INFLUÊNCIA SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA NOS GÊNEROS DA MÚSICA BRASILEIRA: bossa nova, tropicalismo e jovem guarda. 1 Autora: Silmara de Campos Mazziero 2 Orientadora – Cleusa Erilene dos Santos Cacione Resumo: O presente artigo relata algumas reflexões decorrentes sobre a valorização da Música Brasileira por alunos do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Izidoro Luis Cerávolo da cidade de Apucarana no estado do Paraná. Partiu de uma avaliação diagnóstica para conhecimento dos gêneros musicais ouvidos e/ou conhecidos pelos alunos, a qual nos deu subsídios para uma proposta de pesquisa-ação, cujo foco foram os gêneros musicais brasileiros Bossa Nova, Tropicalismo e Jovem Guarda. A proposta teve como objetivo oportunizar aos alunos o conhecimento e a valorização de parte da história da música brasileira, e a conscientização de que as ideias, as crenças, os valores, o conhecimento dos produtos e consumidores de música são importantes para se compreender a diversidade e a mudança de estilos e gêneros musicais de cada década a ser estudada. As estratégias utilizadas na sala de aula foram apreciação musical, seguidas de contextualização histórica, pesquisa pelos alunos sobre os gêneros Tropicalismo e Bossa Nova, seminários e apresentação pública de execução de músicas dos dois períodos históricos. Ao final constatou-se, através de instrumento de avaliação, que o objetivo pretendido foi alcançado, corroborando com a afirmação de Jeandot “[...] Uma aprendizagem voltada apenas para os aspectos técnicos da música é inútil e até prejudicial, se ela não despertar o senso musical, não desenvolver a sensibilidade (JEANDOT, 2008, p.21)”. Palavras-chaves: Arte; Música; Gêneros Musicais Brasileiros. 1. Introdução Este trabalho surgiu devido ao que a Música representa para a cultura 1 Pós-Graduação em Artes-Educação Artística Aplicada, Faculdade de Educação “São Luís” – Jaboticabal (1998), Graduação em Educação Artística com habilitação em Desenho, formada em 1989 pela Faculdade de Ciências e Letras de Araras-SP. Atualmente é professora da disciplina de Artes no Ensino Médio no Colégio Izidoro Luis Cerávolo na cidade de Apucarana Paraná. 2 Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina , Bacharel em Música/Piano pela Faculdade de Música Mãe de Deus. Professora dos cursos de Graduação e Pós-graduação em Música da Universidade Estadual de Londrina. Atualmente é coordenadora do Programa de Formação Continuada de Professores em Exercício PARFOR/MÚSICA. Líder do grupo de pesquisa CNPq Educação Musical e Movimentos Sociais. de um povo, que caracteriza sua época, seus hábitos, seu cotidiano, etc. O problema encontrado é que o jovem, que por sua vez, articula uma linguagem própria, muitas vezes não conhece e não valoriza a Música Brasileira como deveria. Por consequência dos tempos atuais, os jovens são levados aos apelos que a mídia e produções musicais colocam no mercado e que muitas vezes remetem apenas ao cunho comercial e sem conteúdo. Muito se tem falado que atualmente vive-se numa sociedade de sons e imagens, isto é, as aparências contam mais do que a essência. Com os estudantes em fase de adolescência, as ideias da turma não são diferentes, pelo contrário, elas prevalecem sobre o indivíduo, e isso leva ao desejo de possuir, de ser igual ao outro ou de agir como o outro, até mesmo desfrutando dos mesmos gostos. Essa ingenuidade faz com que o aluno não perceba o verdadeiro motivo dos sons publicitários, por exemplo. Além disso, é preciso que ele compreenda o significado do capitalismo na sociedade atual e sua influência em no cotidiano. Considerando que a música possui grande poder de persuasão é preciso, não só esclarecer os alunos sobre isso, como também capacitá-los a mergulhar no campo do sonoro e fazer com que tenham um olhar mais crítico que os leve à reflexão. Assim, utilizando o estudo da música, será possível alcançar esse objetivo – ler criticamente as letras das canções veiculadas nos dias atuais. Devido ao grande avanço tecnológico, a sociedade jovem é levada a apreciar muito mais a música internacional, perdendo assim sua identidade de cidadão brasileiro. Sendo assim, ele desconhece a origem, o conteúdo histórico-social, os grandes compositores, a finalidade com que determinadas canções foram produzidas, os movimentos musicais, fazendo com que seu gosto musical, seja apenas imediato, consumindo somente o que lhe é vendido pela mídia. Para confirmar esta afirmação, fez-se uso de uma avaliação diagnóstica na qual alunos participaram e colaboraram efetivamente com o trabalho, posicionando-se quanto às suas preferências e opções musicais. Essa avaliação diagnóstica constou de um questionário com questões objetivas de múltipla escolha, no qual foram apresentados alguns gêneros musicais. Após a tabulação, pode-se observar que a grande percentagem desse gosto pessoal, ficou com o “Sertanejo Universitário”, seguidos de “Rock Nacional / Internacional”, “Samba” e por último o “Rap”. Constatado os gêneros musicais, de preferência, foi dado início ao trabalho. Pretende-se com este trabalho que os jovens passem a fazer parte de um grupo de pessoas que conhecem o produto musical nacional e consigam responder à algumas perguntas tais como: quem produziu? Quando? Onde? Com que finalidade? E que as ideias, as crenças, os valores, o conhecimento dos produtos e consumidores de música são importantes para se compreender a diversidade e a mudança de estilos e gêneros musicais de cada década a ser estudada. Não é finalidade desse trabalho, mudar radicalmente o que o jovem traz consigo de bagagem musical, uma vez que ele está inserido em uma cultura da época atual, apenas é desejo que ele entre em contato com um outro mundo da música, ao qual se não for através da educação escolar, talvez não chegue a conhecer os grandes movimentos musicais que contribuíram para a construção da história do Brasil e que, em grande parte também é responsável pela evolução e transformação da música brasileira que se tem nos dias de hoje. Para embasar melhor e tentar solucionar esse problema, foi utilizada como metodologia a pesquisa-ação, uma vez que segundo Thiollent: (...) é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2000, p. 14). 2. Desenvolvimento Apesar de oprimida pela censura na década de 70, a maioria dos cantores e compositores da Música Popular Brasileira, continuou suas atividades e influenciou várias tendências e vários artistas que hoje estão na mídia. Na virada dos anos 60 para os anos 70, surgiram grandes nomes tais como: Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo, Milton Nascimento, Elis Regina, Maria Bethânia , Gal Costa, Ivan Lins, João Bosco, Luiz Gonzaga Junior, Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro. Com o passar dos anos, foram surgindo novos nomes que aumentaram esse leque de estrelas da Música Popular Brasileira. Nesse cenário surgiram grandes nomes que se firmaram no cenário musical atual, alguns deles: Djavan, Moraes Moreira, Alceu Valença, Fagner, os letristas Abel Silva, Vitor Martins, as cantoras Simone, Fafá de Belém, Elba Ramalho entre outras. Como não pode deixar de faltar, por ser um gênero bem brasileiro, o samba também marca sua presença com uma nova leva de intérpretes, como : Clara Nunes, Alcione, Beth Carvalho, Roberto Ribeiro e João Nogueira Já nas décadas de 70 e 80, observou-se o crescimento das músicas com letras e melodias regionais. Não deixando de ser sucesso, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, continuam fazendo sucesso no estilo pop brasileiro, com suas baladas românticas, acompanhados por Fábio Junior e Guilherme Arantes. A música negra também contou com representantes, Tim Maia, Luiz Melodia e Sandra de Sá. Grandes representantes do rock nacional, também deram suas contribuições, Raul Seixas e Rita Lee. Mas o rock nacional toma força mesmo a partir de 1982, quando dezenas de jovens e um grande número de bandas invadem as paradas de sucesso e se tornam fenômenos da música nacional: Titãs, Ultraje a Rigor, RPM, Legião Urbana e cantores que fizeram a opção por carreira solo: Lulu Santos, Lobão, Léo Jaime, Eduardo Dusek e, em seguida Cazuza, sem dizer que muitos desses nomes ainda brilham no cenário musical. Mas um novo estilo musical estoura nas rádios a partir de 1985, é a música sertaneja e o pagode, que explodem nas rádios e programas de televisão, competindo assim com o rock nacional. Nesse vasto cenário musical o Brasil vive uma fase universal, livre de preconceitos e já não sente a necessidade de derrubar o quer que seja para construir o novo. Diante desse novo tão imediato e muitas vezes fugaz, é que se propôs desenvolver um trabalho resgatando um pouco da cultura musical. Esse relato busca proporcionar ao público-alvo desse projeto, o contato com as músicas brasileiras da década de 60 e 70, especificamente produzidas no Brasil, para que tendo um conhecimento mais definido, possam adquirir um posicionamento mais crítico quanto ao público resgatando, revisando, conhecendo e interpretando os diversos gêneros e estilos da Música Popular Brasileira. É sabido que desde as vanguardas (Bossa Nova, Jovem Guarda) de 1960, as propostas artísticas romperam os limites entre a arte e o cotidiano, a obra e a experiência, apropriando-se dos materiais e das tecnologias ligadas ao mundo contemporâneo. Nesse processo de construção histórica, inserem-se os conhecimentos referentes à área da linguagem e estruturação musical, tornando-se necessário, portanto, que esse assunto seja abordado em sala de aula, pois é conhecimento construído pela sociedade. Outro ponto relevante desse período histórico foi o advento da televisão, onde as apresentações musicais ganharam um espaço alternativo, além do cinema e do rádio. As músicas promovidas pela indústria são conhecidas como “músicas de massa”; aquelas que fazem parte das “paradas de sucesso”, que são difundidas pela mídia e consumidas pela população, em geral a população jovem, que consome música internacional, que sem saber o conteúdo das letras, muitas vezes tem o seu senso crítico bloqueado e é facilmente manipulado. 3 Essa população jovem, alienada pela Indústria Cultural , muitas vezes não consegue perceber que está consumindo um produto que desvaloriza sua cultura. Assim, a finalidade desse projeto é levar esses jovens consumistas de músicas líquidas (músicas instantâneas, que por falta de conteúdo, surgem fazem sucesso e logo desaparecem da mídia) a conhecerem novos estilos musicais. Em todas as décadas houve sempre grandes manifestações musicais, mas neste trabalho serão expostas apenas duas décadas: 60 e 70. Para que o trabalho se inicie, foram seguidos alguns aspectos que dizem respeito ao professor: Ouvir mais os alunos. Estabelecer um diálogo franco, porém cuidadoso. Estimulara a curiosidade, a reflexão e a crítica. Trabalhar com recursos motivacionais, que fazem sentido para o aluno. Partilhar a prática produtiva. Deste modo, após ouvir os alunos e analisar os dados obtidos em um questionário sobre a preferência de seus gostos e preferências musicais, demonstrados 3 Cultura produzida industrialmente para a massa, com a finalidade de engendrar o tempo livre do homem dentro da cadeia de consumo (ADORNO, 1990, p. 160) na Figura 1, foi dado início ao trabalho. Após a tabulação, pode-se observar que a grande percentagem desse gosto pessoal, ficou com o “Sertanejo Universitário”, seguidos de “Rock Nacional / Internacional”, “Samba” e por último o “Rap”. Figura 1 – Gêneros Musicais ouvidos e/ou preferidos pelos alunos do 3º ano do ensino Médio do Colégio Izidoro Luis Cerávolo. 2.1 A era de ouro da música dos anos 60 Divididas, assim, em duas grandes tendências, a partir da década de 60, a música popular urbana passou a evoluir no Brasil em perfeita correspondência com a situação econômica-social dos diferentes tipos de públicos a que se dirigia (TINHORÃO, 1998, pg312). Era a época da ditadura militar. Muitos jovens de nível superior, devido à falta de perspectivas de ascensão, acabaram sendo conduzidos para o campo da política, formando assim a União Nacional dos Estudantes – UNE. Também neste cenário eram perseguidos, presos e exilados, artistas, intelectuais e militares de esquerda, entre eles muitos compositores e músicos. Mas, para não arrefecer os ânimos da MPB, surge uma safra de músicos novos e que, de alguma forma, protestavam com algumas letras. Nesse período histórico as músicas eram cantadas nos grandes festivais que apareceram nos anos 60, dando origem ao estilo Bossa Nova. Com o passar dos anos e em pouco tempo a Bossa Nova deixou de atrair a atenção do público, pois já não trazia novidades para o mesmo. Nessa época o mercado de consumo já era muito rápido e logo surgiram novas tendências, entre elas o Tropicalismo e a Jovem Guarda. Ainda assim, sendo consideradas tendências do movimento Bossa-Nova, esta então se divide em três grupos principais: a MPB mais tradicional, representada por Chico Buarque e os adeptos da B.N; o Tropicalismo, que tentava misturar rock com elementos da música clássica, encabeçado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, e a Jovem Guarda, com sons leves e arranjos despretensiosos, destacando-se Roberto Carlos e Erasmo Carlos. 2.2 TROPICALISMO O Tropicalismo, segundo Caetano Veloso, foi “o movimento que, nos anos 1960, virou a tradição da música popular brasileira pelo avesso” (ALBIN, 2003, pg.290). Surgido em 1967 como intervenção crítico musical na cultura brasileira, o Tropicalismo ressaltava os contrastes da nossa cultura: o arcaico convivendo com o moderno; o nacional com o estrangeiro; a cultura da elite com a cultura de massa, absorvendo assim vários gêneros musicais como o samba, bolero, frevo, música de vanguarda erudita e o pop rock nacional e internacional e, também as inovações que trouxe a Jovem Guarda. Tais recursos causaram impacto e o público, assim como a crítica, perdeu-se em manifestações ambíguas, ora de entusiasmo, ora de desconfiança. 2.3 Jovens tardes de domingo... É a Jovem Guarda nascendo. “A Jovem Guarda começou, quando Rock Around The Clock, chegou ao Brasil, mas só o programa nacionalizou o movimento”, conta Erasmo (FRÓES, 2000, pg.78). O grande acontecimento da Jovem Guarda, foi a introdução da guitarra elétrica nas músicas nacionais, que até então não existia. Foi uma forte tendência musical dos anos 60 que existiu por um período curto, mas que deixou infinitos talentos musicais. As músicas tinham um forte impacto sobre o público jovem que compravam discos como nunca e que eram representados por um grupo de jovens cantores e compositores de comportamento aparentemente rebelde, mas, na realidade, conservador. Eram jovens apolíticos, suas canções falavam de amor, dor, praia, céu, carros bonitos, perigo, enfim temas sem maiores sem conotações políticas. Como aconteceu com outras tendências, a mesmice nas músicas contribuiu para o desaparecimento inevitável do movimento. Dois artistas talentosos sobreviveram ao fim: Roberto Carlos e Erasmo Carlos. 2.4 Anos 70: Sem muitas novidades. A década de 70 foi um momento de passagem de um cenário político cultural a outro; enfim, um verdadeiro divisor de águas. Era a época da perspectiva individualista, mas ainda tradicional, terminando assim com o ciclo das utopias dos anos 60. Nessa década a música começa a perder o cunho totalmente político e passa a não temer tanto a censura, gerando assim uma música sem fronteiras rítmicas, históricas, geográficas ou ideológicas. Também acontece nessa época um aumento no mercado de consumo, o que significa que eram as leis do mercado que determinavam no cenário musical os eleitos e os excluídos, terminando assim com a era dos festivais e concursos. Nesse sentido, os anos 70 apresentaram poucas revelações nesse cenário, no qual a música popular passou a ser uma espécie de instituição sociocultural, servindo principalmente às trilhas sonoras, uma vez que a televisão estava em alta e abarcava esse comércio e também aos programas televisivos, pelo mesmo motivo. O fim dos anos 70 marca o processo que levou ao início de reabertura política, época de anistia, de esquecer o passado, fim da censura, eleições livres, liberdade para pensar e falar. Sendo assim encerrei o trabalho de pesquisa ação com uma consideração de Thiollent... ”Consideramos que a pesquisa-ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação. Com ela é necessário produzir conhecimentos, adquirir experiência, contribuir para a discussão ou fazer avançar o debate acerca das questões abordadas” (THIOLLENT, 2000. pág. 22). Com base nessa afirmação deu-se por encerrado o trabalho, quando foi realizado um novo questionário e foi constatado que os alunos se envolveram e obtiveram um novo conhecimento acerca da Música Popular Brasileira. Seguem abaixo algumas respostas referentes às perguntas do movimento da Jovem Guarda, que foi o mais focado: 1- Você já conhecia o movimento Jovem Guarda? 2-Conhecer a Jovem guarda ampliou se repertório musical? 3- Você encontrou semelhanças entre as músicas dos anos 60 e 70 e as de hoje? 4- Os artistas oriundos dos anos 60 e 70 foram consagrados, os artistas que surgem hoje permanecem por muito tempo na mídia? 5- Comente sobre o trabalho realizado. Como parte prática também foi realizado na escola um show de Música Popular Brasileira, para o qual, foram feitas pesquisas sobre os nomes dos cantores, as bandas, as músicas, o vestuário e até mesmo os famosos “passinhos ensaiados” que havia naquela época. Foram tiradas fotos que comprovaram o trabalho: Figura 2- Alunas se apresentando com a dança da música das Frenéticas. Figura 3 - Alunos do Colégio assistindo as apresentações. Figura 4 – Outro ângulo dos alunos assistindo as apresentações. Figura 5 – Alunos se apresentando com a música “Pare o Casamento”. Figura 6 – Apresentação de dança. Figura 7 – Alunos cantando músicas da MPB. Figura 8 – Banda formada pelos alunos interpretando músicas da MPB. Figura 9 – Vista parcial do Ginásio de Esportes, local das apresentações. Figura 10 – Professora conversando e orientando os alunos durante as apresentações. Figura 11 – Vista do ginásio. Sendo essas algumas das respostas dos alunos ao concluírem o trabalho, este trabalho também é encerrado com uma afirmação de Thiollent, sobre o que deve acontecer ao final de uma pesquisa ação... As diversas categorias de pesquisadores e participantes aprendem alguma coisa ao investigar e discutir possíveis ações cujos resultados oferecem novos ensinamentos. A aprendizagem dos participantes é facilitada pelas contribuições dos pesquisadores (...). Em alguns casos, a aprendizagem é sistematicamente organizada por meio de seminários ou de grupos de estudos complementares e também pela divulgação de material didático (THIOLLENT, 2000, pág. 66). REFERÊNCIAS ADORNO, Theodor W. et al. A indústria cultural: o iluminismo como mistificação de massas. Rio de Janeiro, 1990. ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ouro, 2003. ANDRÉ, Marli E. A. Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus, 1995. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Ministério da Educação. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Orientações curriculares para ensino médio. V. I. Brasília, 2008. _________. Secretaria de Estado da Educação. Ministério da Educação. Livro Didático Público – Arte. 2. Ed. Brasília, 2007. FRÓES, Marcelo. Jovem guarda em ritmo de aventura. 34. Ed. São Paulo, 2000. ILUMINURAS. Anos 70: trajetórias. São Paulo: Itaú Cultural, 2005. NOVAES, Adauto. Anos 70: ainda sob a tempestade. Rio de Janeiro, Aeroplano: SENAC, 2005. SWANVICK, Keith. Ensinando música musicalmente. São Paulo: Moderna, 2003. TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. 34. São Paulo: Ed. São Paulo, 1998. _________. Música popular: um tema em debate. 3. ed. São Paulo: Ed. São Paulo, 1997. THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. 10ª edição. São Paulo: Ed. Cortez, 2000.