Sumário - Concurseiro 24 Horas

Propaganda
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
TEORIA E EXERCÍCIOS DE PORTUGUÊS
Sumário
1.
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 2
2.
DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA ........................................................................................ 3
3.
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS .......................................................................................... 29
4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 35
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
1
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
1. APRESENTAÇÃO
Olá, Pessoal!
Permita-me uma breve apresentação pessoal.
Sou o professor Alexandre Alves Soares, formado em Letras
(Português/Literatura). Irei estar com vocês nessa caminhada rumo
ao sucesso. Assim, estamos lançando este curso de teoria e
exercícios para esta disciplina. Ao longo das aulas trarei os exercícios
mais recentes da banca em relação ao assunto tratado. O curso que
proponho é de teoria e exercícios.
Colocarei as questões mais recentes do CESPE comentadas ao longo
das aulas e também estarão disponíveis no final com gabarito. Este
curso será composto de cinco aulas, além desta aula demonstrativa
de acordo com o edital.
Nesse sentido, irei comentar nesta aula várias questões do CESPE
para que você possa conhecer um pouco do que virá pela frente.
Vamos às questões!
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
2
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
2.
DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA
TEXTO
Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham
possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não
foram suficientes para que essa condição se verificasse na prática.
A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas
legislações esboroava diante da inexorável exclusão econômica da
maioria da população. Em vista disso, já no século XIX, buscaram-se
os direitos sociais com ações estatais que compensassem tais
desigualdades, municiando os desvalidos com direitos implantados e
construídos de forma coletiva em prol da saúde, da educação, da
moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos.
No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a
afirmação da cidadania se completou, haja vista que só então se
percebeu a necessidade de se valorizar a vontade da maioria,
respeitando-se, sobretudo, as minorias, em suas necessidades e
peculiaridades.
Em outras palavras, verificou-se claramente que a maioria pode ser
opressiva, a ponto de conduzir legitimamente ao poder o nazismo ou
o fascismo. Para que fatos como esse não se repetissem, fez-se
premente a criação de salvaguardas em prol de todas as minorias,
uma vez que a soma destas empresta legitimidade e autenticidade à
vontade da maioria. Eis aí o fundamento primeiro das políticas em
favor de quaisquer minorias.
No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés
assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações
governamentais tem sido substituído por programas de efetiva
inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e
não mais meros beneficiários de políticas de assistência social.
O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da
inclusão de qualquer cidadão e, para que se concretize em face das
pessoas com deficiência, há que se exigir do Estado a construção de
uma sociedade livre, justa e solidária (como prevê o artigo 3.º 34 da
Constituição Federal), por meio da implementação de políticas
públicas compensatórias e eficazes.
A obrigação, porém, não se esgota nas ações estatais. Todos nós
somos igualmente responsáveis pela efetiva compensação de que se
cuida. As empresas, por sua vez, devem primar pelo respeito ao
princípio constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa,
para que se implementem a cidadania plena e a dignidade do
trabalhador com ou sem deficiência (previstas nos artigos 1.º e 170
da 43 Constituição Federal).
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
3
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Nesse diapasão, a contratação de pessoas com deficiência deve ser
vista como qualquer outra. Desses trabalhadores, espera-se
profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos ínsitos a
qualquer empregado.
Não se quer assistencialismo, e sim oportunidades. Brasil. Ministério
do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. A
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
2.ª ed., Brasília, 2007. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com
adaptações).
Quero chamar a atenção de vocês já neste momento. Percebam que
mais uma vez a CESPE retirou um artigo da internet. Perceberam? É
uma característica da banca em suas provas de língua portuguesa.
Sugiro que façam uma leitura dinâmica de todo o texto
primeiramente e, logo após, partam para resolver as questões. Se
necessário for, voltem ao texto. Lembre-se de que muitas questões
você conseguirá resolver sem precisar voltar ao texto. Com isso, você
ganhará tempo em outras matérias. Continuemos.
Cada um dos itens abaixo apresenta uma proposta de reescrita de
trecho do texto — indicado entre aspas —, que deve ser julgada certa
se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido original do
texto, ou errada, em caso contrário.
QUESTÃO 01 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
“Desses (...) empregado” (R.45-46): Esperam-se desses trabalhadores
profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos imanentes a
qualquer empregado.
COMENTÁRIOS: Vamos destrinchar a questão e aconselho a vocês
que façam a mesma coisa na hora da prova para que não venhamos
ser pego de surpresa.
Percebam que a oração está na voz passiva sintética ou pronominal.
Notem que o verbo “esperar” está acompanhado da partícula
apassivadora “se”. “““ “““ Na oração acima,” profissionalismo,
dedicação, assiduidade” não é um agente da ação verbal, mas o
sujeito paciente. O verbo é passivo, sendo essa passividade indicada
pelo pronome “se”.
Sujeito composto - "profissionalismo, dedicação assiduidade". (o
sujeito está posposto ao verbo)
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
4
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Verbo transitivo - esperar (está no plural para acompanhar o
sujeito composto em número e pessoa)
Lembrando que o verbo transitivo direto ou transitivo direto e
indireto + a partícula “se” caracteriza a voz passiva.
Advérbio- enfim (caracteriza a necessidade de concluir um
pensamento, uma ideia, um discurso -“atributos imanentes a
qualquer empregado”)
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 02 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) “A
mera (...) população” (R.4-6): A simples declaração formal das
liberdades nos documentos e nas legislações ruíam frente à fatal
exclusão econômica da maior parte da população.
COMENTÁRIOS: Sujeito- A simples declaração formal das liberdades
nos documentos e nas legislações
Núcleo do sujeito - declaração
Verbo intransitivo- ruíam
O verbo “ruir” não está colocado de maneira correta na oração, uma
vez que na concordância verbal o verbo concorda com o sujeito
(núcleo). “Sendo assim, a maneira correta seria:” A simples
declaração formal das liberdades nos documentos e nas legislações
ruía frente à fatal exclusão econômica da maior parte da população.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 03 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) “No
entanto (...) completou” (R.12-13): Mas, apenas depois da Segunda
Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se.
COMENTÁRIOS:
Sujeito- a cidadania
Verbo pronominal- solidificou-se
Adjunto adverbial- apenas depois da Segunda Guerra Mundial
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
5
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Locução denotativa de realce - é que
Conjunção adversativa- mas
Atenção! Quando a expressão adverbial vier intercalada, deverá vir
entre vírgulas. A oração correta seria: “Mas, apenas depois da
Segunda Guerra Mundial, é que a cidadania solidificou-se.”
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 04 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) “O
direito (...) cidadão” (R.29-31): O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de
estudar são a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão.
COMENTÁRIOS: Sujeito composto- O direito de ir e vir, o de
trabalhar e o de estudar.
Núcleo do sujeito composto- direito, o (direito) e o (direito)
Verbo de ligação- são
Predicativo do sujeito- a mola da inclusão de qualquer cidadão
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 05 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Infere-se da leitura do texto que a contratação de pessoas com
deficiência por empresas privadas vai de encontro ao princípio
constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa.
COMENTÁRIOS: Mais uma vez o CESPE coloca em sua prova a
expressão “Infere-se do texto”. O que significa isso? A banca está
perguntando para o candidato o que ele conclui sobre o texto,
o que ele deduz sobre o texto. Esse tipo de questão aconselho ao
candidato que ele volte ao texto. Vamos ao texto então! Percebam
que após uma leitura dinâmica do texto fica clara a ideia de que a
contratação de pessoas com deficiência por empresas privadas VAI
AO ENCONTRO DO princípio constitucional do valor do trabalho e da
livre iniciativa. Nesta alternativa o candidato deverá saber a diferença
entre “ao encontro de” e “de encontro a”. Vejamos:
Ao encontro de – favorável, na direção de ou em favor de
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
6
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
De encontro
contradição.
a
–
significa
contra,
no
sentido
contrário,
em
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 06 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Depreende-se do texto que a necessidade de busca de direitos sociais
que compensassem as desigualdades econômicas foi a razão maior da
Segunda Guerra Mundial.
COMENTÁRIOS: Questão típica do CESPE UNB. É certo que a banca
coloque uma questão pedindo que o candidato “depreenda do texto
uma afirmação dada por ela”. O que seria “depreende-se do texto”? O
CESPE está perguntando o que o candidato entende sobre o texto, o
que ele compreende do texto, o que ele deduz sobre o texto, qual é a
conclusão que ele chegou do texto...
Vamos por parte. Sugiro que o candidato busque no texto o que a
banca está afirmando. Vamos ao texto! Após fazer uma leitura com
calma do texto, percebam que em nenhum momento o texto
informou que a Segunda Guerra Mundial tivesse como razão nem
tão pouco como razão maior a necessidade de busca de direitos
sociais que compensassem as desigualdades econômicas.
Sugiro que se o candidato estiver com dúvida em marcar a questão
não marque, visto que se errar a questão anulará outra que ele
marcou certa. Ora, se você demorou cinco minutos para fazer uma
questão e ainda está com dúvida em marcar é sinal que você não
está confiante, então: NÃO MARQUE.
Nesse momento da prova a probabilidade de você errar é enorme
uma vez que você já ficou um tempo razoável somente em uma
questão e ainda não se decidiu. Quando você realmente sabe fazer a
questão, de imediato você já estará com a resposta na ponta da
língua. Se você demorou de três a cinco minutos e ainda está em
cima do muro NÃO MARQUE.
Outro ponto importantíssimo na prova do CESPE é que a quantidade
de questões CERTAS é quase a mesma de questões ERRADAS, ou seja, se a prova vier com
vinte questões de português, NORMALMENTE dez serão CERTAS e dez serão ERRADAS. Sugiro
que você na hora da prova tenha calma e assim que terminar de fazer a prova de língua
portuguesa conte quantas questões você marcou certo e errado.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
7
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Esse equilíbrio ocorre com todas as disciplinas. Qualquer dúvida
verifique os gabaritos das últimas provas do CESPE e faça as contas.
No final concluirá que NORMALMENTE 50% das questões são certas e
50% são erradas.
Lógico que temos uma variação para ambos os lados. Se estiver um
desequilíbrio gritante na disciplina de português, quando sobrar um
tempo na prova, volte para a disciplina de português para fazer um
pente fino porque a probabilidade de você está equivocado é enorme.
Outro ponto é que se o CESPE colocar em sua prova vinte questões
de língua português NORMALMENTE oito questões são de
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, oito questões versam sobre
GRAMÁTICA e quatro versam sobre REDAÇÃO OFICIAL.
Lembrando que para saber interpretar texto tem que saber gramática
e vise- versa. Uma coisa está vinculada a outra. O candidato que for
fazer uma prova do CESPE que contenha a disciplina de língua
portuguesa (todas as provas do CESPE terão essa disciplina) e no
edital contenha a matéria redação oficial faça um dia antes da prova
um pequeno resumo para ler antes de entrar no local de prova sobre
COMUNICAÇÕES OFICIAIS: ofício, aviso, memorando, exposição de
motivos e mensagem. Segue abaixo um pequeno resumo que irá
ajudar você na prova.
COMUNICAÇÕES OFICIAIS: AVISO, OFÍCIO, MEMORANDO,
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS E MENSAGEM
AVISO
OFICIO
MEMORANDO
EXPOSIÇÃO
DE
MOTIVOS
MENSAGEM
Cabeçalho
Não
Nome do
órgão
+
endereço
+ tel. e email
Não
Não
Não
Tipo
da
comunica
ção
e
número
Sim:
Aviso
Sim:
Ofício
Of.
Sim: Mem.
Sim: EM
Sim:
Mensagem
Local
data
e
Canto
direito
Canto
direito
Canto direito
Canto direito
No final, no
canto direito
Destinatár
io
Nome
cargo
Cargo
Não
Não
Prof. Alexandre Soares
+
Nome
cargo
ou
+
+
[email protected]
8
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
endereço
Assunto
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Vocativo
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Texto
Parágrafo
s
sem
numeraçã
o
Parágrafos
com
numeraçã
o
Parágrafos com
numeração
Parágrafos
sem
numeração
Parágrafos
sem
numeração
Fecho
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Identificaç
ão
do
signatário
Nome+
cargo
Nome+
cargo
Nome + cargo
Nome
cargo
Expedido
por e para
Expedido
por
Ministros
de Estado
para
autoridad
e
de
mesma
hierarquia
Expedido
por e para
as demais
autoridad
es
Comunicação
entre unidades
administrativas
de um mesmo
órgão
(comunicação
interna)
Expedido por
Ministros de
Estado para
o Presidente
da República
Entre Chefes
dos Poderes
Públicos
Finalidade
Tratamen
to
de
assuntos
oficiais
pelos
órgãos da
administr
ação
pública
entre si
Tratament
o
de
assuntos
oficiais
pelos
órgãos da
administra
ção
pública
entre si, e
também
com
particular
es
Pode ter caráter
meramente
administrativo
ou pode ser
para
a
exposição
de
projetos, ideias
etc. Deve ser
simples e ágil.
Informar
algo, propor
alguma
medida
ou
submeter a
sua
consideração
projeto
do
ato
normativo
Informar
sobre
fato
da
Administraçã
o
Pública;
expor
+
Não
o plano de
governo por
ocasião
da
abertura de
sessão
legislativa;
submeter ao
Congresso
Nacional
matérias que
dependem
de
deliberação
de
suas
Casas;
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
9
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
apresentar
veto; enfim,
fazer
e
agradecer
comunicaçõe
s de tudo
quanto seja
de interesse
dos poderes
públicos e da
Nação.
Observações
Com o objetivo de simplificar o fecho das correspondências oficiais
deve-se utilizar somente dois tipos para todas as modalidades de
comunicação oficial:
 Respeitosamente – quando se referir a um destinatário com
hierarquia acima
 Atenciosamente – quando se referir a um destinatário com a
mesma hierarquia ou hierarquia inferior
O tratamento, no texto da correspondência e no destinatário, deve
ser coerente, vindo por extenso ou abreviado.
Na identificação do destinatário, sempre na primeira página do
documento, usa-se Excelentíssimo (a) Senhor (a) quando se utilizar o
tratamento Vossa Excelência e Senhor (a), para o tratamento Vossa
Senhoria.
TEXTO
Existe no mercado uma tendência de crescimento da taxa de
atividade feminina e de melhoria para as mulheres na disputa por
postos de trabalho.
De fato, desde meados dos anos oitenta do século XX, a taxa anual
de emprego das mulheres mostra-se mais elevada que a masculina, o
que representa um forte aumento de pessoas do sexo feminino entre
a população ocupada.
Muitas razões podem explicar esse comportamento mais favorável às
mulheres do que aos homens, no que se refere à expansão do nível
de ocupação. Uma delas decorre da amplitude do processo de
reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século
passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja redução
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
10
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
massiva tem rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens
do que sobre as mulheres, pouco representadas no setor.
Outro fator que estimula a inserção produtiva das mulheres diz
respeito à expansão da economia de serviços. Entretanto, há de se
considerar que esse fenômeno pouco tem alterado a predominância
de um ou outro sexo em determinados setores, dado o perfil da
segregação ocupacional de gênero: as mulheres permanecem
majoritárias ― representam mais de 70% do total ― nas atividades
de saúde e de ensino, na administração pública e nos serviços
pessoais.
O terceiro fator que favorece o aumento do emprego feminino nos
anos recentes é a maior flexibilização do mercado de trabalho,
juntamente com a “precarização” das relações de trabalho, dada a
falta de regulamentação de certas garantias de trabalho e de
seguridade social, as formas de contrato sem carteira assinada, a
diminuição dos níveis salariais, o aumento das formas de trabalho em
domicílio e por conta própria e o aumento da informalidade, de forma
geral.
Esse enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego
para as mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual
divisão do trabalho por sexo: o emprego em atividades de tempo
parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois permitiria
compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão
de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e
privado, até porque, em face do aumento do desemprego, seriam
provavelmente as primeiras a serem dispensadas.
Em outras palavras, existe uma oposição entre elevação da taxa de
emprego feminina ― ou “feminização” do emprego ― e a
“precarização” das relações de trabalho, e isso explica vantagens
comparativas da mão de obra feminina sobre a masculina. Tânia M.
Fontenele-Mourão. Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e
persistência.
Brasil: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
Internet: <www.dominiopubl ico. gov.br> (com
adaptações).
QUESTÃO 07 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) Não
haveria prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do
texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse assim
reescrito: Muitos são os motivos que podem explicar esse
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
11
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
comportamento mais favorável a mulher do que os homens, quanto à
expansão do nível de ocupação.
COMENTÁRIOS: Questão típica do CESPE sobre regência nominal
envolvendo crase.
Conceito- Regência Nominal é o nome da relação existente entre
um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos
por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por
uma preposição. Segue abaixo um breve resumo para você levar
para a sua prova.
Substantivos
Admiração a,
por
Devoção a, para, com,
por
Medo a, de
Aversão a,
para, por
Doutor em
Obediência a
Atentado a,
contra
Dúvida acerca
sobre
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Capacidade de,
para
Impaciência com
Respeito a, com,
com, por
de,
em, Ojeriza a, por
para
Adjetivos
Acessível a
Acostumado a, com
Afável com,
com
Diferente de
Entendido em
para Equivalente a
Necessário a
Nocivo a
Paralelo a
Agradável a
Escasso de
Parco em, de
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de,
para, Fanático por
Prof. Alexandre Soares
Prejudicial a
[email protected]
12
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
por
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a,
de
Idêntico a
Satisfeito com,
em, por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Curioso de, por
Insensível a
Sito em
Descontente com
Liberal com
Suspeito de
Desejoso de
Natural de
Vazio de
de,
Advérbios
Longe de
Perto de
Sendo assim, agora você já tem condições de resolver essa questão.
Vejamos!
Percebam que o adjetivo “favorável” exige preposição “a” e o
substantivo “mulher” é feminino, sendo assim haverá crase
(preposição + artigo-regra básica). Por outro lado, percebam também
que deve haver preposição contraída com artigo antes de “homens”,
ou seja, “... aos homens”. A oração de forma correta seria:
1-”Muitos são os motivos que podem explicar esse comportamento
mais favorável à mulher do que aos homens, quanto à expansão do
nível de ocupação”.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
13
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Ou
2-”Muitos são os motivos que podem explicar esse comportamento
mais favorável a mulher do que a homens, quanto à expansão do
nível de ocupação”.
Obs.: Sem o artigo, os substantivos “mulher” e “homens” passam a
ter sentido genérico).
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 08 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) As
formas verbais “tem” (R.13) e “incide” (R.14) estão flexionadas no
singular porque concordam com o termo “redução massiva” (R.13).
COMENTÁRIOS: Questão sobre concordância verbal.
REGRA GERAL- o verbo concorda com o seu sujeito, no entanto, se
esse for sujeito e aparecer após o verbo, poderá haver casos de
concordância atrativa.
Exemplo: O céu e a terra passarão.
Passará/ passarão o céu e a terra.
Existem vários tipos de concordância verbal. Esses dois são os que
mais aparecem em prova. Sendo assim, vamos ao texto!
“Uma delas decorre da amplitude do processo de reestruturação
produtiva iniciada na década de noventa do século passado, que afeta
principalmente o emprego industrial, cuja redução massiva tem
rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que sobre
as mulheres, pouco representadas no setor.”
Verbos- ter e incidir (conjugados no singular)
Sujeito- redução massiva
Obs.: O verbo ter na 3ª pessoa do singular- Ele tem
O verbo ter na 3ª pessoa do plural- Eles têm
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
14
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
MACETE: Quando você se deparar com uma questão que versa sobre
concordância verbal a primeira coisa a fazer é achar o verbo. Depois
pergunte ao verbo quem é que ou o quê?
Exemplo 1: quem é que tem rebatimentos negativos?
Resposta: redução massiva (sujeito)
Exemplo 2: quem é que incide mais sobre os homens?
Resposta: redução passiva (sujeito)
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 09 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) A
substituição do trecho “o que atenderia” (R.38-39) por que atendem
manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
COMENTÁRIOS: Questão típica do CESPE. Com certeza absoluta
esse tipo de questão será abordada em sua prova. Sugiro que
primeiramente você sublime as expressões “correção gramatical” e “
coerência do texto”. O que seria manter a “correção gramatical” e a
“coerência do texto”? A parti de agora você nunca mais irá errar
questão que envolva esse assunto. Vamos por parte!
Coerência textual- é a relação lógica entre as ideias, visto que estas
devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as
partes do texto. Texto coerente é aquele que podemos estabelecer
sentido. Logo, quando o CESPE falar: mantendo a coerência textual a
banca quer dizer para você que não irá mudar o sentido, ou seja, o
sentido será o mesmo.
Correção gramatical- consiste no respeito às normas e princípios do
idioma e às regras gramaticais e ortográficas. Logo, quando o CESPE
diz: mantendo a correção gramatical a banca quer dizer para você
que não poderá ter erro de gramática.
Erro de gramática- erro de grafia, erro de impropriedade vocabular,
erro de acentuação gráfica, erro no emprego da crase, erro de
emprego dos pronomes, erro de emprego de verbos, erro de
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
15
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
morfologia em substantivos e adjetivos, erro de regência verbal, erro
de concordância verbal e nominal e erro de colocação pronominal.
Agora você está apto a resolver questões dessa natureza. Vamos ao
texto para separarmos a parte que envolve o assunto.
“Esse enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego
para as mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual
divisão do trabalho por sexo: o emprego em atividades de tempo
parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois permitiria
compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão
de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e
privado, até porque, em face do aumento do desemprego, seriam
provavelmente as primeiras a serem dispensadas.”
Percebam que o segmento “o que atenderia” retorna o conjunto das
informações anteriores introduzida pelos dois - pontos. Caso o
segmento “o que atenderia” fosse substituído por “que atendem” a
correção gramatical seria mantida, porém a coerência da mensagem
não, porque passaria a retornar apenas “trabalhos inferiores” e não o
conjunto das ideias anteriores.
Considerando as orientações constantes do Manual de Redação da
Presidência da República, julgue os itens subsequentes.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 10 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) O
ofício e o aviso se diferenciam do memorando quanto a sua forma e
finalidade.
COMENTÁRIOS: Ofício- é a espécie de redação oficial voltada tanto
a órgãos da Administração Pública quanto ao público externo, tendo
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos
públicos entre si e, também, expedido às entidades privadas.
AVISO - sua forma é idêntica a do ofício, porém a única diferença é
que o primeiro é expedido exclusivamente por Ministros de Estado.,
entre servidores de igual hierarquia.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
16
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
MEMORANDO - é de uso interno, é elaborado em padrão ofício.
Perceberam que o ofício e o aviso se diferenciam do memorando
quanto à sua finalidade, no entanto não quanto à forma, tendo em
vista que todos seguem o padrão ofício.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 11 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) O
ofício segue o mesmo padrão do aviso quanto ao formato, sendo que se
diferencia quanto à finalidade por tratar também de assuntos oficiais com
particulares.
COMENTÁRIOS: De acordo com a explicação acima você pode
resolver essa alternativa. O padrão de formato do aviso e do ofício é
igual, no entanto eles diferenciam-se na finalidade.
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 12 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) O
memorando é uma forma de comunicação estritamente interna.
COMENTÁRIOS: O Manual de Redação Oficial da Presidência da
República diz:
“3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado
para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem
adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela
simplicidade
de
procedimentos
burocráticos.
Para
evitar
desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos
ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de
falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite
formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o
andamento da matéria tratada no memorando.”
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
17
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 13 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) O
despacho ao memorando deve ser dado por meio de outro memorando.
Assim, torna-se possível historiar o andamento de matéria que seja
tratada no memorando, formando-se uma espécie de processo
simplificado.
COMENTÁRIOS: Os despachos ao memorando não serão expedidos
em outro memorando, porém no próprio. O CESPE retirou esta
questão desta parte do manual, veja!
“3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado
para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem
adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela
simplicidade
de
procedimentos
burocráticos.
Para
evitar
desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos
ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de
falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite
formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o
andamento da matéria tratada no memorando.”
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 14 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) Os
princípios da publicidade e da impessoalidade, princípios da
administração pública, orientam a elaboração de atos e comunicações
oficiais.
COMENTÁRIOS: Bastava você ter lido o manual de redação oficial
da Presidência da República, veja!
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do
padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
18
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da
Constituição, que dispõe, no artigo 37: "A administração pública
direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 15 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) A
linguagem clara e inteligível deve pautar a comunicação oficial. Desse
modo, o uso de jargão técnico colabora para a clareza na comunicação.
COMENTÁRIOS: Percebam que até a vírgula está corretíssima a
afirmação: “A afirmação de que a linguagem clara e inteligível deve
pautar a comunicação oficial”. Agora, quando o examinador diz que
“o uso do jargão técnico colabora para a clareza na comunicação” ele
torna a questão errada, contrariando assim o manual de redação
oficial da Presidência da República. Veja!
“1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir
esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a
determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por
expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos
vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão
oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto nos atos e
comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no
emprego
das
formas
sintáticas,
mas
isso
não
implica,
necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve
ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
1.4. Concisão e Clareza
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação
restrita, como a gíria e o jargão;
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
19
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
QUESTÃO 16 (CESGRANRIO/POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2013) No
que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima,
julgue os itens a seguir. O emprego do acento nas palavras “ciência” e
“transitório” justifica-se com base na mesma regra de acentuação.
COMENTÁRIOS: Questão que versa sobre acentuação gráfica.
Percebam que ambas as palavras são paroxítonas terminadas em
ditongo, observem:
ciência= ci-ên-cia
transitório= tran-si-tó-rio
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 17 (CESGRANRIO/DEPEN/2013) A ocorrência de hiato
justifica o emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras
‘construída” e “conteúdos”.
COMENTÁRIOS: Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam
hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou
acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "nh".
Exemplos: saída, egoísmo e saúde.
ATENÇÃO! São se acentuam hiatos, como os das palavras:
Juiz, raiz, ruim, cair
Existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras
razões. Veja os exemplos abaixo:
poético- proparoxítona
boêmio- paroxítona terminada em ditongo crescente
Jacó- oxítona terminada em “o”
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 18 (CESGRANRIO/DEPEN/2013) As palavras “Penitenciário”
(L.1), “carcerária” (L.3) e “Judiciário” (L.6) recebem acento gráfico com
base na mesma regra gramatical.
COMENTÁRIOS:
Penitenciário- paroxítona terminada em ditongo
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
20
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Judiciário- paroxítona terminada em ditongo
Carcerária- paroxítona terminada em ditongo
ATENÇÃO!
• O Novo Acordo Ortográfico, com o advento das mudanças,
perderam o acento as PAROXÍTONAS que possuam "éi" e "ói",
passando a se grafar IDEIA, MOCREIA, HEROICO.
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 19 (CESGRANRIO/ANS/2013) Pela mesma regra de
acentuação gráfica, justifica-se o acento gráfico nos vocábulos “países”,
“possível” e “difícil
COMENTÁRIOS:
Países- hiato
Possível- paroxítona
Difícil- paroxítona
As oxítonas que mais confundem o candidato:
Ureter, Cateter, Ruim, Condor, Novel, Nobel, Mister.
As paroxítonas que mais confundem o candidato:
Ibero, Aziago, Pudico, Barbaria, Maquinaria, Dúplex, Tríplex, Látex,
Batavo, Filantropo, Misantropo, Rubrica, Índex, Cassetete, Pecha,
Inodoro, Incesto, Necropsia, austero, Recorde, Avaro, Botica;
Caracteres, Dolo, Blefe, Hífen
As proparoxítonas que mais confundem o candidato:
Ímprobo, Ínterin, Lêvedo, Bávaro, Ágape, Álibi, Ômega, Protótipo,
Arquétipo, Azáfama, Aerólito, Zênite, Álcali
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO
20
(CESGRANRIO/ANS/2013)
Os
acentos
gráficos
empregados em “Agência” e em “Saúde” têm a mesma justificativa.
COMENTÁRIOS: Agência- as paroxítona terminada em ditongo
crescente: ea(s), eo(s), ia(s), ie(s), io(s), ua(s), ue(s), uo(s) são
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
21
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
acentuadas.
saúde- As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na
palavra quando formarem um hiato tônico com a vogal anterior.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 21 (CESGRANRIO/CNJ/2013) A mesma regra de acentuação
gráfica, justifica o emprego de acento gráfico nas palavras “construída”
e “possíveis”.
COMENTÁRIOS: construída- hiato do "i" ou "u" como 2ª
vogal; tônico; sozinho ou com "s" na sílaba; desde que não venha
"nh"
após
o
hiato
e não ocorra duplicação.
possíveis- paroxítona terminada em ditongo oral seguido ou não
de "s"
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 22 (CESGRANRIO/INPI/2013) A grafia correta da forma
verbal derivada do nome “individuais” (l.2) é individualizar.
COMENTÁRIOS: Lembrem-se de que os verbos terminados em
IZAR serão escritos com Z quando a palavra de origem não tiver o
radical terminado em S.
Exemplo: terror (aterrorizar), útil (utilizar)
Os verbos terminados em ISAR serão escritos com S quando esta
letra fizer parte do radical da palavra de origem.
Exemplo: improviso
(pesquisar)
(improvisar),
análise
(analisar),
pesquisa
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
TEXTO
A impunidade de políticos não decorre de foro privilegiado, mas de
justiça ineficiente. Abolir o referido mecanismo produzirá efeitos
desfavoráveis. É compreensível a confusão.
A designação mais conhecida, “foro privilegiado”, sem dúvida, sugere
a existência de condenável regalia. Não é estranho, portanto, que o
Congresso tenha incluído em sua agenda positiva um esforço para
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
22
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
eliminar essa prerrogativa constitucional. Os parlamentares estariam,
com isso, oferecendo o seu quinhão para o combate à impunidade
que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes.
Entretanto, há dois equívocos nesse raciocínio.
O primeiro é imaginar que o foro especial — assegurado a
autoridades como o presidente da República, governadores, prefeitos,
congressistas e ministros de Estado — seja responsável pela ausência
de punições na esfera jurídica. As numerosas instâncias da justiça
comum favorecem interposição de recursos, o que atrasa a
caminhada processual e contribui para a impunidade.
O segundo equívoco do raciocínio é imaginar que a prerrogativa de
foro constitua, de fato, um privilégio. De um lado, porque não há
benefício na supressão de um ou de todos os graus de jurisdição. De
outro, porque o mecanismo busca assegurar um julgamento imparcial
— em proveito não só do réu, mas também da sociedade.
Em tese, tribunais superiores estão mais protegidos contra as
pressões que governantes e legisladores podem tentar exercer em
favor da absolvição, assim como são menos suscetíveis à litigância
meramente persecutória.
Folha de S.Paulo, 11/7/2013 (com adaptações).
QUESTÃO 23 (CESPE/TCE-RS/2013) Em relação ao texto acima, julgue
os itens que se seguem. Mantêm-se as relações sintáticas originais ao
se substituir o termo “Entretanto” (l.11) por qualquer um dos
seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.
COMENTÁRIOS: São exemplos de conjunções coordenativas
adversativas: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, se não,
não obstante.
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
TEXTO
“Embora as conquistas obtidas a parti da Revolução Francesa
tenham possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, eles
não foram suficientes para que essa condição se verificasse na
prática.”
QUESTÃO 24 (CESPE/TEM/2013) Com base na estrutura linguística do
texto, julgue os itens que se seguem. Dada a relação de concessão
estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra
“Embora” (l.1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção
gramatical do texto, ser substituída por Conquanto.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
23
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
COMENTÁRIOS: As conjunções coordenativas concessivas são as
conjunções que, iniciando uma oração subordinada, se referem a
uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não
implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências
(expressão
das
oposições
coexistentes).
As
conjunções
subordinativas concessivas são: embora, mesmo que, ainda que,
posto que, por mais que, conquanto, apesar de, mesmo quando,
etc.
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
TEXTO
“É claro que ó definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência
da ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada
dia...”
QUESTÃO 25 (CESPE/PRF/2013) No que se refere aos sentidos e às
estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. Tendo a
oração “que se supera a si mesma a cada dia” (L.3-4) caráter
explicativo, o vocábulo “que” poderia ser corretamente substituído por
pois ou porque, sem prejuízo do sentido original do período.
COMENTÁRIOS: Vejamos:
Que-pronome relativo
Pois- conjunção coordenada sindética conclusiva
Porque- conjunção subordinada adverbial causal
Logo, não pode ser substituído sem prejuízos de sentido.
ATENÇÃO!
• O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo; causal,
quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
TEXTO
“Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado
nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.”
QUESTÃO 26 (CESPE/PRF/2013) Dado o fato de que nem equivale a e
não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “inviolável”, na
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
24
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
linha 10, manteria a correção gramatical do texto.
COMENTÁRIOS: Se nós retirarmos o “e” obrigatoriamente teríamos
que colocar uma vírgula antes do “nem” a fim de separarmos a
oração coordenada sindética.
“Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável, nem o Estado
nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia.”
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
TEXTO
“A fiscalização do cumprimento das garantias de atendimento é uma
forma eficaz de se certificar o beneficiário da assistência por ele
contratada, pois leva as operadoras a ampliarem o credenciamento
de prestadores e a melhorarem o seu relacionamento com o cliente.”
QUESTÃO 27 (CESPE/ANS/2013) Mantêm-se a correção gramatical do
período e suas informações originais ao se substituir o termo “pois” (l.10)
por qualquer um dos seguintes: já que, uma vez que, porquanto.
COMENTÁRIOS: Nesse trecho o “pois” é sim uma conjunção causal e
pode ser substituído por outra conjunção causal. Vejamos!
O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez
que".
“Em situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil estão,
por exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina com 2,9; e por fim, o
Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer que há
nações proporcionalmente com menos promotores que o Brasil”
GABARITO DA QUESTÃO: CERTO
QUESTÃO 28 (CESPE/MPU/2013) Seriam mantidas a coerência e a
correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais
maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (l.11-12)
fosse iniciado com um vocábulo de valor conclusivo, como logo, por
conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
25
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
COMENTÁRIOS: São exemplos de conjunção conclusiva:
São introduzidas pelas conjunções pois (posposto ao verbo), logo,
portanto, então, por conseguinte, por consequência, assim, desse
modo, destarte, com isso, por isto, consequentemente, de modo que,
indicando uma relação de conclusão do período anterior.
São exemplos de conjunção explicativas:
São introduzidas pelas conjunções que, porque, porquanto, por,
portanto, como, pois (anteposta ao verbo), ou seja, isto é, indicando
uma relação de explicação para com a sentença anterior.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 29 (CESPE/SERPRO/2013) Julgue os itens subsecutivos,
relativos às ideias e estruturas linguísticas do texto acima. Na linha 5, o
vocábulo “porquanto”, que liga orações coordenadas, pode ser
substituído por conquanto, sem prejuízo para a correção gramatical ou
para a ocorrência textual.
COMENTÁRIOS:
ATENÇÃO!
• Não confunda
“porquanto”.
a
conjunção
“conquanto”
com
a
conjunção
Porquanto - introduz orações causais ou explicativas
Conquanto - é concessiva, equivale a “apesar de que, mesmo que,
ainda que”
“... se originaram a parti de bens minerais que se formaram ao longo
do tempo geológico e que levarão anos até serem incorporados pela
terra...”
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 30 (CESPE/CPRM/2013) O pronome “se”, em “que se
formaram” (L.7), poderia ser corretamente deslocado para logo após a
forma verbal “formaram”, escrevendo-seque formaram-se.
COMENTÁRIOS: Não podemos esquecer que a póclise é aplicada
antes do verbo quando temos: palavras com sentido negativo,
advérbio, pronomes relativos, pronomes indefinidos, pronomes
demonstrativos, preposição seguida de gerúndio e conjunção
subordinativa.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
26
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
As Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo,
gerúndioouparticípio.
Os Verbos no PARTICÍPIO JAMAIS admitem ênclise:
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar.
Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo
auxiliar.
- Havia-lhe
contado a
verdade.
- Não (palavra
atrativa) lhe
havia
contado a
verdade.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o
pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Infinitivo
- Quero-lhe
dizer o
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.
que
aconteceu.
Gerúndio
- Ia-lhe
dizendo o
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
que
aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Infinitivo
- Não
lhe
quero
dizer o
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não
lhe
ia
- Não ia dizendo-lhe a verdade.
que
dizendo a
aconteceu.
verdade.
“Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na
esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia.”
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
QUESTÃO 31
(CESPE/PRF/2013) Devido à presença do advérbio
“apenas” (L.18), o pronome “se” (L.17) poderia ser deslocado para
imediatamente após a forma verbal “coloca” (L.17), da seguinte forma:
coloca-se.
COMENTÁRIOS:
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
27
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
ATENÇÃO!
• Na próclise você deve considerar algumas palavras atrativas e elas
são CAPQUE.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
ADVÉRBIO
PRONOME
QUE-
PALAVRA
QUE
Se houver CAPQUE antes do verbo, geralmente ocorrerá a próclise,
no entanto com pronomes demonstrativos a próclise é facultativa.
GABARITO DA QUESTÃO: ERRADO
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
28
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
3.
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
TEXTO
Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham
possibilitado a consolidação da concepção de cidadania, elas não
foram suficientes para que essa condição se verificasse na prática.
A mera declaração formal das liberdades nos documentos e nas
legislações esboroava diante da inexorável exclusão econômica da
maioria da população. Em vista disso, já no século XIX, buscaram-se
os direitos sociais com ações estatais que compensassem tais
desigualdades, municiando os desvalidos com direitos implantados e
construídos de forma coletiva em prol da saúde, da educação, da
moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos.
No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a
afirmação da cidadania se completou, haja vista que só então se
percebeu a necessidade de se valorizar a vontade da maioria,
respeitando-se, sobretudo, as minorias, em suas necessidades e
peculiaridades.
Em outras palavras, verificou-se claramente que a maioria pode ser
opressiva, a ponto de conduzir legitimamente ao poder o nazismo ou
o fascismo. Para que fatos como esse não se repetissem, fez-se
premente a criação de salvaguardas em prol de todas as minorias,
uma vez que a soma destas empresta legitimidade e autenticidade à
vontade da maioria. Eis aí o fundamento primeiro das políticas em
favor de quaisquer minorias.
No que toca às pessoas com deficiência, é possível afirmar que o viés
assistencialista e caridosamente excludente que orientava as ações
governamentais tem sido substituído por programas de efetiva
inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio destino, e
não mais meros beneficiários de políticas de assistência social.
O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da
inclusão de qualquer cidadão e, para que se concretize em face das
pessoas com deficiência, há que se exigir do Estado a construção de
uma sociedade livre, justa e solidária (como prevê o artigo 3.º 34 da
Constituição Federal), por meio da implementação de políticas
públicas compensatórias e eficazes.
A obrigação, porém, não se esgota nas ações estatais. Todos nós
somos igualmente responsáveis pela efetiva compensação de que se
cuida. As empresas, por sua vez, devem primar pelo respeito ao
princípio constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa,
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
29
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
para que se implementem a cidadania plena e a dignidade do
trabalhador com ou sem deficiência (previstas nos artigos 1.º e 170
da 43 Constituição Federal).
Nesse diapasão, a contratação de pessoas com deficiência deve ser
vista como qualquer outra. Desses trabalhadores, espera-se
profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim, atributos ínsitos a
qualquer empregado.
Não se quer assistencialismo, e sim oportunidades. Brasil. Ministério
do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. A
inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
2.ª ed., Brasília, 2007. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com
adaptações).
QUESTÃO 01 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
“Desses
(...)
empregado”
(R.45-46):
Esperam-se
desses
trabalhadores profissionalismo, dedicação, assiduidade, enfim,
atributos imanentes a qualquer empregado.
QUESTÃO 02 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
“A mera (...) população” (R.4-6): A simples declaração formal das
liberdades nos documentos e nas legislações ruíam frente à fatal
exclusão econômica da maior parte da população.
QUESTÃO 03 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
“No entanto (...) completou” (R.12-13): Mas, apenas depois da
Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se.
QUESTÃO 04 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
“O direito (...) cidadão” (R.29-31): O direito de ir e vir, o de trabalhar
e o de estudar são a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão.
QUESTÃO 05 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Infere-se da leitura do texto que a contratação de pessoas com
deficiência por empresas privadas vai de encontro ao princípio
constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa.
QUESTÃO 06 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Depreende-se do texto que a necessidade de busca de direitos sociais
que compensassem as desigualdades econômicas foi a razão maior
da Segunda Guerra Mundial.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
30
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
TEXTO
Existe no mercado uma tendência de crescimento da taxa de
atividade feminina e de melhoria para as mulheres na disputa por
postos de trabalho. De fato, desde meados dos anos oitenta do
século XX, a taxa anual de emprego das mulheres mostra-se mais
elevada que a masculina, o que representa um forte aumento de
pessoas do sexo feminino entre a população ocupada. Muitas razões
podem explicar esse comportamento mais favorável às mulheres do
que aos homens, no que se refere à expansão do nível de ocupação.
Uma delas decorre da amplitude do processo de reestruturação
produtiva iniciada na década de noventa do século passado, que afeta
principalmente o emprego industrial, cuja redução massiva tem
rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que sobre
as mulheres, pouco representadas no setor. Outro fator que estimula
a inserção produtiva das mulheres diz respeito à expansão da
economia de serviços. Entretanto, há de se considerar que esse
fenômeno pouco tem alterado a predominância de um ou outro sexo
em determinados setores, dado o perfil da segregação ocupacional de
gênero: as mulheres permanecem majoritárias ― representam mais
de 70% do total ― nas atividades de saúde e de ensino, na
administração pública e nos serviços pessoais. O terceiro fator que
favorece o aumento do emprego feminino nos anos recentes é a
maior flexibilização do mercado de trabalho, juntamente com a
“precarização” das relações de trabalho, dada a falta de
regulamentação de certas garantias de trabalho e de seguridade
social, as formas de contrato sem carteira assinada, a diminuição dos
níveis salariais, o aumento das formas de trabalho em domicílio e por
conta própria e o aumento da informalidade, de forma geral. Esse
enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego para
as mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual
divisão do trabalho por sexo: o emprego em atividades de tempo
parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois permitiria
compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão
de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e
privado, até porque, em face do aumento do desemprego, seriam
provavelmente as primeiras a serem dispensadas. Em outras
palavras, existe uma oposição entre elevação da taxa de emprego
feminina ― ou “feminização” do emprego ― e a “precarização” das
relações de trabalho, e isso explica vantagens comparativas da mão
de obra feminina sobre a masculina. Tânia M. Fontenele-Mourão.
Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e persistência.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
31
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
Brasil: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
(com adaptações).
Internet:
<www.dominiopubl
ico.
gov.br>
QUESTÃO 07 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Não haveria prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido
original do texto caso o primeiro período do segundo parágrafo fosse
assim reescrito: Muitos são os motivos que podem explicar esse
comportamento mais favorável a mulher do que os homens, quanto à
expansão do nível de ocupação.
QUESTÃO 08 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
As formas verbais “tem” (R.13) e “incide” (R.14) estão flexionadas no
singular porque concordam com o termo “redução massiva” (R.13).
QUESTÃO 09 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
A substituição do trecho “o que atenderia” (R.38-39) por que
atendem manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
QUESTÃO 10 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
O ofício e o aviso se diferenciam do memorando quanto a sua forma
e finalidade.
QUESTÃO 11 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
O ofício segue o mesmo padrão do aviso quanto ao formato, sendo
que se diferencia quanto à finalidade por tratar também de assuntos
oficiais com particulares.
QUESTÃO 12 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
O memorando é uma forma de comunicação estritamente interna.
QUESTÃO 13 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
O despacho ao memorando deve ser dado por meio de outro
memorando. Assim, torna-se possível historiar o andamento de
matéria que seja tratada no memorando, formando-se uma espécie
de processo simplificado.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
32
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
QUESTÃO 14 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
Os princípios da publicidade e da impessoalidade, princípios da
administração pública, orientam a elaboração de atos e comunicações
oficiais.
QUESTÃO 15 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013)
A linguagem clara e inteligível deve pautar a comunicação oficial.
Desse modo, o uso de jargão técnico colabora para a clareza na
comunicação.
QUESTÃO 16 (CESGRANRIO/POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2013) No que
se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os
itens a seguir.
QUESTÃO 17 (CESGRANRIO/DEPEN/2013) A ocorrência de hiato justifica o
emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras ‘construída” e
“conteúdos”.
QUESTÃO
18
(CESGRANRIO/DEPEN/2013)
As
palavras
“Penitenciário” (L.1), “carcerária” (L.3) e “Judiciário” (L.6) recebem
acento gráfico com base na mesma regra gramatical.
QUESTÃO 19 (CESGRANRIO/ANS/2013) Pela mesma regra de
acentuação gráfica, justifica-se o acento gráfico nos vocábulos
“países”, “possível” e “difícil
QUESTÃO 20 (CESGRANRIO/ANS/2013) Os acentos gráficos
empregados em “Agência” e em “Saúde” têm a mesma justificativa.
QUESTÃO 21 (CESGRANRIO/INPI/2013) A grafia correta da forma verbal
derivada do nome “individuais” (l.2) é individualizar.
QUESTÃO 22 (CESPE/TCE-RS/2013) Em relação ao texto acima,
julgue os itens que se seguem. Mantêm-se as relações sintáticas
originais ao se substituir o termo “Entretanto” (l.11) por qualquer
um dos seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
33
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
QUESTÃO 23 (CESPE/TEM/2013) Com base na estrutura linguística
do texto, julgue os itens que se seguem. Dada a relação de
concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a
palavra “Embora” (l.1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da
correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto.
QUESTÃO 24 (CESPE/PRF/2013) No que se refere aos sentidos e às
estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.
Tendo a oração “que se supera a si mesma a cada dia” (L.3-4)
caráter explicativo, o vocábulo “que” poderia ser corretamente
substituído por pois ou porque, sem prejuízo do sentido original do
período.
QUESTÃO 25 (CESPE/PRF/2013) Dado o fato de que nem equivale
a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após
“inviolável”, na linha 10, manteria a correção gramatical do texto.
QUESTÃO 26 (CESPE/ANS/2013) Mantêm-se a correção gramatical
do período e suas informações originais ao se substituir o termo
“pois” (l.10) por qualquer um dos seguintes: já que, uma vez que,
porquanto.
QUESTÃO 27 (CESPE/MPU/2013) Seriam mantidas a coerência e a
correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais
maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (l.1112) fosse iniciado com um vocábulo de valor conclusivo, como logo,
por conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.
QUESTÃO 28 (CESPE/SERPRO/2013) Julgue os itens subsecutivos,
relativos às ideias e estruturas linguísticas do texto acima. Na linha
5, o vocábulo “porquanto”, que liga orações coordenadas, pode ser
substituído por conquanto, sem prejuízo para a correção gramatical
ou para a ocorrência textual.
QUESTÃO 29 (CESPE/CPRM/2013) O pronome “se”, em “que se
formaram” (L.7), poderia ser corretamente deslocado para logo após
a forma verbal “formaram”, escrevendo-se que formaram-se.
QUESTÃO 30 (CESPE/PRF/2013) Devido à presença do advérbio
“apenas” (L.18), o pronome “se” (L.17) poderia ser deslocado para
Prof. Alexandre Soares
[email protected]
34
- CPF:
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA
AGENTE ADMINISTRATIVO-MTE-AULA 1
PROFESSOR: ALEXANDRE SOARES
imediatamente após a forma verbal “coloca” (L.17), da seguinte
forma: coloca-se.
GABARITO DAS QUESTÕES
1-C
2-E
3-E
4-C
5-E
6-E
7-E
8-C
9-E
10-E
11-C
12-C
13-E
14-C
15-E
16-C
17-C
18-C
19-E
20-E
21-E
22-C
23-C
24-C
25-E
26-E
27-C
28-E
29-E
30-E
4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caros alunos! Espero que tenham gostado da nossa aula
demonstrativa e que, juntos possamos terminar essa jornada! Será
dessa maneira que conduziremos as nossas aulas com muitos
esquemas e várias questões. Traremos questões somente do CESPE,
pois esse é o seu foco! Veja que serão todas as assertivas
comentadas uma a uma! Isso faz muita diferença no seu
aprendizado. Manteremos essa média de questões por aula! Então é
isso! Obrigado e até a próxima aula!
Alexandre Soares
e-mail: [email protected]
Prof. Alexandre Soares
Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
[email protected]
35
Download