INTRODUÇÃO As margens do deserto da Judéia, num platô com

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INTRODUÇÃO
As margens do deserto da Judéia, num platô com vista para o Mar Morto, encontra-se a
ruina escavada de uma cidade real. Esta foi a última fortaleza defendida pelos judeus zelotes
que se recusaram a submeter-se à ocupação romana. Quando eles não puderam mais se
defender, Massada tornou-se pano de fundo para um dos episódios mais dramáticos da história
Judaica.
Segundo as pesquisas de Flavio Josefo, Massada tornou-se uma fortaleza Judaica ainda
durante o período dos Hasmoneus (cerca de 150 – 76 a.C.). Mais tarde o rei Herodes fez
ampliações reforçando as defesas no período de 37 a 31 a.C. Foi erguida uma dupla muralha de
pedra com mais de 140 metros de extensão e quase 6 metros de altura em alguns pontos, que
estendia-se por todo o perímetro do platô. No espaço de 4 metros de largura que separava as
duas muralhas, foram construídos vários quartos que eram usados para guardar armas e alojar
as tropas. A muralha era composta de mais de 30 torres e 4 portões.
2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA.
Segundo Silva Neto, Massada está localizada na margem do deserto de Judá a mais de
390 metros da costa do Mar Morto. Sua conformação lembra um romboide, como um navio de
norte muito estreito, com o sul um pouco menos e o meio largo. De norte a sul da rocha temo
579 metros e sua medida de leste a oeste de 198 metros. Salvo o extremo norte, toda a rocha
está cercada por uma muralha de parede dupla dividida em casamatas. As construções se
concentram na metade do norte do cimo, enquanto a parte mais baixa, carecia de edificações.
Observando a formação geral da rocha, a esquerda se vê a trilha da serpente e a rampa
(do assalto romano) a direita. Na margem oeste observa-se, em primeiro plano o palácio de
degraus e sobre este tem-se o núcleo principal de edificações (armazéns e outras estruturas). Ao
centro e a direita da margem oeste de Massada encontramos o maior edifício. As edificações
menores se distribuíam aproveitando a topografia irregular do terreno.
3. HISTÓRICO
Quanto aos primeiros ocupantes de Massada, ainda é algo obscuro. Para Flavio
Josefo, o grande construtor foi Herodes, todavia antes dele havia passado por ali, o sumo
sacerdote Yonatham, que alguns identificam como Judas Macabeu (metade do século II a.C.) e
outros como Alexandre Janeu (103 – 73 a.C.).
Outra dúvida que pairava antes das escavações, era quanto ao período dos zelotas. Flavio
Josefo afirma que após a morte de Herodes, a fortaleza havia sido ocupada por uma guarnição
romana, posteriormente expulsa em 66 por Menaém e seus sequazes, sedendo lugar a um grupo
de zelotas.
Em 73, após derrotar os zelotas, Silva deixou ali estabelecido outra guarnição. Após o
domínio romano, Massada passou por um período de desocupação, tornando-se mais tarde
morada de monges bizantinos (séculos V e VI). Depois desse período nunca mais foi ocupada.
Nas escavações feitas foram descobertos: uma sinagoga bizantina desse período; moedas da
época da revolução; um ostrato com a inscrição dizimo dos sacerdotes (Levitas); inscrições com
nome do sacerdote “Hezekiah”. Além disso foram encontrados também fragmentos de vários
texto bíblicos, como por exemplo: Levítico, Deuteronômio, Izaias, Ezequiel, Habacuc, Salmos,
Eclesiástico e o livro dos Jubileus.
No quadro abaixo, de acordo com Araujo e Silva Neto, estão os períodos de ocupação
de Massada.
PERIODO
Calcolitico
DATA
4° milênio
Primeiro Tempo
Do século X ao VII a.C.
Asmoneu
De 103 a 40 a.C.
Herodes, o Grande
De 40 a.C. a 4 d.C.
Dinastia de Herodes e os
procuradores
A grande rebelião
Depois da rebelião
Bizantino
ACHADOS
Covas nos acantilados
Fragmentos de cerâmica
disseminados
Moedas de Alexandre
Janeu
Fortaleza, palácios,
armazéns, casa de banhos,
cisternas e moedas.
Centenas de moedas e
adições aos edifícios
Vivendas, banhos, rituais,
sinagoga, rolo de
pergaminho, ostracos,
moedas e objetos de uso
diário.
Moedas da guarnição e
alguns edifícios adicionais
Capela dos monges.
4. POR QUE MASSADA?
Depois de Jerusalém, Massada é o destino mais procurado por turistas em visita em
Israel. Sua fama deve-se ao fato de ser um símbolo de resistência e coragem do povo Judeu à
submissão coletiva existente no primeiro século, período em que se recusaram a ser escravos
dos romanos.
Visitar Massada é uma experiência excitante. A história local e os restos arqueológicos
contribuem para criar uma atmosfera especial do local, preservando seu passado
impressionante.
No ano de 2000, leitores do jornal Traveler Magazine classificaram Massada como o
melhor sítio turístico do mundo e em 2001 foi declarada pela UNESCO como patrimônio
mundial da humanidade.
REFERENCIAS
MASSADA. 2010. Disponível em:
http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/massada/home.html acesso em: 13 de novembro
de 2013.
Ministério do Turismo de Israel. Massada. Disponível em: <
http://www.goisrael.com.br/Tourism_Bra/Articles/Attractions/Paginas/Massada.aspx> acesso
em 13 de novembro de 2013.
SCOTT, B. Massada: a ultima fortaleza. S.d. Disponível em: http://www.bethshalom.com.br/artigos/massada.html. Acesso em 13 de novembro de 2013.
SILVA NETO, A.; ARAUJO, M.C. Palestina: a fortaleza de Massada. S.d. Disponível em : <
http://www.metodista.br/arqueologia/artigos/a-fortaleza-de-massada> acesso em 13 de
novembro de 2013.
SMITH, R. D. Viagem na Terra Santa. Israel: Doko, 1997.
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