Augusto Mateus: "Estamos como estamos porque

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Augusto Mateus: "Estamos como estamos porque governam sem saber o que fazem" -... Page 1 of 2
Promover a produtividade em Portugal deverá ser através do aumento do
conhecimento e da inovação e não a descida dos salários
Augusto Mateus: "Estamos
como estamos porque
governam sem saber o que
fazem"
Augusto Mateus quer apoiar inovação
D.R.
16/04/2013 | 18:49 | Dinheiro Vivo
As entidades portuguesas no estrangeiros funcionam sem ligação,
segundo o antigo ministro da Economia, Augusto Mateus.
Organização e estratégia, desde o Governo até às empresas,
incluindo as universidades, são a chave – apontou, nas “Exit
Talks”, na Universidade de Aveiro – para o crescimento da
economia portuguesa.
“Estamos como estamos porque governam sem saber o que fazem. Há uma
conversa permanente sobre generalidades, mas não têm uma palavra sobre
como se estimula o emprego e o crescimento”, criticou o ex-governante,
conhecido pelo “Plano Mateus” que, nos anos 90, perdoou dívidas das
empresas ao Estado.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO141307.html?page=0
17-04-2013
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Professor de "Política Económica" na Universidade Técnica de Lisboa,
Augusto Mateus considerou essencial mudar o paradigma dos apoios às
empresas em Portugal. "Parece haver um consenso nacional sobre apoios às
PME, por quê? Uma política sectorial seria pateta. Agora estamos numa
política ainda mais parva, que é dimensional", referiu. "Temos de apoiar, sim,
por pouco tempo, quando estão a inovar, a trabalhar com universidades",
explicou, apoiando a ideia lançada por António Barreto. O cientista social,
presente nas conversas sobre exportação sugeriu que os próximos fundos
estruturais do QREN "discriminem positivamente os projetos que envolvem
universidades e empresas".
Promover a produtividade em Portugal, segundo Augusto Mateus, não será
conseguido através da redução de custos, nomeadamente salariais, mas da
intervenção nos "não custos": "É através da mistura de competências (técnicas
ou científicas) com a inovação e a diferenciação".
"O nível salarial em Portugal já é de apenas 55% da média da Europa alargada
e mesmo os países que entraram mais recentemente chegam aos 46% ou 47%.
Só a Bulgária está nos 140€. Mas o caminho para Portugal não é descer
salários até chegar à Bulgária, é subir o valor", considerou Augusto Mateus.
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