fisiologia humana i

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FISIOLOGIA HUMANA I
Jussara-GO
2016
EMENTA:
A disciplina será ministrada sob a forma de aulas expositivas oral, seminários
em grupo e avaliação individual. No curso de nutrição, serão ministrados
conteúdos visando capacitar os alunos sobre a Fisiologia
humana Parte I,
onde será abordado os sistema dos órgãos do corpo humana
PROGRAMA DE ESTUDO:
1. Conceituação da Fisiologia do humano
2. Sistemas humano.
2.1 esquelético
2.2 muscular
2.3 respiratório
2.4 disgestorio
2.5 nervoso
2.6 reprodutor
2.7 imunológico
2.8 endócrino
2. 9 excretor
ROTEIRO DE TRABALHO:
Sábado dia 09 de novembro de 2013
Dinâmica de apresentação e acolhida, Exposição oral, Lanche, Exposição oral,
Almoço, Seminário, Lanche, Plenária e Vídeo.
Domingo dia 10 de novembro de 2013
Saudação,
Revisão
de
tudo
estudado,
avaliação
do
meu
trabalho,
agradecimentos e provas.
MATERIAL:
Espaço Físico, data show, som e Xerox das provas.
AVALIAÇÃO:
Atividades em sala pertinentes ao assunto, apresentação de seminário
fechamento individual no valor de 3,0 ( 2,0 para a apresentação, 1,0 para a
escrita) a avaliação individual no valor de 7,0 pontos. O aluno deverá ter
aproveitamento mínimo de 75% de freqüência.
FISIOLOGIA HUMANA I
A fisiologia humana é o ramo da ciência que se preocupa com o estudo
do funcionamento e equilíbrio do corpo humano, assim, destina-se a explicar os
fatores físicos e químicos que estão envolvidos com a origem e propagação da
vida humana. Neste contexto, a fisiologia inicia seus estudos com as células
que compõem os órgãos, após busca decifrar o equilíbrio harmônico, de vários
órgãos em conjunto, do funcionamento dos sistemas orgânicos.
Mas não bastaria apenas entender o equilíbrio funcional celular e
sistêmico, sem voltar o olhar para o ambiente em que tais células estão
dispersas “o meio interno”. Sendo assim, com o estudo da fisiologia objetiva-se
perpassar por esses vários cenários orgânicos.
A propriedade do ser vive e de manter relativamente constante seu meio
interno é chamada homeostase. O ser vivo não muda sua composição química
e suas características físicas. Com a homeostase conseguimos manter
constantes, por exemplo, a temperatura, a quantidade de água no organismo e
a concentração de diversas substanciam presentes no corpo, sendo
subdividido em cada sistema dos órgãos do nosso corpo “Sistema Esquelético,
Sistema Muscular, Sistema respiratório, Sistema circulatório, Sistema digestivo,
Sistema nervoso, Sistema reprodutor, Sistema endócrino e sistema renal”.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Dá-se o nome de esqueleto ao conjunto de ossos e cartilagens que
sustentam o corpo. O esqueleto protege os órgãos e participa do processo de
locomoção e movimentação do corpo, além de servir como reserva de cálcio e
produzir células sanguíneas (apenas nos ossos longos). O esqueleto de um
indivíduo adulto é constituído por 206 ossos que variam em forma e tamanho, e
algumas estruturas associadas como cartilagens, tendões e ligamentos.
Em nosso esqueleto, o local onde dois ossos fazem contato é chamado
de junta óssea ou articulação. Essa articulação pode ser imóvel (como no
crânio, onde os ossos estão sempre unidos) ou móvel. Nas articulações
móveis, os ossos podem se movimentar, como é o caso do braço e antebraço,
nos joelhos e cotovelos, quadril, pernas, etc. Para que ocorra essa
movimentação, os ossos precisam deslizar suavemente, sem nenhum atrito, e
esse deslizamento é garantido pela presença de cartilagens nas pontas dos
ossos, e pela lubrificação dessas articulações. Os ligamentos presentes em
nosso esqueleto são cordões resistentes formados por tecido fibroso. Eles têm
a função de manter os ossos em seus devidos lugares.
Os ligamentos proporcionam os nossos movimentos
O esqueleto é dividido em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto
apendicular. O esqueleto axialforma o eixo do corpo e se constitui de crânio,
coluna vertebral, costelas e esterno; enquanto que oesqueleto apendicular é
constituído pelos ossos dos braços e das pernas. Os ossos do esqueleto
podem ser classificados como longos (como o úmero e o fêmur – maior osso
do corpo); planos ou chatos (como a maioria dos ossos do crânio e das
costelas); curtos (como os ossos das mãos e dos pés) e irregulares (como as
vértebras).
O nosso crânio é composto por 29 ossos, com a função de abrigar e
proteger o encéfalo. Dentre os ossos da face, o maior é a mandíbula, que é o
único osso móvel presente na cabeça, e que nos permite o movimento de abrir
e fechar a boca.
Em nossa cabeça há 29 ossos unidos formando o nosso crânio
O eixo corporal do nosso corpo é formado pelo nosso tronco, que é
constituído pela coluna vertebral, costelas e esterno. A nossa coluna vertebral
é uma das partes mais importantes do nosso corpo e possui 33 vértebras. É a
coluna que dá estrutura e sustentação ao nosso corpo, além de proteger a
medula espinhal, que é um feixe de nervos que conecta o cérebro com o resto
do seu corpo, ajudando você a controlar os movimentos. Entre cada vértebra
localiza-se um pequeno disco gelatinoso chamado de disco intervertebral, que
ajuda a absorver as pressões e impede o impacto entre elas.
A coluna vertebral é conhecida popularmente como espinha dorsal
A nossa coluna vertebral é constituída pelas vértebras cervicais, que
sustentam a cabeça; vértebras torácicas, que se unem às costelas e formam a
caixa torácica, responsável por abrigar e proteger órgãos como o coração, os
pulmões
e
principais
vasos
sanguíneos; vértebras
lombares,
que
se
caracterizam por serem maiores para suportarem o peso do corpo quando
ficamos em pé; as vértebras sacrais, que se encontram fundidas em indivíduos
adultos, formando o osso que chamamos de sacro; e, por fim, as vértebras
cóccianas, que se fundem formando o osso que chamamos de cóccix.
Existem 12 vértebras torácicas e elas estão unidas a ossos que
chamamos de costelas. Os sete primeiros pares de costelas se unem por meio
de cartilagens ao esterno, um osso que se localiza no meio do nosso peito. Os
três pares que se seguem possuem as costelas mais curtas e se ligam através
de cartilagens às outras costelas que se encontram acima delas. Os dois pares
de costelas restantes chamaram de flutuantes por terminarem em pontas livres.
As nossas costelas formam a caixa torácica, que protege o coração, os pulmões e vasos sanguíneos
Os membros se dividem em membros superiores e membros inferiores. Os
membros superiores são constituídos por braços, antebraços, pulsos e mãos.
Os membros inferiores são constituídos por coxa, perna, tornozelo e pé.
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso
corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles
representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são
capazes de se contrair e relaxar, gerando movimentos que nos permitem
andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo
digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar,
piscar os olhos, rir, respirar.
No corpo humano, existem músculos grandes, como os da coxa, e
músculos pequenos, como certos músculos da face. Eles podem ser
arredondados (os orbiculares dos olhos, por exemplo); planos (os do crânio,
entre outros); ou fusiformes (como os do braço).
Mas, de maneira geral, podemos reconhecer três tipos de músculo no corpo
humano:

Músculo não estriado (músculo liso);

Músculo estriado esquelético;

Músculo estriado cardíaco.
Os músculos não estriados têm contração lenta e involuntária, isto é, os
movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da nossa vontade.
Esses músculos são responsáveis, por exemplo, pela ereção dos pêlos
na pele (“arrepio”) e pelos movimentos de órgãos como o esôfago, o estômago,
o intestino, as veias e as artérias, ou seja, músculos associados aos
movimentos peristálticos e ao fluxo de sangue no organismo.
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se aos ossos geralmente por
meio de cordões fibrosos, chamados tendões. Possuem contração vigorosa e
voluntária, isto é, seus movimentos obedecem a nossa vontade. Exemplos: os
músculos das pernas, dos pés, dos braços e das mãos.
O músculo estriado cardíaco é o miocárdio, o músculo do coração, que
promove os batimentos cardíacos. Sua contração é vigorosa e involuntária, as
classificações das fibras musculares são:
Fibras de contração lenta= tipo I ou vermelhas. Atividade aeróbica e
endurance. São pequenas, inervada por fibra nervosa fina, vascularização bem
mais extensa, numero grande de mitocôndria, contem grande quantidade de
mioglobina.
Fibras de contração rápida= tipo II ou branca. Atividade anaeróbica,
força e velocidade. Fibra maior para uma força maior de contração reticula
extensa, para liberar mais rápido o Ca2+, grande quantidade de enzimas
glicoliticas, vascularização pouco extensa, pequeno numero de mitocôndria.
Tipos de contração muscular são as:
Isométrica ou estática = a tensão isométrica é caracterizada por um
aumento da tensão da musculatura sem alteração do comprimento do músculo.
Isotônica ou dinâmica= a tensão isotônica é caracterizada pela
alteração do comprimento muscular, onde a força excede a resistência
provocando um movimento. Classificação funcional dos músculos em:

Motor ou agonista: é o músculo responsável pela ação.

Antagonista: tem efeito contrario do agonista, freia o movimento no
retorno a posição inicial.

Sinergista: músculo que exercem a mesma função.

Estabilizadora: o próprio nome explica. Estabiliza uma articulação para
outro músculo agonista realizar o movimento.

Neutralizador: impede que outros músculos atrapalhando a ação.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e
por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades
pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe,
a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos
localizados nos pulmões.
Fossas
nasais:
são
duas
cavidades paralelas que começam
nas narinas e terminam na faringe.
Elas são separadas uma da outra
por
uma
parede
cartilaginosa
denominada septo nasal. Em seu
interior
há
dobras
chamadas
cornetos nasais, que forçam o ar a
turbilhonar.
revestimento
produtoras
ciliadas,
Possuem
dotado
de
muco
também
um
de
células
e
células
presentes
nas
porções inferiores das vias aéreas,
como traquéia, brônquios e porção
inicial dos bronquíolos. No teto das
fossas
nasais
sensoriais,
existem
células
responsáveis
pelo
sentido do olfato. Têm as funções
de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum
aos
sistemas
digestório
e
respiratório e comunica-se com a
boca e com as fossas nasais. O ar
inspirado pelas narinas ou pela boca
passa
necessariamente
pela
faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe:
é
um
tubo
sustentado
por peças de
cartilagem
articuladas,
situado
na
parte
superior
do
pescoço, em
continuação
à faringe. O
pomo-deadão,
saliência que
aparece
no
pescoço, faz
parte de uma
das
peças
cartilaginosas
da laringe.
A
entrada
da
laringe
chama-se
glote. Acima
dela
existe
uma espécie
de “lingüeta”
de cartilagem
denominada
epiglote, que
funciona
como válvula.
Quando nos
alimentamos,
a
laringe
sobe e sua
entrada
é
fechada pela
epiglote.
Isso
impede
que
o
alimento
ingerido
penetre
nas
vias
respiratórias.
O
epitélio
que reveste a
laringe
apresenta
pregas,
as cordas
vocais,
capazes
de
produzir sons
durante
a
passagem de
ar.
Traquéia:
é
um
tubo
de
aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por
10-12 centímetros de comprimento, cujas
paredes
são
reforçadas
por
anéis
cartilaginosos. Bifurca-se na sua região
inferior,
originando
os brônquios,
que
penetram nos pulmões. Seu epitélio de
revestimento muco-ciliar adere partículas
de
poeira
suspensão
e
no
bactérias
ar
presentes
inalado,
que
em
são
posteriormente varridas para fora (graças
ao movimento dos cílios) e engolidas ou
expelidas.
Pulmões:
Os
pulmões
humanos são órgãos esponjosos,
com aproximadamente 25 cm de
comprimento, sendo envolvida por
uma
membrana
serosa
denominada pleura. Nos pulmões
os
brônquios
ramificam-se
profusamente, dando origem a
tubos
cada
vez
os bronquíolos.
altamente
bronquíolos
mais
O
conjunto
ramificado
é
finos,
de
a árvore
brônquica ou árvore respiratória.
Cada
bronquíolo
termina
em
bolsas
formadas
células
pequenas
por
epiteliais
achatadas
epitelial
(tecido
pavimentoso)
recobertas por capilares
sangüíneos,
denominadas alvéolos
pulmonares.
Diafragma: A base
de cada pulmão apóia-se
no diafragma, um fino
músculo que separa o
tórax
do
(presente
abdômen
apenas
em
mamíferos) promovendo,
juntamente
com
os
músculos intercostais, os
movimentos
respiratórios. Localizado
logo acima do estômago,
o nervo frênico controla
os
movimentos
do
diafragma.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Imagem: SÉRIE ATLAS VISUAIS. O corpo Humano. Ed. Ática, 1997.
O
coração
e
os
vasos
sanguíneos
e
o
sangue
formam
o
sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o
transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as
células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do
metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.
O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão
fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se no
interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice (ponta do
coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio
do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o
sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:

Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;

Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.
O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o
sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio
não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica
com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito
através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o
ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda.
O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade),
basicamente constituído por três camadas:

Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como
um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao
coração, facilitando seu movimento ininterrupto;

Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das
cavidades do coração;

Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e
involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio.
Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta –
não conseguem irrigar corretamente o miocárdio, pode ocorrer a morte
(necrose) de células musculares, o que caracteriza o infarto do miocárdio.
Existem
três
tipos
básicos
corpo: artérias, veias e capilares.
As
de
vasos
artérias
sanguíneos
são
vasos
em
de
nosso
paredes
relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os
diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado
(rico em gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não
oxigenado (pobre em gás oxigênio) do coração até os pulmões. A aorta é a
artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas
tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está
localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo
forte que realiza uma função protetora. Vagina: é um canal de 8 a 10 cm de
comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais
externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas
glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco
lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no
centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe
nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os
espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis,
possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneomucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher
reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos
pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura
da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da
vagina.
Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil,
homólogo ao pênis do homem. Ovários: são as gônadas femininas. Produzem
estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais
adiante. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem
todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários.
Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas
denominadas folículos de Graf ou folículos ovarianos.
A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos
começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento
secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente
completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito
secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu
rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou
amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o
tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco,
uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido
por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. Tubas uterinas, ovidutos
ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu
epitélio de revestimento é formado por células ciliadas.
Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos
das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Útero: órgão oco
situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto,
de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É
revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o
endométrio.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O sistema reprodutor masculino é formado por:

Testículos ou gônadas

Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra.

Pênis

Escroto

Glândulas
anexas:
próstata,
vesículas
seminais,
glândulas bulbouretrais.
Imagem: GOWDAK, Demétrio; GOWDAK, Luís Henrique. Atlas de Anatomia Humana. São Paulo, Ed. FTD, 1989.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por
um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são
formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio
germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos
ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura
antiga) produzem
os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a
testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais
masculinos e dos caracteres sexuais secundários:

Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba
masculina e o pêlo pubiano.

Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do
sebo.

Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a
puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares.

Ampliam a laringe e torna mais grave a voz.

Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior,
protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde
os espermatozóides são armazenados.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos,
circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde
desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que
será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático
e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das
vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é
constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio
não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como
integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios
produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas
atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica
menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em
artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça –
da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem
ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secretas
substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e
espermatozóides.
ativa os
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é
lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos
espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o
ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino,
sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos
e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do
pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a
abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos
cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável
aumento do tamanho (ereção).
O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o
esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte
odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se
acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser
exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa
tem fimose.
Imagem: Superinteressante coleções O Corpo Humano - Sexo: a Atração Vital.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os
músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que
nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os
espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de
algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal: Um espermatozóide leva cerca de 70
dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente
na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam
na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de
termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendoos a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
SISTEMA NERVOSO
Na nossa relação com o mundo, o tempo inteiro é estimulado e
respondemos aos elementos do ambiente. A cada estímulo externo (como o
cheiro de um alimento ou o som de uma buzina) e mesmo interno (como dor ou
sensação de fome). Esse processo ocorre no sistema nervoso central de
maneira tão instantânea que a nossa consciência não tem como identificar
todas as suas etapas, nem os milhares de estímulos que o corpo recebe a todo
instante. Para compreender melhor como percebemos os estímulos externos e
como respondemos a eles, é fundamental reconhecer o sistema que forma a
rede de comunicação do corpo.
Seu cérebro é o órgão mais importante de seu corpo. Ele controla tudo o que
você faz, seus movimentos, seus pensamentos e sua memória. Muitas vezes
ele não age diretamente, mas pode controlar pequenas quantidades de
substâncias químicas do sangue, que, por sua vez, têm um forte efeito sobre
outra parte do corpo.
Embora pareça muito simples, o
cérebro
é
imensamente
complicado. E uma massa de
tecido
esbranquiçado,
bastante
mole ao tato, que ocupa cerca de
metade do volume da cabeça. Fica
posicionado no alto da cabeça,
acima dos olhos e dos ouvidos,
estendendo para trás e para a
parte inferior da cabeça.
Quase tão importante quanto o
cérebro é o restante do sistema
nervoso.
A
medula
espinhal
estende-se do cérebro para baixo,
ao longo da coluna, O cérebro e a
medula espinhal formam o sistema
nervoso central.
Ao longo do comprimento da
medula
espinhal
saem nervos semelhantes a fios
que se dividem e se ligam com
quase todas as partes do corpo.
Os
nervos
mensagens
transportam
dos
órgãos
dos
sentidos para o cérebro, e também
instruções do cérebro para outras
partes
do
corpo.
O
cérebro
funciona como uma rede telefônica
complicada, mas muito compacta,
com
um
mensagens
complexo
que
fluxo
chegam,
de
são
selecionadas e depois dirigidas a
seu destino apropriado.
As membranas protetoras do cérebro
Por ser um órgão tão importante, o cérebro precisa de boa proteção
contra acidentes. Ficando em pé, o ser humano mantém o cérebro e a cabeça
afastada dos choques e batida. Mesmo assim, é necessária uma proteção
muito confiável. Por isso o cérebro fica alojado no crânio, uma dura caixa
óssea.
Embora de paredes finas, o crânio é muito resistente devido a sua forma
arredondada. Uma das formas mais fortes que se conhece é uma bola rígida.
Um ovo, por exemplo, é extremamente resistente, considerando-se como é fina
sua casca. Assim, o mole e delicado cérebro é protegido contra danos externos
diretos pelo resistente crânio. Entretanto, mesmo sendo o crânio rígido e forte,
um abalo violento poderia balançar o cérebro e causar-lhe danos. É preciso,
então, maior proteção, que é dada por três membranas, denominada
meninges, que recobrem completamente o cérebro. A membrana mais externa
é chamada de dura-máter, que fornece uma boa proteção e apoio devidos a
sua constituição forte e coriácea.
Junto ao cérebro há outra membrana, denominada pia-máter, muito mais
fina, que acompanha cada depressão e cada elevação da superfície do
cérebro. Entre essas duas membranas há uma terceira, de constituição
esponjosa, a aracnóide. Os espaços desta membrana são preenchidos por um
liquido no qual flutua todo o cérebro, fornecendo a camada protetora final. Há
ainda grandes espaços dentro do cérebro, que também são preenchidos com o
mesmo liquido da aracnóide, de modo que o delicado tecido do cérebro não se
deforma quando movemos nossa cabeça.
O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso,
ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão.
Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por
quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí se
encontram os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão,
por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos
pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das
enzimas.
Características dos dentes
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar
superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão
implicados, de forma direta, na articulação das linguagens. Os nervos
sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão
protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a
substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até
a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A
cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo,
ricamente vascularizado e inervado.
Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento
peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na
estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como
uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto
na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido
conjuntivo.
Tipos de dentes
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o
nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, este dente é
substituído por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes
permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presos e os
molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do
alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira
tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados
pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás fica os molares, que têm
uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e
moer os alimentos.
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
A língua
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta,
para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas
gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários:
amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação
resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de
receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimula as
glândulas
salivares
a
secretar
saliva,
que
contém
a
enzima amilase
salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o
amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de
maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na
cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:

Glândula
parótida -
Com
massa
variando entre 14 e 28 g, é a maior
das três; situa-se na parte lateral da
face, abaixo e adiante do pavilhão da
orelha.

Glândula
submandibular -
É
arredondada, mais ou menos do
tamanho de uma noz.

Glândula sublingual - É a menor das
três; fica abaixo da mucosa do
assoalho da boca.
Imagem: www.webciencia.com/11_11glandula.htm
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca,
um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O
alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua
para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado
pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando
entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago.
Através dos peristaltismos, você pode ficar de cabeça para baixo e,
mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um
mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias
respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a
passagem do alimento para o interior do estômago.
FARINGE E ESÔFAGO
A faringe, situada no final da
cavidade bucal, é um canal comum
aos sistemas digestório e respiratório:
por ela passam o alimento, que se
dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige
à laringe.
O esôfago, canal que liga a
faringe ao estômago, localiza-se entre
os pulmões, atrás do coração, e
atravessa o músculo diafragma, que
separa o tórax do abdômen. O bolo
alimentar leva de 5 a 10 segundos
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo
Multimídia.
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
para percorrê-lo.
O estômago é uma bolsa
de
parede
musculosa,
localizada no lado esquerdo
abaixo do abdome, logo abaixo
das últimas costelas. É um
órgão muscular que liga o
esôfago ao intestino delgado.
Sua
função
digestão
principal
de
é
a
alimentos
protéicos. Um músculo circular,
que existe na parte inferior,
permite ao estômago guardar
quase um litro e meio de
comida, possibilitando que não
se tenha que ingerir alimento
de pouco em pouco tempo.
Quando está vazio, tem a
forma
Imagem: www.webciencia.com/11_09estom.htm
de
uma
letra
"J"
maiúscula, cujas duas partes
se unem por ângulos agudos.
Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical".
Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande
tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela
pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominada "porção horizontal", está separado do
duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é
chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande
curvatura. O orifício esofagiano do estômago é a cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas;
serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido
conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de
alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem
movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente,
altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido
clorídrico mantém o ph do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também
dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a
fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma
de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o
produzem. Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na
luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão
de proteínas.
A
pepsina,
ao
catalizar
a
hidrólise de proteínas, promove o
rompimento das ligações peptídicas
que unem os aminoácidos. Como
nem todas as ligações peptídicas são
acessíveis
à
pepsina,
permanece
intacto.
muitas
Portanto,
o
resultado do trabalho dessa enzima
são oligopeptídeos e aminoácidos
livres.
A renina, enzima que age sobre
a caseína, uma das proteínas do
leite,
é
produzida
pela
mucosa
gástrica durante os primeiros meses
de vida. Seu papel é o de flocular a
caseína, facilitando a ação de outras
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo
enzimas proteolíticas.
Multimídia.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a
protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de
estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa
estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico.
Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa
superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias.
Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que
resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no
aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à
absorção da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas
ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da
musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada
e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos
poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da
digestão.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento
por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões:duodeno (cerca de
25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e
compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela
qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas
primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático,
produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra
secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada
na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm
ação
detergente,
emulsificando
ou
emulsionando
(fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
as
gorduras
O suco pancreático, produzido
pelo
pâncreas,
contém
água,
enzimas e grandes quantidades de
bicarbonato de sódio. O ph do suco
pancreático oscila entre 8,5 e 9.
Sua
secreção
responsável
pela
digestiva
é
hidrólise
da
maioria das moléculas de alimento,
como
carboidratos,
proteínas,
gorduras e ácidos nucléicos.
A
amilase
pancreática
fragmenta o amido em moléculas
de maltose; a lípase pancreática
hidrolisa as moléculas de um tipo
de gordura – os triacilgliceróis,
originando glicerol e álcool; as
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo
nucleases atuam sobre os ácidos
nucléicos,
Multimídia.
separando
seus
nucleotídeos.
O
suco
pancreático
contém
ainda
o
tripsinogênio
e
o
quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas
proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as
proteases não digerem suas células secretoras.
Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a
enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal,
convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do
precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os
em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações
peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em
enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a
enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam
dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco
entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os
oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.
Suco digestivo Enzima
pH
ótimo
Substrato
Produtos
Saliva
Ptialina
Neutro
Polissacarídeos Maltose
Suco gástrico
Pepsina
Ácido
Proteínas
Quimiotripsina
Alcalino Proteínas
Peptídeos
Tripsina
Alcalino Proteínas
Peptídeos
Suco
Amilopepsina
Alcalino Polissacarídeos Maltose
pancreático
Rnase
Alcalino RNA
Ribonucleotídeos
Dnase
Alcalino DNA
Desoxirribonucleotídeos
Lípase
Alcalino Lipídeos
Glicerol e ácidos graxos
Oligopeptídeos
Carboxipeptidase Alcalino Oligopeptídeos Aminoácidos
Aminopeptidase
intestinal Dipeptidase
Suco
ou entérico
Alcalino Oligopeptídeos Aminoácidos
Alcalino Dipeptídeos
Aminoácidos
Maltase
Alcalino Maltose
Glicose
Sacarase
Alcalino Sacarose
Glicose e frutose
Lactase
Alcalino Lactose
Glicose e galactose
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das
paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é
atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em
quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou
passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa,
dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores,
milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um
traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas
das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez,
dobrinhas
microscópicas
denominadas
microvilosidades.
O
intestino
delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas.
Imagem: www.webciencia.com/11_13intes.htm
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam
ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da
digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados)
chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros
nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em
triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas,
formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em
seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as células gordurosas
(adipócitos), sendo, então, armazenados.
INTESTINO GROSSO
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções
digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se
une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do
intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu
trânsito e eliminação pelo ânus.
Imagem: www.webciencia.com/11_14intest.htm
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A
saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o
esfíncter anal.
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu
trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis,
reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias
estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem
absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal.
Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem
eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem secretos sucos
digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante
consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo
intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
O pâncreas é uma
glândula mista, de mais
ou menos 15 cm de
comprimento
e
formato
de
triangular,
localizada
transversalmente sobre
a parede posterior do
abdome,
na
alça
formada pelo duodeno,
sob
o
estômago.
O
pâncreas é formado por
uma cabeça que se
encaixa
no
quadro
duodenal, de um corpo
e de uma cauda afilada.
A secreção externa dele
é
dirigida
para
o
duodeno pelos canais
de
Wirsung
e
de
Santorini. O canal de
Wirsung desemboca ao
lado do canal colédoco
na ampola de Vater. O
Imagem: www.webciencia.com/11_17pancreas.htm
pâncreas comporta dois
órgãos
estreitamente
imbricados:
pâncreas
exócrino e o endócrino.
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas
reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através
de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior,
que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já
trabalhados no sistema endócrino.
Fígado
É o maior órgão
interno, e é ainda um dos
mais importantes. É a
mais volumosa de todas
as vísceras, pesa cerca
de 1,5 kg no homem
adulto,
e
na
mulher
adulta entre 1,2 e 1,4 kg.
Tem
cor
arroxeada,
superfície
lisa
recoberta
cápsula
própria.
situado
no
superior
Imagem: CD O CORPO HUMANO 2.0. Globo Multimídia.
por
e
uma
Está
quadrante
direito
da
cavidade abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem
o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa
a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o
ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o
ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias
nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como
esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito
versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos
a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de
proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas
outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer
inflamação no fígado, como a cirrose.
Funções do fígado:

Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras
ingeridas, facilitando, assim, a ação da lípase;

Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente
para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de
necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que
são relançadas na circulação;

Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;

Metabolizar lipídeos;

Sintetizar
diversas
proteínas
presentes
no
sangue,
de
fatores
imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de
oxigênio e gorduras;

Degradar
álcool
e
outras
substâncias
tóxicas,
auxiliando
na
desintoxicação do organismo;

Destruir
hemácias
(glóbulos
vermelhos)
velhas
ou
anormais,
transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanhoesverdeado presente na bile.
SISTEMA EXCRETOR
O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o
sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do
organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela
bexiga urinária e pela uretra.
Os
rins situam-se na
parte
dorsal do abdome, logo abaixo do
diafragma, um de cada lado da
coluna vertebral, nessa posição está
protegidos pelas últimas costelas e
também por uma camada de gordura.
Têm a forma de um grão de feijão
enorme e possuem uma cápsula
fibrosa, que protege o córtex - mais
externo, e amedula - mais interna.
Cada rim é formado de tecido
conjuntivo, que sustenta e dá forma
ao órgão, e por milhares ou milhões
de unidades filtradoras, os néfrons,
localizados na região renal.
O néfron é uma longa estrutura
tubular microscópica que possui, em
uma
das
expansão
extremidades,
em
forma
uma
de
taça,
denominada cápsula
Bowman, que
otúbulo
continua
se
contorcido
pela alça
de
conecta
com
proximal,
que
de
Henle e
pelo túbulo contorcido distal; este
desemboca em um tubo coletor. São
responsáveis pela filtração do sangue
e remoção das excreções.
www.drgate.com.br/almanaque/atlas/excretor/excretor.htm
Como funcionam os rins
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito
no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde
cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron,
formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do
glomérulo. Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmhg, tem
intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de
Bowman, processo denominado filtração. Essas substâncias extravasadas
para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular, que é
semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a
diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares
glomerulares.
O
filtrado
glomerular
passa em seguida para o
túbulo contorcido proximal,
cuja parede é formada por
células
adaptadas
transporte
túbulo,
ativa
ativo.
ocorre
de
desses
ao
reabsorção
sódio.
íons
Nesse
A
saída
provoca
a
remoção de cloro, fazendo
com que a concentração do
líquido dentro desse tubo
fique menor (hipotônico) do
que do plasma dos capilares
que o envolvem. Com isso,
quando o líquido percorre o
ramo descendente da alça
de Henle, há passagem de
água por osmose do líquido
tubular (hipotônico) para os
capilares
sangüíneos
(hipertônicos)
–
ao
que
chamamos reabsorção.
O
ramo descendente percorre
regiões
gradientes
do
rim
com
crescentes
de
concentração.
Conseqüentemente,
ele
perde ainda mais água para
Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro,
Ed. Interamericana, 1981.
os tecidos, de forma que, na
curvatura da alça de Henle, a
concentração
tubular é alta.
do
líquido
Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo
ascendente da alça de Henle, que é formado por células impermeáveis à
água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região,
ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao
passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre
reabsorção por osmose para os capilares sangüíneos. Ao sair do néfron, a
urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.
Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180
litros de fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina
por dia, o que significa que aproximadamente 99% do filtrado glomerular é
reabsorvido.
Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos
renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do
túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas.
Imagem: LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais
se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para
fora do rim, em direção ao coração.
Regulação da função renal
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação
da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no
interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior
reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos
concentrada, em função da menor reabsorção de água.
O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o
hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na
hipófise. A concentração do plasma sangüíneo é detectada por receptores
osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração
do plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de
ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos
distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses
tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de
água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é
baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, conseqüentemente,
menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a
excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída.
Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de
ADH, aumentando a produção de urina.
Além do ADH, há outro hormônio participante do equilíbrio hidroiônico do organismo: a aldosterona, produzida nas glândulas supra-renais.
Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, possibilitando
maior retenção de água no organismo. A produção de aldosterona é
regulada da seguinte maneira: quando a concentração de sódio dentro do
túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que age
sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue
denominado angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina
(ativa). Essa substância estimula as glândulas supra-renais a produzirem a
aldosterona.
Imagem: LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Consistem numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa
do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem
ser microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes
nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos). As
substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os
antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de
natureza protéica, denominada santicorpos, que reagem de forma específica
com os antígenos.
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma
eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias. A defesa
corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no
processo de detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição.
Todo este processo é denominado de resposta imune.
As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais,
os linfócitos e os macrófagos. Veja abaixo as células principais desse sistema e
as principais funções de cada uma delas:
Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão
presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados
de monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar e fago
citar (processo
que
engloba
e
digere
substâncias
no
organismo)
microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos. Essas
células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.
Linfócitos
- essas
células,
presentes
no
sangue,
são
um
tipo
de leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três tipos principais:
Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos,
quando maduros e ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos.
Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos
macrófagos, são estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T
matadores (CD8) e os linfócitos B. São os linfócitos auxiliadores os
responsáveis por comandar a defesa do organismo.
Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis
pela destruição de células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.
O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos
imunitários primários e os órgãos imunitários secundários. Os primeiros são
assim denominados por serem os principais locais de formação e
amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem
no sistema imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. Veja
quais são os órgãos que compõem esses dois grupos:
Órgãos imunitários primários
Medula óssea – além da produção de células sanguíneas e plaquetas, a
medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o
processo de amadurecimento dos linfócitos B.
Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.
Órgãos imunitários secundários
Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada,
permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali
presentes.
Tonsilas – possuem função semelhante aos Linfonodos. Estão localizadas na
parte posterior da boca e acima da garganta.
Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias
estranhas e resíduos celulares, além de produzir linfócitos.
Adenóides – constituem de uma massa de tecidos linfóides protetores
localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o
organismo de bactérias e vírus causadores de doenças transmitidas pelo ar.
Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira
porção do intestino grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa
estrutura, microrganismos invasores são combatidos.
Sistema imunológico em ação
Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de
defesa, a resposta imune. As substâncias invasoras são detectadas pelos
macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na comunicação aos
demais componentes do sistema imune da invasão sofrida, para que essas
substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. Após a atuação dos
macrófagos, os linfócitos T auxiliadores entram em ação, ligando-se aos
antígenos invasores.
Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos
denominados interleucinas, que atuarão na ativação e estímulo para a
produção de mais linfócitos T auxiliadores. Estes novos linfócitos intensificarão
o combate aos antígenos e liberarão outros tipos de interleucinas, que
estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de
estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antígenos sejam
desativados e eliminados.
Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de
linfócito especial, denominados de células de memória. Estas guardam durante
anos, ou pelo resto da vida, a capacidade de reconhecer agentes infecciosos
com os quais o organismo já se deparou. Havendo um novo ataque por
agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir,
dando início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de
tempo.
SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que
apresentam como atividade característica a produção de secreções
denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão
atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de
sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo.
Constituição dos órgãos do sistema endócrino
Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios
glandulares formam as glândulas, que podem ser
uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares
não são apenas aglomeradas de células que
desempenham as mesmas funções básicas e têm a
mesma morfologia geral e origem embrionária - o
que caracteriza um tecido. São na verdade órgãos
definidos com arquitetura ordenada. Elas estão
envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite
septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e
nervos
penetram
nas
glândulas,
fornecendo
alimento e estímulo nervoso para as suas funções.
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais
sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o
sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O
sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio
externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do
organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino,
juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação
das funções corporais.
Situa-se
na
base
do
encéfalo, em uma cavidade do
Alguns dos principais órgãos produtores de
osso esfenóide chamada tela
hormônios no homem são a hipófise, o
túrcica. Nos seres humanos
hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as
tem o tamanho aproximado de
supra-renais, o pâncreas e as gônadas.
um grão de ervilha e possui
Hipófise
ou
pituitária
duas partes: o lobo anterior (ou
adeno-hipófise)
e
o lobo
posterior (ou neuro-hipófise).
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns
hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos)
porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção
de outros hormônios. São eles:

Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.

Adrenocorticotróficos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina
adrenal (supra-renal)

Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.

Somatotrópico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos
ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da
massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a
captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a
concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo
pâncreas, predispondo ao diabetes).
Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002
Hipotálamo
Localizado
no
cérebro
diretamente acima da hipófise, é
conhecido por exercer controle
sobre ela por meios de conexões
neurais
e
semelhantes
substâncias
a
hormônios
chamados
fatores
desencadeadores
(ou
de
liberação), o meio pelo qual o
sistema
nervoso
comportamento
controla
sexual
o
via
sistema endócrino.
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios
gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a
liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a
glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os
testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo
hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feedback.
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e
está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o
sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o
mediador entre esses dois sistemas.
O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam
sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz
também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e
secretados pela neuro-hipófise.
Tireóide
Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da
laringe
e
da
traquéia.
Seus
dois
hormônios, triiodotironina (T3)
etiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de
liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a
geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de
proteínas,
estando
relacionados
ao
crescimento,
maturação
e
desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide,
participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a
remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo,
estimulando sua incorporação pelos ossos.
Paratireóides
São
pequenas
glândulas,
geralmente
em
número
de
quatro,
localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que
estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma
sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de
cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração
muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células
nervosas.
As glândulas endócrinas e o cálcio
Adrenais ou supra-renais
São
duas
glândulas
localizadas sobre os rins,
divididas em duas partes
independentes – medula e
córtex
-
secretoras
hormônios
de
diferentes,
comportando-se como duas
glândulas. O córtex secreta
três tipos de hormônios: os
glicocorticóides,
mineralocorticóides
os
e
os
androgênicos.
Pâncreas
É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões
endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem
dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao
mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langherans são a porção
endócrina,
onde
estão
as
células
que
secretam
os
hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.
dois
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www.webciencia.com/11_17pancreas.htm
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