Vitamina A - GranNutrille

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NUTRIÇÃO EM CIRURGIA
BARIÁTRICA
Jacqueline Alvarez-Leite
Professor Associado
Nutrologia - Professor Associado IV -UFMG
ETNO (Equipe de terapia nutricional para obesidade cirurgica - UFMG
LABiN (Laboratório de Aterosclerose e Bioquímica Nutricional) - UFMG
PRINCIPAIS COMORBIDADES DO GRANDE OBESO
Metabólicas - Mecânicas
COMPLICAÇÕES METABÓLICAS
Gordura Visceral + preditor independente para todas as causas de mortalidade
Després JP, et al. In: Human Body Composition. 1996:149-166.
Kuk JL, et al. Obesity (Silver Spring). 2006;14:336-341.
ETIOLOGIA DAS COMPLICAÇÕES
Tecido Adiposo e Adipocinas
(ROSEN & SPIEGELMAN, 2006)
OBESIDADE E INFILTRAÇÃO DE MACRÓFAGOS
Hipóxia
Adipócito
hipertrofiado
TLR4
Lipólise aumentada
Macrófago
TLR4
TLR4
Adipocinas próinflamatórias
MCP-1, TNFa, IL6
Atrai
M0
LPS
LPS
AGL
LPS
Hipertrofia =
NFκB
TLR4
Adipocinas
quimiotáticas
Adipócito morto
apoptotico
MACRÓFAGOS
INFILTRADOS
1-TNF produzido
desencadeia o processo
4- Os AGL oriundos da lipólise
induzida por TNF ligam-se ao
TLR4 aumentando ativação de
ambos M0 e adipócito e
perpetuando a inflamação
2-TNF liga ao receptor no adipócito e
Induz produção adipocinas via NFkB e
lipólise
ÁCIDO GRAXO LIVRE
QUIMIOTAXIA
3- Dentre as adipocinas são produzidas as
quimiotáticas para M0
SECREÇÃO
ADIPOCINAS
ADIPÓCITO
HIPERTRÓFICO
OBESIDADE E INFILTRAÇÃO DE MACRÓFAGOS
TECIDO ADIPOSO MAGRO
Hiperalimentação
TECIDO ADIPOSO OBESO
Macrófago
HIPOTÁLAMO
Sinais Autócrinos / Parácrinos
Infiltração de macrófagos
Inflamação
Efeitos são sistêmicos
Secreção desregulada de adipocinas
Resistência à ação da leptina
Gasto energético 
Ingestão alimentar 
Produção hepática de glicose 
TNF-α 
IL-6 
Ácidos graxos livres 
Adiponecctina 
Leptina 
Resistina 
Glicemia 
Efeitos são sistêmicos também
Glicogenólise 
Gliconeogênese 
MÚSCULO
Inflamação
Acúmulo
ectópico de gorduras
Resistência muscular à insulina
FÍGADO
Inflamação
Acúmulo
ectópico de gorduras (esteatose)
RESISTÊNCIA SISTÊMICA À INSULINA
REAVEN, 1999; ECKEL et al., 2005
OBESIDADE - DISLIPIDEMIAS
Xanteloma
PRINCIPAL QUADRO:
• Redução HDL
• Aumento Triacilglicerois
OBESIDADE
E
SINDROME DE HIPOVENTILAÇÃO
DIAGNÓSTICO:
•IMC >30 kg/m2
•Hipersonolência
•Roncos excessivos
•CO2 arterial: > 45 mmHg
•Pausa na respiração e despertar noturno
•Dor de cabeça matinal e distúrbios do humor
•Hipoxemia, hematócrito e hemoglobina altos
SINDROME DE HIPOVENTILAÇÃO - REPERCUSSÕES
Incidência em obesos:
- 59% dos homens
- 49% das mulheres
OBESIDADE ALTERAÇÕES ÓSSEAS
CAH - 217,1kg - 68,9kg/m2
OBESIDADE ALTERAÇÕES ÓSSEAS
EBM - 214,0 kg
IMC: 63,9 kg/m2
APS - 145,2 kg,
IMC: 58,2 kg/m2
18/02/09
ACANTOSE NIGRANS
AKR - 189,5 kg - IMC: 70,5 kg/m2
DERMATOSES E
DERMATITES
ALTERAÇÕES RETORNO
VENOSO – (ERISIPELA)
ALTERAÇÕES RETORNO VENOSO – (ERISIPELA)
GOTA
GOTA
HÉRNIA
PRÉ-OPERATÓRIO
EFOC
53 anos
Peso: 137,4kg
IMC: 55,0kg/m2
Data: 23/02/2011
Registro: 958189
Prontuário: 322
CIRURGIA BARIÁTRICA
IMC > 40 kg/m2
IMC > 35 kg/m2 + comorbidade
PERDA DE EXCESSO DE PESO DE
30 a 70 %
Melhora a curto prazo de praticamente
todas as complicações crônicas
Parâmetros estabelecidos pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCB)
• Grau de obesidade acentuado
IMC > 40 kg/m2
IMC > 35 kg/m2 + co-morbidade
• Resistência ao tratamento clínico (mínimo 5
anos)
• Risco cirúrgico aceitável
• Capacidade do paciente de compreender as
implicações operatórias
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS PÓS-OPERATÓRIO
(KRAUSE, 2002)
FI
(KRAUSE, 2002)
ALTERAÇÕES NA FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL
PROTEÍNAS
- Hipocloridria: ↓ atividade da pepsina
- Absorção limitada ao jejuno distal e íleo, sendo que o
principal local de absorção é no duodeno
- ↓ ingestão protéica (intolerância)
Deficiência protéica: 4,7% dos pacientes
(PONSKY et al, 2005)
ALTERAÇÕES NA FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL
CARBOIDRATOS
- ↓ amilase pancreática
- ↓ absorção
- Ativação da neoglicogênese no fígado e conseqüente
deficiência protéica
- Síndrome de Dumping (4,85%)
(PONSKY et al, 2005)
ALTERAÇÕES NA FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL
LIPÍDEOS
-↓ secreção de bile e lipases intestinais
-↓ absorção
- Deficiências de ácidos graxos essenciais
- Esteatorréia
(PONSKY et al, 2005)
ALTERAÇÕES NA FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL
VITAMINAS E MINERAIS
•Ferro:
Anemia fagocítica, fadiga
• Vitamina B12:
Anemia, fraqueza, neuropatia
• Folato:
Anemia, glossite
• Cálcio:
Osteoporose
• Vitamina A:
Cegueira noturna
• Vitamina D:
Osteomalácia
• Zinco:
Alopécia
• Tiamina:
Beribéri
(SEBASTIAN, 2008)
• Principais deficiências:
- Vitamina B12: 12 a 33% dos pacientes
- Cálcio e vitamina D
- Ferro: 50% dos pacientes
- Tiamina e Folato: menos prevalente
• Importância da suplementação e
acompanhamento dos exames
(ALVAREZ-LEITE, 2004)
Alterações no padrão alimentar:
• ↓ do consumo alimentar (bolsa gástrica 50mL)
• Nem sempre há melhora na qualidade da
alimentação
• Intolerâncias alimentares (46% dos pacientes):
Arroz, carne vermelha, doces
• Desconfortos gastrointestinais
Náuseas, vômitos, síndrome de dumping
(QUADROS et al, 2006)
Avaliação dietética – Pré e 6 meses PO
Ingestão calórica
Taxa Metabólica de Repouso
Pré-operatório
2600
1700
2400
*
kcal/dia
kcal/dia
2000
1400
Pré-operatório
2800
Pós-operatório
2300
*
1100
Pós-operatório
*
2200
2000
800
1800
1
500
Ingestão de Macronutrientes
300
Pré-operatório
Pós-operatório
250
200
*
*
150
*
100
*
50
0
CHO (g)
Ptn (g)
Lip (g)
Colesterol (mg)
Fibra dietética (g/1000kcal)
(SANTOS et al, 2006)
Intolerância Alimentar
Rev Bras Nutr Clin 2007:22(1)15-19
EFEITOS DA CIRURGIA SOBRE AS COMPLICAÇÕES
- Diabetes Mielitus tipo II:
curada em 83,7% dos pacientes
- Dislipidemia (↓ CT, LDL-C e TG):
curada em 96,9% dos pacientes
- Hipertensão:
curada em 87,2% dos pacientes
- Apnéia do sono
curada em 94,8%.
BUCHWALD et al, 2004
VANTAGENS
• Melhora da morbidade e mortalidade em 33%
• Mortalidade < 1%
• Complicações cirúrgicas no pós-operatório são
pequenas
- Embolia pulmonar (34%)
- Fístula gastrointestinal (5,6%)
- Hérnias (24%)
- Úlceras (10%)
- Obstrução intestinal (3%)
(PONSKY et al, 2005)
Melhora das co-morbidades:
- Diabetes Mielitus tipo 2:
curada em 83,7% dos pacientes
- Dislipidemia (↓ CT, LDL-C e TG):
curada em 96,9% dos pacientes
- Hipertensão:
curada em 87,2% dos pacientes
- Apnéia do sono
curada em 94,8%.
(BUCHWALD et al, 2004)
METAS E DEFINIÇÃO DE SUCESSO
Primeiro e principal: Melhora da saúde
Segundo: Melhora da qualidade de vida
Terceiro: Perda de peso por si só
PERDA DE PESO SEM A CONCOMITANTE MELHORA DA
SAÚDE É IRRELEVANTE PARA PROFISSIONAIS DE
SAÚDE
Perda de peso:
-SUCESSO: PEP > 50% no 1º ano, mantido a longo prazo
Sendo:
PI = Peso corporal antes da operação
PF = Peso corporal avaliado
EPI = Excesso de Peso (Peso antes da operação - Peso para IMC de 24,9)
Até 2 anos: grande perda de peso (60-80%)
2 a 3 anos: menor perda e manutenção
> 3 anos: manutenção e ganho de peso
(O’BRIEN et al, 2005; FISHER & SCHAUER, 2002)
METANÁLISE DE PERDA DE PESO NOS VARIOS PROCEDIMENTOS
DIABETES
•
Remissão completa na grande maioria
•
Melhora no controle nos demais
•
Naqueles que tinha resistencia a insulina – não desenvolvem
DM enquanto nos não cirurgicos (~ 80% em 5 anos)
QUANTO MAIS RECENTE O INICIO DO DM MAIS
CHANCES DE CURA
A administração de glicose por via oral induz a uma maior
liberação de insulina do que a administração isoglicêmica
intravenosa.
Mais importantes incretinas: GLP-1 e GIP, produzidas por
células endócrinas intestinais em resposta à ingestão de
alimentos.
•GLP-1 é sintetizado pelas células L no íleo e no cólon,
•GIP é sintetizado pelas células K presentes no duodeno e na
primeira porção do jejuno.
ACÕES DO GLUCAGON-LIKE PEPTIDE 1 (GLP-1) NOS TECIDOS PERIFÉRICOS.
Freeman J S Mayo Clin Proc. 2010;85:S5-S14
FERTILIDADE
• Obesidade central ligada a disfunção ovulatória
• Perda de peso em mulheres pré-menopausa:
↓ testosterona devido ↑ ligação com proteínas.
• Ovulação retorna ao normal rapidamente com a perda
de peso
MANEJO MULHERES PRE-MENOPAUSA APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA:
-Aconselhamento com relação à fertilidade.
-Utilização de método contraceptivo seguro por período de 12 a 24 meses.
Antes da gestação:
-Acompanhamento nutricional e suplementação de vitaminas e minerais
Atenção: ferro, folato, vitamina B12, cálcio e vitamina D.
-Prescrever ácido fólico antes da concepção.
Durante a gestação:
-Usar diariamente: suplemento polivitaminico, 400mcg de folato, 50 a 100mg de ferro
elementar, 1000mg de cálcio e 60g diárias de proteína.
Tratar as deficiências de ferro, vitaminas B12, D e K.
-Acompanhar: o ganho de peso na gravidez e a perda de peso após o parto.
-Exposição ao sol (pernas e braços por dez minutos, duas vezes por semana).
APNEIA
Redução de
•33% para 2% de ronco
•82% para 14%, sonolencia
•39% para 4% qualidade sono
CONSEQUENCIAS NUTRICIONAIS
GDP - 29 anos, Peso: 153,0 kg - IMC: 52,3 kg/m2
PO: 2 anos e 7 meses
GDP - Peso: 74,0 kg
IMC: 25,3 kg/m2
PEP: 98,5%
Uma perda de peso de tal porte não pode
ser conseguida sem um forte risco de mánutrição associada.
Assim, a abordagem para evitar ou
minimizar as deficiências nutricionais
deve ser instalada deste o pré até o
pós-operatório.
PRÉ-OPERATÓRIO
Carlos Renato da Silva
30 anos
Peso: 213,0 kg
IMC: 64,3 kg/m2
Registro: 711413
Prontuário: 19
2005
PÓS-OPERATÓRIO
Carlos Renato da Silva
Peso: 114,0 kg
IMC: 34,4 kg/m2
PEP: 75,8%
PO: 3 anos
Registro: 711413
Prontuário: 19
RMA - 26 anos, Peso: 97,6 kg, IMC: 31,5 kg/m2
A subnutrição programada não
deve evoluir para a má-nutrição.
Sinais clínicos e bioquímicos de
má-nutrição sempre devem ser
pesquisados, evitados ou
prontamente tratados.
Desidratação
CAUSAS
ORIENTAÇÕES
- Vômitos
- Prevenir o vômito
- Baixa ingestão hídrica
- Aumentar ingestão de líquidos
Am J Med Sci 2006; 331(4):207-213
Cobalamina
Estoques 2000 mg x Necessidade 2 mg/dia
30 a 50% após 1 a 9 anos de bypass gástrico.
Causas:
1- redução do ácido e pepsina gástricos
2- redução da liberação da vitamina de seus ligantes
3- diminuição da viabilidade do fator intrínseco.
Suplementação oral de 350
mg/dia ou injeções mensais
2000 mg.
Folato
•
Absorvido no terço inicial do intestino.
• A deficiência considerada sempre quando há anemia em
paciente submetido a bypass gástrico.
• A disponibilidade do folato relacionada com vitamina B-12 e
piridoxina.
• Redução plasmática duas semanas após a cirurgia, com
redução gradativa nas hemacias.
Suplementação
400 mg/dia
Ferro
Deficiência resulta de baixa ingestão, má digestão e má absorção do
ferro.
33 a 50% ( carne vermelha < 1vez/semana)
Causas:
 Redução do ferro heme (mais bem absorvido)
 Retirada do ambiente ácido do estômago
 Redução da superfície absortiva do duodeno e jejuno proximal,
(absorção do ferro não heme).
Associação de
vitamina C e
suplemento de ferro
As doses profiláticas utilizadas mesmas que
em suplementos pré-natal
Segmento de Cirurgia Bariátrica
(Espanha)
•
97% hipovitaminose A
•
48% hipovitaminose D
•
72% deficiência de vitamina E
•
68% deficiência de Zinco
Velazquez et al., Nutr Hosp. 2003 Jul-Aug;18:189-93.
Hipocalcemia e Osteomalácia
DBP = 73% apresentam hipocalcemia e/ou osteomalácia
 Absorção de Cálcio
 Vitamina D alimentar
 Circulação entero-hepática da 1,25-OH-D
Chapin et al., Arch Surg 1996, 131: p 1048
A suplementação de vitamina D pode reverter os casos
resistentes à suplementação de cálcio
Monitoramento periódico de:
cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e 25hidroxivitamina D
Recomendação dietética 2 g/dia+ suplementações
profiláticas de 1,2 a 1,5g/dia
Citrato de cálcio mais solúvel que carbonato na
ausência da produção ácida do estômago.
Suplementação concomitante de vitamina D
Perda de massa magra
25% do total de peso perdido.
Garantir 60 g de proteínas.
Perda de massa magra ocorre devido a:
1- baixa ingestão alimentar;
2- balanço nitrogenado negativo (cirurgia)
3- volume gástrico reduzido,
4- capacidade individual de adaptação intestinal
5- hábitos alimentares errôneos ou orientações nutricionais
equivocadas.
ALOPÉCIA
Má-absorção
estresse
gasto energético
ingestão protéica
 vitaminas e minerais
 AGE
Rotina de consultas
•
•
•
•
•
•
•
•
1º. Mês
2º. Mês
4º. Mês
6º. Mês
9º. Mês
1 ano
1 ano e 6 meses
Anual (caso não haja intercorrências)
Objetivo
•
Perda de 50% do excesso de peso (1º ano)
– Baseado no IMC = 25 kg/m2
– Idosos: IMC = 27 kg/m2
• Manutenção da perda
• Qualidade de vida
• Prevenção de deficiências nutricionais
J Nati Med Assoc 2004; 96:61-75
Avaliação antropométrica
• Bioimpedância: composição corporal
Relação perda MG:MM
 3:1
Ver tabelas especificas – Reactancia e Resistência
Avaliação Clínica
• Queixas e intercorrências
• Mucosas e peles
• Pressão Arterial
• Freqüência cardíaca e respiratória
• Palpação abdominal
▫ Cicatriz e hérnias
• Medicamentos
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
AVALIAÇÃO
Hemograma
EXAMES
Hemácias, Hb, hematócrito, VCM, HCM, leucócitos
totais e diferenciais, plaquetas
Coagulação sanguínea
RNI, atividade de protrombina, PTT
Função hepática
(TGO) aspartato aminotransferase, (TGP) Alanina
aminotransferase, Fosfatase alcalina, gama GT.
Glicose
Glicemia de jejum, glicohemoglobina1, frutosamina1
Perfil lipídico
Colesterol total e frações, triglicerídeos
Função da tireoide2
THS (hormônio estimulante da tireoide), T4
Vitaminas
Vitamina B12, ácido fólico, 25 hidroxicolecalciferol
Cálcio
Cálcio iônico (ou cálcio total), Paratormônio (PTH)
Proteínas
Proteína total, albumina
Ferro
Ferro sérico, ferritina
Função renal2
Creatinina, ureia
Eletrólitos2
Sódio, magnésio, fosfato, potássio, cloretos
SUPLEMENTAÇÕES NUTRICIONAIS
CENTRUM
MATERNA
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL (1 comprimido)
Retinol (vit. A)
5000 UI
colecalciferol (vit. D3)
400 UI
ácido ascórbico (vit. C)
100 mg
ácido fólico
1 mg
biotina
30 mcg
cloridrato piridoxina (vit. B6)
10 mg
cianocobalamina (vit. B12)
12 mcg
niacinamida
20 mg
riboflavina (vit. B2)
34 mg
mononitrato de tiamina (vit. B1) 30 mg
cromo
25 mcg
cálcio (carbonato de cálcio)
250 mg
ferro (fumarato ferroso)
60 mg
molibdênio
25 mcg
magnésio
25 mg
manganês
5 mg
zinco
25 mg
iodo
150 mcg
cobre
2 mg.
acetato de tocoferol (vit. E)
30 UI
ácido pantotênico
10 mg
VITAMINA
PREVENÇÃO
POLIVITAMÍNICO
FERRO
1 comprimido/dia
FeSO4: 100 a 300mg/dia
Ferro quelato glicinato:150-300mg/dia
Ferro polimatosado:100-200mg/dia
ÁCIDO FÓLICO2 ou
FOLÍNICO (forma ativa)
5mg – 1cp/semana
(polivitamínico supre)
5mg – 1 cp/dia (2-3 meses)
1 mg/kg/dia (VO) ou 0,2 a 1mg/dia 1 sem (IM)
VITAMINA B123
1mg = 40UI
1.000 a 5.000UI IM
cada 3 a 6 meses
4000UI/dia por dia por 7 dias (IM) e então 4000
UI/semana durante 3 semanas.
TIAMINA4
1 a 3mg/dia
Beri-Beri: 5 a 30mg/dia, Síndrome de
Wernicke: 100-250mg/dia (IM/IV)
CÁLCIO5
1g Carbonato Ca= 400mg Ca
1g Citrato Ca = 211 mg Ca
1g Gluconato Ca= 90 mg Ca
1-2g de Cálcio
1,5g carbonato Ca 1 a 2 vezes/dia
(pouco disponível em pH alto)
Sintomática: 1g IV lento (10 mL gluconato Ca
10%), Assintomática: 2-3g/dia (Carbonato Ca =
2,5g 3-4x dia)
3 Iniciar
TRATAMENTO
FeSO4: 1200 a 1800 mg/dia
Ferro quelato glicinato: 600mg/dia
Ferro polimatosado: 200-400 mg/dia
De 3 a 6 meses (para reserva)
se B12 em queda, especialmente <250-300 pg/mL, mesmo sem anemia ou macrocitose.
deve ser manipulado com vit D. Citrato é mais biodisponível, mas tem custo alto.
6 É fundamental individualizar dose, para manter o cálcio sérico em torno de 9-10 mg.
Observar fosfato e PTH.
O controle dever ser pelos níveis circulantes da 25OH vitD. * A deficiência raramente ocorre ou é assintomática.
,5 Carbonato
VITAMINA
PREVENÇÃO
TRATAMENTO
VITAMINA D6
1 mcg = 40UI
400 UI/dia
50000UI, 2 vezes/semana, 3 meses
VITAMINA A (RETINOL)*
1 mcg = 3,33 U
6 mg β-caroteno = 1 mg retinol
4000 a 5000 U/dia
50000-100000 U/dia por 14 dias
NIACINA*
20 mg/dia
300 a 500 mg/dia
ÁCIDO ASCÓRBICO*
100-200 mg/dia
300-1000 mg/dia por 2 semanas
VITAMINA E (a-tocoferol)*
1 mg = 1 UI
15-30 mg
100 mg/dia ou 400 mg cada 4 dias
CASOS CLÍNICOS
Paciente
• B. A. C., sexo feminino, 55 anos, do lar, residente em Santa Luzia/MG,
• Realizou bypass gástrico em Y de Roux em 12/09/06,
• Peso à cirurgia = 118,4kg e IMC = 56kg/m2;
• Excesso de peso 64kg
• Comorbidades: HAS, DM, Dislipidemia (TG), apnéia do sono,
• Ex-tabagista há 8 anos,
• Nega etilismo.
RETORNOS
• 5 meses PO:
• 1ano e 3 meses PO
–
Queixas: vômitos, mialgia, dor mmii,
Ativa (hidroginastica, caminhada)
–
Redução de albumina e ferritina
Diclofenaco e Paracetamol para “”artralgia
–
Peso e perda excesso peso =
Exames B12 sangue = acima do normal
• 9 meses PO
–
Alopécia e descamação de unhas
–
Dormência e formigamento mãos e mmii
–
Paciente relata não lembrar o que comeu
•
–
Eletromiografia
Prescrito tiamina VO 300mg/dia, B12 de 60/60dias
• 1,5 anos PO:
–
Sangramento vaginal
–
Admitida no PA para Tiamina EV
–
Prescrito PA: Complexo B + Benerva (100mg + 900
mg/dia)
além do usual
–
Mantida outras medicações
Acompanhamento aos 2 anos de pós-operatório.
• Paciente comparece ao serviço com confusão mental, fraqueza
associadas com perda da movimentação do membros inferiores,
• Episódios de vômitos há 45 dias;
• Peso = 72,7kg e IMC = 33,7 kg/m2;
• Perda do excesso de peso 70,7%;
• PA 120x80mmHg;
• Alterações cardíacas
Acompanhamento aos 2 anos de pós-operatório.
• Exames bioquímicos dentro da normalidade - Não foi avaliada
niveis de tiamina.
• Medicamentos prescritos:
– centrum®, (polivitaminicos)
– carbonato de cálcio 1c/dia (1250g = 500g cálcio/dia),
– Vit. B12 (5000UI) 3/3 meses,
– Sulfato ferroso 1comp/dia, ( 60mg Fe)
– Cloridrato de Sertralina (50mg) .
Neuropatia periférica
• É uma das manifestações clínicas dos distúrbios nutricionais;
• Prevalência de 16% em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica
• Fatores de riscos: perda de peso, a persistência de sintomas gástricos
(principalmente vômitos), ↓ transferrina e albumina.
(ALVES et al., 2006; THAISETTHAWATKUL et al., 2004)
Beribéri
Deficiência de Vit. B1 (Tiamina)
• Absorvida no intestino delgado, com absorção máxima no jejuno e
íleo;
• Meia vida plasmática 10-20 dias; estoques 6 semanas
• Os casos registrados estão relacionados ao paciente perda de peso
rápida, vômitos prolongados, inanição e alcoolismo.
(ALVES et al., 2006; SHILS et al., 2006)
Tiamina e metabolismo dos CHO
Funciona como co-enzima:
• No metabolismo de CHO : Piruvato desidrogenase (Piruvato → Acetil Co A)
• Produção de energia e anabolismo - Ciclo de Krebs: a-cetoglutarato desidrogenase :
(a-cetoglutarato → Succinil CoA
• Produção de intermediarios metabólicos (Via das Pentoses) Transcetolases
Discussão
• De acordo com familiares, a paciente estava bebendo;
• Perda rápida de peso, vômitos e depressão associada;
REDUÇÃO ABSORÇÃO AUMENTO DA UTILIZAÇÃO DOS
ESTOQUES
DEFICIÊNCIA (perda de peso, confusão, neuropatia)
Tratamento
• Reposição parenteral ou oral de tiamina (50 a 100mg/dia)
melhora sinais neurológicos em poucos dias e cardiológicos
em 6-24h. (Prescrito mais 300mg/dia desde 9 meses PO)
• Orientação alimentar (fontes tiamina) + controle vômitos +
perda de peso programada.
• Apoio para abstinência de álcool.
CASO CLÍNICO – Obesidade Extrema
R.M.O., 39 anos, natural de Muriaé, atualmente reside em Rio Casca
•
Em 1987 pesava 67 aos 15 anos
•
Em 1989 (17 anos) 1ª gestação , já pesando 110 kg.
•
Usou Triac e Inibex no passado , perdeu 40 kg e (ganhou depois).
•
Em 05/2007: peso 150 kg – Fratura perna, ficando 8 meses imobilizada. (relata que não pode
ser ingessada devido ao peso).
•
Início de 2008: peso de 220 kg ( + ganho de 70 kg)
•
Em 03/2011: peso + 300 kg (supera a capacidade da balança).
•
Hipomenorreia (1 ciclo 2010 e outro 2011 ) com menorragia .
•
Não levanta do leito, parentes fazem higiene, preparam e oferecem refeições .
Comorbidades
HAS
S hipoventilação,
Edema
Artrite/atrose
Dislipidemia
Tabagista
Uso constante oxigênio
Não é Diabética
• Altura 1,68 m - Peso relatado: 300kg
EXAME CLÍNICO
•Peso Ideal: 70,5kg (IMC de 25 kg/m2)
•IMC atual : 110 kg/m2
• Excesso de IMC = 85 kg/m2
•Excesso de Peso = 229,5 kg
• Hipocorada, hidratada
• Dispneia (mesmo com O2)
•Edentulismo
•Edema
•Acantosis nigricans
•Dermatoses
• Hipercromatose mmii
•Deformidades mmii
Exames laboratoriais (03/2011)
SUPERNUTRIÇÃO CALÓRICA + DESNUTRIÇÃO VITAMÍNICA
Exame
Hb
Resultado
11,6
Exame
Resultado
CT
223
Hemácias
3.970
HDL
29
Hematócrito
36,2%
LDL
125
Plaquetas
286.000
TG
345
Glicemia
112
TSH
7,0
Hg glicada
5,8%
T4
1,56
Cálcio iônico
1,17
Ác. úrico
7,8
PTH
56,3
Ferro sérico
78
Fosf. alcalina
83
Ferritina
63,2
Gama GT
53
Vit. B12
225 (239-931)
TGO/TGP
21/26
Folato
4,75 (3 a 20)
Creatinina
0,67
Albumina
3,7
CONDUTA
Meta Inicial: condições operatórias e condições mínimas de atendimento
•Introdução de ômega 3 (2g/dia )
• Antinflamatório, anticoagulante e hipotrigliceridêmico
• Tratamento deficiência vitamina B12
• Abandonar tabagismo
• Encaminhamento para tratamento odontológico
Indicação de perda de peso preparatória para cirurgia bariátrica
Avaliação do uso de jejum modificado ou balão intragástrico
Balão Intra-gástrico
O Balão Intra-Gástrico é uma técnica
utilizada para o tratamento temporário
Máximo 6 meses
(GARRIDO et al., 2002)
PRÉ-OPERATÓRIO
RMO
2 DPO colocação Balão intragástrico
Peso: 273,5kg
IMC: 92,7kg/m2
Onde estudar mais sobre o assunto?
• LIVRO: Cirurgia da obesidade - Arthur B. Garrido Junior (Ed. Atheneu)
• ARTIGOS
• RUBIO, M.A.; MORENO, C. Nutrición Hospitalaria, 22 (supl.2):124-134, 2007
• PARKERS, E. Am J Med Sci, 331(4):207-213, 2006
• QUADROS et al. Rev Bras Nutr Clin, 22(1):15-19, 2006.
•SEBASTIAN, J.L. Clin Plastic Surg,35:11-26, 2008
• ALVAREZ-LEITE, J.I. Curr Opin Clin Nutr Metab Care, 7:569-575, 2004
• PONSKY et al. J Am Coll Surg, 201(1):125-131, 2005
•ORIA, H.E.; MOOREHEAD, M.K. Obesity Surgery. 8: 487-499, 1998
• BUCHWALD et al. JAMA, 292(14):1724-1737, 2004
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