SERESTAR - Boneco

Propaganda
SERESTAR
O espetáculo musical Serestar é, para todos seus
partícipes,
mais
que
busca.
Dentro
da
linguagem
tradicional sonora brasileira, se permite direcionar
sobretudo para a percepção e para o sentimento. A
justificativa é a mesma pela qual caminha, quando bem
cuidada, esta linguagem: de quando em quando, com
mudanças de paisagens tão bruscas, é necessária uma
conscientização que somente a música tão bem nos dá. Um
olhar de dentro para fora em dueto com o inverso.
Se desenvolve com a referência musical frutífera do
Brasil perante o mundo e seu repertório faz com que esta
justiça seja feita, tanto na composição quanto na escolha
do caminho do arranjador.
Lavrado com alma brasileira, o espetáculo apresenta o
compositor e multi-instrumentista Rui Kleiner e prefacia
o que será seu primeiro disco solo. Como as serestas
presentes na vida do músico, abrange cenas musicais
determinantes para a formação cultural da América Latina;
ou seja, de maneira principal, os gêneros que compõem o
universo do Choro - assim como outros gêneros pelo mundo,
de importância ímpar para seu país.
A todo instante seus elementos dialogam com outros
setores aparentemente distantes da arte provando outras
interconectividades. O espetáculo prima pelo servo
trabalho de cunhos social e transformador a partir de
sambas, choros, polcas, modinhas, maxixes, lundus,
schottisches, habaneras, baiões, gêneros regionais e
outros que compõem o imaginário brasil.
Serestar é como um partícipe de um dom natural da
tradição sem ser particípio. Fruto de vinte anos de
experiências e pesquisas, Rui Kleiner o dedica ao
momentos de reflexão e à tal compreensão de nossa
história, como o faz por toda sua carreira.
E é a esta forma que a composição e a concepção do
autor se entrelaçam e se contraponteiam. A busca pelo
eterno retorno. Atemporal, é de várias formas dentro da
história. É a linha tênue passante por entre ser e estar.
Ficha Técnica
FORMATO
Lasalvia)
DUO
(Rui
Kleiner
e
Daniela
(Rui: bandolim, violino, violão e voz
Dani: voz, violão e viola)
- FORMATO TRIO (Rui Kleiner +2)
(Rui: bandolim, violino, violão e voz;
Dani Lasalvia: voz, violão e viola;
Músico 3: percussão)
- FORMATO COMPLETO (Rui Kleiner +5)
(Rui: voz, violão, bandolim e violino;
Dani: voz, violão e viola;
Músico 3: violão de 7 cordas;
Músico 4: cavaquinho e violão;
Músico 5: piano e acordeon;
Músico 6: percussão)
*
Outros
formatos
podem
ser
aceitos
conforme
a
necessidade do contratante, seja por tema ou requisito do
evento.
*
Para quaisquer dúvidas e/ou esclarecimentos sobre
adequação, ligar para (19) 3302.0517, (19) 9.9661.7799 ou
(19) 9.9203.8323 ou escrever para [email protected].
*
Os mapas de palco também serão disponibilizados assim
do momento da contratação do espetáculo.
DURAÇÃO: aproximadamente 80 minutos (uma hora e vinte
minutos).
* podendo ser também
espaço de do evento.
alterada
de
acordo
com
a
necessidade
do
Repertório
1 - Olhos morenos (Yuri Reis e Rui Kleiner)
2 - Longe de casa (Eduardo Gudin e Paulo Vanzolini)
3 - Formosa cidade (Rui Kleiner)
4 - Cuitelinho (tema recolhido por Paulo Vanzolini)
5 - O balaio do Barão (Rui Kleiner)
6 - Valsa caipira (Rui Kleiner e Consuelo de Paula)
7 - Será? (Mauricio Carrilho e Rui Kleiner)
8 - Bela Vista (Rui Kleiner)
9 - Marcha alvinegra (Rui Kleiner)
10 - Cordial (Pedro Amorim)
11 - Face a face (Maurício Carrilho e Rui Kleiner)
12 - Muito sal, pouco bem (Saulo Ligo e Rui Kleiner)
13 - Santa Olímpia (Rui Kleiner)
14 - Carrilhando (Rui Kleiner e Paulinho Leme)
15 - Indiferença (Mauricio Carrilho e Rui Kleiner)
16 - Sonhando (Chiquinha Gonzaga)
17 - Vamos pra roda (Mauricio Carrilho)
18 - Feia (Jacob do Bandolim)
19 - Tia Lulu (Rui Kleiner)
20 - Qui nem jiló (Luiz Gonzaga)
21 - Ondina (Rui Kleiner e Paulinho Leme)
22 - Porto da ilusão (Yuri Reis e Rui Kleiner)
*
Repertório sugerido e sujeito a alterações de acordo com o formato
Rui Kleiner
Multiinstrumentista, compositor, escritor e pesquisador.
(Rio Claro - 07/02/1979)
Começou na música aos sete anos como
aprendiz de violinista. Foi integrante e
atuante de várias orquestras do país sob as
regências
de
Ernst
Mahle,
Eleazar
de
Carvalho, Jamil Maluf e Júlio Medaglia. Aos
13 anos passou a frequentar serestas de
Piracicaba e região, eventos que marcam seu
trabalho até hoje. A partir do ano de 1996
começou
seus
estudos
no
violão,
como
autodidata. Mais tarde iniciou, também como autodidata,
os estudos no bandolim (seu principal instrumento),
rabeca, violão-tenor, percussão e cavaquinho.
Graduado em música pela Universidade Estadual de
Campinas
(Unicamp),
estudou
harmonia,
história,
composição e análise com Maurício Carrilho, Cristóvão
Bastos, Carlos Sandroni, Marcílio Lopes, Paulo Aragão,
Luciana
Rabello,
Roberto
Gnattali,
Guinga,
H.
J.
Koellreuter, entre outros. Como bandolinista, passou
pelas mãos de Joel Nascimento e Pedro Amorim.
Sua carreira de compositor começou no
ano de 2000 e, desde então, sua músicas vêm
sendo gravadas e tocadas por grupos como o
Corta Jaca (MG), Pano pra Manga (SP) , Rabo
de Gato (SP), e outros artistas e grupos de
outros países como Suíça, Cuba, Dinamarca,
Japão, Argentina e Alemanha.
Membro do Grupo Arvoredo e sempre presente em rodas e
manifestações culturais de várias regiões do país, possui
parcerias com Mauricio Carrilho, Consuelo de Paula, Yuri
Reis, Saulo Ligo, Heron Coelho, Délcio Carvalho, João
Borba, Paulinho Leme dentre outros.
É professor da Escola Portátil de
Música (Núcleo Leme-SP) onde exerce a
função de professor de Teoria, História e
Apreciação Musical. Ainda, é autor do
projeto "Memória Popular Brasileira" que
visa cultivar a produção cultural do Brasil
desde
o
séc.
XVIII,
além
de
educar
crianças, adultos, profissionais, leigos e
amadores a partir da música brasileira. O
projeto se estende no campo de palestras, aulas,
workshops, contatos com artistas de vários gêneros e
apresentações, sempre visando a preservação histórica da
sonoridade brasileira.
Participou de montagens teatrais, como os espetáculos
“Ibicaba, a terra prometida” e “João Pacífico – o poeta
do sertão”, (espetáculo premiado em vários festivais de
teatro e ganhador do Mapa Cultural Paulista 2008), ambos
com roteiro e direção de Roberto Vignati.
No cinema, trabalhou no filme Nhô Quim, o Caipira
Centenário (documentário lançado em 2014, dirigido por
Bruna Epiphanio, que retrata boa parte da história
esportiva e cultural da região de Piracicaba) nas funções
de trilha sonora, roteiro e pesquisa.
Já dividiu trabalhos em palco e em estúdio com
Eduardo Gudin, Paulinho da Viola, Paulo Vanzolini, Silvio
Caldas, Paulo César Pinheiro, Toquinho, Guinga, Fátima
Guedes, Inezita Barroso, Altamiro Carrilho, Monarco da
Portela, Zé Ketti, Alceu Valença, Antonio Rago, Renato
Teixeira, Mônica Salmaso, Cristina Buarque, Zé Renato,
Maria Alcina, Carlinhos Vergueiro, MPB-4, Quarteto em Cy,
Ná Ozzetti, Fabiana Cozza, Célia e Celma, entre outros,
além de apresentações por diversos países dentre shows,
oficinas, palestras, programas de rádio e TV, sempre na
busca da divulgação e preservação da arte brasileira.
Outros projetos
MÚSICA
descoberto
BRASILEIRA
-
Um
tema
a
ser
Palestra especialmente criada para o conhecimento e
aprimoramento em história da música brasileira aplicada
ao ensino e ao cotidiano. Para músicos (de qualquer
nível), leigos e também para escola (afim de discutir e
auxiliar na carga cultural dos alunos aplicada à toda
grade curricular).
- PRÁTICA DE GÊNEROS BRASILEIROS
Oficina prática e também teórica sobre a vasta
riqueza de gêneros e ritmos do Brasil. O método ensina,
de maneira conjunta, os gêneros agregados especialmente
ao Choro. Necessária uma mínima experiência musical por
parte dos participantes.
- CINEMA E MÚSICA BRASILEIRA
Exibição de filmes com mais de 80 filmes disponíveis
e
relacionados
para
fins
didáticos.
Importantes
componentes históricos para o conhecimento do assunto,
abrindo a mente e o precedente para a realização de
debates.
RELEASE
RUI KLEINER
Fonte: Jornal de Piracicaba (10/03/2005)
Músico de Piracicaba tem projeto que ensina história da
Música Popular Brasileira.
O bandolinista, compositor, pesquisador, professor e
arranjador Rui Kleiner desenvolve um projeto de resgate da cultura
musical brasileira através de palestras, aulas, apresentações,
oficinas e shows onde ele apresenta a história da música popular
brasileira através das tendências musicais de cada década desde os
meados do séc. XIX até os dias atuais. “Apresento a história através
das músicas e peculiaridades de cada artista”, disse Kleiner.
Estão marcadas para os dias 9 e 10 de abril uma Oficina de
Choro e outra Oficina de História da Música Brasileira no Sesc
Piracicaba, como parte desta iniciativa.
O projeto já foi desenvolvido com alunos da Esalq (Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) durante todo o ano passado, com aulas semanais que
atenderam cerca de 300 alunos.”O objetivo é desenvolver aulas para cada faixa etária, respeitando
suas peculiaridades e preferências”, disse. Há materiais específicos para cada período escolar, desde o
ensino fundamental até para alunos universitários, além de um material prático para os alunos que
se interessarem em praticar os determinados gêneros e ritmos. Além da Esalq, o projeto já foi
desenvolvido com crianças carentes da cidade de São Carlos, pela UFSCar, bem como empresas e
outras entidades.
Uma dos enfoques do projeto é o estudo da cultura popular de Piracicaba e região (Tietê,
Capivari, Campinas). “Sabe-se que os gêneros que aqui existem (apesar de quase extintos), como o
samba-lenço, a umbigada, o jongo, a catira, dentre outros, foram fundamentais para a construção de
muitos outros gêneros, inclusive pelo ‘sotaque’ paulista que se emprega a todos os outros gêneros”,
disse Kleiner.
Do ponto de vista cultural, o projeto visa atingir os alunos que nunca tiveram a chance de
conhecer a produção cultural popular brasileira desde séculos atrás ou mesmo despertar o interesse
desses pelo assunto. Os costumes, os pensamentos, as situações e as necessidades das classes
econômicas, passando pela escravidão, são fatores determinantes de tudo o que vem se passando até
aqui. Entender o avanço tecnológico, o descaso com a cultura por parte da mídia, a invenção da
gravação elétrica e do rádio é fundamental não só se tratando de música, mas também da política,
história, sociedade, economia e outros mais.
O curso é, inicialmente, dividido baseando-se nos gêneros a serem discutidos e analisados sempre
com textos preparados a partir de materiais de pesquisadores, professores, psicólogos, críticos,
instrumentistas e compositores devidamente organizados para este curso, além de informações
sempre atualizadas. No conteúdo dos encontros fica programado a audição de gravações, projeção de
slides, mostra de instrumentos musicais de épocas, participação de músicos ao vivo e até a
participação prática dos alunos, mesmo que não tenham nenhuma aptidão musical. Vale lembrar que
o único pré-requisito é o interesse pelo assunto.
O ponto chave do projeto é a divisão de gêneros, destacando os mais importantes (“choro”,
“samba”, “valsa”, “maxixe”, “polca”, “xótis”, “habanera”, “tango-brasileiro”, passando pelos
primórdios “modinha” e “lundu”), bem como a mistura que se pratica com todos eles). A partir dessa
divisão, coloca-se em evidência todos os compositores e intérpretes de cada época, bem como os
instrumentistas e as gravações.
Fonte: Jornal de Piracicaba (28/06/2005)
Bandolinista piracicabano grava disco dedicado ao
choro
Na segunda quinzena de julho, Rui Kleiner, que integra o grupo Corta Jaca, começa trabalho nos
estúdios da Acari Records, no Rio
A terra do mestre Pixinguinha será palco para a
arte de um compositor e multi-instrumentisita
piracicabano. Na segunda quinzena de julho, o
bandolinista Rui Kleiner, estudioso do chorinho, entra
nos estúdios do selo Acari Records, no Rio de Janeiro,
especializado em choro, para gravar um CD com o
grupo de choro, polcas e maxixes Corta Jaca, de Belo
Horizonte, do qual passou a ser integrante, e que
participa de vários festivais na capital mineira.
Com 12 faixas, o disco do grupo (um projeto que tem
apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet)
contará com a gravação da polca instrumental "Santa
Olímpia", uma homenagem de Kleiner ao bairro piracicabano fundado por imigrantes trentinos, onde o
compositor tem amigos. Gênero que remonta ao século 19, a polca é um dos pilares musicais do choro e do
maxixe, base do álbum que terá a composição "Primeiro Nós", uma das últimas inéditas de Pixinguinha, e cuja
partitura
estava
na
França.
O compositor, professor, pesquisador e instrumentista de 26 anos, que cursa Faculdade de Música na Unicamp
(Universidade de Campinas) e toca bandolim há seis, conheceu o Corta Jaca – Lúcia Campos (percussão),
Marcelo Chiaretti (flauta), Ariana Pedrosa (fagote), Du Macedo (cavaquinho), Juliana Perdigão (clarineta) e
Agostinho Paolucci (violão de sete cordas) – em dezembro de 2004, durante o primeiro Festival Nacional de
Choro de Mendes (RJ) e passou a integrar o grupo este ano. Maurício Carrilho e Paulo Aragão serão os
produtores. Maurício é sobrinho de Altamiro Carrilho, considerado um dos maiores flautistas do mundo.
Na época, Kleiner havia acabado de compor a polca, que apresentou durante participação especial em um show
do grupo, em Belo Horizonte. "Comecei com uma participação especial no grupo e saí como integrante", brinca o
multi-instrumentista, que ainda toca violão, violão tenor, rabeca, percussão e violino, além de participar de
trabalhos
como
o
da
intérprete
Mônica
Salmaso,
como
violinista
e
bandolinista.
Apesar de ser piracicabano, sua única ligação musical com a cidade onde mora é o grupo de choro Fogo de Palha,
que se apresenta nos fins de semana na Rua do Porto. Preferiu assim por questões ideológicas e em respeito à sua
liberdade de tocar. "Aqui em Piracicaba a gente fica muito preso aos eventos", justifica o músico, que já engatou
parcerias com os violonistas Alessandro Penezzi e Sérgio Belluco (do grupo piracicabano Som Brasileiro), seus
inspiradores. Também lamenta a falta de espaço para quem se dedica a gêneros como o choro. "Isso faz com que a
saída,
para
muitos
músicos,
seja
fazer
carreira
fora
do
Brasil."
DE VOLTA – O gênero criado pelo flautista Joaquim Callado, em 1880, chegou a cair no esquecimento na própria
cidade onde foi criado, o Rio de Janeiro. Lá, por diversas vezes sua data (13 de abril) foi esquecida pelas
autoridades oficiais, que não anunciaram nenhuma programação comemorativa. Mas se houve antes um período
marcado pelo hiato do gênero, agora existe um ensaio para sua revitalização. Em Piracicaba, grupos como o
Corda Solta, formado em sua maioria por jovens músicos, e o grupo de samba e de chorinho Essência Feminina,
composto por mulheres, e o próprio Kleiner é uma prova de que o choro luta para sobreviver.
Além de compor, o instrumentista também dedica parte de seu tempo a pesquisar suas bases musicais. É um
estudioso do choro, da polca e do maxixe, que, acredita, vêm sendo revitalizados. "É um resgate importante, já
que remete à formação de nossa própria identidade musical", acredita Kleiner, autor do projeto "Memória
Popular Brasileira", que tem por objetivo cultivar a produção cultural no Brasil e educar para a música.
ESTÍMULO – O interesse de Kleiner pela música teve início na infância, aos 7 anos, quando começou a tocar
violino estimulado pelo avô, que decidiu estudar piano aos 70 anos. Aos 13, teve a oportunidade de acompanhar
Sílvio Caldas (1908-1998) ao violino, por ocasião de uma visita do cantor e compositor a Piracicaba.
Um fato inusitado o aproximou do bandolim. Durante homenagem a dona Zica (mulher de Cartola), em um
Festival de Curitiba, teve a corda de seu violino rompida. Foi a deixa para que pedisse emprestado o bandolim de
um músico que passava pelo local e prosseguisse com a homenagem. A partir daí, ele não mais se separaria do
instrumento. Foi nesse mesmo festival que o músico conheceu seu primeiro professor, o bandolinista Joel
Nascimento, discípulo de Jacob do Bandolim, um músico que elevou o bandolim a patamares do virtuosismo.
Fonte: Jornal de Piracicaba (25/02/2005)
Práticas da MPB é o novo curso da Empem
Diversos gêneros musicais, com ênfase no choro, serão abordados pelo músico Rui Kleiner
Trabalhar um conteúdo programático, baseado nos gêneros musicais, como o maxixe, a polca,
mazurca, canção, "schottisch", modinha, lundu, com ênfase no choro – gênero criado a partir da
mistura de elementos das danças de salão européias e da música popular portuguesa, com influência
da música africana no século 20 – é a proposta do curso práticas da MPB, que será ministrado pelo
músico e compositor piracicabano, Zé Rui Kleiner, nas dependências da Empem (Escola de Música de
Piracicaba
Maestro
Ernst
Mahle),
a
partir
de
hoje.
Estudar a estrutura musical – ritmo, harmonia e melodia – a percepção, diversidade de estilos dentro
da música popular brasileira, elementos sonoros, história da música e como tocar um determinado
ritmo em diferentes instrumentos são algumas das possibilidades de aprendizado do curso. Segundo o
professor Kleiner, a idéia é que o curso proporcione referências culturais musicais para os alunos.
"Quero fazer um resgate, levar um pouco de Brasil para esses alunos, com o objetivo de que conheçam
a
própria
cultura
sem
estarem
presos
às
partituras",
explica.
As aulas, que se estendem até o final do mês de junho, abordarão compositores de renome
internacional, como Pixinguinha (1897-1973), Jacob do Bandolim (1915-1969), Cartola (19081980), Noel Rosa (1910-1937), entre outros. "Não podemos esquecer de Donga (1889-1974), o
primeiro
compositor
de
samba
que
tivemos",
completa
Kleiner.
Para o músico, um momento importante do curso são as aulas de história da música, pois elas trazem
referências de tempo, estilo, gênero e formas que permeiam todo o trabalho que vai ser desenvolvido.
"Saber de onde tudo veio é primordial. A metodologia do curso inclui fotos, vídeos e claro, muita
música",
conta
Kleiner.
CURRÍCULO – Com 7 anos de idade, Zé Rui Kleiner começou a aprender violino na Escola de Música
de Piracicaba Maestro Ernst Mahle. Aos 13, já tocava em orquestras na região. "A música sempre foi
tudo na minha vida. Com 13 anos eu toquei na orquestra de Americana e Rio Claro. Adolescente, eu já
sabia que era isso que eu queria fazer e já ganhava dinheiro com música".
O músico, que aos 15 tocava violão, descobriu seu instrumento favorito, seis anos depois. "Fui tocar
violino em uma roda de samba, em Curitiba em 1999. Quando estava tocando, uma corda do meu
instrumento arrebentou, aí D. Zica, esposa do falecido Cartola, me disse para tocar o bandolim. Toquei
naquele dia e não larguei mais", conta Kleiner, que ao longo da sua carreira, acompanhou os
compositores Guinga, Zé Renato, Cristina Buarque, Moraes Moreira, Inezita Barroso, Fátima Guedes,
Mauricio Carrilho, Alceu Valença, Silvio Caldas, MPB 4, Quarterto em Ci, entre outros.
O artista, que já se apresentou em grande parte das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e "ficou
devendo
apresentações
pelo Nordeste", sempre
está se atualizando. "Viajo
muito para tocar e ter
aulas com os mestres do
bandolim,
como
Joel
Nascimento
(RJ),
Hamilton de Holanda (Bsb)
e Pedro Amorim (RJ)",
conta o músico, que hoje
também dedica parte do
seu tempo ao violão tenor,
instrumento quase extinto
no cenário da música
brasileira.
Tradicional roda do Bar do
Alemão, em São Paulo
Fonte: Jornal de Limeira (11/04/2007)
CONCERTO DA SINFÔNICA HOMENAGEIA O CHORO
COM SOLISTA
A Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e da Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira,
realiza o II Concerto da Temporada 2007 da Orquestra Sinfônica de Limeira. A apresentação ocorre
no
dia
19
de
abril,
às
20h30.
No mês de aniversário de Pixinguinha, um dos maiores nomes da
música brasileira, mesmo mês em que é comemorado o Dia do Choro, a
Orquestra traz para o concerto os arranjos sinfônicos escritos nas
primeiras
décadas
do
século
20.
Ao lado de Pixinguinha, compositores como Ernesto Nazareth,
Zequinha de Abreu, André Correa, Chiquinha Gonzaga, Ary Barroso e
Patápio
Silva
completam
o
programa.
Outras músicas apresentadas durante o concerto, serão “Gaúcho”, de
Chiquinha Gonzaga, “Zinha”, de Zequinha de Abreu, e “Brasileirinho”,
de Waldir Azevedo. A Orquestra terá como solista o bandolinista Rui
Kleiner (foto).
A apresentação terá valsas, polcas e choros, com a participação de
solistas da Sinfônica limeirense, como, Luciano Negri (Flauta), André Zocca (Clarineta) e Cristian
Brandão
(Violoncelo).
Os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro,
ao preço de R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Outra opção é a série de assinaturas 2007, que pode
ser adquirida na Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira,
localizada
no
Palacete
Levy.
O evento conta com patrocínio da Unimed-Limeira e
da Botica Bella Terra, com apoio cultural da Limel
Bagueteria e do Hotel Ventura Inn.
Rui Kleiner e Guinga – momento de Brasília em 2001
Fonte: A Tribuna de Piracicaba (9/06/2010)
GRUPO ARVOREDO NO MUNICIPAL
Proposta do grupo é fomentar a música brasileira e promover maior respeito quanto ao gênero
Por Erick Tedesco
Será uma noite intimista, com a plateia próxima ao grupo. O “calor”, mesmo em época de noites
geladas, é uma característica da Sala 2 do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”, onde o Quarteto
Arvoredo se apresenta hoje, às 21 horas. Optar por este espaço no projeto Prata da Casa foi certeira,
porque reforça um dos princípios que os quatros músicos idealizaram – há cerca de um ano – quando
iniciaram este trabalho musical: aproximar as pessoas do samba e apresentá-lo como um gênero rico
em melodias e palavras.
Como exalta o bandolinista Zé Rui Kleiner,
este show será especial. Pela primeira vez,
como Quarteto Arvoredo, ele, Saulo Ligo
(cavaquinho
e
voz),
Maicon
Araki
(percussão) e Marcus Godoy (violão de 7
cordas) se apresentam no Municipal, local
tido como necessário para qualquer músico
piracicabano que almeja louros no ofício. “O
show será todo autoral, com sambas, choros
e outros gêneros”, conta Kleiner, que assina
as composições em parceira de Ligo.
Três músicas do Arvoredo foram outrora
executadas ao vivo em uma apresentação no
Centro Cultural Lao, em fevereiro deste ano.
Naquela oportunidade, o quarteto testou a receptividade e funcionalidade das canções, já
maquinando outras novas. E, como o bandolinista sempre ressalta, a pesquisa sobre a história e
possibilidades do samba acontece a toda hora, isto é, um movimento de estudar as influências,
praticá-las no informal, criar músicas autorais com base nesta referência e, enfim, tocá-las.
Neste processo, o que o Arvoredo tem como intuito é mostrar aos apreciadores do estilo que é
possível, sim, dar sangue novo ao samba e gêneros relacionados. “A proposta é explorar os ritmos
brasileiros mais difundidos, importantes e propagados no país, respeitando e buscando referências
em outros peculiares também da cultura brasileira, como o maxixe, a valsa, o baião e a música
caipira, símbolo da cidade”. E deste amor pela terra natal nasceu a ideia de conceber uma nova
versão para o hino do XV de Piracicaba. “Também estou compondo uma marcha sobre o Nhô Quim”,
adianta.
Quanto às novas músicas autorais, são elas: "Mundo sem dono", "Muito sal, pouco bem", "Demagogia,
entre outras. “De diferente no repertório tem um lundu chamado ´Violando` e dois choros, o
instrumental ´Bela Vista` e ´Olhos morenos`” (este, um choro canção da parceria Yuri Reis/Zé Rui),
antecipa Kleiner. “O gênero "lundu" é um dos primeiros gêneros de música urbana no Brasil, o qual
teve seus moldes principiados no século 18 e até hoje se tem uma assimilação muito rápida com o
público”.
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