SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR SARGENTO NADER ALVES DOS SANTOS SÉRIE/ANO: 3º Ano TURMA(S): A B C D DISCIPLINA: Literatura 20/10/2016 PROFESSOR: Fernando Alves Pires ALUNO (A):___________________________________________________________________________ Nº_______ ATIVIDADES Guimarães Rosa Por Cristiana Gomes Nasceu em 27/06/1908 e morreu em 19/11/1967. Um dos maiores nomes da Literatura Brasileira do século XX. Guimarães Rosa significa para a Literatura do século XX, o que Machado de Assis significou no século XIX. Guimarães Rosa conseguiu renovar e reinventar a linguagem regionalista (tema explorado por vários autores da nossa Literatura). Formou-se em medicina e em 1934 tornou-se diplomata chegando a ser embaixador. Era um estudioso das línguas e da natureza e sua passagem por vários países só fez aumentar seu interesse. OBRAS - Magma (poesias – 1036): não chegou a publicar. - Sagarana (1946 – contos e novelas regionalistas): livro de estréia Obs: se procurarmos no dicionário a palavra Sagarana, não a encontraremos. Ela foi inventada pelo autor. Esse processo chama-se neologismo e foi muito usado pelo escritor. SAGA (radical germânico): usado para designar narrativas em prosa. RANA (sufixo tupi-guarani): significa “à semelhança de” - Corpo de Baile (1956 – novelas): essa obra é atualmente publicada em 3 partes: --Manuelzão e Minguilim --No Urubuquaquá, no Pinhém --Noites do Sertão - Grande Sertão:Veredas (1956) - Primeiras estórias (1962) - Tutaméia – Terceiras estórias: causou furor no meio literário e dividiu a critica, porém, fez grande sucesso com o público. Foi o último livro que Guimarães Rosa publicou em vida. - Com o vaqueiro Mariano (1947) - Estas estórias (1969 - contos)* - Ave, palavra (1970 – diversos)* *obras póstumas Características de sua obra Além das criações de palavras (neologismos) podemos apontar outras características. - Uso de aliterações e onomatopeias no intuito de criar sonoridade - Temas envolvendo destino, vida, morte, Deus. - A língua falada no sertão está presente em sua obra (fruto de anotações e pesquisas linguísticas). Guimarães Rosa utiliza termos que não são mais usados, cria neologismos, faz empréstimos de palavras estrangeiras e explora estruturas sintáticas para recriar e reinventar a língua portuguesa. Além disso, Guimarães Rosa faz uso do ritmo, aliterações, metáforas e imagens para criar uma prosa mais poética ficando no limite entre a poesia e a prosa. A obra de Guimarães Rosa alcança uma dimensão universal, ou seja, ficamos tão envolvidos com suas histórias que, aos poucos, nos tornamos sertanejos e jagunços e passamos a pertencer àquele mundo recheado de indagações sobre a existência de Deus e do diabo, o bem e o mal, a violência, etc. Grande Sertão:Veredas é considerada a obra-prima do escritor e um dos melhores romances da nossa literatura. Trata-se de um monólogo do início ao fim do livro. Riobaldo (ex-jagunço e chefe de bando, mas agora vive como fazendeiro) conta para um interlocutor suas aventuras. Os questionamentos de Riobaldo sobre os mistérios da vida são um reflexo do que todos nós sentimos em relação a vida e a existência. O romance que sugere várias interpretações, até hoje desafia a crítica, o público e os estudiosos da literatura brasileira. Foi traduzido para vários idiomas e ganhou 3 prêmios nacionais: - Machado de Assis (do Instituto Nacional do Livro) - Carmem Dolores Barbosa (SP) - Paula Brito (RJ) Guimarães Rosa morreu em 19/11/1967, 3 dias depois de assumir a cadeira na Academia Brasileira de Letras. Essa posse, foi adiada por ele várias vezes, porque ele tinha medo da emoção que o momento poderia trazer. No mesmo ano (67) seria indicado ao Premio Nobel de Literatura, porém sua morte impediu que isso acontecesse. Guimarães Rosa começou a escrever aos 38 anos e sua obra e seu nome conquistaram o respeito e a admiração do mundo inteiro.