Matriz de atividade individual - Moodle

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Matriz de atividade individual*
Módulo: 4
Atividade: Fórum
Título: A importância do Planejamento Financeiro para o Sucesso
Empresarial
Aluno: Bernardo de Azevedo Silva Rothe
Disciplina: Administração
Turma: GRACEAD_T0017_1011 SP A
Financeira de Curto Prazo
Introdução
Todo gestor financeiro precisa ter sob o seu completo controle o planejamento
financeiro de sua empresa. Precisa projetar vendas, despesas e custos, o fluxo de
caixa e as necessidades de sua tesouraria para garantir que a empresa tenha os
meios para conduzir os seus negócios com tranqüilidade e sem atropelos.
Nesta análise, apresentarei os objetivos e a importância do planejamento financeiro
para o sucesso empresarial.
Justificativa
Empresas sem um adequado planejamento financeiro podem alcançar o sucesso
empresarial, mas, de certa forma, estarão contando com a sorte para ter os meios
de alcançar os seus objetivos.
Assim, como destacam Teixeira e Pereira: “... Independente da estrutura
organizacional da empresa, entende-se que, a qualquer tempo, é possível melhorar
a gestão financeira com base em um processo formalizado e suportado por
relatórios orientadores de decisão ou monitoradores de desempenho.”; e, ainda,
“...propôs-se o planejamento financeiro de curto prazo como uma das ferramentas
essenciais para fazê-lo, baseado na importância do controle dentro do processo de
planejamento, elaborado a partir dos orçamentos e culminando com as
demonstrações contábeis projetadas que traduzem a possibilidade ou não de
alcançar as metas da empresa.” (Teixeira & Pereira, 2001, pp. 46-47).
Desenvolvimento
O gestor de um empreendimento precisa tomar uma série de decisões no processo
de administrar e operar uma empresa, com a visão de gerar valor para os seus
stakeholders.
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Damodaran classifica essas decisões em três tipos: Decisões de Investimento,
Decisões de Financiamento e Decisões envolvendo Dividendos (Damodaran, 2006,
pp. 2-3).
As Decisões de Investimento englobam não só os ativos fixos necessários para
desenvolver e comercializar um produto e/ou serviço como também itens do ativo
circulante como estoques e contas a receber. Assim, essas decisões também têm
um perfil de curto-prazo ao estabelecer as políticas de manutenção de estoques e
de recebimento das vendas realizadas, além da política de gerenciamento de saldos
de caixa.
As Decisões de Financiamento, por sua vez, abrangem a estrutura de capitais da
empresa, com a distribuição entre capital dos acionistas e capitais de terceiros. Os
capitais de terceiros, por sua vez, podem ser onerosos ou não onerosos e de curtoprazo ou de longo prazo. Ao estruturar o passivo do empreendimento, cabe ao
gestor buscar o mix ideal entre capital próprio e de terceiros, bem como adequar o
mix dos prazos dos capitais de terceiros, tanto onerosos como não onerosos, com a
sua capacidade de geração de caixa. Assim, essas decisões também têm um perfil
de curto-prazo.
Por fim, as decisões de dividendos buscam estabelecer se os recursos disponíveis
na empresa devem ser reinvestidos no próprio negócio, caso existam investimentos
com retorno esperado acima do seu custo de capital, ou distribuídos aos
investidores na forma de dividendos ou recompra de ações.
Como pode ser notado, este processo decisório envolve decisões estratégicas, com
a sua visão de longo prazo, e também decisões operacionais e táticas, com uma
visão de curto e médio prazo, que buscam suportar, no caso das decisões
financeiras, a implementação da estratégia e o atingimento das metas.
As políticas de estoques, recebimento de clientes e pagamento de fornecedores
geram a necessidade de capital de giro da empresas. Quando o prazo médio de
permanência de estoques (PME) acrescido do prazo médio de recebimento das
vendas (PMR) é superior ao prazo médio de pagamento de fornecedores (PMP) a
empresa precisa tomar recursos junto a terceiros para fazer frente à diferença ou
utilizar recursos próprios do seu PL. Caso o PMP seja superior ao PME + PMR, temos
uma situação de necessidade de capital de giro negativa, passando a compor uma
fonte de financiamento para investimento em outros ativos, sejam financeiros ou
operacionais.
As projeções de vendas, o orçamento de custos e o orçamento de despesas são
insumos essenciais para a elaboração do orçamento de caixa. Com base na
projeção deste orçamento é possível estimar a necessidade adicional de capital e
planejar a sua captação, seja via aumento de capital ou por meio de endividamento
financeiro. Vale lembrar, conforme indica a decisão de dividendos explicitada acima,
que uma necessidade de capital negativa pode direcionar um eventual excesso de
caixa para o retorno de capitais para os acionistas.
Segundo Teixeira e Pereira, o orçamento de caixa teria a seguinte configuração:
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ORÇAMENTO DE CAIXA
DESCRIÇÃO
ORÇADO
REALIZADO
1o. Trimestre 2o. Trimestre 3o. Trimestre 4o. Trimestre
TOTAL
INGRESSOS
Recebimento de Vendas
Empréstimos
Sócios
Total
DESEMBOLSOS
Pagamento de Compras
Impostos
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Despesas Tributárias
Pagamento de Empréstimos
Retorno de Capital aos Sócios
Total
CAIXA GERADO NO PERÍODO
Saldo Inicial de Caixa
SALDO FINAL DE CAIXA
(Teixeira & Pereira, 2001, p. 44)
Na minha visão, faltaria agregar ao orçamento de fluxo de caixa o orçamento de
investimentos, seja para manutenção das atividades empresariais, bem como para
sustentar expansões e inovações necessárias para manter a empresa competitiva.
Contudo, o orçamento de caixa não leva em consideração uma variável essencial
que é o tempo. Quando pagar ou receber pode fazer a diferença no dia-a-dia de
uma empresa. Assim, o fluxo financeiro e o operacional da empresa, resultantes
das políticas de estoque, recebimento de clientes e pagamento de fornecedores, e
as previsões de recebimento e/ou pagamento desses fluxos precisam ser
monitorados e acompanhados para evitar que a empresa fique sem recursos
disponíveis para fazer frente as suas necessidades de caixa. Lembro que o não
cumprimento de responsabilidades no prazo aventado leva a empresa a incorrer em
custos adicionais por conta de multas e penalidades.
Para fazer frente a essa necessidade, é importante elaborar um fluxo de caixa mais
detalhado com relação às entradas de saídas de caixa ao longo do tempo. Este
fluxo de caixa, portanto, seria um detalhamento do orçamento de caixa e busca
reduzir o risco de liquidez da empresa.
Outro risco importante de ser acompanhado e trabalhado é o risco de crédito. O
trabalho do Professor Edward Altman, com relação a esse risco, propôs um
indicador do potencial de uma empresa ficar inadimplente, o chamado Z-score. Tal
indicador é representado pela seguinte expressão algébrica:
Z = aX1 + bX2 + cX3 + dX4 + eX5
(Caouette, Altman, Narayana, & Nimmo, 2008, p. 142),
onde X1 corresponde ao capital de giro dividido pelos ativos totais, X2 a lucros
retidos dividido pelos ativos totais, X3 ao LAJI dividido pelos ativos totais, X4 ao
valor de mercado do capital dividido pelo valor contábil do passivo e X 5 às vendas
divididas pelos ativos totais (Caouette, Altman, Narayana, & Nimmo, 2008, p. 143).
Os valores constantes (“a”, “b”, “c”, “d” e “e”) são obtidos por meio de regressões
lineares aplicadas sobre dados estatísticos de empresas que entraram em
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concordata e empresas que não tiveram este tipo de problema. No caso específico
apresentado no livro Credit Risk Management, em sua página 142 (Caouette,
Altman, Narayana, & Nimmo, 2008), os valores das constantes foram obtidas por
meio de regressões lineares considerando dados de empresas americanas públicas,
ou seja, com ações em bolsa, sendo a=1.2, b=1.4, c=2.3, d=0.6 e e=0.999.
Resultados para Z menores que 1.81 indicam que a empresa estaria em situação de
alto risco de falir ou entrar em concordata. Resultados acima de 2.99 indicam que
as empresas teriam baixo risco de crédito.
Porque este indicador é importante? O Z-score é a base de todas as metodologias
de crédito adotadas por bancos e empresas classificadoras de risco, seja na sua
versão original, como apresentada acima, como nas suas atualizações realizadas ao
longo dos anos que geraram o Z’, para empresas de serviços, o Zeta-score, entre
outros.
Como o indicador demonstra, são fatores considerados no risco de crédito de uma
empresa o capital de giro disponível (X1), a rentabilidade da empresa (X2 e X3), a
relação do valor da empresa e o valor patrimonial (X4) e o giro do ativo (X5).
Dentre os itens mencionados, são da esfera do planejamento de curto-prazo o
volume de capital de giro da empresa e o giro do ativo, como resultantes das
decisões de investimento e financiamento.
O risco de crédito da empresa influencia a capacidade dessa empresa obter
recursos de terceiros e ainda o custo de tais recursos, no caso de passivo oneroso.
Um baixo risco de crédito significa um amplo acesso a crédito a custos acessíveis
enquanto um alto risco de crédito significa um restrito acesso ao crédito, com um
custo de dívida alto. Riscos de crédito alto afetam a perpetuidade de uma empresa.
Conclusão
Cabe a qualquer gestor garantir a continuidade dos negócios de sua empresa no
longo prazo e o seu sucesso empresarial. As ferramentas disponíveis para cumprir
com essa obrigação estão disponíveis e devem ser utilizadas em todo o momento.
O planejamento financeiro de curto-prazo é uma dessas ferramentas e viabiliza a
concretização das estratégias comercial e de longo prazo, sendo uma parte
fundamental do processo empresarial.
A falta de planejamento, e, por conseguinte, o seu acompanhamento põe em risco
a própria existência da empresa ao trazer um grau excessivo de incerteza sobre as
decisões de investimento, financiamento e de dividendos.
Referências bibliográficas
Caouette, J. B., Altman, E. I., Narayana, P., & Nimmo, R. (2008). Managing Credit
Risk. Hoboken: John Wiley & Sons, Inc.
Damodaran, A. (2006). Applied Corporate Finance. Hoboken, NJ: John Wiley and
Sons, Inc.
FGV Online. (Outubro de 2011). Administração Financeira de Curto Prazo. Acesso em
03 de Outubro de 2011, disponível em FGV Online: http://moodle.fgv.br
Gomes, D. M., Almeida, S. F., da Silva, W. R., & Almeida, P. L. (s.d.).
PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO: UM ESTUDO NO SETOR
DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS EM CAMPINA GRANDE - PB.
Universidade Federal de Campina Grande .
Lucion, C. E. (Mar-Mai de 2005). PLANEJAMENTO FINANCEIRO. Revista
4
Eletônica de Contabilidade - Curso de Ciências Contábeis UFSM , pp. 142-160.
Teixeira, S. A., & Pereira, A. C. (Setembro de 2001). PLANEJAMENTO
FINANCEIRO DE CURTO PRAZO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA PME.
Unopar Científica - Ciências Jurídicas Empresariais , pp. 31-49.
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de
raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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