GESTÃO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS POR MEIO DE UM SISTEMA INTELIGENTE MANAGEMENT SCIENTIFIC RESEARCH THROUGH AN INTELLIGENT SYSTEM Taciano Tavares de Oliveira1, Pollyana Notargiacomo Mustaro2 Abstract The achievement of scientific research to obtain an university degree (Undergraduate Work, Specialization Monographs, Master Dissertations and Doctoral Theses), often, show problems related with time management, resource management or even quality management. In view of the technology evolution and the changes of communication forms, it’s possible to combine with these aspects some techniques of project management to undertake improvements in the processes related with academic research development in the academic environment. From this scenario, this research encapsulates in an intelligent system, project management aspects from the PMBOK - complemented with project model canvas and design thinking techniques - together with relevant elements of academic advising process to delivery a system to help students during the development of their researches to obtain a degree. Index Terms Intelligent System, Project Management, Scientific Research. INTRODUÇÃO Um estudo de abrangência mundial sobre gerenciamento de projetos realizado pelo Project Management Institute – PMI aponta os maiores problemas enfrentados pelas organizações nesse tema. Os dados apontam que 69% das organizações possuem sempre ou na maior parte das vezes, problemas com prazos de seus projetos, 50% possuem problemas com os custos e 31% problemas de qualidade em seus projetos. No Brasil, os números são similares e representam 67% para problemas com prazos, 50% para custos e 32% para a qualidade dos projetos nas organizações [1]. Vê-se, portanto, a dimensão dos problemas na condução dos projetos e a oportunidade de benefícios que as organizações podem angariar com uma adequada gestão de projetos por meio de técnicas e melhores práticas disponíveis. Apesar de não ser exatamente igual, ao traçar limiares com a área acadêmica, pode-se verificar algumas falhas similares na condução de projetos acadêmicos. Presentes em algumas instituições de ensino, as disciplinas de metodologia científica podem amparar o aluno em sua produção científica para obtenção de grau, seja trabalhos de 1 graduação ou conclusão de curso, monografias, dissertações ou teses. Acontece que muitos alunos apresentam dificuldades de produção dentro do contexto científico, em especial na redação de textos científicos [2]. Nota-se que faltam a esses alunos a compreensão de que uma titulação acadêmica exige dedicação e que, invariavelmente, haverá concorrência com suas atividades profissionais ou culturais, requerendo um nível de organização pessoal para atender essas demandas [3]. Sabe-se que a tecnologia avança rapidamente e modifica os valores com que a sociedade enxerga a geração de novos conhecimentos [4]. Dessa forma, os docentes exercendo papel de orientadores acadêmicos procuram utilizar diferentes formas e veículos de comunicação. Dentre estes podem ser citados e-mail, comunicadores instantâneos, reuniões a distância e sugestões e comentários em suas produções [5], compreendendo a utilização de diversas ferramentas para apoiar e controlar o aluno em sua pesquisa científica. Mesmo com a necessidade de obtenção de um produto único sob o ponto de vista científico, a realização de uma pesquisa científica implica na estruturação de ações e etapas que possuem encadeamento entre elas, tornando-as passíveis de serem gerenciadas e acompanhadas durante sua realização. Visto isso, essa investigação propõe apresentar um sistema inteligente que permite aos usuários planejamento e controle de pesquisas científicas no âmbito acadêmico de obtenção de títulos em instituições do ensino superior, utilizando como eixo central frameworks e técnicas de gestão de projetos, inteligência artificial e melhores práticas do processo de orientação acadêmica. Acredita-se que a sistematização desse processo facilite o relacionamento entre alunos e docentes, proporcione controle na gestão das atividades necessárias à pesquisa acadêmica e, consequentemente, amplie as probabilidades de êxito dos estudantes em suas pesquisas. A partir destes elementos, o presente artigo encontra-se organizado da seguinte forma: a seção 2 discorre sobre os conceitos, principais pontos históricos e contextualização de frameworks e técnicas de gestão de projetos; a seção 3 apresenta o processo de orientação acadêmica em pesquisas Taciano Tavares de Oliveira, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação (PPGEEC), Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), [email protected] 2 Pollyana Notargiacomo Mustaro, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação (PPGEEC), Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), [email protected] DOI 10.14684/INTERTECH.24.2016.206-210 © 2016 COPEC February 28 – March 02, 2016, Salvador, BRAZIL XIV International Conference on Engineering and Technology Education 206 científicas, estudos realizados nas área e o contexto de gestão de projetos em pesquisas científicas dentro do cenário acadêmico; na seção 4, apresenta-se uma proposta de sistematização do cenário de orientação acadêmica para obtenção de grau em instituições do ensino superior; e, por último, a seção 5 discorre sobre as conclusões e trabalhos futuros. GESTÃO DE PROJETOS Verifica-se a magnitude da área de gerenciamento de projetos quando se analisa os números significantes do segmento. Uma pesquisa do ano de 2013 [6] realizada pelo Project Management Institute – PMI e certificada pela Economist Intelligence Unit, denota que existem no mundo 51 milhões de pessoas envolvidas na gestão de projetos. Outro estudo [7] estima que entre 2010 e 2020, 15,7 milhões de vagas de gerente de projetos serão criadas em todo o mundo, com a estimativa de movimentar 18 trilhões de dólares. No Brasil, essas estimativas, no mesmo período, são de 1.364.932 gerentes de projetos e uma movimentação de 1 bilhão de dólares, a frente de países como Austrália e Canadá. Observa-se que os problemas mais frequentes nos projetos são comunicação, escopo não definido adequadamente e não cumprimento de prazos [8]. Com base nas definições do PMI [9] de que um projeto é “um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusive” e que a gestão de projetos é a “aplicação do conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus requisites”, conclui-se que a humanidade trabalha com projetos desde seus primórdios. Como exemplos, podese citar a construção das pirâmides do Egito, a muralha chinesa e o coliseu de Roma [10]. O PMI é uma das maiores associações do mundo de profissionais para gerenciamento de projetos. Seus padrões de gerenciamento de projetos, programas de certificação, programas de pesquisa acadêmica e de mercado são reconhecidos mundialmente. Em 2014 completou 45 anos e se destaca por ter 12 padrões para gerenciamento de projetos, programas e portfólios cada vez mais adotados por empresas e entidades governamentais como modelo de boas práticas [11]. Na gestão de projetos existem vários frameworks e técnicas, mas alguns se destacam pela importância ou utilização. Serão apresentados o PMBOK como um dos frameworks de gestão de projetos mais utilizados em todo o mundo e o Project Model Canvas - PMCanvas como uma técnica de gestão de projetos inovadora e brasileira. PMBOK O PMBOK - The Project Management Body of Knowledge destaca-se como o mais importante framework de gerenciamento de projetos do mundo e, apesar de ser uma abordagem americana, está presente em mais de 100 países [12]. Atualmente está em sua quinta edição e é dividido em © 2016 COPEC dois grandes grupos, sendo um de áreas do conhecimento e outro de grupos de processos [9]. Os grupos de processos estão divididos em cinco grupos: Iniciação: processos para definição de um novo projeto ou fase de um projeto. Planejamento: processos para estabelecimento de escopo e esforço, na definição e aprimoramento dos objetivos e o desenvolvimento das ações necessárias para atingir esses objetivos. Execução: processos executados para a conclusão das atividades necessárias para que o projeto chegue ao fim cumprindo com as especificações. Monitoramento e Controle: processos necessários para o acompanhamento, análise e organização do progresso e desempenho do projeto. Também possui processos para identificar e iniciar mudanças no plano do projeto. Encerramento: processos executados para a finalização de todas as atividades de todos os grupos de processos do gerenciamento do projeto, formalizando o projeto ou fase, assim como suas obrigações contratuais. Uma área do conhecimento é formada por um conjunto de conceitos, termos e atividades de um campo profissional, de um campo de gerenciamento de projetos ou áreas de especialização. São 47 processos de gerenciamento agrupado nas dez áreas do conhecimento, divididas da forma que se segue: Integração: processos e atividades com a finalidade de identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os processos e atividades dos grupos de processos de gerenciamento de projetos. Escopo: processos e atividades para garantir que o projeto inclua tudo que é necessário (apenas o necessário) para ser executado e ser finalizado com sucesso. Tempo: processos e atividades necessários para gerenciar o tempo de forma que o projeto seja concluído dentro do prazo estipulado. Custos: processos e atividades para o planejamento, estimativas, financiamentos, orçamentos e gerenciamento e controle de custos para que o projeto seja concluído dentro do orçamento definido e aprovado. Qualidade: processos e atividades que determinam a qualidade, bem como suas políticas, objetivos e responsabilidades, com o propósito de satisfazer as necessidades do projeto. Recursos Humanos: processos e atividades para gerenciar e guiar a equipe do projeto. Comunicação: processos e atividades para garantir que as informações do projeto sejam oportunas e apropriadas, incluindo o planejamento, a coleta, a criação, distribuição, armazenamento, recuperação, February 28 – March 02, 2016, Salvador, BRAZIL XIV International Conference on Engineering and Technology Education 207 gerenciamento, controle, monitoramento e disponibilidade das informações. Riscos: processos e atividades para planejar, identificar, analisar, responder e controlar os riscos do projeto. Aquisições: processos e atividades para a aquisição de produtos ou serviços externos a organização. Partes Interessadas no Projeto: são processos e atividades para identificação das pessoas, grupos ou organizações que serão impactadas ou podem impactar no projeto, análise das expectativas e seus impactos no projeto e o desenvolvimento de estratégias para que exista o engajamento das partes interessadas na execução e decisões necessárias do projeto. PMCanvas – Project Model Canvas O Project Model Canvas, conhecido como PMCanvas, é uma técnica para gerenciamento de projetos criada pelo brasileiro José Finocchio Júnior que trabalha com gerenciamento de projetos há mais de 20 anos [13]. Diferente do PMBOK que utiliza os 47 processos para fazer a gestão de projetos, o PMCanvas surge como uma alternativa simplificada para fazer a gestão de projetos, principalmente em sua fase inicial de planejamento. As duas abordagens não são excludentes, mas percebe-se a diferença na simplicidade do método. Seu criador [13] afirma que o plano de projeto padrão das técnicas convencionais de gerenciamento de projetos como o PMBOK, são extensos, burocráticos e pouco visuais, não adaptados à realidade das empresas e do funcionamento da mente humana. O PMCanvas foi inspirado na técnica de Business Model Generation, em que se cria um plano de negócios com base no preenchimento coletivo de papéis autocolantes, posteriormente fixados dentro do quadro de referência. Utiliza também conceitos de Design Thinking e neurociência para aplicação visual da técnica, uma vez que ressalta a importância do processo de visualização e da diferença de criação de modelos mentais para cada individuo [13]. A técnica compreende uma lógica de preenchimento de quadros pré-definidos com papéis autocolantes, que respondem às cinco perguntas fundamentais do projeto: 1) Por quê se deseja realizar o projeto?; 2) O quê se deseja realizar com o projeto?; 3) Quem deve participar do projeto?; 4) Como se deseja realizar o projeto?; 5) Quando o projeto deve ser realizado e Quanto custará? São treze os quadros pré-definidos a serem preenchidos. A justificativa é o primeiro deles e compreende as necessidades não atendidas hoje ou os problemas existentes que motivaram a criação do projeto. O próximo quadro é o Objetivo SMART e deve contemplar a descrição do objetivo de modo específico, mensurável, atingível, realista e delimitado no tempo. O quadro Benefícios representa o que será conquistado após a implantação e finalização do projeto, enquanto o quadro Produto deve refletir o resultado final do projeto, que pode ser um produto, serviço ou mesmo um resultado. © 2016 COPEC Existe uma área reservada aos Requisitos que devem contemplar os critérios de qualidade que o produto, serviço ou resultado devem possuir. O quadro Stakeholders deve conter as partes interessadas no projeto, assim como o quadro Equipe deve conter todos os participantes que possuem alguma responsabilidade nas entregas do projeto. Existe também um quadro reservado para as Premissas e deve contemplar as suposições que serão consideradas verdadeiras no que tange ao ambiente ou fatores externos relacionados ao projeto. Já os itens que serão gerados pelo projeto, sendo que estes itens devem ser concretos, mensuráveis e tangíveis, devem ser considerados no quadro Grupo de Entregas. Todas as limitações conhecidas que podem impactar no trabalho das equipes do projeto, independente de sua natureza ou origem, devem estar contidas no quadro Restrições. Os eventos incertos ou futuros que possam ter relevância ao projeto devem estar mapeados no quadro Riscos e com base nesses riscos, deve-se buscar e implantar as respostas a cada um deles. O quadro Linha do Tempo deve conter quando as entregas do projeto vão ocorrer e, por fim, o quadro Custos deve conter quanto será gasto para que o projeto seja concluído. Sugere-se que os custos estejam relacionados a cada uma das entregas (se assim o tiver). Contextualizados a respeito dos frameworks e técnicas de gestão de projetos, a próxima seção aborda o processo de orientação acadêmica. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA O processo de orientação, também chamado de aconselhamento, é a interação dinâmica e respeitosa entre orientador e orientando a respeito das preocupações do aluno [14]. O orientador deve dar suporte, informações e um clima de liberdade para que o orientando possa tomar as melhores decisões. A orientação acadêmica é um processo cujo principal objetivo é auxiliar os alunos a compatibilizarem seus objetivos de vida ao desenvolvimento e realização de planos educacionais, onde os atores desse processo são o docente, o aluno e a instituição de ensino [15]. Um estudo [16] obteve como resultado a identificação de algumas melhores práticas de orientação. Entre essas melhores práticas, destaca-se estar disponível, agendar reuniões periódicas com os orientandos, conhecimento do curso e requisitos da graduação, estabelecer metas ao aluno e fazer com que ele cumpra um plano de estudos, monitorar regularmente o progresso do aluno, utilizar meios eletrônicos de comunicação, estar interessado no estudante, ser um bom ouvinte, usar perguntas direcionadas, aconselhar os alunos sobre questões pessoais, adotar um modelo de padronização de orientação, fazer com que o estudante se torne responsável pelo projeto e sempre sugerir e discutir opções adicionais. February 28 – March 02, 2016, Salvador, BRAZIL XIV International Conference on Engineering and Technology Education 208 Gestão de Projetos em Pesquisas Científicas Por meio de uma revisão sistemática da literatura, constatou-se que existe um número reduzido de trabalhos relevantes referente à utilização de frameworks e técnicas de gestão de projetos aplicados na área acadêmica. Com base no PMBOK, pôde-se encontrar algumas propostas: para uma Estrutura Analítica de Orientação Acadêmica (EAOA), que apoia na definição e documentação inicial do projeto, estabelecendo alguns parâmetros básicos que podem ser ajustados de acordo com a pesquisa [17]; para um modelo de prevenção, transferência e mitigação de riscos denominado Plano de Gestão Acadêmica de Riscos em Investigações Científicas (PGARIC) [18]; para um plano de comunicação e um plano de gerenciamento de recursos humanos para um projeto de pesquisa acadêmica [19]. Um estudo [20] utilizou algumas áreas do conhecimento do PMBOK – gestão de recursos humanos, escopo, tempo, integração, comunicação, custos, riscos e qualidade – e obteve benefícios mensuráveis. Dentre estas destacam-se a organização apropriada das atividades entre as equipes do projeto, uma visão integralizada das atividades requeridas ao projeto, o monitoramento e controle apurado dos prazos das atividades do projeto, a disponibilidade dos recursos e de informações durante todo o projeto, assim como a execução dos critérios de gestão estabelecidos. Essas propostas são válidas e agregam valor a gestão de pesquisas científicas no âmbito acadêmico. Porém, nota-se que a tecnologia adquire ainda maior relevância na sociedade que valoriza a geração de novos conhecimentos [4], exigindo que as propostas educacionais estejam aderentes a essa mudança de comportamento. Propõe-se portanto, diante do ineditismo identificado, a sistematização desse cenário. PROPOSTA DE SISTEMA A proposta desse artigo, como já destacado anteriormente, é a apresentação à comunidade científica de um sistema inteligente para realizar a gestão de pesquisas científicas aplicadas na obtenção de títulos acadêmicos em instituições do ensino superior utilizando por base critérios e instrumentos oriundos da área de gerenciamento de projetos. O eixo central da área de gestão de projetos aplicados nesse Sistema é constituído pelos conceitos e melhores práticas disponibilizadas pelo PMBOK do Project Management Institute, implementados no todo ou em parte, os seguintes grupos de processos descritos na Tabela I. TABELA I GRUPOS DE PROCESSOS DO PMBOK PARA IMPLEMENTAÇÃO Grupos de Processos Processos de Gerenciamento Iniciação 4.1 Desenvolver o termo de abertura do Projeto Planejamento 4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto 5.3 Definir o escopo 5.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP) 6.2 Definir as atividades © 2016 COPEC Execução Monitoramento e Controle Encerramento 6.3 Sequenciar as atividades 6.5 Estimar as durações das atividades 6.6 Desenvolver o cronograma 10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações 11.2 Identificar os riscos 11.5 Planejar as respostas aos riscos 4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto 8.2 Realizar a garantia da qualidade 10.2 Gerenciar as comunicações 13.3 Gerenciar o engajamento das partes interessadas 4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto 6.7 Controlar o cronograma 8.3 Controlar a qualidade 10.3 Controlar as comunicações 11.6 Controlar os riscos 13.4 Controlar o engajamento das partes interessadas 4.6 Encerrar o projeto ou fase Da mesma forma, o sistema utiliza a técnica do Project Model Canvas para auxiliar o estudante a conceber o problema de pesquisa e a utilização dos processos do PMBOK de maneira intuitiva. Com isso, busca-se uma visualização geral do projeto com os marcos necessários à sua conclusão e facilita o acompanhamento e compartilhamento do projeto em questão. O sistema comtempla de maneira intrínseca a utilização das características e melhores práticas identificadas na literatura relacionada à orientação acadêmica, como: propiciar sensação de disponibilidade do docente no processo de orientação acadêmica e melhorar a comunicação entre alunos e docentes: Funcionalidade de comunicação entre o aluno e orientador; controlar e gerenciar reuniões periódicas entre docentes e alunos: Funcionalidade de programação de reuniões periódicas e pontuais de acordo com a necessidade do projeto; estabelecimento de metas para o aluno: Funcionalidade de geração de cronograma com marcos de cada tipo de projeto proporcionará esse estabelecimento de metas; acompanhar e manter os registros competentes ao processo de orientação acadêmica: Funcionalidade de visualização das atividades atenderá a essa recomendação; monitorar e avaliar regularmente o progresso do aluno: Funcionalidade de visualização das atividades pendentes e do projeto atenderá a essa recomendação. Para isso adotou-se a técnica de Sistemas Especialistas da área do conhecimento de Inteligência Artificial [21], possibilitando a formação de uma base de conhecimento advinda de referências bibliográficas e especialistas humanos (orientadores), ampliando a potencialidade da base de conhecimento dos sistemas. A fase primordial para a utilização dessa técnica é a fase de planejamento que propicia subsídios ao aluno para realizar um planejamento adequado à sua pesquisa e posterior controle desta. O sistema contempla quatro perfis de usuários com funcionalidades específicas: February 28 – March 02, 2016, Salvador, BRAZIL XIV International Conference on Engineering and Technology Education 209 Administrador: usuário que gerencia o sistema, bem como concede e revoga permissões, gerencia os usuários, instituições de ensino, tipos de projetos, dicas globais; Aluno: usuário estudante que realizará a pesquisa. Dentre as funcionalidades desse usuário, ressalta-se a gerência, visualização, pendências, cronograma e riscos dos projetos, relatório de atividades e agendamento de reuniões; Docente: usuário docente que realizará o processo de orientação acadêmica. Dentre as funcionalidades, destaca-se a visualização e gestão dos projetos de seus orientandos (alunos), cadastramento de atividades dentro dos projetos, avaliação dos relatórios de atividades, cadastramento de recomendações e agendamento de reuniões; Coordenadores de curso: usuário para os coordenadores de curso visualizarem os orientadores, os alunos e o como está se dando o relacionamento entre eles. Como funcionalidades, destaca-se a visualização dos projetos e respectivas situações para avaliação e relatório de quantidade de projetos em andamento para cada orientador. [2] Oliveira, L.C.V. "Iniciaçaõ a pesquisa no ensino superior: o novo e o velho espı́rito cientı́fico nas atividades acadêmicas.", 24a Reunião Anual da Associaç ão Nacional de Pós-Graduaç ão e Pesquisa em Educaç ão (ANPEd), 2001, pp 1-15. [3] Maximiano, A.C.A., "Aplicação do PMBOK a projetos acadêmicos", III SemeAd (Seminário em Administração – FEA – USP), Vol 1, 1998. [4] Karukstis, K.K., "Reinvigorating the undergraduate experience with a research-suportive curriculum.", J. Chem. Educ., Vol 81, No 7, 2004, pp 938-939. [5] Mustaro, P.N. "Proposal of blended orientation on scientific works by comparison face-to-face and online processes.", Issues in Informing Science and Information Technology, Vol 4, 2007, pp 189-199. [6] Institute, P.M., "2013 Annual Report", 2013 Annual Report, 2013. [7] Institute, P.M., "Project Management Talent Gap Report", Project Management Talent Gap Report, 2008. [8] Institute, P.M., "PMSurvey.org", 2013 Edition - National Report, 2013. [9] Institute, P.M., "A guide to the project management body of knowledge", PMBOK Guide, Edition 5, 2013. [10] Valle, A.B. and Soares, C.A.P. and Finocchio Jr, J. and Silva, L.S.F., "Fundamentos de gerenciamento de projetos", Editora FGV, 2010. [11] Institute, P.M., "About", Project Management Institute Website – About. Disponível em: http://www.pmi.org/About-Us/About-UsWhat-is-PMI.aspx. Acesso em 17 Out. 2015. Um dos objetivos do sistema é, de certa forma, padronizar o formato de gerenciamento de pesquisas acadêmicas no âmbito de obtenção de grau em instituições do ensino superior, da mesma forma como ocorre no mundo corporativo com a gestão de projetos, proporcionando um fluxo para que essa gestão seja facilitada e cumpra com requisitos mínimos de qualidade. [12] Carvalho, M.M. and Rabechini Jr, R., "Fundamentos em gestão de projetos", Fundamentos em gestão de projetos, Edition 3, 2011. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS [16] Myers, B.E. and Dyer, J.E., "Advising Components, Roles, and Perceived Level of Competence of University Faculty", Journal of Southern Agricultural Education Research, Vol 53, No 1, 2003, pp 247-261. Este trabalho contextualizou a relevância da área de gestão de projetos e alguns frameworks e técnicas consagrados na área. Também apresentou o ambiente de orientação acadêmica, bem como as propostas de utilização dos frameworks e técnicas de gestão de projetos aplicados no âmbito acadêmico. Tal contextualização serviu de base para o desenvolvimento desse sistema para que atender ao cenário de orientação acadêmica para obtenção de títulos em instituições do ensino superior. Dentre os trabalhos futuros destaca-se a proposição e implementação de um sistema integrado a este, que contemple as melhores práticas identificadas no processo de orientação acadêmica de sugestão de livros, artigos e outras produções científicas de acordo com a temática do trabalho/projeto e a auditoria do conteúdo produzido pelo aluno para identificação de plágios, garantindo um produto final único e exclusivo. REFERÊNCIAS [1] [13] Finocchio Jr, J., Project Model Canvas, 2013. [14] O'Banion, T., "An academic advising model", NACADA Journal, Vol 14, No 2, 1994, pp 10-16. [15] Stull, N., "Academic advising: What does it mean at MU today?", Chalkboard, Vol 15, No 5, 1997. [17] Mustaro, P.N. and Rossi, R., "Estrutura Analítica de Orientação Acadêmica: proposta para a formação de diretrizes para o acompanhamento discente baseada em elementos de gestão de projetos", XII International Conference on Engineering and Technology Education (INTERTECH'2012), Vol 1, No 1, 2012. [18] Mustaro, P.N. and Rossi, R., "Da elaboração do termo de abertura de projeto de pesquisa à gestão de riscos: Subsídios para a gestão acadêmica de investigações científicas", VIII International Conference on Engineering and Computer Education, No 1, 2013, pp 221-225. [19] Mustaro, P.N. and Rossi, R., "Project Management Principles Applied in Academic Research Projects", Issues in Informing Science and Information Technology (IISIT), Vol 10, No 1, 2013, pp 325-340. [20] Vitoreli, G.A. and Lima, C.H.B and Gerolamo, M.C. and Carpinetti, L.C.R, "Relato da utilização de ferramentas e técnicas de gestão de projetos em um projeto de pesquisa acadêmica", GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, Vol 5, No 4, 2010, pp 111-126. [21] Flores, C.D., "Fundamentos dos sistemas especialistas", BARONE, D.A.C. (Org.), Vol 1, 2003, pp 332. Institute, P.M. "PMSurvey.org", 2014 Edition – World Report, 2014. © 2016 COPEC February 28 – March 02, 2016, Salvador, BRAZIL XIV International Conference on Engineering and Technology Education 210