® Uso de Toperma na Dor Neuropática Pós-Herpética Dr. Pedro Schestatsky CRM-RS 25102 Produção editorial Europa Press Comunicação Brasil Ltda. ©2016 EUROPA PRESS Rua Alcides Ricardini Neves, nº 12, Conjs. 1110/1111/1112 CEP: 04575-050 Brooklin - São Paulo - SP [email protected] www.europapress.cl Tel. 55 11 5506 7006 Tiragem: 0.000 exemplares Este conteúdo é oferecido por Grünenthal como um serviço à comunidade médica. As informações relacionadas a produto(s) podem ser divergentes das existentes na Circular aos Médicos (bula). Antes de prescrever qualquer medicamento eventualmente citado, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos emitida pelo fabricante. Esses dados foram incluídos apenas para capacitação do médico e a informação tem finalidade exclusivamente educativa. As opiniões emitidas nesta publicação não refletem necessariamente as opiniões e recomendações do Laboratório Grünenthal. O conteúdo desta publicação reflete exclusivamente a opinião dos autores e não necessariamente a opinião da Grünenthal do Brasil Farmacêutica 8837_GRU_BRA_TI_v2 Desenho editorial: Daniel Neix Jornalista responsável: Pedro S. Erramouspe Revisão: Holoedro Serviços Editoriais MATERIAL EXCLUSIVO À CLASSE MÉDICA. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. 2 Uso de Toperma® na Dor Neuropática Pós-Herpética Dr. Pedro Schestatsky CRM-RS 25102 Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS. Médico do Hospital Moinhos de Vento. Eletroneuromiografista da Clinoson. Ex-coordenador do Departamento Científico de Dor da Academia Brasileira de Neurologia e da European Neurological Society. negativamente afetada não só pela dor, mas também pelas condições mórbidas associadas, tais como fadiga, insônia e redução das atividades sociais.5 Introdução O herpes-zóster (HZ), doença popularmente conhecida como “cobreiro”, é causada pela reativação da primo-infecção pelo vírus varicella-zoster (Figura 1) que fica latente nos gânglios dos neurônios sensitivos cranioespinhais. É caracterizado por rash eritematoso doloroso sobre o dermátomo afetado. (Figura 2) Aproximadamente 20% a 30% das pessoas apresentarão HZ durante a vida.1 A incidência da doença aumenta com a redução da imunidade celular contra o vírus Varicella zoster devido à idade avançada e a condições imunossupressoras (como síndrome da imunodeficiência adquirida, uso crônico de corticoides, quimioterápicos etc.). Fisiopatologia Após a resolução da infecção primária pelo vírus Varicella zoster, (Figura 1) ele permanece latente no gânglio da raiz dorsal espinhal ou no gânglio sensitivo craniano. O declínio da imunidade celular contra o vírus pode resultar em maior ocorrência de HZ e, por conseguinte, de NPH. Primo-infecção pelo vírusVaricella zoster A neuralgia pós-herpética (NPH), que pode durar vários anos, é o efeito colateral mais frequente de HZ.2,3 A frequência de NPH gira em torno de 10% a 34% dos pacientes com história clínica de HZ, dependendo da definição de caso.1 Uma vez que se defina a NPH como “dor persistente após três meses do início do rash por HZ”, a incidência é de 10% a 20%.4 Disponível em: http://graphics8.nytimes.com/images/2007/08/01/health/adam/19655.jpg. A qualidade de vida dos pacientes com NPH pode ser 3 Figura 1 Com essa redução imunológica, o vírus replicase nos gânglios (Figura 3) e subsequentemente dissemina-se ao longo dos nervos periféricos em direção à pele, causando o rash eritematoso e doloroso típico.1,5 2a Lesão em fase cicatricial de infecção por herpes-zóster em paciente com NPH Reativação do vírus Varicella zoster dentro do gânglio sensitivo rumo à pele, onde se caracterizará infecção do tipo herpes-zóster Substância cinzenta Substância branca Zona de entrada da raiz dorsal Raiz dorsal Gânglio da raiz dorsal 2b Cicatriz de infecção por herpes-zóster em paciente com NPH Nervo espinhal Ramo dorsal para a pele Ramo ventral Raiz ventral Disponível em: https://belladonnalilly.files.wordpress.com/2014/08/dorsal-ganglion.jpg Dois processos são importantes para o desenvolvimento da NPH: sensibilização e deaferentação.6 A replicação do vírus Varicella zoster latente dentro da sua “casa” (os gânglios sensitivos) leva ao dano neural por inflamação e consequentemente à dor aguda e, algumas vezes, à NPH. Ocasionalmente pode ocorrer fraqueza motora, devido à disseminação da infecção e à inflamação do corno dorsal em direção ao corno anterior da medula (Figura 4), gerando acometimento motor e do sistema nervoso central na minoria dos casos.7 2c Herpes-zóster trigeminal do ramo mandibular 2a e 2b: fotos de arquivo pessoal com consentimento dos pacientes. 2c: Disponível em: http://hardinmd.lib.uiowa.edu/pictures22/dermnet/herpes_zoster_4.jpg; http://www.vaccineinformation.org/photos/variuta001.jpg Figura 3 Em nível molecular, no nervo periférico lesado pelo HZ há indícios de aumento da densidade de certos subtipos de canais de sódio dependentes de voltagem,8 alteração de canais de potássio dependentes de voltagem e aumento do receptor vaniloide (TRPV1), de acordo com estudos de dor neuropática em animais.1 Figura 2 4 Disseminação do vírus Varicella zoster para o corno anterior da medula, além do nervo sensitivo, o que acarreta prejuízo motor e dor neuropática ou NPH Substância cinzenta Sintomas sensitivos POSITIVOS na NPH Alodinia: é uma manifestação comum, definida como dor causada por estímulo incapaz de provocar dor em situações normais. Três tipos de alodinia são descritos, baseados no estímulo gerador: a mecânica (ou tátil), a térmica (calor e frio) e a produzida por movimento. Zona de entrada da raiz dorsal Substância branca Hiperalgesia: sensação dolorosa de intensidade anormal, após estímulo nocivo; representa uma resposta exagerada a determinada modalidade de estímulo (p. ex. hiperalgesia térmica). A alodinia e a hiperalgesia frequentemente coexistem e, na prática, podem ser de difícil diferenciação. Ambos os sinais positivos, se presentes, são considerados como cardinais em dor neuropática, mas podem também estar presentes nas dores nociceptivas. Raiz dorsal Gânglio da raiz dorsal Nervo espinhal Ramo dorsal para a pele Hiperpatia: é caracterizada por aumento da reação dolorosa a estímulos repetitivos subliminares ou pós-sensações dolorosas prolongadas. Ramo ventral Raiz ventral para o músculo Disponível em: https://belladonnalilly.files.wordpress.com/2014/08/dorsal-ganglion.jpg Figura 4 Hiperatividade autonômica: o fluxo sanguíneo, a temperatura cutânea e a sudorese podem estar todos aumentados ou diminuídos, variando conforme o paciente. Alterações tróficas são sinais tardios de disfunção autonômica. Essas alterações, aliadas à liberação de uma multiplicidade de mediadores inflamatórios pelos tecidos lesados, promovem a geração ectópica de impulsos nervosos das fibras C (Figura 5), que por sua vez contribuem para o fenômeno de sensibilização tanto periférica quanto central.9 Adaptado de: Schestatsky P, et al. Arq Neuropsiquiatr. 2009 Sep;67(3A):741-749. Epidemiologia Segundo dados do UK General Practice Research Database, a incidência de HZ nos indivíduos imunocompetentes com 50 anos de idade é de 5,23 para cada 1.000 pessoas-anos, um cenário que muda com a idade, com a incidência chegando a até 7,29 por 1.000 pessoas-anos naqueles com 80 a 84 anos.10 Evidência gráfica das descargas ectópicas das fibras C (double spikes) através do método de microneurografia 0,2 0,1 0 - 0,1 Laboratório do Dr. Serra (Barcelona 2006) Adaptado de: Bostock H, et al. Brain. 2005 Sep;128(Pt 9):2154-63. 200 210 msec Quadro 1 Com relação à incidência, observou-se NPH em cerca de 8% na coorte de pacientes com 50 a 54 anos e de 21% nos da faixa etária de 80 a 84 anos. Em outro recente levantamento,5 entre pacientes com HZ e idade superior a 50 e 80 anos, a incidência de NPH foi de 18% e 33%, respectivamente. De forma geral, 80% de todas as NPHs ocorrem em pacientes com idade superior a 50 anos.10 220 Figura 5 Alguns pesquisadores utilizam o termo “epilepsia do nervo” para explicar o fenômeno. Essas são as bases neuroquímicas dos sintomas sensitivos positivos referidos pelos pacientes com NPH, tais como dor espontânea, alodinia e hiperalgesia. (Quadro 1, seção “Manifestações clínicas”) Manifestações clínicas O HZ é caracterizado por vesículas dolorosas unilaterais na distribuição do gânglio sensitivo afetado. Nessa 5 doença, a dor é descrita usualmente como “em queimação”, “em agulhada” ou “ardência”.11 Alguns pacientes têm dificuldade de expressar a característica exata da dor no caso de HZ, uma vez que ela é diferente das dores nociceptivas banais da vida (p. ex. a contusão durante um jogo de futebol). Assim, eles tentam descrever seus sintomas mediante o recurso da analogia (“é como se fosse um...”). Lembrete: sempre suspeitar de dor neuropática em pacientes que utilizam muitas analogias para descrever sua dor.11 3. neuropatia pós-herpética (NPH), definida como dor que perdura por três meses após o surgimento do rash. Observou-se maior probabilidade de a NPH que persiste por seis meses após o início do rash tornar-se persistente por anos. 12 Assim, tal dor pode ser considerada “NPH bem estabelecida”. (Figura 6) Reativação do vírus Varicella-zoster Involução gradual do rash Sintomas prodrômicos 7-10 dias Neuralgia herpética AGUDA m es es 6 m es es 3 m ês Além da sintomatologia positiva, (Quadro 1) pode haver sinais sensitivos negativos associados. Fenômenos negativos resultam na perda do tato leve, da vibração e da sensação termoalgésica. Essas sensações são mediadas por fibras grossas mielinizadas Aβ (tato leve e vibração), pouco mielinizadas Aδ (frio e dor) e amielínicas do tipo C (calor e dor). Para avaliar a função de cada tipo de fibras, provas de beira de leito e testes de limiares térmicos, são utilizados.11 1 Ra sh Progressão natural da infecção por herpes-zóster e da dor neuropática pós-herpética A dor pode persistir por anos Neuralgia herpética SUBAGUDA Adaptado de: Jeon YH. Korean J Pain. 2015 Jul;28(3):177-184. NPH NPH estabelecida Figura 6 Fatores de risco de NPH Os fatores de risco bem definidos de NPH nos pacientes com HZ são a idade avançada, a presença de dor prodrômica, a extensão do rash e a intensidade da dor aguda. 13 O local mais comumente afetado é a região torácica, seguida da porção do ramo oftálmico (Figuras 2a e 2c) do nervo trigêmeo.12 Setenta e cinco por cento dos pacientes com HZ experimentam sintomas prodrômicos tais como dor, fraqueza generalizada, febre e dor de cabeça, que usualmente se iniciam poucos dias antes de o rash se manifestar.1 A idade acima de 50 anos e uma escala visual analógica superior a 5/10 são preditivos de dor persistente por três meses após o aparecimento do HZ, mesmo com tratamento antiviral precoce. Outros fatores de risco nem sempre replicados são sexo feminino, topografia do ramo oftálmico do nervo trigêmeo, maior déficit sensitivo e transtorno psicossocial associados.14 Embora alguns médicos tentem distinguir a neuralgia herpética aguda da crônica, não há um consenso definitivo sobre quando começa a NPH. De acordo com estudos recentes,1 entretanto, é válido definir três fases da HZ: (Figura 6) 1. neuralgia herpética aguda, definida como dor que ocorre no primeiro mês após início do rash; Diagnóstico laboratorial Os testes laboratoriais diagnósticos de HZ incluem PCR, biópsia de pele, imunofluorescência e isolamento viral.1 São úteis para pacientes com lesões atípicas, tais como zoster sine herpete ou 2. neuralgia herpética subaguda, definida como dor que ocorre da fase aguda da HZ até a fase crônica da NPH; e 6 dermatite de contato e rash de outra natureza. No entanto, os resultados desses testes diferem entre si em termos de sensibilidade e especificidade, bem como de tempo de processamento, até sua conclusão. Dessa forma, têm aplicação limitada no contexto clínico de HZ.1 Já o diagnóstico de NPH é feito clinicamente, com base na característica e na duração dos sintomas sensitivos positivos e negativos. (Figura 6) Recentemente foi demonstrado que a lidocaína ativa diretamente canais receptores de potencial transitório (TRP, na sigla em inglês) dos tipos TRPV1 e TRPA1,18 importantes reguladores do processamento da dor periférica. Esses dois tipos de TRP são expressos nos neurônios sensitivos nociceptivos e ativados por estímulos nocivos térmicos ou por substâncias irritativas.19 Adicionalmente, o emplastro de lidocaína também oferece proteção contra estímulos mecânicos da pele envolvida que podem desencadear picos de dor neuropática.20 Tratamentos disponíveis para NPH Uso de Toperma® versus outras abordagens na NPH Os tratamentos recomendados atualmente e mais frequentemente prescritos são os antidepressivos tricíclicos e os anticonvulssivantes.11 Entretanto, na prática clínica esses agentes frequentemente são insuficientes para o alívio da dor ou acarretam efeitos colaterais indesejáveis, limitando a aderência dos pacientes ao tratamento. Opiáceos podem ser utilizados no alívio da NPH,15 mas também podem causar efeitos adversos. É importante salientar que, a despeito da modalidade de tratamento utilizada, em geral apenas um terço dos pacientes com NPH atingirá mais de 50% de alívio com a monoterapia. Sendo assim, combinações terapêuticas são encorajadas e frequentemente empregadas.16 O tratamento da NPH com lidocaína tópica oferece várias vantagens sobre outros agentes usuais, tais como antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e opiáceos.21 O emplastro produz níveis séricos clinicamente insignificantes, aliviando as dores constantes e a alodinia da NPH pela redução das descargas ectópicas dos nervos sensitivos lesados, através do bloqueio dos canais de sódio.22 Diferentemente dos antidepressivos, anticonvulsivantes e opiáceos, o emplastro tópico de lidocaína não causa nenhum efeito sistêmico, não interage com outros fármacos e não requer titulação de dose. Além disso, sua aplicação diária é simples (deve ser aplicado sobre a área dolorida por 12 horas seguidas, folgando-se por outras 12 horas), sem necessidade de titulação ou doses repetidas ao longo do dia. O papel de Toperma® no alívio da dor neuropática pós-herpética Na utilização do emplastro de lidocaína, a absorção sistêmica desse fármaco é muito pequena, mesmo após um tempo prolongado de exposição. Efeitos adversos são raros.17 Assim, o emplastro de lidocaína emprega mecanismos locais de alívio da dor. Canais de sódio dependentes de voltagem presentes nos nervos cutâneos parecem ser o alvo molecular primário, uma vez que baixos níveis de lidocaína são capazes de reduzir a geração de potenciais de ação através da inibição dos canais de Na+ (dor neuropática = “epilepsia do nervo”). O único agente tópico presente nas diretrizes terapêuticas internacionais para o tratamento da NPH é a capsaicina, que apresenta resultados conflitantes em ensaios clínicos controlados.23 Além disso, muitos pacientes referem piora da dor com a aplicação da capsaicina, o que reduz a aderência ao tratamento por parte dos pacientes com NPH;24 deve-se lembrar ain- 7 da que ela deve ser aplicada três a quatro vezes ao dia. velmente ser considerada como terapia de primeira linha para NPH – especialmente para idosos, que apresentam alta incidência de outras doenças concomitantes e fazem uso contínuo de inúmeros medicamentos várias vezes ao dia, o que favorece a ocorrência de efeitos colaterais e de má adesão, devido à dificuldade de lembrar dos horários de tomadas. Recentemente a lidocaína a 5% tópica foi comparada com a amitriptilina a 5% tópica, sendo a primeira significativamente superior na redução dos escores de dor.25 Devido à segurança e à eficácia comprovadas através de inúmeros ensaios clínicos randomizados (Figuras 7 a 11) e de custo-efetividade, em comparação à pregabalina,26 a lidocaína tópica deve possi- Recentemente, Baron e colaboradores (2009) observaram sinergismo entre a associação de lidocaína a 5% e pregabalina no alívio da NPH.20 Amostra de ensaios clínicos relevantes do papel da lidocaína tópica a 5% na NPH Clin Drug Invest 2009;29 (6):393-408 J Neurol (2005) 252:677-686 DOI 10.1007/s00415-005-0717-z Tratamento com emplastro de lidocaína tópica a 5% (lidocaína) para neuralgia pós-herpética Neuralgia pós-herpética: a lidocaína tópica é efetiva na pele privada de nociceptor Resultados de um ensaio multinacional de eficácia e segurança duplo-cego e controlado com placebo Gunnar Wasner, Anne Kleinert, Andreas Binder, Jörn Schattschneider, Ralf Baron Andreas Binder, Jean Bruxelle, Peter Rogers, Guy Hans, Irmeand Bosl and Ralf Baron Pain 80 (1999) 533-538 O emplastro de lidocaína tópica alivia a neuralgia pós-herpética mais efetivamente do que o emplastro com veículo tópico inócuo: resultados de um estudo de inscrição enriquecida Bradley S. Galer, Michael C. Rowbotham, Jill Perander, Erika Friedman Efeito analgésico de emplastro de lidocaína a 5% no tratamento de herpes-zóster agudo: um estudo duplo-cego e controlado com placebo Current Medical Research & Opinion Vol. 26,No. 7, 2010, 1607-1619 Neuralgia pós-herpética: emplastro de lidocaína a 5%, pregabalina ou a combinação de ambas? – um estudo de efetividade clínica randomizado e aberto Pei-Lin, M.D Shou-Zen Fan, M.D. Ph. D., Chi-Hsiang, M.D., Hui-Hsuan Huang, M.D Ph. D., Ming-Cheng Tsai, Ph. D., Chen-Jung Lin, M.D. , and Wei-Zen Sun, M.D. European Journal of Pain 15 (2001) 907-912 Pain, 65 (1996) 39-44 Efeitos diferenciais sobre funções sensitivas e medidas da densidade das fibras do nervo epidérmico após aplicação de emplastro de lidocaína (5%) em pele humana saudável Emplastro de lidocaína: estudo duplo-cego e controlado de um novo método de tratamento de neuralgia pós-herpética Michael C. Rowbotham, Pamela S. Davies, Christina Verkempinck, Bradley S. Galer Andreas Wehrfritz, Barbara Namer, Harald Ihmsen, Christiane Mueller, Jörg Filitz, Wolfgang Koppert, Andreas Leffler European Journal of Pain 15 (2011) 907-912 O emplastro de lidocaína a 5% trata efetivamente todos os tipos de dor neuropática: resultados de um estudo randomizado, duplo-cego e controlado com placebo sobre a eficácia de 3 semanas com uso da Escala de Dor Neuropática Bradley S. Galer, M.D. Mark P. Jensen Ph. D. Tina Ma. Ph, D. Pamela. S Davies, M. S., A.R.N.P, and Michael C. Rowbotham, M.D. 8 Figura 7 Maior intensidade de melhora após três semanas com lidocaína a 5% tópica em comparação a placebo Comparação de lidocaína a 5% tópica versus placebo versus conduta expectante. Note-se a superioridade da primeira com relação aos demais com relação ao grau de redução na escala visual analógica de dor nas primeiras 12 horas após a aplicação Início do estudo Alteração na EVA (mm) Escore (0-100) 60 5 Observacional 0 placebo -5 46,8 35 40 30 20 10 Emplastro de lidocaína a 5% (n=67) Ativo -15 0 0,5 2 4 6 9 Tempo pós-aplicação (h) Adaptado de: Rowbotham MC, et al. Pain. 1996 Apr;65(1):39-44. Figura 8 Contagem de fibras relativa Controle Emplastro 90% 80% 70% Melhora moderada ou alta Melhora mínima Sem mudança 50% 40% 30% 20% 10% 120 - p<0,05 Emplastro com placebo Adaptado de: Lin PL, et al. Reg Anesth Pain Med. 2008 Jul-Aug;33(4):320-5. Figura 9 9 n.s. 100 80 60 40 20 0- lidocaína Adaptado de: Wehrfritz A, et al. Eur J Pain. 2011 Oct;15(9):907-12. Emplastro de lidocaína Figura 10 Maior redução da densidade de fibras finas na epiderme em pacientes com dor neuropática por HZ após o uso de Toperma® 100% 60% Emplastro com placebo (n=29) Adaptado de: Galer BS, et al. Clin J Pain. 2002 Sep-Oct;18(5):297-301. 12 Emplastro de lidocaína a 5% versus placebo em pacientes com NPH. Note o melhor perfil de resposta após duas horas com uso do emplastro ativo Pacientes (%) 53,4 50 0 -10 0% 53,1 Semana 3 placebo Figura 11 Referências: 1. Jeon YH. Herpes zoster and postherpetic neuralgia: practical consideration for prevention and treatment. Korean J Pain. 2015 Jul;28(3):177-184. 2. Yawn BP, Saddier P, Wollan PC, St Sauver JL, Kurland MJ, Sy LS. A population-based study of the incidence and complication rates of herpes zoster before zoster vaccine introduction. Mayo Clin Proc. 2007;82:1341-1349. 3. Gauthier A, Breuer J, Carrington D, Martin M, Rémy V. Epidemiology and cost of herpes zoster and post-herpetic neuralgia in the United Kingdom. Epidemiol Infect. 2009;137:38-47. 4. Arvin A. Aging, immunity, and the varicella-zoster virus. N Engl J Med. 2005;352:2266-2267. 5. Yawn BP, Gilden D. The global epidemiology of herpes zoster. Neurology. 2013;81:928-930. 6. 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