nômades com andréa beltrão, malu galli e mariana lima no

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NÔMADES COM ANDRÉA BELTRÃO, MALU GALLI E MARIANA LIMA NO CINE
THEATRO BRASIL
Enviado por LUZ COMUNICAÇÃO
23-Abr-2015
LUZ COMUNICAÇÃO - 23/04/2015
O Teatro em Movimento recebe, em Belo Horizonte, Andréa Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima com
“Nômades”. No espetáculo, as três atrizes vivem o luto pela perda de uma amiga, também atriz. Em um
único dia, entre a notícia da morte inesperada e as homenagens feitas no enterro, a peça mostra as diferentes reações de
cada uma delas. A indignação, a tristeza, a saudade e as autoacusações se misturam a uma vontade selvagem de encenar
um inconformismo com a morte e as revelações que ela traz. A montagem fica em cartaz, no Cine Theatro Brasil
Vallourec, dias 8 e 9 de maio, sexta-feira, às 21h e sábado, às 20h.
Para
Tatyana Rubim, idealizadora do Teatro em Movimento, trata-se de um espetáculo
com humor crítico e sem formalidades. “É incrível ver o timming de três atrizes
com características tão marcantes em cena. Além disso, é um passeio pela
liberdade, pelo sensível, pelo ridículo e por dentro de nós mesmos”.
Com direção de Marcio Abreu, que dirigiu
o Gruo Galpão em “Pequenos Milagres” , e conhecido por seu trabalho à frente da
Companhia Brasileira de Teatro, de Curitiba, e dramaturgia do próprio diretor e
de Patrick Pessoa, em colaboração com as três atrizes e Newton Moreno, “a peça
é sobre o que a gente faz da nossa vida com o tempo que nos resta”. Sobre
dirigir uma trinca de atrizes como Andréa Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima, o
diretor é enfático: "As três, Andréa, Mariana e Malu, são artistas do teatro.
Têm, cada uma a sua maneira, uma história de pensamento, criação e resistência.
São atrizes entregues ao trabalho. Disponíveis. Sabem vivenciar um processo
criativo e têm a consciência de que criar algo que antes não existia implica em
risco, um dos belos e indesviáveis aspectos dessa arte.”
Para
a realização de suas atividades, em 2015, o projeto mantém a parceria de
patrocínio com o Itaú e com o Instituto Unimed-BH, via Lei Federal de Incentivo
à Cultura.
“Nômades”
Em cena, as três atrizes vivem de forma
condensada todas as fases do luto: a indignação com a finitude da vida – por
quê?, por que logo ela? –, as autoacusações – não poderíamos ter feito mais do
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que fizemos? –, a tristeza, a saudade, todas as lembranças compartilhadas e,
finalmente, a simples consciência de que somos mortais. A partir dessa
consciência, normalmente encoberta pelos múltiplos afazeres cotidianos, brota o
sentimento de urgência que perpassa todos os acontecimentos da peça. “Como é
que a gente faz para viver de verdade, para tornar intenso o espaço que fica
entre o momento em que a gente começa e o momento em que a gente termina?”,
pergunta-se a certa altura uma personagem.
Diferentes possíveis respostas a essa
pergunta estruturam as trajetórias das três personagens ao longo da peça. Em
certo sentido, a descoberta da própria finitude é a descoberta da própria
liberdade, de que sempre ainda é possível fazer o que se quer, mesmo que os
desejos que nos movem pareçam absurdos, inadequados, contraditórios entre si.
Cenicamente, isso se anuncia menos no plano dos diálogos do que no plano
musical, em que as atrizes, nômades por
natureza, se deslocam até o universo dos artistas mais heterogêneos: Donna
Summer, Robert Smith, Maria Bethânia, Amy Winehouse, Tom Jobim, Kurt Kobain,
Jennifer Beals, Michael Jackson. Sob esta ótica, o espetáculo é como uma ópera
que inclui as mais diversas linguagens.
A questão da imagem pública de cada uma
das três atrizes, tanto no mundo da peça quanto fora dela, é outro dos pilares
do espetáculo. O encontro que está na origem deste espetáculo nasceu de um
desejo compartilhado por Andréa Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima: o desejo de
serem outras. Este desejo levou a uma mudança na compreensão do tema original
da peça. Se, a princípio, o nomadismo era pensado com base em uma visão mais
histórica, inspirada pelos nômades do
deserto, com o decorrer dos ensaios a ênfase passou a estar em uma compreensão
do trabalho do ator como nômade,
que precisa constantemente deslocar-se até outros tempos e lugares, até outros
personagens e estados afetivos, justamente para permanecer próximo à sua
vocação original: a de ser um artista que só encontra a si mesmo sendo outro,
só constrói a sua própria casa através de constantes deslocamentos. “Nada se
move menos do que um nômade”,
escreveu Deleuze em seu Tratado de nomadologia, lido pela
equipe no começo do processo.
Dada essa nova compreensão da
pulsão nômade característica
das vidas dos atores, e da consciência da dificuldade que é preservar o espaço
para ser outro quando a opinião pública tende a encarcerar os atores, sobretudo
os mais célebres, em uma imagem estática, facilmente reconhecível, o trabalho
da dramaturgia buscou inspiração em artistas que passaram por um dilema
semelhante. Como artista que viveu questões análogas às das atrizes da peça,
despontou a figura do cineasta John Cassavetes (que sempre afirmou a sua
liberdade criativa e a sua força singular de expressão mesmo tendo surgido como
um promissor galã da indústria cinematográfica norte-americana). Assim, além de
algumas de suas entrevistas mais transgressoras, foi fundamental para a
construção do espetáculo o filme “Husbands" (1970), cuja estrutura – três
amigos tendo de lidar com a morte de um quarto amigo – é uma das principais
inspirações do trabalho.
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Ensaios
Os ensaios de "Nômades"
ocorreram desde o começo de agosto de 2014 e, a partir do começo de setembro,
ocupou a sala principal do Teatro Poeira, uma oportunidade única de imersão no
local onde estreou, no dia 17 de outubro de 2014, no Rio de Janeiro. Concebido
por duas atrizes, Andréa Beltrão e Marieta Severo, e pelo diretor teatral
Aderbal Freire-Filho, o Poeira, criado em 2005, se destaca no cenário carioca
por abrigar produções fundamentadas em forte pesquisa, além de ser um ponto de
encontro de pensadores de dramaturgia e interpretação. Encontro, aliás, é uma
palavra-chave deste espetáculo. Se ele promove pela primeira vez a reunião de
Andréa Beltrão, Mariana Lima e Malu Galli no palco, quase todos ali já tiveram
algum tipo de parceria. Mariana e Malu trabalharam como atrizes em
"Gaivota - Tema para um conto curto" (2006), dirigida por Enrique
Diaz; Malu dirigiu Mariana em "A máquina de abraçar" (2010); Andréa
dirigiu Malu em "Diálogos com Molly Bloom" (2007); Patrick fez a
dramaturgia da "Oréstia" (2012) dirigida por Malu e Bel Garcia; e
Marcio dirigiu Marcia Rubin, diretora de movimento de "Nômades", em
"Enquanto estamos aqui" (2012).
Da mesma forma, o processo colaborativo
que deu origem a "Nômades" não é novidade para nenhum dos integrantes
desta montagem. O diretor Marcio Abreu faz a dramaturgia da maior parte de suas
peças junto com outros integrantes da Companhia Brasileira de Teatro. Vêm dela
os profissionais que assinam a cenografia (Fernando Marés) e a iluminação
(Nadja Naira) de "Nômades". Malu trabalhou durante anos em processos
colaborativos na Companhia Teatro Autônomo, de Jefferson Miranda, e
experimentou o mesmo processo na construção do monólogo "Conjugado"
(2004), com direção de Christiane Jatahy. Mariana trabalhou também muitos anos
em processos colaborativos no Teatro da Vertigem, de São Paulo, e no Coletivo
Improviso. Malu e Mariana trabalharam em processos colaborativos na Companhia
dos Atores; e Andréa Beltrão, no grupo Manhas e Manias.
O cenário é de Fernando Marés e Marcio
Abreu, o figurino de Cao Albuquerque e Natália Durán, e a luz de Nadja Naira.
Marcia Rubin assina a direção de movimento e Felipe Storino, a música. Todo o
processo de criação foi registrado num ensaio fotográfico de Nana Moraes, e num
making off dirigido pela atriz Maria Flor.
Sobre Marcio Abreu
É diretor da Companhia Brasileira de
Teatro (www.companhiabrasileira.art.br), com sede em
Curitiba. Entre seus últimos trabalhos estão "Isso te interessa?",
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prêmios APCA e Bravo!, em 2012, de melhor espetáculo do ano, e prêmio Questão
de Crítica de melhor direção. Com "Esta criança" (2012), coprodução
com a atriz Renata Sorrah, ganhou o prêmio Shell de melhor direção. Tem
trabalhos na França como diretor ("Nus, ferozes e antropófagos") e
dramaturgo ("Os três porquinhos", "A história do rock por
Raphaelle Bouchard" e "Somos cavaleiros Jedis").
Sobre Patrick Pessoa
É professor de Filosofia na UFF (Doutor
em Filosofia UFRJ/Universität Potsdam). Assinou a dramaturgia das peças
"Na selva das cidades" (2011), dirigida por Aderbal Freire Filho, e
"Oréstia" (2012), dirigida por Malu Galli. É ainda crítico da revista
digital "Questão de Crítica" (www.questaodecritica.com.br) e autor dos
livros "A segunda via de Brás Cubas: A filosofia da arte de Machado de
Assis" (Ed. Rocco); "A história da filosofia em 40 filmes" (Ed.
Nau); e "Oréstia: adaptação dramática" (Giostri), os dois últimos em
parceria com Alexandre Costa.
Sobre Newton Moreno
Pernambucano radicado desde 1990 em São
Paulo, é autor e diretor de teatro. Em 1990 participou da criação do grupo Os
Fofos Encenam, da Cooperativa Paulista de Teatro, que integra até hoje. Nos
últimos anos, assinou a dramaturgia de espetáculos como "As centenárias"
(2007), com direção de Aderbal Freire Filho, pela qual ganhou o Prêmio Shell de
melhor autor; "Maria do Caritó" (2010), direção de João Fonseca,
"Jacinta" (2012), direção de Aderbal Freire Filho, e "Terra de
santo (2012), com Os Fofos Encenam, prêmio APCA de melhor texto.
Sobre Andréa Beltrão
Formada no Tablado, tem uma longa
carreira nos palcos, tendo integrado grupos como Arco da Velha, Manhas &
Manias e Manhas de Cabaré. Entre seus trabalhos mais recentes no teatro estão
“As centenárias” (2007), com direção de Aderbal Freire Filho, pelo qual ganhou
os prêmios Shell e Contigo de de melhor atriz, e “Jacinta” (2012), do mesmo
diretor. Em 2005, abriu, com Marieta Severo, o Teatro Poeira, ganhando o
Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo. Desde 2011, protagoniza com Fernanda
Torres a série de TV “Tapas e beijos”, trabalho que lhe rendeu os prêmios Extra
e Contigo de melhor atriz.
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Sobre Malu Galli
Malu Galli começou seus estudos de teatro
no Tablado, e se formou em 1990 no curso da Faculdade da Cidade, ministrado
pela diretora Bia Lessa. Sua carreira é marcada pelo trabalho em companhias de
pesquisa, como a Cia. Teatro Autônomo, dirigida por Jefferson Miranda (“Mann na
praia”, em 1991, e “A noite de todas as ceias”, em 1997, entre outros), e a Cia
dos Atores (“O Rei da Vela”, em 2000, direção de Enrique Diaz, e “Meu destino é
pecar”, de 2001, direção de Gilberto Gawronski). Como diretora, fez “A máquina
de abraçar” (2009), e, em parceria com Bel Garcia, “Oréstia” (2012).
Sobre Mariana Lima
Sua formação se deu em cursos livres, no
exterior e no Brasil (com diretores como Gerald Thomas, Antunes Filho e Bia
Lessa). Integrou por dez anos o Teatro da Vertigem, em São Paulo, com a qual
fez espetáculos como “O Livro de Jó” (1995) e “Apocalipse 1,11” (2000),
que lhe rendeu uma indicação ao prêmio Shell de melhor atriz). Produziu
espetáculos como “A Paixão segundo GH” (2002), com direção de Enrique Diaz
(Prêmio APCA de melhor espetáculo) e “Gaivota - Tema para um conto curto”
(2006), do mesmo diretor. Ganhou o Shell de melhor atriz em 2011 por
“Pterodátilos”, com direção de Felipe Hirsch.
Ficha técnica
Autores: Marcio Abreu e Patrick
Pessoa com colaboração de Andréa Beltrão, Malu Galli, Mariana Lima e Newton
Moreno / Atrizes: Andréa Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima / Direção: Marcio
Abreu / Direção de movimento: Marcia Rubin / Direção de Produção: José Luiz
Coutinho e Wagner Pacheco / Cenário: Fernando Marés e Marcio Abreu /
Iluminação: Nadja Naira / Figurinos: Cao Albuquerque e Natália Durán
Música: Felipe Storino /
Produção local em BH: Rubim Produções / Realização: Teatro em Movimento, com o
patrocínio do Itaú e do Instituto Unimed-BH, via lei Federal de Incentivo à
Cultura
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SERVIÇO:
“Nômades”, com Andrea
Beltrao, Malu Galli e Mariana Lima
Classificação: 14 anos
- Duração: 80 minutos
Dias/Horários: dias 8 e 9 de maio sexta, às 21h e sábado, às 20h
Local: Cine Theatro Brasil
Valourec – Praça 7, S/N, Centro
Ingressos: Plateia I: R$ 70,00 / Plateia II
(mezanino): R$ 60,00 / Balcão: R$ 50,00 - Valor promocional limitado a 20% da
capacidade da casa. Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para
estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Meia
entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente
identificados (conforme MP 2208/2001)
10% da capacidade vendável do
teatro é destinada gratuitamente para entidades de baixa renda devidamente
comprovadas. 20% da capacidade vendável do teatro tem o valor de R$ 50,00 em
atendimento ao Vale Cultura.
Vendas: bilheteria do teatro
ou www.ingresso.com
Informações: (31) 3201-5211
www.teatroemmovimento.com.br
/ www.cinetheatrobrasil.com.br
Informações para a imprensa:
Jozane Faleiro - (31) 35676714 / 92046367 - [email protected]
Teatro
em Movimento
O
projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim,
foi criado há 14 anos, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes
montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para outros
Estados e também pequenas cidades. Desde então, contabiliza 174 montagens, que
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somam mais de 503 apresentações, envolvendo cerca de 537 artistas, em 14
cidades, 27 teatros e público superior a 365 mil pessoas.
Inicialmente,
atuando em Minas Gerais e seu entorno, o projeto trouxe à capital mineira e
algumas cidades do interior, espetáculos com peso nacional, tendo no elenco
atores como
Bibi Ferreira, Thiago Lacerda, Vladimir Brichta, Cissa Guimarães,
Mateus Solano, Glória Menezes, Antônio Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart,
Marco Nanini, Luana Piovani, Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia,
Marisa Orth, Renata Sorrah, Paulo Gustavo e muitos outros. Dentre os
espetáculos que o projeto deslocou para a capital mineira estão “Hamlet”,
“Incêndios”, “Esta Criança”, “Gonzagão – a Lenda”, “Bibi Ferreira
– Histórias e
Canções”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, “O Grande Circo Místico”, “New
York, New York”, “Bem-vindo, Estranho”, “Milton Nascimento – Nada Será Como
Antes”, “Cassia Eller – o Musical”, “Azul Resplendor”, “Poema
Bar” e muitos
outros.
O
projeto também já atuou em diversos Estados brasileiros, como São Luiz (MA),
Vitória (ES) e Aracajú (SE). Em Minas Gerais, além de Belo Horizonte, o
projeto atua em Nova Lima, Betim e Araxá. Os resultados do projeto vão além da
inclusão das cidades na circulação das montagens. A iniciativa possibilita a
formação de um espectador mais crítico e de um público mais preparado e
habituado a lotar as salas dos teatros. A ideia é consolidar o hábito de ir ao
teatro e fomentar a cultura das artes cênicas, por isso os espetáculos
acontecem ao longo do ano e não concentrados em um curto período como nos
festivais. O teatro, sendo um agente de transformação social, é capaz de atuar
como um difusor de ideias e de cultura podendo ser usado como um instrumento de
comunicação. Para ratificar a potencialidade de transformação social e cultural
do teatro e colocar em prática os objetivos do projeto, o Teatro em Movimento
ainda promove, sempre que possível, oficinas gratuitas, palestras e workshops
para profissionais da área e interessados. Dessa forma, cria-se uma rede de
circulação de informação fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do
setor cultural.
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