Economia para o BDMG Teoria e Exercícios Profa. Amanda Aires

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Teoria e Exercícios
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Olá queridos alunos do Ponto dos Concursos,
Tudo bem?
Na aula de hoje, começaremos uma nova etapa dos nossos estudos: a
análise da macroeconomia. O estudo completo da macroeconomia
para o BDMG tem duração de 3 aulas e será dividido da seguinte forma:
Aula 05 (09.05): Renda e consumo, capital e investimento;
Aula 06 (16.05): Procura e oferta agregadas, o equilíbrio da
economia como um todo; A política fiscal, a instabilidade da
economia, o nível de emprego;
Aula 07 (23.05): O nível de emprego: relação entre produção e
emprego, inflação e desemprego, renda, produto, emprego e
preços;
Possivelmente, a maior aula será a que teremos na semana que vem,
dada a complexidade do assunto.
Antes de iniciarmos a nossa aula hoje, contudo, gostaria de passar mais
uma errata da aula 03 sobre teoria da firma.
Na página 10, temos a seguinte afirmação:
“Onde
∆Q é a variação da quantidade produzida e ∆I é a variação
ocorrida no preço”.
** Essa afirmativa está incorreta, ∆I mede a variação na quantidade de
insumo e não no preço.
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Agora que esclarecemos essa incoerência, vamos a nossa revisão? A
nossa revisão da aula de hoje será um pouco mais alongada que o
habitual. Primeiramente, analisaremos a resolução de TODOS os
exercícios de microeconomia que não foram resolvidos. Achei que essa
decisão seria interessante para que não fiquemos com nenhuma dúvida
remanescente do assunto anterior. Depois das resoluções, apresentarei,
rapidamente, um quadro-resumo com as principais características das
estruturas de mercado para, a partir daí, iniciarmos o estudo da
macroeconomia!
Vamos às resoluções?
AULA DEMO
Exercício 01:
01.
(FCC, Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Analista Judiciário,
Área Economia, Caderno de Prova “F”, tipo 001, 2009) Analistas
econômicos têm comentado que o Brasil não sofreu impactos mais fortes
por conta da crise financeira internacional devido, dentre outros, ao fato
de que:
(A) nos últimos anos o Estado tem aumentado sua participação no setor
financeiro brasileiro, o que não gera expectativas negativas para os
depositantes relativamente à possibilidade de quebra das instituições
financeiras.
(B) o Brasil tem diminuído a participação do Estado na economia, desde
o governo Collor, e simultaneamente fechado a economia aos fluxos de
capital estrangeiro e ao comércio internacional, o que torna o país
imune a qualquer movimento da economia mundial.
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(C) os mecanismos de contágio não estão presentes na economia
brasileira, já que o Estado sempre interveio para evitar a mobilidade de
capitais e restringir a oferta de crédito doméstico.
(D) o Brasil tem uma política econômica eficiente, sendo o Estado capaz
de controlar todas as variáveis e impedir o contágio de choques
externos, independentemente do nível das reservas internacionais.
(E) recentemente o Estado aumentou a regulação do setor financeiro
brasileiro, além de auxiliar sua consolidação, por meio de programas que
sanearam instituições com problemas de solvência, vendendo a parte
boa a outras instituições sólidas.
Vamos resolver juntos?
Observe primeiramente que essa é uma questão que trata de aspectos
de curto prazo (não se considera aqui a análise de crescimento
econômico) e da presença do governo brasileiro durante a crise de 2009.
Para resolver essa questão, vamos analisar item por item pausadamente:
Na letra (A), a assertiva diz que nos últimos anos o Estado tem aumentado
sua participação no setor financeiro brasileiro, o que não gera
expectativas
negativas
para
os
depositantes
relativamente
à
possibilidade de quebra das instituições financeiras. Como você pode
observar, essa afirmação não está correta, pois, primeiro, o Estado
brasileiro não aumentou a sua participação no setor financeiro nacional
nos últimos anos e, depois, essa maior presença não necessariamente
geraria uma menor expectativa de insolvência dos bancos. Para analisar
isso basta lembrar da forte leva de quebras ocorridas nos bancos
públicos estaduais brasileiros no início do Plano Real. Naquele período, as
quebras estiveram associadas justamente à forte presença do Poder
Público nos bancos.
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A alternativa (B), por sua vez, afirma que o Brasil tem diminuído a
participação do Estado na economia, desde o governo Collor, e
simultaneamente fechado a economia aos fluxos de capital estrangeiro
e ao comércio internacional, o que torna o país imune a qualquer
movimento da economia mundial. Essa alternativa possui, assim como a
primeira, dois erros. O primeiro erro está na primeira parte da afirmativa: o
Brasil tem diminuído a participação do Estado na economia. Na verdade,
o que vem se observando, desde o governo Lula é a maior presença do
estado na economia. Embora o governo tenha diminuído o seu tamanho
na economia brasileira nos governos Collor e FHC, tal fato não foi visto no
governo posterior. Uma outra informação errada dada na afirmativa diz
que a economia está simultaneamente fechado a economia aos fluxos
de capital estrangeiro e ao comércio internacional. Na verdade, o
processo de abertura foi iniciado no governo Collor através do Plano de
Industrialização e Comércio Exterior (conhecido como Plano PICE). A
partir do governo Collor, o programa de abertura da economia brasileira
só aumentou.
O item (C) afirma que os mecanismos de contágio não estão presentes
na economia brasileira, já que o Estado sempre interveio para evitar a
mobilidade de capitais e restringir a oferta de crédito doméstico. Assim
como as letras (A) e (B), o item em análise também está incorreto. Como
o Brasil possui contato com o resto do mundo (fato observado no Fluxo
Circular da Riqueza Expandido, figura 5) e possui um mercado financeiro
integrado com as demais economias, os mecanismos de contágio estão,
sim, presentes na economia nacional. Além disso, contrariamente ao que
afirma a assertiva, o Estado não intervêm a fim de evitar a mobilidade de
capitais nem retrai a oferta de crédito doméstico.
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Em seguida, a opção (D) declara que o Brasil tem uma política
econômica eficiente, sendo o Estado capaz de controlar todas as
variáveis e impedir o contágio de choques externos, independentemente
do nível das reservas internacionais. A incoerência dessa alternativa com
a realidade do fluxo circular brasileiro versa sobre a capacidade do
governo controlar TODAS as variáveis e impedir o contágio de choques
externos! Veja só, a opção diz que o governo controla TODAS. É muito
improvável que o governo consiga ter esse nível de controle, mesmo que
possua
uma
política
econômica
eficiente,
como
é
o
caso,
verdadeiramente, do Brasil.
Por fim, a respostas correta é a letra (E). Vamos entender o porquê?
Segundo a afirmativa, recentemente o Estado aumentou a regulação do
setor financeiro brasileiro, além de auxiliar sua consolidação, por meio
de programas que sanearam instituições com problemas de solvência,
vendendo a parte boa a outras instituições sólidas. Essa alternativa está
correta, pois houve um programa de recuperação das instituições
financeiras brasileiras promovidas ainda no governo Fernando Henrique
chamado de Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema
Financeiro Nacional, ou PROER. Assim como afirmado acima, o programa
visou a sanear os problemas das instituições com problemas de solvência
financeira, além de fortalecer a regulamentação do sistema financeiro
nacional.
Assim, o gabarito é a letra (E).
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04. (FCC, 2005) Sobre o produto e renda agregada, marque a opção
incorreta.
(A) A remessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior a familiares
no Brasil aumenta da Renda Nacional Bruta;
(B) Em geral, países com alto grau de endividamento externo possuem,
ceteris paribus, o PIB maior que o PNB;
(C) Quando, em um país, opera-se um grande número de empresas
estrangeiras, ao mesmo tempo que poucas empresas e residentes desse
país operam em outras economias, o PIB será maior que o PNB;
(D) Em uma economia fechada, o Produto Interno Bruto coincide com o
Produto Nacional Bruto;
(E) Em uma economia aberta, o PNB é determinado pelos gastos em
produtos domésticos efetuados por residentes e não-residentes do país.
Analisemos, cada alternativa separadamente:
A letra (A) diz que cada vez que um brasileiro envia renda para seus
familiares no Brasil, isso aumenta a Renda Nacional Bruta. Para responder
esse item, precisamos saber, inicialmente, o que significa Renda Nacional
Bruta. Em economia, existe uma identidade que diz que tudo que é
produzido no país é igual à renda de todos os fatores produtivos (terra,
capital e trabalho). Assim, tanto faz se pensamos em Produto Nacional
Bruto ou Renda Nacional Bruta. Esses agregados são, por definição, a
mesma coisa.
Nesse caso, pela identidade mostrada acima, é a remuneração de um
brasileiro que mora fora do país aumenta o PNB nacional, não a
transferência para a família. O item, portanto, está incorreto.
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A assertiva (B) também correta, pois se os países possuem forte
endividamento, eles precisam remeter renda para o resto do mundo, o
que leva a uma redução do PNB. Assim, nesses casos, o PIB é maior que o
PNB.
A resposta da letra (C) é semelhante ao que ocorre na assertiva (B), por
isso, também está correta.
A opção (D) diz que na economia fechada PIB = PNB, o que está correto
pois, nessa economia não existe emissão ou recebimento de renda ao
exterior, sendo RLRE = RLEE = 0.
Por fim, a alternativa (E), também está correta pois o PNB contabiliza todo
o produto doméstico (ou nacional) consumido tanto por nacionais quanto
por não nacionais. Lembre que a definição da produção será diferente da
definição da despesa. Do lado da produção, analisamos que o PNB diz
respeito a tudo que é produzido por nacionais! Pela ótica da despesa é
tudo que é gasto com produtos nacionais! Seja a origem dos recursos
vinda do país ou não, ok?
GABARITO: (A)
05. (Esaf – AFPS, 2009) Considere uma economia hipotética que só
produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e
transações em um determinado período de tempo: o setor S produziu
sementes no valor de $ 200 e vendeu para o setor T; o setor T produziu
trigo no valor de $1.500 e vendeu uma parcela equivalente a $ 1.000
para o setor F e estocou o restante; o setor F produziu farinha no valor de
$ 1.300; o setor P produziu pães no valor de $ 1.600 e vendeu aos
consumidores finais. Com base nessas informações, o produto
agregado dessa economia foi, no período, de:
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(A) $ 1.600
(B) $ 2.100
(C) $ 3.000
(D) $ 4.600
(E) $ 3.600
Para responder a essa questão, vamos utilizar um esqueminha para
facilitar.
Bem final produzido: Pão
Setor S: Produção: $ 200 (transferiu integralmente) para Setor T.
200 Setor T: Produção: $ 1.500 $ 1.000 para setor F e
ESTOCOU $ 500.
(veja que aqui no setor T, diferentemente do que ocorreu no setor S,
houve a formação de um estoque de $ 500 (que será utilizado como
bem final. Lembre do exemplo do aço do carro dado acima) e a
parcela que vai para o setor F é de $ 1.000.
1.000 Setor F: Produção: $ 1.300 (totalmente transferida para o setor P
1.300 Setor P: Produção: $ 1.600 para consumo final.
Para facilitar ainda mais o seu entendimento, vamos montar uma
tabela para simplificar:
Setor
Valor
Produzido Valor
Valor
Formação
total
intermediário
adicionado
de estoques
S
200,00
0
200
0
T
1500
200
1300
500
F
1300
1000
300
0
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P
1600
1300
300
0
Olhando a tabela acima, você observa que se você somar os valores
adicionados por cada um dos setores (200+1300+300+300), você
chegará ao valor do produto agregado da economia, nesse caso, $
2.100.
Caso você deseje olhar pela ótica do bem final, é ainda mais simples, é
só contabilizar o valor produzido pelo Setor P (já que esse é o setor que
está em contato com o consumidor final) e a formação de estoque
ocorrida no setor T. Nesse caso, você chegará ao mesmo valor, $ 2.100.
Assim sendo, o gabarito é a letra B
AULA 01
1. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010 e
CEMIG, Analista de Planejamento Econômico Financeiro, 2010) Sabendose que os recursos são escassos, o conceito econômico de custo
relevante é o de custo:
a) contábil.
b) oportunidade.
c) ambiental.
d) histórico.
Para resolver essa questão, é preciso lembrar daquilo que vimos na aula
01. Alguma sugestão para resolver esse item? Simples, não é? Toda vez
que estivermos frente a uma questão que falar sobre custo e recursos
escassos, a resposta será: Custo de Oportunidade!
Logo, o gabarito é letra (B)
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2. (CESGRANRIO, Casa da Moeda, Analista de Finanças, 2005) A curva de
demanda do mercado é dada pela:
a) soma das demandas individuais multiplicada pelos preços dos
bens.
b) soma das demandas individuais dos bens superiores.
c) soma das demandas individuais.
d) soma das demandas individuais dos bens inferiores e subtração
das demandas individuais dos bens superiores.
e) subtração das demandas individuais dos bens inferiores e soma
das demandas individuais dos bens superiores.
Para responder essa questão, é preciso apenas lembrar da definição de
curva de demanda de mercado. Ela será sempre a soma das curvas de
demanda individuais. Simplesmente isso. Logo, a alternativa correta é a
letra (C).
3. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) Em
relação à curva de demanda de um bem, por unidade de tempo,
podemos dizer:
a) um ponto na curva de demanda representa a demanda do
indivíduo.
b) aumentos no preço provocam diminuições da demanda,
coeteris paribus.
c) demanda é um termo empregado para fazer referência à curva
de demanda do bem.
d) diminuições nos preços provocam diminuições das quantidades
demandadas, coeteris paribus.
Vamos resolver juntos?
Nesse caso, a resposta correta é a letra (C). Verifiquemos porque as
demais alternativas estão incorretas.
A letra (A) diz que um ponto na curva de demanda representa a
demanda de um individuo. Nesse caso, a alternativa está falsa, pois um
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ponto não é capaz de estabelecer toda a demanda, mas apenas dizer
qual será a quantidade demandada (ou consumida àquele preço). A
alternativa (B), por sua vez, afirma que aumentos no preço provocam
diminuições da demanda ceteris paribus. Nesse caso, a alternativa
também está falsa porque qualquer aumento no preço vai levar a
alterações da quantidade demandada (o movimento ao longo da
curva de demanda), não da demanda, pois um deslocamento da
demanda é equivalente a dizer que há um deslocamento da curva de
demanda. Por fim, a letra (D) diz que diminuições nos preços provocam
diminuições
nas
quantidades
demandadas,
ceteris
paribus.
Essa
alternativa também está incorreta por infringir, diretamente, a lei da
demanda.
3. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) Em
relação à curva de demanda de um bem, por unidade de tempo,
podemos dizer:
a) um ponto na curva de demanda representa a demanda do
indivíduo.
b) aumentos no preço provocam diminuições da demanda,
coeteris paribus.
c) demanda é um termo empregado para fazer referência à curva
de demanda do bem.
d) diminuições nos preços provocam diminuições das quantidades
demandadas, coeteris paribus.
Vamos responder essa questão? Note que, para resolver essa questão, é
preciso compreender a diferença entre demanda e quantidade
demandada. Vamos verificar?
A alternativa (A) diz que um ponto na curva de demanda representa a
demanda do indivíduo. Essa afirmação está pois um ponto na curva de
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demanda representa a quantidade demandada de um indivíduo, não a
demanda.
Para
que
essa
alternativa
pudesse
ser
considerada
verdadeira, ela deveria afirmar que um ponto na curva de demanda
representa a quantidade demandada do indivíduo ou a curva de
demanda representa a demanda do indivíduo.
A alternativa (B), por sua vez, asseverra que aumentos no preço
provocam diminuições da demanda, coeteris paribus. Observe que, essa
questão, assim com a alternativa (A) está incorreta pois traz diminuições
na demanda ao invés de considerar diminuições na quantidade
demandada. Para que essa alternativa estivesse correta, era preciso
afirmar que aumentos no preço provocam diminuições da quantidade
demandada, coeteris paribus.
A alternativa (C) é a alternativa correta da questão. Segundo a assertiva,
demanda é um termo empregado para fazer referência à curva de
demanda do bem. Vale aqui fazer uma rápida distinção entre demanda,
curva de demanda e quantidade demandada:
A curva de demanda mostra as relações existentes entre a quantidade
procurada e o preço dadas pelo consumidor. O termo demanda é
utlizado como sinônimo para curva de demanda. A quantidade
demandada, por sua vez, diz respeito ao volume que será procurado a
cada nível de preços.
Por fim, a alternativa (D) afirma que diminuições nos preços provocam
diminuições das quantidades demandadas, coeteris paribus. Note que o
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erro dessa assertiva diz respeito a própria definição da lei da demanda.
Segundo essa lei, diminuições nos presço provocam aumentos das
quantidades demandas, coeteris paribus!
4. (CESGRANRIO, BNDES, Profissional Basico: Administração, 2009)
Considere o gráfico abaixo, que mostra as curvas de demanda d) e de
oferta (S) no mercado de laranjas. Suponha que os consumidores
considerem laranja um bem inferior e laranja e tangerina como bens
substitutos.
Se o preço da tangerina aumentar, no gráfico do mercado de laranjas
apresentado acima, oa)
a) novo preço será maior que p1.
b) nova quantidade negociada será menor que q1.
c) nova curva de demanda (D) será como a tracejada no
gráfico.
d) posição da curva de oferta (S) será alterada.
e) posição da curva de demanda (D) não será alterada.
Para responder essa questão, precisamos compreender a mecânica do
enunciado, primeiro vejamos o que o enunciado diz:
1. Laranja é um bem inferior,
2. Laranja e tangerina são substitutos
Posteriormente, a questão afirma que o preço da tangerina
aumentou.
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Antes de olhar para o gráfico da questão, vamos, juntos, raciocinar o
que está acontecendo nesse mercado:
Com o aumento do preço da tangerina, o consumidor demandará mais
ou
u menos tangerina? Menos, correto? Como existe uma redução na
quantidade demandada da tangerina, no gráfico do mercado dessa
fruta, haverá um deslocamento ao longo da curva de demanda,
levando a uma menor quantidade de equilíbrio nesse mercado.
Dado que tangerina
angerina e laranja são bens substitutos, o que acontecerá no
mercado da laranja? Haverá um deslocamento na demanda ou na
oferta? Como esses bens são substitutos para o consumidor, haverá um
deslocamento na curva de demanda! A curva se deslocará para a
direita
ita e para cima. Nesse caso, como mostrado na figura abaixo,
haverá um aumento na quantidade de equilíbrio e também no preço de
equilíbrio.
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Qual a resposta correta da questão? A letra (A)!
Vale notar que existe uma informação desnecessária nessa questão. A
informação de que a laranja é um bem inferior! Como não se fala nada
a respeito da renda do consumidor, de nada vale saber se o bem é
normal e inferior!
As demais alternativas estão incorretas porque (B) considera que a
quantidade de equilíbrio será menor, (C) afirma que a curva de
demanda terá um deslocamento para baixo e para a esquerda, (D)
afirma que a curva de oferta será alterada e (E) afirma que a curva de
demanda não será alterada.
5. (CESGRANRIO, BNDES, Profissional Basico: Administração, 2009) O
gráfico abaixo mostra, em linhas cheias, as curvas da demanda e da
oferta no mercado de maçãs.
Considere que maçãs e pêras são bens substitutos para os consumidores.
Se o preço da pêra aumentar e nenhum outro determinante da demanda
e da oferta de maçãs se alterar, pode-se afirmar que:
a) a curva de demanda por maçãs se deslocará para uma
posição como AB.
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b) a curva de oferta de maçãs se deslocará para uma posição
como CD.
c) as duas curvas, de demanda e de oferta de maçãs, se
deslocarão para posições como AB e CD.
d) o preço da maçã tenderá a diminuir.
e) não haverá alteração no mercado de maçãs.
O que você nota com essa questão? Que as bancas se repetem! A
questão aqui apresentada é exatamente igual a anterior! Valendo aqui
o mesmo raciocínio! Qual a resposta correta? A letra (A)! Apenas
revisando, não haverá deslocamentos na oferta, o que torna as letras (B)
e (C) incorretas. Também haverá um aumento no preço da maçã, logo
a letra (D) está incorreta. Por fim, a letra (E) está está incorreta por
considerar que não haverá alteração no mercado de maçãs!
Compreendido?
6. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Se a quantidade
oferecida de um bem reage substancialmente a uma variação nos
preços, temos um caso de:
a) oferta elástica com elasticidade menor do que 1.
b) elasticidade - preço da demanda.
c) oferta inelástica com elasticidade entre 0 e 1.
d) oferta elástica com elasticidade maior do que 1.
e) oferta infinitamente elástica.
Para responder essa questão, precisamos lembrar da definição de
elasticidade. Esse termo mede a sensibilidade da quantidade ofertada
quando há uma variação do preço. Vale aqui uma dica: quanto maior a
sensibilidade, maior será a elasticidade. Dado que a questão afirma que
há uma reação substancial da quantidade ofertada a uma variação nos
preços, temos o caso de uma oferta infinitamente elástica, conforme
afirma a alternativa (E)!
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7. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Dos itens abaixo, a curva
de demanda só NÃO afeta e desloca:
a) a renda.
b) os gostos.
c) o preço dos insumos.
d) o preço dos bens.
e) o número de compradores.
Aqui, para responder essa questão, basta lembrar dos fatores que
afetam a curva de demanda:
Renda
Gostos
Preço dos bens relacionados
Apenas com essa definição, já podemos desconsiderar as alternativas
(A), (B) e (D), restando apenas as alternativas (C) e (E). Vale observar que
a alternativa (E) também afeta o deslocamento da curva de demanda!
É só lembrar da definição de demanda de mercado! Como a demanda
de mercado é dada pela soma das demandas individuais, o aumento ou
a redução no número de compradores afeta a demanda por um bem.
Logo, a alternativa correta é a letra (C). O preço dos insumos afeta a
curva de oferta, não a curva de demanda!
8. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) O gráfico acima
representa uma curva de oferta e demanda que se encontra na posição:
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a) em equilíbrio.
b) com escassez de demanda.
c) com excesso de oferta.
d) com excesso de demanda.
e) com escassez de demanda e oferta.
Para responder a questão 8, é preciso se recordar da figura 10, aula 1,
que é mostrado abaixo:
Como é possível observar, para preços menores que o preço de
equilíbrio, há um excesso de demanda! Com a redução dos preços, os
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produtores
desejarão
produzir
menos
enquanto
os
consumidores
desejarão comprar mais. Assim, o gabarito da questão é a letra (D).
9. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) A “Lei da Oferta e da
Demanda” afirma que:
a) o preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a
oferta e a demanda desse bem.
b) tudo o mais mantido constante, a quantidade oferecida do
bem aumenta, quando seu preço aumenta.
c) tudo o mais mantido constante, a quantidade oferecida do
bem aumenta, quando o preço do bem diminui.
d) tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de
um bem aumenta, quando o preço do bem diminui.
e) tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de
um bem aumenta, quando o preço do bem aumenta.
Qual a lei da demanda? Qual a lei da oferta?
Segundo o nosso glossário ix da aula 1, a Lei da Demanda afirma que,
com tudo o mais mantido constante, a quantidade demandada de um
bem diminui quando o preço dele aumenta. Ainda segundo o glossário
xiii da aula 1, a Lei da oferta afirma que, com tudo o mais mantido
constante, a quantidade ofertada de um bem aumenta quando o preço
dele aumenta.
Vamos responder a questão agora?
Apenas sabendo dessa definição, podemos verificar que as alternativas
(C) e (E) estão incorretas por ir de encontro justamente à definição das
leis de oferta e demanda. A letra (A) está errada por afirmar que o preço
de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda
desse bem. O erro está em dizer que o preço se ajusta para equilibrar
demanda e oferta. Na verdade, o que se ajusta é a quantidade! E vale
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ainda lembrar que não é para todos os preços que as quantidades se
ajustam. Por exemplo, na questão anterior, não há um equilíbrio entre as
quantidades!
Ficou faltando apenas as alternativas (B) e (D). o gabarito da questão
aponta a letra (D) como correta, mas não há nenhuma indicação de
que a letra (B) esteja errada. Nesse caso, valeria um recurso a favor da
letra (B).
Gabarito: (D), mas com ressalvas!
10. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Observe os gráficos X e
Y abaixo, que representam deslocamentos das curvas de oferta e
demanda. Em relação ao novo ponto de equilíbrio, selecione a única
afirmação correta.
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a) No gráfico X, tem-se uma diminuição na demanda e um grande
aumento na oferta, ocasionando uma redução nas quantidades
ofertadas e demandadas, com aumento
de preços.
b) No gráfico X, tem-se um grande aumento na demanda e uma
redução na oferta, ocasionando um aumento nas quantidades
ofertadas e demandadas, com aumento de preços.
c) No gráfico Y, tem-se um grande aumento na demanda e uma
redução na oferta, ocasionando um aumento nas quantidades
ofertadas e demandadas, com redução de preços.
d) No gráfico Y, tem-se um pequeno aumento na demanda e uma
grande redução na oferta, ocasionando um aumento nas
quantidades ofertadas e demandadas, com aumento de preços.
e) Nos gráficos X e Y, tem-se aumento da demanda com redução
na oferta, ocasionando novo equilíbrio de mercado com preços
mais baixos.
Para saber quem desloca mais, basta analisar o tamanho geométrico do
deslocamento e é necessário ainda saber o que ocorre quando há um
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aumento da demanda e um aumento da oferta. Observando isso, cabe
aqui mais uma dica:
Todas as vezes que ocorrerem deslocamentos na demanda e na oferta
que sejam no sentido de aumento, as curvas se movem para a direita!
No caso da demanda, ela se deslocará para a direita e para cima,
enquanto a oferta se deslocará para a direita e para baixo!
No sentido contrário, quando o movimento é orientado para uma
redução das quantidades as curvas se movem para a esquerda. A
demanda se deslocará para a esquerda e para baixo, enquanto a
oferta se deslocará para a esquerda e para cima!
Observando essa dica, podemos responder a questão! A assertiva (A)
afirma que No gráfico X, tem-se uma diminuição na demanda e um
grande aumento na oferta, ocasionando uma redução nas quantidades
ofertadas e demandadas, com aumento de preços. Para verificar que
essa alternativa está incorreta, basta observar que, no gráfico X, há um
forte aumento da quantidade demandada e uma pequena redução da
quantidade ofertada. Vale ainda notas que, no novo equilíbrio, haverá
um aumento na quantidade associado a um aumento nos preços. Dessa
forma, a alternativa (A) está errada.
A explicação acima pode ser confirmada na alternativa (B). De acordo
com a afirmação, No gráfico X, tem-se um grande aumento na
demanda e uma redução na oferta, ocasionando um aumento nas
quantidades ofertadas e demandadas, com aumento de preços. Logo, a
letra (B) é o gabarito da questão.
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Vamos analisar as demais alternativas?
A letra (C) diz que No gráfico Y, tem-se um grande aumento na demanda
e uma redução na oferta, ocasionando um aumento nas quantidades
ofertadas e demandadas, com redução de preços. Analisando agora o
gráfico Y vemos que há uma forte redução na oferta e um pequeno
aumento na demanda. Nesse caso, haverá um novo ponto de equilíbrio
em que a quantidade será menor e o preço, maior. Apenas verificando
o gráfico e analisando a alternativa, vemos que a alternativa (C) está
incorreta por diversos motivos: (i) por afirmar que existe um grande
aumento na demanda; (ii) por dizer que haverá um aumento nas
quantidades ofertadas e demandadas e (iii) por considerar uma redução
de preços. Assim, a letra (C) está completamente errada.
A alternativa (D), por sua vez, afirma que No gráfico Y, tem-se um
pequeno aumento na demanda e uma grande redução na oferta,
ocasionando um aumento nas quantidades ofertadas e demandadas,
com aumento de preços. O que está incorreto nessa assertiva? (i) o fato
de dizer que haverá um aumento nas quantidades demandadas e
ofertadas. Apenas isso torna a alternativa incorreta.
Por fim, a alternativa (E) traz a segunte consideração Nos gráficos X e Y,
tem-se aumento da demanda com redução na oferta, ocasionando
novo equilíbrio de mercado com preços mais baixos. O que está errado?
O simples fato de dizer que os preços serão mais baixos nas duas
situações. É só lembrar que nos gráficos X e Y houve um aumento nos
preços!
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11. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Observe os gráficos
abaixo, que representam Curvas de Elasticidade da Demanda e da
Oferta.
Assinale a opção que descreve corretamente a elasticidade-preço das
curvas.
Aqui vai uma dica de resolução muito boa!
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O que eu quero mostrar com isso? Que quanto mais Elástica for uma curva,
mas horizontal ela será, ou seja, mais o seu formato lembrará o traço do meio
da letra E. Por outro lado, quanto mais Inelástica for uma curva, mais vertical
ela será, ou seja, mais um I ela lembrará! Apenas sabendo disso, já podemos
ver que a alternativa correta é a letra (E)! para isso, basta apenas observar que
o gráfico (M) diz respeito a uma curva perfeitamente inelástica enquanto o
gráfico (P) diz respeito a uma curva perfeitamente elástica!
12. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Analise o gráfico que
representa o Excedente do Consumidor e do Produtor, em um mercado
equilibrado, e identifique a afirmativa verdadeira sobre esse assunto.
a) Quando um mercado está em equilíbrio, o preço determina os
compradores e vendedores que participam do mercado.
b) Os compradores que atribuem ao bem um valor superior ao do seu
preço (segmento ae) optam por não comprar o bem.
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c) Os compradores que atribuem ao bem um valor inferior ao do seu
preço (segmento eb) optam por comprar o bem.
d) Os fabricantes de produtos cujos custos são inferiores ao preço
(segmento ce) optam por não produzir e vender o bem.
e) Os fabricantes de produtos cujos custos são superiores ao preço
(segmento ed) optam por produzir o bem.
Vamos a solução? Essa questão vamos fazer diferente, vamos analisar de baixo
para cima! A alternativa (E) traz o seguinte: Os fabricantes de produtos cujos
custos são superiores ao preço (segmento ed) optam por produzir o bem. Essa
alternativa está incorreta. Para verificar isso, basta adotar o seguinte raciocínio:
se o seu custo de produção unitário é de R$ 10,00 e o preço é R$ 8,00, faz
sentido produzir? Não, né? Por isso, essa alternativa está incorreta. Análise
contrária pode ser feita com a assertiva (D). Ela fala que Os fabricantes de
produtos cujos custos são inferiores ao preço (segmento ce) optam por não
produzir e vender o bem. Como dito, nesse caso, vale a análise exatamente o
contrário: se o seu custo unitário de produção é de R$ 8,00 e o preço do bem é
R$ 10,00 faz sentido não produzir? A resposta é não!
As letras (C) e (B) trazem a ótica do consumidor. Enquanto (C) afirma que Os
compradores que atribuem ao bem um valor inferior ao do seu preço
(segmento eb) optam por comprar o bem, (B) traz que Os compradores que
atribuem ao bem um valor superior ao do seu preço (segmento ae) optam por
não comprar o bem. É importante notar que quanto maior o valor que eu
atribuo a um bem, maior será a minha possibilidade de comprar esse produto
ou serviço. Por outro lado, quando menor o valor que eu dou a determinado
bem, menor será a chance de comprar esse bem. As alternativas acima trazem
justamente o fato contrário. Enquanto (C) que pessoas que atribuem um valor
menor ao bem, compram, (B) afirma que pessoas que atribuem um valor maior
não o compram. Dessa forma, as duas alternativas estão incorretas.
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Fica sobrando a alternativa (A) que afirma que Quando um mercado está em
equilíbrio, o preço determina os compradores e vendedores que participam do
mercado. Ou seja, estará no mercado apenas aqueles consumidores que
atribuem a um bem um valor maior ou igual que o seu preço e os produtores
que possuem um custo unitário de produção menor ou igual que o preço do
bem.
Gabarito: (A).
13. (CESGRANRIO, Prefeitura Municipal de Manaus, Economista, 2005) Observe
os Gráficos de Oferta e Demanda de Casquinhas de Sorvete de Açaí, I, II e III,
abaixo.
Representa(m) uma situação de equilíbrio entre oferta e demanda, o ponto:
a) a, somente.
b) b, somente.
c) c, somente.
d) d, somente.
e) e, somente.
Essa é, disparado, uma das questões mais simples que pode ser apresentada
em um certame. É só lembrar que o equilíbrio é dado quando há o cruzamento
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entre demanda e oferta de um bem. Logo, a única situação que apresenta
isso é a apresentada no gráfico I. Alternativa correta, letra (A), pois apenas o
ponto ‘a’ está situado no cruzamento das curvas.
Gabarito: (A)
14. (CESGRANRIO, MPE/RO, Economista 2005) Um bem normal ou superior é
aquele cujo efeito-renda é:
a) indeterminado.
b) negativo.
c) inferior ao efeito-substituição.
d) positivo.
e) nulo.
Um bem é dito normal quando dado um aumento na renda, haverá um
aumento na demanda ou, dada uma redução na renda, haverá uma redução
na demanda. Dessa forma, pode-se observar que esse bem sempre possuirá
um efeito positivo, o que pode ser constatado na alternativa (D).
15. (CESGRANRIO, TCE/RO, Economista, 2007)
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O gráfico acima mostra as curvas de demanda e de oferta no mercado
competitivo de soja. Um aumento do preço de fertilizantes agrícolas vai
provocar:
a) uma quantidade de equilíbrio final no mercado de soja superior à
quantidade de equilíbrio inicial q0.
b) um preço de equilíbrio final de soja inferior ao preço de equilíbrio
inicial p0.
c) um deslocamento da curva de demanda por soja.
d) um deslocamento da curva de oferta de soja.
e) aumento na oferta de farelo de soja.
A solução dessa questão é semelhante ao observado nas questões 1 e 2. Na
situação apresentada na pergunta, há um aumento no preço do fertiilzante.
Nesse caso, haverá um deslocamento da curva de oferta de empresa pois
existirá um aumento nos custos. A curva de oferta será deslocada para a
esquerda e para cima, o que levará a uma redução na quantidade de
equilíbrio e a um aumento no preço de equilíbrio. O contexto apresentado está
respondido na alternativa (D) que afima que haverá um deslocamento da
curva de oferta de soja.
Gabarito: (D)
16. (CESGRANRIO, TCE/RO, Economista, 2007)
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No gráfico acima aparece em traço cheio a curva de demanda por maçãs.
Sendo as pêras um bem substituto para as maçãs, um aumento de preço da
pêra:
a) altera a curva de demanda por maçãs para uma posição como A B.
b) altera a curva de demanda por maçãs para uma posição como C D.
c) altera a curva de demanda por maçãs para uma posição como A D.
d) altera apenas a curva de oferta de maçãs.
e) não altera a posição da curva de demanda por maçãs.
Novamente, há uma questão extremamente semelhante às questões 1, 2 e 15.
Nesse caso específico, ela é ainda mais simples, pois só considera os
deslocamentos da demanda. Como há um aumento no preço da pêra, as
pessoas demandarão mais maçãs, deslocando a curva de demanda por
maçãs paralelamente para a direita, fato mostrado na alternativa (A).
Gabarito: (A)
17. (CESGRANRIO, INEA, Economista, 2007) Uma empresa competitiva, ao
produzir, causa dano ambiental (polui um curso de água). Não é obrigada a
pagar pelo dano, e a curva de oferta do que produz é S0 conforme
apresentado na figura abaixo.
Se fosse obrigada a pagar, sua curva de oferta teria uma posição como
a) S1
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b) S2
c) S3
d) S4
e) S0 mesmo
Agora, nessa questão, haverá um deslocamento da oferta devido a um
aumento nos custos. Nesse caso, a curva será deslocada para a esquerda,
como mostrado em S2. Logo, o gabarito é a alternativa (B).
Ainda existe alguma dúvida referente à aula 01? Quaisquer dúvidas
remanescentes, podem postar no fórum que eu respondo rapidinho!
Vamos as soluções da aula 02?
AULA 02
1. (CESGRANRIO, MPE/RO, Economista 2005) Uma curva de indiferença é o lugar
geométrico dos pontos nos quais o consumidor:
(A) vai sempre preferir as cestas de bens localizadas mais à direita na
curva.
(B) vai sempre preferir as cestas de bens localizadas mais à esquerda na
curva.
(C) é indiferente entre as cestas de bens.
(D) é incapaz de calcular sua utilidade total.
(E) é incapaz de calcular sua utilidade parcial.
Para responder a essa questão, basta lembrar que estamos nos referindo a
curvas de indiferença! Logo, a curva de indiferença, por definição (vale a
pena olhar o glossário aqui) é uma linha de contorno que mostra todas as
cestas de consumo que geram a mesma satisfação total para um indivíduo.
Logo, a resposta correta é a letra C! As letras (A) e (B) não estão corretas
porque a única coisa que se pode dizer sobre preferências é que o consumidor
preferirá cestas mais acima da sua curva de indiferença e não preferirá cestas
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que estejam mais abaixo da sua curva de indiferença! As justificativas para as
letras (D) e (E) serão vistas mais em breve!
Logo, gabarito, letra (C)
2. (CESGRANRIO, EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Um consumidor tem
renda de R$100,00 /mês e gasta 50% da mesma comprando remédios. Se o
preço dos remédios aumentar 10% e os demais preços permanecerem os
mesmos, para comprar a mesma cesta de bens, ou seja, manter sua renda
real, o consumidor teria que auferir a renda monetária, em reais, de:
(A) 115,00
(B) 110,00
(C) 105,00
(D) 100,00
(E) 95,00
Para resolver essa questão, você precisa apenas de um pouco de noção de
matemática, não muito de economia. Vamos lá? Da sua renda de R$ 100,00,
50% dela, ou seja R$ 50,00, é gasto com remédios. Se os remédios aumentam
em 10%, o quanto deverá aumentar a sua renda para que você possa
comprar a mesma quantidade de remédios? Observe que não é toda a sua
renda que é gasta com remédios, mas apenas 50% dela. Nesse caso, será
preciso aumentar 10% não do total, mas de 50%, ou seja, 50% * 10% = 5%!
Assim, 10% de aumento em 50% da renda, equivale a 5% de aumento no total
da renda. Como a renda é de R$ 100,00, a nova renda deverá ser de R$ 105,00!
Gabarito: (C)!
3. (CESGRANRIO, INEA, Economista, 2007) Um consumidor tem uma renda
monetária de R$ 100,00/mês, gasta 30% da renda pagando aluguel e 20% com
alimentação. Se o aluguel aumentar 10% e os alimentos diminuírem de preço
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15%, os demais preços não sofrendo alteração, pode-se afirmar que o
consumidor
(A) sofreu um aumento de renda real de 5%.
(B) precisa receber uma renda monetária adicional de R$ 5,00/mês para
manter seu padrão de vida (sua renda real).
(C) poderá alcançar um nível de bem estar maior, isto é, uma curva de
indiferença mais alta quando reotimizar suas escolhas.
(D) vai, certamente, diminuir o consumo de alimentos para pagar o
aluguel.
(E) vai, certamente, tentar trabalhar mais para pagar o aluguel.
Matematicamente, essa questão pode ser resolvida de forma similar à questão
anterior. Um aumento de 10% no valor do aluguel, que corresponde a 30% da
renda, associado a uma redução de 15% no preçodos alimentos, que
correspondem, por sua vez 20% da renda, não alterarão em nada o poder de
compra do consumidor. Para ver isso, basta multiplicar 10% por 30% e 15% por
20%. O aumento oriundo do aluguel foi compensado por uma redução no
valor dos alimentos. Assim, as alternativas (A) e (B) já podem ser consideradas
como incorretas. O que foi que aconteceu na vida desse consumidor? Ele
agora observará que os alimentos estão mais caros que o aluguel!
Considerando isso, ele observa que poderá alcançar um nível de bem estar
maior, isto é, uma curva de indiferença mais alta quando reotimizar suas
escolhas, ou seja, se ele passar a consumir mais alimentos, que ficaram
relativamente mais baratos em detrimento do consumo do aluguel! Note que,
nesse caso, o consumidor poderá se dar a esse direito. Dessa forma,
observando o que foi dito, a alternativa correta é a letra (C). A assertiva (D) é
incorreta por considerar que ele irá diminuir a quantidade consumida de
alimentos e a alternativa (E) está equivocada por afirmar que o consumidor irá,
certamente, trabalhar mais! Pode até existir um indício de que ele trabalhará
mais, mas nenhuma confirmação. Assim,
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Gabarito (C)!
Vamos resolver as questões da aula 03?
AULA 03
01. (EPE, Analista Economia de Energia, 2007) Considere os gráficos das
curvas de custo marginal e de custo médio em função da quantidade
produzida, e marque a afirmativa INCORRETA.
(A) A curva de custo marginal passa pelo mínimo da curva de custo
médio.
(B) O custo marginal mostra a variação do custo total quando a
produção aumenta.
(C) O custo médio pode ser menor que o custo marginal.
(D) O custo médio mostra a variação do custo marginal quando a
produção aumenta.
(E) Quando o custo médio é crescente, o custo marginal é maior que o
custo médio.
Para resolver essa questão, basta lembrar do que fizemos até agora. Vamos ver
o que diz cada uma das afirmativas: a letra (A) afirma que a curva de custo
marginal passa pelo mínimo da curva de custo médio, o que é verdade.
Lembre que a curva de custo marginal passa pelos pontos de mínimo das
curvas de custo variável médio e custo total médio. A assertiva (B), por seu
turno, assevera que o custo marginal mostra a variação do custo total quando
a produção aumenta. Para verificar a veracidade dessa afirmativa, basta
lembrar que o custo marginal também é denominado de custo incremental, ou
seja o quanto o custo total variará quando houver o aumento da produção. O
item (C) considera que o custo médio pode ser menor que o custo marginal.
Para ver isso, basta ver a figura 8. Quando os custos variável e total médios são
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decrescentes, o custo marginal é menor que eles, quando esses custos passam
a ser crescentes, o custo marginal passa a ser maior, que é exatamente o que
afirma a letra (E). dessa forma, só nos resta a alternativa (D) como incorreta,
que afirma que o custo médio mostra a variação do custo marginal quando a
produção aumenta. A definição dada para o custo médio é completamente
incorreta, pois o custo médio é simplesmente o quociente entre o custo total e
o total produzido.
GABARITO: (D)
02. (EPE, Economia da Energia, 2006) Considere a função de custos totais
CT(q) = 100 + 5q2 – 2000q, no qual q é a quantidade produzida pela
empresa. Em concorrência perfeita, sendo o preço de mercado de 100, a
quantidade produzida pela empresa é:
(A) 20
(B) 100
(C) 190
(D) 200
(E) 210
Essa questão pode ser considerada como a mais complicada até então nas
nossas aulas. Existem duas formas de resolver essa questão: a primeira delas
necessita do conceito matemático de derivada e a segunda da definição de
variações. Nós iremos resolver da segunda forma, pois o conhecimento da
derivada nem sempre é comum para todas as áreas.1
Vamos resolver?
1
Para resolver esse problema pelo cálculo com derivadas, basta saber que o custo marginal é a derivada do custo
total. Como, para mercados em concorrência perfeita, o CMg = P, é só igualar a expressão encontrada a 100. O
resultado será de 210.
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Primeiramente, precisamos lembrar o que significa custo marginal! O custo
marginal mede a variação no custo total dado que houve uma variação na
quantidade produzida, ou seja:
∆
∆
Consideremos ainda que haja uma pequena entre q1 e q2, ou seja, q2 = q1 +
∆CT. Aplicando as definições à equação de custo total apresentada no
enunciado, temos que:
∆
100 5 ∆ 2000 ∆ 100 5 2000 ∆
∆
Até aqui compreendido? Eu apenas substitui q1 e q2 na equação do custo
total.
Vamos continuar resolvendo:
100 5 2 ∆ ∆ 2000 ∆ 100 5 2000 ∆
Reorganizando os termos, teremos:
100 5 10 ∆ 5 ∆ 2000 2000 2000 ∆ 100 5 2000 ∆
Cancelando os termos, teremos:
10 ∆ 5∆ 2000∆
∆
Colocando ∆q em evidência, teremos:
∆ 10 5∆ 2000
∆
Cancelando o termo ∆q no numerador e no denominador, teremos a seguinte
expressão:
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10 5∆ 2000
Considerando agora que a variação na quantidade produzida seja muito
pequena, teremos um ∆q bastante pequeno, ok? Para resumir, teremos um
valor muito próximo de zero. Assim, o termo 5∆ assumirá o valor 0.
Finalmente, teremos o seguinte custo marginal:
10 2000
Como, no mercado competitivo, o custo marginal coincide com o preço,
temos que
10 2000 100
Resolvendo a equação teremos:
10 2000 100
10 100 2000
2100
210
10
Logo, a alternativa correta é a letra (E)
03. (SECAD/TO, Economista, 2005) Observe as seguintes curvas de CTM Custo Total Médio de Curto e Longo Prazos:
Analise as afirmativas abaixo, quanto às curvas.
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I - No ponto 1: quando o custo total médio de longo prazo declina, enquanto a
produção aumenta, diz-se que existe Economia de Escala.
II - No ponto 2: quando o custo total médio de longo prazo não varia com o
nível de produção, diz-se que existem Retornos Constantes à Escala.
III - No ponto 3: quando o custo total médio de longo prazo aumenta, enquanto
a produção total aumenta, diz-se que existe Deseconomia de Escala.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
A alternativa que responde a essa questão é a letra (E),vejamos o porquê.
Observe que, quando a curva de custo total médio de longo prazo possui
inclinação negativa, é possível afirmar que à medida que a produção
aumenta, o custo unitário diminui, o que denominamos de retornos crescentes
de escala. Quando à medida que a produção aumenta, o custo médio de
longo prazo se mantém constante, dizemos que há retornos constantes à
escala. Essa parte se refere a inclinação constante da curva de custo médio
de longo prazo. Por fim, quando o aumento da produção implica em um
aumento do custo total médio de longo prazo, dizemos que existem retornos
decrescentes à escala. Essa última parte diz respeito a uma curva de custo
médio de longo prazo ascendente.
Logo, gabarito, letra (E)
04. (TCE/RO, Economista, 2007) Marque a afirmação correta, a respeito do
custo médio e do custo marginal.
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(A) O custo médio é sempre maior que o custo marginal.
(B) O custo médio e o custo marginal são sempre iguais.
(C) Se o custo médio decrescer com o aumento da quantidade
produzida, o custo marginal será inferior ao custo médio.
(D) Se o custo médio não se alterar com o aumento da quantidade
produzida, o custo marginal será inferior ao custo médio.
(E) Se os preços dos insumos aumentarem, o custo médio não se alterará,
mas o custo marginal aumentará.
Três dicas valem aqui!
1. Se o custo médio decrescente, temos que esse custo será maior que o
custo marginal;
2. Se o custo médio é crescente, o custo marginal será maior que o custo
médio;
3. No ponto mínimo do custo médio, esse coincidirá com o custo marginal.
Observando essas duas dicas, vamos à solução da questão? A alternativa (A)
diz que O custo médio é sempre maior que o custo marginal. Esse fato é
errado. Para verificar isso, basta analisar a dica 2! A assertiva (B), por sua vez,
afirma que O custo médio e o custo marginal são sempre iguais. Para entender
o erro da questão basta dar uma olhada na dica 3. A letra (C) assevera que Se
o custo médio decrescer com o aumento da quantidade produzida, o custo
marginal será inferior ao custo médio. Essa é a alternativa correta, basta
observar a dica 1! A alternativa (D) diz que Se o custo médio não se alterar
com o aumento da quantidade produzida, o custo marginal será inferior ao
custo médio, fato também errado, pois se o custo médio não se altera, ou seja,
está no seu mínimo e esse traz múltiplas quantidades (nesse caso, ao invés de
um ponto de mínimo, teremos um segmento de reta de mínimo), o custo
marginal pode ser tanto maior quanto menor que o custo médio. Por fim, a
letra (E) afirma que Se os preços dos insumos aumentarem, o custo médio não
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se alterará, mas o custo marginal aumentará. Observe que, nesse caso, tanto o
custo médio, quanto o custo marginal aumentarão. Logo, a alternativa
também é falsa.
Gabarito: (C)
05. (INEA, Economista, 2007) Na figura abaixo, a curva ABC representa a
curva de custo médio total de longo prazo de uma empresa que produz
o bem X para um mercado em que há livre entrada de empresas
competidoras, todas de posse da mesma tecnologia e de igual acesso
aos mercados de fatores de produção.
Analisando-se essas informações, conclui-se que
(A) o custo total de produção é inicialmente decrescente por causa de
deseconomias de escala.
(B) o preço tenderá a ser PB, no longo prazo, neste mercado.
(C) o preço neste mercado sempre será superior a PB no curto prazo.
(D) a empresa não produzirá nada se o preço for igual a P, na figura,
mesmo no curto prazo.
(E) a empresa produzirá uma quantidade que equaliza o preço e o custo
médio no curto prazo.
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Vamos responder a última questão da aula 04? Para variar, vamos responder,
novamente, de baixo para cima!
A alternativa (E) diz que a empresa produzirá uma quantidade que equaliza o
preço e o custo médio no curto prazo. Observe que estamos falando de longo
prazo! Nessa situação, a empresa produzirá uma quantidade que equaliza o
preçoe o custo médio no longo prazo, e não no curto! Assim, essa alternativa,
está incorreta! A letra (D) afirma que a empresa não produzirá nada se o preço
for igual a P, na figura, mesmo no curto prazo. A questão poderia ser dada até
como certa, se não fosse o “mesmo no curto prazo”. Eu posso dizer, com
certeza, que a empresa não operará com o preço igual a P no longo prazo,
mas nada posso dizer sobre o curto prazo! Como a empresa opera, no curto
prazo com um preço a partir do mínimo do custo variável médio, eu não posso
dizer, com as informações disponíveis na questão que essa alternativa é
verdadeira, simplesmente porque não há curva de custo variável médio de
curto prazo na figura! Assim, a alternativa (D) é falsa.
De forma semelhante à alternativa (D), a assertiva (C) também é falsa. Como
não há curva de custo variável médio de curto prazo na figura, nada se pode
afirmar sobre o ponto a partir do qual a empresa passará a funcionar.
A alternativa (B) responde a nossa questão. Dado que haverá livre entrada e
saída nesse mercado, o preço tenderá a ser o mínimo do custo médio! Por fim,
a alternativa (A) é incorreta pois afirma que o custo total de produção é
inicialmente decrescente por causa de deseconomias de escala. Na verdade,
o custo total de produção é inicialmente decrescente por causa de
economias de escala.
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Gabarito: (B)
Chegamos agora a última aula de microeconomia, a aula 04. Vamos
responder às questões dessa aula?
AULA 04
(FUMARC, 2010, Prefeitura de Governador Valadares, Economista)Avalie as
afirmações a seguir, antepondo-lhes V (verdadeiras) ou F (falsas):
( ) As quantidades demandadas de um produto qualquer dependem dos
preços pelos quais é colocado no mercado: quanto mais altos os preços,
menores as quantidades demandadas.
( ) A diminuição do preço de um determinado produto pode influir nas
quantidades que os consumidores estão aptos a adquirir, mas não exerce
influência sobre as quantidades ofertadas.
( ) O grau de sensibilidade dos consumidores às alterações dos preços é igual
para todos os produtos.
( ) Quando, em resposta a uma variação real de 30% no preço de um produto,
suas quantidades demandadas caem 15%, dizemos tratar-se de um produto de
demanda inelástica.
( ) Quando dizemos que a demanda aumenta ou diminui, estamos nos
referindo a deslocamentos na curva de demanda.
( ) Mantendo-se inalterada a demanda, uma expansão da oferta provocará um
aumento do preço de equilíbrio.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) V,F,F,V,F,F
b) F,F,V,V,V,F
c) V,V,V,F,F,F
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d) F,F,F,V,V,V
Vamos resolver juntos? E aí, já tentou fazer?
A primeira assertiva afirma o seguinte: As quantidades demandadas de um
produto qualquer dependem dos preços pelos quais é colocado no mercado:
quanto mais altos os preços, menores as quantidades demandadas. Para
responder a essa questão, basta lembrar do que diz a lei da demanda:
“Essa lei diz que à medida que o preço de um bem aumenta, os consumidores
estarão dispostos a consumi-lo em menor quantidade, considerando que todas
as demais variáveis que podem influenciar o seu comportamento se mantêm
constantes, ou seja, na hipótese de Ceteris Paribus”(Aula 01, página 12).
Analisando agora a afirmação, percebemos que ela está correta, pois essa
assertiva está de acordo com a lei da demanda. Contudo, caberia aqui um
recurso!! Na economia, nem todos os bens obedecem a lei da demanda! Existe
um bem denominado de bem de Giffen que não obedece a essa lei. No
caso desse bem, um aumento do preço levaria a um aumento da quantidade
demandada enquanto uma redução do preço levaria a uma redução da
quantidade demandada.
Apenas para esclarecimento, o bem de Giffen é um caso especial do bem
inferior para os quais o efeito renda domina o efeito substituição. Portanto, suas
curvas de demanda possuem inclinação positiva (para ver mais sobre esses
efeitos, ver aula 01, página 15).
Assim, a assertiva é VERDADEIRA, mas com ressalvas!
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A assertiva seguinte afirma que A diminuição do preço de um determinado
produto pode influir nas quantidades que os consumidores estão aptos a
adquirir, mas não exerce influência sobre as quantidades ofertadas. Temos um
erro nessa afirmativa. O erro está justamente na segunda parte da afirmativa:
mas não exerce influência sobre as quantidades ofertadas. Para verificar o que
é o erro, basta lembrar da lei da oferta:
“De acordo com a Lei da Oferta, um crescimento no preço de um bem
aumenta o incentivo para os produtores ofertá-lo no mercado, se tudo o mais
que interfere no comportamento da empresa se mantém constante (Ceteris
Paribus)” (aula 01, página 23).
É sempre bom notar que, em se tratando de demanda e oferta, SEMPRE
haverá uma relação com o preço para se estabelecer o formato das linhas.
Dessa forma, a assertiva está errada, justamente por ignorar esse fato.
Gabarito da assertiva: FALSO
Continuando a resolver a questão, chegamos a seguinte alternativa: O grau de
sensibilidade dos consumidores às alterações dos preços é igual para todos os
produtos. Antes de resolver essa questão, vou te perguntar uma coisa:
Sua sensibilidade é a mesma quando o preço do sal e o preço da passagem
de avisão aumentam?
Se você respondeu não, a minha pergunta, você também responderá falso
nessa assertiva. Logicamente, dependendo do tipo de bem, eu tenho
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elasticidades distintas. Vou ainda mais além: para um mesmo bem, eu posso ter
pessoas que possuam elasticidades distintas!
Logo, o gabarito dessa questão é FALSO.
Continuando no tópico elasticidade, chegamos a seguinte assertiva: Quando,
em resposta a uma variação real de 30% no preço de um produto, suas
quantidades demandadas caem 15%, dizemos tratar-se de um produto de
demanda inelástica.
A solução dessa questão está ligada a fórmula de elasticidade apresentada na
∆QD
aula 01, página 36: ε P =
∆P
QD
P
=
∆QD P
∆P QD
Embora pareça complicada, essa fórmula pode ser simplificada da seguinte
forma:
∆%
∆%
Ou seja, a elasticidade pode ser calculada como o quociente entre a variação
percentual da quantidade e a variação percentual do preço. A interpretação
do resultado é a mesma estabelecida anteriormente:
Elasticidade preço < -1, demanda elástica
Elasticidade preço = -1, demanda de elasticidade unitária
Elasticidade preço > -1, demanda inelástica
Vamos calcular a elasticidade para esse caso?
15%
0,5
30%
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Como o valor da elasticidade é maior que -1, temos uma demanda inelástica,
logo a assertiva está correta.
Gabarito: VERDADEIRO.
A penúltima assertiva diz o seguinte: Quando dizemos que a demanda
aumenta ou diminui, estamos nos referindo a deslocamentos na curva de
demanda. Para essa aqui, solicito um pouco de atenção. Digo isso porque uma
leitura rápida fará você marcar a alternativa como correta, mas ela está, na
verdade, falsa. Na verdade, quando a demanda aumenta ou diminui estamos
falando de deslocamentos DA curva de demanda, não na curva. Observe que
essa questão é bastante simples e não pede nada mais do que uma definição,
mas a leitura apressada pode nos fazer errar uma questão por decuido.
Por fiml, a última alternativa diz o seguinte:
Mantendo-se inalterada a demanda, uma expansão da oferta provocará um
aumento do preço de equilíbrio. A alternativa está incorreta. Para verificar isso,
basta ver o seguinte gráfico (a figura 12 da aula 01, página 35):
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Como é possível ver, através do gráfico, aumentos da oferta levam a reduções
do preço de equilíbrio.
Gabarito: FALSO
Unindo a resposta de todas as assertivas, temos como gabarito da questão a
letra (A)
01. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Em um mercado
competitivo, surge a escassez do bem, e os vendedores precisam
racionar o bem escasso entre o grande número de compradores
comp
potenciais, quando o Governo fixa um preço:
(A) equilibrado e compulsório.
(B) máximo e compulsório.
(C) máximo e não compulsório.
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(D) mínimo e compulsório.
(E) mínimo e não compulsório.
Vamos resolver essa questão? Observe que nesse mercado diminuiu a
quantidade de bens comercializados, ou seja, as empresas, segundo a
questão, precisam racionar o bem escasso entre o grande número de
compradores potenciais. Nesse caso, observe que haverá um deslocamento
da curva de oferta, correto? O efeito sobre a curva de oferta desse produto
será um deslocamento para a esquerda, reduzindo a quantidade produzida e
aumentando o preço do produto. Observando essa nova configuração, o que
o governo fará? Faz sentido o governo implementar uma política de preço
mínimo, como afirmam as alternativas (D) e (E)? Não. Como o preço já está em
ata, não faz sentido implementar um preço mínimo. Assim, as alternativas estão
incorretas. Continuando, faz sentido para o governo implantar uma política de
preço equilibrado, como assevera a alternativa (A)? Também não. Como o
novo preço de equilíbrio será a um nível mais alto, se o governo quiser intervir,
ele não poderá implementar uma política de preço equilibrado, já que o novo
preço será mais alto. Dessa forma, só restaram as alternativas (B) e (C). Qual
delas seria a mais indicada para o governo? Uma política compulsória ou não
compulsória? Imagine que o governo não exija a adoção do preço, os
produtores obedeceriam? Obviamente, não. Assim, a alternativa correta é a
letra (B), em que o governo fixa um novo preço máximo e compulsório.
GABARITO: (B)
02. (CESGRANRIO, SECAD/TO, Economista, 2005) Analise os gráficos abaixo.
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A esse respeito, são feitas as afirmações a seguir.
I - O impacto do salário-mínimo compulsório fixado acima do salário de
equilíbrio provoca um excedente de mão-de-obra (desemprego), equivalente
a 5 quantidades de mão-de-obra.
II - O impacto do salário mínimo compulsório provoca um excedente de mãode-obra (desemprego), equivalente a 10 quantidades de mão-de-obra.
III - Na ausência de intervenção governamental, os salários variam para
equilibrar a oferta e demanda de mão-de-obra.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e III, apenas.
Vamos analisar essa questão juntos?
Inicialmente, analisemos a primeira alternativa. Ela afirma que o impacto do
salário-mínimo compulsório fixado acima do salário de equilíbrio provoca um
excedente de mão-de-obra (desemprego), equivalente a 5 quantidades de
mão-de-obra. Para responder a essa questão, precisamos analisar a figura que
mostra o mercado de trabalho com o salário mínimo compulsório. Note que
quando o governo intervém nesse mercado, o valor do salário estabelecido
será maior do que o preço de equilíbrio. Nessas circunstâncias, os empresários
buscarão apenas 5 trabalhadores enquanto 15 pessoas estarão dispostas a
trabalhar. Note que o excedente de mão-de-obra não é equivalente a 5, mas
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a 10, conforme observado na alternativa (II), que, nesse caso está verdadeira.
Por fim, a alternativa (III) diz que na ausência de intervenção governamental, os
salários variam para equilibrar a oferta e demanda de mão-de-obra, o que é
verdadeiro quando se observa a figura 1. Você deve observar que quando o
governo não opera nesse mercado, o preço de equilíbrio será reajustado a um
nível menor do que o estabelecido pelo governo. Assim, o mercado volta a se
equilibrar, não havendo excedente de mão-de-obra, logo, a alternativa é
verdadeira.
Dado que as alternativas (II) e (III) estão corretas, a letra que afirma isso é a
letra (E)
GABARITO: (E)
03. (Petrobrás, Economista Junior, 2008) Só há uma empresa produzindo e
vendendo o produto X. É, portanto, um monopólio, e a curva de
demanda por X é representada pela reta AB na figura abaixo, onde M é
o ponto médio do segmento AB.
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Supondo que o monopolista maximize seu lucro, pode-se concluir que
(A) cobrará um preço menor que pM, se o custo marginal for positivo.
(B) cobrará o maior preço possível (OA, na figura).
(C) a reta tracejada A QM é a curva da receita marginal em função da
quantidade vendida.
(D) a receita marginal é negativa na quantidade escolhida pelo
monopolista.
(E) a produção do monopolista será OB na figura, se o custo marginal for
nulo.
Vamos responder?
Para solucionar essa questão, basta olhar para a figura 7. A banca aborda
exatamente a figura mostrada acima. Vamos analisar item por item. A
alternativa (A) afirma que, para maximizar os lucros, a empresa cobrará um
preço menor que pM, se o custo marginal for positivo. Primeiramente note não
é possível obtermos, em economia, custo marginal negativo. O custo marginal
será sempre positivo. Além disso, a empresa não estabelecerá o seu preço em
PM pois o preço será estabelecido de acordo com a demanda dos
consumidores. Logo, a alternativa (A) é incorreta.
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A assertiva (B), por sua vez, indica que a empresa cobrará o maior preço
possível (OA, na figura). O erro dessa afirmativa diz respeito ao preço (OA). É
verdade que a empresa que cobrar o maior preço possível, mas nesse nível, é
impossível vender qualquer unidade do bem. Basta perceber que para esse
preço, a demanda será de zero.
A letra (C) diz que a reta tracejada A QM é a curva da receita marginal em
função da quantidade vendida. Para verificar a veracidade da questão basta
olhar a figura 7. O que você vê lá? Exatamente o que está sendo argumentado
pelaassertiva!Comoareceitamarginaledecrescentstásempreabaixo
da curva de demanda, a alternativa está correta! Gabarito, Letra (C)
Vamos verificar agora porque as alternativas (D) e (E) estão erradas. A
alternativa (D) diz que a receita marginal é negativa na quantidade escolhida
pelo monopolista. Note que a receita marginal será igual ao custo marginal na
quantidade escolhida pelo monopolista e, como o custo marginal não é
negativo, a receita marginal também não poderá ser nesse nível de
quantidade.
Por fim, a alternativa (E) diz que a produção do monopolista será OB na figura,
se o custo marginal for nulo. Como não existe custo marginal nulo, a alternativa
(E) também está incorreta.
Logo, gabarito (C)
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04. (Petrobrás, Economista Pleno, 2005) Seja uma firma com custos marginais
constantes operando em monopólio. A imposição de um imposto sobre a
quantidade vendida faz com que o preço de mercado desta firma:
(A) diminua.
(B) se eleve em duas vezes o valor do imposto cobrado.
(C) se eleve na metade do valor do imposto cobrado.
(D) se eleve na mesma magnitude do imposto cobrado.
(E) não se modifique.
Não se modifique! Por uma simples razão: as empresas já estão maximizando os
lucros com esse nível de quantidades! Assim, a alternativa correta é a letra (E)
05. (IBGE, Análise Socioecomica, 2010) O monopólio natural ocorre
quando a(s)
(A) lei obriga que só haja uma empresa produtora.
(B) concorrência predatória entre várias empresas é intensa e apenas
uma prevalece.
(C) inovações técnicas geram poder de mercado para as empresas que
as criaram.
(D) economias de escala existem com uma única empresa operando no
nível de produção que atende à demanda total.
(E) empresas do mercado formam um cartel para maximizar o lucro
conjunto.
Toda vez que você se deparar com uma questão sobre monopólio natural
você lembrará de que esse tipo de estrutura está associado ao tamanho da
empresa e aos grandes custos fixos, que serão dissolvidos quando há grande
escala de produção. Assim, a letra (A) está falsa, pois não há uma lei que
obrigue a existência de apenas uma empresa produtora.
A alternativa (B), por sua vez, está incorreta, pois não há indícios de
concorrência predatória. Lembre que, por existirem grandes custos fixos, não
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existirão muitas empresas no
mercado a ponto de
denominar uma
concorrência.
A alternativa (C) não está associada ao monopólio natural, mas a definição de
patentes. Essas serão dadas às empresas que geram inovações técnicas.
A letra (D) afirma que o monopólio natural ocorre quando economias de
escala existem com uma única empresa operando no nível de produção que
atende à demanda total, ou seja, quando o nível de produção é alto, os custos
médios serão reduzidos, o que explica a existência de um monopólio natural.
Por fim, a assertiva (E) é incorreta pois considera um monopólio natural quando
empresas do mercado formam um cartel para maximizar o lucro conjunto. Essa
definição está associada a um oligopólio colusivo, não a um monopólio
natural.
06. (Petrobrás, Economista Pleno, 2005) Considere uma firma operando
em concorrência perfeita. No curto prazo, se o lucro econômico do
produtor é positivo, a produção se faz com o custo marginal, em relação
ao custo médio:
(A) igual a este.
(B) inferior a este.
(C) superior a este.
(D) metade deste.
(E) o dobro deste.
No mercado em concorrência perfeita, se a empresa opera com lucro
econômico positivo isso será dado porque o preço será superior ao custo
médio da empresa. Como o custo marginal coincide com o preço, esse será
superior ao custo médio. Assim,
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Gabarito: (C).
07. (Termorio, Economista Junior, 2009) Um dos desafios dos economistas
é compreender as estruturas de mercado. Em uma estrutura de mercado
competitiva, as empresas
(A) têm o custo médio sempre maior que o custo marginal.
(B) produzem até equalizar o preço ao custo total.
(C) produzem até equalizar seu custo marginal ao preço de mercado.
(D) vendedoras devem ser em muito maior número do que as
compradoras.
(E) novas são impedidas de se estabelecer no mercado devido à
concorrência acirrada.
A última dica sobre mercados competitivos: no longo prazo, como há livre
entrada e saída de empresas desse mercado, a receita será igual ao custo
total ou o preço será igual ao custo marginal. Logo, gabarito, letra (B)!
***
Agora que demos uma revisão final em todos os exercícios vistos até então na
parte de microeconomia, vamos revisar as estruturas de mercado, marcando
os principais pontos?
Revisão!
>>COMPETIÇÃO PERFEITA E CURVA DE OFERTA
BREVE REVISÃO:
1. Em um mercado perfeitamente competitivo, todos os produtores são
produtores tomadores de preços e todos os consumidores tomadores de
preços;
ninguém
tem
influência
sobre
o
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preço
de
mercado.
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Consumidores são normalmente tomadores de preços, mas produtores
muitas vezes não são. Em uma indústria perfeitamente competitiva, todos
os produtores são tomadores de preços.
2. Há
duas
condições
necessárias
para
que
uma
indústria
seja
perfeitamente competitiva: há muitos produtores, nenhum dos quais tem
participação de mercado grande, e a indústria produz um produto
padronizado ou commodity, bens que os consumidores consideram
equivalentes. Uma terceira condição, muitas vezes, é igualmente
satisfeita: livre entrada e saída na indústria.
3. Um produtor escolhe seu nível de produto de acordo com a regra do
produto ótimo: a quantidade pela qual a receita marginal iguala o custo
marginal. Para uma firma tomadora de preço, a receita marginal é igual
ao preço e sua curva de receita marginal é uma linha horizontal no
preço de mercado. Ela escolhe a quantidade de produto de acordo
com a regra do produto ótimo da firma tomadora de preço: produz a
quantidade em que o preço iguala o custo marginal. Contudo, uma
firma que produz a quantidade ótima não pode ser lucrativa.
4. Uma firma é lucrativa quando a receita total excede o custo total ou, o
que é equivalente, quando o preço de mercado excede o preço que
iguala custo e receita, ou seja, o custo total médio mínimo. Quando o
preço de mercado excede o preço que iguala custo e receita, a firma é
lucrativa; quando é inferior, a firma dá prejuízo; e quando é igual, a firma
iguala custo e receita total. Quando lucrativa, o lucro por unidade é P –
CMg; quando dá prejuízo, a perda por unidade é de CMg – P.
5. O custo fixo é irrelevante para a decisão de produção ótima e curto
prazo de uma firma, que depende de seu preço de fechamento, seu
custo variável médio mínimo, e do preço de mercado. Quando o preço
de mercado é maior que o preço de fechamento, a firma produz a
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quantidade de produto em que o custo marginal é igual ao preço de
mercado. Quando o preço de mercado cai para um nível abaixo do
preço de fechamento, a firma encerra sua produção no curto prazo. Isso
gera a curva de oferta individual de curto prazo da firma.
6. O custo fixo importa no longo prazo. Se o preço de mercado fica abaixo
docustototalmédiomínimoduranteumperíodmpoprolongado,
as firmas deixarão o setor industrial. Se fica acima, as firmas existentes são
lucrativas, e novas firmas entrarão no setor.
7. A curva de oferta da industria dependedoperíodmpo.A
curva
de oferta da indústria no curto prazo é a curva de oferta da indústria
quando é fixo o número de firmas. O equilíbrio de mercado de curto
prazo é dado pela intersecção entre a curva de oferta da industria e a
curva de demanda.
8. A curva de oferta da indústria no longo prazo é a curva de oferta da
indústria, dado tempo suficiente para as firmas entrarem e saírem da
indústria. No equilíbrio de mercado de longo prazo, dado pela
intersecção entre a curva de oferta da indústria no longo prazo e a curva
de demanda, nenhum produtor tem incentivo para entrar ou para sair. A
curva de oferta da indústria no longo prazo muitas vezes é horizontal.
Princlinaçãoparacimaseaofertadeuminsumoélimitada;mas
é sempre mais achatada que a curva de oferta da indústria no curto
prazo.
9. No equilíbrio de mercado de longo prazo de uma indústria competitiva,
a maximização do lucro faz com que cada firma produza ao mesmo
custo marginal, que é igual ao preço de mercado. Livre entrada e saída
significa que cada firma tem lucro econômico zero – produzindo a
quantidade de produto correspondente ao seu custo total médio
mínimo. Assim, o custo total de produção do produto de uma indústria é
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minimizado. O resultado é eficiente porque cada consumidor com
disposição a pagar um preço maior ou igual ao custo marginal obtém o
bem.
MONOPÓLIO
BREVE REVISÃO:
1. Há quatro tipos principais de estruturas de mercado, baseadas no
número de firmas na indústria e na diferenciação de produtos:
competição
perfeita,
monopólio,
oligopólio
e
competição
monopolística.
2. Um monopolista é um produtor que é o único fornecedor de um bem
sem substitutos próximos. Uma indústria controlada por um monopolista é
um monopólio.
3. A diferença-chave entre um monopólio e uma indústria perfeitamente
competitiva é que uma firma individual perfeitamente competitiva se
defronta com uma curva de demanda horizontal, mas um monopolista
se defronta com uma curva de demanda inclinada para baixo. Isso dá
ao monopolista poder de mercado, a capacidade de aumentar o preço
de mercado reduzido a quantidade de produto em comparação com
uma indústria perfeitamente competitiva.
4. Para se manter, o monopólio tem de ser protegido por barreiras à
entrada. Isso pode tomar a forma de controle de recursos ou insumos
naturais, economias de escala que dão origem ao monopólio natural,
vantagem tecnológica ou regras governamentais que impedem a
entrada de outras firmas.
5. A receita marginal de um monopolista é composta de um efeito
quantidade (o preço recebido por unidade adicional) e um efeito preço
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(a redução no preço pelo qual todas as unidades são vendidas). Por
causa do efeito preço, a receita marginal de um monopolista é sempre
inferior ao preço de mercado e a curva marginal se situa abaixo da
curva de demanda.
6. Na quantidade de produto que maximiza o lucro para o monopolista, o
custo marginal é igual à receita marginal, que é inferior ao preço de
mercado. Na quantidade de produto que maximiza o lucro de uma firma
perfeitamente competitiva, o custo marginal é igual ao preço de
mercado.
Assim,
em
comparação
com
indústrias
perfeitamente
competitivas, os monopólios produzem menos, cobram preços mais altos
e obtém um lucro maior tanto o curto quanto no longo prazo.
7. Um monopólio cria perda por peso morto cobrando um preço acima do
custo marginal. A perda de excedente do consumidor é maior que o
lucro do monopolista. Desta forma, os monopólios são uma fonte de
falha de mercado e deveriam ser impedidos ou desmembrados, exceto
no caso dos monopólios naturais.
8. Monopólios naturais também podem causar perda por peso morto. Para
limitar essas perdas, os governos algumas vezes estabelecem a
propriedade pública de tais monopólios e outras vezes impõem preços
regulados. Um teto para os preços de um monopolista, diferente do teto
para
uma
indústria
perfeitamente
competitiva,
não
causa
necessariamente escassez e pode aumentar o excedente total.
9. Nem todos os monopólios são de um monopolista de preço único.
Monopolistas, bem como oligopolista e competidores monopolísticos,
muitas vezes fazem discriminação de preço para obter lucros mais altos,
usando várias técnicas para diferenciar os consumidores com base na
sua sensibilidade a preços e cobrando mais daqueles que têm uma
demanda menos elástica. Um monopolista que alcança a discriminação
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de preço perfeita cobra de cada consumidor um preço igual à sua
disposição de pagar e captura o excedente total no mercado. Embora a
discriminação de preço prefeita não dê origem a ineficiência, ela é
praticamente impossível de implementar.
OLIGOPÓLIO
BREVE REVISÃO:
1. Muitas indústrias são oligopólios: há apenas uns poucos vendedores. Em
particular, o duopólio tem apenas dois vendedores. Os oligopólios
existem pelas mesmas razões, em certa medida, que existem os
monopólios, mas de forma mais fraca. Eles se caracterizam pela
competição imperfeita: as firmas competem, mas possuem poder de
mercado.
2. Prever o comportamento de oligopolistas é um pouco como uma
charada. As firmas em um oligopólio poderiam maximizar seu lucro
combinado atuando como um cartel, estabelecendo níveis de produto
para cada firma como se elas fossem um único monopolista. Na medida
em que as firmas conseguem fazer isso, elas participam de uma colusão.
Mas cada firma individual tem um incentivo para produzir mais do que o
que faria nesse arranjo, um incentivo para ter um comportamento nãocooperativo. A colusão informal tende a ser mais fácil de alcançar em
indústrias em que as firmas se defrontam com limites de capacidade
produtiva.
3. A curva de demanda quebrada ilustra como um oligopólio que se
defronta com uma única mudança em seu custo marginal dentro de um
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Teoria e Exercícios
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certo âmbito pode decidir não ajustar sua quantidade e seu preço, a fim
de evitar o rompimento da conclusão tácita.
4. A fim de limitar a capacidade dos oligopolistas de entrar em colusão e
agir como um monopolista, a maioria dos governos adota políticas
antitruste, destinadas a dificultar a colusão. Na prática, contudo, a
colusão tácita está bastante difundida.
5. Um variedade de fatores torna a colusão tácita difícil: grande número de
firmas, produto múltiplo e determinação de preços complexa, diferenças
de interesse e poder de barganha de compradores. Quando a colusão
tácita se rompe, há guerra de preços. Os oligopolistas tentam de várias
maneiras evitar as guerras de preços, como através da diferenciação de
produto e da liderança de preço, em que uma firma estabelece os
preços para a indústria. Outra maneira é a competição extrapreço,
como o uso de campanhas de publicidade.
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
BREVE REVISÃO:
1. Competição monopolista é uma estrutura de mercado em que já muitos
produtores competindo, cada um produzindo um produto diferenciado,
e há livre entrada e saída no longo prazo. A diferenciação de produto
toma três formas principais: por estilo ou tipo, por localização e por
qualidade.
Os
produtos
de
vendedores
em
competição
são
considerados substitutos imperfeitos, e cada firma tem sua própria curva
de demanda e curva de receita marginal com inclinação para baixo.
2. Lucros no curto prazo atraem a entrada de novas firmas. Isso reduz a
quantidade que cada produtor existente vende a um dado preço, e
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Teoria e Exercícios
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desloca para a esquerda sua curva de demanda. Prejuízos no curto
prazo induzem a saída de algumas firmas, e isso desloca a curva de
demanda de cada firma remanescente para a direita.
3. No longo prazo, uma indústria em competição monopolística está
equilíbrio de lucro zero: na quantidade que maximiza o lucro, a curva de
demanda de cada firma existente é tangente à curva de custo total
médio. A indústria tem lucro zero, e não há entrada sem saída.
4. No equilíbrio de longo prazo, as firmas em uma indústria em competição
monopolística vendem a um preço superior ao custo marginal. Elas têm
também capacidade excedente, porque produzem menos do que o
produto de custo mínimo. Em conseqüência, tem custos mais altos que as
firmas em uma indústria competitiva. Há ambigüidade na resposta à
pergunta sobre se a competição monopolística é ineficiente, porque os
consumidores dão valor à diversidade de produtos que ela cria.
5. Uma firma em competição monopolística sempre vai preferir fazer uma
venda adicional ao preço prevalente, de modo que vai fazer
publicidade para aumentar a demanda por seu produto e aumentar seu
poder de mercado. Publicidade e nomes de marca que dão informação
útil aos consumidores são úteis economicamente, mas elas são um
desperdício econômico quando sua única finalidade é criar poder de
mercado. Na realidade, publicidade e nomes de marca tendem a ser
um pouco das duas coisas: úteis economicamente, mas também um
desperdício do ponto de vista econômico.
Compreendidas as principais características de cada um dos mercados,
transcrevo aqui um quadro resumo bastante elucidativo que pode ser
encontrado
no
livro
de
Introdução
à
Economia
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do
Rossetti:
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Teoria e Exercícios
Profa. Amanda Aires
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Teoria e Exercícios
Profa. Amanda Aires
Agora que já concluímos, finalmente, a parte da microeconomia, passaremos
a analisar a segunda parte da teoria econômica: A MACROECONOMIA2.
1. CONCEITOS MACROECONÔMICOS BÁSICOS. FORMAS DE MENSURAÇÃO
DO PRODUTO E DA RENDA NACIONAIS
As conta nacionais, independentemente da metodologia adotada, seja pela
antiga, utilizada no período de 1985 a 1995 ou pela nova, empregada a partir
de 1996, tem sido um assunto muito frequente nos concursos da Receita
Federal do Brasil e tem presença garantida nos concursos de fiscos estaduais,
qualquer que seja a banca examinadora. Com a FUMARC, como veremos, não
será diferente.
Considerando tal importância, veremos, em um primeiro instante, o principal
agregado macroeconômico responsável pela riqueza de toda coletividade,
ou melhor, a variável que mede a produção de bens e serviços da economia:
o Produto Interno Bruto.
O Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB pode ser definido como:
“O valor de mercado de todos os bens e serviços
finais produzidos em um país em um dado
período de tempo.”
2
Apenas lembrando, esse assunto já foi iniciado na aula Demo! Por isso, pederia que você desse uma lidinha no
material que já foi posto. Noções como fluxo circular da riqueza, PIB e PNB são importantes a partir desse ponto.
Sempre que for necessário, indicarei a página da aula demo onde você encontrará maiores explicações, ok?
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Deve-se notar que, dentro dessa definição, é possível observar que todos os
bens contabilizados no PIB devem ser àqueles destinados ao consumo final.
Bens intermediarios (utilizados na fabricação de bens finais) não serão
contabilizados no PIB uma vez que o valor do bem final já considera o valor de
todos os bens intermediários utilizados.
Observe-se ainda que toda a produção contabilizada no PIB diz respeito ao
que foi fabricado em um determinado espaço geográfico, em uma unidade
de tempo fixada. Assim, compra de, por exemplo, apartamento ou automóveis
usados não são contabilizados no PIB no ano da trocas, mas, apenas, no ano
de fabricação.
Embora pareça ser uma definição simples, como vimos na aula demo, esse
conceito é sempre alvo de questões nos certames. Vamos ver um exemplo
desse conceito em um concurso cuja banca foi a FUMARC?
01. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) O
Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e serviços
produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação
na produção de bens e serviços:
a) as estimativas do Produto Interno devem sempre ser expressas em
unidades físicas.
b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país.
c) as estimativas do Produto Interno devem necessariamente ser
expressas em unidades monetárias.
d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressas tanto em
unidades monetárias quanto em unidades físicas.
Vamos responder essa questão?
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Para responder
essa questão basta lembrar de apenas uma parte da
definição do PIB: O PIB é o valor de mercado! Ou seja, o preço dos bens
multiplicado pelas quantidades! Apenas lembrando dessa parte da definição,
já podemos eliminar a alternativa (A) que fala que as estimativas do Produto
Interno devem sempre ser expressas em unidades físicas. Ora, imagine um país
como o Brasil! Se nós fôssemos olhar o PIB em termos de unidades físicas,
teríamos uma conta muito mais trabalhosa e complicada para fazer! Lembre-se
ainda que o PIB deve ser um número relativamente simples de ser calculado e
deve ser feito de forma a ser possível comparar valores de diversos países para
que se possa dizer que país é maior ou quais se encontram em um mesmo
estágio de produção.
Analisando por essa ótica, chegamos a alternativa (B) que afirma que torna-se
impossível calcular o valor da produção do país. Assim como a primeira
alternativa, a letra (B) também é incorreta uma vez que é possível contabilizar o
valor do PIB de uma país, estado, região ou município.
A assertiva (C), por sua vez, assevera que as estimativas do Produto Interno
devem necessariamente ser expressas em unidades monetárias. Como se
pode notar, essa é a alternativa correta e vale aqui ainda mais uma dica!
Normalmente, o PIB dos países é medido em dólares! Isso é feito para que seja
possível o estabelecimento de comparações!
Finalmente, chegamos a letra (D) que diz que as estimativas do Produto Interno
podem ser expressas tanto em unidades monetárias quanto em unidades
físicas. Note que o único ponto que torna essa alternativa falsa é quando se
afirma que o PIB pode ser expresso em unidades físicas. Lembre que o PIB deve
ser, necessariamente, expresso em unidades monetárias!
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Gabarito: (C)
Dúvidas?!
Note que as questões que tratam sobre PIB não são complicadas! Basta
apenas lembrar da sua definição!
Logicamente, assim com ovimos na aula demo, existe uma diferença entre PIB
– Produto Interno Bruto e PNB – Produto Nacional Bruto. Vamos ver aqui,
algumas dessas dessemelhanças!
Produto Interno Bruto (PIB) versus Produto Nacional Bruto (PNB)
Como vimos na aula demo, o Produto Nacional Bruto (PNB) é a renda gerada
pels cidadãos de um país. Inclui a renda que estes ganham no estrangeiro, mas
não inclui a renda auferida pelos fatores de produção existentes no país, que
são de propriedade estrangeira. Já o Produto Interno Bruto (PIB) é a renda
auferida internamente. Inclui a renda ganha internamente por estrangeiros,
mas não inclui a renda ganha pelos cidadãos do país no exterior.
A diferença entre esses dois indicadores reside no montante de rendas
recebido e enviado ao exterior. Ou seja, os fluxos de renda, royalties, lucros e
juros recebidos e enviados determinam o distanciamento entre os agregados
PIB e PNB.
Escrevendo a informação de forma simplificada, temos:
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PNB = PIB + RLRE
ou
PNB = PIB – RLEE
O trecho abaixo mostra o comportamento do Produto nacional brasileiro
durante a segunda fase do regime militar:
“O II PND resultou, dessa forma, em avanços para as indústrias de
bens intermediários e de energia, embora esse progresso estivesse
ligado à presença de filiais de empresas multinacionais no Brasil,
representando, assim, alta ociosidade e pouca especialização. Em
síntese, pode-se dizer que o ajuste estrutural por meio do II PND não
foi capaz de constituir um novo padrão de crescimento para a
economia brasileira, deslocando seu eixo dinâmico para a indústria
de bens de capital. Ao mesmo tempo, não foi capaz de remover a
vulnerabilidade externa expressa nos déficits comerciais elevados e
ampliados após o segundo choque externo.”
Através do texto acima, pode-se observar que, nesse caso, dado o elevado
volume de renda transferido do Brasil para o exterior (como pagamentos aos
investimentos externos), pode-se afirmar que, nesse período, o PIB brasileiro era
maior que o PNB, fato que permanece até os dias atuais.
Um outro ponto também já analisado na Aula Demo diz respeito ao problema
da dupla contagem que pode ocorrer na contabilização do PIB ou do PNB. A
parte seguinte da nossa aula faz uma breve revisão sobre o assunto.
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PNB | PIB: Valor adicionado e dupla contagem:
O PIB | PNB é concebido pelo valor de todos os bens e serviços finais gerados
emumcertoperíodmpo,ÿporconvernção,umano.ÿSomarovalorda
produção de todas as entidades produtivas significa duplicar o valor das
matérias-primas e dos produtos intermediários produzidos e que são utilizados
na produção de outros bens e serviços. Essas duplicações ensejam um
indicador superestimado da produção global de um país e deturpam qualquer
análise de políticas públicas.
A contabilização dupla é evitada pela introdução de um conceito de valor
adicionado, que desconsidera da produção final a parcela de consumo
intemediário. Calcula-se o valor adicionado em cada etapa de produção,
subtraindo-se do valor do produto da fase em questão os bens intermediários e
materiais que não foram gerados nesta fase, mas adquiridos de outras
empresas.
Em síntese, o valor adicionado reside na contribuição de que cada unidade
produtiva acrescenta sobre o insumo para repassar o bem ou serviço para a
frente.
O valor adicionado pode ser expresso pela seguinte fórmula:
Valor adicionado = consumo final – somatório dos consumos intermediários
Agora que compreendemos as definições de PIB, PNB e consideramos os
problemas oriundos da dupla contagem, precisamos ir mais fundo dos
conceitos sobre esses agregados. Assim, consideraremos a definição de PIB per
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capita, além de considerar o PIB em termos reais e em termos correntes. Para
começar, definiremos o PIB em termos da população: o PIB per capita.
Produto Interno Per Capita
Quanto maior o valor do produto, maior deve ser o desempenho de uma
economia e, portanto, maior deve ser o seu bem-estar. Mas a população
normalmente também está crescendo, de tal maneira que é precisoverificar se
está havendo um aumento efeito do bem-estar para cada um dos membros
da sociedade. É dentro desse contexto que surge o Produto Interno per capita.
O PIB per capita é uma referência importante como uma medida síntese de
padrão de vida e de desenvolvimento econômicos dos países. É obtido
dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. Apesar
de bastante divulgada, essa medida não é uma representação satisfatória do
nível de qualidade de vida e de grau de desenvolvimento de um país,
basicamente por não mostrar claramente a distribuição de renda, fator que
afeta fortemente o bem-estar da população. Como o cálculo do PIB per
capita dá uma renda média da população, países como o Brasil, onde a
renda é muito desigualmente distribuída, tendem a possuir um PIB per capita
que não reflete o padrão de vida típico da população. Para ver essa
realidade, basta considerar que o PIB per capita brasileiro é da ordem de US$
9.400,00 anuais, o que equivaleria, grosso modo, a R$ 1300,00 mensais per
capita, fato que está muito distante de representar a nossa realidade. Isso quer
dizer que países com renda per capita inferiores a do Brasil podem oferecer um
padrão de vida melhor para a sua população se sua distribuição de renda for
menos desigual.
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Outra limitação na medida do PIB per capita é que o cálculo do PIB considera
apenas a produção que é comercializada legalmente no mercado. Assim,
transações que não apresentam valor monetário não são consideradas,
podendo-se subestimar a medida da renda real da população de um país ou
região.
Por fim, devemos notar que comparações internacionais (ou mesmo entre
regiões de um mesmo país) com base no PIB per capita merecem certa
qualificação. Isso porque, na avaliação do nível de bem-estar de um país,
deve-se levar em conta o nível de preços interno, ou seja, o poder aquisitivo da
renda média de cada país. Para analisar o poder aquisitivo de um país,
precisamos compreender a definição de PIB Real e PIB Nominal, que veremos
agora.
PIB Nominal e PIB Real
Outra distinção importante em uma economia diz respeito a medida do PIB em
termos nominais, isto é, em valores correntes, em relação ao PIB em termos
reais, ou seja, a preços de um ano-base. O PIB Nominal3i varia ao longo do
tempo em função de variações no preço dos bens e serviços e nas suas
quantidades produzidas. Contudo, se desejarmos medir a variação do PIB em
termos de volume, ou seja, de quantidades, precisamos de uma medidaque
denominamos PIB a termos constantes ou PIB a preços do ano anterior, ou,
ainda, simplesmente, PIB Real4ii. O PIB real deve ser calculado tomando-se as
quantidades no período corrente nos preços de um ano-base.
3
4
O PIB Nominal mede a produção de bens e serviços avaliada a preços correntes
O PIB Real mede a produção de bens e serviços avaliada a preços constantes.
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Vamos a um exemplo da FUMARC?
2. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) Para
descrever o crescimento da economia ao longo do tempo deve-se
utilizar:
a) O PIB real.
b) O PIB nominal
c) O deflator implícito do produto.
d) A taxa de desemprego.
Nessa questão, ao invés de verificar item a item, passarei direto para uma dica
que ajudará você a responder a questão! Sempre que se considere
crescimento econômico, a resposta estará associada ao PIB Real! Dessa forma,
a melhor medida para o crescimento econômico da economia está na
alternativa (A).
Gabarito: (A)
Compreendidas as características do PIB Per Capita e do PIB em termos reais e
em
termos
nominais,
passaremos
agora
a
analisar
os
agregados
macroeconômicos.
AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Para compreender os agregados macroeconômicos, precisamos entender o
sistema de contas nacionais. Essas contas tratam da mensuração da atividade
econômica em seus múltiplos aspectos. Os principais agregados derivados das
Contas Nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Essas
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medidas, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo
de um país num determinado período, revelando várias etapas da atividade
produtiva. Vamos ver cada uma dessas medidas?
Produto Interno Bruto, Renda Interna Bruta e Despesa Interna Bruta
Apesar de já termos iniciado a análise das identidades macroeconômicas na
aula demo, é preciso compreender que a medida do PIB pode ser analisada
sob diversas óticas. A medida de Produto Interno Bruto – PIB – de um país ou
região representa a produção de todas as unidades produtoras da economia
(empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras de serviços,
trabalhadores autônomos, governo, etc), em um dado período, avaliadas a
preços de mercado. Vale observar que, apesar de bastante abrangente, esta
definição exclui do cálculo do produto agregado pelo menos os seguintes
aspectos da atividade econômica:
a) Atividades econômicas não-declaradas, com o objetivo de sonegar
impostos ou por serem ilegais (economia informal).
b) Produção de bens e serviços sem valor de mercado, como, por exemplo,
serviços domésticos não-remunerados.
c) Transações de compra e venda envolvendo a transferência de bens
produzidos em períodos anteriores, como, por exemplo, a venda de
propriedades já construídas.
d) Exaustão de recursos naturais não-renováveis.
Em contas nacionais, o acompanhamento dos fluxos de produção, geração
da renda e de despesa em um período permite que se calcule o valor
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adicionado bruto ou produto bruto de uma economia por três óticas: do
produto, da renda e da despesa, conforme mostrado abaixo:
Ótica do Produto
PIB =
Valor
da
produção
–
valor
dos
consumos intermediários
Ótica da Renda
RIB =
Soma das remunerações aos fatores
de produção
Ótica da despesa
DIB =
Soma dos gastos finais na economia
em
bens
e
serviços,
nacionais
e
importados.
Onde: PIB = Produto Interno Bruto, RIB = Renda Interna Bruta e DIB = Despesa
Interna Bruta.
Do ponto de vista das Contas Nacionais, a medição do produto deve ser
idêntica pelas três óticas, porém, conceitualmente, referem-se a aspectos
distintos da atividade de produção. O PIB mede a produção, a RIB o
rendimento e a DIB o consumo ou a despesa. Todos os agregados referem-se
ao total da economia, mas diferem quanto ao aspecto do processo
econômico ao qual enfocam.
Deve-se observar que, para o cálculo dessas medidas, utiliza-se um conjunto
grande de informações que podem ser obtidas de várias formas:
a) Diretamente em empresa e domicílios, através de levantamentos
estatísticos especificos conduzidos por orgãos oficiais de estatísitica;
b) Através de informações que as empresas prestam para órgãos do
governo;
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c) Através de estimativas inferidas indiretamente a partir de indicadores.
A
construção
das
Contas
Nacionais
e
a
derivação
dos
agregados
macroeconômicos apóia-se, portanto, em registros contábeis e administrativos
como também em informações que são produzidas para essa finalidade.
O quadro que você lê, abaixo, traz um bom resumo a respeito dos agregados
macroeconômicos
RESUMO
As medidas de produto e renda agregados da economia são construções
estatísticas universalmente adotadas como expressão do esforço de produção
de um país ou região em um determinado período. São uma referência para
comparações internacionais, com influência para o rating do crédito
internacional
de
um
país
e
suas
empresas.
Servem
também
para
acompanhamento da evolução dos paises ao longo do tempo e base ara as
estatísticas estruturais como percentagem do investimento, do déficit público,
etc.
O cálculo dos agregados macroeconômicos envolve um volume grande de
dados primários que devem ser trabalhados estatisticamente para, quando
agregados, manterem coerência metodológica. Questões que devem ser
observadas na coleta de informações para o cálculo dos agregados
macroeconômicos são: i) a composição dos preços, ii) a unidade informante,
iii) o período a que se refere a informação.
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A prática internacional é que o cálculo dos agregados deve ser resultado de
um sistema de Contabilidade Nacional, em que as informações primárias são
organizadas e agregadas de forma a manter uma consistência lógica que
expressa transações econômicas básicas.
As identidadas contábeis derivadas do modelo keynesiano permitem observar
esta consistência. É essa discussão que veremos a seguir.
IDENTIDADES CONTÁBEIS
A mensuração do esforço produtivo de um país ou região é avaliada pelo valor
adicionado de todas as unidades produtivas a cada período. Retomando, o
produto bruto da economia pode ser obtido de três formas distintas: pela ótica
do produto, da renda e da despesa. As três óticas de mensuração do produto
definem a identidade contábil básica:
PRODUTO = RENDA = DESPESA
Deve-se bservar que, na prática, a identidade entre Produto, Renda e Despesa
só se verifica se estiver se computando os valores agregados ao mesmo preço.
Em resumo, pode-se dizer que em Contabilidade Nacional, toda a produção
gera uma renda e toda a produção possui um destino. Partindo desses
princípios, pode-se demonstrar através de um conjunto de indentidades
contábeis que os fluxos de produção, renda e despesa conduzem ao equilíbrio
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contábil entre poupança e investimento. Para desenvolver essas identidades
considera-se três situações: a economia fechada e sem governo, a economia
fechada e com governo e a economia aberta.
Economia Fechada e sem Governo
Vamos supor, inicialmente, uma economia fechada e sem governo. Nesse caso
pode-se escrever uma identidade para a demanda pelo produto:
Yp = C + Ip
(1)
Em que:
Yp é o produto ou renda privada,
C são os gastos de consumo das famílias,
Ip são os gastos em investimento privado.
Observe que essa identidade afirma que toda a produção dessa economia ou
vai para o consumo ou para o investimento. Note ainda que enquanto Yp
representa o lado da produção, C e Ip mostram o lado do consumo. Assim, a
igualdade que está no formato acima, nada mais é do que a identidade
PRODUTO = DESPESA em termos mais detalhados.
Vamos entender um pouco mais sobre o consumo e o investimento privado?
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CONSUMO (C)
Todas as despesas em consumo efetuadas pelas famílias fazem parte da
rubrica consumo. Esse item constitui o maior componente da demanda
agregada no Brasil. Divide-se em três itens básicos: bens duráveis, não duráveis
e
serviços.
A
função
consumo
será
analisada
com
mais
detalhes
posteriormente.
INVESTIMENTO (I)
É a despesa em bens que aumentam a capacidade produtiva da economia. É
um fluxo de capital novo que é adicionado ao estoque de capital.
O investimento inclui as despesas em novas edificações, novos equipamentos e
também a variação nos estoques de bens mantidos pelas empresas. Além
desses itens, parte dos investimentos é destinada à reposição das máquinas
que sofreram depreciação. Item que veremos logo abaixo:
Depreciação
Como dito, parte das despesas de investimento destina-se à substituição do
capital desgastado e, por isso, não aumenta o estoque de capital da
economia. Pode-se utilizar a seguinte fórmula para o acúmulo do capital (ou
capital líquido):
Investimento Líquido (Il) = Investimento Bruto (Ib) – Depreciação.
Da mesma forma como associamos a produção à despesa, também é possível
escrever uma identidade para expressar a alocação (o uso) da renda em
consumo e poupança, ou seja:
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Yp = C + S
(2)
Em que: S é a poupança privada, ou seja, a renda não gasta.
Como se observa através da expressão acima, também é possivel contabilizar
a produção em termos de rendimento, ou seja, tudo que é produzido gera
uma renda e essa renda ou vai para o consumo ou para a poupança.
Note que temos a produção tanto na identidade (1) como na identidade (2).
Igualando as duas identidades, teremos:
C + S = C + Ip
Vale aqui notar que essa igualdade que fizemos nada mais é do que a
igualdade entre renda e despesa, já vista acima. Cancelando o termo do
consumo privado dos dois lados da gualdade, teremos:
S = Ip
Logo, é possível observar que, em uma economia fechada e sem governo,
toda a poupança da economia é destinada ao investimento das empresas.
Como você deve ser notado, é bastante improvável encontrar uma economia
fechada e é ainda mais difícil observar uma economia sem governo. A
economia abaixo mostra uma alternativa mais viável de economia: o caso da
economia fechada e com governo.
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Economia Fechada com Governo
Atualmente, não se pode dizer que existem muitas economias fechadas. Esse
fato era bem mais visível quando se observava as economias situadas no
antigo regime comunista. Considerando a economia com o setor governo,
deve-se observar que o governo também realiza despesas de consumo e
investimento (G), necessitando para isto de receita que, via de regra, é obtida
através de Impostos (T) pagos pela sociedade.
Reescrevendo a identidade entre produção e despesa, temos agora a
seguinte expressão:
Y=C+I+G
Em que, do lado esquerdo temos a produção do país e, do lado esquerdo o
destino da produção para o consumo, que poderá ir para as famílias (C), para
as empresas (I) ou para o governo (G).
De modo semelhante, podemos agora representar a identidade entre produto
e renda, ou seja:
Y=C+S+T
Vale aqui salientar que a renda da economia agora é dividida entre o
consumo das famílias, a poupança privada e os impostos que as familias
precisarão pagar para o governo. Passando agora a igualdade entre despesa
e renda, teremos:
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I+G=S+T
Ou seja:
G–T=S–I
Considerando o exposto acima, podemos afirmar que o excesso das despesas
do governo sobre a receita de impostos, isto é, o déficit do orçamento do
governo, é contabilmente idêntico ao excesso de poupança sobre o
investimento privado.
Uma outra forma de escrever é dada pela seguinte equação:
S = I + (G – T)
Nesse caso, se T < G (a poupança do governo é negativa), então parte da
poupança privada é destinada a cobrir despesas correntes das administrações
públicas.
Se T > G (a poupança do governo é positiva) então a poupança pública se
soma à poupança privada para financiar os investimentos públicos e privados.
Embora seja menos improvável de acontecer que a economia fechada e sem
governo, a economia fechada e com governo também não é algo simples de
se encontrar nos dias de hoje. Para ser mais exata, o mais comum é que as
economias dos países se comuniquem, ou seja, essas economias serão
chamadas de abertas. Último ponto analisado:
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Economia Aberta
Em uma economia aberta, a produção é destinada ao consumo e o
excedente é destinado à exportação. O Produto Nacional é destinado ao
Consumo, Investimento, Governo e Exportação, como mostrado abaixo:
Y=C+I+G+X
Para atender à demanda interna, alguns produtos são importados. Assim, parte
da renda Nacional é destinada à aquisição de produtos importados.
Reescrevendo a identidade entre produção e renda, teremos:
Y=C+S+T+M
Passando agora para a igualdade entre despesa e renda, teremos:
I+G+X=S+T+M
Ou
G – T = (S – I) + (M – X)
Essa última expressão traz algumas elucidações bastante pertinentes: o déficit
do governo (G – T) pode ser financiado pela poupança líquida interna (S – I) ou
pela poupança líquida externa (M – X).
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Um país que absorve mais recursos do que produz gera déficits na conta de
transações gera déficits na conta de Transações correntes. Isso quer dizer que o
país deve se desfazer de ativos estrangeiros e/ou aumentar sua dívida externa
para fazer face ao excesso de despesa.
Agora que compreendemos melhor como as identidades contábeis se
relacionam, passaremos a analisar as duas principais variáveis dos agregados
macroeconômicos: o consumo e o investimento!
II. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE RENDA E PRODUTO NACIONAIS: O MERCADO DE
BENS E SERVIÇOS
Essa parte da aula busca analisar que variáveis determinam o nível de renda
nacional e como é possível atuar sobre elas. Assim, teremos como base o
modelo keynesiano básico, que se caracteriza pela preocupação com
políticas de curto prazo, principalmente com a questão do desemprego, que
foi o problema principal nos anos de 1930, quando foi escrito o livro Teoria do
Emprego, dos Juros e da Moeda de John M. Keynes.
Hipóteses sobre o comportamento das variáveis Consumo (C), Poupança (S),
Investimento (I), Impostos (T), Gastos do governo (G), Exportações (X) e
Importações (M)
Nessa parte, objetiva-se determinar as relações funcionais entre as variáveis
econômicas, em nível agregado, e analisar como se pode atuar sobre elas,
aplicando os instrumentos de política econômica. Essas relações funcionais
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Teoria e Exercícios
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devem ser previsíveis e relativamente estáveis e regulares, podendo, inclusive
ser calculadas.
Começaremos pela função consumo
Funções Consumo e Poupança (C, S)
O consumo é o fim e a razão de ser de toda produção
Adam Smith
O mais importante componente da despesa agregada é a despesa planejada
com o consumo (C). Keynes acreditava que a renda corrente era o principal
determinante das despesas com o consumo. Segundo o autor, os homens
desejam, como regra e em média, aumentar seu consumo à medida que sua
renda aumenta, mas não na mesma proporção do aumento de sua renda, ou
seja, à medida que a renda disponível (parcela da renda nacional
efetivamente canalizada para as famílias, depois da dedução de impostos e
adição das transferências) das pessoas aumenta, o consumo também
aumenta, mas a fração da renda destinada ao consumo diminui. De acordo
com Keynes, a renda disponível é, de longe, o principal determinante do
consumo corrente. Se a renda aumenta, os consumidores elevarão suas
despesas planejadas.
A função consumo é quase que assumidamente linear. Se y é a renda
disponível, o consumo é função desta, ou seja, C = f(y). Essa função tem
características crescentes, pois quando a renda cresce o consumo também
cresce, e quando a renda diminui o consumo também diminui. Se uma família
tem uma despesa fixa b e, se são consumidos a% da renda disponível, então a
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Teoria e Exercícios
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função consumo, denominada de equação comportamental (por captar o
comportamento dos consumidores) é dada por:
C(y) = a y + b.
Onde a = propensão margial a consumir
b = consumo autônomo, independente da renda.
O gráfico abaixo apresente a função de consumo agregado
Figura 1: Função consumo agregado
A propensão marginal a consumir (PMgC) é o acréscimo de consumo, dado
um acréscimo na renda nacional:
PMgC = b =
∆C
∆y
Segundo a Lei Psicológica fundamental de Keynes, o PMgC é positiva, mas
inferior a um.
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Teoria e Exercícios
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0 < PMgC < 1
Isso significa que, dado um aumento na renda, (∆y), as pesoas reservam uma
parcela para poupança, de forma que o aumento de consumo (∆C) é sempre
menor que o aumento da renda, em termos agregados.
O intercepto (consumo autônomo) representa a parcela do consumo que não
depende da renda, mas de outros fatores (riqueza, renda futura, doações,
etc). Ou seja, mesmo quando y = 0, então C = a (as pessoas não deixarão de
consumir).
Logicamente, nem tudo é consumido em uma ecoonmia. Nesse caso, o que
não se consome se investe ou poupa. Podemos então definir poupança S
como a diferença entre a renda disponível e o consumo. Assim:
S=y–C=y–ay–b
∴∴∴
S = (1 – a)y – b
onde b é o consumo autônomo; a é a propensão marginal a consumir e 1 – a é
a propensão marginal a poupar, que é o acréscimo da poupança agregada,
dado um acréscimo na renda nacional, isto é:
PMgS = 1 − b =
∆S
∆y
A função poupança também pode ser expressa graficamente:
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Profa. Amanda Aires
Figura 1: Função poupan.a agregado
Vamos ver como as bancas analisam a função consumo e a função
poupança?
3. (Fiscal da Receita Estadual do Acre, 2010) Considerando que o
conhecimento das relações funcionais entre variáveis econômicas é
relevante para que se possa atuar sobre elas, aplicando os instrumentos
de política econômica, e tendo em vista a análise comparativa das
funções consumo e poupança, em nível agregado, assinale a opção
correta.
A A propensão marginal a consumir é crescente em relação ao aumento
da renda.
B A um dado nível de renda, se a propensão média a consumir for de
0,75, a propensão média a poupar será de 0,25.
C Os consumidores de países mais ricos apresentam propensão média a
consumir maior que a dos consumidores de países mais pobres, e
propensão marginal a poupar menor que a dos países mais pobres.
D O consumo autônomo diminui com o aumento da renda
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Profa. Amanda Aires
Vamos analisar cada um dos itens separadamente? Novamente, vamos
começar a resolução da questão de baixo para cima, ok?
A letra (D) afirma que O consumo autônomo diminui com o aumento da renda.
Para responder a essa afirmativa é só entender o que é o consumo autônomo.
Essa parte do consumo é justamente a que não é função da renda! Logo, a
alternativa é incorreta por trazer um erro conceitual sobre o consumo
autônomo.
A alternativa (C) afirma que Os consumidores de países mais ricos apresentam
propensão média a consumir maior que a dos consumidores de países mais
pobres, e propensão marginal a poupar menor que a dos países mais pobres.
Observe que, mesmo que você não saiba do que se trata a propensão média
a consumir, é possível responder essa questão por um simples fato: quanto mais
rico um país, maior será a sua propensão a poupar! E não é que ele não
consuma, pelo contrário! Como a renda aumenta, o consumo aumenta
também, assim como a poupança. Para verificar isso, basta fazer a seguinte
comparação: uma pessoa mais rica poupa mais ou menos? Mais, certo? Mas
isso não quer dizer que ela não consuma. Na verdade, o volume de consumo
dela é maior que o de uma pessoa mais pobre, mas a proporção do consumo
perante a renda será menor que o de uma pessoa pobre! Compreendido?
A letra (B), por sua vez, é a alternativa correta e gabarito da questão. Ela
afirma que A um dado nível de renda, se a propensão média a consumir for de
0,75, a propensão média a poupar será de 0,25, o que é verdade, pois a soma
das duas propensões médias deve, necessariamente, somar 1. Assim, essa é a
alternativa correta.
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Por fim, a alternativa (A) diz que A propensão marginal a consumir é crescente
em relação ao aumento da renda. Observe que, embora aumente o volume
de consumo de uma economia, a propensão marginal a consumir sempre um
valor constante! Logo, a alternativa é incorreta.
Gabarito: (B)
Agora que compreendemos um pouco mais da função consumo, passaremos
a uma outra função também muito importante dentro de uma economia: A
função investimento.
Função Investimento (I)
O
investimento
agregado
talvez
seja
a
mais
importante
variável
macroeconômica, tanto no modelo keynesiano, devido à influência das
expectativas, tipicamente de curto prazo, como nos modelos de crescimento e
desenvolvimento econômico, em que é o principal determinante do
crescimento do produto e do emprego.
Os investimentos compreendem: (i) gastos com ativos fixos, tais como prédios,
máquinas e equipamentos e (ii) variações nos estoques de matérias-primas e
de produtos finais não vendidos. Ele desempenha duplo papel na teoria
macroeconômica, que deve ser claramente entendido:
a) investimento visto como elemento da demanda agregada: é a fase em
que apenas se gasta com instalações, equipamentos, etc., antes de o
investimento maturar e resultar em acréscimos da produção.
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b) Investimento visto como elemento de oferta agregada: ocorre quando
aumenta a capacidade produtiva, após a maturação do investimento,
ou seja, quando redunda em aumentos da produção.
Existem algumas hipóteses que permeiam essa função. Veremos, agora,
detalhadamente quais são:
Hipóteses
sobre
o
investimento,
no
modelo
Keynesiano
básico
de
determinação da renda:
1ª Hipótese: A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada.
O investimento como elemento da Oferta Agregada (veremos isso nas
aulas seguintes) só comparece em modelos e crescimento econômico de
longo prazo, em que a oferta agregada também varia, pela maior
disponibilidade de recursos, evolução tecnológica, etc.
2ª Hipótese: O investimento é autônomo ou independente da renda nacional.
__
I ou I ≠ f ( y )
Assim, supõe-se, no modelo básico, que o investimento não dependa da renda
nacional. Keynes argumentava que, no curto prazo, o investimento deveria ser
compreendido como uma despesa autônoma, isto é, dependente de outras
variáveis, como taxa de juros, rentabilidade esperada, disponibilidade de
crédito, etc., que, por enquanto, não estão sendo consideradas no modelo.
Vale notar que, mesmo no modelo Keynesiano, em sua versão mais simples, o
investimento passa a depender também da taxa de juros. Essa relação passará
a ser uma das mais importantes na teoria econômica, como veremos na aula
de oferta agregada e demanda agregada.
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Profa. Amanda Aires
Para terminar a aula de hoje, veremos quatro funções que também existem na
macroeconomia.
Funções Gastos do Governo (G) e tributação (T)
O governo tem o papel de arrecadas tributos (T) e realizar gastos (G). Assim,
como no caso dos investimentos das empresas, também se considera que os
gastos do governo são autônomos em relação à renda nacional:
__
G ou G ≠ f ( y )
Na teoria macroeconômica, os gastos públicos são considerados uma variável
determinada institucionalmente (exógena), ou seja, dependem dos objetivos
de política econômica escolhidos pelas autoridades (se decidirem, por
exemplo, que a política será recessiva ou expansionista). Os gastos públicos
não são determinados por outras variáveis econômicas, mas são eles que
determinam as demais variáveis. Juntamente com os impostos (T), G descreve
a política fiscal – as decisões do governo relativas aos impostos e aos gastos.
Assim como os gastos do governos e os investimentos das empresas, a
tributação também é suposta autônoma, não induzida pela renda nacional:
__
T ou T ≠ f ( y )
A introdução do governo e, particularmente da tributção, altera as funções
consumo e poupança, que passam a ser funções da renda disponível do setor
privado (renda menos tributos) (y – T), e não da renda nacional, y.
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Profa. Amanda Aires
A hipótese que considera tanto impostos quanto gastos do governo como
autônomos está baseada em duas condições:
Primeira, os governos não se comportam com a mesma regularidade
demonstrada pelos consumidores ou empresas, portanto, não há
nenhuma regra confiável que possamos escrever G ou T correspondente
à regra que escrevemos, por exemplo, para o consumo.
A segunda consideração é a mais importante. Uma das tarefas dos
macroeconomistas
é
pensar
sobre
as
implicações
de
decisões
alternativas de gasto e tributação. Queremos poder dizer: “Se o governo
escolher esses valores de G e T, é isso que acontecerá”. A abordagem
típica trata G e T como variáveis escolhidas pelo governo, em vez de
tentar explicá-las no modelo.
As funções Gastos do Governo e tributos serão melhor analisadas quando
passarmos a estudar a política fiscal. Para terminar a aula de hoje, estudaremos
as funções exportação e importação:
Função Exportação
No modelo básico, as exportações também são autônomas em relação à
renda nacional:
__
X ou X ≠ f ( y )
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Profa. Amanda Aires
É uma hipótese bastante realista, dado que as exportações dependem da
renda dos compradores no exterior. Essas decisões, de modo geral, não são
afetadas pela renda nacional, mas pela renda de outros países, entre outros
fatores.
Por fim, vamos a função importação.
Função Importação
No modelo macroeconômico que analisa o mercado de bens e serviços, as
importações também são consideradas autônomas, independentes da renda
nacional, por estarem relacionadas, entre outras coisas, com a taxa de
câmbio, as tarifas internas e o diferencial de preços entre produtos nacionais e
estrangeiros.
__
M ou M ≠ f ( y )
Vale aqui notar que em modelos mais complexos, é possível notar que as
importações também dependem da renda! Por uma razão simples: quanto
maior a nossa renda, maior o consumo de bens nacionais, mas também
aumenta o consumo de bens importados! Mas isso ficará para uma outra
ocasião!
***
Pessoal,
Terminamos aqui a nossa primeira aula de macroeconomia, em que
procuramos compreender o comportamento da economia agregada!
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Teoria e Exercícios
Profa. Amanda Aires
Seguem, para complementar a compreensão, uma série de exercícios. Esses
exercícios serão paulatinamente resolvidos ao longo das aulas de macro e no
final dessa parte, passarei a resolução de todos, assim como eu fiz hoje com os
de micro.
Dúvidas, já sabem, não é? Mail-me!
Até a próxima segunda.
Abração
Amanda
EXERCÍCIOS
01. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) O
Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e serviços
produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação
na produção de bens e serviços:
a) as estimativas do Produto Interno devem sempre ser expressas em
unidades físicas.
b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país.
c) as estimativas do Produto Interno devem necessariamente ser
expressas em unidades monetárias.
d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressas tanto em
unidades monetárias quanto em unidades físicas.
02. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010) Para
descrever o crescimento da economia ao longo do tempo deve-se
utilizar:
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Teoria e Exercícios
Profa. Amanda Aires
a) O PIB real.
b) O PIB nominal
c) O deflator implícito do produto.
d) A taxa de desemprego.
Exercícios
4. (EPE, Economia da Energia, 2006) Considere as informações que se
seguem.
Consumo privado = 500
Investimento privado = 400
Consumo do governo + investimento do governo = 300
Exportações de bens e serviços = 100
Importações de bens e serviços = 80
Pagamento de juros sobre a dívida interna = 120
Recebimento de renda vinda do exterior = 15
Remessa de renda ao exterior = 5
Tributos = 70
O PIB nesta economia é igual a:
(A) 1020
(B) 1120
(C) 1220
(D) 1320
(E) 1420
5. (ESAF|AFRF - 2005) Considere as seguintes informações para uma
economia hipotética (em unidades monetárias):
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Profa. Amanda Aires
Investimento Privado: 500
Gasto Público: 100
Poupança Privada: 300
Tributos: 200
Com
base
nessas
informações
e
considerando
as
identidades
macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas
nacionais, é correto afirmar que essa economia hipotética apresentou:
(A) superávit no balanço de pagamentos em transações correntes de
100
(B) déficit do balanço de pagamentos em transações correntes de 100
(C) déficit do balanço de pagamentos em transações correntes de 200
(D) superávit do balanço de pagamentos em transações correntes de
200
(E) poupança externa de 150.
6. (EPE, Analista Economia de Energia, 2007) O PIB de um país:
(A) é sempre maior que o PNB.
(B) é igual ao PNB.
(C) aumenta caso o país importe mais.
(D) aumenta com a entrada líquida de capitais financeiros externos de
longo prazo.
(E) reflete o valor da produção de bens e serviços que ocorre dentro do
país.
7. (BNDES, Profissional Básico: Economia, 2008) Os residentes de certo país
recebem liquidamente renda do exterior. Então, necessariamente,
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(A) o país tem deficit no balanço comercial.
(B) o país está atraindo investimentos externos.
(C) o PNB do país é maior que seu PIB.
(D) a taxa de juros doméstica está muito baixa.
(E) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.
8. (EPE, Economia da Energia, 2006) Considere as informações que se
seguem.
Consumo privado = 500
Investimento privado = 400
Consumo do governo + investimento do governo = 300
Exportações de bens e serviços = 100
Importações de bens e serviços = 80
Pagamento de juros sobre a dívida interna = 120
Recebimento de renda vinda do exterior = 15
Remessa de renda ao exterior = 5
Tributos = 70
O PIB nesta economia é igual a:
(A) 1020
(B) 1120
(C) 1220
(D) 1320
(E) 1420
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9. (SECAD/TO, Economista, 2005) Associe os conceitos abaixo às suas
respectivas definições, apresentadas a seguir.
I - PIB - Produto Interno Bruto.
II - PNB - Produto Nacional Bruto.
III - PIB Nominal.
IV - PIB Real.
(M) É o total da produção de bens e serviços da economia avaliado a
preços correntes.
(N) O valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em
um país em dado período de tempo.
(P) É o total da produção de bens e serviços da economia avaliado a
preços constantes - sem influência das variações dos preços.
A associação correta é:
(A) I - N; II - O; III - P
(B) I - N; II - O; IV - P
(C) I - O; III - N; IV - P
(D) I - P; III - N; IV - O
(E) II - N; III - O; IV – P
10. (Prefeitura Municipal de Manaus, Economista, 2005) A respeito de
conceitos relativos à Renda Nacional, identifique a única afirmativa
INCORRETA.
(A) O Produto Nacional Bruto (PNB) é o valor da produção de todos os
residentes permanentes de uma nação.
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(B) O Produto Interno Bruto (PIB) mede simultaneamente: a renda total
gerada na economia e a despesa total com os bens e serviços
produzidos na economia.
(C) O Produto Interno Bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens
eserviçosfinais,produzidosemumpaís,emdadoperíodmpo.
(D) O Produto Interno Bruto real (PIB real) é a medida que expressa a
quantidade de bens e serviços produzidos pela economia sem a
influência das variações nos preços desses bens e serviços – produção de
bens e serviços avaliada a preços constantes.
(E) Como elemento do Produto Interno Bruto (PIB), pode-se destacar o
consumo (C), que corresponde às despesas com bens e serviços feitos
pelos governos federal, estadual e local.
11. (TCE/RO, Economista, 2007) Um país recebe liquidamente rendas do
exterior. Neste caso, o(a):
(A) PIB do país e seu PNB são iguais.
(B) PIB do país é inferior a seu PNB.
(C) país tem necessariamente superavit comercial no seu Balanço de
Pagamentos.
(D) país está em expansão econômica e atraindo investimentos externos.
(E) taxa de juros doméstica é muito baixa.
12. (INEA, Economista, 2007) O PIB e o PNB são medidas do produto
agregado da economia de um país. Uma comparação que se pode
estabelecer entre elas é:
(A) o PIB é sempre maior que o PNB.
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(B) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil.
(C) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for
positiva.
(D) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no
Banco Central aumentarem.
(E) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário.
13. (Termorio, Economista Junior, 2009) O Produto Interno Bruto (PIB) de um
país
(A) exclui as mercadorias exportadas.
(B) inclui as mercadorias importadas.
(C) é uma medida de sua riqueza material.
(D) é invariavelmente crescente com o tempo.
(E) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB).
14. (Termorio, Economista Junior, 2009) Um país recebe poupança externa
quando
(A) acumula reservas de divisas internacionais.
(B) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de
pagamentos.
(C) exporta mais do que importa (balanço comercial superavitário).
(D) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
(E) o investimento direto do exterior é vultoso.
15. (IBGE, Análise Socioecomica, 2010) O Produto Interno Bruto de um país
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(A) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto.
(B) é sempre maior que as suas exportações totais.
(C) é maior que o Produto Nacional Bruto se a renda líquida recebida do
exterior for positiva.
(D) exclui as importações de bens de consumo.
(E) inclui as importações de bens de investimento.
15 (Fiscal da Receita Estadual do Acre, 2010) As identidades básicas da
contabilidade nacional, uma vez definidas as principais variáveis
macroeconômicas, são indispensáveis ao conhecimento e à análise da
situação econômica do país.
Marco Antonio Sandoval Vasconcellos. Economia:
micro e macro. São Paulo: Atlas. Parte III, cap. 9.4.
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, considere os
seguintes dados, de um país hipotético, disponíveis em unidades
monetárias (UM):
consumo = 45 tributos = 34
poupança = 19 exportações = 26
investimento = 17 importações = 22
gastos do governo = 39
Com base nos dados acima, é correto concluir que, no país em questão,
A a renda interna bruta foi de 102 UM.
B o PIB correspondeu a 120 UM.
C a absorção interna doméstica com o PIB foi de 81 UM.
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D a poupança interna foi superior à externa em 18 UM.
16. (ANVISA, Analista Administrativo, 2004) A teoria macroeconômica analisa
o desempenho da economia a partir do estudo dos grandes agregados
econômicos. À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue os itens a
seguir.
i. Utilizando-se a ótica da despesa, para mensurar o produto interno
bruto, deve-se excluir as exportações porque elas não representam
gastos dos agentes econômicos domésticos.
ii. Como as despesas de consumo aumentam com a renda disponível,
segue-se, portanto, que a poupança deve declinar com a renda.
iii. Os economistas keynesianos acreditam que os ciclos econômicos
devem-se às flutuações nas despesas de investimento.
17. (Banco do Brasil, Certificação Interna, Economia e Finanças, 2009)
Acerca dos conceitos de sistema de contas nacionais, julgue os itens
seguintes.
I O produto agregado de uma economia é a soma do valor total das
vendas com o valor da compra dos insumos utilizados na produção.
II O produto líquido é calculado subtraindo-se do produto bruto a
margem de lucro das empresas.
III O conceito de produto nacional abrange as transações realizadas
com o exterior.
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IV Os impostos indiretos incidem sobre o preço dos bens e serviços.
Assinale a opção correta.
A Apenas o item II está certo.
B Apenas o item IV está certo.
C Apenas os itens I e II estão certos.
D Apenas os itens I e III estão certos.
E Apenas os itens III e IV estão certos.
GABARITO:
1- C
2- A
GLOSSÁRIO
i
O PIB nominal mede a produção de bens e serviços avaliada a preços correntes.
ii
O PIB Real mede a produção de bens e serviços avaliada a preços constantes.
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