EDITORIAL Dia Internacional da Mulher Todos os dias, saíamos cedinho, deixávamos nossos filhos com as avós, vizinhas, tias, irmãs, e seguíamos rumo à fábrica, não tínhamos saída e nem alternativa, os tempos agora eram outros, e precisávamos ajudar em casa, sim... essa era nossa realidade! Mais um dia como todos os outros, tomamos o rumo da fábrica, chegamos cedinho, era 8 de março de 1857, e estávamos ali na fábrica de tecelagem, cheia de panos por todos os lados, com o nosso superior gritando, trabalhem... trabalhem... parem de conversar, já basta! Aqui estão para trabalhar! A fábrica era quente e aquele dia estava mais quente que o normal, já fazia algum tempo que estávamos ali, perdíamos a noção do tempo, o suor escorria em nossos corpos, mesmo que lá fora a temperatura estivesse gelada, abaixo de zero, na fábrica a pressão esquentava. Até que em um momento, uma de nossas, resolveu parar a máquina, e começou a falar, que era muito tempo de trabalho, que deveríamos ganhar mais e trabalhar menos, aí todas nós... gritávamos por nossos direitos, muitas repetiam, simplesmente tomamos a fábrica naquele dia, em Nova Iorque. O medo tomava conta de nós, porque não poderíamos imaginar onde tudo aquilo iria acabar, e o calor foi aumentando e, eu e mais 129 amigas tecelãs sentíamos cada vez mais calor, nosso corpo passava de 40 graus e de repente percebemos o que estava acontecendo, e eu só lembrei do rosto de meus filhos, o que fariam sem sua mãe? Se minha filha mais nova iria se casar? Se meu filho mais velho teria a possibilidade que eu não tive, estudar! Um filme foi passando em minha mente, ouvi a gargalhada de meu marido, lembrei-me do dia de meu casamento, do nascimento de meus filhos, e o calor só aumentava... Morreríamos ali! Todas nós, mulheres, juntas, amigas, mães, filhas, esposas, meninas que nem tiveram a oportunidade de ser mãe, e eu era mais uma, mais uma entre aquelas mulheres que mudariam a história, de repente não consegui pensar em mais nada e senti uma pressão, tudo se apagou... Essa foi a história de 130 mulheres tecelãs, aqui descrita de maneira fictícia, mas que na realidade marcaram história em Nova Iorque. No dia 8 de março de 1857 reivindicaram por seus direitos e mostraram para a sociedade que as mulheres tinham vozes e seriam ouvidas, nem que isso as levasse a morte. Somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica. E no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). No mês da mulher o que devemos comemorar é nossa saúde, nossa família, nossa vida! Nosso sim, pela vida. Para enfatizar o tema trouxemos diversos artigos, como o da advogada, Dra. Camila Ferreira de Moura, que aborda os direitos da mulher amparados na legislação brasileira. O Dr. Carlos Cury, ginecologista e obstetra, fala na entrevista especial dessa edição, sobre a microcefalia, para você tirar todas as suas dúvidas! A Profa. Dra. Celia Gevartoski, entra na linha psicanalítica e descreve o que devemos comemorar nessa data. A cardiologista, Dra. Celise Alessandra Sobral Denardi, dá dicas de como a mulher deve vencer seus desafios diários. A nutricionista, Erika Mayumi Mizutani, relata como os alimentos podem ajudar na redução do inchaço corporal feminino. A jornalista, consultora de imagem e estilo, Jacqueline Brossi, explica a importância de falarmos sobre “SER” feminista. A psicóloga, Patrícia Furlan Maluf Petrin, traz a “mulher pós-moderna e os cuidados com a mente”. A diretora e coach 4.1 personal trainer premium, Patricia Regina Esteves Mendes, dá dicas das melhores atividades físicas para mulheres. A nutricionista da Unimed de Piracicaba, Simone Ometto, mais uma vez participa de nossa revista, dessa vez, fala sobre os cuidados com a nutrição após os 40. A Dra. Yara Rizzo de Andrade, descreve sobre os mecanismos do Peeling. Confira ainda artigos que abordam a atualização das pesquisas da faculdade Fiocruz sobre a microcefalia e o Zika vírus no Brasil. Veja também o Movimento Médico, escrito pelo Dr. Renato Françoso sobre a avaliação dos egressos das faculdades de medicina. Finalizo esse editorial desejando um maravilhoso Dia Internacional das Mulheres, viva nossa existência, nossa sensibilidade e acima de tudo um brinde a nossa saúde! Convido você agora, para ler mais uma edição da revista APM Regional Piracicaba. Agradecemos aos participantes que nos enviaram textos ou participaram como entrevistados. Confira todos esses temas e muito mais na revista que é sempre sua! Fique com a gente, você é nosso convidado! Boa leitura. Michele Telise [email protected] Jornalista e Editora Responsável MTB 56675 4 APM - Regional Piracicaba - Março 2016 SUMÁRIO Movimento Médico ................... 05 Fiocruz detecta presença de vírus zika com potencial de infecção em saliva e urina .......................... 06 MS desmente associação de microcefalia com vacinas .................. 07 Dia Internacional da Mulher ....... 08 A importância de falarmos sobre SER Feminista.......................... 10 Microcefalia ............................ 12 Alimentos que ajudam na redução do inchaço corporal feminino ..... 13 Os cuidados com a nutrição após os 40 ......................................... 14 As melhores atividades físicas para mulheres ................................ 15 Como a mulher vence seus desafios diários? .................................. 16 Mulher pós-moderna e os cuidados com a mente ........................... 17 PEELING ................................ 18 Campanha de prevenção do câncer enfatiza hábitos de vida saudáveis .. ............................................. 20 Agenda APM Piracicaba ............. 22 Aniversariantes ....................... 22