laboratório do Instituto Adolfo Lutz (IAL); recebimento dos resultados
laboratoriais e contagem das fichas de atendimento por Síndrome Gripal, de acordo com
as faixas etárias. Análise descritiva dos resultados e comparação com os casos
internados por SRAG no município de Ribeirão Preto.
RESULTADOS: A análise dos dados permitiu observar que no ano de 2013 (até o
período descrito) foram realizados 99.724 atendimentos, dos quais, 8.895 foram por
Síndrome Gripal, com coleta de 201 amostras de secreção oro e nasofaríngea, sendo 4
resultados positivos para Flu A (H3N2 e não especificado), 5 postivos para Flu A
(H1N1pdm) , 16 positivos para Flu B, 1 positivo para Parainfluenza 3, 7 positivos para
Adenovírus e 7 positivos para Vírus Respiratório Sincicial, atingindo um percentual de
positividade de 19,9% das amostras coletadas.
Em relação aos casos de SRAG notificados foram 212 casos, sendo que 28 casos
foram confirmados para Flu A (H1N1 pdm), 15 casos por Flu A (H3N2 e A não
especificado) e 4 casos para Flu B. Para os casos confirmados, ocorreram 10 óbitos por
Influenza A (H3N2 e H1N1 pdm) em pacientes residentes em Ribeirão Preto.
CONCLUSÃO: Neste sentido, observamos que o Sentinela da Influenza permite
vislumbrar o perfil epidemiológico e o comportamento dos vírus respiratórios na
comunidade, pois, enquanto nas coletas realizadas no Sentinela houve predominância do
Flu B, os óbitos aconteceram por Influenza A, o que nos faz refletir sobre a gravidade
(morbi/mortalidade) relacionada ao vírus Flu A. Deste modo, conhecer estes dados e
monitorá-los possibilita o planejamento de ações de prevenção, controle e manejo das
possíveis epidemias e/ou pandemias decorrentes da Influenza, assim como programar e
avaliar a atenção à saúde prestada frente a este agravo.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Influenza, Vigilância Epidemiológica, Síndrome Gripal
Trabalho nº 47
RELATO DE EXPERIÊNCIA NA PARTICIPAÇÃO DA ODONTOLOGIA EM
FORMAÇÃO DE CUIDADORES COM VISÃO EM INTEGRAL À SAÚDE
FRACON, ET1, 3 ; MESTRINER, SF1, 3; MACEDO, LD1,2; FREITAS, VR1,3,
MESTRINER-JÚNIOR, W3
1FMRP-USP/ 2Hospital
das Clínicas/ 3FORP-USP
[email protected]
Introdução: O Brasil esta submetido a uma transição demográfica, onde o numero de
pessoas idosas no Brasil irá aumentar significativamente em curto espaço de
tempo(dados do IBGE), consequentemente aumenta-se também a necessidade de
profissionais capacitados para assumir os cuidados desta população. A colaboração de
cuidadores será de extrema importância, pois atuam em casos onde os familiares são
ausentes ou incapazes de cuidar dos idosos. A saúde bucal contribui de forma decisiva e
merece grande atenção por parte do cuidador, uma vez que este busca saúde integral
para o idoso. Objetivos: Apresentar ação desenvolvida por odontólogos no
matriciamento de cuidadores de idosos dentro de um curso para capacitação de
cuidadores promovido pelo Núcleo de Saúde da Família IV – Sumarezinho, Ribeirão
Preto-SP. Metodologia: Foi realizado Roda de Conversa, apoiada na metodologia
problematizadora, com foco na saúde bucal coordenada por dois cirurgiões-dentistas.
Conteúdos como formas de higiene bucal e de aparelhos protéticos foram temas
disparadores. Em complemento utilizou-se o recurso das demonstrações práticas e
orientações sobre o câncer bucal e auto exame (estrutura: instrumento educativo de
estimulação tátil), trazendo de forma próxima à da realidade encontrada na boca.
Resultados: Todos os participantes foram capazes de identificar e descrever os sinais de
possíveis alterações em tecidos e estruturas adjacentes à boca, após passarem pela
estrutura. Conclusão: O cuidadores tem papel fundamental na saúde dos idosos; a
capacitação desses profissionais é de extrema importância para a manutenção da saúde e
prevenção de doenças em idosos.
Palavras Chaves: Cuidadores; Saúde bucal; Promoção de Saúde; Câncer Bucal;
Capacitação
Trabalho nº 48
GRUPO DE SALA DE ESPERA COMO INSTRUMENTO DE PREVENÇÃO E
PROMOÇÃO DE SAÚDE EM CRIANÇAS OBESAS E SOBREPESO.
GUIMARÃES, C. F¹ .; OLIVEIRA¹, P. A.; MAGNA², J. M.; FIGUEIREDO³, L. R. U.
¹ Terapeuta Ocupacional e Psicóloga , respectivamente, aprimorandas do Programa de
Aprimoramento Multiprofissional em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus da
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP – PAMHADM/SMS-RP.
² Supervisora da Área de Psicologia do PAMHADM/SMS-RP.
³ Supervisora da Área de Terapia Ocupacional do PAMHADM/SMS-RP
Instituição: UBS “Terezinha Garcia José Gradin” (PAM II) Ribeirão Preto – SP
Introdução: Desde a 8º Conferência Nacional de Saúde (1986) fala-se da
necessidade de novos conceitos sobre a promoção de saúde, entendendo-a pela
dimensão da qualidade de vida, e não somente pela ausência de doença. Neste sentido, o
Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Hipertensão Arterial e Diabetes
Mellitus (PAMHADM) têm realizado atividades, na Atenção Básica,voltadas para
prevenção, promoção, tratamento e reabilitação de pacientes que sofrem dessas
enfermidades ou apresentam fatores de risco para desenvolvê-las. Visto que a obesidade
é um fator de risco para à HA e DM e que a prevalência desta vem aumentando entre
crianças e adolescentes, o PAMHADM implantou na UBS Terezinha Garcia José
Gradim (PAM), um projeto de prevenção destinado a essa população. Dentre as
atividades desenvolvidas pelas aprimorandas, está o trabalho com pacientes que
aguardam atendimento em outras especialidades na sala de espera. Objetivo: O grupo
de sala de espera tem por objetivo acolher e sensibilizar as famílias e crianças para
assumir hábitos de vida saudáveis e incentivá-los a participar das atividades do
PAMHADM quando necessário. Metodologia: As intervenções na sala de espera são
realizadas pela aprimoranda da TO às quintas feiras das 07 às 09hs da manhã.
Geralmente, o acolhimento dá-se com até três famílias por grupo. São oferecidos livros
e material para desenho livre às crianças e em seguida os pais ou responsáveis são
recepcionados. Através de um diálogo informal com estes, procura-se conhecer as
condições e demandas da criança e da família. Caso sejam detectados aspectos de risco
para HA e DM, é sugerido ao responsável, o encaminhamento para uma entrevista com
a equipe interdisciplinar do PAMHADM. Resultado e Conclusão: Considera-se que as
atividades de leitura e desenho podem diminuir tensões e ansiedades das crianças,
favorecendo a expressão de sentimentos e desenvolvendo outras representações
simbólicas que podem substituir a alimentação excessiva. Já as “conversas” com os pais
permitem que estes expressem suas angustias e questionamentos e a partir desta
“escuta” diferenciada, estes possam se tornar mais receptivos ao encaminhamento para
o atendimento no PAMHADM, bem como às orientações básicas para organização do
ambiente familiar, alimentação e hábitos saudáveis. Já que o Programa de
Aprimoramento desenvolve nas profissionais um olhar multiprofissional é possível o
trabalho de educação em saúde em diferentes perspectivas profissionais
Palavras-chave
Prevenção; grupo de sala de espera; obesidade infantil.
Trabalho nº 49
GRUPOS DE EXPRESSÃO E CONVIVÊNCIA - AÇÕES DE TERAPIA
OCUPACIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA.
OLIVEIRA, A.S 1.; BALDO, E.T. 2; DURANTE, B 3.; GOMES, I.N. 4
1 Docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FMRP-USP. email:
[email protected]
2 Terapeuta Ocupacional – Tec. de nível superior da FMRP-USP. email:
[email protected]
3 e 4 Discentes do Curso de Terapia Ocupacional – FMRP-USP
Instituição: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP / Núcleo de Saúde da
Família 3 – FMRP-USP
Introdução: A Política Nacional de Promoção de Saúde, busca estimular as ações
intersetoriais (MS, 2006). Sabe-se que a diminuição das redes sociais torna o individuo
mais suscetível ao adoecimento, em especial o sofrimento psíquico. (CHOR, et al,
2001). Com o envelhecimento da população, a longevidade com qualidade de vida tem
sido apontada como estratégia para enfrentar os problemas de saúde contemporâneos.
Estudos demonstram que as redes sociais diminuem significativamente durante o
envelhecimento (RAMOS, 2002). A rede de serviços de saúde deve trabalhar de forma
integrada, visando à cultura, lazer, entre outros, que garantam a integração da saúde
com as organizações comunitárias de seus territórios fortalecendo os espaços de
expressão e convivência, que auxiliem na consolidação da promoção de saúde.
Objetivos: Apresentar os impactos do projeto de Extensão “Grupos de Expressão e
Convivência ações de Terapia Ocupacional na ampliação das redes sociais e promoção
de saúde mental de idosos na Atenção Básica”, financiado pela Pró Reitoria de Cultura
e Extensão da USP. O projeto busca efetivar ações promotoras da saúde do individuo e
de sua comunidade; criar novas redes sociais e ampliar as redes sociais já existentes dos
participantes. Metodologia: A Oficina de Dança existe desde 2010 como projeto de
extensão junto ao Núcleo de Saúde da Família 3 –FMRP_USP. Atende atualmente 15
sujeitos de ambos os sexos, acima de 50 anos. De 2010 a 2013, foram realizados 142
encontros. São encontros semanais, com 01:30h de duração. São propostos:
alongamento inicial, trabalhado em três níveis e adaptados; atividade de integração,
concentração, comunicação e expressão; e técnicas de Dança de Salão, prezando pela
escolha do grupo quanto ao ritmo. O próprio grupo criou regras de funcionamento e um
contrato de participação grupal, e as situações que surgem são trabalhadas em grupo.
Resultados: Foi possível perceber que para além da aprendizagem dos passos e da
preocupação com os aspetos físicos relacionados à dança, sobrepôs-se os aspectos
subjetivos das relações interpessoais. Nota-se resultados quanto aos benefícios físicos,
diminuição de sintomas psíquicos, apropriação da consciência corporal, bem como
percepção de movimentos que antes eram ‘automatizados’. A integração do grupo
acontece para além da oficina, com exploração de recursos comunitários de dança,
passeios turísticos, etc. Conclusão: A Terapia Ocupacional amplia o seu campo de
ação, cumpre o objetivo da promoção de saúde mental, presta contribuição significante
no ensino. Favorece a ampliação das redes sociais dos participantes, o resgate das
potencialidades e ampliação de suporte social, essenciais para as processo de
envelhecimento saudável.
Palavraschave
TERAPIA OCUPACIONAL, ATENÇÃO BASICA, GRUPOS, REDE
SOCIAL DE SUPORTE, PROMOÇÃO DE SAUDE.
Trabalho nº 50
AMBULATÓRIO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOA IDOSA
Autores: CALIXTO, T1; LOPES, MC2; SILVA, MTRA3; PASSELI, IAG4
Instituição: Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
e-mail: [email protected]
Introdução
O Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, localizado no distrito Oeste do município
é um Serviço de atendimento secundário, o qual atende uma população estimada de
160.000 habitantes, contando com diversos ambulatórios de especialidades, dentre eles
o que trata de pacientes idosos. A Organização Mundial de Saúde prevê que, em 2025,
haverá 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos. No Brasil, calcula-se que existirão
34 milhões de idosos em 2025, o que colocará o país na 6ª posição mundial entre os
países mais envelhecidos. Esse crescimento acelerado da população idosa no país gera
um impacto considerável em todo território nacional, inclusive nos sistemas de saúde.
No entanto, a infraestrutura essencial para responder às demandas desse faixa etária
ainda é frágil. Frente à esse cenário torna-se necessário nos serviços de saúde a adoção
de modelos assistenciais que visem o planejamento de ações/intervenções para o
atendimento individualizado ao idoso. Os serviços ambulatoriais são considerados uma
alternativa para o atendimento integral à saúde do idoso, em especial a relevância da
consulta de enfermagem onde é possível avaliar, intervir e orientar o idoso quanto à
promoção da saúde, prevenção de doenças e limitação dos danos.
Objetivos
Cadastramento dos idosos em atendimento ambulatorial, identificação de necessidades
que indiquem intervenção de Enfermagem, agendamento de Consulta de Enfermagem,
visita domiciliar e interface com outras especialidades: odontologia, assistente social,
ginecologia, terapia ocupacional, ambulatório de Diabetes Mellitus, entre outros.
Metodologia
A atividade está sendo desenvolvida na UBDS Sumarezinho, toda segunda, terça, quinta
e sexta-feira das 07h00min às 12h. As ações desenvolvidas na atividade são:
- Preenchimento da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa;
- Cadastramento do Idoso;
- Visita domiciliar;
- Agendamento e realização da consulta de enfermagem para o idoso com enfoque na
avaliação e identificação das necessidades do mesmo e encaminhamento para outras
especialidades;
- Realização do planejamento da assistência;
- Execução das intervenções necessárias e da avaliação dos resultados esperados;
- Registro do processo nos prontuários dos idosos.
Resultados e Conclusões
Os profissionais inseridos na atividade vêm desenvolvendo conhecimentos e habilidades
para a realização da consulta de enfermagem com enfoque gerontológico e geriátrico,
para o planejamento da assistência de enfermagem individualizada para o idoso e
cuidador, bem como, para o trabalho em equipe multidisciplinar. No período
22/10/2012 à 23/10/2013 foram cadastrados 503 idosos. A implementação dessa
atividade contribui para o atendimento dos idosos visando o cuidado integral e
individualizado, bem como para o processo de educação e promoção de saúde para o
idoso
Palavras-chave
(máximo cinco)
Idoso, Atendimento Ambulatorial, família
Trabalho nº 51
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS DE TUBERCULOSE EM
CRIANÇAS NO CSE SUMAREZINHO, MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: Silva JM, Andrea M, Neves LAS, Torres LAGMM, Silva MC
Instituição: Centro de Saúde Escola da Distrital Oeste - CSE Sumarezinho
e-mail: [email protected]
Introdução: A tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil o que justifica
toda e qualquer ação que melhore o acesso ao seu diagnóstico, tratamento e
consequentemente seu controle. Na criança e adolescente as manifestações clínicas da
tuberculose podem ser variadas e muitas vezes a doença é sub-diagnosticada. Visando
principalmente uma melhor acessibilidade aos pacientes para investigação e tratamento
de tuberculose em crianças, o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do
HCFMRP-USP, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto e o
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, criaram em 2009 um ambulatório de
atendimento para investigação, diagnóstico e tratamento de tuberculose para crianças de
zero a 15 anos de idade, residentes em Ribeirão Preto, no Centro de Saúde Escola (CSE)
da Distrital Oeste do município.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico do ambulatório de tuberculose infantil em
rede primária/secundária de atendimento nos anos de 2009 a 2013.
Metodologia: Estudo descritivo para avaliar as prováveis mudanças no perfil
epidemiológico dos casos de tuberculose diagnosticados em crianças no município de
Ribeirão Preto comparando os períodos antes e depois da criação do ambulatório de
especialidade em pneumologia infantil. Foram analisadas as fichas de notificação
epidemiológica de tuberculose, o banco de registro dos casos investigados e
diagnosticados (TBWEB) e as planilhas do ambulatório de Tuberculose Infantil do
CSE.
Resultados: Foram diagnosticados e tratados de tuberculose infantil, entre os anos de
2009 a 2013 em Ribeirão Preto, 47 pacientes de 0 a 15 anos de idade, e, quando
comparamos este achado com os dos anos de 2004 a 2008 (anterior ao ambulatório de
especialidade), observamos um incremento de 17% de diagnósticos de tuberculose para
esta mesma faixa etária. Destes 47 pacientes, 39 (83%) foram diagnosticados e tratados
no ambulatório do CSE; 32 crianças encaminhadas para avaliação tiveram outros
diagnósticos e 192 crianças contatos de pacientes bacilíferos, foram avaliadas e
acompanhadas.
Conclusão: Apesar do enorme problema de saúde pública mundial que a tuberculose
representa os recursos médicos para tratar e prevenir a doença continuam limitados. A
iniciativa do ambulatório de especialidade a nível primário e secundário abre novas
perspectivas para agilização e melhor acessibilidade para investigação e tratamento de
crianças com suspeita de tuberculose.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Tuberculose, diagnóstico, tratamento
Trabalho nº 52
PROPOSTA DE UM INSTRUMENTO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
PARA O CUIDADO EM SAÚDE DURANTE O PERÍODO PUERPERAL
Autores: CONDE, RG1; BERNARDES, CG2; SILVA, OLIVEIRA, ML3; VIEIRA,
VCB4 PASSELI, IAG5; VIEIRA, CS
Instituição: Centro de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os princípios organizacionais do SUS têm o intuito de operacionalizar o Sistema de
Saúde, dentre estes ,destaca-se o princípio de regionalização – a diretriz que orienta o
processo de descentralização das ações e serviços de saúde – o qual visa orientar o
processo de identificação e construção de regiões de saúde nas quais as ações e serviços
devem ser organizados de forma a garantir o direito da população à saúde. Uma das
estratégias para a garantia deste princípio é a referência e a contra referência. O Centro
de Saúde Escola Dr. Joel Domingos Machado da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo CSE-FMRP-USP, conta com o ambulatório de
Ginecologia e Obstetrícia, caracterizado por atendimentos ,de demanda espontânea, ou
via pronto atendimento, ou seja, todas as gestantes do município podem ser atendidas
neste serviço, totalizando 62,7% de atendimentos de outras áreas de abrangência. Aliada
à necessidade de um atendimento imediato no pré natal e dificuldade de inserção desta
gestante na sua unidade de referência, considerando as vagas disponíveis na agenda
médica do serviço, firmou-se uma parceria de disponibilidade de vagas médicas entre
Secretaria Municipal de Saúde e o CSE, possibilitando o atendimento imediato de
pré natal.
Entretanto
esta
disponibilização
de
vagas
gerou
debilidades
no
atendimento puerperal, com perda de informações do binômio (mãe e filho), uma vez
que a puérpera é encaminhada por meio do projeto floresce uma vida para sua área de
origem, o que dificulta o conhecimento do caso pela mesma, fragmentando o
seguimento da mulher. É importante ressaltar que a partir da 36ª semana as gestantes
são encaminhadas através do Projeto Nascer para a maternidade, onde dará continuidade
ao pré-natal e receberá orientações sobre o pré parto, parto e puerpério, entretanto
atualmente devido à alta demanda, as vagas para a realização deste projeto estão
restritas, ou seja, nem todas as gestantes estão sendo encaminhadas ao projeto dentro do
tempo previsto. Assim, identificou-se a necessidade do fortalecimento da contrareferencia para a unidade de origem, por meio da elaboração de uma consulta de
enfermagem entre 30ª à 36ª semana de gestação e a construção de uma Guia de Contrareferência para promover a comunicação entre o CSE e as UBS.
OBJETIVO
Garantir orientação e segurança da gestante quanto aos sinais de trabalho de parto, parto
e puerpério, e promover às UBS de origem conhecimento sobre as informações
referentes ao pré-natal necessárias para a continuidade do cuidado da mulher no período
puerperal.
METODOLOGIA
Foi estruturado um roteiro para uma consulta de pré natal entre a 30ª à 36ª semana,
contendo informações necessárias a respeito do trabalho de parto, parto e puerpério e
elaborada uma Guia de Contra-referência, contendo dados pessoais, dados da gestação
atual e antecedentes obstétricos para cada gestante, a qual será encaminhada por malote
para a unidade de referência e comunicado via telefone para o gerente da UBS/NSF.
RESULTADOS E CONCLUSÃO
Espera-se que a implementação da consulta e da Guia de Contra-referência facilite a
comunicação entre os serviços melhorando a integração entre os níveis de atenção à
saúde, possibilitando uma visão integral e ampliada do período gestacional,contribuindo
para uma assistência qualificada no puerpério.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Regionalização, Contra-referência, Puerpério.
Trabalho nº 53
OUVIDORIA, INFORMAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
Autores: PORT, CMF; GUIMARÃES, JP; SILVA, WCO; MARNE, S; ANZANEL,
AJB.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO - Desde 2001, a Secretaria Municipal da Saúde tem facilitado o acesso
à informação aos usuários do SUS, utilizando para isso, uma importante ferramenta que
é o site www.saude.ribeiraopreto.gov.br, sendo o Centro de Informação Digital em
Saúde – CIDS, responsável por sua manutenção.
No site encontram-se: lista dos documentos e local para confecção do Cartão SUS,
Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) com locais de dispensação, atas do
Conselho Municipal da Saúde e preenchimento online de doenças de notificação
compulsória. As informações auxiliam o apoderamento da população para o controle
social na área da saúde. Ribeirão Preto é, provavelmente, uma das poucas cidades
brasileiras onde a produção do site e a Ouvidoria atuam de maneira tão próxima e
colaborativa. Há soma de esforços para compromissos compartilhados, envolvendo
cidadãos, servidores e gestores, com o objetivo de resgatar valores básicos de
convivência humana e a ética nos serviços de saúde.
Objetivo: Mostrar que Ouvidorias do SUS podem ser uma ferramenta mais elaborada
do controle social, através de compartilhamento de responsabilidades, informações e
diálogo. Ela deve ultrapassar a ação da mera escuta e ser um espaço onde se pode
solicitar informações sobre ações e serviços de saúde na concepção da gestão
participativa, da democratização e informação em saúde.
Metodologia: Em 2013, a ouvidoria solicitou a todos os departamentos, divisões,
unidades de atendimento, Conselho de Saúde, etc., que mantivessem suas informações
atualizadas e divulgassem dados que pudessem ampliar o acesso e facilitar o controle
social. Como o atendimento é alvo de muitas demandas que nos chegam, neste ano
iniciou-se a publicação de uma seção de “dicas”, com orientações para que sejam
tomados cuidados por parte do servidor ao atender nossa clientela. A divulgação do
trabalho da Ouvidoria inclui distribuição de folhetos explicativos e banners em todas as
unidades que atendem o SUS. Também é mantido um painel com a produção mensal em
área de acesso aos servidores e de circulação de visitantes e membros do Conselho
Municipal de Saúde.
Resultados e Conclusão: No atendimento da Ouvidoria o número de usuários do SUS
que procuram por informação representa 55% do total. Com o entrosamento entre o
CIDS e a Ouvidoria concluímos 53% das informações no setor. A implantação de uma
Ouvidoria do SUS representa uma inovação na gestão participativa, dissemina
informação e contribui com eficácia nas respostas fortalecendo a democratização em
saúde.
Palavras-chaves
Ouvidoria; informação; controle social; gestão.
Trabalho nº 54
INCLUSÃO DE SERVIDOR COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM UMA
OUVIDORIA DO SUS
GUIMARÃES, JP2; PEREIRA, CFA2; PORTO, CMF1; MARNE, S3; BENEDITO,
SOT3
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
e-mail: [email protected]
www.saude.ribeiraopreto.sp.gov.br
INTRODUÇÃO: O Protocolo Facultativo da “Convenção Nacional Sobre Direitos da
Pessoa com Deficiência” garante o cumprimento das obrigações da administração
pública com a inclusão de deficientes em bases iguais às demais pessoas. Como a
Ouvidoria da Secretaria Municipal da Saúde já tinha o reconhecimento de ser espaço
democrático e com boa integração com a rede de serviços, nos foi solicitada a inclusão
de servidor com deficiência visual.
Objetivo: O presente trabalho objetiva apresentar elementos que proporcionaram a
inclusão de servidor com deficiência visual em uma Ouvidoria do SUS e mostrar que a
readaptação não se encerra no local no qual ele está lotado.
METODOLOGIA: Em 2012 recebemos na ouvidoria do SUS da Secretaria Municipal
da Saúde o médico Carlos Pereira, egresso do serviço de regulação médica. A fim de
integrá-lo, organizou-se um cronograma de atividades. Este cronograma teve início com
a inscrição do Dr. Carlos na Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto
(ADEVIRP) e sua apresentação e integração aos serviços da sede da SMS.
Para a reabilitação do servidor foram destinadas quatro horas na ADEVIRP para
aprendizado do Braile e das técnicas de mobilização segura. Outras quatro foram
destinadas ao conhecimento da rotina de atendimento do setor, do fluxo do SUS e do
sistema OuvidorSUS, plataforma usada no registro das demandas.
Foi construído um documento (com fonte aumentada, dados específicos e ordenamento
prioritário) para o registro das demandas atendidas por ele. A estratégia adotada foi criar
uma pasta no nosso local de rede, onde ele pode digitar e salvar todos os dados para o
adequado preenchimento do referido sistema.
A Divisão de Informática ativou o recurso de lupa do Windows para que ele navegasse
no computador. Foi comprado o sistema Virtual Vision, que lê todas as informações da
tela do equipamento e transmite o conteúdo por meio auditivo. Este esforço obteve do
servidor seu melhor desempenho, ao não focar na sua deficiência, mas naquilo que ele
pudesse trazer de acréscimo ao serviço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O trabalho em equipe por nós desempenhado, onde
objetiva-se o bom resultado, a negociação e flexibilidade entre as partes, propiciou a
otimização do desempenho do servidor, tornando-o apto às necessidades desse novo
local de trabalho. Não se consegue fazer tudo sozinho e nem se deve tentá-lo, seja
servidor em readaptação funcional ou não. A aprendizagem contínua que a presença
desse servidor tem proporcionado traz uma gratificação a mais para ele e todos da
equipe.
Palavras-chaves
Inclusão, deficiência visual, ouvidoria.
Trabalho nº 55
IMPACTO DO TREINAMENTO DE FORÇA NA MASSA GORDA EM
PESSOAS COM HIV E LIPODISTROFIA: PREVENINDO DOENÇAS
CARDIOVASCULARES.
Autores: SANTOS, WLALDEMIR R1,2; SANTOS; WALMIR R3; MACHADO, DRL3;
PAES, PP2; FERNANDES, APM1.
Instituições:
1Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo (EERP-USP)
1- Departamento de Educação Física da Universidade Federal de
Pernambuco (DEF-UFPE)
2- Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo (EEFERP-USP)
3- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP)
e-mail: [email protected]
Introdução: a terapia antirretroviral (TARV) transformou o HIV de uma doença fatal
para crônica, porém, apresenta diversos efeitos adversos, entre eles a síndrome da
lipodistrofia, que tem como uma de suas manifestações aumento da massa gorda na
região do tronco, potencializando o risco de doenças cardiovasculares. O presente
estudo avaliou o impacto do treinamento de força (TF) na massa gorda no tronco em
pessoas vivendo com HIV e lipodistrofia. Metodologia: participaram do estudo 20
indivíduos com HIV e lipodistrofia, de ambos os sexos com 50,60±6,40 anos, atendidos
no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo (HCFMRP/USP). O estudo foi realizado no Centro de Orientação e
Educação a Adultos e Idosos da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (EERP/USP), sendo financiado pela Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processos 2011/07300-4 e 2011/03136-5, e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP/USP, com o processo
6692/2010. A massa gorda do tronco foi mensurada com absortometria de raios-X de
dupla energia (DXA), antes e após as 36 sessões de TF. Sendo dividias em 12 sessões
de adaptação, com 3 séries de 15 repetições e 50% de uma repetição máxima (1RM) e
24 do período especifico, com 3 séries de 8 repetições e 80% de 1RM. Os dados
coletados foram submetidos a análise estatística descritiva. Resultados: os indivíduos
apresentavam 28,90±7,26% de massa gorda no tronco, com o TF reduziram 1,85±1,30%
(6,40%). Conclusões: Conclui-se que o TF reduziu a massa gorda no tronco em pessoas
vivendo com HIV e lipodistrofia, contribuindo para um menor risco de doenças
cardiovasculares e, consequentemente, aumentando a sobrevida de pessoas vivendo com
HIV e lipodistrofia.
Palavras-chave
(máximo cinco)
HIV; Lipodistrofia; Massa Gorda Treinamento de Força; Doenças
Cardiovasculares
Trabalho nº 56
ABORDAGEM DO ALEITAMENTO MATERNO COM CRIANÇAS –
ARTICULAÇÃO ENTRE UBS E CRAS
KAWATA, LS; IWAMOTO, MA; BRITO, MFP
Unidade Básica de Saúde “Oswaldo Cruz” – Vila Mariana
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto – SP
e-mail:[email protected]
Introdução: O aleitamento materno, estratégia de vínculo, proteção e nutrição para a
criança, consiste em intervenção para redução da morbimortalidade infantil e, portanto,
a sensibilização de sua importância deve ser realizada com toda comunidade. Objetivo:
Descrever a experiência de atividade desenvolvida com a finalidade de abordar
aleitamento materno com crianças. Metodologia: Relato de experiência de uma ação
cuja proposta foi disparada no planejamento das atividades a serem feitas pela Unidade
Básica de Saúde - UBS na Semana Mundial do Aleitamento Materno 2013. A equipe da
UBS Vila Mariana fez contato com o Centro de Referência de Assistência Social CRAS da área para propor parceria. A atividade, desenvolvida por acadêmicos (Centro
Universitário Barão de Mauá em Assistência de Enfermagem na Atenção Básica), foi
dividida em etapas. Inicialmente foi passado um vídeo sobre o tema aleitamento
materno (elaborado pelos acadêmicos), com duração de 15 minutos, abordando:
benefícios do aleitamento para criança, mãe e família; composição do leite materno;
importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses; diferenças do leite do início e do
final da mamada; mitos e verdades, dentre outros. Foram apresentadas amostras de
colostro e leite maduro para discussão das diferenças. Em seguida, foi feita uma
gincana. As 30 crianças (de 5 a 12 anos) foram divididas em 2 grupos. Cada equipe
elaborou um nome relacionado ao tema e um grito de guerra. Os nomes foram: leite
materno e bebê saudável. Posteriormente, foram desenvolvidas brincadeiras nas quais o
representante da equipe que vencia respondia uma pergunta elaborada a partir do
conteúdo abordado no vídeo. Para finalizar, foi entregue para cada criança um panfleto
sobre amamentação para levar para os responsáveis. A atividade foi desenvolvida no
CRAS, local onde as crianças permanecem meio período. Resultados: Crianças,
instrutores e assistentes sociais aprovaram a experiência. Na mesma semana em que a
ação foi realizada, instrutores desenvolveram o tema aleitamento em sala de atividades e
cada criança fez um desenho, com a finalidade de avaliar se as crianças adquiriram
conhecimento. Os desenhos retrataram os aspectos abordados. O desenho mais criativo
foi premiado. Conclusão: A experiência vivenciada constitui-se uma forma dinâmica e
divertida de abordar o aleitamento materno com crianças, possibilitando uma atividade
com articulação entre saúde e assistência social.
Palavras-chave
(máximo cinco)
aleitamento materno; criança; educação em saúde, atenção
primária à saúde.
Trabalho nº 57
IMPACTO DO TREINAMENTO DE FORÇA NA HIPERGLICEMIA EM
PESSOAS COM HIV E LIPODISTROFIA: PREVENINDO O RISCO DE DACs
Autores: SANTOS, WR1,2; VERCESE, N3; SANTOS, AP3; NAVARRO, AM3;
FERNANDES, APM1.
Instituições:
1Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo (EERP-USP) - [email protected]
1- Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco
(DEF-UFPE)
2- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP)
e-mail: [email protected]
Introdução: a hiperglicemia (HG) é diagnostica com glicose sanguínea acima de 100
mg/dl em jejum, podendo levar a diabetes mellitus (DM) e, consequentemente,
aumentando o risco de doenças arteriais coronarianas (DAC). Pessoas vivendo com
HIV tendem a ter a HG, proveniente da síndrome da lipodistrofia (SL), efeito adverso
da terapia antirretroviral. A literatura descreve que o exercício físico regular pode ter
impacto positivo no controle da glicemia. Assim, o presente estudo avaliou o impacto
do treinamento de força (TF) na HG em pessoas vivendo com HIV e lipodistrofia, afim
de reduzir o risco do desenvolvimento das DACs. Metodologia: participaram do estudo
20 pessoas vivendo com HIV e lipodistrofia, de ambos os sexos com 50,60±6,40 anos,
atendidos no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). O estudo foi realizado no Centro de
Orientação e Educação a Adultos e Idosos da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo (EERP/USP), sendo financiado pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processos 2011/07300-4 e
2011/03136-5, e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP/USP, com o
processo 6692/2010. Os níveis de glicemia foram coletados, em jejum de 8 horas, antes
e após as 36 sessões de TF. Sendo dividias em 12 sessões de adaptação, com 3 séries de
15 repetições e 50% de uma repetição máxima (1RM) e 24 do período especifico, com 3
séries de 8 repetições e 80% de 1RM. Os dados coletados foram submetidos a analise
estatística descritiva. Resultados: os resultados mostraram que os indivíduos
apresentavam glicemia de 99,70±12,84 mg/dl, com o TF os indivíduos reduziram
4,85±3,42 mg/dl (4,86%). Conclusões: Conclui-se que o TF reduziu os níveis de
glicemia, somado ao não aumento durante o período de TF, sugerindo um controle dos
níveis glicemicos. Sendo assim, consideramos que o TF, realizado de maneira regular,
tem impacto no controle da glicemia, reduzindo o risco da DM e, consequentemente,
das DACs em pessoas vivendo com HIV e lipodistrofia.
Palavras-chave
(máximo cinco)
HIV; Lipodistrofia; Hiperglicemia; Treinamento de força; DACs
Trabalho nº 58
ATENÇÃO BÁSICA COMO CONTEXTO PREVILEGIADO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE- O CURSO
DE GESTANTE
Gil, MV1; Bueno, JVB2; Fortuna, CM3; equipe de Agentes Comunitários de Saúde da
UBS Vila Recreio4; Ribeiro, F5.
O objetivo deste é integrar ações preventivas, promocionais e assistenciais em relação
aos cuidados gerais ligados a maternidade antes e após o parto, através de encontros
práticos com intuito de promover melhor qualidade de vida ás gestantes. Em todo o
processo de elaboração, procuramos integrar os diferentes olhares das diversas
categorias profissionais, objetivando o estímulo para a adoção de uma abordagem
integral e qualificada, levando em conta o contexto cultural, social e econômico das
gestantes e sua família. Buscamos bases científicas que justificam nossas ações e
procuramos adaptar às nossas práticas as recomendações de serviços de referência em
APS. Procuramos adotar um referencial pedagógico voltado para o auto cuidado e sua
problematização onde os profissionais fazem um movimento participativo onde terão
um papel de mediador das realidades e experiências trazidas pelas participantes.
Inicialmente os agentes comunitários de saúde (ACS) realizaram ações de busca ativa
de casos de gravidez na comunidade, mediante visita domiciliar e casos de mulheres que
já estavam realizando as consultas de Pré Natal. A divulgação foi feita através de
cartazes fixados na própria unidade de saúde e pelos ACS que confeccionam os convites
e levaram até as gestantes de cada micro-área. O curso é dividido em 4 encontros, de
1h20min, onde discute-se os mais variados temas referentes ao Pré Natal, Parto e
Puerpério conforme a realidade e interesse delas. A cada encontro, são apresentadas
dinâmicas diferentes como vídeo, tempestade de idéias, usa-se cartolinas, placas de
EVA, confeccionaram jogos de memória, e cartões de perguntas, uso de manequins e
utensílios, entre outros. O registro é feito e a avaliação é permanente, a cada encontro
considerando a opinião de todos os participantes. Chegamos a conclusão de que estas
práticas, favorecem a troca de experiências e de conhecimentos entre profissionais e
gestantes e entre elas próprias. Proporcionam um espaço educativo onde, além de
ampliar o conhecimento da gestante sobre si mesma e do seu filho, oportunizam o aprofundamento de seus anseios, temores, dúvidas e certezas, nesta etapa do ciclo vital,
deixando-as mais seguras.
(1) UBS Vila Recreio, Ribeirão Preto. Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.
[email protected] - 3976.3238
(2) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo –
[email protected] – 3602.4408
(3)Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo –
[email protected] – 3602.3476
(4) UBS Vila Recreio, Ribeirão Preto. Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.
[email protected] – 3976.3238
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
[email protected] – 3602.3476
Trabalho nº 59
LIXO RECICLADO: UMA ABORDAGEM COM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM UM CRAS DO DISTRITO NORTE DE RIBEIRÃO
PRETO
IWAMOTO, MA; KAWATA, LS; BRITO, MFP
Unidade Básica de Saúde “Oswaldo Cruz” – Vila Mariana
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto – SP
E-mail: [email protected]
Introdução: No Brasil são produzidas, diariamente, cerca de 250 mil toneladas de lixo
e apenas 2% desta produção são encaminhadas para a compostagem e reciclagem.
Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o
consumo, preservar o meio ambiente e despertar a consciência ambiental nos indivíduos
envolvidos neste processo. Objetivo: Descrever a experiência de atividade
desenvolvida com a finalidade de abordar a importância de reciclar o lixo e utilizá-lo
como matéria prima para produção de brinquedos. Metodologia: Trata-se de um relato
de experiência de uma ação desenvolvida em um Centro de Referência de Assistência
Social (localizado na área de abrangência da UBS Vila Mariana-Ribeirão Preto/SP) por
acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário Barão de Mauá durante o estágio
da disciplina Assistência de Enfermagem na Atenção Básica. Foi realizado um encontro
dividido em duas fases. Inicialmente os acadêmicos abordaram: a importância de
reciclar o lixo tanto para o meio ambiente quanto para a saúde dos indivíduos e os tipos
de materiais recicláveis e suas respectivas cores. Em seguida, foi feita uma gincana com
objetivo de promover interação e avaliar a aquisição de conhecimento. Participaram
cerca de 12 crianças e adolescentes que foram divididas em 2 grupos os quais receberam
objetos recicláveis para separá-los segundo sua categoria (metal, plástico, vidro, papel).
Ao final da brincadeira foram entregues brinquedos elaborados com materiais reciclados
e produzidos pelos acadêmicos. Resultados: Crianças, adolescentes, instrutores e
assistentes sociais aprovaram a atividade vivenciada. A coordenação do CRAS e os
instrutores resolveram realizar uma oficina para ensinar as crianças e os adolescentes a
elaborarem brinquedos com materiais reciclados. Conclusão: A abordagem utilizada
(por meio das estratégias selecionadas) possibilitou participação ativa das crianças e
adolescentes, promovendo educação em saúde e intersetorialidade entre serviço social e
saúde.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Reciclagem; educação em saúde; intersetorialidade
Trabalho nº 60
GRUPO DE GESTANTES E PUÉRPERAS
Autores: CRISTOVAO,M.C.A E EQUIPE DE SAÚDE UBS SÃO JOSÉ
Instituição: UBS JOSÉ RIBEIRO FERREIRA – “UBS SÃO JOSÉ”
e-mail: [email protected]
Introdução: Os grupos educativos realizados durante o período da gestação são
preconizados pelo PAISM devido a sua importância: proporcionar às participantes
troca de experiências, compartilhamento de dificuldades, medos, transmitir informações
sobre as mudanças que ocorrem durante a gestação, o processo de trabalho de parto e
parto e o preparo para a amamentação. Devido à importância dos grupos educativos, há
10 anos são realizadas reuniões mensais com gestantes, puérperas e seus familiares para
fornecer informações e esclarecer dúvidas, as trocas de experiências incentivam a
prática do aleitamento materno e formam um vínculo de confiança e amizade entre os
participantes e a equipe da unidade.
Objetivo: Estimular a adesão ao pré-natal e incentivar a amamentação.
Metodologia: reuniões mensais com as gestantes e familiares, enfermeira, aluno da
Nutrição da UNAERP que através de pedagogia participativa que incentiva o diálogo
entre os participantes; dinâmicas de grupo; recursos audiovisuais fornecimento de
folders explicativos, sorteio de peças de enxoval para bebês, exposição de fotos das
gestantes, puérperas e seus bebês em painel na recepção da unidade.
Resultados: maior aderência ao pré-natal, puericultura e aumento dos índices de
aleitamento materno.
Conclusão: os grupos educativos para gestantes são de extrema importância, deveriam
ser realizados por todas as equipes que trabalham com gestantes.
Palavras-chave
GRUPO DE GESTANTE
Trabalho nº 61
IMPLANTAÇÃO DE UMA OUVIDORIA DO SUS: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
GUIMARÃES, JP2; PORTO, CMF1; SILVA, WCO2 ; ANZANEL2, AJB; MARNE2, S.
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
e-mail: [email protected]
www.saude.ribeiraopreto.sp.gov.br
ntrodução: Na implantação da Ouvidoria do SUS na Secretaria Municipal da Saúde de
Ribeirão Preto - SMS enfrentou-se grande desafio, principalmente para vencer os
entraves existentes devido à cultura da organização e seus valores. Desde 2001 a SMS
buscava a efetivação desse espaço de cidadania. Em 2005, após aprovação no Conselho
Municipal da Saúde, a motivação proporcionada pelas então ouvidoras do
Departamento Regional de Saúde XIII e do Hospital das Clínicas impulsionou o
enfrentamento das novas etapas.
Objetivo: O trabalho tem como objetivo mostrar o processo de implantação de uma
Ouvidoria do SUS em um município, e as dificuldades com sua efetivação e
legitimidade.
Metodologia: Ao aderir ao programa, a SMS recebeu o Kit ParticipaSUS para a
Ouvidoria, enviado pelo Ministério da Saúde. A partir disso, processou-se o arranjo do
espaço físico com acessibilidade, boa localização, e adequação para atendimento
presencial. Também foi realizado treinamento de servidores. Os futuros técnicos foram
escolhidos entre os servidores que tinham mais de 3 anos de efetivo trabalho, sem
nenhum desabono e sem vínculo partidário. Definiu-se que a Ouvidoria seria vinculada
ao gabinete do secretário, porém, mantendo sua independência no encaminhamento das
demandas. A Resolução nº 17 de 30 de novembro de 2011, legitimou, então, o início
dos trabalhos. Houve uma migração natural dos registros feitos em outros canais como
o Centro de Informação Digital em Saúde - CIDS, Serviço de Atendimento ao Munícipe
– SAM e Disque-Dengue. O CIDS é hoje importante ferramenta da Ouvidoria, com
trabalho cooperativo e complementar entre ambos. Foi também de suma importância a
montagem da rede com todos os sub-setores da SMS, definindo e integrando os
trabalhos. Uma página na web foi criada para a ouvidoria e relatórios semestrais são
disponibilizados.
Conclusão: Apesar de todas as dificuldades mais uma Ouvidoria do SUS foi
implantada. Esta se centrou na legitimidade, independência e articulação intersetorial.
Através das reclamações dos usuários, melhorou-se a distribuição das férias de
servidores; normas do complexo regulador foram aperfeiçoadas e disponibilizadas no
portal da saúde. Gerentes de unidades incorporaram respostas à Ouvidoria em suas
rotinas diárias. Um deles retirou-se da função, ao perceber que não conseguia o
desempenho nos assuntos coletivos do mesmo modo que na prática individual.
Esperamos que esse trabalho possa contribuir com a implantação de outras Ouvidorias,
visto que elas trazem credibilidade à gestão, além de auxiliá-la a organizar-se.
Palavras-chaves
Ouvidoria do SUS, Implantação.
Trabalho nº 62
VIGILÂNCIA DAS INCAPACIDADES EM HANSENÍASE: EXPERIÊNCIA DO
GVE XXIV/RP-2012.
Autores: Pintyá; JMP; Khouri; TN; Marzliak, ML; Lafratta, TE; Frade, MCF;
Facincani, I; Ruiz, MT.
Instituição: GVE XXIV-RP, FMRP-USP, CVE-CCD/SES; NHE- HCRP
e-mail: [email protected]/ [email protected]
Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa causada pelo
Mycobacterium leprae, bacilo álcool ácido resistente, única espécie de parasita
intracelular que infecta nervos. Deficiências primárias e secundárias podem ocorrer
caso o diagnóstico e tratamento não sejam realizados precocemente. Estudos apontam
que a falta de pessoal qualificado para realizar a avaliação do grau de incapacidade traz
sérias repercussões no acompanhamento desses pacientes.
Objetivo: Descrever o percentual de avaliações de graus de incapacidade no momento
do diagnóstico e na cura, realizadas pelos serviços de saúde na área de abrangência do
GVE XXIV-RP, em 2011.
Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo, utilizando dados secundários do
Banco de Dados da Divisão Técnica de Hanseníase – CVE-CCD-SES/SP, tendo como
fonte o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).
Resultados: Participaram 26 municípios da área de abrangência do GVE XXIV-RP, e
verificamos que em 2011, foram realizadas 73,1% de avaliações de incapacidades no
momento do diagnóstico, sendo que o índice caiu para 43,5% no momento da cura. A
meta estabelecida pelo Estado de São Paulo para o indicador de casos novos com
avaliação no momento do diagnóstico é de 90% e na cura de 80%. Frente a esta
situação, o serviço identificou a necessidade de ações educativas e de capacitação de
profissionais de saúde, estabeleceu parcerias com a Coordenação do Centro Brasileiro
de Hansenologia- HCFMRP-USP, Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, GVE XXIVRP e Secretaria Municipal de Ribeirão Preto. Foi realizada a I oficina de capacitação em
prevenção de incapacidades em hanseníase, com atividades teóricas e práticas.
Conclusões: Os municípios da área do GVE XXIV não atingiram as metas propostas
pelo Estado, necessitando adequações de acordo com os parâmetros estabelecidos.
Estabeleceu-se a proposta de realizar novas oficinas, ampliando o acesso de outros
profissionais a essas ações, inclusive abrangendo os GVEs da macrorregião – RRAS-13.
Em contrapartida temos como meta avaliar os resultados práticos dessa oficina,
utilizando-se do banco de dados do SINAN, analisando os indicadores: grau de
incapacidade no momento do diagnóstico e da cura, bem como avaliação dos contatos
intradomiciliares.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Prevenção Incapacidades- Hanseníase - vigilância
Trabalho nº 63
II Oficina de Capacitação em Prevenção de Incapacidades em Hanseníase, GVE
XXIV-RP - 2013.
Autores: Facincani, I; Khouri, TN; Frade, MAC; Pintyá, JMP
Instituição: GVE XXIV-RP e HCFMRP-USP
e-mail: [email protected] [email protected]/
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa provocada pelo
Mycobacterium leprae.
Os danos causados pelo bacilo geram alterações da sensibilidade, como ausência ou
diminuição da sensação térmica, dolorosa, tátil, podendo comprometer pele, mucosas,
olhos e nervos periféricos, gerando incapacidades. Em 2002, o Ministério da Saúde
criou um instrumento de avaliação que estabelece como incapacidade lesões em olhos,
mãos e pés. Os serviços de saúde avaliam e determinam os graus de incapacidades no
momento do diagnóstico, pelo menos uma vez durante o tratamento e no momento da
cura.
As oficinas de capacitação mostraram-se imprescindíveis, uma vez que não havia
pessoal qualificado para fazer essas avaliações.
Objetivo: Capacitar médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que
atuam na área de abrangência do GVE XXIV para realizar as avaliações nos momentos
do diagnóstico e cura, buscando atingir as metas preconizadas para o Estado de São
Paulo.
Método: As oficinas de capacitação foram ministradas em municípios dos colegiados
do Vale das Cachoeiras, Horizonte Verde e Aqüífero Guarani. Duração de 2 dias, total
de 16 horas, desenvolvidas em 2 módulos: teórico e prático: sala 1: face; sala 2: MMSS
e sala 3: MMII. Os pacientes foram agendados e selecionados aleatoriamente,
respeitando os graus de incapacidades Zero, I e II.
Resultados: foram capacitados 36 profissionais. Após a primeira capacitação, em 2012,
o índice subiu para 85,9% no diagnóstico e para 67,6% na cura. As metas do estado
não foram alcançadas em (90% avaliação no diagnóstico e 80% na cura). Observamos
que no período anterior às oficinas, o índice de avaliações no diagnóstico era de 79,9%,
e de 48,9%, na cura. Após a primeira capacitação, em 2012, o índice subiu para 85,9%
no diagnóstico e para 67,6% na cura.
Conclusões: a presença de incapacidades é um indicador de que o diagnóstico foi tardio
ou de que o tratamento foi inadequado, por isso a necessidade de se investir na
capacitação de profissionais. Os objetivos estabelecidos foram alcançados: sensibilizar,
valorizar e treinar os profissionais dos diferentes municípios, que se dedicam à
hanseníase e contribuem para alcançarmos as metas de eliminação da hanseníase em
nossa região.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Hanseníase- Oficina de Capacitação – Prevenção de Incapacidades
Trabalho nº 64
Ações educativas em Diabetes na Estratégia de Saúde da Família do município de
Cravinhos-SP: impacto da consulta de enfermagem.
Autores: Barissa, Taísa de O.,Carvalho, Mariana B.,Bispo, Joseane N., Spiller,Jorn,
Paula, Mônica V. Brandão, Roberta Apda M.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Cravinhos
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é um recurso que tem como
proposta a superação do modelo assistencial buscando facilitar o acesso aos serviços de
saúde e fornecer um atendimento personalizado de forma mais acolhedora, mantendo
uma relação de vínculos diretos com a clientela e estabelecendo responsabilidades com
relação a manutenção da saúde daquela comunidade. O presente trabalho foi realizado
em uma Unidade de Saúde da Família, no município de Cravinhos, interior paulista. O
município possui três equipes de Estratégia de Saúde da Família, composta cada equipe
por um médico generalista, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e seis agentes
comunitários de saúde.
OBJETIVO: O trabalho teve como objetivo realizar a consulta de enfermagem em
portadores de Diabetes Mellitus (DM) promovendo ações educativas obtendo mudança
de comportamento do diabético.
METODOLOGIA: Estudo descritivo, desenvolvido em uma Unidade de Saúde da
Família aos clientes diabéticos com idade superior a 20 anos. Os dados foram coletados
durante seis meses, através da consulta de enfermagem, totalizando 18 consultas onde
foi abordadas orientações sobre alimentação, atividade física, medicação e
monitoramento.
RESULTADOS: Conseguimos abordar durante a consulta de enfermagem o cliente
diabético sobre mudança de comportamento. Observamos que havia por parte desses
clientes um desconhecimento em relação a mudança de comportamento para o bom
controle do diabetes para evitar complicações da doença.
CONCLUSÃO: Concluímos a suma importância de o cliente ter consciência da doença
desde o seu diagnóstico. Percebemos que a informação, o nível de escolaridade, o
acesso a bens e serviços de saúde não são suficientes para causar a mudança de
comportamento. Constatou-se que através da consulta de enfermagem os clientes
desenvolveram habilidades para o autocuidado, com a implementação das ações
educativas, alcançaram um bom nível para a mudança necessária de comportamento e
atitudes para uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Consulta de enfermagem, Diabetes, Educação em Saúde
Trabalho nº 65
CONVERSANDO SOBRE O USO DE DROGAS COM ADOLESCENTES: A
POTÊNCIA DA AÇÃO INTERSETORIAL
Autores: GOMES TSL1; CARVALHO BR2; MACIEL CVC3; SANTOS LL4; SILVA,
LG5
1. médico da Estratégia Saúde da Família, Cássia dos Coqueiros
2. enfermeira Estratégia Saúde da Família, Cássia dos Coqueiros
3. dentista da Estratégia Saúde da Família, Cássia dos Coqueiros
4. docente da FMRP-USP
5. agente Comunitária da Saúde
Instituição: Estratégia Saúde da Família, Cássia dos Coqueiros, Estado de São Paulo email: [email protected]
Introdução
Nosso projeto foi realizado em Cássia dos Coqueiros, um município de 2600 habitantes,
com características rurais e problemas de grandes cidades. Articulamos os setores da
saúde, educação, segurança pública e esportes para tratar do uso de drogas lícitas e
ilícitas com adolescentes de 11 e 12 anos. A necessidade de se trabalhar esse tema
surgiu da equipe de saúde que enfrenta em seu cotidiano a abordagem do uso de drogas
lícitas e ilícitas junto à população. Desde o início das discussões a vontade era de se
trabalhar a questão de uma forma ampliada dentro da sociedade exercitando a
intersetorialidade como um caminho potente para a nossa intervenção.
Objetivos
Prevenir o uso de drogas, uma vez que a prevenção primária visa evitar ou retardar a
experimentação de drogas e promover hábitos saudáveis como a prática de esportes.
Metodologia
A partir da definição do tema do projeto iniciamos o processo de planejamento que
durou aproximadamente 3 meses. Foram realizadas reuniões semanais com a equipe de
saúde da família, médicas residentes de medicina de família e comunidade e docentes
do Departamento de Medicina Social (DMS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da USP.
Definido o desenho do projeto construímos uma rede parceira para o seu
desenvolvimento: iniciamos os contatos e as conversas com a secretaria da saúde, da
educação, dos esportes e segurança pública (polícia militar). Definimos, de forma
conjunta, as datas dos cinco encontros envolvendo as crianças dos 6º e 7º anos do
Ensino Fundamental II (11 e 12 anos) em um total de 130 estudantes.
Resultados
1º encontro: Conversa com os pais para apresentação do projeto e solicitação de
autorização para a participação de seus filhos (termo de consentimento).
2º Encontro: As crianças responderam um questionário sobre o tema e foram
estimuladas a escreverem suas dúvidas sob a forma de perguntas sem identificação.
3º Encontro: Aconteceu um Bate Papo com o policial militar sobre o tema.
4º Encontro: Organizamos três Estações Temáticas na escola versando sobre:
1ª) Vida Saudável e Esportes.
2ª) Álcool e Violência.
3ª) Tipos de drogas e seus efeitos no corpo e na vida social.
Cada estação durou 10 minutos e foram desenvolvidas durante todo o dia para
atingirmos os 130 estudantes. Entre uma estação e outra pôsteres temáticos eram
apresentados para os grupos. Em cada estação passavam grupos de 12 alunos.
5º Encontro: Gincana desportiva que aconteceu na quadra municipal.
Conclusões
Certamente, a experiência proporcionou o crescimento individual e da equipe como um
todo. Houve um fortalecimento e uma grande aproximação da equipe a partir de um
tema tão complexo e de difícil abordagem e que cotidianamente tem que ser trabalhado
por nós.
A diretora da escola já nos procurou falando sobre a satisfação dela com o projeto e
solicitando que ele seja estendido para outras turmas. Iremos manter esse canal de
comunicação como também com os outros parceiros acreditando na potência da
intersetorialidade para o enfrentamento de situações complexas e no desenvolvimento
da promoção da saúde.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Promoção da saúde. Prevenção de doenças. Uso de drogas. Ação
intersetorial.
Trabalho nº 66
ATENÇÃO
BÁSICA
NO
CONTROLE
DA
MULTIRRESISTENTE: POTENCIALIDADES E DESAFIOS
TUBERCULOSE
Autores: Ballestero, J.G.A.; Grecco, R.; Moncaio, A.C.S.; Farias, A.S.; Palha, P.F.
Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP
e-mail: [email protected]
Resumo: A problemática da tuberculose (TB), grave problema de saúde pública, tornase ainda mais desafiadora com o surgimento da Tuberculose Multirresistente (TBMR).
O controle da TBMR merece grande preocupação, visto sua gravidade ao doente e a
necessidade de relação entre diferentes níveis de atenção: Centro de Referência (CR) geralmente do nível terciário e Atenção Básica (AB). Nesse sentido, a AB ocupa papel
relevante no acompanhamento do tratamento, realizando o Tratamento Diretamente
Observado (TDO) e no controle do comunicantes. Objetivo. Identificar e analisar
potencialidades e limitações da AB no controle da TBMR a partir da ótica dos doentes.
Métodos. Estudo analítico, transversal, de abordagem qualitativa, realizado no interior
do Estado de São Paulo, contou com oito doentes em tratamento provenientes de
diferentes municípios da Rede Regional de Atenção à Saúde 13 (RRAS 13). Os dados
foram produzidos entre março e maio de 2012, por meio de entrevistas semiestruturadas registradas em gravador digital, posteriormente transcritas. A organização
dos dados foi realizada com auxílio software Atlas. Ti versão 7.0 e interpretados sob o
referencial teórico-metodológico da Análise do Discurso de matriz francesa.
Resultados. A análise do material empírico possibilitou identificar dois eixos centrais,
baseados nos relatos dos sujeitos: 1) Acompanhamento do tratamento e 2) Coordenação
da Assistência. Sendo o primeiro eixo marcado pelas seguintes questões: TDO realizado
de acordo com a estrutura e redes de serviços de cada município, por vezes sem
centralidade nas necessidades dos doentes; flexibilização de condutas (com
corresposabilização do
doente e familiar)
versus
“engessamento”
(posturas
paternalistas); relação da família com os profissionais da AB, que pode ocorrer de forma
harmoniosa ou não, a depender na maneira que esta é resolutiva. Enquanto o segundo
eixo é marcado por: estrutura intramunicipal para a operacionalização do tratamento;
relação com o CR tanto no que tange à troca de informações quanto à necessidade de
transporte e continuidade do cuidado prejudicada, refletida na não utilização de
precauções de isolamento no trajeto ao CR. Conclusões. Há necessidade de repensar a
assistência ao doente de TBMR na RRAS 13, de modo a uniformização as ações
desenvolvidas pela AB. Possibilitando, assim, melhor estruturação de uma rede de
atenção coordenada e controle eficaz da doença.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Tuberculose Resistente a Múltiplos Medicamentos. Integração de
Sistemas. Pessoal de Saúde.
Trabalho nº 67
GRUPO HIPERDIA – POSSIBILIDADES E DESAFIOS EM UMA UNIDADE
DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Brito, M.F.P.; Kawata, L.S.; Iwamoto, M.A.
e-mail: [email protected]
Instituição: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto – SP, Centro Universitário Barão de
Mauá
Introdução: O número de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e
diabetes mellitus tende a aumentar nos próximos anos, não somente devido ao
envelhecimento da população e à crescente urbanização, mas, sobretudo, pelo estilo de
vida pouco saudável. Objetivo: Relatar possibilidades e desafios dos encontros de
grupo de hipertensos e diabéticos realizados em uma Unidade de Saúde da Família USF
do Distrito Norte de Ribeirão Preto. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência
de realização do grupo HIPERDIA com utilização de metodologia ativa como forma de
desenvolvimento das atividades propostas. Resultados e Discussão: Os encontros,
iniciados em março de 2012 e com periodicidade mensal, são organizados pelos alunos
de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Barão de Mauá em estágio de
saúde coletiva nesta unidade com colaboração da equipe. Nestes encontros temos uma
média de 25 usuários presentes, além da equipe (agentes comunitários de saúde,
enfermeiro e auxiliares de enfermagem). O perfil epidemiológico dos indivíduos que
participam caracteriza-se pelo predomínio do sexo feminino e idosos. Os encontros têm
possibilitado educação em saúde (realizada utilizando diversas metodologias: exposição
dialogada, teatros, exercícios físicos, dinâmicas), monitoramento de pressão arterial,
glicemia e antropometria, vínculo, convivência e lazer. O tratamento do DM e da HAS
inclui orientação e educação em saúde, modificações no estilo de vida e, se necessário,
o uso de medicamentos. Os desafios do grupo HIPERDIA envolvem a participação
efetiva da equipe para desenvolvimentos dos encontros nos períodos em que a
universidade não esteja presente na USF. Conclusão: A experiência vivenciada nestes
encontros tem contribuído tanto para os alunos de graduação quanto para os usuários,
sendo reconhecida a importância deste trabalho pela população com congratulações na
Câmara Municipal de Ribeirão Preto em 01/10/2013. A educação em saúde é
imprescindível, pois não é possível o controle adequado da glicemia e da pressão
arterial se os usuários não forem instruídos sobre os princípios em que se fundamentam
o tratamento e a prevenção. Além disso, o espaço de convivência e o vínculo
possibilitam a participação ativa do indivíduo que se constitui em solução eficaz no
controle das doenças e na prevenção de complicações.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Educação em saúde, hipertensão, diabetes, atenção primária à
saúde.
Trabalho nº 68
ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE EM HANSENÍASE EM UMA UBDS
Autores: Miamoto, C.S.; Passeri, I.A.G.; Cunha, V.F.; Silva Junior, D.B.; Rosa,
D.J.F.; Frade, M.A.C.
Instituição: Centro de Saúde Escola – FMRP USP
e-mail:[email protected]
Resumo: INTRODUÇÃO: Hanseníase é uma doença crônica infecciosa, ainda
prevalente no Brasil (1,51 casos/10000 habitantes). Ribeirão Preto tem sido considerado
não endêmico há mais de cinco anos com prevalência média de 0,6/1000 habitantes,
apresentando mudança importante no ano de 2012 com prevalência de 1,12/10000
habitantes, muito provavelmente relacionada à diversidade de ações de busca ativa. O
trabalho busca demonstrar os resultados obtidos com a implementação de instrumentos
de apoio a assistência ao portador de hanseníase, como fluxo de entrada do paciente ao
ambulatório, sistematização da assistência de enfermagem, monitoramento da
medicação, guias de contra referência, busca ativa dos comunicantes e grupos de apoio
em parceria com o MORHAN em seguimento no Ambulatório de Hanseníase da
Dermatologia do Centro de Saúde Escola da FMRP-USP.
RESULTADOS: O estudo foi realizado a partir dos dados das planilhasde
monitoramento, de dezembro de 2011 á setembro de 2013. Foram atendidos pelo
enfermeiro, 73 pacientes com suspeita de hanseníase, encaminhados: pelas UBS/NSF,
pelos médicos da equipe de dermatologia por busca ativa de comunicantes e/ou vindos
por demanda espontânea. Foram descartados como hanseníase pela equipe médica12%
(9), 88% (64) deram seguimento à investigação médica sendo, 62% (40) foram
diagnosticados com a doença e 38% (24) aguardam exames complementares até o
momento. Quanto a idade, 10%(2) são menores que 15 anos, 12,5% (5) dos 15 aos 25
anos; dos 25 aos 55 anos 40% (16) e 42,5% (17) são maiores que 55 anos. Dos 40
pacientes diagnosticados com hanseníase foram classificados segundo R&J como
hanseníase Dimorfa 77,5%(31), Virchoviana 7,5%(3), Neural l7,5%(3), Dimorfatuberculóide 5%(2), indeterminada 2,5% (1), sendo que 25% (10) já estão de alta
médica e 75% (30) estão em tratamento. Dos 10 que estão de alta, 60% (6) fizeram a
prevenção de incapacidade (PI) no começo e no final do tratamento, 20% (2) realizam
somente no inicio e 20% (2) não realizaram PI. Dos 30 pacientes que estão em
tratamento, 80% (24) realizam o PI de inicio. Desses 24, 66,6% (16) apresentaram grau
I, 16,7% (4) grau II e 16,7% (4)grau zero,20%(6), aguardam para realizar o PI.
Das UBS de referência: 27,5% (11) Ipiranga; 12,5% (5) da Vila Recreio; 10% (4)Vila
Albertina, 5% (2) CSE Sumarezinho, 5% (2)Presidente Dutra; 5% (2) Dom Mielle; 5%
(2) USF Portal do Alto e as demais UBS com 2,5% (1) como Vila Tibério, Jardim
Paiva, Marincek, Quintino 1, Simioni, NSF II, III e V, USF Maria Casa Grande, USF
Eugenio Mendes Lopes, USF Jardim Zara e USF Geraldo de Carvalho.
Do total de 151 comunicantes cadastrados, 38%(57) não foram avaliados e 62%(94)
foram avaliados pela enfermagem e encaminhados para atendimento dermatológico de
rotina e/ou mutirão (maio/2013). Dos 94 avaliados, 16%(15) tiveram o diagnóstico
confirmado para hanseníase.
CONCLUSÃO: O estudo mostrou a importância da ampliação das formas de entrada
do paciente suspeito de hanseníase na unidade de saúde,assim como a importância da
busca ativa dos comunicantes,implicando na necessidade de readequar a gestão do
serviço e instrumentalizar as ações desenvolvidas para qualificar o atendimento.
REFERENCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.125, de 07 de outubro de 2010. Aprova as
Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da hanseníase.
Atenção a saúde do adulto: Hanseníase – Minas Gerais. Secretária de Estado de Saúde.
Atenção a saúde do adulto: hanseníase. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 62p.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Hanseníase; Propostas de Serviço; Atenção Básica
Trabalho nº 69
BUSCA ATIVA DE MULHERES PARA PREVENÇÃO CONTRA O CANCER
DE MAMA E COLO DE UTERO
Autores: LUCENA, FMM
Co- autores: RIBEIRO, J.F. e OLIVEIRA, F.F.
Instituição: PSF “Accácio de Oliveira Nunes” – Monte Alto – SP; (R: Jacir Germano
Garbim, nº. 41; Jardim Bela vista).
e-mail: [email protected]
Resumo: O Câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e
brasileira, as políticas publicam nessa área vem sendo desenvolvidas no Brasil desde os
meados dos anos 80 e foram impulsionadas pelo Programa Integral Saúde da Mulher o
controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridades no plano de
fortalecimento da rede de prevenção diagnostica, e tratamento do câncer. Conhecido
internacionalmente por Outubro Rosa neste mês todas as mulheres entre 40 a 69 anos de
idade são estimuladas a fazer o exame mamografico para prevenção do câncer de mama.
Na cidade de Barretos onde é encaminhado inúmeras pacientes para o tratamento este
mês de cor rosa já faz parte do calendário Municipal e Oficial da cidade, um grande
reconhecimento para o Instituto de Prevenção Ivete Sangalo do Hospital de Câncer, em
nosso município estamos reformulando nossas estratégias de acordo com nossa
estrutura e demanda através das USFs.
Palavras-chave
(máximo cinco)
Prevenção, câncer de mama e colo de útero
Trabalho nº 70
Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde como instrumento para
reestruturação das equipes de Saúde da Família no município de Pontal - SP.
PEREIRA, WP; BRAGA, AF; SIMÕES, APM; MILUZZI, CL
e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO – Sendo o responsável por estabelecer o vínculo entre as famílias e a
unidade de saúde, por monitorar as condições de saúde da comunidade e do meio em
que ela vive (a microárea) e outras inúmeras funções vitais para o ideal funcionamento
da equipe de Saúde da Família, o Agente Comunitário de Saúde é um profissional de
importância ímpar na atenção básica. Vários desafios ainda são encontrados por este
profissional durante o desenvolvimento de seu trabalho, seja no trabalho com sua
comunidade o qual assiste, seja no trabalho interdisciplinar com a equipe de Saúde da
Família.
OBJETIVO - Este trabalho tem como objetivo discutir e propor temas de importância
para a capacitação dos agentes comunitários de saúde a partir de uma avaliação in loco
das equipes da estratégia Saúde da Família.
METODOLOGIA – Foram colhidas informações subjetivas sobre as principais
dificuldades encontradas pelos Agentes Comunitários de Saúde para o cumprimento de
suas principais metas de trabalho: número de visitas domiciliares, número de famílias
acompanhadas, preenchimento de relatórios e dos instrumentos do SIAB. Para isto,
foram entrevistados os responsáveis pela gestão municipal de saúde (secretário e
municipal de saúde e a coordenação da atenção básica) e os enfermeiros responsáveis
das 06 USFs de Pontal – SP. Á partir das informações colhidas, foi realizado o
cronograma de módulos para a realização de curso de formação continuada para
qualificação profissional, abordando os seguintes temas: 1) Conceitos de SUS e
políticas de saúde pública no Brasil; 2) Capacitação para o preenchimento das fichas do
SIAB e E-SUS; 3) Níveis de atenção à saúde e as características do trabalho
interdisciplinar na Estratégia Saúde da Família; 4) Patologias sensíveis a atenção básica:
Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes, Obesidade, Hanseníase e Tuberculose; 5)
Patologias sensíveis a atenção básica: Lombalgia e postura, Efeitos deletérios do
envelhecimento, Álcool e drogas; 6) Considerações finais e apresentação de trabalho de
conclusão do curso.
RESULTADOS – O processo de capacitação ainda está em andamento porém, com
este trabalho, já foi possível identificar o quanto o agente comunitário é carente de
informações relativas ao trabalho que realiza no dia a dia. Foi verificado também maior
comprometimento ao trabalho quando percebido o aumento em sua produção e ao
alcance das metas propostas pela gestão. Além de dados, a resolução de conflitos e a
troca de conhecimentos e experiências realizado entre os enfermeiros e entre os próprios
agentes comunitários de saúde se fez importante para que o agente encontrasse um
maior sentido e motivação para o desenvolvimento de seu trabalho.
CONCLUSÃO – Por se tratar de um profissional da área da saúde em atuação e não
com formação, o Agente Comunitário de Saúde apresenta em sua maioria uma grande
desmotivação e falta de comprometimento com o trabalho, principalmente devido ao
fato de ter que desempenhar uma função onde muita das vezes o mesmo não conhece o
‘por que’ e nem o ‘para que’ é necessário. Capacitar este profissional baseando-se em
suas necessidades e dificuldades próprias, indo além do foco da humanização, levando à
estes orientações técnicas pertinentes a sua atuação, motiva e qualifica o trabalho de
toda equipe de saúde.
Palavras-
Agente Comunitário de Saúde; Capacitação, Pontal - SP, Estratégia
chave
Saúde da Família.
Trabalho nº 71
A ATENÇÃO BÁSICA NO CONTESTO DO MOVIMENTO SEM TERRA:
AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MULHER.
Autores: GERMANO, ESS1; CARLETTI, MQ²; JESUS, LC³; SILVA JÚNIOR, JR4;
SILVA, FS5.
INSTITUIÇÃO: Centro de Saúde Escola III, Serrana, São Paulo.
Email:
[email protected]
¹ – Enfermeira do Centro de Saúde III.
² - Enfermeira Coordenadora da Atenção Básica do Município de Serrana-SP. Mestre
em Saúde Pública.
3
– Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família Jardim do Alto. Mestre em Ciências
com área de concentração em Enfermagem Psiquiátrica.
4
– Enfermeiro da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde jardim dom Pedro I.
Pós graduando em gestão em enfermagem.
5
– Enfermeira da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde Jardim do Alto.
Introdução: De acordo com o ministério da saúde, muitas mulheres não conhecem
todos os métodos anticoncepcionais e/ou se mostram insatisfeitas com o método
escolhido e o interrompem no primeiro ano de uso. Além disso, determinados métodos
como o preservativo masculino e o feminino tem um papel muito importante na
prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Sabe-se que as pessoas que fazem
parte de acampamentos vivem, em sua maioria, em situação de precariedade e
marginalizadas em relação ao acesso à educação e à saúde, ficando em uma situação
grave de vulnerabilidade. Objetivos: Realizar atividades educativas para criar
oportunidades de aproximação e esclarecimento com os moradores de um acampamento
do Movimento Sem Terra para melhorar a qualidade de saúde desta população frente às
condições sociais e sanitárias encontradas no local. Metodologia: Foi realizada
previamente uma avaliação diagnóstica juntamente com os moradores do assentamento,
suas principais necessidades de saúde e outras solicitações. Foi elaborado um plano de
ação baseado em 3 momentos: Hipertensão e Diabetes, Saúde da Mulher e Saúde da
Criança, sendo que neste trabalho o foco da atividade foi fornecer informações e
esclarecer dúvidas com relação à saúde da mulher. Resultados: Muitas mulheres
apresentaram dúvidas em relação aos métodos anticoncepcionais como a tabelinha, o
dispositivo intrauterino (DIU), o preservativo masculino e o feminino e a laqueadura,
seus métodos de utilização e sua efetividade. Também surgiram dúvidas com relação às
doenças sexualmente transmissíveis como o HIV/AIDS e a hepatite C. Além do
esclarecimento das dúvidas levantadas, foram fornecidas outras informações relevantes
sobre outros métodos contraceptivos, o câncer de mama, o câncer de colo de útero e a
necessidade de realizar acompanhamento com um ginecologista, sendo encaminhadas a
uma unidade de saúde as mulheres que relataram essa necessidade. Conclusão: Apesar
de esta atividade ter sido realizada de forma pontual, acreditamos ter contribuído para
aproximar a população ao acesso à saúde e melhorado o conhecimento das mulheres em
relação aos métodos contraceptivos e a prevenção aos agravos à saúde da mulher.
Trabalho nº 72
SECRETARIA DA SAÚDE – BARRINHA
Núcleo de Educação Permanente
PREVENÇÃO CÂNCER DE MAMA E CÂNCER DO COLO DO
ÚTERO
Taísa Carla Fuzatto
Priscila Okano do Nascimento
BARRINHA
2013
INTRODUÇÃO
O câncer é considerado um importante problema de saúde pública. Devido a
isso, surgiu a necessidade de controlar a incidência e o aumento elevado desta doença
no Brasil com políticas públicas de saúde criadas para todas as diversidades. Dentro
deste contexto no ano de 2003 foi criado o PAISM (Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde da Mulher), sendo lançada pelo ministério da saúde em maio de 2004
contando com os princípios e diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde).(1)
Na nossa atualidade, o câncer de mama e do colo do útero tornaram-se muito
comuns, efetuando assim um grande fator na morbidade e mortalidade de mulheres
brasileiras.
(2)
Por ser um problema de saúde pública, é uma patologia que merece de
fato uma atenção redobrada dos profissionais de saúde, em especial da Enfermagem e
da Psicologia, pois são os profissionais da Enfermagem que podem auxiliar em ações de
promoção, prevenção e detecção precoce da doença.
Como a doença pode afetar em grande instância o psicológico da pessoa, o
profissional psicólogo tem a habilidade técnica de elaborar uma maneira para que a
pessoa aceite e inicie o tratamento precocemente para evitar o óbito, mas caso ele
aconteça, fazer com que a família esteja preparada para a aceitação deste momento. Para
isso é importante que estes profissionais trabalhem em equipe, visando à humanização
na assistência, para que o doente de câncer possa vencer todas as etapas da doença
contando com o apoio da família e da equipe de saúde em geral, pois é comprovado que
quanto mais cedo se descobre e se inicia o tratamento maior a chance de cura.
Acreditamos, portanto que investir em ações educativas juntamente com a
comunidade, para esclarecer dúvidas e mostrar a realidade, possa contribuir e chamar a
atenção dessas mulheres sobre a importância da prevenção, ou seja, mostrar quais são os
fatores contribuintes para a doença, como ela é desenvolvida e a importância de realizar
o exame preventivo e a coleta de citologia anualmente. No caso do colo do útero,
lembrar sempre de agendar consulta com ginecologista e profissional enfermeiro caso
suspeite ou tenha dúvida de como realizar os exames preventivos e o auto-exame.
OBJETIVO
Conscientizar as mulheres que freqüentam as unidades básicas de saúde do
município de Barrinha, sobre a importância da prevenção no início da doença, pois a
estimativa de cura é de 100%.
METODOLOGIA

PÚBLICO ALVO
Mulheres que iniciaram a atividade sexual, principalmente as de faixa etária dos
25 aos 59 anos.

Duração da Atividade
A atividade será realizada no dia 19 de outubro de 2013, terá início às 8 horas e será
finalizada às 17 horas do mesmo dia.


Material utilizado

Banner

Cartazes

Folders
Desenvolvimento da Atividade
Será realizada uma palestra, com vídeo interativo, cujo tema será câncer de
mama, assim como também será demonstrado em um manequim como realizar o autoexame das mamas e como é feita a coleta de citologia.
Após, realizaremos uma interação entre mulheres onde contamos com a presença
das alunas da escola da família do município, que irão realizar serviços de maquiagem,
manicure e cabeleireiro.
Em suma, será um dia especial para mulheres com mulheres. No dia as
enfermeiras das unidades irão coletar citologia, após, cada mulher receberá um brinde
de agradecimento.
RESULTADOS ESPERADOS
Com essa atividade, esperamos conscientizar o público feminino sobre a
importância do auto-exame, assim como também da coleta de citologia, e das visitas
anuais ao ginecologista, principalmente para as jovens que iniciaram a atividade sexual
precocemente.
CONCLUSÃO
Esperamos que este projeto desperte o conhecimento e a curiosidade para que a
procura dos serviços de saúde aumente em relação ao tema, pois conforme dados do
ministério da saúde tanto o câncer de mama quanto o de colo de útero são os que mais
causam óbito na população feminina. Com isso esperamos que dúvidas sejam
esclarecidas e que possamos proporcionar a este público uma melhor qualidade de vida,
levando informação e conteúdo sobre os temas propostos.
Pretendemos dar continuidade ao projeto, com assuntos que condizem com a
realidade de vida não somente das mulheres, mas também da população em geral, tal
como saúde do homem, da criança, do adolescente e do idoso.
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