Herança genética da coloração vermelha em tilápia do Nilo

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54º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Herança genética da coloração vermelha
em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)
de stirling e seu valor para produção de
alevinos ornamentais
Zagolin, GB; Hilsdorf, AWS
Núcleo Integrado de Biotecnologia, Laboratório de Genética de Peixes e Aqüicultura, Universidade de Mogi das Cruzes.
[email protected]
Palavras-chave: Herança genética, Tilápia Vermelha, Peixes ornamentais, Piscicultura, O. niloticus
Na América do Sul, a criação de peixes ornamentais em cativeiro tem sido pouco explorada, provavelmente pelo fato
que grande parte desse comércio é proveniente de extrativismo. Por essas razões existe uma busca contínua por novas
espécies com um bom desempenho como peixe ornamental, ou seja, que apresentem requisitos importantes como,
resistência a condições de confinamento e colorações variadas que as tornem atrativas para a aqüariofilia Um exemplo de
organismo com essas características é a tilápia vermelha que é uma variedade mutante da espécie Oreochromis niloticus
descoberta em Taiwan em 1968. Com base nesses dados esse trabalho teve como objetivo estudar a herança genética do
fenótipo vermelho na espécie Oreochromis niloticus em cruzamentos entre uma variedade vermelha (Red-Stirling) e uma
selvagem (Chitralada), buscando avaliar o padrão de manchas nas tilápias vermelhas produzidas, que podem ser mais
bem aceitas pelo comércio de peixes ornamentais. Foram então adotados os seguintes cruzamentos para o estudo de
herança: Red-Stirling x Chitralada, entre os híbridos F1 (Red-Stirling x Red-Stirling), retrocruzamento 1 (Red-Stirling
com F1) e retrocruzamento 2 (Chitralada com F1). A razão de segregação dos fenótipos foi obtida de alevinos com um
mês cuja coloração do corpo foi examinada em com lupa e separada em selvagem (preta), vermelha (vermelha) e vermelha
com manchas pretas no corpo. Em relação à segregação fenotípica, para geração parental vermelho x selvagem toda a
progênie apresentou fenótipo vermelho. Já o resultado do cruzamento F1 x F1 gerou uma progênie com 294 alevinos
de fenótipo selvagem e 102 de fenótipo vermelha. O teste de χ2 (0,1185, p<0,05) não mostrou desvio significativo da
proporção 3:1 na F2. O retrocruzamento 1 apresentou uma progênie toda composta de indivíduos vermelhos (1457) e
o retrocruzamento 2 uma segregação fenotípica de 2048 vermelho e 1697 selvagens (χ2= 33, p>0,05). Para esta última
segregação, esperava-se uma razão de 1:1, o resultado significativo de χ2 talvez possa ser explicado pela mortalidade
de indivíduos antes da coleta. Contudo os resultados obtidos corroboram a hipótese de uma herança mendeliana para
o fenótipo vermelho, sendo este dominante sobre o selvagem. Dos cruzamentos mencionados o que apresentou uma
maior variedade de indivíduos com mancha foi o vermelho puro com o selvagem (selvagem 0, vermelho sem mancha
0 e vermelho manchado 100%). Já o F1 x F1 apresentou: fenótipo selvagem 25,76%, vermelho sem mancha 30,56%,
vermelho manchado 43,69%. O R1 apresentou: selvagem 0, vermelho manchado 45,22% e vermelho sem mancha
54,77% e o R2 apresentou: vermelho manchado 7,29%, vermelho sem mancha 47,40% e selvagem 45,31%). Desta
forma, um programa de seleção genética de indivíduos manchados para aqüarofilia deve ser iniciado com o cruzamento
vermelho puro com chitralada que apresentou uma variação maior de padrões de manchas.
Apoio: FAEP.
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