Poluição das Marés

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Quinta, 5 de junho de 2008
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ÁGUA SALGADA
Artigos água salgada
Acidentes ambientais
Poluição nos Mares
Agenda 21
Segundo a Agenda 21, o meio ambiente marinho caracterizado pelos oceanos,
mares e os complexos das zonas costeiras formam um todo integrado que é
componente essencial do sistema que possibilita a existência da vida sobre a
Terra, além de ser uma riqueza que oferece possibilidade para um
desenvolvimento sustentável (Cap.17.1).
Declaração universal dos
direitos da água
Ecossistema costeiro
Energia mareomotriz
Pesca esportiva
Programas e projetos
DOCE
MINERAL
URBANA
Impactos sobre as águas
Mas apesar da imensidão, as águas marinhas existentes no globo vêm sofrendo
muito com a poluição produzida pelo homem, que já atinge inclusive o Ártico e a
Antártida, onde já se apresentam sinais de degradação. Devido ao grande
volume de suas águas, os mares e oceanos há muito tempo vêm sendo usados
como depósitos de detritos. É difícil
saber a quantidade exata de poluentes
lançados ao mar, pois todos os dias,
os mares recebem toneladas de
resíduos – alguns tóxicos, outros nem
tanto.
Cerca
de
77%
dos
poluentes
despejados vêm de fontes terrestres e
tendem a se concentrar nas regiões
costeiras,
justamente
o
habitat
marinho mais vulnerável, e também o
mais habitado por seres humanos. A população que mora no litoral ou nele
passeia nos finais de semana e feriados é uma das grandes responsáveis pelo
lixo que acaba se depositando no fundo do mar. Produzimos cada vez mais lixo e
nos descartamos dele com uma velocidade cada vez maior.
Um estudo feito pela Academia Nacional de Ciências dos EUA estima que 14
bilhões de quilos de lixo são jogados (sem querer ou intencionalmente) nos
oceanos todos os anos. Não é à toa que as descargas de detritos urbanos
produzam efeitos tão nocivos.
Plástico - produzimos vários tipos de lixo, mas a grande praga dos mares é o
plástico. O material tem uma vida útil curtíssima, mas demora centenas de anos
para se desfazer, seja no mar, seja na terra. E, dentro do estômago de um bicho
marinho, pode fazer um grande estrago, levando-o até à morte. Para uma
tartaruga, por exemplo, um saco plástico boiando na água pode parecer uma
água-viva – ou seja, comida.
Ocupação desordenada - mas o lixo não é o único problema enfrentado pelos
oceanos. A ocupação desordenada do litoral está criando outro tipo de poluição:
a ambiental, caracterizada pela destruição das restingas e manguezais na costa
e pela poluição crescente das praias. No próximo século, estima-se que 60% da
população mundial estará vivendo em áreas costeiras, o que significa um
número ainda maior de hotéis, casas e lixo nas praias e no mar.
As regiões estuarinas, os manguezais, os corais e as baías são os locais de
procriação da grande maioria da fauna marinha. São nestes locais que
principalmente camarões e centenas de espécies de peixes de potencial
alimentar humano se reproduzem e criam. Justamente aí, nestes riquíssimos
ambientes marinhos é que estão os maiores efeitos da poluição, pois é onde são
despejados diretamente os resíduos tóxicos das cidades ribeirinhas, das
inúmeras industrias e da agricultura, inclusive muitas vezes trazidos de grandes
distâncias por rios que deságuam nestes locais.
Esgoto – o esgoto (industrial e doméstico) constitui uma das grandes ameaças
para a vida marinha e para quem vive no litoral porque age como um
fertilizante. O esgoto leva para o mar grande quantidade de matéria orgânica, o
que acaba contribuindo para uma explosão do fitoplâncton – uma explosão que,
não por acaso, é conhecida por "bloom". A vida microscópica cresce de forma
desordenada, prejudicando os outros microorganismos marinhos, que ficam sem
espaço, sem oxigênio e sem nutrientes. Um dos exemplos mais conhecidos do
bloom é a chamada maré vermelha, que resulta da proliferação dos
dinoflagelados – um tipo de fitoplâncton que contém pigmento vermelho. Os
dinoflagelados produzem substâncias tóxicas que podem causar a morte.
O esgoto também carrega para o oceano diversos organismos nocivos como
bactérias, vírus e larvas de parasitas. Metade do peso seco do lixo humano é
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derramam, quase sempre, enormes quantidades de petróleo que, flutuando e
alastrando-se progressivamente, formam extensas manchas negras. São as
chamadas marés negras, de efeitos altamente destruidores, provocando uma
enorme mortandade na fauna (aves marinhas, peixes, moluscos, crustáceos,
etc.). A difusão do oxigênio do ar para o mar é também afetada (e vice-versa).
Além disso, o petróleo adere as brânquias de peixes e outros animais marinhos,
impedindo trocas respiratórias adequadas e matando-os por asfixia.
Quando as marés negras atingem as zonas costeiras, os seus efeitos tornam-se
ainda mais catastróficos. Além de destruírem a fauna e a flora com elas em
contato, provocam enormes prejuízos à atividade pesqueira e tem um forte
impacto negativo na atividade turística, já que os resíduos petrolíferos, de
remoção difícil, impedem durante muito tempo a utilização das praias.
Para o grande número de acidentes com petroleiros contribuem decisivamente o
envelhecimento da frota mundial (cerca de 3000 navios têm mais de 20 anos) e
a deficiente formação profissional das tripulações. Apesar da existência de
múltiplas instâncias jurídicas destinadas à protecção do meio marinho, a verdade
é que a lógica do lucro imediato tem conduzido a um comportamento
irresponsável por parte de numerosas empresas e armadores do setor.
Também nas operações de lavagem dos tanques dos petroleiros em pleno
oceano são derramadas enormes quantidades de petróleo, que, não raramente,
originam autênticas marés negras. Embora atualmente tal operação em pleno
mar seja proibida, é natural que se continuem a cometer abusos, dada a
dificuldade de fiscalização.
Metais pesados - devemos ainda citar o caso de despejo de metais pesados no
mar, altamente tóxicos para os seres vivos, que têm a tendência de se acumular
nas cadeias alimentares, aumentando a concentração a cada estágio.
Os poluentes dos mares decorrem da convergência dos principais vetores
econômicos na zona costeira brasileira, demandando forte infra-estrutura de
apoio logístico para a produção e a circulação de mercadorias. Isso, aliado à
ausência de uma política urbana integrada às demais políticas públicas, se
reflete em grandes concentrações urbanas pontuais ao longo de um litoral onde
menos de 20% do municípios costeiros são beneficiados por serviços de
saneamento básico e drenagem urbana (Agenda 21).
Vale ressaltar que cinco das nove regiões metropolitanas brasileiras se
encontram à beira-mar e que metade da população brasileira reside a menos de
200 km do mar. Esse contingente gera cerca de 56 mil toneladas por dia de lixo,
e o destino, de 90% desse total são lixões a céu aberto, que contribuem para a
poluição de rios, lagoas e do próprio mar (Agenda 21).
Apenas recentemente alguns programas governamentais tem-se voltado para a
melhoria das condições sanitárias da costa-brasileira, principalmente em regiões
que contam com potencial de desenvolvimento do turismo. No entanto, dada a
magnitude dos problemas, será necessário o esforço continuado ao longo das
próximas décadas para reverter os impactos observados (Agenda 21).
Principais Acidentes da Indústria Petrolífera no Mundo
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