Aula 1 Anatomia e Fisiologia da Orelha Anatomia e Fisiologia da

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Aula 1
Anatomia e Fisiologia da Orelha
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Anatomia e Fisiologia da Orelha
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Faculdade de Medicina
Saúde do Adulto IV
Otorrinolaringologia
Orelha ou Ouvido?
Orelha – latim, de auris, que designa o órgão da audição.
Ouvido – latim, de auditus, particípio perfeito do verbo audio, audire,
ouvir, escutar.
Na tradução da Nomina Anatomica para a língua portuguesa, publicada
pela Sociedade Brasileira de Anatomia em 2001, usa-se orelha para
designar tanto o órgão da audição em sua totalidade, como o pavilhão
auricular.
Anatomia do Pavilhão Auricular
Orelha é considerada tópica se estiver contida entre um espaço
delimitado superiormente por uma linha imaginária traçada sobre o
supercílio e uma linha inferior que passa pela espinha nasal anterior.
Abaixo destes limites são considerados de baixa implantação.
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• Anatomia do Pavilhão Auricular
• Distância concha-mastóide: 2 cm em sua porção média.
• Ângulo posterior da orelha:
Em meninas: 20o
Em meninos: 25 a 30o
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• Conduto Auditivo Externo
• Estende-se da concha até a membrana timpânica.
• Formado por canal ósseo na sua parte interna e cartilaginoso na sua parte
externa.
• Duas formações ósseas o constitui: osso timpanal e osso temporal
• No adulto mede
22 a 27 mm de comprimento na sua parede póstero-superior
31mm na sua parede ântero-inferior.
Trajeto tortuoso
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Conduto Auditivo Externo
A pele contém pêlos, glândulas ceruminosas e sebáceas, sobretudo, na sua
parte externa.
O cerume é formado de secreção das glândulas ceruminosas, sebáceas e
descamação.
Em condições normais, essa pele tem um filme superficial de lípidios com
ação antimicrobiana.
Membrana Timpânica
Posicionada na porção proximal do CAE.
Limite entre a orelha externa e orelha média
É fina e semi-transparente em formato elíptico e cônico apontando para o
interior da orelha média.
• Formada por 3 camadas:
a epitelial, extensão do revestimento epitelial do CAE
Intermediária – de tecido conjuntivo fibroso
Mucosa- em continuidade com o revestimento mucoso da orelha média
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• Orelha Média
• Parede Lateral – Membrana Timpânica
• Parede Medial:
Inferiormente apresenta uma grande estrutura chamada promontório –
projeção da espira basal da cóclea com o plexo nervoso de Jacobson sobre ele.
Súpero-posteriormente janela oval, fechada pela base do estribo.
• Parede Medial:
Ínfero-posteriormente  janela redonda, fechada por um tecido fibroso,
também conhecido como janela timpânica secundária.
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Orelha Média
Parede Superior ou Tegmen Timpânico
• Fina lâmina óssea que separa a cavidade da orelha média da fossa
cerebral média.
• Nessa superfície, passa o canal ósseo do músculo tensor do tímpano.
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Parede Inferior ou Jugular
• Muito estreita e se relaciona intimamente com o bulbo da jugular interna.
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Parede Anterior ou Carotídea
• Mais inferiormente encontramos a separação óssea da orelha média com
a artéria carótida interna (5).
• Apresenta superiormente parte do canal do músculo tensor do tímpano
(12) e inferiormente o óstio timpânico da tuba auditiva.
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• Tuba Auditiva
• Comunica a orelha média a rinofaringe.
• Próxima à orelha média é óssea (terço lateral), mas na região da
rinofaringe, apresenta estrutura cartilaginosa (dois terços mediais).
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• Tuba Auditiva
• Ela é mais inclinada verticalmente no adulto e mais horizontalizada na
criança.
• Sua tendência é permanecer fechada passivamente, e só aberta após
contração muscular ativa  tensor do véu palatino.
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• Parede posterior ou mastoídea
• Orelha Média
Ossículos
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• Martelo:
É o ossículo mais lateral e encontra-se inserido na membrana timpânica.
Sustentado por ligamentos maleolares anteriores, superiores e laterais.
O músculo tensor do tímpano se insere no colo.
• Orelha Média
Ossículos
• Bigorna
É sustentada por dois ligamentos suspensores (posterior e inferior).
Apresenta baixa vascularização de seu processo longo, mais sujeito a necrose.
Articulação incudomaleolar
Articulação incudoestapediana- (mais frágil).
• Orelha Média
Ossículos
• Estribo
Menor osso humano.
Se fixa na borda livre da membrana da janela oval.
Orelha Média
Músculos
• Tensor do Tímpano – inervado pelo nervo trigêmeo, entra na orelha
média pelo processo cocleariforme e se insere no cabo do martelo,
próximo ao seu colo.
• Músculo estapédio – seu tendão entra na orelha média pelo processo
piramidal e se insere na superfície posterior do colo da cabeça do estribo.
Inervado pelo nervo facial em seu ramo estapédico.
• Fisiologia da Audição
• Fisiologia da Audição
• Fisiologia da Audição
• Fisiologia da Audição
• Orelha Interna
• Dividida em
Anterior – responsável pela audição
Posterior- responsável pelo equilíbro.
Orelha Interna
Toda a orelha interna divide-se em labirinto ósseo e membranoso. Cada
um com um tipo de líquido diferente.
• Orelha Interna
Cóclea
• Formada de 2 giros e meio
• Orelha Interna
Cóclea
• Orelha Interna
Órgão de Corti
• Orelha Interna
• Células Ciliadas:
Transformam energia mecânica desencadeada pelo som em respostas
elétricas.
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São caracterizados pela presença de estereocílios, que se assemelham a
microvilos, diferente de cilios verdadeiros, apresentam membrana plasmática ao
seu redor.
Orelha Interna
• Células Ciliadas Internas:
São cerca de 3500 células dispostas em uma fileira
Em sua base, há fibras nervosas aferentes e eferentes
Uma fibra inerva apenas uma célula.
Funções definidas:
Grande importância na transmissão da informação acústica para o nervo
coclear.
• Orelha Interna
• Células Ciliadas Externas:
São cerca de 12000 células dispostas em 3 fileiras na região basal da cóclea e
4 a 5 fileiras na cúpula.
Faz sinapse em sua base com terminações aferentes e eferentes (mais
numerosas) – uma fibra inerva várias CCEs.
Funções definidas:
Incremento da vibração na região correspondente à principal frequência do
som recebido (amplificador coclear).
Participação na geração da otoemissões acústicas.
• Orelha Interna
• Comunicações da Endolinfa e Perilinfa:
Aqueduto Vestibular contendo o ducto endolinfático que desemboca no saco
endolinfático.
Aqueduto coclear – comunica-se com o espaço subaracnóide. Perilinfa = LCR.
Parte da rampa timpânica.
• Orelha Interna
• Hipótese mais aceita da Transdução MecanoElétrica:
• Orelha Interna
• Teoria da Onda Viajante de Bekesy:
• Orelha Interna
• Planta da Casa
• Conduto Auditivo Interno
• Conduto Auditivo Interno
• Exames Audiológicos
• Anamnese
• Idade
• História Ocupacional
• História familiar
• Ototoxicidade
• Hábitos
• História de infecções otológicas
• Exame Físico
• Ectoscopia
• Exame Físico
• Otoscopia
• Otomicroscopia
• Transmissão Sonora
• Transmissão Sonora
• Tipos de Perda Auditiva:
• Testes com diapasão
• Teste de Rinne:
Descrito por Adolf Rinne em 1855, compara a condução sonora óssea com a
condução aérea
caracterizando perda condutiva quando a via óssea está melhor que a via
aérea.
• Testes com diapasão
• Teste de Weber:
Descrito por E.H. Weber em 1835, é feito com o diapasão aplicado sobre a
fronte na linha mediana
sendo o som melhor percebido do lado da surdez de transmissão mais
acentuada.
• Exames Complementares Audiológicos
• Audiometria Tonal e Vocal
• Audiometria de Alta Frequencia
• Imitânciometria
• Otoemissões Acústicas
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Audiometria Tonal
• Audiometria
Exame que quantifica a audição.
• Audiometria Tonal
• Via Aérea
• Via Óssea
• Audiometria Tonal
• Audiograma:
• Audiometria Tonal
• Audiograma:
• Audiometria Tonal
• Adultos (Davis e Silverman, 1970):
Normal – 0 a 25dB
Leve – 26-40dB
Moderada – 41 a 70dB
Severa – 71 – 90dB
Profunda > 91dB
• Criança (Northern e Downs, 1984):
Normal – 0 a 15dB
Discreta – 16 a 25dB
Leve – 26 a 40 Db
Moderada – 41 a 70dB
Severa – 71 a 90dB
Profunda >91dB
• Audiometria Tonal
• Perda Condutiva Leve
de 25 a 40dB:
• Audiometria Vocal
Avalia a habilidade de perceber e reconhecer sons da fala.
• Inclui:
SRT – Speech Reception Threshold – Limiar de Reconhecimento da Fala
IPRF – Índice Percentual de Reconhecimento da Fala
• Audiometria Vocal - SRT
• É a menor intensidade com a qual o paciente é capaz de repetir
corretamente 50% das palavras.
• Inicia-se 30 a 40dB acima da média tonal nas freqs de 500, 1000 e 2000
Hz e a cada palavra corretamente repetida diminui-se 10dB, até que o
paciente não repita mais.
• Aumenta-se 5dB e apresenta-se 4 palavras, até chegar a uma intensidade
na qual o paciente acerte 50% das palavras apresentadas.
• Audiometria Vocal - SRT
• O SRT corresponde a média tritonal (com variação de 5 a 10 dB).
• Se for melhor que MT = simulador?
• Se for pior que MT  não compreensão da fala?
Discriminação deproporcional => doença retrococlear
• Audiometria Vocal - IPRF
• Mede a habilidade do paciente em repetir palavras (geralmente
monossílabos) com aproximadamente 40dB acima da MT.
• Listas com 25 palavras – cada erro desconta 4%.
• Audiometria Vocal - IPRF
• Objetivos:
Confirmação dos limiares tonais
Auxiliar no diagnóstico diferencial de perdas auditivas
Estimar a efetividade da comunicação
Seleção, avaliação e adaptação de próteses auditivas
• Audiometria de Alta Frequência
• Avalia Frequências até 20.000 Hz
• Utilidade Clínica:
Diagnóstico precoce de ototoxicidade
Avaliação de zumbido
PAIR
• Imitânciometria
• Avaliam função da orelha média (MT e ossículos) e da tuba auditiva.
• Consiste na Timpanometria e na Pesquisa do reflexo estapédico
• Imitânciometria
• A imitância acústica tem dois componentes:
Admitanciometria – é a medida do fluxo de energia através da orelha média.
Impedanciometria – é a aferição da resistência a esse fluxo.
• Imitânciometria
• A oliva do impedanciô metro deve estar perfeitamente adaptada ao CAE
do paciente, a oliva conté m trê s tubos
1 plug que envia um som de 226 Hz a 90 dB
1 microfone que capta o som refletido
1 manô metro que altera a pressã o (mm H20) dentro do CAE
Imitânciometria
• Compliância x Rigidez
• Curvas timpanométricas:
A – compliância entre 0,25 2,5 ml e pico de compliância entre 0 e -100daPa.
Ad- compliância>2,5ml e pico na faixa da normalidade. Indica disjunção da
cadeia ossicular com estruturas da OM muito móveis.
• Imitânciometria
• Curvas Timpnométricas:
As- compliância<0,25ml e pico na faixa normal. Rigidez da cadeia ossicular.
B – compliância não mensurável e sem pico.
C – compliância na faixa de normalidade e pico em pressões mais negtivas
que -100 daPa. Disfunção Tubária.
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Utilizado para avaliar:
Sítio de lesão
Limiar Auditivo
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Parâmetros Avaliados:
Latência absoluta das ondas I, III e V.
Amplitude da onda V em relação a onda I
Diferença interaural
Latência interpico entre: I-III, III-V, I-V.
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Perda Condutiva
Aumento da latência absoluta de todas ondas.
Latência I-V normal
Limiar eletrofisiológico elevado
• Perda Coclear
Latência absoluta e interpico normais
Limiar eletrofisiológico elevado.
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Retrococlear
Latência I-V aumentada
• I-III – comprometimento de APC ou tronco encefálico baixo
• III-V – compromentimento de tronco encefálico alto.
Presença somente de onda I
Falta de replicabilidade
Diferença interaural de latência da onda V, ou sequência I-V maior que 0,3ms.
Amplitude de onda V menor que onda I.
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Pesquisa do limiar auditivo
Acompanhar onda V – persiste até o limiar auditivo.
Demonstra melhor frequências entre 2000 e 4000Hz.
Exames de Imagem
Quando solicitar?
Perda Auditiva Condutiva
Perda Auditiva Congênita
Surdez Súbita
Perda Auditiva Assimétrica
Perda Auditiva acompanhada de outras alterações em nervos cranianos.
Perda Auditiva Neurossensorial Progressiva.
Exames de Imagem
Criança de 5 anos com deficiência auditiva congênita
Exames de Imagem
Criança de 11 anos com história de meningite há 03 anos e perda auditiva
neurossensorial unilateral posteriormente.
Exames de Imagem
Adolescente com início de perda auditiva neurossensorial há 05 anos
progressiva.
Exames de Imagem
Perda Auditiva Assimétrica neurossensorialcom zumbido unilateral.
AULA 2
Perdas Auditivas
Introdução
Deficiência auditiva é a redução ou perda total da audição podendo ser
causada por doenças congênitas ou adquiridas.
• Na maioria dos casos a perda auditiva é gradual e indolor, muitas vezes
desenvolvendo-se tão lentamente que quase não se nota.
• Introdução
• Perda auditiva na infância ainda é algo preocupante em todo mundo.
• 1 em cada 1000 neonatos tem alguma perda auditiva significante.
• Causas variam mas, atualmente, no EUA estima-se que 50%  origem
genética.
• No Brasil causas infecciosas ainda são importantes.
• Introdução
• No Brasil, cerca de 1,5% da população apresenta algum tipo de surdez
(OMS).
• O ideal é identificar as crianças com perda auditiva antes dos 3 meses e
iniciar a intervenção até os 6 meses de idade.
• Introdução
• Queda nas causas infecciosas de perda auditiva infantil:
Vacinação contra HiB
Vacinação contra Rubéola
Maior atenção pré-natal
• Proporcionalmente houve aumento nas causas genéticas, associado a
novos exames que possibilitaram melhor avaliação deste tipo perda
auditiva.
• Anamnese
• Idade
• História Ocupacional
• História familiar
• Ototoxicidade
• Hábitos
• História de infecções otológicas
• Sinais e Sintomas
• Dificuldade para escutar em reuniões públicas, salas de concertos, teatros,
local de trabalho, etc. - onde as fontes de som estão longe do ponto de
escuta.
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Dificuldade para escutar a televisão e/ou telefone.
• Dificuldade para entender a conversação em um grupo de pessoas.
• Sinais e Sintomas
• Formas para tentar ouvir melhor em pacientes com perda auditiva:
Pedir aos outros que repitam as falas.
Virar a cabeça de lado direcionando-a para os sons ou para quem está
falando.
Elevar o volume da TV, rádio ou equipamento de som.
Evitar reuniões sociais.
Fingir entender a mensagem recebida.
• Exame Físico
• Ectoscopia
• Otoscopia
• Otomicroscopia
• Exames Complementares Audiológicos
• Audiometria Tonal e Vocal
• Audiometria de Alta Frequência
• Imitânciometria
• Otoemissões Acústicas
• Audiometria de Tronco Encefálico
• Transmissão Sonora
• Transmissão Sonora
• Tipos de Perda Auditiva:
• Tipos de Perda Auditiva
• Perda condutiva
Causas
Afecções da orelha externa e média
Exame físico
Otoscopia: normal ou alterada
Rinne negativo
Weber lateraliza para a pior orelha
Audiometria e Imitanciometria
GAP aéreo ósseo
Timpanometria Variável
Ausencia de Reflexo estapédico
BERA
Atraso das ondas com intervalos inetrpicos normais
Exame de Imagem
Tipos de Perda Auditiva
• Condutivas
Congenitas
Malformações orelha externa / média
Genéticas
Adquiridas
Rolha de cerume
Perfuração timpânica
Desarticulação de cadeia ossicular
Otite média
Otoesclerose
Timpanoesclerose
• Tipos de Perda Auditiva
• Perda Neurossensorial
Causas
Afecções da orelha interna (cóclea/nervo coclear)
Complicações de afecções da orelha média
Exame físico
Otoscopia: normal ou alterada
Rinne positivo patológico ou encurtado
Weber lateraliza para a melhor orelha
Audiometria e Imitanciometria
Diminuição dos limiares das vias aérea e óssea
Timpanometria variável
Ausencia de Reflexo estapédico (perdas retrococleares)
Presença de recrutamento de Metz (perdas cocleares)
BERA
Alterado em perdas retrococleares
Exame de Imagem
Suspeita de Malformaçoes de orelha interna
Tipos de Perda Auditiva
• Neurossensoriais
Congenitas
Malformações
orelha interna
Genéticas
Infecciosas
TORSCH
• Tipos de Perda Auditiva
• Neurossensoriais
Adquiridas
Afecções perinatais
Surdez Súbita idiopática.
PAINSP / Trauma Acústico
Ototoxicidade
Presbiacusia
Tumores
Doença de Meniere
Doenças Autoimunes
Doenças Metabólicas
Otosclerose
Tipos de Perda Auditiva
• Perda Mista
Causas
Afecções da orelha externa/média + interna
Exame físico
Otoscopia: normal ou alterada
Audiometria e Imitanciometria
Diminuição dos limiares das vias aérea e óssea com GAP
Timpanometria variável
Ausencia de Reflexo estapédico
BERA
Alterado
Exame de Imagem
Investigar componente condutivo
Tipos de Perda Auditiva
• Mista
Adquiridas
Otite Média Crônica
Otosclerose
• PERDAS CONDUTIVAS
• Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Malformações da orelha externa
Microtia
Unilateral x Bilateral
Audição/desenvolvimento de linguagem
Estético
• Perdas Condutivas
• Malformações da orelha média
Malformação de martelo e bigorna
Mesma origem embriológica (primeiro arco branquial – cartilagem de
Meckel)
Estribo origem no segundo arco branquial – cartilagem de Reichert)
Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Cerume Impactado
Uso de cotonete
Conduto estreito
Água
Tratamento
• Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Estenose de CAE
Pós infeccioso
Pós cirúrgico
Osteoma
Exostose
• Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Otosclerose
Distrofia do osso temporal
Fixação da platina do estribo
Extensão da doença para cóclea
Epidemiologia
Raça branca
Mulher 2:1 - gestação
18 a 40 anos
bilateral
Perdas Condutivas
• Otosclerose
Diagnóstico
Otoscopia NORMAL
Perda condutiva (mista ou neurossensorial)
Tomografia Computadorizada
Rarefação óssea
Diagnósticos diferenciais
Tratamento
Estapedotomia
AASI
Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Timpanoesclerose
Pós infeccioso
Disfunção tubária crônica
Geralmente alteraçoes na MT
• Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Trauma
Hemotímpano
Ruptura da MT
Luzação de ossículos
• Perdas Condutivas
• Malformações
• Cerume Impactado
• Estenose do Conduto Auditivo Externo
• Otosclerose
• Timpanoesclerose
• Trauma
• Otites Médias
• Perdas Condutivas
• Otite Média Serosa
• Perdas Condutivas
• Otite Média Crônica Simples
• PERDAS NEUROSSENSORIAIS
• Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Malformaçoes da orelha interna
Aplasia de Michel
Displasia de Mondini
• Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Genéticas
Síndrome de Waardenburg
Heterocromia de íris / albinismo parcial / PANS bilateral
Síndrome de Alport
Nefrite / PANS bilateral
Síndrome de Usher
Ritinite pigmentosa / PANS
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Infecciosas
PANS e sintomas vestibulares relacionados com o quadro infeccioso
Congenitas
Diagnóstico
Difícil isolar agente
IgM
• Perdas Neurossensoriais
• Infecciosas
Exemplos
CMV
Rubéola
Caxumba
HIV
Sarampo
Herpes Zoster
Influenza
Sífilis
Infecção Bacteriana
OM
SNC
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Surdez Súbita
Piora da audição, em horas ou dias, de 10 ou mais dB em 3 frequências
consecutivas
Geralmente é unilateral
Adultos jovens
Idiopática
Distúrbio circulatório / Autoimune / Viral
Evitar Imitanciometria
Tratamento
Corticoides / vasodilatadores / Antivirais / Expansores plasmáticos
• Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Presbiacusia
Principal causa de PA em adultos
Processo de envelhecimento normal
Atinge mais as frequências agudas
Tipos
Sensorial: perda de células ciliadas / frequências da fala preservadas
Neural: degeneração de neurônios / queda da discriminação
Curva Típica em Rampa
Perdas Neurossensoriais
• Presbiacusia
Curva Típica em Rampa
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Metabólica
Mais comum sintomas vestibulares e zumbido
Pode ter perda auditiva flutuante
Causas
Distúrbios do metabolismo da glicose
Distúrbios do metabolismo dos lipídeos
Distúrbios dos hormônios tireoidianos
...
Curva típica em “U” invetida
Perdas Neurossensoriais
• Metabólica
Curva típica em “U” invetida
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Ototoxicidade
dano aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposiçã o a
substâ ncias químicas
Aminoglicosídeos : lesão de CCE => CCI
di-hidroestreptomicina, kanamicina, amicacina e neomicina sistê mica.
Salicilatos / Diureticos de Alça : lesão da estria vascular => alteração do
potencial endococlear
Geralmente reverssível
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
PAINPSE
Trauma
Neurinoma do Acústico
Perdas Neurossensoriais
Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados –
PAINPSE
Diminuição progressiva da audição
Segunda causa de PANS
Sempre Neurossensorial, geralmente simétrica
Raramente leva a perdas profundas
Não há progressão da doença se acabar exposição
Intensidade lesiva 85dB
Uso de EPI
Curva Típica com entalhe em 6kHz ( 4 / 3 )
Perdas Neurossensoriais
• Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados –
PAINPSE
Curva Típica com entalhe em 6kHz ( 4 / 3 )
Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
• Trauma
Acidentes automobilísticos
Lesão da orelha interna
Fratura Transversal
Menos comum
Comprometimento da
orelha interna
• Perdas Neurossensoriais
• Malformações
• Genéticas
• Infecciosas
• Surdez Súbita
• Presbiacusia
• Metabólica
• Ototoxicidade
• PAINPSE
• Trauma
• Neurinoma do Acústico
• Perdas Neurossensoriais
•
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•
RM
Neurinoma do Acústico
• Sinonímia: schwanoma vestibular
• São 5% das hipoacusias de percepção unilateral
• 5% bilateral => neurofibromatose 2
• Acomete mais frequentemente o nervo vestibular inferior.
• Perdas Neurossensoriais
Quadro clínico
• Hipoacusia em mais de 95%  progressão lenta em alta
freqüência com redução da discriminação desproporcional a perda
auditiva tonal.
• Zumbido em 70%
• Sintomas vestibulares: em mais de 50%, vertigem em 19%, e
perda do equilíbrio em 48%.
• Disfunção do Nervo Facial: Sinal de Hitselberger em + de 95%,
paresia facial em apenas 2%
Perdas Neurossensoriais
Neurinoma do Acústico
• Diagnóstico
• Tratamento
Cirúrgico
Radioterapia
Expectante
Tratamento das
Perdas Auditivas
Aparelhos de Amplificação Sonora Individual
Aparelhos Amplificação Sonora Individual
O AASI é constituído por um sistema capaz de amplificar o som ambiente
ajustado ao usuário.
Funcionam bem até perdas auditivas severas;
Objetivos da amplificação:
Aumentar percepção sonora em diversas situações de vida;
Favorecer a comunicação humana e consequentemente, a integração do
indivíduo no convívio social.
AASI
Modelos considerando posição em relação ao pavilhão auditivo:
Convencional, de caixa ou de bolso – transmissão por via aérea ou óssea,
potentes, pouco estéticos.
Retroauricular e Mini-retroauricular – formado por 2 partes: aparelho auditivo e
molde de acrílico ou silicone.
AASI
Intra-auricular: ocupa a concha auricular
Intracanal: colocado no canal com visão pela concha auricular;
Completely in the Canal (CIC): totalmente escondido no canal, menos ruído de
vento, mas + difícil manuseio.
AASI
Tecnologia do Aparelho:
Analógica: tecnologia mais antiga, som captado é convertido em sinal elétrico;
Programável ou Híbrida: sinal analógico com programação digital;
Digital: mais usado atualmente, o som captado é convertido em sinal digital,
sofre modificações e filtragem via software e é convertido em sinal acústico.
AASI
Componentes:
Microfone: capta o som e converte a energia acústica em sinal elétrico.
Amplificador: modifica e amplifica o som convertido.
Receptor ou Transdutor final: converte o sinal elétrico em acústico ao usuário;
Pilha: alimenta o circuito do AASI;
Sistemas auxiliares: bobina telefônica, entradas diretas de áudio (FM).
AASI
Principais dificuldades (problemas) na adaptação do AASI:
Não eficaz para perdas profundas
Efeito de oclusão
Feedback – retroalimentação
Problemas estéticos
Preconceito
IMPLANTE COCLEAR
Implante Coclear
Dispositivos eletrônicos implantados por via cirúrgica, que não amplificam o
som, mas agem diretamente na estimulação do nervo auditivo.
Implante Coclear
Componentes:
Externo: Microfone, processador de fala e transmissor.
Interno: receptor, processador e cabo de eletrodos.
Implante Coclear
Implante Coclear
Implante Coclear
Indicações – Adulto:
Perda Auditiva Severa ou Profunda com média tonal de 70dB ou pior;
Uso apropriado de prótese convencional por período de 1 a 3 meses sem
melhora significativa;
Sem evidência de lesão de SNC ou ausência de nervo VIII;
Implante Coclear
 Indicação – Criança:
Idade entre 12 meses e 17 anos;
Perda auditiva profunda de 70dB ou superior;
Minímo benefício com próteses auditivas convencionais durante 3 a 6 meses
de experiência;
Sem evidência de lesão de SNC ou ausência de nervo VIII;
O dia da Cirurgia
Internação 24 horas.
Corte do cabelo.
Incisão retroauricular.
Implante Coclear
Cirurgia:
Implante Coclear
Implante Coclear
Equipe Multiprofissional:
Médicos – otorrinolaringologista, pediatra, neurologista, geneticista.
Fonoaudiólogos
Psicólogos
Pedagogos
Assistente Social
Conversar sobre complicações
Infecção
Tontura pós-operatória.
Extrusão.
Não funcionamento.
Paralisia Facial.
Implante Coclear
Cuidados pós-operatórios:
Evitar aproximação exagerada de detector de metais em aeroportos e cabos de
alta tensão.
Informar em qualquer cirurgia que não pode ser utilizado a eletrocautério.
RNM depende do modelo – saber as limitações do modelo que esta usando.
Avaliar expectativas
Tentar perceber no paciente ou na família expectativas irreais sobre o implante
coclear.
Avaliar em adolescentes e adultos se é uma vontade dele ou da família a
realização do implante.
IMPLANTE DE TRONCO ENCEFÁLICO
Como funcionam?
Implante de Tronco Encefálico
Critérios de Seleção:
Diagnóstico de NF 2;
12 anos de idade ou maior (pós-lingual);
Adequado do ponto de vista médico-psicológico;
Expectativas reais;
Aceitação do paciente de participar de sessões de programação regulares, em
avaliação e segmento.
Implantes de Tronco Encefálico
A estimulação auditiva inicial e programação do processador de fala realizam-se
depois de 6 semanas da cirurgia;
Monitorização para a primeira ativação  aparecimento de sensações nãoauditivas, como formigamento na cabeça ou corpo; movimentos involuntários,
estimulações vagais…
Implantes Osteointegrados
Implantes Osteointegrados
Nome internacional: BAHA® ( bone anchored hearing aid) é patenteado pela
Entific®, Suécia
É um sistema de amplificação implantado diretamente no osso.
O sistema é composto de 3 partes: um implante de titanium, uma botoneira
externa e um processador
Implantes Osteointegrados
Implantes Osteointegrados
O som é conduzido através do crânio fazendo o bypass da orelha externa e média,
estimulando a cóclea.
Implantes Osteointegrados
Indicações:
Qualquer paciente usando um aparelho convencional de condução óssea.
Contra-indicação ao aparelho convencional de condução aérea que apresenta:
otorréia crônica; otite média ou externa crônica; grande feedback;
Pacientes com perda condutiva com atresia canal com contraindicação cirúrgica
ou que não se adaptam a prótese convencional;
Implantes Osteointegrados
Contra-indicação:
Idade menor que 5 anos;
Instabilidade emocional, atraso no desenvolvimento;
Condução óssea média pior que 45 dB ou com discriminação pior que 60%.
Implantes Osteointegrados
Modelos:
Implantes Osteointegrados
Testes pré-operatórios:
Surdez Unilateral
Cirurgia
Unico estágio
Procedimento: Fixação e colocação da botoneira
3-4 meses para osteointegração
Acoplamento do processador
Implantes Osteointegrados
Implantes Osteointegrados
Implantes Osteointegrados
Cuidados Pós-operatórios:
Implantes Osteointegrados
Em crianças menores que 5 anos:
Implantes Osteointegrados
Complicações:
Extremamente raras caso não haja problemas na cirurgia:
Infecção de pele
Não integração
Soundbite (Sonitus Medical Inc.)
Forma de transmissão sonora por via óssea através de dispositivo colocado no
dente.
SOUNDBITE
Dispositivo dentário
Dispositivo retroauricular
AULA 3


Otite Externa
qualquer doença que curse com inflamaçã o ou infecçã o do CAE e pavilhã o
auricular
 podendo variar de simples inflamaçã o a doenças fatais.
 Otite Externa
Classificação
 OE Aguda Difusa
 OE Aguda Localizada
 OE Maligna
 OE Fú ngica
 OE Herpé tica
 OE Bolhosa
 Pericondrite e Condrite
 Erisipela do Pavilhã o
 Fatores Predisponentes
• Ausê ncia de cerume
• Traumatismos
• Supuraçõ es da Orelha Mé dia
• Queimaduras
• Corpos Estranhos
• Lavagens repetidas
• Alteraçõ es de temperatura, pH e
umidade do ambiente
 OEA Difusa
 Conhecida como “Otite do Nadador”
 Quadro clínico
Otalgia intensa
Prurido auricular
Otorréia
Hipoacusia condutiva
Plenitude auricular
OEA Difusa
 Exame Físico
Hiperemia de MAE
Edema de MAE
Otorréia
Linfonodomegalia pré e retroauricular
 OEA Difusa
 Etiologia
Pseudomonas aeruginosa - 38%
Staphylococcus epidermidis – 9%
Staphylococcus aureus - 8%
OEA Difusa
 Tratamento
Cuidados locais
limpeza atraumá tica do CAE por aspiraçã o e debridamento de restos
celulares.
Analgesia / calor local
Soluções acidificantes
Antibioticoterapia
Tópica: Neomicina / polimixina / quinolonas
hidrocortisona / anestésicos
 Sistêmica
 OEA Localizada
 OE aguda limitada ao 1/3 externo do CAE

Causada pela obstruçã o das unidades pilossebá ceas com infecçã o
secundá ria => FURUNCULOSE
 Quadro Clínico
Prurido
dor localizada
edema e eritema do CAE
possível ponto de flutuaçã o
 Exame Físico
Lesão mais visível na ectoscopia do que na otoscopia
OEA Localizada
 Etiologia
S. aureus
Tratamento
Drenagem - se necessário
Analgesia
ATBterapia (oral / tópica)
Cefalosporinas 1a
Otite Externa Fúngica
 OTOMICOSE
 Fisiopatologia
Aumento umidade e calor no CAE
uso pré vio de tratamento antibacteriano
maceraçã o da pele do CAE
aumento do pH
alteraçõ es da flora bacteriana normal
Associação com DM e imunosupressão
Superposição com infecção bacterina
Otite Externa Fúngica
 Quadro Clínico
PRURIDO
Otorréia
Otalgia
(+infecção bacteriana)
 Exame Físico
 presença de fungos de coloraçã o negra, acinzentada, verde escuro,
amarelada ou branca
 debris celulares no CAE
 Otite Externa Fúngica
 Etiologia
Aspergillus sp
Cândida sp
Tratamento
Remoçã o dos fatores predisponentes,
acidificaçã o do ambiente local
antifú ngicos tó picos
Clotrimazol
clorfenesina
Otite Externa Maligna
 OTITE EXTERNA NECROTIZANTE (OEN)
 Osteomielite de osso temporal e base do crânio
 Diabéticos / Idosos / Imunocomprometidos
 Etiologia
Pseudomonas aeruginosa
Aspergillus
 Otite Externa Maligna
 Quadro clínico
Paciente típico + Otite externa
Otalgia intensa, desproporcional
Paralisia de Nervos Cranianos
VII / X / XI / IX / V / VI
Trismo
Exame Físico
Tecido de Granulação em assoalho de CAE
Otite Externa Maligna
 Exames complementares
bacteriologia e cultura da otorré ia
glicemia
VHS (sempre elevado)
exames de imagem
Tomografia Computadorizada
Ressonancia Magnética
Cintiligrafia
biopsia do Tecido granulomatoso
Diagnóstico diferencial
Otite Externa Maligna
 Tratamento
Controle clínico
Cauterização
ATBterapia IV / VO (6 a 9 semanas)
Ciprofloxacino
Cefepime
Cirúrgico
Otite Externa Herpética
 Herpes Zoster Otológico
 Quadro Clinico
Erupção cutânea unilateral (vesiculas – crostas)
Otalgia
Paralisa facial + Perda auditiva + vertigem (Síndrome de Ramsay Hunt)
Infecção secundária
 Otite Externa Herpética
 Tratamento
Gotas tópicas
Antivirais
Corticóide
Otite Externa Bolhosa
 Miringite Bolhosa
 Etiologia : ? / Mycoplasma
 Quadro clínico
Otalgia muito dolorosa
 Exame físico
Vesiculas e bolhas hemorrágicas em CAE e MT
 Tratamento: eritromicina
 Pericondrite
 inflamaçã o da cartilagem e do pericô ndrio - derrame subpericô ndrico
que suprime o aporte nutricional
 Causas
Traumas
Complicações de Otite Externa
Agente Etiológico
Infecção polimicrobiana: S.aureus, Proteus, Pseudomonas
 Pericondrite
 Exame Físico
Sinais flogísticos em pavilhão auricular poupando o lóbulo da orelha
 Tratamento
ATBterapia
Drenagem
Debridamento
Curativo compressivo
Erisipela de Pavilhão
 Causa
Secundária à otite externa
 Agente etiológico
S. aureus
 Exame físico
Sinais flogísticos se extendem ao lóbulo da orelha e face
 Tratamento
Penicilina / cefalosporinas
 Complicações
 Estenose de CAE;
 Perfuraçã o de MT
 Celulite auricular
 Condrite;
 Parotidite
 Otite Externa Maligna.
 Prevenção
 Protetores auriculares
 Secagem do CAE
Álcool
Não manupulação de CAE
 JOÃO FELIPPE VILLARINHO
 Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF – UFRJ
 OBJETIVOS
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatogenia
 Quadro clínico
 Tratamento
 DEFINIÇÃO
Processo inflamatório agudo da mucosa de revestimento da orelha média
 OMA supurada => OMA associada à perfuração súbita da membrana
timpânica
 OMA de repetição
 IMPORTÂNCIA
 Patologia de alta prevalência
Responsável por cerca de um terço das consultas médicas na infância
 EPIDEMIOLOGIA
 Maior prevalência em crianças
Picos entre 6 - 12 meses e entre 4 – 5 anos
 Mais comum na população urbana
 Maior no inverno
 Meninos > Meninas
 Nível sócio econômico ?
 FISIOPATOGENIA
 FATORES DE RISCO
 Crianças institucionalizadas (creches, escolas…)
 Posição do aleitamento
 Aleitamento materno menor que 4 meses
 Tabagismo passivo
 Causas de disfunção tubária (fenda palatina, HVA…)
 Imunodeficiências
 GENÉTICA
 FATORES DE RISCO
 PATÓGENOS
 VSR
 Adenovírus
 Influenza
 Parainfluenza
 QUADRO CLÍNICO
 Otalgia
 Hipoacusia
 História prévia de IVAS
 Febre
 Irritabilidade, inapetência, diarréia, vômitos…
 EXAME FÍSICO
 Otoscopia (pneumática)
 Rinoscopia
 Oroscopia
 Palpação
 OTOSCOPIA
 OTOSCOPIA
 Condições para uma boa otoscopia
Anamnese
Instrumental adequado
Iluminação adequada
Orientações sobre o exame
Posição do exame
Visualização adequada das estruturas
Conhecimento das patologias do ouvido
OTOSCOPIA
 Boa visualização
das estruturas
 EXAME FÍSICO
 Otoscopia
 DIAGNÓSTICO
 CLÍNICO
História e exame físico
Exames complementares
Tomografia Computadorizada
suspeita de complicações
Exame microbiológico
Casos refratérios ao tratamento
DIAGNÓSTICO
 Mas não é tão simples assim…
É comum diagnóstico incorreto
O patógeno causal não é estabelecido frequentemente
Os sinais e sintomas não irão predizer a evolução
Não existem indicadores de prognóstico identificados
 TRATAMENTO
 Clínico
Analgésicos e antitérmicos
Corticóides orais e tópicos
Antibióticos ???
Timpanocentese
 Cirúrgico
OMA recorrente
ANTIBIÓTICOTERAPIA
 Começar ou não Antibiótico?
Fatores importantes
Idade da criança
Bilateralidade
Supuração
Gravidade
 ANTIBIÓTICOTERAPIA
 Começar ou não Antibiótico?
Não adotar o W W
Crianças menores de 6 meses
Imunodeficientes
Portadores de implante coclear
Paciente com toxemia
Inabilidade em fazer o acompanhamento do paciente
ANTIBIÓTICOTERAPIA
 Qual antibiótico?
Crianças < 2 anos sem uso prévio de antibióticos ou alto risco para S.
pneumoniae resistente
Amoxicilina (80 a 90 mg/Kg/dia)
Crianças > 2 anos sem uso prévio de antibióticos ou baixo risco para S.
pneumoniae resistente
Amoxicilina (40 a 45 mg/Kg/dia)
Crianças com uso prévio de antibióticos
Amoxicilina com inibidor de betalactamase (sulbactam ou clavulanato)
 ANTIBIÓTICOTERAPIA
 Outros antibióticos
Axetilcefuroxima
Claritromicina
Ceftriaxona IM
 COMPLICAÇÕES
 Depende
Virulência do patógeno
Resposta do hospedeiro à infecção
Mecanismos
Defeito ósseo
Vias pré formadas
Via hematogênica
Tromboflebite retrógrada
COMPLICAÇÕES
 Mastoidite
Abscesso de Bezold
 Paralisia Facial Periférica
 Labirintite
 Meningite
 Abscesso cerebral
 OMA DE REPETIÇÃO
 Otite Média Aguda Recorrente:
3 ou mais episódios documentados de OMA em 6 meses ou 4 em 12 meses
com otoscopia normal entre os episódios.
 Otite Média Aguda Recidivante ou Persistente:
Recorrência dos sintomas de infecção aguda sem que se observe “otoscopia
normal” entre os episódios.
 OMA DE REPETIÇÃO
 Fatores de risco
Disfunção da tuba auditiva
Fatores genéticos
Biofilme
 OMA DE REPETIÇÃO
 Tratamento
Casos agudos de OMA
Resolução dos fatores de risco
Vacinação
 Tratamento cirúrgico
Colocação de tubo de ventilação
Efusão por 3 meses com PA > 20dB
OMA recorrente sem melhora com terapia profilática
Disfunção tubária / atelectasia de MT
Adenoidectomia
Obstrução mecânica
Adenoidite (biofilme)
 OTALGIA
 Nem sempre a dor de ouvido é do ouvido!
Patologia em faringe
Patologias da parótida
Disfunção da ATM
Patologias dentárias
AULA 4
OTITE MÉDIA CRÔNICA
Prof. João Felippe Villarinho
Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
Definição
A Otite Média crônica é baseada em três aspectos:
Clínico – perfuração da membrana timpânica e otorréia persistente.
Temporal – cronologicamente um processo inflamatório de orelha média
= > 03 meses.
3. Histológico - processo inflamatório associado a alterações teciduais
irreversíveis.
• CLASSIFICAÇÃO
• Inespecífica
OMC Não Colesteatomatosa
Lillie I
Lillie II
OMC Colesteatomatosa
OMC Silensiosa
• Específica
Tuberculosa
LUES
…
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• Lillie 1
OMC Simples
Perfuração permanente da parte tensa da membrana timpânica
Mucosa da caixa timpânica normal
• OMC SIMPLES
• Etiologia
Trauma timpânico
Barotrauma
•
•
•
•
•
•
1.
2.
Infecção
Disfunção Tubária
• Quadro clínico
Hipoacusia variável
Zumbido
Otorréia recorrente sem odor (com fator desencadeante)
OMC SIMPLES
• Diagnóstico
Otoscopia
Otomicroscopia
Audiometria – verificar alteração de cadeia ossicular.
Exames de Imagem – Tomografia Computadorizada.
OMC SIMPLES
• Perfuração Timpânica e Audição:
Perfuração de 0 a 25% = perda de 12 dB NA
Perfuração de 26 a 50% = perda de 22 dB NA
Perfuração de 51 a 95% = perda de 28 dB NA
Perdas maiores que 30dB em pacientes com perfuração, avaliar alterações
em cadeia ossicular.
• OMC SIMPLES
• Tratamento
Timpanoplastia
É a reconstrução cirúrgica do sistema Timpano-ossicular.
 Consiste em colocação de enxerto no local da perfuração
e
reconstrução da cadeia ossicular quando necessário.
• Tratamento
• Técnica Retroauricular
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• Lillie 2
• OMC Supurativa Ñ Colesteatomatosa
• Mucosite Tubotimpânica crônica
• Grandes perfurações
• Mucosa da caixa timpânica bastante inflamada podendo prolapsar
para o conduto
• Erosão ossicular frequente (bigorna>martelo>estribo)
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• Etiologia
• Disfunção tubária Crônica
• Aumento da pressão negativa em orelha média
Retração / Perfuração Timpânica
Processo inflamatório em orelha média e Mastoide
Tecido de granulação
Erosão ossicular
Infecção crônica
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• Quadro Clínico
• Otorréia mucoide ou mucopurulenta de longa duração
• Por vezes sem fator desencadeante
• Perda auditiva variável
Condutiva/neurossensorial/mista
• Presença de pólipo em orelha média / externa
• OMC NÃO COLESTEATOMATOSA
• Tratamento
• Timpanomastoidectomia
Aberta / Fechada
OMC COLESTEATOMATOSA
• Pele na orelha média
• Tumor benigno com características líticas e migratória
• Matriz de epitélio escamoso queratinizado e Perimatriz de tecido
fibroconectivo
• Matriz de epitélio escamoso queratinizado descama em lamelas para
dentro do tumor causando expansão
• Perimatriz tem produção de enzimas
• Causa complicações intra e extratemporais
• OMC COLESTEATOMATOSA
• Classificação
• Congênito
• Adquirido
Primário
Secundário
• OMC COLESTEATOMATOSA
• Classificação
• Congênito
• Adquirido
Primário
Secundário
• OMC COLESTEATOMATOSA
• Quadro Clínico
• Primário
PA inicial discreta
OTORRÉIA FÉTIDA
Cerume atical
• Secundário
História de perfuração MT
OTORRÉIA FÉTIDA
Migração de pele pela perfuração
• OMC COLESTEATOMATOSA
• Exames Complementares
• Tomografia Computadorizada de mastóides
• Audiometria
• Endoscopia Nasal
• OMC COLESTEATOMATOSA
• OMC COLESTEATOMATOSA
• SINAIS DE ALERTA EM OMC
• OTALGIA
FEBRE
CEFALÉIA
VERTIGEM
• PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
• Prof. João Felippe Villarinho
• Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
• Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
• PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
• Nervo Facial (nervo misto – motor e sensitivo)
Fibras viscerais aferentes
n. corda tímpano – 2/3 anteriores da língua
Fibras eferentes gerais
n. petroso superficial maior – gl. Lacrimal
n. petroso superficail menor – parótida
n. corda do tímpano – gl. Submandibular e sublinguais
Fibras eferentes especias
ramos extratemporais – mm facial
n. estapédio
• PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
• Anatomia
• Segmento supranuclear
• Segmento Nuclear (Ponte – assoalho do 4º ventrículo)
• Núcleo dorsal –
•
metade superior da face
• Núcleo ventral –
•
metade inferior da face
• Junto ao VI par
• Segmento infranuclear
• Sulco bulbopontino
• 6 porções
• Pontino
• Junto ao VIII par
• Meatico
• Meato acústico interno
• Labiríntico
• Gânglio geniculado
• (1º joelho)
• Timpânico
• 2º joelho
• Nervo estapédio
• Mastoideo
• Nervo corda do tímpano
• Extra temporal
• Gl. Parótida
•
• PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
• Sintomas
• Impossibilidade de soprar
ou assoviar
• Dificuldade de deglutição
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•








•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Boca desviada
Sorriso prejudicado
Ardencia nos olhos
Lacrimejamento
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Periférica
Acomete toda a
hemiface
Central
Compromete andar
médio e inferior da
face
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Avaliação do paciente
Exame otorrinolaringológico
Exame otoneurológico
Exame neurológico
Laboratoriais
Exame por imagem
Topodiagnóstico
Eletrodiagnóstico
Topodiagnóstico
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Paralisia facial infecciosa
Otite média AGUDA
Deiscência óssea do canal facial
Osteite
CxT e estapédio – vascular
Mais comum nas crianças
Diagnóstico
Tratamento: OMA e paracentese

Otite média crônica
•
Instalação lenta e evolução
prolongada
Exames radiográficos
Exploração cirúrgica
•
•
•
• Otite média colesteatomatosa
 Diagnóstico
 Tratamento: Cirúrgico
•
•
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Virais:
•
•
•
•
•
•
•
•
Herpes Zoster Oticus – Ramsay-Hunt
Vesículas herpéticas PA e CAE
Sintomas cocleovestibulares
Dor
Distúrbios do paladar, salivação e
lacrimejamento
Titulagem de anticorpos para vírus
varicela zoster
Reação de cadeia de polimerase
Tratamento:
- Corticóide
- Aciclovir - 30mg/Kg dia EV-10 dias
•
•
•
•
•
•
•
•
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Otite externa maligna:
Pacientes idosos
Distúrbios metabólicos
Dor
Pseudomonas aeruginosa
Tratamento clínico




Tuberculose:
Osteomielite
Esquema tríplice
Cirurgia






















Lues:
Rara
Forma terciária
Traumáticas
Fraturas:
Longitudinais
Mais freqüente - 85%
segmento timpânico
OI poupado
Bom prognóstico
Transversais
Mais raras - 10%
Qualquer segmento
OI comprometido
Prognóstico ruim
Projétil de arma de fogo:
Secção total ou parcial do nervo
Cirurgia imediata
Prognóstico
 Traumas de parto:
 Fórceps – posição fetal
 Mal formação congênita
 Traumas de face:
 Corto - contuso
 IMEDIATA
 TARDIA








Iatrogênicas:
a) Deliberadas
b) Acidentais
Timpanomastoidectomia
Estapedectomia
Neurocirurgias
Glândulas salivares
Cirurgias plásticas
Tumorais
Carcinoma Escamoso de Osso Temporal
Paralisia de Bell
início súbito
geralmente unilateral
acompanhada ou não de otalgia (retroauricular)
por vezes acompanhada de sinais de acometimento de outros pares
cranianos
• por vezes o paciente relata exposição a diferenças bruscas de
temperatura e concomitância com resfriados comuns ou outras infecções
de vias aéreas superiores.
• Tratamento: Clínico
• corticóide, aciclovir/famciclovir,
proteção ocular, tranquilizantes,
fisioterapia.
•
•
•
•
•
 Tratamento: Cirúrgico
 descompressão total ou localizada
Paralisia facial idiopática
Síndrome de Melkerson-Rosenthal
 Etiologia desconhecida
 Início súbito – recidivante
 Edema de hemiface ou dos lábios
 Língua plicada
 Pode ter caráter familiar
 Sexo feminino
 Bilateral
 30 – 40 anos de idade
 Tratamento – princípios semelhantes aos da
paralisia facial de Bell
 Prognóstico
Indicação terapêutica
1. Tratamento clínico
a) Corticosteróides
b) Vasos dilatadores
c) Vitaminoterapia
d) Antiinflamatórios
e) Antibióticos
f) Anti viral
2. Tratamento cirúrgico
a) Descompressão do NF
b) Enxerto autógeno
c) Anastomose
d) Cross-face
e) Transposição muscular
3. Tratamento fisioterápico
AULA 5
• DISTÚRBIOS DO LABIRÍNTO
Prof. João Felippe Villarinho
Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
• Introdução
• Fisiologia Vestibular
O labirinto posterior é composto por dois sistemas de cavidades ó sseas: os
canais semicirculares e o vestíbulo.
Conté m em seu interior o labirinto membranoso
O aparelho vestibular funciona continuamente, inclusive durante o sono, de
forma inconsciente.
A assimetria da resposta labiríntica, seja pela estimulaçã o excessiva ou pela
hipoestimulaçã o, leva a vertigem, nistagmo e reflexo vagal que sã o sensaçõ es
conscientes
Fisiologia Vestibular
• Funçõ es do labirinto Vestibular:
1) Transformar as forças provocadas pela aceleraçã o da cabeça e
da gravidade em um sinal bioló gico.
2) Informar os centros nervosos sobre a velocidade da cabeça e sua
posiçã o no espaço.
3) Iniciar alguns reflexos necessá rios para a estabilizaçã o do olhar, da
cabeça e do corpo.
• Alé m do aparelho vestibular perifé rico, o equilíbrio é també m
determinado pelos:
olhos, com sua percepçã o das relaçõ es espaciais,
interoceptores (mú sculos, tendõ es, articulaçõ es, vísceras,...) e pelos
esteroceptores da pele.
• Fisiologia Vestibular
• Labirinto vestibular é formado:
Vestibulo
Sáculo
Utrículo
Canais Semicirculares
Anterior ou Superior
Posterior
Horizontal ou lateral
O sistema vestibular detecta a posiçã o e o movimento da cabeça no espaço
pela integraçã o das informaçõ es dos receptores perifé ricos localizados no ouvido
interno
Fisiologia Vestibular
• Canais Semicirculares (CSC)
Cada canal tem uma extremidade dilatada chamada de ampola e uma
extremidade nã o ampolar
O epité lio dos canais semicirculares se diferencia em ó rgã os sensoriais,
denominados cristas ampolares.
Fisiologia Vestibular
• Canais Semicirculares (CSC)
A crista é recoberta pela Cú pula, uma estrutura gelatinosa composta por
mucopolissacarídeos, que se estende à parede oposta da ampola e atua como um
meio elá stico que pode ser deformado pelo movimento da endolinfa
A cé lula ciliada é o elemento receptor do labirinto vestibular
A célula ciliada possuiu um cinocílio e vários esteriocílios
Fisiologia Vestibular
• Canais Semicirculares (CSC)
O canal posterior e superiores estã o em um plano vertical, formando um
â ngulo de aproximadamente 45o com o plano sagital.
O canal superior de um lado faz par funcional com o canal posterior do lado
oposto.
Os canais laterais fazem um â ngulo de 30° com o plano horizontal, quando a
cabeça esta na posiçã o ortostá tica.
Ambos os canais laterais estã o no mesmo plano horizontal, formando um par
funcional.
Fisiologia Vestibular
• Canais Semicirculares (CSC)
os movimentos rotató rios da cabeça estimulam mais de um canal
semicircular
O movimento da cabeça gera movimento da endolinfa o que causa pressã o na
cú pula que se deflete e movimenta os cílios que nela penetram.
O movimento dos esteriocílios em direção ao cinocílio gera estimulação da
célula ciliada e na direção contrária gera inibição da célula
• Fisiologia Vestibular
• Canais Semicirculares (CSC)
As correntes de endolinfa podem
ser ampulípetas ou ampulífuga
Nos canais laterais
Corrente ampulípeta – estimulação
Corrente ampulífuga – inibição
Nos canais superiores e posteriores
Corrente ampulípeta –inibição
Corrente ampulífuga – estimulação
• Fisiologia Vestibular
• Vestíbulo (Sáculo e Utrículo)
O vestíbulo é responsá vel pela detecçã o de aceleraçõ es lineares, produzidas
pela gravidade ou pelos movimentos do corpo e pelo equilibro está tico do corpo
no espaço
E estimulado quando a cabeça e o corpo sã o deslocados seguindo uma linha
para frente ou para trá s (ex: carro, aviã o) – UTRICULO
para cima e para baixo (ex: elevador) - SÁCULO
Introdução
• Tontura é uma ilusão de movimento com diversas características
Vertigem
Desequilíbrio
Flutuação
…
Podem variar desde quadros benigninos e autolimitados até quadros graves
com AVE
Introdução
• É a principal manifestação das vestibulopatias
• Nem sempre sua origem é no labirinto
Neurológico / visual / cervical / somatossensorial / clínico sistêmico
• Na história clínica paciente tem dificuldade em relatar seus sintomas
• Anamnese é fundamentar para tentar diagnosticar origem dos sintomas
• Tipos de Tontura
• Vertigem
Sensação de rotação do corpo ou do ambiente
Início súbito e em surtos
Fatores desencadeantes
Desvio de marcha / Náuseas / vômitos
Geralmente são distúrbios vestibulares periféricos ou suas conexões centrais
Tipos de Tontura
• Pré-Síncope
Sensação de desmaio iminente
Escurecimento ou turvação visual
Isquemia difusa ou falta de nutrientes no SNC
Distúrbios cardiovasculares / hipotensão postural / hipoglicemia
• Tipos de Tontura
• Desequilíbrio
Dificuldade em manter a postura do corpo
Não há tontura específica ou sensação desagradável persistente ou em crises
Isolado sugere distúrbio neuromuscular
Geralmente ocorre como sintoma secundário
• Tipos de Tontura
• Flutuação
São agrupadas aquia as sensações mal definidas
Cabeça leve / cabeça vazia / cabeça pesada
Síndromes de origem emocional / hiperventilação / efeito colateral de drogas
/ disfunções hormonais ou metabólicas
Pode ser acompanhado de outros tipos de tontura
• Tipos de Tontura
• Síndrome multissensorial
Característico do idoso
Agrupa vários tipos de tontura
Ocorre em resposta à associação de vários fatores etiológicos:
Neurovascular
Psiquiátrico
Polifarmacoterapia
• Anamnese
• Tipo
• Fatores desencadeantes
• Periodicidade
• Consciência
• Tempo de duração
• Acompanhada de sintomas
Cocleares
Neurovegetativos
cefaléia
• Exame Físico
• Teste de Equilíbrio
Estático – Romberg
Cai para o labirinto lesado após latência
Dinâmico – Unterberger
Gira para o labirinto lesado
Teste de Coordenação
Índex-nariz
Avaliar função cerebelar
Eletronistagmografia
Grava gráfica dos movimentos oculares
Eletronistagmografia
• O reflexo vestíbulo-ocular e os movimentos oculomotores tendem a
estabilizar a imagem na fóvea da retina para garantir o equilíbrio
• RVO
Quando rodamos a cabeça para um lado os olhos se deslocam para o lado
contrário
O primeiro deslocamento é lento – RVO – labirinto periférico
O segundo é rapido – Sacada – tronco cerebral
Se chegam ao córtex informações assimétricas dos labirintos há uma
interpretação de giro da cabeça e desencadeia o RVO e as sacadas => Nistagmo
• Eletronistagmografia
• Ny Espontâneo
Aparecem sem provocação na ausência de fixação ocular
Horizontal geralmente é periférico
Ny Semiespontâneo
Olhar fixado e deslocado nos quatro quadrantes
Horizontal geralmente é periférico
Ny de posição
Decubito lateral D e E / Sentado D e E / Cabeça pendente
Normal não ter nistagmo
Periférico: latência / esgotáveis / direção fixa / tontura
Eletronistagmografia
• Prova calórica
Avaliar resposta do labirinto ao estímulo calórico
Ausência de resposta ou diferença maior que 20% sugerem lesão no órgão
vestibular ou em suas vias
Prova rotatória
Avaliar resposta do labirinto ao estímulo de movimento
Avaliar simetria entra os labirintos
Labirintopatias
• Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)
Labirintopatia periférica mais comum
Otólitos que se desprendem da mácula do utrículo e atingem os canais
semicirculares – Mais comum Posterior
Ataques rápidos de vertigem (segundos) quando a cabeça assume
determinadas posições
Presença de Nistagmo de posicionamento (Dix-Halpike)
Latencia
Rotatório e geotrópico no olho do lado testado
Vertical e para cima no outro olho
Tratamento
Manobras de reposicionamento
Labirintopatias
• Síndrome de Meniere
Tríade: vertigem / Hipoacusia / Zumbidos
+ Plenitude / flutuação da audição
– Hidropsia Endolinfática
– Diagnóstico
Clínico
Ex complementares: hipoacusia e hiporreflexia
– Tratamento
Dieta
Crise: depressores labirínticos
Intercrise: Betaistina
• Labirintopatias
• Neuronite Vestibular
Ataque súbito de vertigem acompanhado de náuseas e vômitos sem sintomas
auditivos
Duram de 2-3 dias até 3 semanas
Diagnóstico clínico
Anamnese e exame físico – nistagmo bate para o lado bom
Hiporreflexia em exames complementares
Tratamento
Depressores labirínticos curto período
Diagóstico Diferencial
Infarto cerebelar
• Labirintopatias
• Fístula Perilinfáticas
Comunicação anormal entre orelhas média e interna após esforço físico ou
trauma
Tontura desencadeada por aumento da pressão na orelha média ou som
intenso
Tratamento
Depressor labiríntico
Repouso com cabeceira elevada
cirúrgico
• Labirintopatias
• Síndromes metabólicas e hormonais
Distúrbios dos lipídios e glicídios
Hormônios da tireóide e ovarianos
• Clínica
Tontura não rotatória
Síndrome de Meniere
Tratamento
Controle clínico
Labirintopatias
• Síndromes Cervicais
• Distúrbios vasculares
Insuficiência Vertebrobasilar
Distúrbios dos proprioceptores cervicais
Síndrome do Simpático Cervical Posterior (SSCP)
Diagnóstico
Exames de Imagem
Ny de privação vertebrobasilar
• Labirintopatias
• Migrânea Vestibular
Ocorrência concomitante de cefaléia e vertigem
Avaliações audiométricas e elenistagmográfica normais
Tratamento da enxaqueca
Dieta
Betabloqueadores
Amitriptilina
flunarizina
Acupuntura
Reabilitação vestibular
• ZUMBIDO
• Zumbido
• Definição
Sensação sonora nas orelhas ou cabeça não correspondente a uma fonte
sonora externa de estimulação
Epidemiologia
Afeta cerca de 15% da população
80% leve e intermitente
20% incômodo grave – podendo levar ao suicídio
Zumbido
• Fisiopatologia
O zumbido surge através de três etapas:
Geração – Vias auditivas periféricas
Detecção – centros subcorticais
Percepção – córtex (sistema límbico)
Plasticidade neuronal pode aumentar a percepção
• Pacientes que associam o zumbido ao perigo
• Etiologia
• Zumbido relacionado ao Sistema Auditivo Neurossensorial
Causa Otológica
90% dos pacientes tem PA
Associação com outras doenças otológicas
Causas Cardiovasculares
Hipertensão Arterial Sistêmica
Arterioesclerose
Anemia / tireotoxicose
Etiologia
• Zumbido relacionado ao Sistema Auditivo Neurossensorial
Causas Neurológicas
TCE
Esclerose Múltipla
Sífilis
Causas Metabólicas
Metabolismo dos glicídios / lipídeos
Hormônios tireoideanos
• Etiologia
• Zumbido relacionado ao Sistema Auditivo Neurossensorial
Causas Psicogênicas
Ansiedade e Depressão – primárias ou secundárias ao zumbido
Causas farmacológicas
Enalapril / Verapamil / AAS / AINE / Aminoglicosídeos / Antidepressivos
Distúrbios do Metabolismo do Zinco
• Etiologia
• Zumbido relacionado às estruturas para-auditivas
Causas vasculares - PULSÁTIL
Neoplasia vascular - glômus
Hum Venoso
Malformações vasculares
Doença aterosclerótica da a. carótida
Causas Não Vasculares
Tuba patente
Mioclonias
DTM
Pontos de Gatilho
Diagnóstico
• Anamnese e exame físico detalhados
• Avaliação Auditiva
Audiometria / Imitanciometria
BERA
Avaliação Laboratorial
Hemograma completo / glicemia / Lipidograma / Zinco / VDRL / THS e T4L
Avaliação Radiológica
US / TC / RM
• Avalição Odontológica / Ortopédica / Fisiátrica
• Tratamento
• Medidas gerais
Orientações
Doença benigna
Maioria consegue ser ajudado
NUNCA USAR FRASES COMO “ISSO NÃO TEM TRATAMENTO"
Evitar abuso de cafeína, álcool e tabaco
Evitar ruidos lesivos
Evitar o silêncio
• Tratamento
• Medicamentoso
Complexos vitamínicos
Vasodilatadores – EGB / Betaistina / pentoxifilina
Bloqueadores de canal de cálcio – Cinarizina / flunarizina
Anticonvulsivantes – carbamazepina / gabapentina
Ansiolíticos – Passiflora / alprazolam
Antidepressivos
Relaxantes Musculares
Tratamento
• TRT – Tinnitus retraining therapy
• Modelo neurofisiológico de habituação
• O zumbido permanece presente mas não incomoda o paciente
• ORIENTAÇÃO
• ENRIQUECIMENTO SONORO
Som ambiente / AASI / Gerador de som
AULA 6
Anatomia e Fisiologia do Nariz e Seios Paranasais
Prof. João Felippe Villarinho
Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
Introdução
Estrutura mais projetada na face humana
Importância estética – Primeira parte do corpo observada
Traumatismos
A principal função do nariz é prepara o ar para as trocas gasosas alveolares
A respiração oral não substitui essa função
Anatomia Nariz
O nariz possuiu um arcabouço ósseo e um arcabouço cartilaginoso
Anatomia Nariz
Arcabouço ósseo
Anatomia Nariz
Arcabouço cartilaginoso
Anatomia Nariz
Anatomia externa
Anatomia Nariz
Anatomia Interna
Fossas Nasais
lateral
Anatomia Nariz
Anatomia Interna
Fossas Nasais
lateral
Anatomia Nariz
Anatomia Interna
Fossas Nasais
septal
Anatomia Nariz
Anatomia Interna
Fossas Nasais
Anatomia Nariz
Anatomia Interna
Seios Paranasais
Maxilar
Etmoide
Frontal
esfenóide
Anatomia Nariz
Seios Paranasais
Desenvolvimento
Anatomia Nariz
Seios Paranasais
Desenvolvimento
Anatomia dos Seios Paranasais
Seios Maxilares
são os maiores dos seios paranasais
estão localizados no interior do osso maxilar
Drenam para o meato médio atraves de seu óstio natural
Relação anatomica com arcada dentária superior e órbita
Anatomia dos Seios Paranasais
Seios Frontais
localizados no osso frontal
Possui um septo dividindo os lados direito e esquerdo
Podem ser assimetricos devido a posição do septo
Relação com órbita e região frontal do SNC
Drenam para o meato médio
Anatomia dos Seios Paranasais
Seio Etmoidal
Também chamado de células etmoidais
O número de células é variavel, podendo ser de 5 a 16 sendo a média de 7 a 9
De cada lado estão distribuídos em três grandes grupos: anterior, médio e
posterior.
Os grupos anterior e médio abrem-se no meato médio.
As céluals posteriores abrem-se no meato superior.
Anatomia dos Seios Paranasais
Seios Esfenoidais
estão contidos dentro do corpo do esfenóide
Podem ser assimétricos e de formas variadas
Relação com a hipófise, nervo ótico e artéria carótida
Drenam para o meato superior
Fisiologia do Nariz
Função do nariz
Via Aérea respiratória
Filtrar
Aquecer
Umidificar
Drenagem de secreções
Seios paranasais
Tuba auditiva
Olfatória
Fisiologia do Nariz
Umidificação e aquecimento
ampla superfície de contato ar-mucosa, permitindo a rá pida transferê ncia de
umidade da mucosa ao fluxo aé reo.
O aquecimento do ar inspirado é feito pela vascularizaçã o da mucosa nasal.
A rede vascular conduz calor ao fluxo aé reo nasal, permitindo que o ar inspirado
adquira a temperatura corporal ao atingir o trato respirató rio inferior.
Fisiologia do Nariz
Fluxo Aéreo Nasal
As estruturas presentes na parede lateral sã o responsá veis pelo
turbilhonamento do fluxo aé reo nasal, aumentando o contato entre o ar
inspirado e a mucosa nasal
O fluxo aé reo nasal é determinado pela resistê ncia nasal.
Duas regiõ es podem determinA-la:
o vestíbulo relacionado à s cartilagens nasais laterais e vá lvula nasal.
tô nus dos tecidos eré teis da mucosa nasal. (na cabeça da concha inferior e regiã o
septal adjacente).
Sã o capazes de armazenar quantidades significantes de sangue e assim
promover dilataçã o e aumento da resistê ncia nasal.
Epitélio cilíndrico ciliado
Movimento ciliar
na fossa nasal
Seios paranasais
Ventilação – drenagem
EPISTAXE
• Epistaxe (epi - oriundo de cima / staxis – sangramento) é uma afecção
caracterizada por sangramento proveniente da mucosa nasal.
• Constitui a principal urgência otorrinolaringológica.
•
•
•
60% da população já teve pelo menos um episódio de sangramento nasal,
Sendo que 6% necessitou de assistência médica e 7 a 15% foi recorrente.
Somente 1% necessita de internação hospitalar.
•
. A vascularização arterial nasal é realizada por ramos da artéria carótida
interna e externa.
Seu entendimento é importante, pois muitas vezes, o correto tratamento
depende do conhecimento da anatomia vascular nasal
O Sistema da Artéria Carótida Externa é o maior responsável pelo fluxo
sanguíneo nasal, através dos ramos da maxilar e facial.
A artéria maxilar que, ao passar pelo forame esfenopalatino
• irriga toda região posterior nasal.
artéria palatina maior
• irrigando região anterior do septo e assoalho nasal.
Artéria labial superior, ramo da a. facial
• irriga a parte anterior nasal.
A artéria carótida interna, através da artéria oftálmica fornece os ramos
etmoidal anterior e posterior, responsáveis por 15% da irrigação nasal.
Art. etmoidal anterior irriga o terço anterior da parede lateral nasal e
parte ântero-superior septal.
Art. etmoidal posterior irriga a área da concha superior e região
póstero-superior do septo.
•
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•
•
•
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•
Epistaxe Anterior
• É o tipo de sangramento nasal mais comum e de mais fácil resolução, na
maior parte das vezes.
•
•
Sua principal origem é na área de Little no septo nasal.
Esta área corresponde a uma complexa anastomose de arteríolas que
formam o plexo de Kisselbach, situadas na porção anterior septal.
Este plexo é formado por ramos septais das artérias nasal lateral posterior,
septal, etmoidal anterior, labial superior, bem como palatina maior.
Epistaxe Posterior
• Menos comum (cerca de 10% das epistaxes).
• Origem mais comum na parede lateral da fossa nasal.
• Seu sangramento é mais intenso e de difícil controle.
• Algumas vezes pode levar a verdadeiros desequilíbrios hemodinâmicos,
causando choque hipovolêmico e até mesmo morte.
Possíveis Etiologias
• Causas Locais:
Inflamatórias-infecciosas: rinossinusite.
Traumática: digital, contusão nasal, fratura nasal, cirurgia nasal.
Anatômicas: desvio septal, perfuração septal
Corpo Estranho, Rinolitos
Agentes Químicos: cocaína, gasolina e amônia.
Tumores nasais: benignos (nasoangiofibroma, pólipo nasal, papiloma
invertido); malignos (carcinomas, sarcomas).
Climáticos: ar frio e seco (ar condicionado).
Causas Sistêmicas:
Drogas: AAS, AINEs, anticoagulantes, antibióticos, antineoplásicos.
Discrasias sanguíneas: coagulopatias, hemofilia, trombocitopenias…
Hipertensão Arterial Sistêmica
Neoplasias – leucemias e linfomas.
Outras: insuficiência renal, hepatica
Diagnóstico
• Definir a etiologia do sangramento nasal não é fácil. Principalmente,
quando este se apresenta como um sinal/sintoma de outra afecção de
base.
• Rápida anamnese deve ser colhida para contribuir para diagnostico e
tratamento do paciente.
• Determinar a fonte do sangramento, se é anterior ou posterior,
• Para isso, uma adequada iluminação e material de aspiração devem ser
providenciados para um bom exame físico.
• Anamnese
• tempo e recorrência do sangramento;
• gravidade do sangramento;
• uso de drogas que possam ter iniciado ou exacerbado o
sangramento (cumarínicos, aspirina, AINEs, cocaína...);
• problemas clínicos prévios (hemofilia ou trombocitopenia, por
exemplo);
• associação com cirurgia ou trauma nasal recente.
• Sugerem um sangramento nasal anterior:
• trauma nasal,
• uso recente de agentes irritantes nasais,
• introdução de corpo estranho nasal,
• sinais ou sintomas de resfriado,
• gripe ou alergia recente
• Suspeita-se de epistaxe posterior quando:
• o médico é incapaz de localizar o local de sangramento através da
rinoscopia anterior,
• ocorre sangramento de ambas fossas nasais (o sangue na
rinofaringe reflui para a fossa nasal não afetada);
• relato do paciente de sensação de sangue escorrendo por trás da
garganta, mesmo após tamponamento anterior.
•
A visão direta do local do sangramento pode ser impossível
sem o auxílio de um nasofibroscópio ou endoscopia nasal rígida.
•
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Conduta
Diversas modalidades de tratamento têm sido propostas com o objetivo
de controle das epistaxes.
Felizmente, a maioria dos sangramentos é auto-limitada, não
necessitando intervenção médica.
Na maioria das vezes, a abordagem inicial é realizada por um médico nãoespecialista que deve conhecer formas básicas de controle do
sangramento nasal.
Avaliar primeiro se vias aéreas estão pérvias e se há controle
hemodinâmico.
Caso haja alteração da pressão arterial, tanto hiper como hipo, ela deve
ser normalizada paralelamente ao controle do sangramento nasal.
1) Manter o paciente sentado com cabeça levemente inclinada para
diante.
2)Limpeza da cavidade nasal por aspiração ou solicitando ao paciente que
assoe o nariz para remoção dos coágulos.
3) O Médico deve estar protegido com luvas, máscara, óculos e avental.
4) Iluminação adequada, espéculo nasal, abaixador de língua e pinça
baioneta – determinando se é anterior ou posterior e de que lado se
origina o sagramento.
5) Compressão digital pode ser a primeira medida a ser tomada.
6) Uso de algodão embebido em solução vasoconstritora (cuidado em
idosos e cardiopatas!!).
Cauterização Química
• Caso seja encontrada o local de sangramento pode ser tentado
cauterização química com soluções de nitrato de prata ou ácido
tricloroacético (50-70-90%)
•
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Tamponamento
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Caso não ocorra o controle inicial é optado pelo tamponamento nasal, que
pode ser anterior ou posterior.
Tamponamento Anterior
Existem diferentes formas de tampão nasal.
Os tampões nasais mais utilizados são os tampões apenas de gaze,
tampões convencionais (“dedo de luva ou preservativo preenchido por
gaze ou espuma”) e esponjas sintéticas (Merocell).
Os tampões devem ser colocados com ajuda de espéculo nasal, pinça
baioneta e iluminação adequada para evitar maiores traumatismos
nasais.
Lembrar que a maior colocação do tampão na cavidade nasal é de anterior
para posterior e não para superior.
Tamponamento Posterior
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No caso de tamponamento posterior, realizado antes do anterior, é
passado uma sonda pela fossa nasal que deve ser pega pela cavidade oral.
A esta sonda, deve ser amarrada firmemente um tampão pequeno de gaze
do qual vai sair duas extremidades de fios: um preso a sonda, outro livre.
A sonda é tracionada pelo nariz até o aparecimento do fio através da fossa
nasal.
Corta-se o fio que sai pela fossa nasal e fixa-o a pele do paciente para que
fique bem tracionado, o fio livre na cavidade oral deve também ser fixo a
pele e será útil na posterior remoção deste tampão.
Caso seja necessário, repetir o mesmo procedimento para outra fossa
nasal
Já o tamponamento insuflável pode ser com sonda de Foley e sondas
específicas nasais, que são mais caras e nem sempre presentes.
Ele é composto de dois balões: um menor que vai ser posicionado na
coana e funcionará como um tampão posterior e um maior que se
posicionará na cavidade nasal.
Deve ser preenchido preferencialmente com água ao invés de ar, pois este
último tende a esvaziar espontaneamente.
São de fácil introdução, mas têm como desvantagem a grande pressão
exercida sobre o mesmo ponto, que pode levar a necrose.
•
•
Outras formas de Tratamento
• Eletrocoagulação
• Ligadura arterial
• Dermoseptoplastia
• Embolização arterial
Conclusão
• A primeira abordagem a esses pacientes, realizada por qualquer
especialidade médica, deve ser bem feita e, muitas vezes, vai ser fator
principal no resultado favorável do controle do sangramento.
AULA 7
• Rinite
• Rinite
Reação inflamatória que ocorre na mucosa nasal consequente a fatores
alérgicos ou não
Clinicamente é defenida como o somatório dos sintomas
Obstrução nasal
Rinorréia
Prurido
Espirros
• Rinite
• Classificação das Rinites
Severidade
Discreta: sono normal / Atividades diárias normais
Moderada / Severa: sono anormal ou impedimento de atividades diárias
Duração
Intermitente
< 4 dias por semana
ou < 4 semanas
Persistente
> 4dias/semana
e > 4 semanas
• Rinite
• Rinite
• Diagnóstico Diferencial
Boa anamnese
Exames complementares
(confirmar atopia)
• Exame Físico
• Conchas nasais
Cor: rósea / hiperemiada / hipocorada / cianótica
Tamanho: normotróficas / edemaciadas / atrófica (medicamento)
• Rinorréia
Difusa
Hialina
• Rinite Alérgica
• Reação Tipo 1 mediada por IgE
• Fase Imediata (30 min)
• ação de mastócitos e IgE mediada
• Primeiros sintomas
• Prurido / espirros / rinorréia / obstruçào nasal
• Fase Tardia
• Inflação eosinofílica
• Manutenção dos sintomas
• Rinite Alérgica
• Os testes alérgicos confirmam a hipótese diagnóstica de atopia
• Teste cutâneo (prick test) – in vivo
• Estimulação direta do antígeno em região epicutânea
• RAST (radio allergon sorbent test) – in vitro
• Dosagem de IgE específica no sangue para o antígeno estudado
• Dosagem de IgE sérica total – baixa especificidade
• Citologia Nasal - eosinófilos
• Tratamento
• Medidas nã o farmacoló gicas
• controle ambiental
• Lavagem nasal
• Medidas farmacoló gicas
• anti-histamínicos
• Descongestionantes
• Corticosteroides
• outros
cromoglicato dissó dico
brometo de ipratró pio
antileucotrienos
Imunoterapia
Rinite
Rinite Infecciosa
Viral
• Rinovirus (30% a 50%)
• nã o sã o identificá veis (35%)
• Coronavirus, Parainfluenza Vírus, Adenovirus, Enterovirus,
Influenza e Vírus Sincicial Respirató rio (20 a 50%)
• A transmissã o se faz por contato pessoal (perdigotos).
• Comumente nã o é acompanhada de febre ou complicaçõ es, tem resoluçã o
espontâ nea
• tratamento deve ser sintomá tico, composto por higiene nasal (lavagens
ou gotas com soro), descongestionantes locais (por poucos dias) ou
sistê micos, analgé sicos e antité rmicos, quando necessá rio.
Rinite Infecciosa
• Viral
• A causada pelo vírus da influenza é epidê mica e pode ocasionar
pandemias.
• Induz sintomas de maior gravidade que os resfriados comuns,
sendo usualmente acompanhada de febre, mal estar, cefaleia e
predispõ e complicaçõ es como infecçã o bacteriana secundá ria
(sinusite, otite, pneumonia, etc.).
• Como o vírus da influenza (tipo A) sofre frequentes mutaçõ es sã o
feitas campanhas de vacinaçã o anuais
• pacientes idosos, cardiopatas, pneumopatas e com síndrome da
imunodeficiê ncia adquirida, recomenda-se a imunizaçã o anual
antes do período de outono-inverno.
Rinite
• Rinite Idiopática
• Chamada antigamente de “rinite vasomotora
• A rinite idiopá tica é caracterizada por obstruçã o nasal, gotejamento nasal
posterior e rinorreia profusa.
• Normalmente espirros e prurido nasal nã o estã o presentes.
• Testes alé rgicos sã o negativos / dosagem de IgE é normal / citograma
nasal mostra pouco ou nenhum eosinó filo.
• Rinite Idiopática
• Odores fortes (perfumes, cloro, solventes), irritantes (fumaça de cigarro),
poeira, alteraçõ es da temperatura ambiente e da umidade, podem
funcionar com gatilho para desestabilizar o sistema nervoso autô nomo,
levando a uma “hiperreatividade da mucosa nasal”.
• O tratamento é feito com corticosteroide tó pico nasal.
• Em casos mais graves de obstruçã o nasal, um período curto de
corticosteroide oral pode ser necessá rio para alívio da congestã o nasal
• RENA
• Rinite eosinofílica nã o-alé rgica
• apresentam sintomas perenes de espirros paroxísticos, rinorreia aquosa e
prurido nasal, que se agravam pela manhã e melhoram no final do dia.
• A causa da rinite eosinofílica nã o alé rgica nã o está definida.
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Caracteriza-se pela presença de eosinofilia nasal, pelo desencadeamento
de sintomas por irritantes inespecíficos, associados a testes alé rgicos
cutâ neos e níveis de IgE normais.
RENA
Aproximadamente 30% dos pacientes com RENA tê m pó lipos nasais
alguns casos podem representar um está gio inicial de reaçã o
idiossincrá sica à aspirina.
O tratamento baseia-se na remoçã o dos agentes irritantes da mucosa
nasal, remoçã o cirú rgica dos pó lipos nasais (se necessá rio) e
corticosteroides tó picos nasais.
Rinite Hormonal
pode ocorrer na gravidez / menstruaçã o / uso de contraceptivos orais /
hipotireoidismo / acromegalias.
Durante a gestaçã o, ocorrem vá rias alteraçõ es hormonais e sanguíneas
que podem influenciar a congestã o nasal.
A progesterona relaxa a musculatura lisa dos vasos nasais elevando o
volume sanguíneo
estró geno eleva o componente do á cido hialurô mico e inibe a
acetilcolinesterase, provocando predomínio do SNA parassimpá tico na
submucosa nasal, causando edema da mucosa nasal.
Rinite Hormonal
A rinite da gravidez é caracterizada por congestã o nasal sem espirros,
prurido ou rinorreia e ocorre mais comumente durante o segundo e
terceiro trimestre de gestaçã o.
o uso adequado do corticosteroide, particularmente o tó pico intranasal,
de pouca absorçã o, parece ser um mé todo seguro de tratamento.
Pode ser també m utilizado anti-histamínico, cromoglicato dissó dico e
descongestionantes sistê micos, como a pseudoefedrina por períodos
curtos
Rinite Hormonal
O hipotireoidismo induz à liberaçã o do hormô nio tireotró fico, que
estimula a produçã o do á cido mucopolissacarídeo, com:
• aumento da turgicidade e edema das conchas nasais
• congestã o do tecido subcutâ neo
• hipertrofia de glâ ndulas mucosas
Rinite induzida por Drogas
caracterizada por congestã o nasal rebote com edema, vermelhidã o,
engurgitamento e friabilidade da mucosa nasal.
efeito final do uso prolongado de
• vasoconstritores nasais tó picos
• drogas sistê micas: anti-hipertensivos (reserpina, guanitidina,
fentolamina, metildopa, inibidores da ECA, prazosina e
betabloqueadores)
• outras drogas, como: aspirina, anti-inflamató rios nã o hormonais,
sildenafila, betabloqueadores oftá lmicos de uso tó pico e
clorpromazina, alé m dos contraceptivos orais e drogas por
aspiraçã o, como a cocaína.
Rinite induzida por Drogas
Tratamento
investigar e tratar a causa que levou o paciente a fazer uso
prolongado do fá rmaco
• Na primeira instâ ncia, deve-se suspender o descongestionante
tó pico, fazer lavagens salinas nasais e usar corticosteroides
sistê micos e/ou tó picos e descongestionantes sistê micos.
• Se as alteraçõ es forem de cará ter permanente, a cirurgia de
conchas nasais inferiores deve ser indicada.
Rinite associada à Alimentação
Alimentos muito quentes ou muito temperados podem desencadear a
“rinorreia gustató ria”, associada també m a prurido, obstruçã o e espirros.
A capsaicina, presente na pimenta, parece ter importâ ncia neste processo.
O tratamento baseia-se na restriçã o dos alimentos desencadeantes.
No caso da rinite gustató ria, pode se indicar o brometo de ipratró pio por
via tó pica.
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Sinusites
Introdução
Sinusite é todo processo inflamató rio da mucosa de revestimento da cavidade
paranasal.
Atualmente o termo rinossinusite tem sido mais aceito pois rinite e sinusite sã o
doenças em continuidade.
A rinite existe isoladamente, mas a sinusite sem rinite é de ocorrê ncia rara.
Introdução
As rinossinusites ocorrem geralmente apó s:
infecçã o das vias aé reas superiores viral (80%)
quadro alé rgico (20%)
Estima-se que 0,5 a 2% das IVAS apresentam evoluçã o para sinusite bacteriana.
Crianças tê m 6 a 8 episó dios de IVAS virais ao ano e destas 5% a 13% evoluem
para rinossinusite bacteriana.
Otite mé dia aguda e rinossinusite aguda bacteriana sã o as principais
complicaçõ es das IVAS virais.
Classificação
A)AGUDA: menor que 4 semanas. Os sintomas se resolvem completamente.
B)SUB-AGUDA: 4 sem a 3 meses. Os sintomas se resolvem completamente.
C)CRÔ NICA: maior que 3 meses. Sintomas persistentes residuais como tosse,
rinorré ia e obstruçã o nasal.
D)AGUDA RECORRENTE:. Caracterizada por 3 episó dios de sinusite aguda em 6
meses ou 4 episó dios em 12 meses.
E)CRÔ NICA AGUDIZADA: exacerbaçã o de sintomas em um quadro de sinusite
crônica
Fisiopatologia
Fisiologia dos seios paranasais
patê ncia dos ó stios
funçã o ciliar
qualidade das secreçõ es nasais.
O mais importante fator na patogê nese da rinossinusite é a patê ncia do ó stio dos
seios
A obstruçã o do ó stio do seio na rinossinusite aguda é mais freqü ente devido ao
edema de mucosa,
Na rinossinusite crô nica, uma anormalidade anatô mica que interfere na
drenagem atravé s do ó stio esta freqü entemente presente.
Fisiopatologia
Fisiopatologia
Fatores predisponentes
A. Fatores loco-regionais:
1. obstruçã o mecâ nica do Complexo Ostio-Meatal (C.O.M.):
edema de mucosa ( IVAS / rinite alé rgica / barotrauma )
desvio de septo / trauma alterando a anatomia local
pó lipos / corpo estranho / tampã o nasal / TU nasal
2. acometimento da funçã o ciliar pela inspiraçã o de ar frio ou seco, uso de drogas
e medicamentos (descongestionantes tó picos)
3. nadar em á guas contaminadas
4. atresia coanal que interfere na drenagem nasal
5. infecçã o dentá ria (seio maxilar)
Fisiopatologia
Fatores predisponentes
B. Fatores sistê micos:
1. condiçõ es debilitantes como desnutriçã o, uso prolongado de esteró ides,
Diabetes Mellitus descompensado e quimioterapia.
2. imunodeficiê ncias: IgG, IgA, AIDS (80 % tem sintomas de rinossinusite)
3. stress (pode levar a alteraçã o do ciclo nasal e obstruçã o do ó stio)
4. alteraçã o das secreçõ es exó crinas (mucoviscidose) e doença dos cílios imó veis
Diagnóstico
Feito pelo quadro clínico e pelos exames subsidiá rios
O sintoma mais freqü ente é a DOR – facial / cefaléia
Na região do seio acometido
Em geral, inicia-se pela manhã e diminui durante o dia
O quadro doloroso é geralmente acompanhado de obstruçã o nasal e rinorré ia,
geralmente verde- amarelada, que pode ser uni ou bilateral
Outros sinais e sintomas incluem halitose, anosmia, e rinorré ia posterior com
tosse.
Diagnóstico
A rinossinusite freqü entemente simula quadro de IVAS e a diferenciaçã o
primá ria se faz pela cronicidade da infecçã o.
Sintomas gripais geralmente melhoram em 5-7 dias e quando persistem por
mais de 10 dias provavelmente traduzem rinossinusite.
Diagnóstico
O diagnó stico é baseado na presença de
dois ou mais fatores maiores
um maior e dois menores
A presença de secreçã o nasal purulenta é um forte indicador para o diagnó stico.
Febre e dor facial na ausê ncia de outros sinais e sintomas nasais nã o sã o
sugestivos de rinossinusite bacteriana.
Diagnóstico
Sinusite Crônica
rinorré ia muco-purulenta e obstruçã o nasal leve, enquanto a dor e sintomas
sistê micos sã o pouco evidentes.
O doente pode se queixar de “pressã o” na face ou periorbitá ria.
Tosse e dor de garganta secundá ria à irritaçã o crô nica das secreçõ es pode ser
referida.
Uma causa subjacente para cronicidade está usualmente aparente e a obstruçã o
anatô mica do ó stio sinusal é frequentemente encontrado.
Pó lipos nasais
desvio septal
edema de mucosa persistente por infecçã o recorrente ou reaçõ es alé rgicas
Diagnóstico
Exames Complementares
Endoscopia:
permite ampliaçã o dos dados obtidos com a rinoscopia. Pode ser realizada com
endoscó pio rígido ou flexível.
Radiografia simples
as alteraçõ es radioló gicas que podem estar presentes na rinossinusite aguda sã o:
espessamento de mucosa, nível líquido ou opacificaçã o completa do seio.
Isoladamente tem valor diagnó stico reservado
Diagnóstico
Exames Complementares
Tomografia Computadorizada:
A CT permitiu avaliaçã o mais precisa do Complexo Ostio-Meatal, bem como do
acometimento sinusal.
E considerada “gold standard” para avaliaçã o de rinossinusite crô nica.
na rinossinusite aguda somente em 2 situaçõ es:
suspeita de complicacão
programaçã o cirú rgica quando indicada.
Etiologia
RINOSSINUSITE AGUDA
A grande maioria dos casos é causada por S. pneumoniae e H. influenzae (70%)
RINOSSINUSITE CRÔ NICA
Anaeró bios tê m um papel significante na rinossinusite crô nica em adultos
(88%).
Predominam Cocos anaeró bios e Bacterióides sp. .
Quando infecçõ es mistas (aeró bios e anaeró bios) Streptococcus sp e
Staphylococcus aureus sã o os aeró bios predominantes
Tratamento
Medidas Gerais
higiene nasal
hidrataçã o adequada
umidificaçã o do ambiente
identificaçã o de agentes que causem alergia e evitar exposiçã o a eles
Descongestionantes tó picos devem ser usados por um curto período
O uso de anti-histamínicos H1/Sprays nasais com corticoesteró ides/corticoides
orais sã o indicados sempre quando há suspeita de componente alé rgico
Tratamento
ANTIBIOTICOTERAPIA
o antibió tico deve ser reservado para casos de rinossinusite aguda severa, em
que os sintomas nã o regridem em até 7 dias do inicio dos sintomas
E recomendado o uso de antibió ticos por 10 a 15 dias
Rinossinusites crô nicas devem ser tratadas por 3 a 4 semanas com cobertura
para anaeró bios
Tratamento
ANTIBIOTICOTERAPIA
Primeira escolha
Amoxicilina
Segunda escolha
Amoxicilina / Clavulanato
Cefaclor
Terceira escolha
Ceftriaxone
Clindamicina
Quinolonas
Tratamento
ANTIBIOTICOTERAPIA
Rinossinusite Crô nica
Clindamicina
Amoxicilina + Clavulanato
Metronidazol + Cefalosporina
Sinusite Fúngica
As rinossinusites fú ngicas sã o dividas, clinicamente, em formas invasivas e nã o
invasivas
classificaçã o que leva em conta o estado imunoló gico do paciente.
Suspeita em pacientes com sinusite sem melhora com ATB
Sinusite Fúngica
Classificação
Não invasiva
Rinossinusite Fungica Alérgica
Componente alérgico
Saprófita
Geralmente em crostas
Bola fúngica
Único Seio afetado
Sinusite Fúngica
Classificação
Invasiva
Aguda
Paciente imunocomprometidos
Fungo Mucor / aspergillus
Fulminante / alta mortalidade
Febre / perda de sensibilidade do nariz
Crônica
Mais de 4 semanas de sintoma
Indolente
aspergillus
Complicações das Sinusites
Orbitárias
Osteomielites
Intracranianas
meningites
abscesso epidural
empiema subdural
tromboflebite de seios venosos
abscesso cerebral
obrigado
AULA 8
• Obstrução nasal
Prof. João Felippe Villarinho
Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
• Introdução
• Queixa frequente em consultórios de ORL
• Pode ter diferentes causas
• Anamnese detalhada
• Exames complementares sao importantes para o diagnóstico
• Introdução
Espaço Intranasal
Fluxo Aéreo
Percepção Respiratória Nasal
• Respirar bem pelo nariz depende de espaço intranasal adequado, mas
outros fatores també m participam dessa importante e vital funçã o, tais
como:
a funçã o mucociliar
percepçã o de respiraçã o
• Principais causas
• Hipertrofia de adenoides
• Rinites
• Sinusite
• Desvio septal
• Hipertrofia de conchas nasais
• Sinéquias
• Polipos nasais
• Tumores benignos e malignos
• Anamnese
• Idade
• Duração
• Lateralidade
• Sinais e Sintomas associados
Febre / queda de estado geral
Espirros / coriza / prurido
Epistaxe
Sintomas auditivos
• Exames complementares
• Endoscopia nasal
• Radiografia
• Tomografia Computadorizada
• Ressonância Magnética
• Hipertrofia de adenoides
• Importante causa de obstrução nasal em crianças
Em adultos: HIV? / Linfoma?
• Crescimento do tecido linfoide até cerca de 8 anos
• Obstrução do cavum -> alterações auditivas
• Roncos e apnéia / rinorréia constante
• Nasofibroscopia / Radiografia do cavum
• Tratamento clínico / Cirúrgico
• Rinites / Sinusites
• Sintomas associados
Febre
Rinorréia purulenta
Tosse
Espirros / prurido / rinorréia hialina
Duração dos sintomas
Desvio Septal
• A partir dos 7 anos septo cresce e inicia desvio
• O desenvolvimento do septo cartilaginoso é importante para o
crescimento do terço médio da face
• Muitas pessoas tem desvio septal e são assintomáticos
• Pode ser causa de epistaxes e sinusites crônicas
• Pode dificultar utilização de CPAP em SAOS
• Desvio Septal
• Suspeitamos que o desvio septal seja a causa da obstrução nos seguintes
casos
Obstrução iniciou na segunda década de vida
Obstrução iniciou após trauma nasal
Ausência de sinais/sintomas alérgicos
Obstrução constante
As conchas nasais não são hipertrofiadas
Não melhora com uso de vasoconstritores
Desvio septal
• Pode ter diferentes formas
Esporão
Crista
Sinuoso
Desvio septal
• Tratmento cirúrgico
Septoplastia
Hipertrofia de Conchas Nasais
• Hipertrofia de Concha Inferior
por causa alérgica
Contra lateral ao desvio
Degeneração polipóide / Tumor
Hipertrofia de Conchas Nasais
• Tratamento clínico
• Tratamento Cirúrgico
Turbinectomia
Turbinoplastia
Cauterização
Luxação
Hipertrofia de Conchas Nasais
• Hipertrofia de Concha Média
Aeração (Concha Média Bolhosa)
Sinusite crônica
Cefaléia Rinogênica
Degeneração Polipóide
Tratamento Clínico
Tratmento Cirúrgico
• Sinéquias
• Pós Trauma
Externo
Cirurgico
Tratamento cirúrgico
Ressecção
Uso do splint nasal
• Pólipos Nasais
• Pólipos Coanais
Etiologia: Provavel obstrução de glândula mucosa
Surgem na parede dos seios paranasais e se extendem até a coana
Pacientes jovens com obstrução unilateral
Tratamento cirúrgico com ressecção de sua inserção
• Pólipos Nasais
• Polipose Nasal
A PN é uma doença inflamató ria crô nica da mucosa nasal e dos seios
paranasais, com formaçã o de pó lipos edematosos de mucosa inflamada,
mú ltiplos, benignos, bilaterais, que se originam como protuberâ ncias
pedunculadas na regiã o do meato mé dio nasal, podendo provocar obstruçã o
nasal, secreçã o e perda do olfato
É considerada um tipo de Sinusite Crônica
Tem Relação com Asma e Intolerância ao AAS
Não tem relação com atopia
• Pólipos Nasais
• Polipose Nasal
• Tratamento Cirurgico
FESS (Functional Endoscope Sinus Surgery)
Recorrência
Pólipos Nasais
• Polipose Nasal relacionada à Síndromes
síndrome de churg- strauss - vasculite alé rgica, associada à asma e à rinite
alé rgica, podendo evoluir com afec- çõ es cardíacas, renais e pulmonares.
síndrome de Kartagener - discinesia ciliar primá ria acompanhada de
manifestaçõ es clínicas como situs inversus, bronquiectasia, otite mé dia e sinusite
crô nica.
síndrome de Young - caracterizada por discinesia ciliar primá ria, doenças
respirató rias recorrentes, polipose nasossinusal e azoospermia.4
Tumores Nasais
• Benignos
Nasoangiofibroma Juvenil
Papiloma Invertido
Malignos
• Nasoangiofibroma Juvenil
• Tumor vascular benigno da nasofaringe, altamente agressivo
• Adolescentes do sexo masculino
• Obstrução nasal progressiva / epistaxe
• TC: alargamento da fossa pterigomaxilar com deslocamento da parede
posterior do seio maxilar
• Não fazer biópsia
• Tratamento cirúrgico após embolização / RT
• Papiloma Invertido
• Etiologia incerta
• Geralmente inseridos na parede lateral do nariz
• Obstruçã nasal unilateral podendo ter epistaxe e rinorréia
• Adultos / sexo masculino mais frequente
• Biópsia após exame de imagem
• Tratamento exérese total com remoção da sua inserção
• Tumores Malignos
• Local de ocorrência
Maxilar / cavidade nasal / etmóide / frontal / esfenoide
carcinoma de células escamosas / adenocarcinoma
• Fatores de risco:
CEC: fumo / derivados do petróleo, solvente, níquel
Adenocarcinoma: exposição à serragem e produtos de couro
Diagnosticados tardiamente
• Tratamento cirúrgico / RT / QT
Alterações do olfato
Prof. João Felippe Villarinho
Prof. de Otorrinolaringologia da UFRJ
Médico do Serviço de Otorrinolaringologia do HUCFF - UFRJ
Introdução
Olfato é o primeiro sentido a se desenvolver embriologicamente
Pessoas sem olfato correm riscos
Perda de olfato pode significar sinal precoce de doenças como Alzheimer e
Parkinson
65 a 80 anos - 50% tem alteração do olfato
Acima de 80 anos – 75%
Anatomia e Fisiologia
A percepção olfatória depende:
Nervos olfatórios
N. Trigêmeo / N. Facial / N. Glossofaríngeo / N. Vago
A olfação se inicia com a inalação de moléculas odoríferas
Essas moléculas se ligam aos receptores do epitélio olfatório
O epitélio olfatório está entremeado ao epitélio respiratório na porção superior
das fossas nasais
Anatomia e Fisiologia
Neurônios Recptores Olfatórios
10 a 20 milhões
Neurônios bipolares
Um dendrito para a superfície do neuroepitélio
Um dendrito para o bulbo olfatório (atravessa placa cribiforme)
Regeneração até os 70 anos (stem cells)
Bulbo olfatório está localizado na fossa anterior no topo da placa cribiforme
(cortex frontal)
Do bulbo partem neurônios pós sinápticos que se dirigem para o cortex olfatório
(lobo temporal) / lobo frontal / tálamo e hipotálamo
Respostas relacionadas à memória e emoções
Semiologia
Anosmia e hiposmia: ausê ncia e diminuiçã o da olfaçã o.
Intranasal: que impedem a passagem de partículas odoríferas até a zona
olfató ria, ou lesam as terminaçõ es nervosas olfató rias (pó lipos, hipertrofia
acentuada dos cornetos, edema permanete da rinite alé rgica crô nica, atrofias de
mucosa nasal, Sd. deSjö gren, uso de cocaína, benzocaína, RDT e doenças
granulomatosas);
Extranasal intracraniana (tumor de lobo frontal, anosmia congê nita seletiva,
trauma, atrofia difusa senil, meningite, oclusã ovascular cerebral, esclerose
mú ltipla, miastenia gravis, Parkinson, hidrocefalia, tabes dorsalis);
Extranasal extracraniana (Sd Turner, disautonomia familiar, DM,
psedohipoparatireoidismo, dé ficit de vitamina A, hipotireoidismo, hepatite, IRC,
pó s- laringectomia).
Semiologia
Hiperosmia: aumento da olfaçã o, pode ocorrer em gestaçã o, hipertireoidismo,
psicoses, lesã o de ponta do lobo temporal, como na aura epilé tica, em
insuficiê ncia có rtico-adrenal, na hiperplasia adrenal congê nita virilizante nã o
hipertensiva.
Cacosmia: sensaçã o de odores desagradá veis que pode ser subjetiva ou objetiva,
como em tumores ou corpo estranho.
Parosmia\Disosmia: distorçã o de odores, interpretaçã o errô nea de uma
sensaçã o olfató ria, perverçã o do olfato, ocorre em neuropatas, neurite gripal,
aura epilé tica. O indivíduo refere que "nada cheira certo" ou que "tudo tem o
mesmo cheiro".
Fantosmia: sensaçã o de odores que nã o existem, , intermitente ou constante, os
odores sã o geralmente descritos como pú tridos (ovos podres ou fezes). Pode
surgir como aura de epilepsia ou em portadores de neurite gripal.
Agnosia: inabilidade para classsificar, identificar ou constatar uma sensaçã o
odorífera verbalmente.
Diagnóstico
Inicialmente devemos diferenciar a queixa do paciente em distú rbio da olfaçã o
ou gustaçã o, visto que, muitos pacientes descrevem seu problema como "eu nã o
sinto gosto", nã o sabendo que 80% da apreciaçã o do sabor é derivado da olfaçã o.
Diagnóstico
Histó ria:
tempo
eventos associados
histó ria pré via de IVAS
sintomas alé rgicos
alteraçã o de gustaçã o
estimar o grau de perda olfató ria / uni ou bilateralidade
lista de medicaçõ es passadas e atuais
Tabagismo / etilismo
radiaçã o
Cirurgias / trauma
dieta
alteraçõ es sistê micas como hipotireoidismo / doença metabó lica
alteraçã o psicoló gica
Diagnóstico
Exame físico:
boca
nariz
Faringe
sistema neuroló gico.
Atençã o para características da mucosa e do muco nasal, presença de pó lipos,
secreçã o, massas, ulceraçõ es ou perfuraçõ es.
Diagnóstico
Exames complementares:
A endoscopia nasal é ú til no acesso à fenda olfató ria, sendo em conjunto com a
tomografia computadorizada os meios mais sensíveis para o diagnó stico de
patologias derivadas da cavidade nasal, seios paranasais e encé falo.
A RM é ú til para avaliaçã o do bulbo olfató rio, tratos olfató rios e causas
intracraniana de distú rbios da olfaçã o.
Exames Laboratoriais: TSH/T4L / Glicemia / hemograma / função adrenal / U /
Cr / testes alérgicos
Diagnóstico
Estimulação e mensuração da olfação
E importante, alé m da queixa subjetva do paciente tenta quantificar a olfaçã o.
testes sã o concordantes em avaliar se há ou nã o disfunçã o no olfato, mas os
testes nã o sã o concordantes em avaliar os níveis de hiposmia.
Sã o testados mais comumente o limiar e a habilidade de identificaçã o, atravé s de
vá rios testes descritos na literatura.
Diagnóstico
Identificação:
nomear os odores, teste supra-limiar, pressupõ e habilidade cognitiva normal.
O odor pode ser diluído em ar ou solvente, nã o é aconselhá vel a colocaçã o da
substâ ncia diretamente no nariz, pois o indivíduo confunde sensaçã o tá til com
cheiro.
Deve ser testada cada narina separadamente, tapando-se a narina oposta por
dígito pressã o,
utilizam-se substâ ncias volá teis nã o irritantes como café , chocolate, essê ncia de
limã o ou hortelã .
Diagnóstico
Interpretação:
poderemos ter as seguintes alternativas:
pacientes que classificam e nomeiam os odores com segurança,
pacientes que reconhecem mas nã o nomeiam
pacientesque reconhecem a existê ncia de vá rios odores, suas diferenças, mas nã o
classificam nem nomeiam.
Os que nã o sentem cheiro algum ou com olfato muito diminuído sã o portadores
de hiposmia/anosmia,
Os que sentem todos os odores de maneira alternada e desagradá vel sã o
portadores de parosmia.
Respostas vagas devem ser retestadas apó s intervalo.
Diagnóstico
Fatores que afetam a testagem olfatória:
idade abaixo de 14 anos, tentar usar figuras.
Instruçã o.
Saciedade: o cheiro de comida é mais agradá vel quando o indivíduo está com
fome e menos agradá vel apó s satisfeito.
Sexo: as mulheres tem habilidade olfató ria melhor que os homens,
principalmente na fase pré -ovulató ria.
Adaptaçã o cruzada: quando uma substâ ncia diminui a resposta à outra. Mistura
de odores, quando se misturam odores podemos relatar: um odor novo, os
odores sã o discernidos, sã o neutralizados ou o odor de maior intensidade
predomina.
Principais Causas
1. Doença nasal e sinusal obstrutiva (23%)
2. Pó s IVAS (19%)
3. Pó s TCE (15%)
4. Envelhecimento
5. Congê nita
6. Exposiçã o à tó xicos
7. Medicaçõ es
8. Neoplasias
9. Alteraçõ es psiquiá tricas
10. Iatrogê nica
11. Idiopá tica (10-25%)
Doença nasal e sinusal obstrutiva
E a causa mais comum de distú rbio olfató rio.
Se a obstruçã o é total, o indivíduo apresenta anosmia (molé culas odoríferasnã o
atingem o epité lio olfató rio), liberando a obstruçã o a habilidade olfató ria
retorna.
A porçã o â ntero-medial da parte inferior do corneto mé dio funciona como
reguladora do fluxo aé reo para a regiã o olfató ria.
Obstruçã o nesta á rea crítica por edema damucosa, pó lipos, tumores,
deformidades ó sseas, cirurgias entre corneto mé dio e septo nasal ou trauma
podem diminuir oueliminar a habilidade olfató ria.
Isto pode acontecer mesmo quando a cavidade inferior parece normal.
Tratamento: antibió ticos por 3 semanas, descongestionantes, corticó ides tó picos,
cursos curtos de corticó ide via oral, imunoterapia. Cirú rgicos: FESS,
polipectomia, septoplastia.
Pó s IVAS
Na maioria em indivíduos entre 40 e 60 anos de idade
70-80% sã o mulheres
Geralmente a perda olfató ria é por obstruçã o do fluxo aé reo e se resolve em 1 a 3
dias.
Em pequeno grupo de indivíduos a olfaçã o nã o normaliza.
Teorias propõ em dano viral aos neurô nios olfató rios à nível epitelial, bulbar ou
central.
Ocorre mais freqü entemente hiposmia que anosmia, mais raramente fantosmia,
o exame físico é normal.
Tratamento: Nenhum efetivo atualmente. A experiê ncia de nã o demonstra
benefício do corticosteró ide nesses casos de alteraçã o de olfaçã o.
Pó s TCE
Em adultos a perda da olfaçã o é de 5-10%, já em crianças é de 1,3-3,2%.
Em geral ograu de perda está associado à severidade do trauma (poré m trauma
mínimo pode estar associado à anosmia)
O início da perda geralmente é imediata
Parosmias sã o comuns.
A teoria mais popular presume uma lesã o dos nervos quando estes deixam o
topo da lâ mina cribiforme.
A TC pode revelar fratura à nível da lâ mina
Tratamento: Nenhum conhecido. Cerca de 8 a 39% recuperam funçã o, 75% dos
quais nos primeiros 3 meses.
Envelhecimento
O limiar olfató rio diminui com a idade (1% ao ano), sendo esse efeito menor nas
mulheres que nos homens.
Os idosos tem uma taxa maior de declínio da olfaçã o para uns odores do que
para outros, diminui a habilidade para discriminar o sabor na comida do dia- adia.
Esta diminuiçã o olfató ria se deve ao processo fisioló gico de envellhecimento,
ocorrendo na sextasé tima dé cada, ou à s doenças de Alzheimer e Parkinson.
Neoplasias
Intranasal: papiloma, CEC, adenoma, estesioneuroblastoma (raro), pois
bloqueiam o fluxo aé reo para fenda olfató riaou por destruiçã o local do aparelho
olfató rio
Intracraniana: meningiomas, tumores hipofisá rios e gliomas, tumores dos lobos
frontal e temporal.
Alteraçõ es psiquiá tricas
A pessoa que sofre de depressã o geralmente tem habilidade olfató ria
preservada.
A esquizofrenia pode cursar com alucinaçõ es olfató rias em 15-30% das vezes.
Fantosmia pode se apresentar como aura em pacientes com epilepsia do lobo
temporal.
Iatrogê nica
Cirurgia: como causa temos dano neural durante a cirurgia, estreitamento do
fluxo nasal por alteraçõ es anatô micas ou tecido cicatricial.
Laringectomizados: o ar nã o passa pelo nariz portanto teremos anosmia.
Cirurgia fossa anterior: pó s neurocirurgia transesfenoidal pode ocorrer lesã o de
lâ mina crivosa.
Radioterapia
Idiopática
Geralmente em adultos jovens, na meia idade e saudá veis
obrigado
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