Leia.

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Lista:
GRAMÁTICA
03
Professora: Wanessa
3o Ano
Data: 02 / 05 / 2017
Aluno (a):
Nº
Questão 01 - (EFOA MG)
Questão 04 - (UFF RJ)
Leia atentamente os dois textos abaixo:
TEXTO V
“Assistir – na língua moderna o verbo assistir é transitivo
direto no sentido de ver e de prestar assistência.”
Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de
fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem
topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu
cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O
Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, na beira
dele tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de
vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão
de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda
virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses
gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer
aprova, o senhor sabe: pão ou pães é questão de
opiniães... O sertão está em toda parte.
(FOLHA DE S. PAULO. Manual geral da redação. 2 ed. São Paulo:
Folha de S. Paulo, 1987. p. 132)
“Assistir – no sentido de estar presente, comparecer, ver
pode ser transitivo direto (uso coloquial) ou indireto
(norma culta)...”
(FOLHA DE S. PAULO. Novo manual da redação. São Paulo: Folha
de S. Paulo, 1992. p. 56)
a) Qual a diferença de orientação entre os dois
manuais?
b) Qual a importância de se distinguir o “uso coloquial”
da “norma culta”?
Leia.
Contrata-se mulheres de 20 a 35 anos, para confecção
de roupas. Apresentar-se a Seção de Pessoal, trazendo
documentos e prova de habilidade em costura, entre os
dias 10 e 20 deste mês, período da manhã, exceto
sábado e domingo.
Questão 02 - (UFAL)
Há, no cartaz, duas transgressões à norma culta.
Identifique os deslizes e reescreva corretamente cada
um dos segmentos em que ocorrem.
Questão 03 - (UFAL)
Tonho: Vou, pai. Quero voltar não.
Justino: Não tá convencido ainda que isso aqui é uma
desgraça? Tem lugar pra nós aqui não, Tonho!
Tonho: Quero tentar, pai.
Justino: Tá bem. O dia que você cansar de bater
cabeça, tamos lá à sua espera.
Tonho: Brigado, pai.
Justino: Podemos ir?
Santa: Rita...
Justino: Que tem?
Santa: Saiu dizendo que ia ali na esquina, voltava logo;
tem uma hora.
Justino: Ela não tá sabendo que nós temos de sair
cedo?
Santa: Tá.
(Dias Gomes. A invasão. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
p. 149-150)
O trecho acima é exemplo de linguagem coloquial.
Reescreva-o de acordo com a norma culta.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas.
TEXTO VI
Sertão é palavra nossa, não tem em língua estrangeira.
Sertão é sertão. Há quem diga que venha de
“dessertão”: miolo de nação onde o mato é grande e a
população é pouca. O reverso da cidade, o avesso da
civilização. “Nosso mar interior”, para o antropólogo
Darcy Ribeiro, área vasta e seca que se estende pelas
beiradas do Rio São Francisco, mas nunca encontra o
oceano.
O sertão de Minas é chamado de Campos Gerais – os
gerais. Começam acima das cidades de Corinto e
Curvelo e se alargam pelo noroeste até se molhar nas
águas escuras do rio Carinhanha, até esbarrar nas
serras de Goiás, até se debruçar sobre as terras da
Bahia.
Revista Terra, 09/05, p. 34.
Os textos V e VI focalizam o sertão valendo-se de
gêneros textuais diferentes.
Apresente uma diferença de linguagem que caracteriza
os gêneros dos textos V e VI, exemplificandoa com,
pelo menos, uma passagem de cada texto.
Leia.
TEXTO V
Máquina-de-escrever1
B D G Z, Remintom.
Pra todas as cartas da gente.
Eco mecânico.
De sentimentos rápidos batidos.
Pressa, muita pressa.
Duma feita surrupiaram a máquina de
escrever do meu mano.
Isso também entra na poesia
Colégio Flamboyant – Fone (62) 3281-1544 – Setor Alto da Glória – Goiânia - Go
Colégio Práxis Flamboyant
(Rubem Braga. Recado de primavera. 3 ed. Rio de Janeiro: Record,
1985. p. 119)
Porque ele não tinha dinheiro para
comprar outra.
(...)
Que informações relacionadas com variedades
lingüísticas estão por trás do comentário do garçom
1
Manteve-se a grafia do autor, embora esteja em
desacordo com as atuais normas oficiais.
Leia.
(ANDRADE, Mário. Poesias completas. 4.ed. São Paulo: Martins,
1974,p.70-71. In: Maia, João Domingues. Literatura: textos & técnicas.
São Paulo: Ática, 1995, p.170.)
Questão 05 - (UFRRJ)
Destaque o verso que possui palavras pertencentes ao
registro coloquial e reescreva-o, substituindo essas
palavras por outras pertencentes ao padrão culto da
língua.
Questão 06 - (UFG GO)
Leia o texto:
Prinspiava a seca, naquele final de março, com uns
trovões assim como que disparados ali pelas três horas
da tarde reboando nas bocainas. [...] Nos currais, os
bezerros berravam vez por outra e algumas vacas
mugiam a-mó-que engasgadas. [...] Ao sair da lua havia
tão-só algumas raras nuvens arredondadas na barra do
nascente, trocando entre si aquelas lambadas de
coriscos, sem estrondo nenhum de ribombo de trovoada.
Era uma guerra de silêncio.
– É a seca, esse menino – dizia pra ninguém e para
todos o Zeca-vaqueiro, caçando seu jeito de sentar ali
na calçada da frente da fazenda, naquela sonoite inda
com os relâmpagos retremendo o céu rabiscado do vôo
cambaleante dos morceguinhos, ao tempo que em
derredor se postavam os demais trabalhadores. Hoje, ali
tinha mais gente, como era de conforme se reunir
quando o patrão aportava. A animação, a-mó-que
ensurdecia o gemer do gado por perto, sem descontar
os bezerros.
TELES, Gilberto Mendonça (Org.). Os melhores contos de Bernardo
Élis. São Paulo: Global, 1996. p. 117.
Temática e gênero discursivo são fatores relacionados
ao uso de recursos da linguagem oral no conto João Boi,
de Bernardo Élis. Considere essa afirmativa para
responder ao que se pede.
a) O valor discursivo de uma expressão nem sempre é
recuperado pelo significado das palavras que a
compõem. Explique a função de esse menino na voz de
Zeca-vaqueiro.
ANGELI. Disponível em: http://www2.uol.com.br/angeli. Acesso em: 13
set. 2006.
Questão 08 - (UEG GO)
b) Na estruturação de a-mó-que, que características da
oralidade pretende-se representar? Justifique.
No contexto da primeira charge, qual o sentido da
expressão “Se liga, mano!”?
Questão 07 - (UNIMONTES MG)
A LÍNGUA
Leia.
Eu tinha o medo imediato. E tanta claridade do dia. O
Conta-me Cláudio Mello e Souza. Estando em um café
de Lisboa a conversar com dois amigos brasileiros,
foram eles interrompidos pelo garçom, que perguntou
intrigado:
― Que raio de língua é essa que estão aí a falar, que eu
percebo tudo?
arrojo do rio e só aquele estrape∗, e o risco extenso
d’água, de parte a parte. Alto rio, fechei os olhos. Mas eu
tinha até ali agarrado uma esperança. Tinha ouvido dizer
que, quando canoa vira, fica boiando, e é bastante a
gente se apoiar nela, encostar um dedo que seja, para
se ter tenência, a constância de não afundar, e aí ir
seguindo, até sobre se sair no seco. Eu disse isso. E o
2
Colégio Práxis Flamboyant
situação deficitária da Estrada. Depois da retirada dos
canoeiro me contradisse: – “Esta é das que afundam
trilhos, o leito do ramal deverá ser pavimentado e
inteiras. É canoa de peroba. Canoa de peroba e de pautransformado em avenida.
d’óleo não sobrenadam...” Me deu uma tontura. O ódio
O Estado de S. Paulo, 11/11/1964.
que eu quis: ah, tantas canoas no porto, boas canoas
boiantes, de faveira ou tamboril, de imburana, vinhático
Eternizada pelo samba Trem das Onze, de Adoniran
ou cedro, e a gente tinha escolhido aquela... Até fosse
Barbosa (embora não havia trem nesse horário), a
crime, fabricar dessas, de madeira burra!
estrada de ferro conhecida como Tramway foi
(Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, p. 88-89.)
inaugurada em 1893 com a presença de autoridades e
(∗)instrumento de tortura
convidados ilustres.
O Estado de S. Paulo, 14/07/2014. Adaptado.
Questão 09 - (UFSCar SP)
Questão 11 - (FGV )
Levando-se em conta a norma padrão do português do
Brasil,
a) Como você caracteriza a variação lingüística que
aparece em Me deu uma tontura?
b) Como você redigiria essa frase de acordo com a
norma padrão?
No texto de 1964, ocorre um trocadilho e, no de 2014,
um erro gramatical.
a) Reescreva a frase que contém o trocadilho, de tal
forma que ele seja eliminado, fazendo as modificações
necessárias.
b) Reescreva, de forma correta, o trecho que contém o
erro gramatical.
Leia.
Questão 12 - (FGV )
No primeiro aniversário da morte de Luís Garcia, Iaiá foi
com o marido ao cemitério, afim de depositar na
sepultura do pai uma coroa de saudades. Outra coroa
havia ali sido posta, com uma fita aonde lia-se estas
palavras: – A meu marido. Iaiá beijou com ardor a
singela dedicatória, como beijaria a madrasta se ela lhe
aparecesse naquele instante. Era sincera a piedade da
viúva. Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.
(Machado de Assis. Iaiá Garcia, 1983. Adaptado)
No texto, há duas passagens que foram transcritas em
discordância com a norma-padrão da língua portuguesa.
Transcreva-as e faça as devidas correções.
Questão 13 - (FUVEST SP)
Um restaurante, cujo nome foi substituído por Y,
divulgou, no ano de 2015, os seguintes anúncios:
Questão 10 - (FUVEST SP)
O texto que compõe as falas dos quadrinhos pertence
inteiramente à modalidade escrita da língua portuguesa?
Justifique sua resposta, com base em elementos
presentes no texto.
Leia.
Último trem da Cantareira
Estrada de ferro que ligava o centro da cidade à zona
norte foi desativado em 1964
O saudoso “'trenzinho da Cantareira”, como era
carinhosamente chamado pelos paulistanos, fez sua
última viagem há 50 anos, conforme noticiou, na época,
o jornal O Estado.
Cantareira já não tem trem
O último trem da Cantareira saiu ontem à noite da
Estação do Areal, em consequência da extinção do
ramal por ato do governador do Estado. A supressão da
linha foi determinada pelas obras de construção da
ponte “Cruzeiro do Sul” – sobre o rio Tietê, e pela
3
Colégio Práxis Flamboyant
a) Na redação do anúncio II, evitou-se um erro
gramatical que aparece no anúncio I. De que erro se
trata? Explique.
b) Tendo em vista o caráter publicitário dos textos, com
que finalidade foi usada, em ambos os anúncios, a forma
“pra”, em lugar de “para”?
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