Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Psicopatologias Contemporâneas – considerações psicanalíticas DEPARTAMENTO: Psicodinâmica PROFESSORA: Regina Chu Cavalcanti CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA Na atualidade debatemos se nosso contexto social engendra adoecimentos que refletem os valores imperantes: isolamento social e afetivo, glorificação do eu e suas versões exibicionistas e agressivas, predomínio de um estilo eficaz e produtivo de existência, entre outros. Para tal debate, torna-se necessário retomar premissas teóricas sobre a psicopatologia psicanalítica: qual a diferença entre uma psicopatologia e um sintoma? Há manifestações psicopatológicas especificas da atualidade ou existe um cenário social de menor tolerância para certas condições psicopatológicas? Há psicopatologias mais predominantes em nossa época? Como a psicanalise pode enfrentar tais questões atuais será nosso recorte temático. O tema também será discutido a partir de polemicas em torno do tratamento de tais condições – os direitos dos pacientes frente aos recursos e discursos psicoterápicos e as condições de tratamento contempladas pelas politicas sociais brasileiras. EMENTA Exploraremos algumas formações psicopatológicas: depressões, violências e perversões e também pânicos e fobias, problematizando as manifestações atuais de tais quadros, através de aportes teóricos baseados em Freud, Ferenczi e Winnicott. Debateremos recursos técnicos de enfrentamento clinico destas psicopatologias segundo bases psicanalíticas. Debateremos as dimensões das ofertas e recursos de tratamento em nossa situação social, bem como dos Direitos dos pacientes frente à psicanalise e psiquiatria e possíveis estigmatizacoes e restrições de circulação social frente ao diagnostico psicopatologico. OBJETIVOS Discutir a teoria psicanalítica acerca da psicopatologia e reverberações deste debate frente à clínica psicológica atual. Aprofundar o estudo do aporte teórico dos três autores escolhidos, focando em: 1 – depressões, 2 – violências e perversões, 3 – pânicos e fobias, e também investigar o entrelaçamento entre contexto social e psicopatologia do sujeito. A partir disto, instrumentalizar o aluno para a clínica da atualidade, no contexto brasileiro. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Discussão acerca da noção de psicopatologia psicanalítica. Debate sobre o entrelaçamento entre contexto social e psicopatologia do sujeito. Estudo da Depressão – aportes freudiano, ferencziano e winnicottiano e debate sobre as manifestações da depressão na atualidade. 1 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Estudo das Violências e perversões – aportes freudiano, ferencziano e winnicottiano e debate sobre as manifestações da violência e perversão na atualidade. Pânicos e fobias - aportes freudiano, ferencziano e winnicottiano e debate sobre as manifestações fóbicas e sobre o pânico na atualidade. Discussão acerca das inserções terapêuticas possíveis aos pacientes no contexto brasileiro. Discussão acerca dos Direitos dos pacientes frente aos tratamentos psicanalítico e psiquiátrico. Discussão das dimensões sociais de inclusão e exclusão a partir da noção de psicopatologia. METODOLOGIA Aulas teóricas Apresentação de seminários a partir das pesquisas dos temas escolhidos pelos alunos Promoção de discussões e debates entre os alunos FORMAS DE AVALIAÇÃO Presença, participação nos debates e apresentação de seminários. BIBLIOGRAFIA BÁSICA WINNICOTT, D.W. (1988) Da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves Ed., Cap. 11, 12, 18, 19, 25. ______________ (1980) A família e o desenvolvimento individual. Tradução Marcelo Brandão Cipolla 2º edição – São Paulo: Martins Fontes, 2001. Green, A. (org.)(2001). Psicanálise contemporânea. Rio de Janeiro: Imago. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PERON, P.R. (2007). Considerações teóricas ferenczianas sobre o trauma. In: Psicologia Revista, Revista da Faculdade de Psicologia – PUC-SP, vol. 16, n.1 e 2, p. 15-28. FERENCZI, S. (1927) Elasticidade da técnica psicanalítica. In: Ferenczi – Obras Completas, vol. IV, São Paulo, SP: Martins Fontes. KUPERMANN, D. (2003) Ousar rir – humor, criação e psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira. KELH, M.R. O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo, Ed. Boitempo, 2009. 2 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Análise Comportamental de Questões Sociais DEPARTAMENTO: Métodos e Técnicas PROFESSORES: Denigés Maurel Regis Neto, Thomas Woeltz, Fatima Pires de Assis. CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA: A descrição e solução de problemas sociais exigem a participação de profissionais comprometidos tanto com o desenvolvimento de projetos de organização e mobilização social, quanto com sua execução. Para garantir tal atuação, é necessária a compreensão das variáveis que afetam as interações entre os indivíduos (e grupos de indivíduos) dentro e fora das instituições, visando à construção de práticas que garantam a sobrevivência das culturas, e de seus membros. As condições que determinam problemas sociais e as políticas públicas propostas para sua solução serão abordadas neste curso, a partir do referencial teórico-conceitual da Análise do Comportamento. EMENTA Cultura como terceiro nível de seleção comportamental; o comportamento dos indivíduos em grupos; o conceito de metacontingências; o ambiente e as práticas culturais; agências e estratégias de controle; contracontrole, ética e dilemas do controle comportamental, o planejamento das sociedades e o desenvolvimento de políticas públicas para inclusão e reintegração social. OBJETIVOS: Tornar o aluno capaz de identificar e analisar interações sociais complexas, avaliando a participação das instituições de controle social na determinação e solução de problemas nas áreas de saúde, educação e segurança pública. A partir dos conteúdos estudados, exercitar com o aluno uma postura crítica acerca dos modelos propostos para a solução destas questões, apresentando projetos bem fundamentados e orientados para identificação e solução de problemas socialmente significativos. 3 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1. Agências de controle e a análise das instituições: a) Governo e a Lei; b) Controle Religioso; c) Controle econômico; d) Educação 2. Metacontingências e produção agregada: a) Trabalho coletivo b) Distribuição da produção 3. Dilemas e propostas para sociedade quanto ao planejamento e execução de políticas públicas e a sobrevivência da espécie 4. Modelos de solução para problemas sociais: a questão da inclusão e reintegração social. METODOLOGIA: Serão realizadas: aulas expositivas, leitura e debate de textos, seminários de temas específicos e desdobramentos de assuntos centrais, relato e estudo de pesquisas e propostas de intervenções publicadas. FORMAS DE AVALIAÇÃO Notas em avaliação continuada ao longo do semestre realizada por meio de: verificações de leitura, avaliações de unidades, participação em debates e apresentação de seminarios. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: GLENN, S. S. (2003). Contingências Operantes e a Origem das Culturas. Tradução não publicada de: “Operant Contingencies and the origins of cultures. Em K. A. Lattal & P. N. Chase (orgs.), Behavior theory and philosophy (pp. 223-242). New York: Klewer Academic/Plenum.” SKINNER, B.F. (1989). Ciência e comportamento humano. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes. SKINNER, B. F. (1987), O que está errado com a vida cotidiana no mundo ocidental? Tradução não publicada de: "What is Wrong with Daily Life in the Western World? Em: SKINNER, B. F. Upon Further Reflection. Englewood Clifs (New Jersey): Prentice Hall, p.15-31." BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANDERY, M. A. (1993). Uma sociedade voltada para o futuro. Temas em Psicologia, 1(2), 23-30. Recuperado em 22 de agosto de 2014, de 4 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413389X1993000200004&lng=pt&tlng=pt. GUIMARÃES, T. A. M. C. (2008). Análise de projetos para reintegração social de presidiários no Estado de São Paulo, com base em critérios extraídos de uma literatura analítico comportamental. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. HARRIS, M. (1978) Vacas, Porcos, guerras e Bruxas: Os enigmas da Cultura. De Marvin Harris, Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro. MATHEUS, N. M. (2010). Uma análise da política nacional de educação segundo as propostas de Skinner. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós‐Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento. PUC‐SP. MURARI, S. C. (2014). Identificação Precoce do Transtorno do Espectro Autista por meio da Puericultura de uma Unidade Básica de Saúde. Tese de doutorado. Programa de Estudos pósgraduados em Psicologia Experimental: Análise do comportamento, PUC-SP. SKINNER, B.F. (1978) Walden II: uma sociedade do futuro. 2 ed. São Paulo: EPU. 5 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Psicologia e educação como ação política: contribuições da fenomenologia DEPARTAMENTO: Psicologia Social/Métodos e Técnicas PROFESSORES: Fabíola Freire Melo; João Pedro Perosa; Luciana Szymanski CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA A presente disciplina pretende inaugurar uma discussão sobre as fronteiras entre a psicologia e educação a partir da perspectiva fenomenológica. A temática proposta é, até então, pouco explorada no conteúdo curricular do aluno e amplia a compreensão do pensamento fenomenológico para outros âmbitos de atuação e na sua articulação com a dimensão política. Além disso, a partir do quarto semestre do curso, o aluno deixa de ter na grade das disciplinas obrigatórias conteúdos mais específicos relacionados a essa abordagem, que irá metodologicamente amparar uma discussão mais ampla sobre educação como direito do cidadão e como política pública. Desta forma, pretende-se incluir uma discussão que aprofunde os aspectos teórico-metodológicos do pensamento fenomenológico e as ações políticas que podem ser desenvolvidas pelo psicólogo no âmbito educacional. EMENTA Interfaces entre a psicologia e a educação. Contribuições do pensamento fenomenológico para a compreensão dos processos psicoeducativos. Educação como ação política. Compreensão como método para apreensão da cultura e seu horizonte sócio-político na educação. Processo de formação de crianças e adolescentes nas instituições educativas. Articulação entre equipamentos educacionais e desenvolvimento da consciência política. Noção crítica de desenvolvimento humano. A crise na educação. OBJETIVOS Refletir sobre a educação e sua relação com a psicologia trazendo uma compreensão do tema na perspectiva fenomenológica. Realizar uma leitura crítica sobre a educação de forma a explorar os diferentes sentidos do ato de educar bem como seus desdobramentos na esfera política. Discutir as possibilidades de inserção do psicólogo nos vários contextos educativos. Compreender o sentido da educação na escola e demais instituições educacionais do estado. Instrumentalizar o aluno para exercitar a observação e descrição fenomenológica nas relações de aprendizagem. Desenvolver junto ao aluno a noção de atitude fenomenológica como postura profissional diante das questões cotidianas no cenário da psicologia e no âmbito educativo. Discutir e refletir os parâmetros nacionais da educação, as mudanças político-educacionais e as diretrizes de base da educação brasileira. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I: Reflexões sobre o que é educar: contribuições da fenomenologia para a educação: Um recorte histórico sobre o tema educação; A crise na educação; A dimensão política da educação. 6 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Unidade II: A questão do sentido no processo psicoeducativo; Relatos de experiência de práticas psicoeducativas em diferentes contextos. Reflexão com profissionais da área sobre temas fundamentais que atravessam o processo educacional e as políticas públicas relacionadas ao contexto educacional: violência nas relações humanas; a droga no cotidiano escolar; formas de racismo presentes no nosso cotidiano; inclusão X integração; reflexão sobre a diversidade; Direitos da criança e do Adolescente (ECA) METODOLOGIA Aulas expositivas e dialogadas, intercaladas com discussões em grupos são a base metodológica do curso e ocorrerão a partir da leitura e discussão dos textos de referência. Além das discussões teóricas, serão trazidos relatos de experiências (por meio de narrativas de profissionais ou filmes) para que os alunos possam se aproximar do pensamento e ação fenomenológica. FORMAS DE AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados processualmente de forma individual e grupal a partir da freqüência, participação, leitura dos textos e exercícios escritos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ARENDT, H. A crise na educação. In: Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. MERLEAU-PONTY, M. Estruturas e conflitos da consciência infantil. In: Psicologia e Pedagogia da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em < www.planalto.gov.br > CRITELLI, D. M. Para recuperar a educação. In: Martin Heidegger: um enfoque fenomenológico do social. São Paulo: Editora Moraes, 1981. KAHLMEYER-MERTENS, R. S. Heidegger & a Educação. São Paulo: ed. Autêntica, 2008 REZENDE, A. M. Concepção fenomenológica da educação. (Coleção polêmicas do nosso tempo, v.38). São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1990. RODRIGUES, L. A. R. A dimensão política da escola em Gramsci e Hannah Arendt: uma tentativa de articulação com a democracia. Trabalho & Educação. vol.17, nº 2 – Maio /ago 2008. 7 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Dimensões subjetivas nas políticas sociais de direitos humanos. DEPARTAMENTO: Psicologia Social PROFESSOR : Odair Furtado CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA Políticas sociais e direitos humanos estão na pauta do Estado brasileiro e é assunto constante na mídia nacional e internacional. Considerando a importância da psicologia social na compreensão do cotidiano, é cada vez maior a presença de psicólogos nos serviços sociais e como analistas das várias circunstâncias de violação de direitos humanos. Nesta disciplina vamos discutir a noção de direitos humanos e de políticas socais do ponto de vista dos efeitos que produzem sofrimento psíquico e compõe a dimensão subjetiva do cotidiano. EMENTA Considerando o cenário das políticas públicas que pretendem reparar a violação sistemáticas dos direitos humanos em prática no Brasil, discutir as dimensões subjetivas produzidas nas relações cotidianas no campo da saúde mental, da moradia e das relações homoafetivas e a produção de sofrimento psíquico decorrentes da discriminação social. OBJETIVOS Apresentar aos alunos do 2º período os recursos teóricos e a prática profissional no campo das políticas sociais e sua relação com os direitos humanos, discutindo as dimensões subjetivas da realidade, como recurso analítico para a compreensão da intervenção do psicólogo como profissional capaz de compreender e solucionar a produção do sofrimento psíquico como decorrência da violação de direitos humanos de grupos sociais como é o caso dos portadores de transtorno mentais, grupos de sem-teto ou ocupantes de moradias precárias e os homossexuais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. O Estado como locus da produção de direitos 2. Sobre os direitos sociais: bases para a construção da cidadania. 3. A noção de direitos humanos e a psicologia. 4. Direitos humanos, políticas sociais e subjetividade. 8 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 5. A construção de referências para a psicologia, direitos humanos e políticas sociais: saúde mental; espaço urbano; homossexualidade. METODOLOGIA Aulas expositivas, debate em sala de aula, trabalho em grupo em sala de aula, seminários com apresentação de leituras escolhidas, apresentação de filmes sobre os três eixos norteadores de políticas sociais. FORMAS DE AVALIAÇÃO Exercícios individuais e trabalho em grupo BIBLIOGRAFIA BÁSICA BEHRING, E. R. Política Social no Capitalismo Tardio. SP: Cortez, 1998. FURTADO, O Dimensões subjetivas da realidade. In FURTADO, O & González-Rey, F. (Org.) Por uma epistemología da subjetividade. SP: Casa do Psicólogo, 2009. 2ª ed. GHON, M da G. Movimentos Sociais e redes de mobilizações civis no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Vozes, 2010. GUZZO R. S. L. & LACERDA JR, F. (Org.) Psicologia Social para a América Latina: o resgate da psicologia da libertação. Campinas: Alínea, 2009. MASCARO, A. L. Estado e forma política. SP: Boitempo, 2013. PEREIRA, P.A.P. SINGER, P. Política Social: termas & questões. São Paulo: Cortez/CNPq, 2008. A cidadania para todos. In PINSKY, J & PINSKY, C. B. (Org.) História da Cidadania. SP: Contexto, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CFP Psicologia, Direitos Humanos e Sofrimento Mental. SP: Casa do Psicólogo, 2000. ______ Referências técnicas para a atuação de psicologas(os) no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. DF: CFP, 2013. ________ A regulação dos serviços de saúde mental no Brasil: inserção da Psicologia no Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar. SOUZA, R.M.B de A construção dos conceitos de saúde e doença mental: reflexões sobre o sofrimento nas relações de trabalho. In MATIAS M.C.M & ABIB, J.A.D, Sociedade em Transformação: estudo das relações entre trabalho, saúde e subjetividade. Londrina: EDUEL, 2007. 9 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 O direito à saúde no trabalho decente DEPARTAMENTO: Psicologia Social PROFESSORES: Equipe de Psico do Trabalho e das Organizações (Renata Paparelli, José Agnaldo, André Bruttin, Andreia Garbin, Elisa Zaneratto e Cristina Gattai) CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA: A afirmação do direito à saúde no trabalho decente implica no enfrentamento de questões decorrentes do modo capitalista de produção, especialmente aquelas relacionadas aos interesses e necessidades antagônicos de capital e trabalho. Apresentar alguns elementos dessa problemática ainda no quarto período atende a demandas dos próprios alunos em avaliações realizadas no Núcleo 4 (7º e 8º períodos). EMENTA: Direitos Humanos e direito à saúde mental no trabalho. Trabalho decente. Relação entre saúde mental e trabalho. Papel da Psicologia. OBJETIVOS - Abordar os direitos humanos e, dentre eles, destacar o direito à saúde no trabalho - Apresentar os fundamentos da política pública “Trabalho decente” - Introduzir a temática da relação entre saúde mental e trabalho - Pensar a atuação das(os) psicólogas(os) nesse campo CONTEÚDO PROGRAMÁTICO - Direitos Humanos e direito à saúde no trabalho - O Trabalho decente como política pública - Teoria do desgaste mental relacionado ao trabalho - Atuação dos profissionais do campo psi 10 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 METODOLOGIA Aulas expositivas dialogadas, apresentação de seminários FORMAS DE AVALIAÇÃO Apresentação de seminários em grupo, presença e participação BIBLIOGRAFIA BÁSICA Seligmann-Silva, E. Trabalho e desgaste mental: o direito de ser dono de si mesmo São Paulo: Cortez, 2013 Dejours, C. A Loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré, 2007 Paparelli, Renata; Sato, Leny and Oliveira, Fábio de. A saúde mental relacionada ao trabalho e os desafios aos profissionais da saúde. Rev. bras. saúde ocup. [online]. 2011, vol.36, n.123, pp. 118-127. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Laurell AC, Noriega M. Processo de produção e saúde: o desgaste operário. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Estudos de Saúde/São Paulo: Editora Hucitec; 1989. Oddone I, Marri G, Gloria S, Briante, Chiattella M, Re A. A luta dos trabalhadores pela saúde. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Estudos de Saúde/São Paulo: Editora Hucitec; 1986. Marx K. Processo de trabalho e processo de produzir mais valia. In: Marx K, organizador. O capital: crítica da economia política. Livro primeiro: o processo de produção do Capital. v. I. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira; 1980. p. 201-23. Antunes R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez Editora/Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas; 1995. Lacaz, F. A. C. O campo Saúde do Trabalhador: resgatando conhecimentos e práticas sobre as relações trabalho-saúde Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(4):757-766, abr, 2007 11 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Direitos Humanos, longevidade e políticas públicas: desafios para a psicologia DEPARTAMENTO: Psicologia Social PROFESSOR (A): Ruth G. da C. Lopes e Beltrina Côrte CARGA HORÁRIA: 51 horas JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA A longevidade vem apontando desafios para todas as áreas profissionais, exigindo presença mais efetiva nas políticas públicas no sentido de proteger e assegurar os direitos dos cidadãos. O aumento da expectativa de vida vem paulatinamente recebendo atenção de Conselhos de Psicologia, mas ainda insuficiente no engajamento dos profissionais da área. O compromisso social frente à Longevidade exige diálogo interdisciplinar para acessar as políticas públicas. O aumento da expectativa de vida da população brasileira não pode ser tratado como assunto subjacente. Pretendese contribuir para a construção de referências que possam instrumentalizar e habilitar o psicólogo a práticas inclusivas da velhice e do envelhecimento, que tenham a possibilidade de diálogo entre áreas e setores. EMENTA Mudança de olhares na atuação do psicólogo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos e os direitos humanos das pessoas idosas. Uma psicologia habilitada para o exercício da inclusão. Compromisso social da Psicologia com o envelhecimento. Diversas velhices e diferentes necessidades. A mídia como possibilidade de revisão da representação da longevidade e divulgação de direitos. Os desafios da atuação do Psicólogo. OBJETIVOS Instrumentalizar o aluno para: Contribuir para a sensibilização das demandas da longevidade; Estimular a aplicação de estratégias de empoderamento dos direitos dos idosos; Prover informações sobre o acesso dos direitos da pessoa idosa da literatura junto à população e profissionais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Temáticas que propiciam reflexão e atitude crítica e ativa na formação do psicólogo, em relação aos Direitos Humanos, longevidade e políticas públicas voltadas para o envelhecimento e a velhice. A complexidade do processo envolve os seguintes temas em diferentes áreas: saúde; inclusão sociocultural; sexualidade; intergeracionalidade; relações familiares; espiritualidade e finitude, violências. 12 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde Curso de Psicologia METODOLOGIA Eletiva Temática: Direitos Humanos e Políticas Sociais – 4º per./2016 Através de textos, contato com profissionais e recursos audiovisuais desenvolver atividades que promovam o acesso aos conteúdos nomeados, procurando formar profissionais com leitura crítica, escrita reflexiva e debatedores integrativos. FORMAS DE AVALIAÇÃO A avaliação terá um caráter contínuo, culminando com a elaboração de um artigo. Este terá três etapas: roteiro I (definição do tema e itens abordados); roteiro II (definição da bibliografia e sumário); e apresentação à classe do artigo para publicação. Outros critérios deverão nortear a avaliação: presença, preparação das tarefas propostas, qualidade e clareza na elaboração. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Côrte, B. (2013). As imagens dos mais de 60 na tevê 60+. O papel das telenovelas globais na difusão da cultura da longevidade. São Paulo, A Terceira Idade, v.24, p. 36-49. Declaração Universal dos Direitos Humanos, ONU, 1948. Disponível em <http://www.onubrasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php18/08/09>. Estatuto do Idoso (2004). Obra coletiva de autoria da Editora Revista dos Tribunais – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. – (RT legislação) Lopes, R.G. da C. (2006). Diversidades na velhice: reflexões. In: Velhices: reflexões contemporâneas. São Paulo. Sesc: Puc. Poole, H. (Org) (2007). Direitos humanos: referências essenciais. São Paulo: Edusp,v.III. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Côrte, B. (2011). La comunicación como un derecho humano y su papel en la longevidad. Onati Socio - Legal Series, v. 1, p. 1-16. Bauman, Z. (1998). Singularidade e normalidade do holocausto in Modernidade e holocausto. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. Lopes, R. G. C. (2002). Imagem e autoimagem. Da homogeneidade da velhice para a heterogeneidade das vivências. Martins, A. N. E.; Sousa, A. C. S. N.; Côrte, B. (2016). Programas de Saúde para a pessoa idosa no Brasil: Breve estudo sobre o Envelhecimento Ativo. Revista Portal de Divulgação, v. VI, p. 21-31. Messy, J. (1999). A pessoa idosa não existe. Tradução de José de Souza e Mello Werneck. São Paulo: Editora Aleph. Py, L. (2004). Envelhecimento e Subjetividade in Tempo de Envelhecer. Percursos e dimensões psicossociais. Rio de Janeiro: Nau. Soares Barroso, A. E. (2004). Reflexão sobre os direitos fundamentais da pessoa idosa. Lúmem, vol. 10, nº 23, jan./abr. São Paulo: Centro Universitário Assunção. Sugahara, G. T. L. (2005). O perfil do idoso brasileiro. São Paulo: Revista Kairós, 8(2), dez 2005: 5175. 13